Palestra sobre tendências em mobilidade no ensino para o evento F5, promovido pela GVDASA no dia 16 de setembro de 2014, em Porto Alegre. Evento para líderes de Instituições de Ensino Superior e Colégios de diferentes regiões do país, com cerca de 100 participantes.
Tendências em Mobilidade no Ensino: Palestra no evento F5, promovido pela GVDASA
1.
2.
3.
4. Inovação na sala de aula
1979:
TV e videocassete
2010:
Smartphones e tablets
1940:
mimeógrafo
1890:
lousa e giz
1995:
PC e internet
1990:
disquete e CD
4
5.
6.
7.
8.
9.
10. 58%
dos usuáriosde smartphone
nãoconseguemficar1 hora
semchecarseuscelulares.
Fonte: Lookout
Introdução: Olá, bom dia! Eu sei que todos vocês já devem estar pensando no almoço a essa hora, mas eu prometo que serei breve. Antes de mais nada eu gostaria de agradecer à GVDASA por ter convidado a Blackboard a participar deste evento, que já está na quarta edição e é um sucesso de público. Para nós na Blackboard, é sempre muito inspirador participar de eventos que discutem novos rumos da Educação no Brasil, porque essa é a nossa missão todos os dias: ajudar as Instituições a melhorarem o ensino por meio da tecnologia. Então, parabéns à organização e vamos lá!
Hoje eu vou conversar com vocês um pouco sobre as tendências em mobile no Brasil e no mundo e o impacto dessas transformações no ensino.
Primeiro, eu quero me apresentar: meu nome é Elisa Viali e eu sou Coordenadora Nacional de Marketing na Blackboard Brasil. A Blackboard é uma empresa norte-americana que já está no Brasil há mais de anos, e é líder mundial em tecnologia para o ensino, atendendo 72% das melhores universidades do mundo. Aqui no Brasil, a Blackboard é representada com exclusividade pelo Grupo A Educação, uma empresa com mais de 40 anos de experiência em conteúdos para Instituições de Ensino – talvez muitos de vocês conheçam como Artmed ou Bookman.
Bom, para começar o nosso papo, eu trouxe uma pesquisa organizada pela Blackboard em 2013 que compilou respostas de professores, alunos e outros profissionais envolvidos com o dia a dia do ensino. O resultado dessa pesquisa foi um manifesto sobre o futuro da educação até 2020. Nele, a Blackboard delineou seis principais tendências pra o futuro do ensino, que estão apresentadas no slide:
Educação global: que é a possibilidade de estando em um mesmo lugar, poder aprender com professores ou Instituições de qualquer lugar do mundo. Por exemplo, eu, aqui em Porto Alegre, posso me inscrever em um curso gratuito para aprender Inteligência Artificial com um professor de Stanford.
Ensino centrado aluno: que é a tendência de personalizar cada vez mais o ensino no aluno, e não no professor, no conteúdo ou até mesmo na metodologia utilizada.
Alunos não tradicionais: que é a presença cada vez maior de alunos mais velhos no ensino superior, ou de alunos que escolhem estudar à noite para trabalhar pela manhã, enfim, de qualquer aluno que fuja o padrão de quem recém-saiu do Ensino Médio.
Uso de big-data: Se refere ao uso de dados detalhados e específicos sobre, por exemplo, o desempenho de alunos para a tomada de decisão.
Modelos alternativos de ensino: Que são as diferentes formas de estudar – vídeos online, cursos a distância, cursos livres, entre outros.
E finalmente, Online e Mobile em qualquer lugar, o tema dessa palestra.
Para começar a falar sobre mobile, é sempre bacana lembrar o quanto a gente evoluiu rapidamente nos últimos dez anos. Se a gente for pensar que há mais de cem anos usamos a mesma tecnologia para dar aula – lousa e giz – e que os smartphones e tablets dominaram o mercado há menos de cinco anos, estamos falando, realmente, de uma revolução prestes a acontecer.
Ou melhor, já acontecendo: quando falamos em mobile, é importante destacar três fatos:
Mobile não é uma moda passageira. Mobile veio para ficar, é pervasivo.
Usar mobile no ensino não é mais um luxo: é mandatório. Os alunos esperam que os professores e as Instituições de Ensino se comuniquem com ele da forma como eles se comunicam no seu dia a dia.
E, por último, ter uma estratégia de pensar primeiro em mobile – ou mobile first – não precisa ser difícil. Muitas empresas de tecnologia – como a Blackboard e a GVDASA – já estão usando essa estratégia para inovar nos seus produtos para o ensino.
E pra ilustrar como a revolução mobile é real, eu trouxe aqui uma foto de 2005. Alguém sabe dizer que acontecimento histórico é esse?
Essa foto foi tirada na Praça São Pedro, no Vaticano, durante a posse do Papa Bento 16. Oito anos depois, no mesmo local.... na posse do Papa Francisco o cenário mudou completamente!
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Hoje o celular está conosco em todos os momentos, até em locais não tão adequados. A nossa cultura já é móvel: o celular virou uma extensão do nosso corpo.
E também ajudou a fazer história: durante a chamada “Primavera Árabe”, o celular – por meio do SMS e das mídias sociais – ajudou a unir a população contra os políticos no poder. No Egito, em 2011, por exemplo, o ditador Murabak acabou deposto pelo levante popular.
Aqui no Brasil a gente tem um exemplo de uso da mobilidade nos protestos de 2013, em junho, quando os jovens tomaram a rua com a hashtag #vemprarua. De novo, o celular servia para marcar pontos de encontro, saber onde eram as próximas manifestações, filmar atos de vandalismo e protestar. Essa foto foi tirada em um protesto no Rio de Janeiro, quando um manifestante estava gravando a ação da polícia com o celular.
E pra entender como o celular já faz parte da nossa cultura e como a gente já não conseguiria mais viver sem a mobilidade, é só olhar para algumas estatísticas:
Hoje 58% das pessoas não consegue ficar 1 hora sem conferir seu smartphone. Se estivermos falando dos mais jovens, esse índice sobe para 68%.
Uma pessoa olha em média 150 vezes por dia o seu celular. Para quem dorme oito horas por dia, isso soma umas 10 vezes por hora. Quer dizer, em uma aula de 60 minutos, o aluno olha no mínimo 10 x para o seu celular. Se a aula for chata, então...
Esse nosso vício pelo celular já tem até nome: NOMOFOBIA. Alguém sabe o que significa isso? Nomofobia é a junção de “no mobile fobia”, ou seja, medo de ficar sem o celular. É um termo cunhado e verificado: em uma pesquisa no Brasil, descobriu-se que 18% dos brasileiros admitiram ter dependência dos seus aparelhos.
Alguém já ouviu falar de “phone stacking”? Essa nossa dependência pelo celular já virou até brincadeira: nos Estados Unidos, uns amigos, cansados de ver seus amigos olhando para o celular durante a janta, inventaram um desafio, o “empilhamento de celular”. Quando estão juntos em um restaurante, os amigos têm que empilhar seus celulares em cima da mesa. O primeiro que pegar o celular durante a janta paga a conta. Se ninguém pagar, todo mundo racha a conta.
E é interessante perceber que a paixão pela mobilidade independe de renda: esse gráfico mostra que, mesmo entre os jovens com rendimentos de até 15 mil dólares por ano, há mais uso de celulares do que entre os mais velhos que ganham até 75 mil dólares. Isso significa que o celular não é um artigo de luxo para o jovem: é um estilo de vida.
Aqui no Brasil, por exemplo, 29% das classes C, D e E têm smartphone.
Falando em Brasil, nós somos o quarto país do mundo em número de smartphone – 70 milhões – perdendo apenas para China, EUA e Japão.
Outra pesquisa mostrou que 25% dos usuários de smartphone no Brasil usam o celular como ponto principal de acesso à Internet.
E, segundo uma pesquisa da ComScore, os celulares e tablets ultrapassaram os PCs em consumo de mídia: os usuários de Internet gastam 52% do tempo total conectado consumindo aplicativos e conteúdos de dispositivos móveis.
Ok, mas como é a relação dos alunos com o seu celular? Como eles usam o mobile no seu dia a dia na sala de aula? A gente criou uma brincadeira rápida aqui para mostrar como os jovens usam seus celulares dentro e fora de sala de aula.
O celular já é a primeira coisa que o jovem vê quando sai da cama, porque ele usa o celular como despertador. – Porque hoje quase ninguém mais usa despertador, né?
Uma meia hora depois ele entra no aplicativo da sua Universidade para ver se esqueceu de alguma tarefa – e, olha só, ele esqueceu de responder o questionário!
Depois ele confere em um aplicativo como o Foursquare quais são as cafeterias abertas mais próximas.
Para chegar na cafeteria, ele usa o GPS, que mostra o melhor caminho de ônibus ou de carro para ele ir tomar o seu café.
E lá no café é claro que ele tira uma foto incrível do seu café para postar no Instagram, porque é isso que a gente faz, né?
Na aula, ele usa o celular para anotar os principais pontos da matéria.
Aí, lá pelas 11 da manhã, talvez sim ele olhe os seus emails – porque essa geração já não olha mais email, ela prefere se comunicar por mensagens e facebook
Essa é só uma brincadeira, mas ela nos mostra três fatores importantes sobre a relação dos jovens como o mobile: que eles esperam que a experiência mobile seja fácil/ seja personalizada/ seja agora
Mas o que é ser fácil?
Aqui tem uma estatística interessante que ilustra a facilidade que o uso do mobile promove. O uso de aplicativos mobile cresceu 115% em 2013. E isso aconteceu por um simples motivo: os apps nos dão facilidades que não encontramos em outros sites da Web. Por exemplo, a facilidade de se comunicar rapidamente com seus amigos pelas mídias sociais. Ou, no meu caso, a facilidade de controlar as minhas finanças e registrar cada comprinha no aplicativo – meu bolso agradece!
Hoje em dia há aplicativos que cumprem algumas dessas funções, permitindo a interatividade e a personalização em tempo real e com facilidade na sala de aula. O aplicativo Blackboard Polls, por exemplo, permite que o professor faça enquetes em tempo real por meio de dispositivos móveis e veja os resultados na hora, avaliando se os alunos estão absorvendo o que ele está ensinando.
bbpolls.com
E o que seria o Personalizado?
Na Blackboard, nós enxergamos o personalizado como a possibilidade de deixar o aluno fazer as coisas do jeito que ele prefere. No nosso aplicativo Blackboard Mobile Learn, por exemplo, o aluno pode redefinir cores, mudar o menu, renomear as disciplinas, customizar a listagem de disciplinas, entre outras facilidades.
E agora?
Eu trouxe uma estatística que mostra o quanto nós somos dependentes do “agora” nos nossos celulares. Esse gráfico mostra o quanto quem usa celular ama aqueles avisos de notificação por push, que nos alertam quando um novo email entrou, por exemplo, ou quando recebemos uma nova mensagem por celular. Esse gráfico mostra que mais de 60% das pessoas ativam notificações de chamadas perdidas, mensagens, mídias sociais, tempo, e updates de aplicativos.
Na Blackboard, por exemplo, a gente pensa no agora como um recurso das Instituições de Ensino. Por meio do Mosaic, as Universidades podem criar rapidamente os aplicativos das suas instituições de ensino, inserindo, alterando e atualizando as informações do campus em tempo real.
Bom, para finalizar, gostaria de compartilhar com vocês um documento elaborado pela UNESCO que delineia 13 bons motivos para usar a tecnologia na sala de aula. Dos 13 motivos, escolhi seis para apresentar para vocês aqui hoje:
Se nós quisermos tornar o ensino inspirador e apaixonante para os alunos da nova geração, precisamos nos comunicar da forma que eles se comunicam. O mobile veio para ficar e é o caminho a seguir. Obrigada!