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Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente
Andréa Cordoniz
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A primeira pergunta que você pode estar se fazendo neste exato momento é:
“A troco de quê eu devo criar essa tal de conexão emocional com meus clientes? Isso é
frescura! Meus clientes querem mesmo é saber de preço baixo!”
Será? Vou contar uma história para você:
Era uma vez...
Eu e meu marido costumamos frequentar uma hamburgueria que, confesso,
não é das mais baratas. Mas ali vivenciamos experiências deliciosas! A atenção que nos
é dispensada cada vez que entramos faz com que nos sintamos verdadeiramente bem-
vindos. Os atendentes e garçons nos recebem com muita gentileza e simpatia. Indicam
nosso lugar preferido e nos chamam pelo nome. Se não estamos acompanhados por
nossa filha, imediatamente perguntam por ela, também pelo nome. Sabem quais são
as nossas comidas e bebidas preferidas. Além disso, o ambiente é agradável, a música
favorece o clima de descontração e somos verdadeiramente mimados! Fazem com que
a gente se sinta especial e muito bem acolhido! Carlos, o gerente, se tornou um amigo.
No lançamento do meu livro mais recente lá estava ele me prestigiando. E sempre que
penso em um local para comemorar uma data importante ou uma conquista pessoal
ou profissional é pra lá que vamos. Felizes da vida! Aqueles profissionais que ali
trabalham, estão sempre estabelecendo uma conexão emocional conosco. O
hambúrguer servido, que também é bom, passa a ser um detalhe. Qualquer outro
lugar, com um bom chef de cozinha, poderia oferecer algo similar, ou até melhor, em
termos de paladar. Mas em termos de experiência, não tenho dúvida que não há quem
se compare a eles. Por isso voltamos sempre! Tempos atrás eles lançaram um cd com
uma seleção musical do que costumam colocar como fundo musical na lanchonete.
Comprei, claro. Não sou uma cliente, sou uma fã. Quero levar para minha casa um
pouco daquela experiência mágica que eles nos proporcionam.
Como criar uma
conexão emocional
com o seu Cliente
Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente
Andréa Cordoniz
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Status: em um relacionamento sério com o
meu Cliente
E o que dizer da marca Harley-Davidson? Milhares de pessoas no mundo todo,
diariamente, demonstram escancaradamente seu amor à marca a ponto de tatuarem
seus corpos e tornam-se promotores voluntários. Pagam para ter jaquetas, camisas e
todo tipo de acessório com o nome Harley-Davidson. E esses produtos não estão na
lista dos mais “baratinhos”. Essa relação já dura muitos e muitos anos. Um autêntico
casamento feliz, bem sucedido e duradouro entre uma marca e seus Clientes.
Temos também a Apple. O que leva aquela legião de pessoas a ficarem dias e
noites em uma calçada, encarando frio, chuva, sol e todo tipo de adversidade, a cada
lançamento de um novo produto? O preço é o mais barato? Não!
Sabe por quê? Porque são apaixonados pela marca! Sim, isso é paixão! E paixão
é emoção pura! Esses Clientes são autênticos fãs da marca!
E isso se repete em diversos lugares, dos mais diferentes segmentos.
Recentemente, por exemplo, ministrei um treinamento em uma clínica que tem em
seu histórico alguns casamentos celebrados em suas dependências. A Apple também já
foi palco de casamento de seus Clientes.
E o que leva os Clientes a se apaixonarem por uma marca? A conexão
emocional! Essas marcas criam uma forte conexão emocional com seus Clientes. Elas
ImagemInternet
Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente
Andréa Cordoniz
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oferecem uma experiência diferenciada e positiva. Não fazem uma transação.
Estabelecem uma relação com seus Clientes.
"A Apple não está focada na venda de coisas, mas na
construção de relacionamentos com clientes e
tornando a vida das pessoas melhor."
Ron Johnson,
ex-vice-presidente sênior da Apple.
Estamos nos conhecendo
Clientes não compram produtos nem serviços. Compram experiências. E para
que essas experiências sejam memoráveis e duradouras, é preciso investirmos nesse
relacionamento. É preciso entender que Clientes não gostam que alguém venda algo
para eles. Eles querem vivenciar a experiência de eles estarem comprando. Querem, e
devem, ser os protagonistas dessa história. E quando a conexão emocional se
estabelece, se sentem envolvidos e deixam de ser compradores para se tornarem fãs e
verdadeiros embaixadores da sua marca. Promotores voluntários.
Relacionamentos saudáveis e felizes precisam de um ingrediente fundamental:
confiança! E confiança, sabemos, se conquista. De que forma? Com transparência,
honestidade e autenticidade. O vendedor precisa demonstrar genuína preocupação
em resolver e apresentar soluções para as demandas do seu Cliente. Isso é algo
totalmente diferente daquele modelo em que ficava claro que o objetivo fundamental
era atender às demandas do vendedor e de suas metas que precisavam ser “batidas” a
qualquer custo. Hoje, essa relação vendedor/comprador, ganhou novos contornos.
ImagemInternet
Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente
Andréa Cordoniz
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Precisamos conquistar o Cliente e para isso é fundamental conhecer seus
valores, gostos, preferências e necessidades. Tratá-los como pessoas únicas que são!
Não como mais um Cliente! Oferecer um tratamento personalizado. Algo totalmente
distante daquele modelo ultrapassado em que o vendedor tinha um discurso
engessado, padronizado e decorado. Para isso precisamos desenvolver uma atenção
empática, ou seja, apurar a escuta não só com os ouvidos, mas também com os olhos
e, principalmente, com o coração. Os funcionários da Zappos (varejista online ligada à
Amazon, que é uma referência mundial em atendimento e vendas), por exemplo, são
treinados para criarem, a cada contato com seus Clientes, o que eles chamam de
Conexão Emocional Pessoal. Em cada chamada telefônica devem ficar atentos para
captar detalhes sobre seus Clientes. Um cachorro latindo, por exemplo, pode levar a
uma conversa sobre raças de animais. A compra de um produto esportivo pode levar a
uma conversa sobre melhoria de saúde. Algo absolutamente diferente daquele
contato ensaiado e cristalizado que vendedores do passado mantinham com seus
Clientes.
As perguntas que o atual vendedor deve se fazer sempre são: “O que essa
pessoa valoriza em uma relação?”; “O que valoriza na sua empresa, em você, na marca
que você representa, nas pessoas com quem negocia, e nas empresas com quem se
relaciona?”.
E uma coisa leva à outra: ao estabelecer uma conexão emocional com seus
Clientes ou prospects, você consegue uma aproximação maior e, consequentemente,
fortalece a confiança, o que o leva a se sentir cada vez mais confortável para abastecê-
lo de informações que auxiliam imensamente a estreitar ainda mais essa relação.
Meu Cliente me traiu
Os produtos e serviços, atualmente, são apenas uma parte do pacote oferecido.
Uma parte importante, com certeza, mas os aspectos emocionais tornaram-se grandes
condutores e fortes gatilhos que têm influência decisiva na escolha na hora da compra.
Todos os compradores são influenciados por suas emoções. E essa influência é muito
maior do que se supunha até pouco tempo atrás.
Apesar de todas as evidências, curiosamente, muitos ainda não estão levando
isso em conta. Um estudo recente da Forrester Research, revelou que 89% dos
consumidores não sentem nenhuma conexão pessoal com as marcas que compram.
Isso porque os vendedores estão baseando seus discursos em detalhes estritamente
técnicos, objetivos e lógicos, como características e preço. Mesmo quando mencionam
benefícios, o fazem, muitas vezes, sem estabelecer qualquer conexão com as reais
necessidades de seus Clientes. Sem esse vínculo emocional os Clientes são facilmente
seduzidos a testar o produto ou serviço do concorrente. Para conquistar os corações
dos seus Clientes, você precisa fazer coisas que os conectem emocionalmente com a
sua marca.
Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente
Andréa Cordoniz
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O mercado globalizado e cada vez mais competitivo mudou. Hoje, vai ter mais
sucesso quem buscar uma estratégia focada no lado humano do produto ou serviço
ofertado, favorecendo, assim, um fortalecimento das conexões emocionais.
Em vez de descobrir como vender algo para alguém, é fundamental que você se
concentre em como você deseja que seus Clientes se sintam. Faça perguntas como
"como isso faz você se sentir?" (emoção) Em vez de "o que você acha sobre isso?"
(razão).
Outro impactante exercício que o ajudará a compreender que emoções podem
permear essa relação com seus Clientes e prospects é completar a frase “Eu vendo....”
incluindo aqui as possíveis emoções que seu serviço ou produto pode oferecer. Como
o caso do vendedor de cosméticos que em vez de completar a frase com o produto
(cosméticos), completaria com “qualidade de vida, autoestima, conquista, status,
autoconfiança, segurança...”.
No cenário atual é essencial que você se volte para criar experiências e
conexões emocionais em vez de competir com o preço. As pessoas adoram marcas que
os fazem se sentirem melhores. Se você conseguir fazer isso, você pode ser capaz de
conquistar seu Cliente. E, se investir nesse relacionamento, conseguirá manter a
chama acessa e ter uma relação estável e duradoura, ou seja, um Cliente fiel.
“Os executivos estão descobrindo que o diferencial
vencedor não é mais produto ou preço, mas o nível de
envolvimento do cliente em relação à concorrência."
Rama Ramaswami,
Senior Editor, Economist Intelligence Unit.
O que tem a ver a ligação emocional com a
lealdade do Cliente?
Já vimos que para você conseguir ter Clientes realmente fiéis, verdadeiros fãs
da sua marca, você precisa estabelecer com eles uma conexão emocional. Mas por
quê? Porque as emoções criam memórias. Quando experimentamos uma emoção,
somos inundados por uma série de hormônios que fazem importantes conexões
neurais, o que nos permite recordar situações mais rapidamente e de maneira muito
impactante e real. Quando a experiência vivenciada é positiva, nosso cérebro, que de
bobo não tem nada, libera uma série de substâncias químicas que nos impulsiona a
querer repetir mais e mais aquela vivência. Nada mais natural! Afinal, quanto mais feliz
ficamos com alguma coisa, mais tempo queremos ficar com ela. Quanto mais excitante
uma experiência, mais vontade temos de repeti-la. É por isso que as empresas que
Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente
Andréa Cordoniz
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proporcionam uma experiência positiva, mexem com as emoções dos seus Clientes e
criam seguidores de sua marca, superando seus concorrentes. Mesmo aqueles que
praticam preços menores.
E se eu não for correspondido?
Pode ser que você ainda não esteja totalmente convencido. Compreensível.
Afinal, raramente vejo meus colegas abordarem esses aspectos nos treinamentos de
vendas que vejo por aí. Ao contrário, canso de ver um autêntico adestramento de
profissionais voltados para números, números e mais números. “Meu negócio são
números”, dizem eles.
OK! Se o negócio é número, vamos dar uma olhada em alguns deles,
poderosos:
 Pesquisa publicada pelos Drs. William J. McEwen e John H. Fleming (2012), apontou
que as empresas que otimizam a conexão emocional com seus Clientes superam a
concorrência em 26% (margem bruta) e atingem um crescimento das vendas de 85%.
 Estudos conduzidos pela Ipsos MORI (Companhia Britânica de Pesquisas - Ipsos
MORI Loyalty - Undrestanding Customer Relationships), concluiu que Clientes
emocionalmente envolvidos:
• São pelo menos três vezes mais propensos a recomendar sua marca;
• Têm três vezes mais chances de voltar a comprar;
• São menos propensos a comprar em outro lugar (44% disseram que
raramente ou nunca comprariam em outro lugar);
• São muito menos sensíveis ao preço (33% disseram que precisariam de um
desconto de mais de 20% para rever sua posição e deixarem de ser fiéis).
 Relatório desenvolvido pela Econsultancy para tendências em Marketing Digital
para o ano de 2014 pedia que as empresas indicassem as oportunidades mais
excitantes/emocionantes para a sua organização para o ano de 2014. O resultado? A
experiência do seu Cliente. A mesma pesquisa comprovou que 60% dos Clientes estão
dispostos a pagar mais por uma experiência melhor e, que os Clientes felizes são mais
propensos a permanecer leais.
Cá pra nós, o pessoal de marketing sabe disso faz tempo. Cigarros vendiam uma
vida de sucesso; cervejas vendem uma vida mais alegre; perfumes vendem sedução e
sensualidade; carros vendem poder; margarinas vendem união familiar...Todos
mencionam, em suas campanhas, diferentes e fortes experiências emocionais que
levam seus Clientes a consumirem mais, em busca de vivenciarem as mesmas
experiências deliciosas apresentadas nos comerciais.
Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente
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Dez poderosas maneiras de criar uma
conexão emocional com seus Clientes
1- Sorria - O sorriso é uma linguagem universal. Além de aproximar pessoas,
pesquisas constataram que nossos cérebros preferem faces sorridentes. Quer
mais uma excelente razão para sorrir mais? Pesquisadores da Universidade de
Cardiff concluíram que ao sorrir, mesmo que não esteja feliz, você se sente
melhor. “A nossa forma de sentir as emoções não está restrita ao nosso
cérebro - existem partes do nosso corpo que ajudam a reforçar o que estamos
sentindo”, diz Michael Lewis, co-autor do estudo. E as pessoas preferem, com
toda certeza, se relacionarem com pessoas felizes, mais otimistas e positivas.
2- Cuide de suas emoções - Ninguém gosta de se relacionar com pessoas
negativas, estressadas e com baixa autoestima. Aquela história: se nem você se
gosta, por que os outros devem gostar? Antes de fazer uma visita de vendas,
por exemplo, procure relaxar e fazer algo que o deixe mais confiante, como
ouvir uma música animada. E capriche na postura! Recentemente a psicóloga
social Amy Cuddy apresentou o resultado das suas pesquisas que revolucionou
o que se pensava sobre emoções/posturas. Cuddy verificou que não só
mudamos nossa postura por conta das nossas emoções, como nossas emoções
modificam por conta da nossa postura. Alterações físicas desencadeiam a
liberação de uma série de hormônios que modificam nosso humor
significativamente. Em seus estudos ela menciona que se mantivermos por
alguns minutos o que ela chama de “posturas poderosas” ou “posturas de
vencedores” aumentaremos nossa autoconfiança e demonstraremos aos outros
maior confiança e determinação. Além de diminuir o estresse. Essa postura
consiste em manter a coluna reta o olhar voltado para frente e os ombros
ligeiramente para trás, sem tensionar os músculos.
3- Capriche na sua imagem - Toda a sua apresentação conta, e muito, para o
sucesso da relação. Cuidados básicos com vestimenta e aparência são
essenciais. Pessoas formam uma primeira impressão em frações de segundos.
Sua apresentação vai dar o tom da relação. Sua postura estará transmitindo
uma quantidade superior a 90% de informações a seu respeito. Chegar suado
ou mal ajambrado definitivamente vai trazer problemas e inviabilizar qualquer
conexão positiva.
4- Comunique-se efetivamente - interessante que sempre que falamos em
comunicação, temos uma forte tendência a pensarmos na fala. Em vendas não
tem sido diferente. E os vendedores de antigamente usavam e abusavam disso.
Profissionais que falavam compulsivamente, visando vencer pelo cansaço. A
Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente
Andréa Cordoniz
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meta era vender, custasse o que custasse. Bater metas e nada mais. O grande
protagonista da história era ele: o vendedor, com sua lábia afiada. Hoje,
indiscutivelmente, o grande protagonista é (ou deveria ser) o Cliente. E a
qualidade da comunicação definirá a qualidade do relacionamento.
Comunicação efetiva baseia-se em uma escuta apurada. Escutar
empaticamente, ou seja, não só com os ouvidos, como também, e
principalmente, com os olhos e com o coração. Escutar, assimilar e valorizar o
que ele tem a dizer! Demonstrar interesse e preocupação. Se o Cliente tem um
problema, o problema é seu! Sua missão é ajudá-lo a resolver seus problemas e
vivenciar uma experiência rica e única. E lembre-se: não basta escutar, é
fundamental demonstrar estar escutando! Para isso faça um mix de
intervenções como gestos de balançar a cabeça em tom afirmativo ou repetir o
que foi dito com suas palavras a fim de confirmar a compreensão. E capriche
nas perguntas. Boas perguntas suscitam boas respostas e, consequentemente,
informações valiosíssimas sobre o Cliente e tudo que é importante para ele.
Outro ponto muito importante, quando falamos em comunicação: cuidado com
o que você diz e como diz. Mesmo sem sentir, você pode dizer coisas que
prejudiquem a interação. Uma gíria mal colocada ou uma observação
desastrosa pode destruir qualquer relação. Vejo também, com muita
frequência, profissionais de vendas desdizerem o que foi dito ao empregarem o
“mas” em uma frase. Exemplo: “você tem toda razão em pensar isso, mas...”.
Normalmente a substituição do “mas” por um “e” favorece bastante: “você tem
toda razão em pensar isso, e foi bom ter mencionado esse aspecto...” outra dica
preciosa: procure sempre trazer a situação dita ou perguntada para você e não
para o seu Cliente. Exemplo: esqueça “Você não entendeu o que eu disse”.
Prefira: “Acho que não me expressei bem.” Esqueça: “Você entendeu?” Prefira:
“Eu fui claro?”. Pequenos ajustes que fazem grandes diferenças!
5- Seja um caçador de oportunidades - todo vendedor que se destaca possui uma
coleção de situações extraordinárias que mostram que ele é diferente.
Situações que demonstram um profundo e genuíno respeito pelas emoções e
sentimentos dos Clientes. Joe Girard, conhecido como o maior vendedor de
carros do mundo, costuma dizer “Eu não tenho Clientes, eu faço amigos”. Toda
e qualquer oportunidade é usada por Joe para surpreender seus Clientes, digo,
seus amigos. Como no dia em que atendeu uma senhora que mencionou estar
“só dando uma olhada”. Que não compraria nada, pois não tinha dinheiro. Joe,
claro, não murchou, nem perdeu a pose. Muito pelo contrário. Continuou seu
diálogo com a senhorinha para saber exatamente que tipo de carro atenderia
às necessidades dela, quando, lá pelas tantas, ela mencionou estar
aniversariando e pensando em se presentear com um carro assim que pudesse.
Sem que ela percebesse, Joe pediu a uma atendente da concessionária que
Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente
Andréa Cordoniz
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providenciasse com urgência uma braçada de flores que pagou do seu bolso.
Ao final da visita entregou-lhe o buquê. E ganhou mais uma amiga. Lembre-se,
também, do caso dos atendentes da Zappos, que mencionei anteriormente,
que são treinados para “caçarem” oportunidades de Conexões Emocionais
Pessoais com cada Cliente, em cada ligação telefônica.
6- Desenvolva sua capacidade empática - observe atentamente a pessoa a sua
frente com todas as suas nuances e procure colocar-se no lugar dela. Empatia
exige treino. Muito treino. Vejo muitas pessoas alegando se colocar no lugar do
outro, quando na verdade estão fazendo isso errado. Estão se colocando no
lugar do outro mantendo seus próprios sentimentos e modo de ver as coisas.
Ao nos colocarmos no lugar do outro devemos considerar a realidade dele:
suas possibilidades, limitações, diferenças e situação. Não a sua. Do contrário
você não estará praticando empatia.
7- Sintonize com seu Cliente - este é talvez o ponto mais importante para
estabelecer uma conexão emocional. Funciona quase como uma dança, uma
coreografia. E embora poderosa, não há nada de extraordinário ou mágico. É
uma técnica baseada em uma simples constatação que, tenho certeza é bem
familiar para você: cientistas do comportamento observaram que as pessoas
que se relacionam bem tendem a utilizar as mesmas expressões, os mesmos
gestos e um vocabulário similar. Igualam posturas e gestos sem se darem conta
disso. A partir dessa observação (que teve início na década de 60 por William
Condon) estudos demonstraram que se essa sintonia for artificialmente criada,
os efeitos serão similares, ou seja, estaremos criando uma aproximação, uma
conexão emocional com essa pessoa. Isso acontece porque gostamos de ver
nos outros gestos e posturas que nos são familiares. Tendemos,
inconscientemente, a confiar mais nas pessoas que se assemelham a nós. Essa
técnica, porém, requer bastante prática e cautela para não cair no ridículo ou
no artificialismo. Você deverá procurar reproduzir alguns gestos ou estilos de
comunicação do seu Cliente, de uma forma sutil e harmoniosa. Observe, por
exemplo, o vocabulário empregado por ele e, quando apropriado, o repita. Isso
costuma ter um efeito extraordinário! Se, por exemplo, em determinado
momento ele menciona querer algo “fabuloso”, quando você estiver elencando
os benefícios do seu produto ou serviço, procure mencionar, dentro do
contexto, o mesmo adjetivo (“fabuloso”). Isso terá um efeito bastante positivo.
O ritmo da fala também deve ser observado para que você se comunique da
mesma forma. Seu Cliente fala em um ritmo mais acelerado? Utilize o mesmo
ritmo. Alguns de seus gestos também podem ser reproduzidos com muita
cautela e parcimônia. Seu Cliente tem por hábito colocar a mão no queixo?
Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente
Andréa Cordoniz
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Faça o mesmo em alguns momentos. Como flashes. Isso é chamado de técnica
do espelhamento.
8- Faça o “dever de casa” - toda e qualquer relação exige investimento emocional
da nossa parte. E isso exige também, atenção integral a tudo que envolve a
relação, incluindo um planejamento cauteloso. O ambiente externo, o local, o
vocabulário empregado. O menor gesto seu estará contribuindo, ou não, para
uma relação de confiança e aceitação. Manter um arquivo, seja digital ou em
papel, com as informações sobre seus Clientes é uma excelente iniciativa. Ali
você pode registrar preferências (como o vocabulário normalmente
empregado), ritmo de fala ou qualquer outra informação que tenha sido
transmitida, como o time de futebol que ele torce ou o nome do neto. Imagine
o impacto positivo para a relação, se passado um tempo você perguntar sobre
algo que ele mencionou em um contato anterior. Procure listar também,
previamente, as possíveis perguntas que você pode fazer para seus Clientes a
fim de conhecer melhor suas necessidades. Assim você terá um repertório de
boas perguntas para evitar improvisações. Melhor ainda se conseguir criar
perguntas que favoreçam o que alguns autores chamam de “acordo técnico”,
ou seja, perguntas que induzam a respostas positivas e favoráveis à venda do
seu produto ou serviço. Antecipe, ainda, as possíveis perguntas que os Clientes
podem fazer, para ter as respostas na ponta da língua e não ser pego de
surpresa. Conhecer aquilo que você vende a fundo transmite confiança e
segurança.
9- Chame seu Cliente pelo nome - nossos nomes são mágicos. Gostamos de ouvir
alguém mencioná-lo. Durante uma conversa ou no texto do e-mail, mencione,
sempre que cabível, o nome do seu Cliente.
10- Seja autêntico - tempos atrás os vendedores detinham conhecimentos
privilegiados e se valiam disso para, muitas vezes, agirem de forma antiética,
ludibriando seu Cliente (assimetria da informação). Mas os tempos mudaram e
hoje as informações são cada vez mais compartilhadas (simetria da
informação). Não raro você vai se deparar com pessoas que entendem tanto ou
mais do que você sobre seu produto ou serviço e, diante desse cenário, mais do
que nunca, tornou-se inadmissível qualquer tentativa de enrolação ou mentira.
Uma boa relação exige confiança, lembre-se sempre! Não tem a resposta para
o que foi questionado? Diga que vai checar e dar um retorno. Melhor ainda se
puder buscar a informação junto com o Cliente.
Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente
Andréa Cordoniz
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Minha força de vendas e eu
Em minhas palestras é comum alguns profissionais comentarem que, como
gestores da equipe de vendas, se sentem muito limitados na medida em que não são
eles que estão frente a frente com seus Clientes. E indagam o que podem fazer para
engajar seus funcionários.
A cultura de uma organização é definida como um sistema de valores
compartilhados por seus membros que difere de uma organização para outra. Toda e
qualquer organização desenvolve um conjunto de regras, princípios, valores, premissas
e convicções, explícitas ou implícitas, que nortearão o comportamento de cada
profissional no seu dia a dia. A fonte primária dos valores de qualquer
empreendimento são seus fundadores. São eles que vão dar o tom. Algumas outras
poderosas ferramentas reforçam essa cultura, mantendo-a viva. O primeiro grande
cuidado deve ocorrer já na contratação dos funcionários. Importante admitir pessoas
que se adequem à cultura vigente. Uma empresa que tem como princípio básico a
inovação e informalidade terá sérios problemas se contratar profissionais com um
perfil conservador e formal.
Após a contratação dos profissionais, todo cuidado é pouco para a manutenção
dos valores estabelecidos. E a mais poderosa forma de manutenção está justamente
nas mãos dos seus gestores: o que dizem, como se comportam e as normas que
estabelecem.
Como gestor você deve criar, baseado na visão estratégica dos fundadores, os
princípios básicos que reflitam a experiência positiva que a organização quer oferecer
aos seus Clientes. Esses princípios constituem um conjunto de instruções que irão
orientar todos os funcionários quanto aos valores e padrões que devem ser
incorporados no dia a dia.
Aliado a isso, toda e qualquer atividade de treinamento e desenvolvimento
deve reforçar esses princípios. E isso deve ser feito desde o dia em que funcionário
coloca os pés na organização em seu primeiro dia de trabalho, através de um
programa de integração bem estruturado que traduza a filosofia e os princípios, em
ações que são esperadas dos seus profissionais.
Como gestor você deve, também, criar um ambiente que estimule a
criatividade e a inovação. Dar mais autonomia para seus vendedores para que eles
possam agir por conta própria diante das diversas situações com que se deparam
frente a frente com seus Clientes; afinal, seus colaboradores são as principais fontes de
recursos para o atingimento dos resultados desejados. São os protagonistas dessa
relação. Para isso precisam dispor de um mínimo de autonomia para atuar com a
agilidade necessária para que a relação seja sempre positiva. Limites e expectativas
devem ser muito bem alinhados entre gestores e funcionários. E mais: como gestor é
Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente
Andréa Cordoniz
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essencial que você estimule constantemente os vendedores a apresentarem sugestões
que estreitem a relação com seus Clientes.
Outro aspecto bastante delicado e vulnerável, que precisa ser avaliado
seriamente, é o modelo de comissão de vendas que a maioria das organizações vem
praticando. Em geral, esse modelo tradicional traz sérios prejuízos emocionais e até
morais para a equipe de força de vendas e levanta poderosas barreiras para que uma
conexão emocional entre vendedor e Cliente seja estabelecida. Essas práticas, não
raro, geram um significativo aumento do nível de estresse em seus profissionais,
fomentam intensas e pouco saudáveis competições internas que levam a conflitos e
podem estimular comportamentos indesejados e antiéticos.
Diversas organizações estão se reestruturando nesse sentido. É o caso da
Microship Technology, de semicondutores, empresa americana de grande porte, que a
mais de treze anos aboliu esse esquema e adotou um pacote de 90 por cento de
salário base e 10 por cento de compensação variável. E a cereja do bolo: essa
compensação é atrelada ao crescimento da empresa. Resultado? O montante de
vendas aumentou. Os custos permaneceram iguais. Os conflitos reduziram. A
cooperação mútua aumentou. Os lucros, desde então, só fazem crescer. Detalhe:
estamos falando de uma das indústrias mais competitivas que existem.
E por último, fica a dica para que você, como gestor, estabeleça contato direto
com seus Clientes. Sempre que possível levante da sua cadeira e os visite. Visite suas
lojas. Mantenha diversos canais de comunicação com eles através de telefones, e-
mails e redes sociais. Mais ainda: estimule-os a darem opiniões, sugestões, fazerem
comentários e críticas. Só assim você poderá fazer os ajustes necessários que levem
sua organização a se destacar. Só assim você conhecerá verdadeiramente seus Clientes
e poderá traçar estratégias para que ele se apaixone por sua marca.
Criando um clima
A ambientação de uma loja ou escritório deve merecer atenção constante e
especial dos seus gestores. O mobiliário e as instalações devem refletir acintosamente
a cultura da organização. Que imagem você faz mentalmente se eu pedir para você
pensar em um escritório da Google? Posso garantir que não passa nem perto de um
lugar sóbrio, formal, com mobílias escuras e neutras.
Nós, seres humanos, sofremos sérias alterações de humor e sentimentos em
função do ambiente em que estivermos inseridos. Nossos cinco sentidos atuam todo o
tempo, sem que a gente possa imaginar que isso esteja acontecendo, como radares
ferozes que captam sinais e nos bombardeiam de emoções. Imagino que você já tenha
concluído onde quero chegar: tudo, rigorosamente tudo, que estiver no ambiente
Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente
Andréa Cordoniz
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estará favorecendo, ou não, a conexão emocional com nosso idolatrado salve-salve
Cliente!
Ao estimularmos positivamente os sentidos do Cliente estaremos interferindo
nos seus sentimentos e gerando forte impacto sobre o que eles decidirão comprar e
sobre o tempo que vão querer permanecer nas nossas instalações ou ao lado dos
nossos vendedores. Tudo, rigorosamente tudo, deve ser considerado: cores, sons,
aromas, sabores, distribuição de mobiliário e exposição dos produtos. Cada detalhe
pode ser um forte aliado para que você estabeleça a tão sonhada conexão com seu
Cliente. Pode conspirar a seu favor e proporcionar a experiência extraordinária que
você quer que ele tenha. E por que mesmo estamos preocupados com a qualidade da
experiência do nosso Cliente? Porque queremos vender mais. E Clientes compram
mais quando conectados com a marca. E porque Clientes, como sabemos, não
compram produtos nem serviços, compram experiências! Clientes não querem um
piano, querem ser pianistas. Clientes não querem um jeans, querem uma vida feliz e
com mais liberdade. As organizações que estão se destacando no atual cenário, criam
uma imagem de estilo de vida com as quais as pessoas querem se ver vivendo. E isso
faz com que queiram comprar tudo que se relacione com a marca. Lembra da história
que contei sobre ter comprado o cd da hamburgueria que tanto amo? E dos adeptos
do estilo Harley-Davidson de ser?
Pesquisas e mais pesquisas comprovam a cada dia a força dessa ambientação
nas vendas. Tudo importa e conta nessa hora. A cor da roupa que você usa, por
exemplo, evocará alguma lembrança ou sentimento. Dr. Kit Yarrow, psicólogo da
Universidade Golden Gate (EUA) apresentou alguns estudos comprovando, por
exemplo, que garçonetes que vestem vermelho tendem a ganhar gorjetas maiores. O
preto, por sua vez, é quase sempre associado a preços mais altos e produtos de luxo. E
por aí vai.
O psicólogo ambiental Paco Underhill, estudou aspectos relacionados ao tato e
concluiu que as lojas que criam obstáculos e, portanto, obrigam seus Clientes a
pararem enquanto andam por elas, os levam a tocar nos produtos expostos o que, por
sua vez, aumenta a propensão deles comprarem. Fica a dica: as chances de
adquirirmos algo aumenta quando tocamos o produto.
Até mesmo a forma como seguramos um cartão de visitas, um prospecto ou
um produto, interfere na percepção do outro sobre o valor daquele objeto. Oferecer
algo segurando com as duas mãos sugere que o objeto é mais valioso. Muitas
joalherias utilizam esse artifício. Suas vendedoras entregam aos Clientes a bandeja
expositora com a joia segurando dessa forma.
A maneira como os itens são dispostos em uma loja também interferem na
disposição de comprar. Estudos sugerem, por exemplo, que as pessoas tendem a se
dirigir para o centro das lojas e que, em função disso, somos mais propensos a
comprar algo que esteja ali exposto.
Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente
Andréa Cordoniz
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Seu venerável Cliente pode até não se dar conta, mas o cheiro do ambiente
afeta a percepção e decisão dele. “Nossos sentidos desviam nossa mente consciente.
Se cheiramos algo como talco, lembramos com carinho de bebês. Se estivermos em
uma loja para bebês, gastaremos um pouco mais de dinheiro”, explica Yarrow. Alguns
aromas aspergidos em um imóvel que esteja à venda aumentam as chances do
comprador fechar negócio.
Aromas têm profunda conexão com nossa memória, segundo estudo publicado
no Journal of Business Research. Vendedores que conseguem evocar uma memória
boa nos Clientes os tornam mais propensos a comprar. Da mesma forma que
atendentes ou estabelecimentos com perfumes fortes e odores desagradáveis atuam
como autênticos repelentes de consumidores.
Organizações como os parques da Disney utilizam esse expediente faz tempo.
Todas as manhãs os Clientes são recebidos em seus parques com um aroma borrifado
no ar que é o resultado de uma mistura de baunilha, chocolate e canela.
Cientes dessa força que tem o aroma, cada vez mais as lojas estão contratando
profissionais para criarem seu próprio perfume e algumas já estão comercializando
mais esse produto. Quem vai querer comprar? O Cliente-fã, com certeza! O perfume
usado para ambientar as lojas Hugo Boss, por exemplo, levou dois meses sendo
aprimorado, e, segundo dizem, contém “toques leves de frutas cítricas com um pouco
de cacau, por cima de um floral de gardênia e jasmim sobre uma base de baunilha,
sândalo, cedro e âmbar”.
Os sabores são estimulados através de estratégicas “provinhas” de produtos
que nos são oferecidas, por exemplo, nos supermercados. Sem falar em balas, outras
guloseimas e bebidinhas oferecidas em empresas, pontos de vendas, stands e
escritórios. Imagine uma loja de brinquedos que ofereça pipoca fresquinha preparada
no local? Uniria o sabor com o delicioso aroma. Crianças e adultos adorariam!
A música também é outro poderoso recurso! Ela tem uma força extraordinária
para despertar sentimentos e emoções. Isso fica bastante evidente nos filmes e
novelas. Experimente retirar o som e ver o imenso impacto que terá! Músicas
funcionam como fortes evocativos de emoções e alteram significativamente nosso
humor. Atuam, inclusive, no nosso ritmo. Um estudo do European Journal of Scientific
Research sugere que música em volume alto leva as pessoas a se moverem mais
rapidamente, enquanto as mais lentas e tranquilas nos fazem permanecer no local por
mais tempo. Música pop lenta pode fazer você gastar mais em compras por impulso.
A música pode até mesmo definir o tipo de produto que será mais consumido.
Um estudo desenvolvido pela Universidade de Leicester mostrou que a nacionalidade
da música tocada, pode determinar se o Cliente vai optar por comprar uma garrafa de
vinho alemão ou francês. Nos dias em que foram colocadas para tocar músicas
francesas, os vinhos dessa nacionalidade tiveram um aumento de 77% de vendas. O
mesmo ocorreu quando tocada música alemã: os consumidores optavam mais por
vinhos da mesma nacionalidade.
Resumindo: cada um dos cinco sentidos humanos desempenha um
importantíssimo papel e grande influência na maneira como percebemos o ambiente à
Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente
Andréa Cordoniz
15
nossa volta. Cada detalhe interfere nesse processo e emite impulsos que são captados
por nossos sentidos nos levando a tomar certas atitudes durante o processo de
compra. E você? Que tipo de estímulo sensorial está gerando em seus Clientes? O que
pode ser melhor explorado nesse sentido?
“O fato é que experimentamos praticamente toda a
nossa compreensão do mundo através dos sentidos.
Eles são nossa ligação com a memória e tocam
nossas emoções passadas e presentes.”
Martin Lindstorm,
Escritor e palestrante dinamarquês
Estudioso dos efeitos da influência social nas decisões de compra.
Enfim sós
Meu objetivo não foi, de forma alguma, esgotar o assunto. Este aqui é, na
verdade, um pequeno aperitivo do livro que lançarei em breve e desde já convido você
a participar desse projeto comigo. Contribuições, casos e comentários sobre o assunto
serão muito bem-vindos!
Neste artigo procurei mencionar alguns dos principais aspectos que nos ajudam
a estreitar o relacionamento com os Clientes, trazendo satisfação mútua através de
uma união estável, duradoura e prazerosa!
Considerando a velocidade com que as mudanças vêm ocorrendo, cada vez
mais precisamos nos reinventar e rever posturas, valores e paradigmas. São muitas as
novidades que estão surgindo dia após dia. Cientistas do comportamento humano
estão revolucionando a forma de atuação dos profissionais ao trazerem à tona
conclusões de estudos e pesquisas que estão tendo um impacto profundo em diversas
áreas organizacionais, incluindo a área de vendas.
Espero também que este material estimule você a desbravar esse fascinante
mundo das emoções e sua relação com as vendas. Os segredos dos profissionais que se
destacam nesse mercado estão todos ligados à qualidade da relação que eles
estabelecem com os Clientes. São pessoas especializadas em pessoas. O que quer que
eles se prontifiquem a vender terão êxito. Esses profissionais, é bom lembrar, não
possuem nenhum poder sobrenatural, portanto, tudo que fazem pode ser
perfeitamente reproduzido por qualquer um de nós.
Apesar de todas as evidências, ainda me vejo incrédula quando em minhas
palestras e treinamentos me apresento como psicóloga e me deparo com a seguinte
cena: chego praticamente a ver “balõezinhos” de pensamentos pairando em diversas
cabeças de vendedores, gestores e dirigentes de empresas contendo a indagação
carregada de desconfiança e ceticismo: “Uma psicóloga? Para falar de vendas? O que
ela entende disso?”. Bem, se você leu este artigo na íntegra, deve entender
perfeitamente onde se encaixa um cientista de comportamento humano nesse
contexto de vendas. Até porque, seja qual for sua área de atuação, você atua no ramo
Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente
Andréa Cordoniz
16
de relacionamentos. Sua matéria prima são os seres humanos com todas as suas
diversidades e peculiaridades. Cada Cliente seu carrega consigo um verdadeiro
universo que estará interferindo fortemente na relação de vocês. E só há uma maneira
de essa relação deixar de ser um flerte, uma “ficada” sem compromisso, para se tornar
uma união estável e duradoura com ganhos para os dois lados: você precisa gostar de
gente! Precisa conhecer melhor o que se passa nos corações das pessoas. Precisa
gostar de servir seus Clientes. Precisa querer fazer parte de algo maior que você
mesmo. Precisa se envolver com algo muito maior e mais complexo do que números.
Precisa se envolver com emoções.
No mais desejo que você faça excelentes conexões emocionais com as pessoas
que o cercam pessoal e profissionalmente!
Forte abraço, muito sucesso, saúde e sorte!
Andréa Cordoniz,
Vendedora de oportunidades que aproximem as
pessoas aos seus objetivos profissionais
Andréa Cordoniz
cordoniz@globo.com
Facebook: Andréa Cordoniz – Oficina Empresarial
LinkedIn: Andréa Fanzeres Cordoniz

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  • 1. Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente Andréa Cordoniz 1 A primeira pergunta que você pode estar se fazendo neste exato momento é: “A troco de quê eu devo criar essa tal de conexão emocional com meus clientes? Isso é frescura! Meus clientes querem mesmo é saber de preço baixo!” Será? Vou contar uma história para você: Era uma vez... Eu e meu marido costumamos frequentar uma hamburgueria que, confesso, não é das mais baratas. Mas ali vivenciamos experiências deliciosas! A atenção que nos é dispensada cada vez que entramos faz com que nos sintamos verdadeiramente bem- vindos. Os atendentes e garçons nos recebem com muita gentileza e simpatia. Indicam nosso lugar preferido e nos chamam pelo nome. Se não estamos acompanhados por nossa filha, imediatamente perguntam por ela, também pelo nome. Sabem quais são as nossas comidas e bebidas preferidas. Além disso, o ambiente é agradável, a música favorece o clima de descontração e somos verdadeiramente mimados! Fazem com que a gente se sinta especial e muito bem acolhido! Carlos, o gerente, se tornou um amigo. No lançamento do meu livro mais recente lá estava ele me prestigiando. E sempre que penso em um local para comemorar uma data importante ou uma conquista pessoal ou profissional é pra lá que vamos. Felizes da vida! Aqueles profissionais que ali trabalham, estão sempre estabelecendo uma conexão emocional conosco. O hambúrguer servido, que também é bom, passa a ser um detalhe. Qualquer outro lugar, com um bom chef de cozinha, poderia oferecer algo similar, ou até melhor, em termos de paladar. Mas em termos de experiência, não tenho dúvida que não há quem se compare a eles. Por isso voltamos sempre! Tempos atrás eles lançaram um cd com uma seleção musical do que costumam colocar como fundo musical na lanchonete. Comprei, claro. Não sou uma cliente, sou uma fã. Quero levar para minha casa um pouco daquela experiência mágica que eles nos proporcionam. Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente
  • 2. Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente Andréa Cordoniz 2 Status: em um relacionamento sério com o meu Cliente E o que dizer da marca Harley-Davidson? Milhares de pessoas no mundo todo, diariamente, demonstram escancaradamente seu amor à marca a ponto de tatuarem seus corpos e tornam-se promotores voluntários. Pagam para ter jaquetas, camisas e todo tipo de acessório com o nome Harley-Davidson. E esses produtos não estão na lista dos mais “baratinhos”. Essa relação já dura muitos e muitos anos. Um autêntico casamento feliz, bem sucedido e duradouro entre uma marca e seus Clientes. Temos também a Apple. O que leva aquela legião de pessoas a ficarem dias e noites em uma calçada, encarando frio, chuva, sol e todo tipo de adversidade, a cada lançamento de um novo produto? O preço é o mais barato? Não! Sabe por quê? Porque são apaixonados pela marca! Sim, isso é paixão! E paixão é emoção pura! Esses Clientes são autênticos fãs da marca! E isso se repete em diversos lugares, dos mais diferentes segmentos. Recentemente, por exemplo, ministrei um treinamento em uma clínica que tem em seu histórico alguns casamentos celebrados em suas dependências. A Apple também já foi palco de casamento de seus Clientes. E o que leva os Clientes a se apaixonarem por uma marca? A conexão emocional! Essas marcas criam uma forte conexão emocional com seus Clientes. Elas ImagemInternet
  • 3. Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente Andréa Cordoniz 3 oferecem uma experiência diferenciada e positiva. Não fazem uma transação. Estabelecem uma relação com seus Clientes. "A Apple não está focada na venda de coisas, mas na construção de relacionamentos com clientes e tornando a vida das pessoas melhor." Ron Johnson, ex-vice-presidente sênior da Apple. Estamos nos conhecendo Clientes não compram produtos nem serviços. Compram experiências. E para que essas experiências sejam memoráveis e duradouras, é preciso investirmos nesse relacionamento. É preciso entender que Clientes não gostam que alguém venda algo para eles. Eles querem vivenciar a experiência de eles estarem comprando. Querem, e devem, ser os protagonistas dessa história. E quando a conexão emocional se estabelece, se sentem envolvidos e deixam de ser compradores para se tornarem fãs e verdadeiros embaixadores da sua marca. Promotores voluntários. Relacionamentos saudáveis e felizes precisam de um ingrediente fundamental: confiança! E confiança, sabemos, se conquista. De que forma? Com transparência, honestidade e autenticidade. O vendedor precisa demonstrar genuína preocupação em resolver e apresentar soluções para as demandas do seu Cliente. Isso é algo totalmente diferente daquele modelo em que ficava claro que o objetivo fundamental era atender às demandas do vendedor e de suas metas que precisavam ser “batidas” a qualquer custo. Hoje, essa relação vendedor/comprador, ganhou novos contornos. ImagemInternet
  • 4. Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente Andréa Cordoniz 4 Precisamos conquistar o Cliente e para isso é fundamental conhecer seus valores, gostos, preferências e necessidades. Tratá-los como pessoas únicas que são! Não como mais um Cliente! Oferecer um tratamento personalizado. Algo totalmente distante daquele modelo ultrapassado em que o vendedor tinha um discurso engessado, padronizado e decorado. Para isso precisamos desenvolver uma atenção empática, ou seja, apurar a escuta não só com os ouvidos, mas também com os olhos e, principalmente, com o coração. Os funcionários da Zappos (varejista online ligada à Amazon, que é uma referência mundial em atendimento e vendas), por exemplo, são treinados para criarem, a cada contato com seus Clientes, o que eles chamam de Conexão Emocional Pessoal. Em cada chamada telefônica devem ficar atentos para captar detalhes sobre seus Clientes. Um cachorro latindo, por exemplo, pode levar a uma conversa sobre raças de animais. A compra de um produto esportivo pode levar a uma conversa sobre melhoria de saúde. Algo absolutamente diferente daquele contato ensaiado e cristalizado que vendedores do passado mantinham com seus Clientes. As perguntas que o atual vendedor deve se fazer sempre são: “O que essa pessoa valoriza em uma relação?”; “O que valoriza na sua empresa, em você, na marca que você representa, nas pessoas com quem negocia, e nas empresas com quem se relaciona?”. E uma coisa leva à outra: ao estabelecer uma conexão emocional com seus Clientes ou prospects, você consegue uma aproximação maior e, consequentemente, fortalece a confiança, o que o leva a se sentir cada vez mais confortável para abastecê- lo de informações que auxiliam imensamente a estreitar ainda mais essa relação. Meu Cliente me traiu Os produtos e serviços, atualmente, são apenas uma parte do pacote oferecido. Uma parte importante, com certeza, mas os aspectos emocionais tornaram-se grandes condutores e fortes gatilhos que têm influência decisiva na escolha na hora da compra. Todos os compradores são influenciados por suas emoções. E essa influência é muito maior do que se supunha até pouco tempo atrás. Apesar de todas as evidências, curiosamente, muitos ainda não estão levando isso em conta. Um estudo recente da Forrester Research, revelou que 89% dos consumidores não sentem nenhuma conexão pessoal com as marcas que compram. Isso porque os vendedores estão baseando seus discursos em detalhes estritamente técnicos, objetivos e lógicos, como características e preço. Mesmo quando mencionam benefícios, o fazem, muitas vezes, sem estabelecer qualquer conexão com as reais necessidades de seus Clientes. Sem esse vínculo emocional os Clientes são facilmente seduzidos a testar o produto ou serviço do concorrente. Para conquistar os corações dos seus Clientes, você precisa fazer coisas que os conectem emocionalmente com a sua marca.
  • 5. Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente Andréa Cordoniz 5 O mercado globalizado e cada vez mais competitivo mudou. Hoje, vai ter mais sucesso quem buscar uma estratégia focada no lado humano do produto ou serviço ofertado, favorecendo, assim, um fortalecimento das conexões emocionais. Em vez de descobrir como vender algo para alguém, é fundamental que você se concentre em como você deseja que seus Clientes se sintam. Faça perguntas como "como isso faz você se sentir?" (emoção) Em vez de "o que você acha sobre isso?" (razão). Outro impactante exercício que o ajudará a compreender que emoções podem permear essa relação com seus Clientes e prospects é completar a frase “Eu vendo....” incluindo aqui as possíveis emoções que seu serviço ou produto pode oferecer. Como o caso do vendedor de cosméticos que em vez de completar a frase com o produto (cosméticos), completaria com “qualidade de vida, autoestima, conquista, status, autoconfiança, segurança...”. No cenário atual é essencial que você se volte para criar experiências e conexões emocionais em vez de competir com o preço. As pessoas adoram marcas que os fazem se sentirem melhores. Se você conseguir fazer isso, você pode ser capaz de conquistar seu Cliente. E, se investir nesse relacionamento, conseguirá manter a chama acessa e ter uma relação estável e duradoura, ou seja, um Cliente fiel. “Os executivos estão descobrindo que o diferencial vencedor não é mais produto ou preço, mas o nível de envolvimento do cliente em relação à concorrência." Rama Ramaswami, Senior Editor, Economist Intelligence Unit. O que tem a ver a ligação emocional com a lealdade do Cliente? Já vimos que para você conseguir ter Clientes realmente fiéis, verdadeiros fãs da sua marca, você precisa estabelecer com eles uma conexão emocional. Mas por quê? Porque as emoções criam memórias. Quando experimentamos uma emoção, somos inundados por uma série de hormônios que fazem importantes conexões neurais, o que nos permite recordar situações mais rapidamente e de maneira muito impactante e real. Quando a experiência vivenciada é positiva, nosso cérebro, que de bobo não tem nada, libera uma série de substâncias químicas que nos impulsiona a querer repetir mais e mais aquela vivência. Nada mais natural! Afinal, quanto mais feliz ficamos com alguma coisa, mais tempo queremos ficar com ela. Quanto mais excitante uma experiência, mais vontade temos de repeti-la. É por isso que as empresas que
  • 6. Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente Andréa Cordoniz 6 proporcionam uma experiência positiva, mexem com as emoções dos seus Clientes e criam seguidores de sua marca, superando seus concorrentes. Mesmo aqueles que praticam preços menores. E se eu não for correspondido? Pode ser que você ainda não esteja totalmente convencido. Compreensível. Afinal, raramente vejo meus colegas abordarem esses aspectos nos treinamentos de vendas que vejo por aí. Ao contrário, canso de ver um autêntico adestramento de profissionais voltados para números, números e mais números. “Meu negócio são números”, dizem eles. OK! Se o negócio é número, vamos dar uma olhada em alguns deles, poderosos:  Pesquisa publicada pelos Drs. William J. McEwen e John H. Fleming (2012), apontou que as empresas que otimizam a conexão emocional com seus Clientes superam a concorrência em 26% (margem bruta) e atingem um crescimento das vendas de 85%.  Estudos conduzidos pela Ipsos MORI (Companhia Britânica de Pesquisas - Ipsos MORI Loyalty - Undrestanding Customer Relationships), concluiu que Clientes emocionalmente envolvidos: • São pelo menos três vezes mais propensos a recomendar sua marca; • Têm três vezes mais chances de voltar a comprar; • São menos propensos a comprar em outro lugar (44% disseram que raramente ou nunca comprariam em outro lugar); • São muito menos sensíveis ao preço (33% disseram que precisariam de um desconto de mais de 20% para rever sua posição e deixarem de ser fiéis).  Relatório desenvolvido pela Econsultancy para tendências em Marketing Digital para o ano de 2014 pedia que as empresas indicassem as oportunidades mais excitantes/emocionantes para a sua organização para o ano de 2014. O resultado? A experiência do seu Cliente. A mesma pesquisa comprovou que 60% dos Clientes estão dispostos a pagar mais por uma experiência melhor e, que os Clientes felizes são mais propensos a permanecer leais. Cá pra nós, o pessoal de marketing sabe disso faz tempo. Cigarros vendiam uma vida de sucesso; cervejas vendem uma vida mais alegre; perfumes vendem sedução e sensualidade; carros vendem poder; margarinas vendem união familiar...Todos mencionam, em suas campanhas, diferentes e fortes experiências emocionais que levam seus Clientes a consumirem mais, em busca de vivenciarem as mesmas experiências deliciosas apresentadas nos comerciais.
  • 7. Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente Andréa Cordoniz 7 Dez poderosas maneiras de criar uma conexão emocional com seus Clientes 1- Sorria - O sorriso é uma linguagem universal. Além de aproximar pessoas, pesquisas constataram que nossos cérebros preferem faces sorridentes. Quer mais uma excelente razão para sorrir mais? Pesquisadores da Universidade de Cardiff concluíram que ao sorrir, mesmo que não esteja feliz, você se sente melhor. “A nossa forma de sentir as emoções não está restrita ao nosso cérebro - existem partes do nosso corpo que ajudam a reforçar o que estamos sentindo”, diz Michael Lewis, co-autor do estudo. E as pessoas preferem, com toda certeza, se relacionarem com pessoas felizes, mais otimistas e positivas. 2- Cuide de suas emoções - Ninguém gosta de se relacionar com pessoas negativas, estressadas e com baixa autoestima. Aquela história: se nem você se gosta, por que os outros devem gostar? Antes de fazer uma visita de vendas, por exemplo, procure relaxar e fazer algo que o deixe mais confiante, como ouvir uma música animada. E capriche na postura! Recentemente a psicóloga social Amy Cuddy apresentou o resultado das suas pesquisas que revolucionou o que se pensava sobre emoções/posturas. Cuddy verificou que não só mudamos nossa postura por conta das nossas emoções, como nossas emoções modificam por conta da nossa postura. Alterações físicas desencadeiam a liberação de uma série de hormônios que modificam nosso humor significativamente. Em seus estudos ela menciona que se mantivermos por alguns minutos o que ela chama de “posturas poderosas” ou “posturas de vencedores” aumentaremos nossa autoconfiança e demonstraremos aos outros maior confiança e determinação. Além de diminuir o estresse. Essa postura consiste em manter a coluna reta o olhar voltado para frente e os ombros ligeiramente para trás, sem tensionar os músculos. 3- Capriche na sua imagem - Toda a sua apresentação conta, e muito, para o sucesso da relação. Cuidados básicos com vestimenta e aparência são essenciais. Pessoas formam uma primeira impressão em frações de segundos. Sua apresentação vai dar o tom da relação. Sua postura estará transmitindo uma quantidade superior a 90% de informações a seu respeito. Chegar suado ou mal ajambrado definitivamente vai trazer problemas e inviabilizar qualquer conexão positiva. 4- Comunique-se efetivamente - interessante que sempre que falamos em comunicação, temos uma forte tendência a pensarmos na fala. Em vendas não tem sido diferente. E os vendedores de antigamente usavam e abusavam disso. Profissionais que falavam compulsivamente, visando vencer pelo cansaço. A
  • 8. Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente Andréa Cordoniz 8 meta era vender, custasse o que custasse. Bater metas e nada mais. O grande protagonista da história era ele: o vendedor, com sua lábia afiada. Hoje, indiscutivelmente, o grande protagonista é (ou deveria ser) o Cliente. E a qualidade da comunicação definirá a qualidade do relacionamento. Comunicação efetiva baseia-se em uma escuta apurada. Escutar empaticamente, ou seja, não só com os ouvidos, como também, e principalmente, com os olhos e com o coração. Escutar, assimilar e valorizar o que ele tem a dizer! Demonstrar interesse e preocupação. Se o Cliente tem um problema, o problema é seu! Sua missão é ajudá-lo a resolver seus problemas e vivenciar uma experiência rica e única. E lembre-se: não basta escutar, é fundamental demonstrar estar escutando! Para isso faça um mix de intervenções como gestos de balançar a cabeça em tom afirmativo ou repetir o que foi dito com suas palavras a fim de confirmar a compreensão. E capriche nas perguntas. Boas perguntas suscitam boas respostas e, consequentemente, informações valiosíssimas sobre o Cliente e tudo que é importante para ele. Outro ponto muito importante, quando falamos em comunicação: cuidado com o que você diz e como diz. Mesmo sem sentir, você pode dizer coisas que prejudiquem a interação. Uma gíria mal colocada ou uma observação desastrosa pode destruir qualquer relação. Vejo também, com muita frequência, profissionais de vendas desdizerem o que foi dito ao empregarem o “mas” em uma frase. Exemplo: “você tem toda razão em pensar isso, mas...”. Normalmente a substituição do “mas” por um “e” favorece bastante: “você tem toda razão em pensar isso, e foi bom ter mencionado esse aspecto...” outra dica preciosa: procure sempre trazer a situação dita ou perguntada para você e não para o seu Cliente. Exemplo: esqueça “Você não entendeu o que eu disse”. Prefira: “Acho que não me expressei bem.” Esqueça: “Você entendeu?” Prefira: “Eu fui claro?”. Pequenos ajustes que fazem grandes diferenças! 5- Seja um caçador de oportunidades - todo vendedor que se destaca possui uma coleção de situações extraordinárias que mostram que ele é diferente. Situações que demonstram um profundo e genuíno respeito pelas emoções e sentimentos dos Clientes. Joe Girard, conhecido como o maior vendedor de carros do mundo, costuma dizer “Eu não tenho Clientes, eu faço amigos”. Toda e qualquer oportunidade é usada por Joe para surpreender seus Clientes, digo, seus amigos. Como no dia em que atendeu uma senhora que mencionou estar “só dando uma olhada”. Que não compraria nada, pois não tinha dinheiro. Joe, claro, não murchou, nem perdeu a pose. Muito pelo contrário. Continuou seu diálogo com a senhorinha para saber exatamente que tipo de carro atenderia às necessidades dela, quando, lá pelas tantas, ela mencionou estar aniversariando e pensando em se presentear com um carro assim que pudesse. Sem que ela percebesse, Joe pediu a uma atendente da concessionária que
  • 9. Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente Andréa Cordoniz 9 providenciasse com urgência uma braçada de flores que pagou do seu bolso. Ao final da visita entregou-lhe o buquê. E ganhou mais uma amiga. Lembre-se, também, do caso dos atendentes da Zappos, que mencionei anteriormente, que são treinados para “caçarem” oportunidades de Conexões Emocionais Pessoais com cada Cliente, em cada ligação telefônica. 6- Desenvolva sua capacidade empática - observe atentamente a pessoa a sua frente com todas as suas nuances e procure colocar-se no lugar dela. Empatia exige treino. Muito treino. Vejo muitas pessoas alegando se colocar no lugar do outro, quando na verdade estão fazendo isso errado. Estão se colocando no lugar do outro mantendo seus próprios sentimentos e modo de ver as coisas. Ao nos colocarmos no lugar do outro devemos considerar a realidade dele: suas possibilidades, limitações, diferenças e situação. Não a sua. Do contrário você não estará praticando empatia. 7- Sintonize com seu Cliente - este é talvez o ponto mais importante para estabelecer uma conexão emocional. Funciona quase como uma dança, uma coreografia. E embora poderosa, não há nada de extraordinário ou mágico. É uma técnica baseada em uma simples constatação que, tenho certeza é bem familiar para você: cientistas do comportamento observaram que as pessoas que se relacionam bem tendem a utilizar as mesmas expressões, os mesmos gestos e um vocabulário similar. Igualam posturas e gestos sem se darem conta disso. A partir dessa observação (que teve início na década de 60 por William Condon) estudos demonstraram que se essa sintonia for artificialmente criada, os efeitos serão similares, ou seja, estaremos criando uma aproximação, uma conexão emocional com essa pessoa. Isso acontece porque gostamos de ver nos outros gestos e posturas que nos são familiares. Tendemos, inconscientemente, a confiar mais nas pessoas que se assemelham a nós. Essa técnica, porém, requer bastante prática e cautela para não cair no ridículo ou no artificialismo. Você deverá procurar reproduzir alguns gestos ou estilos de comunicação do seu Cliente, de uma forma sutil e harmoniosa. Observe, por exemplo, o vocabulário empregado por ele e, quando apropriado, o repita. Isso costuma ter um efeito extraordinário! Se, por exemplo, em determinado momento ele menciona querer algo “fabuloso”, quando você estiver elencando os benefícios do seu produto ou serviço, procure mencionar, dentro do contexto, o mesmo adjetivo (“fabuloso”). Isso terá um efeito bastante positivo. O ritmo da fala também deve ser observado para que você se comunique da mesma forma. Seu Cliente fala em um ritmo mais acelerado? Utilize o mesmo ritmo. Alguns de seus gestos também podem ser reproduzidos com muita cautela e parcimônia. Seu Cliente tem por hábito colocar a mão no queixo?
  • 10. Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente Andréa Cordoniz 10 Faça o mesmo em alguns momentos. Como flashes. Isso é chamado de técnica do espelhamento. 8- Faça o “dever de casa” - toda e qualquer relação exige investimento emocional da nossa parte. E isso exige também, atenção integral a tudo que envolve a relação, incluindo um planejamento cauteloso. O ambiente externo, o local, o vocabulário empregado. O menor gesto seu estará contribuindo, ou não, para uma relação de confiança e aceitação. Manter um arquivo, seja digital ou em papel, com as informações sobre seus Clientes é uma excelente iniciativa. Ali você pode registrar preferências (como o vocabulário normalmente empregado), ritmo de fala ou qualquer outra informação que tenha sido transmitida, como o time de futebol que ele torce ou o nome do neto. Imagine o impacto positivo para a relação, se passado um tempo você perguntar sobre algo que ele mencionou em um contato anterior. Procure listar também, previamente, as possíveis perguntas que você pode fazer para seus Clientes a fim de conhecer melhor suas necessidades. Assim você terá um repertório de boas perguntas para evitar improvisações. Melhor ainda se conseguir criar perguntas que favoreçam o que alguns autores chamam de “acordo técnico”, ou seja, perguntas que induzam a respostas positivas e favoráveis à venda do seu produto ou serviço. Antecipe, ainda, as possíveis perguntas que os Clientes podem fazer, para ter as respostas na ponta da língua e não ser pego de surpresa. Conhecer aquilo que você vende a fundo transmite confiança e segurança. 9- Chame seu Cliente pelo nome - nossos nomes são mágicos. Gostamos de ouvir alguém mencioná-lo. Durante uma conversa ou no texto do e-mail, mencione, sempre que cabível, o nome do seu Cliente. 10- Seja autêntico - tempos atrás os vendedores detinham conhecimentos privilegiados e se valiam disso para, muitas vezes, agirem de forma antiética, ludibriando seu Cliente (assimetria da informação). Mas os tempos mudaram e hoje as informações são cada vez mais compartilhadas (simetria da informação). Não raro você vai se deparar com pessoas que entendem tanto ou mais do que você sobre seu produto ou serviço e, diante desse cenário, mais do que nunca, tornou-se inadmissível qualquer tentativa de enrolação ou mentira. Uma boa relação exige confiança, lembre-se sempre! Não tem a resposta para o que foi questionado? Diga que vai checar e dar um retorno. Melhor ainda se puder buscar a informação junto com o Cliente.
  • 11. Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente Andréa Cordoniz 11 Minha força de vendas e eu Em minhas palestras é comum alguns profissionais comentarem que, como gestores da equipe de vendas, se sentem muito limitados na medida em que não são eles que estão frente a frente com seus Clientes. E indagam o que podem fazer para engajar seus funcionários. A cultura de uma organização é definida como um sistema de valores compartilhados por seus membros que difere de uma organização para outra. Toda e qualquer organização desenvolve um conjunto de regras, princípios, valores, premissas e convicções, explícitas ou implícitas, que nortearão o comportamento de cada profissional no seu dia a dia. A fonte primária dos valores de qualquer empreendimento são seus fundadores. São eles que vão dar o tom. Algumas outras poderosas ferramentas reforçam essa cultura, mantendo-a viva. O primeiro grande cuidado deve ocorrer já na contratação dos funcionários. Importante admitir pessoas que se adequem à cultura vigente. Uma empresa que tem como princípio básico a inovação e informalidade terá sérios problemas se contratar profissionais com um perfil conservador e formal. Após a contratação dos profissionais, todo cuidado é pouco para a manutenção dos valores estabelecidos. E a mais poderosa forma de manutenção está justamente nas mãos dos seus gestores: o que dizem, como se comportam e as normas que estabelecem. Como gestor você deve criar, baseado na visão estratégica dos fundadores, os princípios básicos que reflitam a experiência positiva que a organização quer oferecer aos seus Clientes. Esses princípios constituem um conjunto de instruções que irão orientar todos os funcionários quanto aos valores e padrões que devem ser incorporados no dia a dia. Aliado a isso, toda e qualquer atividade de treinamento e desenvolvimento deve reforçar esses princípios. E isso deve ser feito desde o dia em que funcionário coloca os pés na organização em seu primeiro dia de trabalho, através de um programa de integração bem estruturado que traduza a filosofia e os princípios, em ações que são esperadas dos seus profissionais. Como gestor você deve, também, criar um ambiente que estimule a criatividade e a inovação. Dar mais autonomia para seus vendedores para que eles possam agir por conta própria diante das diversas situações com que se deparam frente a frente com seus Clientes; afinal, seus colaboradores são as principais fontes de recursos para o atingimento dos resultados desejados. São os protagonistas dessa relação. Para isso precisam dispor de um mínimo de autonomia para atuar com a agilidade necessária para que a relação seja sempre positiva. Limites e expectativas devem ser muito bem alinhados entre gestores e funcionários. E mais: como gestor é
  • 12. Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente Andréa Cordoniz 12 essencial que você estimule constantemente os vendedores a apresentarem sugestões que estreitem a relação com seus Clientes. Outro aspecto bastante delicado e vulnerável, que precisa ser avaliado seriamente, é o modelo de comissão de vendas que a maioria das organizações vem praticando. Em geral, esse modelo tradicional traz sérios prejuízos emocionais e até morais para a equipe de força de vendas e levanta poderosas barreiras para que uma conexão emocional entre vendedor e Cliente seja estabelecida. Essas práticas, não raro, geram um significativo aumento do nível de estresse em seus profissionais, fomentam intensas e pouco saudáveis competições internas que levam a conflitos e podem estimular comportamentos indesejados e antiéticos. Diversas organizações estão se reestruturando nesse sentido. É o caso da Microship Technology, de semicondutores, empresa americana de grande porte, que a mais de treze anos aboliu esse esquema e adotou um pacote de 90 por cento de salário base e 10 por cento de compensação variável. E a cereja do bolo: essa compensação é atrelada ao crescimento da empresa. Resultado? O montante de vendas aumentou. Os custos permaneceram iguais. Os conflitos reduziram. A cooperação mútua aumentou. Os lucros, desde então, só fazem crescer. Detalhe: estamos falando de uma das indústrias mais competitivas que existem. E por último, fica a dica para que você, como gestor, estabeleça contato direto com seus Clientes. Sempre que possível levante da sua cadeira e os visite. Visite suas lojas. Mantenha diversos canais de comunicação com eles através de telefones, e- mails e redes sociais. Mais ainda: estimule-os a darem opiniões, sugestões, fazerem comentários e críticas. Só assim você poderá fazer os ajustes necessários que levem sua organização a se destacar. Só assim você conhecerá verdadeiramente seus Clientes e poderá traçar estratégias para que ele se apaixone por sua marca. Criando um clima A ambientação de uma loja ou escritório deve merecer atenção constante e especial dos seus gestores. O mobiliário e as instalações devem refletir acintosamente a cultura da organização. Que imagem você faz mentalmente se eu pedir para você pensar em um escritório da Google? Posso garantir que não passa nem perto de um lugar sóbrio, formal, com mobílias escuras e neutras. Nós, seres humanos, sofremos sérias alterações de humor e sentimentos em função do ambiente em que estivermos inseridos. Nossos cinco sentidos atuam todo o tempo, sem que a gente possa imaginar que isso esteja acontecendo, como radares ferozes que captam sinais e nos bombardeiam de emoções. Imagino que você já tenha concluído onde quero chegar: tudo, rigorosamente tudo, que estiver no ambiente
  • 13. Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente Andréa Cordoniz 13 estará favorecendo, ou não, a conexão emocional com nosso idolatrado salve-salve Cliente! Ao estimularmos positivamente os sentidos do Cliente estaremos interferindo nos seus sentimentos e gerando forte impacto sobre o que eles decidirão comprar e sobre o tempo que vão querer permanecer nas nossas instalações ou ao lado dos nossos vendedores. Tudo, rigorosamente tudo, deve ser considerado: cores, sons, aromas, sabores, distribuição de mobiliário e exposição dos produtos. Cada detalhe pode ser um forte aliado para que você estabeleça a tão sonhada conexão com seu Cliente. Pode conspirar a seu favor e proporcionar a experiência extraordinária que você quer que ele tenha. E por que mesmo estamos preocupados com a qualidade da experiência do nosso Cliente? Porque queremos vender mais. E Clientes compram mais quando conectados com a marca. E porque Clientes, como sabemos, não compram produtos nem serviços, compram experiências! Clientes não querem um piano, querem ser pianistas. Clientes não querem um jeans, querem uma vida feliz e com mais liberdade. As organizações que estão se destacando no atual cenário, criam uma imagem de estilo de vida com as quais as pessoas querem se ver vivendo. E isso faz com que queiram comprar tudo que se relacione com a marca. Lembra da história que contei sobre ter comprado o cd da hamburgueria que tanto amo? E dos adeptos do estilo Harley-Davidson de ser? Pesquisas e mais pesquisas comprovam a cada dia a força dessa ambientação nas vendas. Tudo importa e conta nessa hora. A cor da roupa que você usa, por exemplo, evocará alguma lembrança ou sentimento. Dr. Kit Yarrow, psicólogo da Universidade Golden Gate (EUA) apresentou alguns estudos comprovando, por exemplo, que garçonetes que vestem vermelho tendem a ganhar gorjetas maiores. O preto, por sua vez, é quase sempre associado a preços mais altos e produtos de luxo. E por aí vai. O psicólogo ambiental Paco Underhill, estudou aspectos relacionados ao tato e concluiu que as lojas que criam obstáculos e, portanto, obrigam seus Clientes a pararem enquanto andam por elas, os levam a tocar nos produtos expostos o que, por sua vez, aumenta a propensão deles comprarem. Fica a dica: as chances de adquirirmos algo aumenta quando tocamos o produto. Até mesmo a forma como seguramos um cartão de visitas, um prospecto ou um produto, interfere na percepção do outro sobre o valor daquele objeto. Oferecer algo segurando com as duas mãos sugere que o objeto é mais valioso. Muitas joalherias utilizam esse artifício. Suas vendedoras entregam aos Clientes a bandeja expositora com a joia segurando dessa forma. A maneira como os itens são dispostos em uma loja também interferem na disposição de comprar. Estudos sugerem, por exemplo, que as pessoas tendem a se dirigir para o centro das lojas e que, em função disso, somos mais propensos a comprar algo que esteja ali exposto.
  • 14. Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente Andréa Cordoniz 14 Seu venerável Cliente pode até não se dar conta, mas o cheiro do ambiente afeta a percepção e decisão dele. “Nossos sentidos desviam nossa mente consciente. Se cheiramos algo como talco, lembramos com carinho de bebês. Se estivermos em uma loja para bebês, gastaremos um pouco mais de dinheiro”, explica Yarrow. Alguns aromas aspergidos em um imóvel que esteja à venda aumentam as chances do comprador fechar negócio. Aromas têm profunda conexão com nossa memória, segundo estudo publicado no Journal of Business Research. Vendedores que conseguem evocar uma memória boa nos Clientes os tornam mais propensos a comprar. Da mesma forma que atendentes ou estabelecimentos com perfumes fortes e odores desagradáveis atuam como autênticos repelentes de consumidores. Organizações como os parques da Disney utilizam esse expediente faz tempo. Todas as manhãs os Clientes são recebidos em seus parques com um aroma borrifado no ar que é o resultado de uma mistura de baunilha, chocolate e canela. Cientes dessa força que tem o aroma, cada vez mais as lojas estão contratando profissionais para criarem seu próprio perfume e algumas já estão comercializando mais esse produto. Quem vai querer comprar? O Cliente-fã, com certeza! O perfume usado para ambientar as lojas Hugo Boss, por exemplo, levou dois meses sendo aprimorado, e, segundo dizem, contém “toques leves de frutas cítricas com um pouco de cacau, por cima de um floral de gardênia e jasmim sobre uma base de baunilha, sândalo, cedro e âmbar”. Os sabores são estimulados através de estratégicas “provinhas” de produtos que nos são oferecidas, por exemplo, nos supermercados. Sem falar em balas, outras guloseimas e bebidinhas oferecidas em empresas, pontos de vendas, stands e escritórios. Imagine uma loja de brinquedos que ofereça pipoca fresquinha preparada no local? Uniria o sabor com o delicioso aroma. Crianças e adultos adorariam! A música também é outro poderoso recurso! Ela tem uma força extraordinária para despertar sentimentos e emoções. Isso fica bastante evidente nos filmes e novelas. Experimente retirar o som e ver o imenso impacto que terá! Músicas funcionam como fortes evocativos de emoções e alteram significativamente nosso humor. Atuam, inclusive, no nosso ritmo. Um estudo do European Journal of Scientific Research sugere que música em volume alto leva as pessoas a se moverem mais rapidamente, enquanto as mais lentas e tranquilas nos fazem permanecer no local por mais tempo. Música pop lenta pode fazer você gastar mais em compras por impulso. A música pode até mesmo definir o tipo de produto que será mais consumido. Um estudo desenvolvido pela Universidade de Leicester mostrou que a nacionalidade da música tocada, pode determinar se o Cliente vai optar por comprar uma garrafa de vinho alemão ou francês. Nos dias em que foram colocadas para tocar músicas francesas, os vinhos dessa nacionalidade tiveram um aumento de 77% de vendas. O mesmo ocorreu quando tocada música alemã: os consumidores optavam mais por vinhos da mesma nacionalidade. Resumindo: cada um dos cinco sentidos humanos desempenha um importantíssimo papel e grande influência na maneira como percebemos o ambiente à
  • 15. Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente Andréa Cordoniz 15 nossa volta. Cada detalhe interfere nesse processo e emite impulsos que são captados por nossos sentidos nos levando a tomar certas atitudes durante o processo de compra. E você? Que tipo de estímulo sensorial está gerando em seus Clientes? O que pode ser melhor explorado nesse sentido? “O fato é que experimentamos praticamente toda a nossa compreensão do mundo através dos sentidos. Eles são nossa ligação com a memória e tocam nossas emoções passadas e presentes.” Martin Lindstorm, Escritor e palestrante dinamarquês Estudioso dos efeitos da influência social nas decisões de compra. Enfim sós Meu objetivo não foi, de forma alguma, esgotar o assunto. Este aqui é, na verdade, um pequeno aperitivo do livro que lançarei em breve e desde já convido você a participar desse projeto comigo. Contribuições, casos e comentários sobre o assunto serão muito bem-vindos! Neste artigo procurei mencionar alguns dos principais aspectos que nos ajudam a estreitar o relacionamento com os Clientes, trazendo satisfação mútua através de uma união estável, duradoura e prazerosa! Considerando a velocidade com que as mudanças vêm ocorrendo, cada vez mais precisamos nos reinventar e rever posturas, valores e paradigmas. São muitas as novidades que estão surgindo dia após dia. Cientistas do comportamento humano estão revolucionando a forma de atuação dos profissionais ao trazerem à tona conclusões de estudos e pesquisas que estão tendo um impacto profundo em diversas áreas organizacionais, incluindo a área de vendas. Espero também que este material estimule você a desbravar esse fascinante mundo das emoções e sua relação com as vendas. Os segredos dos profissionais que se destacam nesse mercado estão todos ligados à qualidade da relação que eles estabelecem com os Clientes. São pessoas especializadas em pessoas. O que quer que eles se prontifiquem a vender terão êxito. Esses profissionais, é bom lembrar, não possuem nenhum poder sobrenatural, portanto, tudo que fazem pode ser perfeitamente reproduzido por qualquer um de nós. Apesar de todas as evidências, ainda me vejo incrédula quando em minhas palestras e treinamentos me apresento como psicóloga e me deparo com a seguinte cena: chego praticamente a ver “balõezinhos” de pensamentos pairando em diversas cabeças de vendedores, gestores e dirigentes de empresas contendo a indagação carregada de desconfiança e ceticismo: “Uma psicóloga? Para falar de vendas? O que ela entende disso?”. Bem, se você leu este artigo na íntegra, deve entender perfeitamente onde se encaixa um cientista de comportamento humano nesse contexto de vendas. Até porque, seja qual for sua área de atuação, você atua no ramo
  • 16. Como criar uma conexão emocional com o seu Cliente Andréa Cordoniz 16 de relacionamentos. Sua matéria prima são os seres humanos com todas as suas diversidades e peculiaridades. Cada Cliente seu carrega consigo um verdadeiro universo que estará interferindo fortemente na relação de vocês. E só há uma maneira de essa relação deixar de ser um flerte, uma “ficada” sem compromisso, para se tornar uma união estável e duradoura com ganhos para os dois lados: você precisa gostar de gente! Precisa conhecer melhor o que se passa nos corações das pessoas. Precisa gostar de servir seus Clientes. Precisa querer fazer parte de algo maior que você mesmo. Precisa se envolver com algo muito maior e mais complexo do que números. Precisa se envolver com emoções. No mais desejo que você faça excelentes conexões emocionais com as pessoas que o cercam pessoal e profissionalmente! Forte abraço, muito sucesso, saúde e sorte! Andréa Cordoniz, Vendedora de oportunidades que aproximem as pessoas aos seus objetivos profissionais Andréa Cordoniz cordoniz@globo.com Facebook: Andréa Cordoniz – Oficina Empresarial LinkedIn: Andréa Fanzeres Cordoniz