5. Cenário Externo
Os principais BCs tem afrouxado a política monetária como forma de tentar reverter o
processo de deflação. A principal consequência desse movimento é que o BC americano
deverá demorar mais tempo para aumentar os juros;
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
2015 2016 2017 LP
Evolução das Projeções do FED para os Juros
Setembro Dezembro Março
6. Cenário Externo
A novidade é que os dados do nível de atividade nos EUA começam a decepcionar...
Apenas clima ou temos algo mais estrutural?
7. Cenário Externo
Entretanto, mesmo com os dados americanos vindo piores, estamos passando por um
momento de correção dos juros internacionais que podem afetar os nossos mercados
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
03/01/12
04/01/12
05/01/12
06/01/12
07/01/12
08/01/12
09/01/12
10/01/12
11/01/12
12/01/12
01/01/13
02/01/13
03/01/13
04/01/13
05/01/13
06/01/13
07/01/13
08/01/13
09/01/13
10/01/13
11/01/13
12/01/13
01/01/14
02/01/14
03/01/14
04/01/14
05/01/14
06/01/14
07/01/14
08/01/14
09/01/14
10/01/14
11/01/14
12/01/14
01/01/15
02/01/15
03/01/15
04/01/15
05/01/15
JurosAmericanosx JurosAlemães
US 10Yr GE 10yr
8. Cenário Externo
O mundo não vai nos ajudar como no passado
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010
Exportações Mundiais (valores)
Exportações Mundiais (quantum)
PIB Mundial
%aoano
9. Cenário Externo
• O que acompanhar no Cenário Externo
• Nível de atividade nos EUA => dependendo da visão do mercado sobre a
recuperação da economia americana teremos um Dólar mais forte ou mais fraco
• Nível de atividade na Europa => Certamente o mercado de títulos europeus são
um limitador para os movimentos dos títulos americanos => Quanto mais se falar
de “japanização” da Europa, menos espaço para altas expressivas das “treasuries”
• A questão da Grécia => Não pela parte financeira, mas quais as consequências do
Euro deixar de ser uma moeda e passar a ser uma união monetária?
• Nível de atividade na China => Sendo o Brasil um exportador de commodities,
quanto mais fraco o crescimento chinês pior para as nossas exportações
• Alerta => a desaceleração da China, além de natural, faz parte de um processo de
troca de fonte de crescimento dos investimentos para o consumo => ruim para as
commodities metálicas, mas bom para as agrícolas
12. Brasil
• O 2º Governo Dilma começou com uma notícia auspiciosa => Joaquim Levy no
Ministério da Fazenda;
• Mas, decisões erradas no campo político colocaram em dúvida a sustentabilidade do
projeto de ajuste;
• A saída foi dar autonomia econômica para Levy e política para Michel Temer => Isso
pode garantir a governabilidade, mas não vai tirar a pressão sobre a Presidente;
• O panelaço durante o programa eleitoral do PT mostra a fragilidade do partido e, no
curto prazo, o Partido e o Governo não terão boas notícias para reverter a situação;
• Os números de inflação estão ruins e não vão melhorar;
• Os números de crescimento estão ruins e não vão melhorar;
• Os números do mercado de trabalho estão piorando e vão piorar mais;
• Ninguém sabe o impacto econômico da Operação Lava a Jato;
• A boa notícia é que ganhamos tempo na questão do grau de investimento;
• Esse será o ano de encarar o Adamastor!
13. Brasil - Situação Atual
Na política o eleitor da o tom da música e a “banda” do Governo parece dissonante
com o som das ruas
14. Brasil - Situação Atual
E as “ruas” tem razão em reclamar, quando o primeiro impacto vem no bolso
-30,00%
-20,00%
-10,00%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
12,00%
14,00%
16,00%
18,00%
Os Ajustes
Alimentação em domicílio Indice Geral Energia Elétrica (direita)
15. Brasil - Situação Atual
E sem alívio a vista, seja porque a inflação não vai dar trégua
6,41%
8,13%
8,45%
8,20%
4,00%
4,50%
5,00%
5,50%
6,00%
6,50%
7,00%
7,50%
8,00%
8,50%
9,00%
Jan-09
Mar-09
May-09
Jul-09
Sep-09
Nov-09
Jan-10
Mar-10
May-10
Jul-10
Sep-10
Nov-10
Jan-11
Mar-11
May-11
Jul-11
Sep-11
Nov-11
Jan-12
Mar-12
May-12
Jul-12
Sep-12
Nov-12
Jan-13
Mar-13
May-13
Jul-13
Sep-13
Nov-13
Jan-14
Mar-14
May-14
Jul-14
Sep-14
Nov-14
Jan-15
Mar-15
May-15
Jul-15
Sep-15
Nov-15
IPCA (YoY)
16. Brasil - Situação Atual
Seja porque a sua renda está em queda
0,80
0,82
0,84
0,86
0,88
0,90
0,92
0,94
0,96
0,98
1,00
01/01/2009
01/03/2009
01/05/2009
01/07/2009
01/09/2009
01/11/2009
01/01/2010
01/03/2010
01/05/2010
01/07/2010
01/09/2010
01/11/2010
01/01/2011
01/03/2011
01/05/2011
01/07/2011
01/09/2011
01/11/2011
01/01/2012
01/03/2012
01/05/2012
01/07/2012
01/09/2012
01/11/2012
01/01/2013
01/03/2013
01/05/2013
01/07/2013
01/09/2013
01/11/2013
01/01/2014
01/03/2014
01/05/2014
01/07/2014
01/09/2014
01/11/2014
01/01/2015
01/03/2015
Salário de Admissão/Saláriode Demissão
Indice ajustado
17. Brasil - Situação Atual
Obviamente que a confiança do consumidor não pode ser boa
70
80
90
100
110
120
130
140
150
160
Confiançado consumidor
Total
Situação Presente
Expectativas
18. Brasil - Situação Atual
E isso se reflete nas vendas
0
10
20
30
40
50
60
Estoque
Estoque total (em dias)
Média(2008-2015)
21. Brasil - Situação Atual
A situação é complicada mesmo... Mas como sair dela? Resolvendo a parte fiscal!
-2
-1
0
1
2
3
4
5
03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15
Total
Sem Manobras
Recorrente
%PIB
Resultado Primário do Setor Público
22. Brasil - Situação Atual
Mas esse ajuste não vai piorar ainda mais as perspectivas de crescimento no curto
prazo? Certamente!
23. Brasil - Situação Atual
Mas tem alguma alternativa? Nesse momento o ajuste fiscal é um fim em si
mesmo! Um pouco de Introdução a Economia para entender o porquê:
Identidade Econômica => I≡S
Mas, S= Sg + Sf + Sx
Onde:
Sg = Poupança do Governo (Déficit Nominal)
Sf = Poupança das Famílias
Sx = Poupança Externa (Transações Correntes – sinal trocado)
Substituindo... I ≡ Sg + Sf + Sx
Se Sf ≈ Cte, ↓Sg significa ↑Sx para o mesmo nível de I
24. Brasil - Situação Atual
Na teoria parece bonito... Mas e na prática? Ai fica mais interessante ainda! Das
Contas Nacionais tiramos o gráfico abaixo com o (I/PIB) e ((Sg+Sf)/PIB)
25. Brasil - Situação Atual
Se o blablabla anterior estiver certo, o déficit em transações correntes deverá estar
ao redor de 4,0% do PIB
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Saldo em transações correntes (% PIB)
Bingo! As vezes a economia faz sentido!
26. Déficit Fiscal
Aumento no
Rombo Externo
Desvalorização
cambial
Aumento da
inflação
Aumento dos
juros
Recessão
Queda na
arrecadação
Brasil – Situação Atual
Portanto, se não for feito o ajuste fiscal, entraremos no seguinte círculo vicioso
28. Brasil
• Passar pelo Cabo das Tormentas é inevitável nesse momento... O Ano de 2015 está
perdido!
• Mas o que fazer para chegarmos a Calicute?
• O ajuste fiscal é condição necessária mas não suficiente
• Temos que reduzir o Custo Brasil e melhorar a produtividade da economia
• A famosa Reforma Tributária começa com a unificação do ICMS
• Revisão do formato dos leilões de concessão
• Mudanças na Lei do Petróleo com a volta do sistema de concessão e fim do
conteúdo nacional
• Esquecer o Mercosul e se integrar nas cadeias produtivas internacionais
• Adaptando a frase de Winston Churchill para o Brasil... “Podemos sempre contar
com os políticos brasileiros para fazer a coisa certa, depois deles tentarem todo o
resto”
29. Brasil
• Algumas “Coordenadas Marítimas” para fazer a travessia:
• Os juros deverão subir pelo menos mais 0,50 p.p. indo para 13,75%;
• O próximo passo seria de queda, talvez até o final do ano ou, mais tardar, até o fim
do 1º tri de 2016;
• O Dólar deverá oscilar ao redor de R$ 3,10 no curto prazo, fechando próximo de R$
3,15 ao final de 2015;
• Para 2016 deverá ficar entre R$ 3,40 e R$ 3,50;
• O PIB nesse ano deverá cair entre 1,50% e 2,00%, com viés de baixa. Principal risco é
o impacto da Operação Lava a Jato sobre o crédito
• Para 2016 não devemos ter outra recessão, mas o crescimento não será de encher os
olhos => entre 0,00% e 1,00%
• Para terminar uma mensagem de incentivo...
33. Este material possui cunho meramente informativo, não constituindo qualquer tipo de oferta, convite, proposta ou
aconselhamento por parte do Banco ABC Brasil S.A. (“Banco”) aos seus destinatários para quaisquer fins, inclusive,
mas não limitado, à contratação ou não de operações financeiras, negócios ou investimentos, bem como quanto ao
desenvolvimento por estes, ou não, de quaisquer estratégias correlatas. O envio deste material aos seus destinatários
se dá de forma gratuita e por mera liberalidade do Banco, não se configurando como qualquer tipo de produto ou
prestação de serviços por parte deste, ao qual fica reservado o direito de descontinuar o envio destas informações a
qualquer tempo e sem qualquer tipo de aviso prévio a seus destinatários. As informações contidas neste material
foram obtidas de fontes públicas e consideradas razoavelmente apuradas na data de sua divulgação. O Banco não
confere aos destinatários deste material qualquer espécie de garantia, direito ou pretensão no que se refere às
informações ora apresentadas, bem como quanto à sua exatidão, completude, isenção, confiabilidade ou atualização.
Quaisquer decisões, contratações, investimentos, negócios ou estratégias, relacionadas ou não às informações ora
apresentadas, deverão ser adotadas, efetuadas ou desenvolvidas pelos destinatários deste material exclusivamente de
acordo com seus critérios de avaliação próprios e sob sua integral responsabilidade, com base nas informações por
estes obtidas de forma independente e de acordo com a análise e opinião de seus consultores, analistas e
administradores próprios. O Banco não será responsável, perante os destinatários deste material ou quaisquer
terceiros, por qualquer forma de utilização das informações ora apresentadas, bem como por quaisquer perdas diretas,
indiretas ou quaisquer tipos de prejuízos e/ou lucros cessantes que possam ser decorrentes do uso deste conteúdo.
Este material e as informações dele constantes somente poderão ser reproduzidos, divulgados ou redistribuídos com a
expressa anuência por escrito do Banco. Este material não se constitui, e não deve ser interpretado, para quaisquer
fins, como relatório de análise nos termos do artigo 1º da Instrução CVM n.º 483, de 06 de Julho de 2010.