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Prof. Ewerton Rezer Gindri 
EE. 29 de novembro
A escola realista, que contou com nomes como 
Machado de Assis, Raul Pompéia e Aluísio Azevedo, 
teve como principais características: 
a) retorno aos ideais românticos defendidos pela 
literatura indianista de José de Alencar; 
b) preocupação com a métrica e com a 
metalinguagem na arte literária; 
c) retratar a sociedade e suas mazelas, em uma 
linguagem irônica e impiedosa sobre o homem e 
suas máscaras sociais. 
d) confronto direto com o ideário religioso, 
estabelecendo um paradoxo com a literatura 
barroca. 
e) defesa da cultura popular brasileira, resgatando 
símbolos e arquétipos do folclore nacional.
Alternativa “c”. Contrariando a linguagem 
literária vigente, que até então estava ancorada 
nos ideais românticos e na metalinguagem da 
literatura parnasiana, o Realismo rompeu com a 
subjetividade e com os eufemismos na 
linguagem que minimizavam a fealdade do 
caráter humano, representando o mundo 
exterior tal qual ele é, assim como o homem e 
suas relações sociais.
O Realismo, escola literária cujo principal representante brasileiro foi Machado de 
Assis, tem como característica principal a retratação da realidade tal qual ela é, 
fugindo dos estereótipos e da visão romanceada que vigorava até aquele momento. 
Sobre o contexto histórico no qual o Realismo está situado, são corretas as 
proposições: 
I- O Brasil vivia tempos de calmaria política e social, havia um clima de 
conformidade, configurando o contentamento da colônia com sua metrópole, 
Portugal. 
II- Em virtude das intensas transformações sociais e políticas, o Brasil é retratado 
com fidedignidade, reagindo às propostas românticas de idealização do homem e 
da sociedade. 
III- O país vivia o declínio da produção açucareira e o deslocamento do eixo 
econômico para o Rio de Janeiro em razão do crescimento do comércio cafeeiro. 
IV- Tem grande influência das teorias positivistas originárias na França, onde 
também havia um movimento de intensa observação da realidade e 
descontentamento com os rumos políticos e sociais do país. 
V- Surgiu na segunda metade do século XX, quando no mundo eclodiam as teorias 
de expansões territoriais que culminaram nas duas grandes guerras. O Realismo 
teve como propósito denunciar esse panorama de instabilidade mundial. 
Estão corretas: 
a) todas estão corretas. 
b) apenas I e II estão corretas. 
c) I, II e III estão corretas. 
d) II, III e IV estão corretas. 
e) I e V estão corretas.
Alternativa “d”.
“(...) Não tive filhos, não transmiti a nenhuma 
criatura o legado de nossa miséria. (...)”. 
De acordo com a leitura da célebre frase que 
integra o livro “Memórias Póstumas de Brás 
Cubas”, podemos afirmar que Machado de Assis 
filiou-se à tendência: 
a) Modernista. 
b) Naturalista. 
c) Árcade. 
d) Positivista. 
e) Realista.
Alternativa “e”. Machado de Assis foi o maior 
expoente da Literatura realista produzida no 
Brasil, inaugurando o estilo com o livro 
“Memórias Póstumas de Brás Cubas”.
Sobre o Realismo, é incorreto afirmar que: 
a) Surge em um contexto econômico, social e político 
conturbado e de grandes transformações. 
b) Faz uma dura crítica ao Romantismo e à maneira 
idealizada com a qual o homem era retratado pelos 
olhos dos escritores que se dedicaram a essa escola 
literária. 
c) Utiliza uma linguagem repleta de maneirismos, 
com predominância da subjetividade, cuja estética 
contemplava a metalinguagem e o ideal da arte pela 
arte. 
d) Foi inaugurado por Machado de Assis, tendo no 
escritor seu maior expoente, perpetuando a estética 
realista até os dias de hoje. 
e) Influenciado pelos ideais positivistas, o Realismo 
negava a teoria metafísica, buscando explicação nas 
coisas práticas e presentes na vida do homem.
Alternativa “c”. Uma das principais 
características do Realismo era a objetividade 
da linguagem, evitando assim uma visão 
subjetiva sobre o homem e a sociedade. A arte 
literária ganhou um caráter denunciativo, ao 
expor, através da Literatura, graves problemas 
sociais.
No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a 
personagem, critica sutilmente um outro estilo 
de época: o 
Romantismo. 
“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou 
dezesseis anos; era talvez a mais atrevida 
criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais 
voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a 
primazia da beleza, entre as mocinhas do 
tempo, porque isto não é romance, em que o 
autor sobredoura a realidade e fecha os olhos 
às sardas e espinhas; mas também não digo 
que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou 
espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos 
da natureza, cheia daquele feitiço, precário e 
eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, 
para os fins secretos da criação.” 
(ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás 
Cubas. Rio de Janeiro: Jackson,1957.)
A frase do texto em que se percebe a crítica do 
narrador ao Romantismo está transcrita na 
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a) ... o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos 
às sardas e espinhas ... 
b) ... era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça 
... 
c) Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, 
cheia daquele feitiço, precário e eterno, ... 
d) Naquele tempo contava apenas uns quinze ou 
dezesseis anos ... 
e) ... o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins 
secretos da criação.
 Letra A.
O texto abaixo foi extraído de uma crônica 
de Machado de Assis e refere-se ao 
trabalho de um escravo. 
“Um dia começou a guerra do Paraguai e 
durou cinco anos, João repicava e dobrava, 
dobrava e repicava pelos mortos e pelas 
vitórias. Quando se decretou o ventre livre 
dos escravos, João é que repicou. Quando 
se fez a abolição completa, quem repicou 
foi João. Um dia proclamou-se a República. 
João repicou por ela, repicaria pelo Império, 
se o Império retornasse.” 
(MACHADO, Assis de. Crônica sobre a morte 
do escravo João , 1897)
A leitura do texto permite afirmar que o sineiro João: 
a) por ser escravo tocava os sinos, às escondidas, 
quando ocorriam fatos ligados à Abolição. 
b) não poderia tocar os sinos pelo retorno do 
Império, visto que era escravo. 
c) tocou os sinos pela República, proclamada pelos 
abolicionistas que vieram libertá-lo. 
d) tocava os sinos quando ocorriam fatos marcantes 
porque era costume fazê-lo. 
e) tocou os sinos pelo retorno do Império, 
comemorando a volta da Princesa Isabel.
 Letra D.
Texto. 
Viam-se de cima as casas acavaladas umas 
pelas outras, formando ruas, contornando 
praças. As chaminés principiavam a fumar; 
deslizavam as carrocinhas multicores dos 
padeiros; as vacas de leite caminhavam com 
o seu passo vagaroso, parando à porta dos 
fregueses, tilintando o chocalho; os 
quiosques vendiam café a homens de 
jaqueta e chapéu desabado; cruzavam- se 
na rua os libertinos retardios com os 
operários que se levantavam para a 
obrigação; ouvia-se o ruído estalado dos 
carros de água, o rodar monótono dos 
bondes. 
(AZEVEDO, Aluísio de. Casa de Pensão. São 
Paulo: Martins, 1973)
O trecho, retirado de romance escrito em 1884, 
descreve o cotidiano de uma cidade, no 
seguinte contexto: 
a) a convivência entre elementos de uma 
economia agrária e os de uma economia 
industrial indicam o início da industrialização 
no Brasil, no século XIX. 
b) desde o século XVIII, a principal atividade da 
economia brasileira era industrial, como se 
observa no cotidiano descrito. 
c) apesar de a industrialização ter-se iniciado no 
século XIX, ela continuou a ser uma atividade 
pouco desenvolvida no Brasil. 
d) apesar da industrialização, muitos operários 
levantavam cedo, porque iam diariamente para 
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e) a vida urbana, caracterizada pelo cotidiano 
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 Letra A.

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Questões sobre o realismo literário

  • 1. Prof. Ewerton Rezer Gindri EE. 29 de novembro
  • 2. A escola realista, que contou com nomes como Machado de Assis, Raul Pompéia e Aluísio Azevedo, teve como principais características: a) retorno aos ideais românticos defendidos pela literatura indianista de José de Alencar; b) preocupação com a métrica e com a metalinguagem na arte literária; c) retratar a sociedade e suas mazelas, em uma linguagem irônica e impiedosa sobre o homem e suas máscaras sociais. d) confronto direto com o ideário religioso, estabelecendo um paradoxo com a literatura barroca. e) defesa da cultura popular brasileira, resgatando símbolos e arquétipos do folclore nacional.
  • 3. Alternativa “c”. Contrariando a linguagem literária vigente, que até então estava ancorada nos ideais românticos e na metalinguagem da literatura parnasiana, o Realismo rompeu com a subjetividade e com os eufemismos na linguagem que minimizavam a fealdade do caráter humano, representando o mundo exterior tal qual ele é, assim como o homem e suas relações sociais.
  • 4. O Realismo, escola literária cujo principal representante brasileiro foi Machado de Assis, tem como característica principal a retratação da realidade tal qual ela é, fugindo dos estereótipos e da visão romanceada que vigorava até aquele momento. Sobre o contexto histórico no qual o Realismo está situado, são corretas as proposições: I- O Brasil vivia tempos de calmaria política e social, havia um clima de conformidade, configurando o contentamento da colônia com sua metrópole, Portugal. II- Em virtude das intensas transformações sociais e políticas, o Brasil é retratado com fidedignidade, reagindo às propostas românticas de idealização do homem e da sociedade. III- O país vivia o declínio da produção açucareira e o deslocamento do eixo econômico para o Rio de Janeiro em razão do crescimento do comércio cafeeiro. IV- Tem grande influência das teorias positivistas originárias na França, onde também havia um movimento de intensa observação da realidade e descontentamento com os rumos políticos e sociais do país. V- Surgiu na segunda metade do século XX, quando no mundo eclodiam as teorias de expansões territoriais que culminaram nas duas grandes guerras. O Realismo teve como propósito denunciar esse panorama de instabilidade mundial. Estão corretas: a) todas estão corretas. b) apenas I e II estão corretas. c) I, II e III estão corretas. d) II, III e IV estão corretas. e) I e V estão corretas.
  • 6. “(...) Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria. (...)”. De acordo com a leitura da célebre frase que integra o livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, podemos afirmar que Machado de Assis filiou-se à tendência: a) Modernista. b) Naturalista. c) Árcade. d) Positivista. e) Realista.
  • 7. Alternativa “e”. Machado de Assis foi o maior expoente da Literatura realista produzida no Brasil, inaugurando o estilo com o livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”.
  • 8. Sobre o Realismo, é incorreto afirmar que: a) Surge em um contexto econômico, social e político conturbado e de grandes transformações. b) Faz uma dura crítica ao Romantismo e à maneira idealizada com a qual o homem era retratado pelos olhos dos escritores que se dedicaram a essa escola literária. c) Utiliza uma linguagem repleta de maneirismos, com predominância da subjetividade, cuja estética contemplava a metalinguagem e o ideal da arte pela arte. d) Foi inaugurado por Machado de Assis, tendo no escritor seu maior expoente, perpetuando a estética realista até os dias de hoje. e) Influenciado pelos ideais positivistas, o Realismo negava a teoria metafísica, buscando explicação nas coisas práticas e presentes na vida do homem.
  • 9. Alternativa “c”. Uma das principais características do Realismo era a objetividade da linguagem, evitando assim uma visão subjetiva sobre o homem e a sociedade. A arte literária ganhou um caráter denunciativo, ao expor, através da Literatura, graves problemas sociais.
  • 10. No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a personagem, critica sutilmente um outro estilo de época: o Romantismo. “Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.” (ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Jackson,1957.)
  • 11. A frase do texto em que se percebe a crítica do narrador ao Romantismo está transcrita na alternativa: a) ... o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas ... b) ... era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça ... c) Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, ... d) Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos ... e) ... o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.
  • 13. O texto abaixo foi extraído de uma crônica de Machado de Assis e refere-se ao trabalho de um escravo. “Um dia começou a guerra do Paraguai e durou cinco anos, João repicava e dobrava, dobrava e repicava pelos mortos e pelas vitórias. Quando se decretou o ventre livre dos escravos, João é que repicou. Quando se fez a abolição completa, quem repicou foi João. Um dia proclamou-se a República. João repicou por ela, repicaria pelo Império, se o Império retornasse.” (MACHADO, Assis de. Crônica sobre a morte do escravo João , 1897)
  • 14. A leitura do texto permite afirmar que o sineiro João: a) por ser escravo tocava os sinos, às escondidas, quando ocorriam fatos ligados à Abolição. b) não poderia tocar os sinos pelo retorno do Império, visto que era escravo. c) tocou os sinos pela República, proclamada pelos abolicionistas que vieram libertá-lo. d) tocava os sinos quando ocorriam fatos marcantes porque era costume fazê-lo. e) tocou os sinos pelo retorno do Império, comemorando a volta da Princesa Isabel.
  • 16. Texto. Viam-se de cima as casas acavaladas umas pelas outras, formando ruas, contornando praças. As chaminés principiavam a fumar; deslizavam as carrocinhas multicores dos padeiros; as vacas de leite caminhavam com o seu passo vagaroso, parando à porta dos fregueses, tilintando o chocalho; os quiosques vendiam café a homens de jaqueta e chapéu desabado; cruzavam- se na rua os libertinos retardios com os operários que se levantavam para a obrigação; ouvia-se o ruído estalado dos carros de água, o rodar monótono dos bondes. (AZEVEDO, Aluísio de. Casa de Pensão. São Paulo: Martins, 1973)
  • 17. O trecho, retirado de romance escrito em 1884, descreve o cotidiano de uma cidade, no seguinte contexto: a) a convivência entre elementos de uma economia agrária e os de uma economia industrial indicam o início da industrialização no Brasil, no século XIX. b) desde o século XVIII, a principal atividade da economia brasileira era industrial, como se observa no cotidiano descrito. c) apesar de a industrialização ter-se iniciado no século XIX, ela continuou a ser uma atividade pouco desenvolvida no Brasil. d) apesar da industrialização, muitos operários levantavam cedo, porque iam diariamente para o campo desenvolver Atividades rurais. e) a vida urbana, caracterizada pelo cotidiano apresentado no texto, ignora a industrialização existente na época.