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Nov.2011




      The Lean Startup
Como os novos empreendedores estão criando
   negócios radicalmente bem sucedidos
               Escrito por Eric Ries

               Resumido por
The Lean Startup




          http://theleanstartup.com

    2
Introdução
Esse resumo foi produzido como contribuição do Blog Eureca! para a Semana Global de
Empreendedorismo de 2011, e será distribuído gratuitamente entre todos os seus
assinantes (http://blogeureca.com).
O objetivo do documento não é substituir o livro, mas apenas destacar os principais
conceitos apresentados e se colocar como um guia de referência rápida sobre o assunto
abordado na publicação.
Peço que, caso utilizem algum trecho desse material, nos citem como fonte. É uma maneira
de respeitar as horas de dedicação que foram empregadas para confeccionar esse material.


Espero que continuem sempre nos acompanhando no blog!


                                                                            Um abraço,
                                                                          Marcelo Vieira
                                                         marcelo.vieira@blogeureca.com
                                                                            @celovieira


         3
Sumário
1. Visão
     O início.............................................................................................................................   05
     O que é uma startup?..............................................................................................                      08
     Aprendizado validado..............................................................................................                      10
     O caso da IMVU..........................................................................................................                12
     Aprendizado via experimentos práticos.........................................................                                          19

2. Direção
     O loop “Construir – Medir – Aprender”.........................................................                                          22
     Um pouco mais sobre o PVM..............................................................................                                 27
     O papel da qualidade no PVM............................................................................                                 30
     Como medir os resultados de uma startup?...............................................                                                 34
     Persistir ou alterar a estratégia?........................................................................                              39

3. Aceleração
     Ferramentas do Lean Production adaptadas para startups.................                                                                 43
     Motores de crescimento........................................................................................                          45

     4
1. Visão
• O início
  – Hoje existem mais empreendedores no mundo que em
    qualquer outra época. Isso acontece sobretudo por mudanças
    na economia, que entre outras coisas acarretaram na
    diminuição dos empregos na indústria
  – O renascimento do empreendedorismo deve estar
    acompanhado de novos paradigmas de gestão adaptados a
    esse contexto
  – O movimento Lean Startup tem com inspiração o Lean
    Manufacturing, desenvolvido na Toyota por Taiichi Ohno e
    Shigeo Shingo logo após a Segunda Guerra Mundial


     5
1. Visão
• O início
  – O objetivo de uma startup é descobrir, o quanto antes, o que os
    consumidores querem e estão dispostos a comprar. E depois
    oferecer uma solução (produto ou serviço) que entregue esse
    valor
  – Ao invés de elaborar planos de negócio complexos e repletos
    de chutes, O método Lean Startup ajuda o empreendedor a
    atravessar a sua jornada rumo à construção de uma empresa
    viável por meio de feedbacks e ajustes constantes




     6
1. Visão
• O início


                          o produto muda constantemente por meio
                          de processos de otimização
             produto
                          a estratégia também muda, com um pouco
                          menos de frequência, por meio dos
             estratégia   pivoteamentos (explicado adiante)

                          a visão que o empreendedor tem sobre o
               visão      negócio raramente muda



     7
1. Visão
• O que é uma startup?


   “Startup é uma organização que
 existe para criar novos produtos ou
  serviços sob condição de extrema
              incerteza”


     8
1. Visão
• O que é uma startup?
  – Essa condição de incerteza faz com que as
    ferramentas e metodologias tradicionais de
    gerenciamento (tais como planos de negócios,
    previsões e processos de desenvolvimento de
    produtos) não se apliquem




     9
1. Visão
• Aprendizado validado
  – A maneira tradicional de se medir o progresso de um
    projeto é garantindo que o mesmo caminhe conforme
    o planejado, na qualidade desejada e com os custos
    previstos
  – O problema é que você pode executar com extremo
    sucesso o planejamento, e não chegar a qualquer
    resultado relevante
           A questão é: será que no contexto de uma startup essa é
           a melhor forma de verificar se você está caminhando no
           sentido de criar um negócio viável?

     10
1. Visão
• Aprendizado validado
  – O livro sugere uma maneira diferente de acompanhar
    a evolução da startup. Trata-se do Aprendizado
    Validado, que busca demonstrar de forma empírica,
    concreta e rápida, se a startup está caminhando no
    sentido de oferecer algo que seja valorizado pelos
    clientes
  – Para ilustrar o conceito, o livro conta a história da
    IMVU, empresa da qual Eric é um dos fundadores


     11
1. Visão
• O caso da IMVU
  – A IMVU foi criada em 2004 com o propósito de entrar
    no mercado de Instant Messaging (comunicadores
    como o MSN, Google Talk, etc.)
  – Na época, os 3 principais programas (AIM, MSN e
    Yahoo!) respondiam por 80% do uso total, mas as
    receitas – provenientes de anunciantes, uma vez que
    os usuários não pagavam – eram baixas
  – A estratégia da IMVU foi combinar o uso desses
    programas com o conceito de mundos virtuais e
    ambientes 3D dos games, por meio do uso de
    avatares. Os usuários pagariam pela utilização
    12
1. Visão
• O caso da IMVU
  – Entendendo que seria difícil emplacar um programa
    de comunicação inteiramente novo (isso exigiria que
    não apenas os usuários, mas também seus amigos
    migrassem para o novo programa e criassem novas
    listas de contatos), o time da IMVU decidiu criar um
    aplicativo que se conectasse às redes existentes e se
    espalhasse de forma viral
  – O aplicativo deveria ser compatível com todos os
    principais programas de comunicação e tipos de
    computadores existentes
     13
1. Visão
• O caso da IMVU
  – Os sócios da IMVU definiram um prazo de 6 meses
    para colocar no ar a primeira versão do aplicativo, e
    Eric ficou responsável pelo desenvolvimento da
    complexa tecnologia necessária para garantir a
    conexão do aplicativo com os demais programas
  – A primeira versão do produto, “terrível” nas palavras
    de Eric, foi lançada no prazo previsto, mas não houve
    consumidores interessados em utilizá-lo


     14
1. Visão
• O caso da IMVU
  – Foi aí que o processo do Aprendizado Validado entrou
    em ação. Eles chamaram para o escritório da empresa
    alguns potenciais clientes para testarem o novo
    produto e transmitirem suas impressões
  – Os clientes foram instruídos a configurarem seus
    avatares, instalarem o aplicativo e convidarem um
    amigo para um chat. Os resultados foram positivos em
    relação a montar e brincar com os avatares, mas os
    usuários não aceitaram adicionar e teclar com amigos
    por meio do aplicativo, pois não sabiam se o produto
    seria popular
    15
1. Visão
• O caso da IMVU
  – Esse comportamento se repetiu ao longo de todos os
    testes, e após tentativas de adequação do produto e
    diversas rodadas de entrevistas, a equipe da IMVU
    descobriu que haviam desenvolvido o aplicativo a
    partir de uma premissa errada: a de que os usuários
    não utilizariam um programa de comunicação em que
    tivessem que criar uma nova lista de contatos do zero
  – Na verdade, esses consumidores já estavam
    acostumados a baixar novos programas e criar novas
    listas. Gerenciar um programa a mais não era
    problema para eles
     16
1. Visão
• O caso da IMVU
  – Inicialmente, essa conclusão caiu como uma bomba
    para a equipe da IMVU, uma vez que haviam investido
    grande parte do tempo de desenvolvimento do
    aplicativo para estabelecer as conexões entre as redes
    de comunicação existentes. E agora todo esse
    complexo trabalho havia se mostrado um grande
    desperdício de recursos (tempo, pessoas, dinheiro)




     17
1. Visão
• O caso da IMVU
  – Esse episódio levou Eric e a equipe da IMVU a buscar,
    a partir de então, testes empíricos que fornecessem,
    rapidamente, validação para as hipóteses que
    sustentavam o negócio deles
     • Qualquer esforço que não aumente a compreensão sobre o
       que os clientes realmente querem deve ser eliminado
     • A medida de produtividade em uma startup não deve ser a
       quantidade de coisas produzidas no fim do dia, mas sim o
       aprendizado validado resultante


     18
1. Visão
• Aprendizado via experimentos práticos
  – O modelo de negócios de uma startup sempre estará
    embasado em determinadas hipóteses. Uma hipótese
    é a previsão de um resultado esperado
  – Para validar cada uma das hipóteses (e, por
    consequência, o modelo de negócios), é preciso
    elaborar e executar testes empíricos
  – Os resultados desses testes mostrarão se os esforços
    da startup estão sendo empregados no sentido de
    construir um negócio viável ou não

     19
1. Visão
• Aprendizado via experimentos práticos
  – As duas principais hipóteses que devem ser testadas o
    mais cedo possível estão relacionadas à proposta de
    valor e ao modelo de crescimento do negócio
  – No entanto, quaisquer outras premissas críticas do
    negócio também devem ser testadas e validadas




     20
1. Visão
• Aprendizado via experimentos práticos
  – Os experimentos também ajudam a entender o que
    os clientes realmente querem e valorizam. Muitas
    vezes eles mesmos não sabem dar essa resposta (por
    isso nem sempre pesquisas de mercado tradicionais
    são as melhores opções para entender
    profundamente o comportamento dos clientes)




     21
2. Direção
• O loop “Construir – Medir – Aprender”
             IDEIAS



 APRENDER             CONSTRUIR
                                    O desafio da startup
                                    é minimizar o tempo
                                    necessário para
DADOS                     PRODUTO   atravessar esse loop


             MEDIR


        22
2. Direção
• O loop “Construir – Medir – Aprender”
             ― A entrada no loop acontece com a
               construção do Produto Mínimo Viável
               (PMV)
             ― O PVM é a versão mais simples possível
               de um conceito/produto/serviço que
               permita à startup dar uma volta
               completa no loop e assim adquirir
               aprendizado validado


     23
2. Direção
• O loop “Construir – Medir – Aprender”
             ― Com o PVM no ar, é preciso medir os
               resultados, de forma a verificar se os
               esforços empregados estão se traduzindo
               em progressos concretos
             ― O método recomentado pelo livro para
               realizar tal mensuração é o da
               contabilidade da inovação (explicado
               adiante no resumo)


     24
2. Direção
• O loop “Construir – Medir – Aprender”
              ― Por fim, após mensurados os resultados,
                chega o momento de tomar a decisão
                mais difícil para qualquer empreendedor:
                manter a estratégia até aqui definida ou
                “pivotear” para uma nova?
― Um dos diferenciais do Lean Startup é antecipar a
  decisão de “pivotear ou persistir”, acarretando em
  menor desperdício de recursos pela empresa


     25
2. Direção
• O loop “Construir – Medir – Aprender”
             ― Apesar da sequência em que o loop
               avança ser “Construir – Medir –
               Aprender”, o seu planejamento é
               realizado na ordem inversa:
               1. Identificar o que se deseja aprender
               2. Estabelecer como medir a validação do
                  aprendizado
               3. Definir qual PMV deve ser construído para o
                  experimento em questão


     26
2. Direção
• Um pouco mais sobre o PMV
  – É muito comum startups evitarem lançar o produto
    antes que ele esteja 100% funcional e com a
    qualidade esperada
  – Quanto mais tarde esse produto é lançado, mais
    energia e recursos terá consumido, e maior o risco de
    não estar adequado às reais necessidades e
    expectativas dos clientes



     27
2. Direção
• Um pouco mais sobre o PMV
   – O ideal é que a startup construa e lance um PVM o
     quanto antes e sem muito receio, pois os primeiros
     clientes serão early adopters, um grupo especial de
     clientes que está disposto a adquirir uma solução não
     completamente terminada. O que importa para um
     early adopter é utilizar a solução antes dos demais

 Um exemplo citado no livro é o do lançamento do primeiro Iphone em 2007, que não
 tinha internet 3G, suporte a e-mails corporativos ou funções básicas como copiar e colar.
 Mesmo assim, no dia do lançamento havia longas filas em frente às lojas da Apple


        28
2. Direção
• Um pouco mais sobre o PMV
  – Voltando ao caso da IMVU, após a empresa ter
    investido 6 meses de desenvolvimento na tecnologia
    de conexão com todos os comunicadores existentes,
    perceberam que os clientes valorizavam algo muito
    mais simples: um comunicador novo, que os
    permitissem conhecer novas pessoas e criar novas
    listas de contato
  – A IMVU poderia ter lançado um PMV para testar essa
    suposição com muito menos esforço de
    desenvolvimento e em um prazo muito menor que os
    6 meses utilizados
    29
2. Direção
• O papel da qualidade no PMV
  – Outro episódio bastante interessante da IMVU e que
    reforça a importância do PMV diz respeito à qualidade
    da interface gráfica dos avatares nas versões iniciais
    do produto. A empresa esperava atingir padrão
    semelhante ao de jogos consagrados, como o “The
    Sims”. No entanto, priorizaram outras funcionalidades
    e lançaram a primeira versão com avatares estáticos
  – A equipe suspeitava que o uso de avatares estáticos
    não agradaria os clientes, e os testes realizados com
    usuários comprovaram as suspeitas
     30
2. Direção
• O papel da qualidade no PMV
  – Essa comprovação levou os sócios da empresa a
    concluírem que não havia outra escolha a não ser
    investir no desenvolvimento da interface gráfica,
    mesmo cientes de que isso exigiria alto
    comprometimento de recursos
  – Com o aprendizado do episódio anterior (conexão
    com as redes existentes ao invés da criação de uma
    nova), Eric decidiu fazer um último teste. Criou uma
    versão em que os avatares se “teletransportavam” do
    ponto de origem para o local desejado pelo usuário,
    sem se deslocarem por todo o espaço
    31
2. Direção
• O papel da qualidade no PMV
  – Essa era uma solução tão simplista que Eric a taxou de
    “trapaça”, e tinha certeza que os clientes não a
    aceitariam
  – Para sua surpresa, no entanto, essa funcionalidade foi
    uma das mais elogiadas pelos usuários nos testes que
    se seguiram. O “teletransporte” fazia com que o
    deslocamento do avatar fosse mais rápido,
    economizando tempo do usuário
  – Os resultados desse teste evitaram que a IMVU
    desperdiçasse preciosos recursos no desenvolvimento
    de uma funcionalidade que não agregaria valor
    adicional aos clientes
2. Direção
• O papel da qualidade no PMV
  – A conclusão é que os clientes não avaliam o tempo ou
    a complexidade de desenvolvimento de uma solução.
    O que importa, no fim das contas, é se eles enxergam
    valor no resultado final
  – Ao construir um PMV, foque na validação do
    aprendizado que deseja obter com ele, e remova
    qualquer funcionalidade, processo ou esforço que
    não contribua para esse fim


    33
2. Direção
• Como medir os resultados de uma startup?
  – De acordo com o livro, os métodos tradicionais de
    avaliação de resultados não servem para startups. É
    necessário contabilizar a inovação
  – Para fazer isso, 3 etapas são necessárias:
     1. Lançar um PVM para levantar dados sobre a posição atual
        da empresa
     2. Realizar pequenos ajustes e otimizações no PVM de modo
        a avaliar o progresso rumo ao estado desejado (de acordo
        com a visão estabelecida para a startup)
     3. Decidir entre persistir na estratégia vigente ou “pivotear”
        para uma nova estratégia. Nesse último caso, o processo
        volta à etapa 1
     34
2. Direção
• Como medir os resultados de uma startup?
  – A primeira hipótese a ser avaliada deve ser sempre a
    mais crítica para o negócio, pois se ela não for
    validada, não há necessidade de se preocupar em
    testar as demais
  – As seguintes técnicas são recomendadas para avaliar o
    progresso de uma startup:
     1. Análise de Corte
     2. Split-tests



     35
2. Direção
• Como medir os resultados de uma startup?
  1. Análise de Corte: ao invés de verificar informações
     agregadas (total de clientes, receita total), a análise
     de corte segmenta o estudo em grupos de clientes
     que apresentam formas independentes de contato
     com o produto
    ― No exemplo da IMVU, os cortes utilizaram foram:
          o   Registraram-se mas não acessaram o serviço
          o   Acessaram o serviço mas não tiveram qualquer conversa
          o   Conversaram ao menos 1 vez
          o   Conversaram ao menos 5 vezes
          o   Pagaram pelo produto
     36
2. Direção
• Como medir os resultados de uma startup?
  2. Split-tests (ou teste A/B): técnica em que diferentes
     versões do produto são oferecidas em paralelo a
     grupos distintos de clientes, permitindo que
     alterações de comportamento sejam monitoradas
    ― Exemplos de aplicação:
          o   Cada grupo é direcionado a páginas que anunciam o produto
              com preços diferentes
          o   Cada grupo é direcionado a páginas que apresentam layouts
              diferentes




     37
2. Direção
• Como medir os resultados de uma startup?
  – As métricas utilizadas para mensurar o progresso de
    uma startup devem ser:
     1. Acionáveis: tornam claras quais ações são necessárias
        para replicar os resultados
     2. Acessíveis: os relatórios devem ser elaborados com
        linguagem simples, de modo que qualquer pessoa na
        empresa consiga entender e interpretar
     3. Auditáveis: os dados utilizados como base para a
        mensuração devem ser consistentes


     38
2. Direção
• Persistir ou alterar a estratégia?
  – Essa é, provavelmente, a decisão mais difícil que o
    empreendedor deve tomar ao longo do loop construir
    – medir – aprender
  – Após lançar o PMV e medir o progresso da startup, é
    preciso decidir se as tendências são positivas o
    suficiente para persistir na estratégia definida, ou se é
    necessário “pivotear” para uma nova direção
  – Quanto mais dinheiro, tempo e energia tiver sido
    investida em uma ideia, mais difícil é para o
    empreendedor aceitar uma mudança de rumo
     39
2. Direção
• Persistir ou alterar a estratégia?
  – O autor classifica o “pivoteamento” nos seguintes
    tipos:
     1. Aumentar o Zoom: o que antes era considerado uma
        simples funcionalidade se torna o produto principal
     2. Diminuir o Zoom: aqui o movimento ocorre no sentido
        contrário. O que antes parecia ser o produto principal
        agora passa a ser apenas uma funcionalidade dentro de
        algo novo e maior
     3. Alterar um Segmento de Clientes: a startup percebe que a
        solução que está construindo é útil para um segmento de
        clientes diferente daquele originalmente imaginado
     40
2. Direção
• Persistir ou alterar a estratégia?
  – O autor classifica o “pivoteamento” nos seguintes
    tipos:
     4. Alterar a proposta de valor: a startup percebe que a
        proposta de valor original não é percebida como relevante
        pelo cliente, mas descobre uma nova proposta que pode
        ser desenvolvida pela empresa e que tenha maiores
        chances de sucesso
     5. Alterar a arquitetura de negócio: alterar de uma estratégia
        de “baixo volumes/alta margem” para um de “alto
        volume/baixa margem”, ou vice versa
     6. Alterar a forma de capturar valor : alterar a maneira de
        gerar receitas
2. Direção
• Persistir ou alterar a estratégia?
  – O autor classifica o “pivoteamento” nos seguintes
    tipos:
     7. Alterar o motor de crescimento: o motor de crescimento
        de uma startup pode ser viral, de retenção ou pago (os
        motores de crescimento são explicado adiante)
     8. Alterar o canal de distribuição: alterar o canal utilizado
        para entregar a solução (venda direta, atacado, internet,
        etc.)
     9. Alterar a tecnologia: alterar a tecnologia empregada na
        solução

     42
3. Aceleração
• Ferramentas do Lean Production adaptadas para
  startups
  – Genchi Gembutsu: o empreendedor só conseguirá
    entender completamente uma determinada situação
    ou problema se for até o local visualizá-lo com seus
    próprios olhos
  – Pequenos lotes: encurtar os ciclos de
    desenvolvimento de produtos permite que a empresa
    atravesse o loop construir – medir – aprender mais
    rápido que seus concorrentes, criando vantagens
    competitivas
     43
3. Aceleração
• Ferramentas do Lean Production adaptadas para
  startups
  – Puxe ao invés de empurrar: as hipóteses formuladas a
    partir da perspectiva dos potenciais clientes
    direcionam a construção de PMVs para validá-las
  – 5W (5 Porquês): técnica para se chegar à causa raiz de
    um problema, e assim alocar os recursos na solução
    correta. Uma variação mais simples dessa técnica é
    reduzi-la a 2 regras:
     1. Ser tolerante com todos os erros que acontecerem pela
        primeira vez
     2. Nunca permitir que o mesmo erro seja cometido 2 vezes
     44
3. Aceleração
• Motores de crescimento
  – São mecanismos utilizados pelas startups para
    alcançar um patamar de crescimento contínuo e
    sustentável
  – O patamar de crescimento sustentável é atingido
    quando novos clientes são atraídos a partir do
    resultado de ações dos clientes existentes. Existem 4
    maneiras principais de alcançar crescimento
    sustentável. São elas:
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     2.   Outras pessoas utilizando o produto
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• Motores de crescimento
  – Existem 3 motores básicos de crescimento:
     1. Retenção: o modelo de crescimento é baseado na atração
        e retenção dos clientes por longos períodos de tempo, por
        meio do estabelecimento de barreiras que dificultam a
        migração para outras soluções. A principal métrica é a
        taxa de retenção de clientes
     2. Viral: O crescimento acontece de forma exponencial e
        automática. A métrica fundamental é o coeficiente viral,
        que mede quantos novos clientes irão passar a utilizar a
        solução como consequência de cada novo cliente que
        passa a utilizá-la. Um coeficiente maior que 1 indica
        crescimento exponencial
    46
3. Aceleração
• Motores de crescimento
  – Existem 3 motores básicos de crescimento:
     3. Pago: cada cliente faz um desembolso referente ao valor
        do produto ou serviço toda vez que for utilizá-lo, e
        enquanto se mantiver como cliente.




    47
The Lean Startup
Como os novos empreendedores estão criando
   negócios radicalmente bem sucedidos
               Escrito por Eric Ries

               Resumido por

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Resumo Eureca! - The Lean Startup

  • 1. Nov.2011 The Lean Startup Como os novos empreendedores estão criando negócios radicalmente bem sucedidos Escrito por Eric Ries Resumido por
  • 2. The Lean Startup http://theleanstartup.com 2
  • 3. Introdução Esse resumo foi produzido como contribuição do Blog Eureca! para a Semana Global de Empreendedorismo de 2011, e será distribuído gratuitamente entre todos os seus assinantes (http://blogeureca.com). O objetivo do documento não é substituir o livro, mas apenas destacar os principais conceitos apresentados e se colocar como um guia de referência rápida sobre o assunto abordado na publicação. Peço que, caso utilizem algum trecho desse material, nos citem como fonte. É uma maneira de respeitar as horas de dedicação que foram empregadas para confeccionar esse material. Espero que continuem sempre nos acompanhando no blog! Um abraço, Marcelo Vieira marcelo.vieira@blogeureca.com @celovieira 3
  • 4. Sumário 1. Visão O início............................................................................................................................. 05 O que é uma startup?.............................................................................................. 08 Aprendizado validado.............................................................................................. 10 O caso da IMVU.......................................................................................................... 12 Aprendizado via experimentos práticos......................................................... 19 2. Direção O loop “Construir – Medir – Aprender”......................................................... 22 Um pouco mais sobre o PVM.............................................................................. 27 O papel da qualidade no PVM............................................................................ 30 Como medir os resultados de uma startup?............................................... 34 Persistir ou alterar a estratégia?........................................................................ 39 3. Aceleração Ferramentas do Lean Production adaptadas para startups................. 43 Motores de crescimento........................................................................................ 45 4
  • 5. 1. Visão • O início – Hoje existem mais empreendedores no mundo que em qualquer outra época. Isso acontece sobretudo por mudanças na economia, que entre outras coisas acarretaram na diminuição dos empregos na indústria – O renascimento do empreendedorismo deve estar acompanhado de novos paradigmas de gestão adaptados a esse contexto – O movimento Lean Startup tem com inspiração o Lean Manufacturing, desenvolvido na Toyota por Taiichi Ohno e Shigeo Shingo logo após a Segunda Guerra Mundial 5
  • 6. 1. Visão • O início – O objetivo de uma startup é descobrir, o quanto antes, o que os consumidores querem e estão dispostos a comprar. E depois oferecer uma solução (produto ou serviço) que entregue esse valor – Ao invés de elaborar planos de negócio complexos e repletos de chutes, O método Lean Startup ajuda o empreendedor a atravessar a sua jornada rumo à construção de uma empresa viável por meio de feedbacks e ajustes constantes 6
  • 7. 1. Visão • O início o produto muda constantemente por meio de processos de otimização produto a estratégia também muda, com um pouco menos de frequência, por meio dos estratégia pivoteamentos (explicado adiante) a visão que o empreendedor tem sobre o visão negócio raramente muda 7
  • 8. 1. Visão • O que é uma startup? “Startup é uma organização que existe para criar novos produtos ou serviços sob condição de extrema incerteza” 8
  • 9. 1. Visão • O que é uma startup? – Essa condição de incerteza faz com que as ferramentas e metodologias tradicionais de gerenciamento (tais como planos de negócios, previsões e processos de desenvolvimento de produtos) não se apliquem 9
  • 10. 1. Visão • Aprendizado validado – A maneira tradicional de se medir o progresso de um projeto é garantindo que o mesmo caminhe conforme o planejado, na qualidade desejada e com os custos previstos – O problema é que você pode executar com extremo sucesso o planejamento, e não chegar a qualquer resultado relevante A questão é: será que no contexto de uma startup essa é a melhor forma de verificar se você está caminhando no sentido de criar um negócio viável? 10
  • 11. 1. Visão • Aprendizado validado – O livro sugere uma maneira diferente de acompanhar a evolução da startup. Trata-se do Aprendizado Validado, que busca demonstrar de forma empírica, concreta e rápida, se a startup está caminhando no sentido de oferecer algo que seja valorizado pelos clientes – Para ilustrar o conceito, o livro conta a história da IMVU, empresa da qual Eric é um dos fundadores 11
  • 12. 1. Visão • O caso da IMVU – A IMVU foi criada em 2004 com o propósito de entrar no mercado de Instant Messaging (comunicadores como o MSN, Google Talk, etc.) – Na época, os 3 principais programas (AIM, MSN e Yahoo!) respondiam por 80% do uso total, mas as receitas – provenientes de anunciantes, uma vez que os usuários não pagavam – eram baixas – A estratégia da IMVU foi combinar o uso desses programas com o conceito de mundos virtuais e ambientes 3D dos games, por meio do uso de avatares. Os usuários pagariam pela utilização 12
  • 13. 1. Visão • O caso da IMVU – Entendendo que seria difícil emplacar um programa de comunicação inteiramente novo (isso exigiria que não apenas os usuários, mas também seus amigos migrassem para o novo programa e criassem novas listas de contatos), o time da IMVU decidiu criar um aplicativo que se conectasse às redes existentes e se espalhasse de forma viral – O aplicativo deveria ser compatível com todos os principais programas de comunicação e tipos de computadores existentes 13
  • 14. 1. Visão • O caso da IMVU – Os sócios da IMVU definiram um prazo de 6 meses para colocar no ar a primeira versão do aplicativo, e Eric ficou responsável pelo desenvolvimento da complexa tecnologia necessária para garantir a conexão do aplicativo com os demais programas – A primeira versão do produto, “terrível” nas palavras de Eric, foi lançada no prazo previsto, mas não houve consumidores interessados em utilizá-lo 14
  • 15. 1. Visão • O caso da IMVU – Foi aí que o processo do Aprendizado Validado entrou em ação. Eles chamaram para o escritório da empresa alguns potenciais clientes para testarem o novo produto e transmitirem suas impressões – Os clientes foram instruídos a configurarem seus avatares, instalarem o aplicativo e convidarem um amigo para um chat. Os resultados foram positivos em relação a montar e brincar com os avatares, mas os usuários não aceitaram adicionar e teclar com amigos por meio do aplicativo, pois não sabiam se o produto seria popular 15
  • 16. 1. Visão • O caso da IMVU – Esse comportamento se repetiu ao longo de todos os testes, e após tentativas de adequação do produto e diversas rodadas de entrevistas, a equipe da IMVU descobriu que haviam desenvolvido o aplicativo a partir de uma premissa errada: a de que os usuários não utilizariam um programa de comunicação em que tivessem que criar uma nova lista de contatos do zero – Na verdade, esses consumidores já estavam acostumados a baixar novos programas e criar novas listas. Gerenciar um programa a mais não era problema para eles 16
  • 17. 1. Visão • O caso da IMVU – Inicialmente, essa conclusão caiu como uma bomba para a equipe da IMVU, uma vez que haviam investido grande parte do tempo de desenvolvimento do aplicativo para estabelecer as conexões entre as redes de comunicação existentes. E agora todo esse complexo trabalho havia se mostrado um grande desperdício de recursos (tempo, pessoas, dinheiro) 17
  • 18. 1. Visão • O caso da IMVU – Esse episódio levou Eric e a equipe da IMVU a buscar, a partir de então, testes empíricos que fornecessem, rapidamente, validação para as hipóteses que sustentavam o negócio deles • Qualquer esforço que não aumente a compreensão sobre o que os clientes realmente querem deve ser eliminado • A medida de produtividade em uma startup não deve ser a quantidade de coisas produzidas no fim do dia, mas sim o aprendizado validado resultante 18
  • 19. 1. Visão • Aprendizado via experimentos práticos – O modelo de negócios de uma startup sempre estará embasado em determinadas hipóteses. Uma hipótese é a previsão de um resultado esperado – Para validar cada uma das hipóteses (e, por consequência, o modelo de negócios), é preciso elaborar e executar testes empíricos – Os resultados desses testes mostrarão se os esforços da startup estão sendo empregados no sentido de construir um negócio viável ou não 19
  • 20. 1. Visão • Aprendizado via experimentos práticos – As duas principais hipóteses que devem ser testadas o mais cedo possível estão relacionadas à proposta de valor e ao modelo de crescimento do negócio – No entanto, quaisquer outras premissas críticas do negócio também devem ser testadas e validadas 20
  • 21. 1. Visão • Aprendizado via experimentos práticos – Os experimentos também ajudam a entender o que os clientes realmente querem e valorizam. Muitas vezes eles mesmos não sabem dar essa resposta (por isso nem sempre pesquisas de mercado tradicionais são as melhores opções para entender profundamente o comportamento dos clientes) 21
  • 22. 2. Direção • O loop “Construir – Medir – Aprender” IDEIAS APRENDER CONSTRUIR O desafio da startup é minimizar o tempo necessário para DADOS PRODUTO atravessar esse loop MEDIR 22
  • 23. 2. Direção • O loop “Construir – Medir – Aprender” ― A entrada no loop acontece com a construção do Produto Mínimo Viável (PMV) ― O PVM é a versão mais simples possível de um conceito/produto/serviço que permita à startup dar uma volta completa no loop e assim adquirir aprendizado validado 23
  • 24. 2. Direção • O loop “Construir – Medir – Aprender” ― Com o PVM no ar, é preciso medir os resultados, de forma a verificar se os esforços empregados estão se traduzindo em progressos concretos ― O método recomentado pelo livro para realizar tal mensuração é o da contabilidade da inovação (explicado adiante no resumo) 24
  • 25. 2. Direção • O loop “Construir – Medir – Aprender” ― Por fim, após mensurados os resultados, chega o momento de tomar a decisão mais difícil para qualquer empreendedor: manter a estratégia até aqui definida ou “pivotear” para uma nova? ― Um dos diferenciais do Lean Startup é antecipar a decisão de “pivotear ou persistir”, acarretando em menor desperdício de recursos pela empresa 25
  • 26. 2. Direção • O loop “Construir – Medir – Aprender” ― Apesar da sequência em que o loop avança ser “Construir – Medir – Aprender”, o seu planejamento é realizado na ordem inversa: 1. Identificar o que se deseja aprender 2. Estabelecer como medir a validação do aprendizado 3. Definir qual PMV deve ser construído para o experimento em questão 26
  • 27. 2. Direção • Um pouco mais sobre o PMV – É muito comum startups evitarem lançar o produto antes que ele esteja 100% funcional e com a qualidade esperada – Quanto mais tarde esse produto é lançado, mais energia e recursos terá consumido, e maior o risco de não estar adequado às reais necessidades e expectativas dos clientes 27
  • 28. 2. Direção • Um pouco mais sobre o PMV – O ideal é que a startup construa e lance um PVM o quanto antes e sem muito receio, pois os primeiros clientes serão early adopters, um grupo especial de clientes que está disposto a adquirir uma solução não completamente terminada. O que importa para um early adopter é utilizar a solução antes dos demais Um exemplo citado no livro é o do lançamento do primeiro Iphone em 2007, que não tinha internet 3G, suporte a e-mails corporativos ou funções básicas como copiar e colar. Mesmo assim, no dia do lançamento havia longas filas em frente às lojas da Apple 28
  • 29. 2. Direção • Um pouco mais sobre o PMV – Voltando ao caso da IMVU, após a empresa ter investido 6 meses de desenvolvimento na tecnologia de conexão com todos os comunicadores existentes, perceberam que os clientes valorizavam algo muito mais simples: um comunicador novo, que os permitissem conhecer novas pessoas e criar novas listas de contato – A IMVU poderia ter lançado um PMV para testar essa suposição com muito menos esforço de desenvolvimento e em um prazo muito menor que os 6 meses utilizados 29
  • 30. 2. Direção • O papel da qualidade no PMV – Outro episódio bastante interessante da IMVU e que reforça a importância do PMV diz respeito à qualidade da interface gráfica dos avatares nas versões iniciais do produto. A empresa esperava atingir padrão semelhante ao de jogos consagrados, como o “The Sims”. No entanto, priorizaram outras funcionalidades e lançaram a primeira versão com avatares estáticos – A equipe suspeitava que o uso de avatares estáticos não agradaria os clientes, e os testes realizados com usuários comprovaram as suspeitas 30
  • 31. 2. Direção • O papel da qualidade no PMV – Essa comprovação levou os sócios da empresa a concluírem que não havia outra escolha a não ser investir no desenvolvimento da interface gráfica, mesmo cientes de que isso exigiria alto comprometimento de recursos – Com o aprendizado do episódio anterior (conexão com as redes existentes ao invés da criação de uma nova), Eric decidiu fazer um último teste. Criou uma versão em que os avatares se “teletransportavam” do ponto de origem para o local desejado pelo usuário, sem se deslocarem por todo o espaço 31
  • 32. 2. Direção • O papel da qualidade no PMV – Essa era uma solução tão simplista que Eric a taxou de “trapaça”, e tinha certeza que os clientes não a aceitariam – Para sua surpresa, no entanto, essa funcionalidade foi uma das mais elogiadas pelos usuários nos testes que se seguiram. O “teletransporte” fazia com que o deslocamento do avatar fosse mais rápido, economizando tempo do usuário – Os resultados desse teste evitaram que a IMVU desperdiçasse preciosos recursos no desenvolvimento de uma funcionalidade que não agregaria valor adicional aos clientes
  • 33. 2. Direção • O papel da qualidade no PMV – A conclusão é que os clientes não avaliam o tempo ou a complexidade de desenvolvimento de uma solução. O que importa, no fim das contas, é se eles enxergam valor no resultado final – Ao construir um PMV, foque na validação do aprendizado que deseja obter com ele, e remova qualquer funcionalidade, processo ou esforço que não contribua para esse fim 33
  • 34. 2. Direção • Como medir os resultados de uma startup? – De acordo com o livro, os métodos tradicionais de avaliação de resultados não servem para startups. É necessário contabilizar a inovação – Para fazer isso, 3 etapas são necessárias: 1. Lançar um PVM para levantar dados sobre a posição atual da empresa 2. Realizar pequenos ajustes e otimizações no PVM de modo a avaliar o progresso rumo ao estado desejado (de acordo com a visão estabelecida para a startup) 3. Decidir entre persistir na estratégia vigente ou “pivotear” para uma nova estratégia. Nesse último caso, o processo volta à etapa 1 34
  • 35. 2. Direção • Como medir os resultados de uma startup? – A primeira hipótese a ser avaliada deve ser sempre a mais crítica para o negócio, pois se ela não for validada, não há necessidade de se preocupar em testar as demais – As seguintes técnicas são recomendadas para avaliar o progresso de uma startup: 1. Análise de Corte 2. Split-tests 35
  • 36. 2. Direção • Como medir os resultados de uma startup? 1. Análise de Corte: ao invés de verificar informações agregadas (total de clientes, receita total), a análise de corte segmenta o estudo em grupos de clientes que apresentam formas independentes de contato com o produto ― No exemplo da IMVU, os cortes utilizaram foram: o Registraram-se mas não acessaram o serviço o Acessaram o serviço mas não tiveram qualquer conversa o Conversaram ao menos 1 vez o Conversaram ao menos 5 vezes o Pagaram pelo produto 36
  • 37. 2. Direção • Como medir os resultados de uma startup? 2. Split-tests (ou teste A/B): técnica em que diferentes versões do produto são oferecidas em paralelo a grupos distintos de clientes, permitindo que alterações de comportamento sejam monitoradas ― Exemplos de aplicação: o Cada grupo é direcionado a páginas que anunciam o produto com preços diferentes o Cada grupo é direcionado a páginas que apresentam layouts diferentes 37
  • 38. 2. Direção • Como medir os resultados de uma startup? – As métricas utilizadas para mensurar o progresso de uma startup devem ser: 1. Acionáveis: tornam claras quais ações são necessárias para replicar os resultados 2. Acessíveis: os relatórios devem ser elaborados com linguagem simples, de modo que qualquer pessoa na empresa consiga entender e interpretar 3. Auditáveis: os dados utilizados como base para a mensuração devem ser consistentes 38
  • 39. 2. Direção • Persistir ou alterar a estratégia? – Essa é, provavelmente, a decisão mais difícil que o empreendedor deve tomar ao longo do loop construir – medir – aprender – Após lançar o PMV e medir o progresso da startup, é preciso decidir se as tendências são positivas o suficiente para persistir na estratégia definida, ou se é necessário “pivotear” para uma nova direção – Quanto mais dinheiro, tempo e energia tiver sido investida em uma ideia, mais difícil é para o empreendedor aceitar uma mudança de rumo 39
  • 40. 2. Direção • Persistir ou alterar a estratégia? – O autor classifica o “pivoteamento” nos seguintes tipos: 1. Aumentar o Zoom: o que antes era considerado uma simples funcionalidade se torna o produto principal 2. Diminuir o Zoom: aqui o movimento ocorre no sentido contrário. O que antes parecia ser o produto principal agora passa a ser apenas uma funcionalidade dentro de algo novo e maior 3. Alterar um Segmento de Clientes: a startup percebe que a solução que está construindo é útil para um segmento de clientes diferente daquele originalmente imaginado 40
  • 41. 2. Direção • Persistir ou alterar a estratégia? – O autor classifica o “pivoteamento” nos seguintes tipos: 4. Alterar a proposta de valor: a startup percebe que a proposta de valor original não é percebida como relevante pelo cliente, mas descobre uma nova proposta que pode ser desenvolvida pela empresa e que tenha maiores chances de sucesso 5. Alterar a arquitetura de negócio: alterar de uma estratégia de “baixo volumes/alta margem” para um de “alto volume/baixa margem”, ou vice versa 6. Alterar a forma de capturar valor : alterar a maneira de gerar receitas
  • 42. 2. Direção • Persistir ou alterar a estratégia? – O autor classifica o “pivoteamento” nos seguintes tipos: 7. Alterar o motor de crescimento: o motor de crescimento de uma startup pode ser viral, de retenção ou pago (os motores de crescimento são explicado adiante) 8. Alterar o canal de distribuição: alterar o canal utilizado para entregar a solução (venda direta, atacado, internet, etc.) 9. Alterar a tecnologia: alterar a tecnologia empregada na solução 42
  • 43. 3. Aceleração • Ferramentas do Lean Production adaptadas para startups – Genchi Gembutsu: o empreendedor só conseguirá entender completamente uma determinada situação ou problema se for até o local visualizá-lo com seus próprios olhos – Pequenos lotes: encurtar os ciclos de desenvolvimento de produtos permite que a empresa atravesse o loop construir – medir – aprender mais rápido que seus concorrentes, criando vantagens competitivas 43
  • 44. 3. Aceleração • Ferramentas do Lean Production adaptadas para startups – Puxe ao invés de empurrar: as hipóteses formuladas a partir da perspectiva dos potenciais clientes direcionam a construção de PMVs para validá-las – 5W (5 Porquês): técnica para se chegar à causa raiz de um problema, e assim alocar os recursos na solução correta. Uma variação mais simples dessa técnica é reduzi-la a 2 regras: 1. Ser tolerante com todos os erros que acontecerem pela primeira vez 2. Nunca permitir que o mesmo erro seja cometido 2 vezes 44
  • 45. 3. Aceleração • Motores de crescimento – São mecanismos utilizados pelas startups para alcançar um patamar de crescimento contínuo e sustentável – O patamar de crescimento sustentável é atingido quando novos clientes são atraídos a partir do resultado de ações dos clientes existentes. Existem 4 maneiras principais de alcançar crescimento sustentável. São elas: 1. Boca a boca 2. Outras pessoas utilizando o produto 3. Propaganda 4. Soluções que demandam compras recorrentes
  • 46. 3. Aceleração • Motores de crescimento – Existem 3 motores básicos de crescimento: 1. Retenção: o modelo de crescimento é baseado na atração e retenção dos clientes por longos períodos de tempo, por meio do estabelecimento de barreiras que dificultam a migração para outras soluções. A principal métrica é a taxa de retenção de clientes 2. Viral: O crescimento acontece de forma exponencial e automática. A métrica fundamental é o coeficiente viral, que mede quantos novos clientes irão passar a utilizar a solução como consequência de cada novo cliente que passa a utilizá-la. Um coeficiente maior que 1 indica crescimento exponencial 46
  • 47. 3. Aceleração • Motores de crescimento – Existem 3 motores básicos de crescimento: 3. Pago: cada cliente faz um desembolso referente ao valor do produto ou serviço toda vez que for utilizá-lo, e enquanto se mantiver como cliente. 47
  • 48. The Lean Startup Como os novos empreendedores estão criando negócios radicalmente bem sucedidos Escrito por Eric Ries Resumido por