2. “Não se conhece a infância; no caminho das
falsas ideias que se têm, quanto mais se anda,
mais se fica perdido. Os mais sábios prendem-
se ao que aos homens importa saber, sem
considerar o que as crianças estão em
condições de aprender. Procuram sempre o
homem na criança, sem pensar no que ela é
antes de ser homem. (...) Começai, pois, por
melhor estudar vossos alunos, pois com toda
certeza não os conheceis (...)” (ROUSSEAU,
2004, p. 4).
3. ▪ [...] sendo portanto a educação uma
arte, torna-se quase impossível que
alcance êxito total, porquanto a
ação necessária a esse êxito não
depende de ninguém. Tudo o que se
pode fazer, à força de cuidados, é
aproximar-se mais ou menos da
meta, mas é preciso sorte para
atingi-la. (p. 11)
4. Foco da sua educação é a formação do
homem
“saindo de minhas mãos, ele não
será, concordo, nem magistrado,
nem soldado, nem padre, será
primeiramente um homem”
(Rousseau, 1973, p. 15).
5. A educação não pode negligenciar o
fato de que honrar e amar o autor da
espécie e o ser que a protege é uma
consequência natural do amor a si
nem deve esquecer que a liberdade
precisa ser orientada para que não
haja abuso do livre arbítrio e que suas
faculdades sejam canalizadas para o
uso das boas ações: “Ocupai vosso
aluno com todas as boas ações a seu
alcance” (Rousseau, 1973, p. 280).
6. Temos físicos, geômetras,
químicos, astrônomos, poetas,
músicos, pintores; ‘não temos mais
cidadãos’ ou, se nos restam
alguns deles dispersos pelos nossos
campos abandonados, lá perecem
indigentes e desprezados
(ROUSSEAU, 1999a, p. 210, grifos
do autor).