3. LIÇÃO 5: A VERDADEIRA FÉ NÃO
FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
TEXTO ÁUREO
4. LIÇÃO 5: A VERDADEIRA FÉ NÃO
FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
VERDADE PRÁTICA
5. LIÇÃO 5: A VERDADEIRA FÉ NÃO
FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
LEITURA DIÁRIA
Dt 1.17 - Diante de Deus, somos iguais
At 2.44 - Uma igreja solidária
Jó 5.16 - Esperança para o pobre
1Co 1.28 - O paradoxo divino
Fp 2.5-8 - Nosso referencial de
humildade
6. LIÇÃO 5: A VERDADEIRA FÉ NÃO
FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Tiago 2.1-13
7. LIÇÃO 5: A VERDADEIRA FÉ NÃO
FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
INTERAÇÃO
Quem é o pobre deste mundo? Esta é uma pergunta que
exige uma resposta complexa. Naturalmente não poderemos
respondê-la satisfatoriamente neste espaço. Entretanto, nós
temos a tendência de enxergar o pobre apenas sob a
perspectiva econômica. Este não deixa de ser um olhar
verdadeiro e correto. Por outro lado, precisamos levar em
conta que o conceito de pobre não se aplica apenas à
perspectiva econômica, mas igualmente à perspectiva
educativa, psicológica ou de outras áreas. Em tese, o pobre é
o desprotegido. O analfabeto, por exemplo, pode ter dinheiro,
mas encontra-se vulnerável podendo ser ludibriado. Apesar de
o texto de Tiago se referir ao aspecto econômico da sua
8. LIÇÃO 5: A VERDADEIRA FÉ NÃO
FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
OBJETIVOS
Após esta lição, deveremos estar aptos a:
Destacar o ensino de Tiago de que a fé não faz
acepção.
Apontar a escolha de Deus pelos pobres aos
olhos do mundo.
Distinguir a Lei Mosaica das Leis Real e da
Liberdade.
9. INTRODUÇÃO
A discriminação contra as pessoas de classe social
inferior é vergonhosa e ultrajante, principalmente, quando
praticada no âmbito de uma igreja local. Nesta lição
estudaremos sobre a fé que não faz acepção de pessoas.
Veremos que erramos — e muito — quando julgamos as
pessoas sob perspectivas subjetivas tais como a
aparência física, posição social, status, a bagagem
intelectual, etc. Isso porque tais características não
determinam o caráter (Lc 12.15). Assim, a lição dessa
semana tem o objetivo de mostrar, pelas Escrituras, que a
verdadeira fé e a acepção de pessoas são atitudes
incompatíveis entre si e, justamente por isso, não podem
10. I. A FÉ NÃO PODE FAZER
ACEPÇÃO DE PESSOAS
1. Em Cristo a fé é imparcial. O primeiro conselho de
Tiago para a igreja é o de não termos uma fé que faz
acepção de pessoas (v.1). Mas é possível haver favoritismo
social onde as pessoas dizem-se geradas pela Palavra da
Verdade? As Escrituras mostram que sim. Aconteceu na
igreja de Corinto quando da celebração da Ceia do Senhor
(1Co 11.17-34). Hoje, não são poucos os relatos de
pessoas discriminadas devido a sua condição social na
igreja. Ora, recebemos uma nova natureza em Cristo (Cl
3.10), pois Ele derrubou o muro que fazia a separação entre
os homens (Ef 2.14,15) tornando possível a igualdade entre
eles, ou seja, estando em Jesus, “não há grego nem judeu,
circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre;
mas Cristo é tudo em todos” (Cl 3.11). É, portanto,
inaceitável e inadmissível que exista tal comportamento
11. I. A FÉ NÃO PODE FAZER
ACEPÇÃO DE PESSOAS
2. O amor de Deus tem de ser manifesto na igreja
local. Havia na congregação, do tempo de Tiago, a
acepção de pessoas. Segundo as condições
econômicas, “um homem com anel de ouro no dedo,
com trajes preciosos” era convidado a assentar-se em
lugar de honra, enquanto o “pobre com sórdido traje”
era recebido com indiferença, ficando em pé, abaixo do
púlpito (vv.2,3). Tudo isso acontecia num culto solene a
Deus! A Igreja de Cristo tem como princípio eterno
produzir um ambiente regado de amor e acolhimento, e
para isto “não há judeu nem grego; não há servo nem
livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois
12. I. A FÉ NÃO PODE FAZER
ACEPÇÃO DE PESSOAS
3. Não sejamos perversos
(v.4). A expressão “juízes de
maus pensamentos”
aplicada no texto bíblico
para qualificar os que
discriminavam o pobre nas
reuniões solenes, não se
refere às autoridades
judiciais, mas aos membros
da igreja que, de acordo
com a condição social, se
faziam julgadores dos
13. I. A FÉ NÃO PODE FAZER
ACEPÇÃO DE PESSOAS
O símbolo da justiça é uma
mulher de olhos vendados,
tendo no braço esquerdo a
balança e, no braço direito, a
espada. Tal imagem simboliza a
imparcialidade da justiça em
relação a quem está sendo
julgado. Portanto, a exemplo do
símbolo da justiça, não fomos
chamados a ser perversos
“juízes”, mas pessoas que
vivam segundo a verdade do
Evangelho. Este nos desafia a
14. II. DEUS ESCOLHEU OS
“POBRES” AOS OLHOS DO
MUNDO
1. A soberana escolha de Deus. É bem verdade que muitas
pessoas ricas têm sido alcançadas pelo Evangelho. Mas
ouçamos com clareza o que a Bíblia diz acerca dos pobres.
Deus é soberano em suas escolhas. E de acordo com a sua
soberana vontade, Ele escolheu os pobres deste mundo. De
maneira retórica, Tiago afirma: “Porventura não escolheu
Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé, e
herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam?” (v.5). É
possível que as igrejas às quais Tiago dirigiu a Epístola
talvez tivessem se esquecido de que é pecado fazer acepção
de pessoas. Ainda hoje não podemos negligenciar esse
ensino! O Senhor Jesus falou dos pobres nos Evangelhos
(Lc 4.18; Mt 11.4,5) e, mais tarde, no Sermão da Montanha
repetiu: “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o
15. II. DEUS ESCOLHEU OS
“POBRES” AOS OLHOS DO
MUNDO
2. A principal razão para não desonrar o pobre (v.6).
Apesar de Deus ter escolhido os pobres, a igreja do tempo
de Tiago fez a opção contrária. Entretanto, o meio-irmão do
Senhor traz à memória da igreja que quem a oprimia era
justamente os ricos. Estes os arrastaram aos tribunais.
Como podiam eles desonrar os pobres, escolhidos por
Deus, e favorecer os ricos que os oprimiam? É triste
quando escolhemos o contrário da escolha de Deus. As
Palavras de Jesus ainda continuam a falar hoje: “O Espírito
do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para
evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados
do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista
aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o
16. II. DEUS ESCOLHEU OS
“POBRES” AOS OLHOS DO
MUNDO
Somos os seus discípulos? Então para sermos
coerentes com o Evangelho termos de encarnar a
missão de Jesus. Desonrar o pobre é pecado!
17. II. DEUS ESCOLHEU OS
“POBRES” AOS OLHOS DO
MUNDO
3. Desonraram o Senhor. Após lembrar a igreja da
escolha de Deus em relação aos pobres deste mundo,
Tiago exorta os irmãos a reconhecerem o favoritismo que
há dentro da comunidade cristã: “Mas vós desonrastes o
pobre” (v.6). Já os ricos, são recebidos com toda a pompa.
No versículo 7, o meio-irmão do Senhor pergunta:
“Porventura, não blasfemam eles [os ricos] o bom nome
que sobre vós foi invocado?” (v.7). Estamos frente a algo
reprovável diante de Deus: a discriminação social na
igreja. Por isso é que o favoritismo, a parcialidade e
quaisquer tipos de discriminação devem ser combatidos
com rigor na igreja local, principalmente pela liderança.
Esta deve dar o maior dos exemplos. Quem discrimina
18. III. A LEI REAL, A LEI MOSAICA E
A LEI DA LIBERDADE
1. A Lei Real. A lei real é esta: “Amarás o teu próximo
como a ti mesmo” (v.8). Essa é a conclamação de Tiago
a que os crentes obedeçam a verdadeira lei. O termo
“real”, no versículo 8, refere-se àquilo que é o mais
importante da lei, a sua própria essência. Portanto,
quem faz acepção de pessoas está quebrando a
essência da lei. O amor ao próximo é o coração de toda
lei: “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor
com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama
aos outros cumpriu a lei. [...] O amor não faz mal ao
próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor”
(Rm 13.8,10). Só o amor é capaz de impedir quaisquer
19. III. A LEI REAL, A LEI MOSAICA E
A LEI DA LIBERDADE
2. A Lei Mosaica. Na época em que a Epístola de Tiago foi
escrita, os judeus faziam distinção entre as leis religiosas
mais importantes e as menos importantes, segundo os
critérios estabelecidos por eles mesmos. Os judeus
julgavam que o não cumprimento de um só mandamento
acarretaria a culpa somente daquele mandamento
desobedecido. Mas quando a Bíblia afirma “Porque aquele
que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não
matarás”, está asseverando o aspecto coletivo da lei. Isto é,
quem desobedece um único preceito, quebra, ao mesmo
tempo, toda a lei. Embora os crentes da igreja não
adulterassem, faziam acepção de pessoas. Eles não
atendiam a necessidade dos órfãos e das viúvas e, por isso,
tornaram-se “transgressores de toda a lei”. No Sermão da
20. III. A LEI REAL, A LEI MOSAICA E
A LEI DA LIBERDADE
3. A Lei da Liberdade. A Lei da
Liberdade é o Evangelho. Por ele o
homem torna-se livre. Liberto do
pecado, dos preconceitos e da
maneira mundana de pensar (Rm
6.18). Quem é verdadeiramente
discípulo de Jesus desfruta,
abundantemente, de tal liberdade (Jo
8.36; Gl 5.1,13). Entretanto, como
orienta Tiago, tal liberdade deve vir
acompanhada da coerência: “Assim
falai, e assim procedei” (v.12). O
crente pode falar, pode ensinar e até
escrever sobre o pecado de fazer
acepção de pessoas. Mas na
verdade, é a sua conduta em relação
aos irmãos que demonstrará se ele
é, de fato, um liberto em Cristo ou um
21. CONCLUSÃO
O segundo capítulo da Epístola de Tiago é uma
voz do Evangelho a ecoar através dos tempos.
Ele rotula a acepção de pessoas como pecado,
lembrando-nos de que Deus escolheu os “pobres
deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros
do Reino que prometeu aos que o amam”.
Assim, se a nossa vontade estiver de acordo
com a vontade de Deus, amaremos os pobres
como a nós mesmos. E conscientizar-nos-emos
de que esse amor exige de nós ações
verdadeiras, sinceras, e não apenas de vãs
Notes de l'éditeur
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