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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO 
ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO E TECNOLOGIA - ESTG 
CURSO DE TECNÓLOGO EM LOGÍSTICA / GESTÃO EMPRESARIAL 
APOSTILA DE INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA 
2013.1 
PROFESSOR ALBINO RODRIGUES
Ementa 
Conceito de logística, sua função nas empresas. Processos de Armazenagem, e sistemas logísticos de 
Distribuição e Transporte. O gerenciamento da Cadeia de Suprimento. Operadores logísticos e Logística 
reversa. 
Objetivos 
Apresentar o histórico, conceitos e as bases que fundamentam a ação gerencial de logística e como ela 
se expressa no cotidiano das organizações. Apresentar modelos que inovam os processos de 
armazenagem, distribuição e transporte, culminado na integração dos sistemas através da operação em 
Cadeia de Suprimentos, posicionando a logística como recurso estratégico. 
Programa 
Unidade 1 – Logística: Função Essencial 
1.1.1 – Visão logística 
1.1.2 – História e Tendência da logística 
1.1.3 – Atividades primárias e de apoio 
1.1.4 – Logística como vantagem competitiva 
1.1.5 – Logística e Comércio Eletrônico 
Unidade 2 – Armazenagem 
2.1 – Espaço físico 
2.2 – Localização de Centros de Distribuição (CD) 
Unidade 3 – Distribuição e Transporte 
3.1 – Sistema de Transporte 
3.2 – Distribuição física 
Unidade 4 – Cadeia de Suprimento 
4.1 – Os elementos da Cadeia de Suprimento 
Unidade 5 – Operadores Logísticos 
Unidade 6 – Logística Reversa
1. Logística 
Muito se fala a respeito da logística como sendo, atualmente, a responsável pelo sucesso ou insucesso 
das organizações. Porém, o que se pode perceber no mercado é que muito pouco se sabe sobre as 
atividades logísticas e como as mesmas devem ser definidas nas organizações. É importante então evitar 
que situações de modismo acabem por influenciar o uso errado da palavra e, o que seria muito pior, de 
suas técnicas e atividades. Devemos atentar para a definição correta do termo logística e a sua aplicação 
como diferencial 
competitivo em qualquer tipo de organização. 
O termo Logística, de acordo com o Dicionário Aurélio, vem do francês logistique e tem como uma de 
suas definições a .parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de: projeto e 
desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e 
evacuação 
de material (para fins operativos ou administrativos). 
Pela definição do Council of Logistics Management, Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de 
Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de 
matérias-primas, materiais semiacabados e produtos acabados, bem como as informações a eles 
relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências 
dos clientes. 
1.1 – Visão Logística 
A visão logística preocupa-se em agrupar sob uma mesma gerência as atividades relacionadas com o 
fluxo de informações e dos produtos e serviços para uma administração integrada e dinâmica, dos 
recursos vitais que são: 
Administração dos pedidos de venda, sistema de suprimento de materiais, controle de estoque de MP, 
materiais auxiliares e de manutenção, as peças em processo e o estoque acabado, o sistema de 
planejamento e controle da produção e sistema de movimentação e distribuição dos produtos e serviços. 
Logística 
Recursos 
Financeiros 
Recursos 
Materiais 
Recursos 
de 
Inforrmação 
PROCESSO INTEGRADO 
Essa visão e entendimento moderno de Logística configuram-se como uma nova disciplina, agrupando 
as atividades essenciais de controle dos pedidos de vendas, materiais, planejamento do processo 
produtivo, suprimentos, distribuição e informação para otimizar os recursos materiais e humanos da 
organização. Esta nova dinâmica do conceito logístico, ação integradora, reduz drasticamente os 
conflitos e desperdícios decorrentes dos interesses departamentais do antigo paradigma. 
1.2 - A Logística no Tempo 
A logística vem num crescente dentro da empresa, notadamente a cada ano que passa. O que há alguns 
anos atrás na hierarquia havia somente o cargo de supervisor ou técnico de logística, hoje já há cargos 
de Diretoria, ou seja, a logística também cresceu dentro do organograma das empresas. 
O futuro da logística é mesmo brilhante. As tendências mostram que os custos para movimentação de 
bens e distribuição de serviços devem crescer proporcionalmente às outras atividades, tais como 
manufatura e marketing. O aumento nos custos de combustível, a implantação de melhorias de 
produtividade e a questão ecológica vão contribuir para o prestígio da logística. A maior importância 
dos assuntos logísticos vai atrair maior atenção por parte da administração.
1.3 - Evolução do Pensamento Logístico 
PRIMEIRA FASE: Do Campo ao Mercado 
Teve seu inicio situado na virada do século XX, sendo a economia agrária sua principal influência 
teórica. A principal preocupação, no caso, era com questões de transporte para escoamento da produção 
agrícola. 
SEGUNDA FASE: Funções Segmentadas 
Perseguia-se a excelência nos negócios através da gestão eficiente de atividades isoladas como 
Compras, Transporte, Armazenagem, Fabricação, Manuseio de Materiais e Distribuição. Estas funções 
eram desempenhadas por especialistas, cujo desempenho era medido por indicadores como custos de 
transporte mais baixos, menores estoques e compras com menores preços. 
Vai de 1940 ao inicio da década de 60, sofre grande influencia militar. Não é por acaso que o termo 
“logística” tem raízes na movimentação e na garantia de abastecimento das tropas nas guerras 
TERCEIRA FASE: Funções Integradas 
Vai do início da década de 60 até os primeiros anos de 70. Trata-se do começo de uma visão integrada 
nas questões logísticas, explorando o aspecto do custo total e abordagem de sistemas. Pela primeira vez 
o foco deixa de recair na distribuição física. Neste período que se presencia o aparecimento no ensino 
quanto na prática da logística, de um gerenciamento consolidado das atividades de transporte e 
distribuição, armazenagem, controle de estoques e manuseio de materiais. 
QUARTA FASE: Foco no Cliente 
Estende-se do inicio da década de 70 até os meados dos anos 80, corresponde ao “foco no cliente”, com 
ênfase na aplicação de métodos quantitativos às questões logísticas. Seus principais focos são as 
questões de produtividade e custos de estoques. Inicia-se a integração dinâmica e flexível entre os 
componentes da cadeia de suprimentos (interna e externa). A busca do estoque zero, introdução do 
código de Barras e intercambio de informações se dá por via eletrônica (EDI- eletronic data 
enterchange). 
QUINTA FASE: Integração Estratégica 
Vai de meados da década de 80 até o presente, tem ênfase estratégica, como indica o rótulo que lhe foi 
atribuído: “a logística como elemento diferenciador”. Identificada como a última fronteira empresarial 
em que se pode explorar novas vantagens competitivas, e aí surge o conceito de Supply Chain 
Management, cujo pano de fundo é a globalização e o avanço na tecnologia da informação. Este 
período ao qual nos encontramos, implica uma maior preocupação com as interfaces, dentro das 
empresas, entre as diferentes funções, além de maior destaque das considerações logísticas no mais alto 
nível de planejamento estratégico das corporações. Outra questão que ganha relevância, nos dias atuais, 
é a inclusão da responsabilidade social no projeto de novos sistemas logísticos, como por exemplo, as 
questões ecológicas. A vertente mais rica no atual pensamento logístico é sem dúvida o de Supply Chain 
Management. Ela conjuga os processos logísticos, que tratam de fluxo de materiais e informações dentro 
e fora das empresas, com os relacionamentos que surgem ao longo da cadeia para assegurar seus 
melhores resultados. Após lidar com os relacionamentos entre as Empresas, é natural que o pensamento 
logístico aborde uma questão afim – a das parcerias e alianças estratégicas logísticas. Estas estratégias 
colaborativas promovem a união de forças de empresas – cliente e fornecedora, cliente e cliente ou 
fornecedora e fornecedora – visando explorar as atividades logísticas em busca de vantagens
1.4 - Atividade da Logística 
Existem diversos tipos de organização, sejam privadas ou públicas, que se utilizam dos serviços 
logísticos, como empresas manufatureiras, empresas de transporte, empresas alimentícias, Forças 
Armadas, serviços 
postais, distribuição de petróleo, transporte público e muitas outras. Logística é a chave de muitos 
negócios por muitas razões, entre as quais incluímos o alto custo de operação das cadeias de 
abastecimento. Pode-se 
perceber que a tendência das organizações é a horizontalização, atividade em que muitos produtos até 
então produzidos por determinada empresa do fim da cadeia de fornecimento passam a ser produzidos 
por outras empresas, ampliando o número de fontes de suprimento e dificultando a administração desse 
exército 
de fornecedores. 
Pelo exposto, então surge à seguinte dúvida, se os custos são tão altos, por que então horizontalizar e 
criar demanda para atividades logísticas? 
A resposta para a indagação acima se resume em duas palavras: Mercado Globalizado. À medida que 
as empresas investem em parceiros comerciais, aumentam os gastos com o planejamento de toda a 
cadeia. Mas, analisando essa situação de forma holística, percebe-se que há uma redução de custos. 
Mais importante do que tal redução, a atividade logística passa a agregar valor, melhorando os níveis de 
satisfação dos usuários. Entretanto, a mudança na atividade logística se não for acompanhada por todas 
as organizações, levará à falência daquelas que não se enquadrarem. Mas ainda pode ficar uma questão a 
ser resolvida: como se dá a redução nos custos? 
Tal redução, acompanhada de um estudo logístico, é explicada pela especialização das empresas 
fornecedoras, haja vista que as mesmas acabam por investir em tecnologia de ponta para os 
desenvolvimentos dos materiais, até então produzidos pela empresa que está no fim da cadeia, e que 
agora passarão a ser produzidos pela mais nova empresa horizontalizada. A partir desse momento, a 
tendência é que exista uma redução de custos, proporcionada pelo ganho de escala na produção e pelo 
desenvolvimento 
tecnológico, focado agora em uma determinada linha de produto. Como se pode perceber, a atividade 
logística está inserida em diversos pontos da organização e sua correta aplicação se faz necessária para o 
bom andamento das atividades.
1.4.1 - Atividades primárias da logística 
Identifica aquelas atividades que são de importância primaria para que sejam atingidos os objetivos de 
custo e nível de serviço. Estas atividades são: 
Transporte: para a maioria das empresas, o transporte é a atividade mais importante, simplesmente 
porque ele é a mais visível e também porque ele é essencial. Nenhuma empresa pode operar sem 
providenciar a movimentação de suas matérias primas ou de seus produtos acabados. A administração 
da atividade de transporte geralmente envolve decidir-se quanto ao método de transporte, aos roteiros e 
à utilização da capacidade dos veículos. 
Manutenção de Estoques: muitas vezes não é possível entregar o produto ao cliente assim que acaba a 
sua fabricação. Da mesma forma, não é possível receber todos os suprimentos no exato momento em 
que eles são necessários na produção, embora muito se tenha feito dentro dos conceitos de “just-in-time” 
(1) . A armazenagem torna-se necessária quando por alguma razão temos que guardar uma matéria 
prima, componente ou produto acabado até a sua utilização. Os estoques agem então como 
“amortecedores entre a oferta e a demanda”. A manutenção dos estoques pode atingir de um a dois 
terços dos custos logísticos, o que torna a manutenção de estoques uma atividade chave da logística. 
(1) "Just in Time" é uma expressão utilizada em logística para designar uma empresa que trabalha sem 
estoque. A tradução é "em tempo hábil". Por exemplo, uma montadora de veículos contrata uma 
empresa de transportes para transportar todas as peças para a linha de montagem no Sistema Just In 
Time, dessa forma os caminhoes chegam com as peças diretamente na linha de montagem, evitando 
perdas com estoques. Logicamente, que se houver qualquer falha o prejuízo é enorme. 
Processamento de Pedidos: os custos de processamento de pedidos tendem a ser pequenos quando 
comparados aos custos de transporte ou de manutenção de estoque. Contudo, o processamento de 
pedidos é ima atividade logística primária. Sua importância deriva do fato de ser elemento crítico em 
termos do tempo necessário para levar bens e serviços aos clientes. É também uma atividade primária 
que inicializa a movimentação de produtos e a entrega de serviços. Abaixo demonstramos uma forma 
exemplificada das três atividades primárias para atender clientes, por alguns autores é chamado de o 
“ciclo crítico”. 
Responsabilidades e objetivos comuns em atividades logísticas nas organizações Modernas. 
Logística 
Materiais PCP Compras Importação 
MP 
Distribuição Adm.Vda 
(Pedidos)
O CICLO CRÍTICO DA LOGÍSTICA 
Estoque Estoque Estoque 
Processamento dos pedidos dos clientes 
Fonte: Cometti (2001) 
1.4.2 - Atividades de Apoio da logística 
Apesar de transporte, manutenção de estoque e processamento de pedidos serem os principais 
ingredientes que contribuem para a disponibilidade e a condição física de bens e serviços, há uma série 
de atividades que apóiam estas atividades primárias, que são: 
Armazenagem: Espaço para manter estoques, envolve problemas de localização, dimensionamento, 
arranjo físico, recuperação do estoque e configuração do armazém. 
Manuseio de materiais: movimentação de produtos no local de estocagem. Envolve seleção do 
equipamento, procedimentos de formação de pedidos e balanceamento de carga. 
Embalagem e proteção: auxilia a garantir a movimentação sem quebras. É necessária a embalagem 
adequada para o perfeito empacotamento. 
Obtenção: é a atividade que deixa o produto disponível para o sistema logístico. 
Programação de produção: refere-se às quantidades agregadas que devem ser produzidas, quando e 
onde devem ser produzidas. 
Manutenção de informações: informações de custos e desempenho. É importante manter dados de 
volumes de vendas, níveis de estoques, localização dos clientes, entre outros. 
1.5 - O Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento 
Atualmente as organizações são desafiadas a operar de forma eficiente e eficaz para garantir a 
continuidade de suas atividades, o que as obriga a constantemente desenvolver vantagens em novas 
frentes de atuação. As 
demandas impostas pelo aumento da complexidade operacional e pela exigência de maiores níveis de 
serviço pelos clientes, mas que anseiam por preços declinantes, servem de exemplo aqui. Daí, como 
agregar mais valor e, ao mesmo tempo, reduzir os custos, garantindo o aumento da lucratividade? 
A logística tem sido uma das maneiras mais freqüentemente utilizadas para vencer esses desafios. A 
explicação reside na sua capacidade de evoluir para responder as necessidades advindas das profundas e 
constantes mudanças que as organizações estão enfrentando. O modo como a logística vem sendo 
aplicada e desenvolvida, no meio empresarial e acadêmico, denota a evolução do seu conceito, a 
ampliação das atividades sob sua responsabilidade e, mais recentemente, o entendimento de sua 
importância estratégica. 
Em seu estágio mais avançado, está sendo utilizada para o planejamento de processos de negócios que 
integram não só as áreas funcionais da empresa, como também a coordenação e o alinhamento dos 
esforços de diversas organizações na busca por reduzir custos e agregar o máximo valor ao cliente final. 
A isto tem sido dado o nome de Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento ou, em inglês, Supply 
Chain Management.
Em uma primeira fase, a logística foi aplicada de forma fragmentada, onde se buscou melhorar o 
desempenho individual de cada uma das atividades básicas. Ou seja, não havia uma abordagem 
sistêmica, a ênfase era funcional e a execução dava-se por departamentos especializados. No momento 
seguinte, diversos fatores evidenciaram o imperativo de que as atividades funcionais deveriam ser 
executadas de forma integrada e harmoniosa para obter-se uma boa performance da organização. O 
avanço na tecnologia da informação e a adoção de um gerenciamento orientado para processos 
facilitaram essa mudança. Essa etapa é conhecida como logística integrada. 
Isto culminou com a percepção de que o processo logístico não começa e nem termina nos limites da 
própria empresa. Na verdade, o início se dá na correta escolha e no estabelecimento de parcerias com 
fornecedores, exigindo ademais que o canal de distribuição esteja apto a atender plenamente às 
necessidades e expectativas do cliente final. Para citar um exemplo, um fabricante de barras de 
chocolate só atingirá sucesso pleno quando o consumidor aprovar a qualidade de seu produto e do 
serviço ofertado no momento da compra. Isso reforça a idéia de que esse fabricante e o varejo devem se 
unir e focar sua atenção na agregação de valor para o cliente final. Se isto não acontecer, toda a cadeia 
terá falhado e poderá ser substituída por outra mais apta. 
Esse fato mostra que a competição está acontecendo entre cadeias. Diante desse cenário, muitas 
empresas vêm empreendendo esforços para organizar uma rede integrada e realizar de forma eficiente e 
ágil o fluxo de materiais, que vai dos fornecedores e atinge os consumidores, garantindo a sincronização 
com o fluxo de informações que acontece no sentido contrário. As empresas que têm implementado o 
Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento estão conseguindo significativas reduções de estoque, 
otimização dos transportes e eliminação das perdas, principalmente aquelas que acontecem nas 
interfaces entre as organizações e que são representadas pelas duplicidades de esforços. Como 
agregação de valor, estão conseguindo maior confiabilidade e flexibilidade, melhoram o desempenho de 
seus produtos e estão conseguindo lançar novos produtos em menores intervalos de tempo. 
Em suma, o Supply Chain Management consiste no estabelecimento de relações de parceiras, de longo 
prazo, entre os componentes de uma cadeia produtiva, que passarão a planejar estrategicamente suas 
atividades e partilhar informações de modo a desenvolverem as suas atividades logísticas de forma 
integrada, através e entre suas organizações. Com isso, melhoram o desempenho conjunto pela busca de 
oportunidades, implementada em toda a cadeia, e pela redução de custos para agregar mais valor ao 
cliente final. 
Apesar dos expressivos resultados obtidos, muitas dificuldades existem na implementação desse 
conceito, pois se torna necessária uma profunda análise na cultura das empresas que irão compor a 
cadeia. A visão funcional deve ser abandonada, informações precisam ser compartilhadas, inclusive 
aquelas sobre os custos. Os relacionamentos devem ser construídos com base em confiança mútua; o 
horizonte de tempo desloca-se do curto para o longo prazo e um dos elos, chamado de elo forte, será 
responsável pela coordenação do sistema e seu desempenho neste papel será fundamental para que os 
objetivos sejam atingidos. 
Outro desafio é equacionar os diferentes tamanhos e objetivos dos componentes, e como isso exige uma 
mudança de cultura, o estabelecimento da cadeia requer tempo e esforço. Dada à complexidade desse 
novo arranjo, que passa a ter dimensão interorganizacional, a medição de desempenho necessita de 
indicadores que permitam o controle da performance da cadeia como um todo. Não se pode esquecer 
que deve existir compatibilidade entre os sistemas de informação dos elos, que muitas vezes se utilizam 
de plataformas diferentes. Por último, e muitas vezes esquecido, está o fato de que o elemento humano é 
de suma importância e, portanto, deverá ser treinado e estar preparado para esta nova realidade. Cabe 
registrar a escassez de profissionais nessa área, em especial, aqueles com visão sistêmica e conhecedores 
de todas as atividades logísticas. 
Mesmo que o conceito de Supply Chain Management ainda esteja sendo desenvolvido e não exista uma 
metodologia única para a sua implementação, a sua adoção poderá ser uma fonte potencial de obtenção 
de vantagem competitiva para as organizações e mostra-se como um caminho a ser seguido pelas 
demais. No Brasil, a maioria das empresas ainda está aplicando a logística de forma embrionária, o que 
as coloca em desvantagem diante de concorrentes externos. Poucos são os segmentos mais adiantados, 
como os da indústria automobilística e dos supermercados, que adotaram tais medidas. Esforços para 
mudar este cenário já estão acontecendo, o que permite uma visão mais otimista na aplicação da 
logística no aproveitamento de seus benefícios para o país, melhorando assim nossa capacidade de 
competir.
1.6 – Logística como Vantagem Competitiva 
Competir é preciso e, portanto, uma realidade que não se pode mais ignorar. Assim, todas as 
organizações buscam diferenciar-se de seus concorrentes para conquistar e manter clientes. Só que isto 
está se tornando cada vez mais difícil. O aumento da arena competitiva, representado pelas 
possibilidades de consumo e produção globalizadas, a necessidade de que se façam lançamentos mais 
freqüentes de novos produtos, os quais, em geral, terão ciclos de vida curtos, e a mudança no perfil dos 
clientes, cada vez mais bem informados e exigentes, forçam as empresas e serem criativas, ágeis e 
flexíveis, mas também a aumentar a sua qualidade e confiabilidade. Sem dúvida, tarefas que estão 
desafiando os executivos em todo o mundo e exigindo maiores esforços. 
Muitas são as teorias sobre a obtenção de vantagem competitiva. Segundo estas essa vantagem deveria 
ser o mais duradoura possível e tornasse bem perceptível aos olhos dos clientes, colocando assim a 
organização numa posição de supremacia diante de seus concorrentes. O ponto de convergência de todas 
essas abordagens consiste em produzir a um custo menor, em agregar mais valor, ou em poder atender 
de maneira mais efetiva às necessidades de um determinado nicho de mercado. Numa situação ideal, o 
objetivo seria atingir esses alvos simultaneamente, o que pode soar conflitante. 
Pesquisas recentes mostram que os produtos, de modo geral, estão se tornando cada vez mais parecidos 
na percepção dos clientes. A atualização tecnológica, a aplicação de processos produtivos mais 
competentes e enxutos e o acesso a fontes de suprimento capazes de garantir matérias-primas de 
qualidade são realidades que estão permitindo o nivelamento dos fabricantes de um mesmo produto. 
Além disso, percebe-se que as marcas estão perdendo o seu poder de sedução e conseqüentemente os 
fabricantes estão caindo em uma vala comum, transformando os produtos em commodities. 
Esses fatos têm evidenciado que a diferenciação pode ser obtida pela prestação de um maior e mais 
completo pacote de serviços. Isto representa um desafio, pois a oferta dessas comodidades deve vir 
acompanhada da manutenção ou, mesmo, da redução dos preços praticados. E, ao se criarem maiores 
expectativas para os clientes, também a qualidade das operações passa a ser um atributo-chave. Se a 
empresa não for capaz de cumprir as suas promessas, o cliente ficará profundamente frustrado. 
Neste momento, pode ser delineada a aplicação da logística para a obtenção de vantagem competitiva. 
As metas da logística são as de disponibilizar o produto certo, na quantidade certa, no local certo, no 
momento certo, nas condições adequadas para o cliente certo ao preço justo. Assim, fica evidente a 
intenção de se atingir, simultaneamente, a eficiência e a eficácia nesse processo. 
A redução de custos se dará pela suavização e correta execução do fluxo de materiais que passará a ser 
feito de forma sincronizada com o fluxo de informações, possibilitando redução dos inventários, maior 
utilização dos ativos envolvidos, eliminação dos desperdícios, otimização dos sistemas de transporte e 
armazenagem. Ou seja, haverá o emprego racional e a otimização de todos os fatores utilizados. O que 
significa dizer que serão trocadas incertezas por informações que permitirão, através de um processo 
bem coordenado, minimizar os recursos necessários para a realização das atividades, sem perda de 
qualidade no atendimento ao cliente final. 
A agregação de valor poderá surgir da oferta de entregas mais confiáveis e freqüentes, em menores 
quantidades, da oferta de maior variedade de produtos, melhores serviços de pós-venda, maiores 
facilidades de se fazer negócio e sua singularização na organização. Todas essas facilidades poderão ser 
transformadas em um diferencial aos olhos do cliente, que pode estar disposto a pagar um valor mais 
alto por melhores serviços, que representem benefícios. Por exemplo, entregas mais rápidas, em 
menores quantidades, e confiáveis permitem que o cliente trabalhe com estoques menores, 
possibilitando diminuir os seus investimentos. 
A atividade logística está diretamente voltada para a resolução da grande questão: como agregar 
mais valor e, ao mesmo tempo, reduzir os custos garantindo o aumento da lucratividade? 
Ao adotar o conceito de Supply Chain Management, a organização amplia sua visão e pode se tornar 
muito mais ágil e mais flexível do que os concorrentes, o que seria extremamente desejável. O projeto e 
o desenvolvimento conjunto de produtos permitem que uma cadeia lance novos produtos, com mais 
rapidez, podendo ser dotados de melhor funcionalidade e ser produzidos a custos totais mais baixos. 
Como existe parceria, o planejamento estratégico será compartilhado e os riscos serão divididos. 
Conceitos mais modernos como Outsourcing e o Global Sourcing passam a ser utilizados e dá-se uma 
mudança no foco do
relacionamento, que passa a ser um esforço cooperativo na procura pelo aumento da lucratividade. Neste 
ambiente, novos arranjos produtivos podem ser desenvolvidos, empregando o conceito de co-localização. 
É o que se pode observar, por exemplo, nos condomínios industriais, ou no consórcio 
modular empregado na fábrica de caminhões da Volkswagem,em Resende no Estado do Rio de Janeiro, 
onde se percebe que as montadoras de automóveis, na recente instalação de suas modernas plantas 
produtivas no Brasil, lançaram mão de tais arranjos. 
Para que um sistema logístico seja corretamente implantado e atinja os objetivos planejados, alguns 
pontos precisam ser observados: 
a) o sistema deve ser planejado para atender as necessidades dos clientes; 
b) o pessoal envolvido deve ser treinado e estar capacitado; 
c) devem ser definidos os níveis de serviços a serem oferecidos; 
d) a segmentação dos serviços deve dar-se de acordo com os requisitos de serviço dos clientes e com a 
lucratividade de cada segmento; 
e) faz-se necessária a utilização de tecnologia de informação para integrar as operações; 
f) há que haver consistentes previsões de demanda e a percepção do seu comportamento; 
g) por fim, necessita-se da adoção de indicadores de desempenho que permitam garantir que os 
objetivos sejam alcançados. 
A logística poderá ser, portanto, o caminho para a diferenciação de uma empresa aos olhos de seus 
clientes, para a redução dos custos e para agregação de valor, o que irá ser refletido num aumento da 
lucratividade. Uma empresa mais lucrativa e com menores custos estará, sem dúvida, em uma posição 
de superioridade em relação aos seus concorrentes. Porém, a logística por si só não alcançará esses 
resultados, sendo necessário que esteja inserida no processo de planejamento de negócio da organização 
e alinhada com os demais esforços para atingir sucesso no seu segmento de atuação. Não está se 
propondo que a logística seja a tábua de salvação de um negócio mal organizado e mal gerenciado, mas 
sim que seja vista como uma opção real que já foi adotada por muitas empresas e, até mesmo, países 
para o aumento de sua competitividade. 
1.7 - Logística Integrada 
A popularidade da logística integrada e do supply chain management está ligada a uma série de eventos 
ocorridos no cenário econômico e empresarial. O quadro abaixo mostra uma síntese dessas mudanças 
ocorridas. 
As operações logísticas em uma empresa ocorrem de acordo com processos estabelecidos para, 
basicamente, mover, estocar e entregar materiais e produtos a quem deles necessita, em conformidade 
com suas especificações, a tempo e hora.
Os processos logísticos ou cadeias logísticas, como por vezes são denominados, podem ser pensados em 
diferentes níveis de amplitude. Quer se esteja abordando o processo logístico de uma empresa como um 
todo, o processo de distribuição ou, em outro extremo, um simples processo de abastecimento de 
determinada peça em uma linha de montagem, conceitualmente tem-se que: 
• O processo de logística é sistêmico, engloba um conjunto de elementos interdependentes 
visando atender determinado objetivo, assim como as decisões sobre o processo são inter-relacionadas; 
• O processo logístico deve ser pensado em função do nível de serviço a ser assegurado, 
devendo operar de maneira a garantir que seja atendido; 
• Ao intervir nos elementos no processo, em tempo de planejamento ou de operação, 
inevitavelmente, estar-se-á trabalhando com trocas compensatórias de custos (trade-offs). 
Vale dizer o custo (maior ou menor) de um elemento afeta o custo de outros elementos 
do processo. Evidentemente, interessará a quem planeja / opera o processo. O menor 
custo total e não reduções de custos em determinado elemento, que resultem em maior 
custo total. 
Por certo, a amplitude do processo em exame deferirá, substancialmente, em temos de complexidade. 
Uma coisa é o profissional de logística estar empenhado em compreender as interações e possíveis 
trade-offs de custos na logística da empresa como um todo, outra é buscar uma solução para pós 
abastecimento de determinada peça na linha de montagem. 
De acordo com Faria (2003), na aplicação do conceito de Logística Integrada, a solução ótima é aquela 
que melhor atende a equação nível de serviço ótimo / custo total mínimo. O processo analisado 
tecnicamente sob ótica de Logística Integrada otimiza seu funcionamento, do menor custo total, 
atendendo ao nível de serviço demandado. 
Copacino apud Faria (2003) afirma que o conceito de custo total, chave da Logística Integrada, é 
baseado no inter-relacionamento dos custos de suprimentos, produção e distribuição. A análise do custo 
total envolve a otimização dos custos totais de transporte, armazenagem, inventário, processamento de 
pedidos e sistemas de informações e do custo decorrente de lotes ao mesmo tempo, tem como 
perspectiva os resultados econômicos como um sistema que se esforça para minimizar os custos totais, 
enquanto alcança um nível desejado de serviço ao cliente. 
Em um ambiente competitivo, há a necessidade imperiosa de melhorar cada vez mais o nível de serviço, 
não só aumentado, mas, preferivelmente, reduzindo o custo total. Uma estratégia logística, visando 
alcançar o balanceamento entre custos logísticos e nível de serviços, de acordo com Copacino apud 
Faria (2003), envolve a determinação de critérios de desempenho que o sistema logístico necessitará 
manter, mais especificamente em termos de objetivos de custos e níveis de serviços. Normalmente custo 
e serviço envolvem ralação direta e uma empresa deve considerá-la e determinar o desempenho logístico 
desejado. 
1.8 - Comércio Eletrônico 
O comércio Eletrônico é um meio pelo qual as empresas podem se relacionar comercialmente com seus 
fornecedores, clientes e consumidores em uma escala global. Com a tecnologia de informação, é 
possível agilizar o fluxo de informações e reduzir os custos totais, já que ela possibilita a eliminação de 
certas barreiras existentes no comércio tradicional. Esse “relacionamento eletrônico” permite que a 
companhia seja mais eficiente e flexível, respondam rapidamente às necessidades dos clientes e 
trabalhem de forma mais próxima dos fornecedores. 
A tecnologia tem evoluído rápida e constantemente. As organizações, aos tropeços, procuram 
acompanhar essa evolução, tentando alcançar a vantagem competitiva e tirar proveito dela. A Internet se 
apresenta como um meio de intercâmbio, cuja penetração é espetacular.
1.8.1 - Impacto do comércio eletrônico nas organizações e na sociedade 
O comércio eletrônico está transformando o mercado com mudanças nos modelos de negócio, nos 
relacionamentos entre as diversas organizações e com sua contribuição para a reestruturação do 
mercado. 
O impacto do comércio eletrônico atinge tanto as empresas quanto a sociedade. As mudanças 
provenientes do seu uso influenciam radicalmente o comportamento e as expectativas dos clientes, de 
modo a redefinirem o mercado ou até mesmo criarem mercados totalmente novos. À sociedade é 
apresentada uma nova forma de acessar informações ou comprar bens. Barreiras geográficas e de 
tempo são eliminadas. O estilo de vida se altera. Essa mudança pode ser comparada à invenção do 
telefone, do carro ta televisão. 
1.8.2 - Oportunidades e benefícios do comércio eletrônico 
O comércio eletrônico pode oferecer vantagens e oportunidades tanto aos fornecedores de bens como 
aos clientes. Embora muitos desses benefícios ainda sejam questionáveis, vale a pena mencionar o 
potencial que eles apresentam. 
1.8.3 - Presença global x escolha global 
O comércio eletrônico não tem limite geográfico. Ele alcança a todos que estejam presentes na rede de 
computadores. Como a rede é global, o comércio eletrônico possibilita que mesmo uma organização 
extremamente pequena tenha presença global e possa competir nesse cenário. Essa característica 
beneficia os clientes uma vez que lhe dá alternativas para selecionar de onde comprará 
independentemente da localização geográfica, E esse processo é válido tanto na relação empresa-empresa 
como na relação empresa-consumidor. 
1.8.4 - Redução de tempo de ciclo da cadeia x resposta rápida às necessidades 
Dependendo do produto a ser comercializado, o tempo na cadeia de abastecimento pode ser 
extremamente reduzido. Muitos produtos podem ser comercializados diretamente do fabricante para o 
cliente ou consumidor sem necessidade de intermediários. Alguns produtos podem ser transportados 
diretamente pela rede, sendo descarregados eletronicamente, como é o caso de livros, filmes, 
aplicativos, artigos e músicas. Dessa forma, o cliente ou consumidor tem sua demanda atendida 
rapidamente sem se deslocar de casa. 
1.8.5 - Redução de custos x redução de preços 
Uma das grandes contribuições provenientes do uso do comércio eletrônico corresponde ao potencial de 
redução dos custos transnacionais. Essa redução de custo, dependendo da estratégia adotada pela 
organização, pode ser repassada aos preços praticados com clientes e consumidores. 
1.8.6 - Business-to-business (B2B) 
As soluções B2B permitem uma comunicação mais eficaz, integrando as organizações e seus processos 
e seus fornecedores, clientes, parceiros estratégicos e distribuidores. 
As estratégias de negócio passam a considerar também os parceiros de negócio dentro da cadeia de 
valor. Tanto os fornecedores como os compradores vivem um momento especial. A tecnologia, 
incluindo a Internet, está disponível. 
A tecnologia traz importantes benefícios para as organizações no que diz respeito à velocidade das 
conexões, velocidade de entrega, suporte para o conceito colaborativo, disponibilidade de informação, 
entre outros. 
A concorrência deixou de ser tradicional e isso preocupa as organizações convencionais ou, pelo menos, 
as obriga a darem mais atenção ao processo.
1.8.7 - Business-to-consumer (B2C) 
As soluções B2C são voltadas para os consumidores. Dessa forma, o seu enfoque deve ser mais 
direcionado à interface com o usuário, atraindo compradores com propaganda em diferentes sites. 
Devem ter alta capacidade de resposta às exigências do consumidor, incluindo tempo de entrega, 
disponibilidade de produto e preço. 
Esse tipo de comércio eletrônico sofreu uma evolução bastante rápida e apresenta importante 
desenvolvimento na atividade econômica mundial, criando novas oportunidades de mercado, que antes 
se limitavam a informações, livros e CDs. 
Site de leilões, barganhas, reserva de hotéis, viagens domésticas e internacionais, educação a distância, 
despesas domésticas, entre uma infinidade de diferentes ideais, são exemplos de como os 
empreendedores estão usando a rede mundial para atingir o consumidor e fazer negócios. 
2. Armazenagem 
Armazenagem e manuseio de mercadorias são componentes essenciais do conjunto de atividades 
logísticas. Os seus custos podem absorver de 12 a 40% das despesas logísticas da empresa. 
Ao contrário do transporte, que ocorre entre locais e tempos diferentes, a armazenagem e o manuseio de 
materiais acontece, na grande maioria das vezes, em algumas localidades fixadas. Portanto, os custos 
destas atividades estão intimamente associados à seleção desses locais. 
2.1 – Necessidade de Espaço Físico 
As empresas realmente necessitam de espaço físico para estocagem? Se as demandas pelos produtos da 
empresa forem conhecidas com exatidão e se as mercadorias puderem ser fornecidas instantaneamente, 
teoricamente não há necessidade para manter espaço físico para o estoque. Entretanto, não costuma ser 
pratico nem econômico operar desta maneira, pois geralmente a demanda não pode ser prevista 
precisamente. Para alcançar perfeita coordenação entre oferta e demanda, a produção deveria ter tempo 
de resposta instantâneo e o transporte deveria ser totalmente confiável, com tempo de entrega nulo. Isto 
não existe em operações reais. 
Portanto, as empresas usam estoques para melhorar a coordenação entre oferta e demanda e diminuir os 
custos totais. Segue-se que manter inventário gera a necessidade do espaço de armazenagem e da 
movimentação interna dos materiais. 
Os custos da armazenagem e do manuseio de materiais são justificáveis, pois eles podem ser 
compensados com os custos de transporte e de produção, ou seja, uma empresa pode reduzir seus custos 
produtivos, pois seus estoques armazenados absorvem flutuações dos níveis de produção devido a 
incertezas do processo de manufatura ou a variações de oferta ou demanda. Ale,m disso, estoques 
podem reduzir custos de carregamento. A questão é justamente utilizar inventário suficiente para o 
correto balanço econômico entre os custos de estocagem, produção e transporte. 
Muitas empresas hoje estão evitando ou minimizando a necessidade de armazenagem pela aplicação do 
conceito just-in-time. A idéia é ajustar o suprimento e a demanda no tempo e na quantidade, de forma 
que produtos ou matérias-primas cheguem justamente quando necessários. 
Razões básicas para espaço físico: 
• Reduzir custos de transporte e produção; 
• Coordenação de suprimentos e demanda; 
• Necessidades da produção; 
• Considerações de marketing.
2.2 - Localização de depósitos 
Uma vez estabelecida a necessidade por área de armazenagem, a próxima consideração é saber a 
localização deste espaço. Esta decisão é feita tipicamente em dois níveis. Inicialmente, uma 
armazenagem é localizada com referência aos outros depósitos do sistema logístico. Como alguma 
empresas chegam a ter de 30 a 50 locais de estocagem por todo o país, a análise usada para situa todas 
elas deve ser suficientemente geral, de modo que um armazém qualquer possa ser localizado dentro de 
um único município. 
Os grandes problemas computacionais para balancear custos de transporte, manutenção de estoques e 
processamento de pedidos para a grande quantidade de possíveis combinações torna pouco prática uma 
localização mais precisa. 
Na segunda fase, após a definição da região geográfica, um sítio específico deve ser escolhido, ou seja, 
se o armazém deve ser localizado em determinado bairro ou distrito industrial do município. A análise 
geral pode sugerir bom local potencial. Entretanto, é dada pouca consideração quanto à variação dos 
custos de terrenos e dos serviços disponíveis dentro de uma área metropolitana. Tais custos e fatores 
devem ser ponderados para cada região na primeira análise geral. 
A localização de facilidades envolve o uso de muito julgamento, arte e intuição. Os analistas da decisão 
devem seguir uma lista de verificação dos fatores que podem auxiliar a diminuir a amplitude de suas 
escolhas. 
Os seguintes fatores são comumente utilizados: 
• Leis de zoneamento locais; 
• Atitude da comunidade e do governo local com relação ao depósito; 
• Custo para desenvolver e conformar o terreno; 
• Custo de construção; 
• Disponibilidade e acesso a serviços de transportes; 
• Potencial para expansão; 
• Disponibilidade, salários, ambiente e produtividade da mão-de-obra local; 
• Taxas relativas ao local e à operação do armazém, etc... 
Caso pretenda-se alugar espaço de armazenagem, os fatores que tratam da posse ou construção 
podem ser colocados de lado. Informações associadas a estes fatores podem ser coletadas dos 
advogados locais, transportadoras, agências governamentais, engenheiros, executivos de outras 
empresas com depósitos na área e empresas especializadas no problema de localização industrial e 
de facilidades. 
2.3 - Funções da armazenagem 
Depósitos prestam quatro classes principais de serviços ao usuário. O projeto da facilidade geralmente 
reflete a natureza dos serviços que esta desempenha. Esses serviços são: abrigo, consolidação, 
transferência e transbordo e agrupamento ou composição. 
Abrigo de produtos: Talvez o uso mais óbvio da armazenagem seja a guarda de estoques, gerados pelo 
desbalanceamento entre oferta e demanda. Armazéns providenciam proteção para as mercadorias, além 
de longa lista de serviços associados, como manutenção de registros, rotação de estoques e reparos. 
O projeto do armazém reflete o período de tempo no qual se espera que os produtos permaneçam 
guardados. Portanto, facilidades que mantêm estoques por períodos prolongados, como aquelas usadas 
para envelhecer bebidas alcoólicas ou guardar produtos com demanda sazonal, são freqüentemente 
estruturas antigas com diversos pavimentos alimentícios, a estrutura geralmente tem apenas um 
pavimento, projetado para garantir a eficiência na movimentação interna do material. 
Consolidação: A estrutura das tabelas de frete, especialmente quando contém reduções substanciais 
para grandes lotes, influencia o modo pelo qual depósitos são usados para a movimentação de produtos. 
Se a mercadoria é originária de muitas fontes diferentes, a empresa pode economizar no transporte se as
entregas forem feitas num armazém, onde as cargas são agregadas ou consolidadas e, então, 
transportadas num único carregamento até seu destino final. O armazém de consolidação é mais 
freqüente no suprimento de materiais. 
Transferência e transbordo: Uma das formas mais populares do uso de depósitos é desagregar ou 
fracionar quantidades transferidas em grandes volumes para as quantidades menores demandadas pelos 
clientes. Esta função é oposta à da consolidação. É aplicação importante do princípio logístico de 
despachar tão longe quanto possível com o maior volume viável. Ou seja, a estrutura dos fretes é tal que 
grandes lotes de entrega tem fretes unitários significativamente mais baixos do eu entregas menos 
volumosas. Portanto, distribuir para clientes que demandam pequenos volumes fica mais barato se um 
depósito regional é estabelecido para tende-los. 
A utilização de um terminal de carga para transbordo é semelhante ao caso do terminal ou depósito de 
transferência, com exceção de que não se intenciona a guarda do produto. O depósito serve 
simplesmente como o ponto onde os grandes lotes de entrega terminam sua viagem e onde se originam 
as entregas dos volumes fracionados. O armazém, como um terminal de carga, providencia as 
facilidades de operação intermodal da troca de um tipo de veículo para outro, desagregando os grandes 
volumes entregues nos menores volumes de distribuição. 
Agrupamento: Um uso especializado para depósitos é o agrupamento de itens de produto. Algumas 
empresas com linha extensa de produtos podem fabricá-la integralmente em cada uma das suas plantas 
industriais. Os clientes geralmente compram a linha completa. Podem-se obter economias de produção 
pela especialização de cada fábrica na manufatura de uma parte da linha de produtos, e entregando a 
produção num depósito, em vez de diretamente nos clientes. No depósito, os itens são agrupados 
conforme os pedidos realizados. O custo adicional do armazém pode ser mais que compensado pelos 
menores custos de manufatura, resultantes dos maiores lotes de produção para menos itens em cada 
planta. 
2.4 - Controle de Estoques 
Segundo Ballou, “devemos sempre ter o produto de que você necessita, mas nunca podemos 
ser pegos com algum estoque” é uma frase que descreve bem o dilema da administração de estoques. O 
controle de estoques é parte vital do composto logístico, pois estes podem absorver de 25 a 40% dos 
custos totais, representando uma porção substancial do capital da empresa. Portanto, é importante a 
correta compreensão do seu papel na logística e de como devem ser gerenciados. (Ballou, Ronald H. 
Logística Empresarial, Atlas, 1993). 
2.4.1 - Razões para manter estoques: 
A armazenagem de mercadorias prevendo seu uso futuro exige investimento por parte da organização. O 
ideal seria a perfeita sincronização entre oferta e demanda, porém isto parece impossível, ou seja, 
conhecer exatamente a demanda futura e como nem sempre os suprimentos estão a disposição a 
qualquer momento, deve-se acumular estoque para assegurar a disponibilidade de mercadorias e 
minimizar os custos totais de produção e distribuição. 
Estoques servem para uma série de finalidades, ou seja, eles: 
• melhoram o nível de serviços: 
Auxiliam a função de marketing a vender os produtos da empresa. Estes podem ser localizados 
mais próximos aos pontos de venda e co0m quantidade mais adequadas. 
• Incentivam economias na produção: 
O mínimo custo unitário de produção geralmente ocorre para grandes lotes de fabricação com o 
mesmo tamanho. Estoques agem como amortecedores entre oferta e demanda, possibilitando 
uma produção mais constante, que não oscila com as flutuações de vendas. A força de trabalho 
pode ser mantida em níveis estáveis e os custos de preparação de lotes podem ser diminuídos.
• Permitem economias de escala nas compras e no transporte: 
Uma das finalidades do estoque é possibilitar descontos no transporte pelo emprego de grandes 
lotes equivalentes à capacidade dos veículos e gerar, portanto, fretes unitários menores. Do 
mesmo modo, menores preços podem ser obtidos na compra de mercadorias com o uso de lotes 
maiores que as demandas imediatas. 
• Protegem contra alterações nos preços: 
Compras podem ser antecipadas em função de aumentos previstos nos preços. Isto acaba criando 
estoques que, de alguma forma, o pessoal de logística deve administrar. 
• Protegem contra oscilações na demanda ou no tempo de ressuprimento: 
Para garantir disponibilidade de produtos, deve-se manter um estoque adicional. Estoques de 
segurança são adicionados aos estoques regulares para atender as necessidades de produção ou 
do mercado. 
• Protegem contra contingências 
Greves, incêndios e inundações são apenas algumas das contingências que podem atingir uma 
empresa. Manter estoques de reserva é uma maneira de garantir o fornecimento normal nessas 
ocasiões. 
Parece claro que manter estoques oferece inúmeros benefícios, mas seus custos são elevados e tem 
subido dramaticamente com as taxas de juros. Para o especialista em logística, existe o desafio de 
minimizar o investimento em estoques ao mesmo tempo em que balanceia a eficiência da produção e da 
logística com as necessidades de marketing. O alto custo do capital tornou este problema um assunto 
vital para a empresa.

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Logística e Gestão da Cadeia de Suprimentos

  • 1. UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO E TECNOLOGIA - ESTG CURSO DE TECNÓLOGO EM LOGÍSTICA / GESTÃO EMPRESARIAL APOSTILA DE INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA 2013.1 PROFESSOR ALBINO RODRIGUES
  • 2. Ementa Conceito de logística, sua função nas empresas. Processos de Armazenagem, e sistemas logísticos de Distribuição e Transporte. O gerenciamento da Cadeia de Suprimento. Operadores logísticos e Logística reversa. Objetivos Apresentar o histórico, conceitos e as bases que fundamentam a ação gerencial de logística e como ela se expressa no cotidiano das organizações. Apresentar modelos que inovam os processos de armazenagem, distribuição e transporte, culminado na integração dos sistemas através da operação em Cadeia de Suprimentos, posicionando a logística como recurso estratégico. Programa Unidade 1 – Logística: Função Essencial 1.1.1 – Visão logística 1.1.2 – História e Tendência da logística 1.1.3 – Atividades primárias e de apoio 1.1.4 – Logística como vantagem competitiva 1.1.5 – Logística e Comércio Eletrônico Unidade 2 – Armazenagem 2.1 – Espaço físico 2.2 – Localização de Centros de Distribuição (CD) Unidade 3 – Distribuição e Transporte 3.1 – Sistema de Transporte 3.2 – Distribuição física Unidade 4 – Cadeia de Suprimento 4.1 – Os elementos da Cadeia de Suprimento Unidade 5 – Operadores Logísticos Unidade 6 – Logística Reversa
  • 3. 1. Logística Muito se fala a respeito da logística como sendo, atualmente, a responsável pelo sucesso ou insucesso das organizações. Porém, o que se pode perceber no mercado é que muito pouco se sabe sobre as atividades logísticas e como as mesmas devem ser definidas nas organizações. É importante então evitar que situações de modismo acabem por influenciar o uso errado da palavra e, o que seria muito pior, de suas técnicas e atividades. Devemos atentar para a definição correta do termo logística e a sua aplicação como diferencial competitivo em qualquer tipo de organização. O termo Logística, de acordo com o Dicionário Aurélio, vem do francês logistique e tem como uma de suas definições a .parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de: projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material (para fins operativos ou administrativos). Pela definição do Council of Logistics Management, Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semiacabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes. 1.1 – Visão Logística A visão logística preocupa-se em agrupar sob uma mesma gerência as atividades relacionadas com o fluxo de informações e dos produtos e serviços para uma administração integrada e dinâmica, dos recursos vitais que são: Administração dos pedidos de venda, sistema de suprimento de materiais, controle de estoque de MP, materiais auxiliares e de manutenção, as peças em processo e o estoque acabado, o sistema de planejamento e controle da produção e sistema de movimentação e distribuição dos produtos e serviços. Logística Recursos Financeiros Recursos Materiais Recursos de Inforrmação PROCESSO INTEGRADO Essa visão e entendimento moderno de Logística configuram-se como uma nova disciplina, agrupando as atividades essenciais de controle dos pedidos de vendas, materiais, planejamento do processo produtivo, suprimentos, distribuição e informação para otimizar os recursos materiais e humanos da organização. Esta nova dinâmica do conceito logístico, ação integradora, reduz drasticamente os conflitos e desperdícios decorrentes dos interesses departamentais do antigo paradigma. 1.2 - A Logística no Tempo A logística vem num crescente dentro da empresa, notadamente a cada ano que passa. O que há alguns anos atrás na hierarquia havia somente o cargo de supervisor ou técnico de logística, hoje já há cargos de Diretoria, ou seja, a logística também cresceu dentro do organograma das empresas. O futuro da logística é mesmo brilhante. As tendências mostram que os custos para movimentação de bens e distribuição de serviços devem crescer proporcionalmente às outras atividades, tais como manufatura e marketing. O aumento nos custos de combustível, a implantação de melhorias de produtividade e a questão ecológica vão contribuir para o prestígio da logística. A maior importância dos assuntos logísticos vai atrair maior atenção por parte da administração.
  • 4. 1.3 - Evolução do Pensamento Logístico PRIMEIRA FASE: Do Campo ao Mercado Teve seu inicio situado na virada do século XX, sendo a economia agrária sua principal influência teórica. A principal preocupação, no caso, era com questões de transporte para escoamento da produção agrícola. SEGUNDA FASE: Funções Segmentadas Perseguia-se a excelência nos negócios através da gestão eficiente de atividades isoladas como Compras, Transporte, Armazenagem, Fabricação, Manuseio de Materiais e Distribuição. Estas funções eram desempenhadas por especialistas, cujo desempenho era medido por indicadores como custos de transporte mais baixos, menores estoques e compras com menores preços. Vai de 1940 ao inicio da década de 60, sofre grande influencia militar. Não é por acaso que o termo “logística” tem raízes na movimentação e na garantia de abastecimento das tropas nas guerras TERCEIRA FASE: Funções Integradas Vai do início da década de 60 até os primeiros anos de 70. Trata-se do começo de uma visão integrada nas questões logísticas, explorando o aspecto do custo total e abordagem de sistemas. Pela primeira vez o foco deixa de recair na distribuição física. Neste período que se presencia o aparecimento no ensino quanto na prática da logística, de um gerenciamento consolidado das atividades de transporte e distribuição, armazenagem, controle de estoques e manuseio de materiais. QUARTA FASE: Foco no Cliente Estende-se do inicio da década de 70 até os meados dos anos 80, corresponde ao “foco no cliente”, com ênfase na aplicação de métodos quantitativos às questões logísticas. Seus principais focos são as questões de produtividade e custos de estoques. Inicia-se a integração dinâmica e flexível entre os componentes da cadeia de suprimentos (interna e externa). A busca do estoque zero, introdução do código de Barras e intercambio de informações se dá por via eletrônica (EDI- eletronic data enterchange). QUINTA FASE: Integração Estratégica Vai de meados da década de 80 até o presente, tem ênfase estratégica, como indica o rótulo que lhe foi atribuído: “a logística como elemento diferenciador”. Identificada como a última fronteira empresarial em que se pode explorar novas vantagens competitivas, e aí surge o conceito de Supply Chain Management, cujo pano de fundo é a globalização e o avanço na tecnologia da informação. Este período ao qual nos encontramos, implica uma maior preocupação com as interfaces, dentro das empresas, entre as diferentes funções, além de maior destaque das considerações logísticas no mais alto nível de planejamento estratégico das corporações. Outra questão que ganha relevância, nos dias atuais, é a inclusão da responsabilidade social no projeto de novos sistemas logísticos, como por exemplo, as questões ecológicas. A vertente mais rica no atual pensamento logístico é sem dúvida o de Supply Chain Management. Ela conjuga os processos logísticos, que tratam de fluxo de materiais e informações dentro e fora das empresas, com os relacionamentos que surgem ao longo da cadeia para assegurar seus melhores resultados. Após lidar com os relacionamentos entre as Empresas, é natural que o pensamento logístico aborde uma questão afim – a das parcerias e alianças estratégicas logísticas. Estas estratégias colaborativas promovem a união de forças de empresas – cliente e fornecedora, cliente e cliente ou fornecedora e fornecedora – visando explorar as atividades logísticas em busca de vantagens
  • 5. 1.4 - Atividade da Logística Existem diversos tipos de organização, sejam privadas ou públicas, que se utilizam dos serviços logísticos, como empresas manufatureiras, empresas de transporte, empresas alimentícias, Forças Armadas, serviços postais, distribuição de petróleo, transporte público e muitas outras. Logística é a chave de muitos negócios por muitas razões, entre as quais incluímos o alto custo de operação das cadeias de abastecimento. Pode-se perceber que a tendência das organizações é a horizontalização, atividade em que muitos produtos até então produzidos por determinada empresa do fim da cadeia de fornecimento passam a ser produzidos por outras empresas, ampliando o número de fontes de suprimento e dificultando a administração desse exército de fornecedores. Pelo exposto, então surge à seguinte dúvida, se os custos são tão altos, por que então horizontalizar e criar demanda para atividades logísticas? A resposta para a indagação acima se resume em duas palavras: Mercado Globalizado. À medida que as empresas investem em parceiros comerciais, aumentam os gastos com o planejamento de toda a cadeia. Mas, analisando essa situação de forma holística, percebe-se que há uma redução de custos. Mais importante do que tal redução, a atividade logística passa a agregar valor, melhorando os níveis de satisfação dos usuários. Entretanto, a mudança na atividade logística se não for acompanhada por todas as organizações, levará à falência daquelas que não se enquadrarem. Mas ainda pode ficar uma questão a ser resolvida: como se dá a redução nos custos? Tal redução, acompanhada de um estudo logístico, é explicada pela especialização das empresas fornecedoras, haja vista que as mesmas acabam por investir em tecnologia de ponta para os desenvolvimentos dos materiais, até então produzidos pela empresa que está no fim da cadeia, e que agora passarão a ser produzidos pela mais nova empresa horizontalizada. A partir desse momento, a tendência é que exista uma redução de custos, proporcionada pelo ganho de escala na produção e pelo desenvolvimento tecnológico, focado agora em uma determinada linha de produto. Como se pode perceber, a atividade logística está inserida em diversos pontos da organização e sua correta aplicação se faz necessária para o bom andamento das atividades.
  • 6. 1.4.1 - Atividades primárias da logística Identifica aquelas atividades que são de importância primaria para que sejam atingidos os objetivos de custo e nível de serviço. Estas atividades são: Transporte: para a maioria das empresas, o transporte é a atividade mais importante, simplesmente porque ele é a mais visível e também porque ele é essencial. Nenhuma empresa pode operar sem providenciar a movimentação de suas matérias primas ou de seus produtos acabados. A administração da atividade de transporte geralmente envolve decidir-se quanto ao método de transporte, aos roteiros e à utilização da capacidade dos veículos. Manutenção de Estoques: muitas vezes não é possível entregar o produto ao cliente assim que acaba a sua fabricação. Da mesma forma, não é possível receber todos os suprimentos no exato momento em que eles são necessários na produção, embora muito se tenha feito dentro dos conceitos de “just-in-time” (1) . A armazenagem torna-se necessária quando por alguma razão temos que guardar uma matéria prima, componente ou produto acabado até a sua utilização. Os estoques agem então como “amortecedores entre a oferta e a demanda”. A manutenção dos estoques pode atingir de um a dois terços dos custos logísticos, o que torna a manutenção de estoques uma atividade chave da logística. (1) "Just in Time" é uma expressão utilizada em logística para designar uma empresa que trabalha sem estoque. A tradução é "em tempo hábil". Por exemplo, uma montadora de veículos contrata uma empresa de transportes para transportar todas as peças para a linha de montagem no Sistema Just In Time, dessa forma os caminhoes chegam com as peças diretamente na linha de montagem, evitando perdas com estoques. Logicamente, que se houver qualquer falha o prejuízo é enorme. Processamento de Pedidos: os custos de processamento de pedidos tendem a ser pequenos quando comparados aos custos de transporte ou de manutenção de estoque. Contudo, o processamento de pedidos é ima atividade logística primária. Sua importância deriva do fato de ser elemento crítico em termos do tempo necessário para levar bens e serviços aos clientes. É também uma atividade primária que inicializa a movimentação de produtos e a entrega de serviços. Abaixo demonstramos uma forma exemplificada das três atividades primárias para atender clientes, por alguns autores é chamado de o “ciclo crítico”. Responsabilidades e objetivos comuns em atividades logísticas nas organizações Modernas. Logística Materiais PCP Compras Importação MP Distribuição Adm.Vda (Pedidos)
  • 7. O CICLO CRÍTICO DA LOGÍSTICA Estoque Estoque Estoque Processamento dos pedidos dos clientes Fonte: Cometti (2001) 1.4.2 - Atividades de Apoio da logística Apesar de transporte, manutenção de estoque e processamento de pedidos serem os principais ingredientes que contribuem para a disponibilidade e a condição física de bens e serviços, há uma série de atividades que apóiam estas atividades primárias, que são: Armazenagem: Espaço para manter estoques, envolve problemas de localização, dimensionamento, arranjo físico, recuperação do estoque e configuração do armazém. Manuseio de materiais: movimentação de produtos no local de estocagem. Envolve seleção do equipamento, procedimentos de formação de pedidos e balanceamento de carga. Embalagem e proteção: auxilia a garantir a movimentação sem quebras. É necessária a embalagem adequada para o perfeito empacotamento. Obtenção: é a atividade que deixa o produto disponível para o sistema logístico. Programação de produção: refere-se às quantidades agregadas que devem ser produzidas, quando e onde devem ser produzidas. Manutenção de informações: informações de custos e desempenho. É importante manter dados de volumes de vendas, níveis de estoques, localização dos clientes, entre outros. 1.5 - O Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento Atualmente as organizações são desafiadas a operar de forma eficiente e eficaz para garantir a continuidade de suas atividades, o que as obriga a constantemente desenvolver vantagens em novas frentes de atuação. As demandas impostas pelo aumento da complexidade operacional e pela exigência de maiores níveis de serviço pelos clientes, mas que anseiam por preços declinantes, servem de exemplo aqui. Daí, como agregar mais valor e, ao mesmo tempo, reduzir os custos, garantindo o aumento da lucratividade? A logística tem sido uma das maneiras mais freqüentemente utilizadas para vencer esses desafios. A explicação reside na sua capacidade de evoluir para responder as necessidades advindas das profundas e constantes mudanças que as organizações estão enfrentando. O modo como a logística vem sendo aplicada e desenvolvida, no meio empresarial e acadêmico, denota a evolução do seu conceito, a ampliação das atividades sob sua responsabilidade e, mais recentemente, o entendimento de sua importância estratégica. Em seu estágio mais avançado, está sendo utilizada para o planejamento de processos de negócios que integram não só as áreas funcionais da empresa, como também a coordenação e o alinhamento dos esforços de diversas organizações na busca por reduzir custos e agregar o máximo valor ao cliente final. A isto tem sido dado o nome de Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento ou, em inglês, Supply Chain Management.
  • 8. Em uma primeira fase, a logística foi aplicada de forma fragmentada, onde se buscou melhorar o desempenho individual de cada uma das atividades básicas. Ou seja, não havia uma abordagem sistêmica, a ênfase era funcional e a execução dava-se por departamentos especializados. No momento seguinte, diversos fatores evidenciaram o imperativo de que as atividades funcionais deveriam ser executadas de forma integrada e harmoniosa para obter-se uma boa performance da organização. O avanço na tecnologia da informação e a adoção de um gerenciamento orientado para processos facilitaram essa mudança. Essa etapa é conhecida como logística integrada. Isto culminou com a percepção de que o processo logístico não começa e nem termina nos limites da própria empresa. Na verdade, o início se dá na correta escolha e no estabelecimento de parcerias com fornecedores, exigindo ademais que o canal de distribuição esteja apto a atender plenamente às necessidades e expectativas do cliente final. Para citar um exemplo, um fabricante de barras de chocolate só atingirá sucesso pleno quando o consumidor aprovar a qualidade de seu produto e do serviço ofertado no momento da compra. Isso reforça a idéia de que esse fabricante e o varejo devem se unir e focar sua atenção na agregação de valor para o cliente final. Se isto não acontecer, toda a cadeia terá falhado e poderá ser substituída por outra mais apta. Esse fato mostra que a competição está acontecendo entre cadeias. Diante desse cenário, muitas empresas vêm empreendendo esforços para organizar uma rede integrada e realizar de forma eficiente e ágil o fluxo de materiais, que vai dos fornecedores e atinge os consumidores, garantindo a sincronização com o fluxo de informações que acontece no sentido contrário. As empresas que têm implementado o Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento estão conseguindo significativas reduções de estoque, otimização dos transportes e eliminação das perdas, principalmente aquelas que acontecem nas interfaces entre as organizações e que são representadas pelas duplicidades de esforços. Como agregação de valor, estão conseguindo maior confiabilidade e flexibilidade, melhoram o desempenho de seus produtos e estão conseguindo lançar novos produtos em menores intervalos de tempo. Em suma, o Supply Chain Management consiste no estabelecimento de relações de parceiras, de longo prazo, entre os componentes de uma cadeia produtiva, que passarão a planejar estrategicamente suas atividades e partilhar informações de modo a desenvolverem as suas atividades logísticas de forma integrada, através e entre suas organizações. Com isso, melhoram o desempenho conjunto pela busca de oportunidades, implementada em toda a cadeia, e pela redução de custos para agregar mais valor ao cliente final. Apesar dos expressivos resultados obtidos, muitas dificuldades existem na implementação desse conceito, pois se torna necessária uma profunda análise na cultura das empresas que irão compor a cadeia. A visão funcional deve ser abandonada, informações precisam ser compartilhadas, inclusive aquelas sobre os custos. Os relacionamentos devem ser construídos com base em confiança mútua; o horizonte de tempo desloca-se do curto para o longo prazo e um dos elos, chamado de elo forte, será responsável pela coordenação do sistema e seu desempenho neste papel será fundamental para que os objetivos sejam atingidos. Outro desafio é equacionar os diferentes tamanhos e objetivos dos componentes, e como isso exige uma mudança de cultura, o estabelecimento da cadeia requer tempo e esforço. Dada à complexidade desse novo arranjo, que passa a ter dimensão interorganizacional, a medição de desempenho necessita de indicadores que permitam o controle da performance da cadeia como um todo. Não se pode esquecer que deve existir compatibilidade entre os sistemas de informação dos elos, que muitas vezes se utilizam de plataformas diferentes. Por último, e muitas vezes esquecido, está o fato de que o elemento humano é de suma importância e, portanto, deverá ser treinado e estar preparado para esta nova realidade. Cabe registrar a escassez de profissionais nessa área, em especial, aqueles com visão sistêmica e conhecedores de todas as atividades logísticas. Mesmo que o conceito de Supply Chain Management ainda esteja sendo desenvolvido e não exista uma metodologia única para a sua implementação, a sua adoção poderá ser uma fonte potencial de obtenção de vantagem competitiva para as organizações e mostra-se como um caminho a ser seguido pelas demais. No Brasil, a maioria das empresas ainda está aplicando a logística de forma embrionária, o que as coloca em desvantagem diante de concorrentes externos. Poucos são os segmentos mais adiantados, como os da indústria automobilística e dos supermercados, que adotaram tais medidas. Esforços para mudar este cenário já estão acontecendo, o que permite uma visão mais otimista na aplicação da logística no aproveitamento de seus benefícios para o país, melhorando assim nossa capacidade de competir.
  • 9. 1.6 – Logística como Vantagem Competitiva Competir é preciso e, portanto, uma realidade que não se pode mais ignorar. Assim, todas as organizações buscam diferenciar-se de seus concorrentes para conquistar e manter clientes. Só que isto está se tornando cada vez mais difícil. O aumento da arena competitiva, representado pelas possibilidades de consumo e produção globalizadas, a necessidade de que se façam lançamentos mais freqüentes de novos produtos, os quais, em geral, terão ciclos de vida curtos, e a mudança no perfil dos clientes, cada vez mais bem informados e exigentes, forçam as empresas e serem criativas, ágeis e flexíveis, mas também a aumentar a sua qualidade e confiabilidade. Sem dúvida, tarefas que estão desafiando os executivos em todo o mundo e exigindo maiores esforços. Muitas são as teorias sobre a obtenção de vantagem competitiva. Segundo estas essa vantagem deveria ser o mais duradoura possível e tornasse bem perceptível aos olhos dos clientes, colocando assim a organização numa posição de supremacia diante de seus concorrentes. O ponto de convergência de todas essas abordagens consiste em produzir a um custo menor, em agregar mais valor, ou em poder atender de maneira mais efetiva às necessidades de um determinado nicho de mercado. Numa situação ideal, o objetivo seria atingir esses alvos simultaneamente, o que pode soar conflitante. Pesquisas recentes mostram que os produtos, de modo geral, estão se tornando cada vez mais parecidos na percepção dos clientes. A atualização tecnológica, a aplicação de processos produtivos mais competentes e enxutos e o acesso a fontes de suprimento capazes de garantir matérias-primas de qualidade são realidades que estão permitindo o nivelamento dos fabricantes de um mesmo produto. Além disso, percebe-se que as marcas estão perdendo o seu poder de sedução e conseqüentemente os fabricantes estão caindo em uma vala comum, transformando os produtos em commodities. Esses fatos têm evidenciado que a diferenciação pode ser obtida pela prestação de um maior e mais completo pacote de serviços. Isto representa um desafio, pois a oferta dessas comodidades deve vir acompanhada da manutenção ou, mesmo, da redução dos preços praticados. E, ao se criarem maiores expectativas para os clientes, também a qualidade das operações passa a ser um atributo-chave. Se a empresa não for capaz de cumprir as suas promessas, o cliente ficará profundamente frustrado. Neste momento, pode ser delineada a aplicação da logística para a obtenção de vantagem competitiva. As metas da logística são as de disponibilizar o produto certo, na quantidade certa, no local certo, no momento certo, nas condições adequadas para o cliente certo ao preço justo. Assim, fica evidente a intenção de se atingir, simultaneamente, a eficiência e a eficácia nesse processo. A redução de custos se dará pela suavização e correta execução do fluxo de materiais que passará a ser feito de forma sincronizada com o fluxo de informações, possibilitando redução dos inventários, maior utilização dos ativos envolvidos, eliminação dos desperdícios, otimização dos sistemas de transporte e armazenagem. Ou seja, haverá o emprego racional e a otimização de todos os fatores utilizados. O que significa dizer que serão trocadas incertezas por informações que permitirão, através de um processo bem coordenado, minimizar os recursos necessários para a realização das atividades, sem perda de qualidade no atendimento ao cliente final. A agregação de valor poderá surgir da oferta de entregas mais confiáveis e freqüentes, em menores quantidades, da oferta de maior variedade de produtos, melhores serviços de pós-venda, maiores facilidades de se fazer negócio e sua singularização na organização. Todas essas facilidades poderão ser transformadas em um diferencial aos olhos do cliente, que pode estar disposto a pagar um valor mais alto por melhores serviços, que representem benefícios. Por exemplo, entregas mais rápidas, em menores quantidades, e confiáveis permitem que o cliente trabalhe com estoques menores, possibilitando diminuir os seus investimentos. A atividade logística está diretamente voltada para a resolução da grande questão: como agregar mais valor e, ao mesmo tempo, reduzir os custos garantindo o aumento da lucratividade? Ao adotar o conceito de Supply Chain Management, a organização amplia sua visão e pode se tornar muito mais ágil e mais flexível do que os concorrentes, o que seria extremamente desejável. O projeto e o desenvolvimento conjunto de produtos permitem que uma cadeia lance novos produtos, com mais rapidez, podendo ser dotados de melhor funcionalidade e ser produzidos a custos totais mais baixos. Como existe parceria, o planejamento estratégico será compartilhado e os riscos serão divididos. Conceitos mais modernos como Outsourcing e o Global Sourcing passam a ser utilizados e dá-se uma mudança no foco do
  • 10. relacionamento, que passa a ser um esforço cooperativo na procura pelo aumento da lucratividade. Neste ambiente, novos arranjos produtivos podem ser desenvolvidos, empregando o conceito de co-localização. É o que se pode observar, por exemplo, nos condomínios industriais, ou no consórcio modular empregado na fábrica de caminhões da Volkswagem,em Resende no Estado do Rio de Janeiro, onde se percebe que as montadoras de automóveis, na recente instalação de suas modernas plantas produtivas no Brasil, lançaram mão de tais arranjos. Para que um sistema logístico seja corretamente implantado e atinja os objetivos planejados, alguns pontos precisam ser observados: a) o sistema deve ser planejado para atender as necessidades dos clientes; b) o pessoal envolvido deve ser treinado e estar capacitado; c) devem ser definidos os níveis de serviços a serem oferecidos; d) a segmentação dos serviços deve dar-se de acordo com os requisitos de serviço dos clientes e com a lucratividade de cada segmento; e) faz-se necessária a utilização de tecnologia de informação para integrar as operações; f) há que haver consistentes previsões de demanda e a percepção do seu comportamento; g) por fim, necessita-se da adoção de indicadores de desempenho que permitam garantir que os objetivos sejam alcançados. A logística poderá ser, portanto, o caminho para a diferenciação de uma empresa aos olhos de seus clientes, para a redução dos custos e para agregação de valor, o que irá ser refletido num aumento da lucratividade. Uma empresa mais lucrativa e com menores custos estará, sem dúvida, em uma posição de superioridade em relação aos seus concorrentes. Porém, a logística por si só não alcançará esses resultados, sendo necessário que esteja inserida no processo de planejamento de negócio da organização e alinhada com os demais esforços para atingir sucesso no seu segmento de atuação. Não está se propondo que a logística seja a tábua de salvação de um negócio mal organizado e mal gerenciado, mas sim que seja vista como uma opção real que já foi adotada por muitas empresas e, até mesmo, países para o aumento de sua competitividade. 1.7 - Logística Integrada A popularidade da logística integrada e do supply chain management está ligada a uma série de eventos ocorridos no cenário econômico e empresarial. O quadro abaixo mostra uma síntese dessas mudanças ocorridas. As operações logísticas em uma empresa ocorrem de acordo com processos estabelecidos para, basicamente, mover, estocar e entregar materiais e produtos a quem deles necessita, em conformidade com suas especificações, a tempo e hora.
  • 11. Os processos logísticos ou cadeias logísticas, como por vezes são denominados, podem ser pensados em diferentes níveis de amplitude. Quer se esteja abordando o processo logístico de uma empresa como um todo, o processo de distribuição ou, em outro extremo, um simples processo de abastecimento de determinada peça em uma linha de montagem, conceitualmente tem-se que: • O processo de logística é sistêmico, engloba um conjunto de elementos interdependentes visando atender determinado objetivo, assim como as decisões sobre o processo são inter-relacionadas; • O processo logístico deve ser pensado em função do nível de serviço a ser assegurado, devendo operar de maneira a garantir que seja atendido; • Ao intervir nos elementos no processo, em tempo de planejamento ou de operação, inevitavelmente, estar-se-á trabalhando com trocas compensatórias de custos (trade-offs). Vale dizer o custo (maior ou menor) de um elemento afeta o custo de outros elementos do processo. Evidentemente, interessará a quem planeja / opera o processo. O menor custo total e não reduções de custos em determinado elemento, que resultem em maior custo total. Por certo, a amplitude do processo em exame deferirá, substancialmente, em temos de complexidade. Uma coisa é o profissional de logística estar empenhado em compreender as interações e possíveis trade-offs de custos na logística da empresa como um todo, outra é buscar uma solução para pós abastecimento de determinada peça na linha de montagem. De acordo com Faria (2003), na aplicação do conceito de Logística Integrada, a solução ótima é aquela que melhor atende a equação nível de serviço ótimo / custo total mínimo. O processo analisado tecnicamente sob ótica de Logística Integrada otimiza seu funcionamento, do menor custo total, atendendo ao nível de serviço demandado. Copacino apud Faria (2003) afirma que o conceito de custo total, chave da Logística Integrada, é baseado no inter-relacionamento dos custos de suprimentos, produção e distribuição. A análise do custo total envolve a otimização dos custos totais de transporte, armazenagem, inventário, processamento de pedidos e sistemas de informações e do custo decorrente de lotes ao mesmo tempo, tem como perspectiva os resultados econômicos como um sistema que se esforça para minimizar os custos totais, enquanto alcança um nível desejado de serviço ao cliente. Em um ambiente competitivo, há a necessidade imperiosa de melhorar cada vez mais o nível de serviço, não só aumentado, mas, preferivelmente, reduzindo o custo total. Uma estratégia logística, visando alcançar o balanceamento entre custos logísticos e nível de serviços, de acordo com Copacino apud Faria (2003), envolve a determinação de critérios de desempenho que o sistema logístico necessitará manter, mais especificamente em termos de objetivos de custos e níveis de serviços. Normalmente custo e serviço envolvem ralação direta e uma empresa deve considerá-la e determinar o desempenho logístico desejado. 1.8 - Comércio Eletrônico O comércio Eletrônico é um meio pelo qual as empresas podem se relacionar comercialmente com seus fornecedores, clientes e consumidores em uma escala global. Com a tecnologia de informação, é possível agilizar o fluxo de informações e reduzir os custos totais, já que ela possibilita a eliminação de certas barreiras existentes no comércio tradicional. Esse “relacionamento eletrônico” permite que a companhia seja mais eficiente e flexível, respondam rapidamente às necessidades dos clientes e trabalhem de forma mais próxima dos fornecedores. A tecnologia tem evoluído rápida e constantemente. As organizações, aos tropeços, procuram acompanhar essa evolução, tentando alcançar a vantagem competitiva e tirar proveito dela. A Internet se apresenta como um meio de intercâmbio, cuja penetração é espetacular.
  • 12. 1.8.1 - Impacto do comércio eletrônico nas organizações e na sociedade O comércio eletrônico está transformando o mercado com mudanças nos modelos de negócio, nos relacionamentos entre as diversas organizações e com sua contribuição para a reestruturação do mercado. O impacto do comércio eletrônico atinge tanto as empresas quanto a sociedade. As mudanças provenientes do seu uso influenciam radicalmente o comportamento e as expectativas dos clientes, de modo a redefinirem o mercado ou até mesmo criarem mercados totalmente novos. À sociedade é apresentada uma nova forma de acessar informações ou comprar bens. Barreiras geográficas e de tempo são eliminadas. O estilo de vida se altera. Essa mudança pode ser comparada à invenção do telefone, do carro ta televisão. 1.8.2 - Oportunidades e benefícios do comércio eletrônico O comércio eletrônico pode oferecer vantagens e oportunidades tanto aos fornecedores de bens como aos clientes. Embora muitos desses benefícios ainda sejam questionáveis, vale a pena mencionar o potencial que eles apresentam. 1.8.3 - Presença global x escolha global O comércio eletrônico não tem limite geográfico. Ele alcança a todos que estejam presentes na rede de computadores. Como a rede é global, o comércio eletrônico possibilita que mesmo uma organização extremamente pequena tenha presença global e possa competir nesse cenário. Essa característica beneficia os clientes uma vez que lhe dá alternativas para selecionar de onde comprará independentemente da localização geográfica, E esse processo é válido tanto na relação empresa-empresa como na relação empresa-consumidor. 1.8.4 - Redução de tempo de ciclo da cadeia x resposta rápida às necessidades Dependendo do produto a ser comercializado, o tempo na cadeia de abastecimento pode ser extremamente reduzido. Muitos produtos podem ser comercializados diretamente do fabricante para o cliente ou consumidor sem necessidade de intermediários. Alguns produtos podem ser transportados diretamente pela rede, sendo descarregados eletronicamente, como é o caso de livros, filmes, aplicativos, artigos e músicas. Dessa forma, o cliente ou consumidor tem sua demanda atendida rapidamente sem se deslocar de casa. 1.8.5 - Redução de custos x redução de preços Uma das grandes contribuições provenientes do uso do comércio eletrônico corresponde ao potencial de redução dos custos transnacionais. Essa redução de custo, dependendo da estratégia adotada pela organização, pode ser repassada aos preços praticados com clientes e consumidores. 1.8.6 - Business-to-business (B2B) As soluções B2B permitem uma comunicação mais eficaz, integrando as organizações e seus processos e seus fornecedores, clientes, parceiros estratégicos e distribuidores. As estratégias de negócio passam a considerar também os parceiros de negócio dentro da cadeia de valor. Tanto os fornecedores como os compradores vivem um momento especial. A tecnologia, incluindo a Internet, está disponível. A tecnologia traz importantes benefícios para as organizações no que diz respeito à velocidade das conexões, velocidade de entrega, suporte para o conceito colaborativo, disponibilidade de informação, entre outros. A concorrência deixou de ser tradicional e isso preocupa as organizações convencionais ou, pelo menos, as obriga a darem mais atenção ao processo.
  • 13. 1.8.7 - Business-to-consumer (B2C) As soluções B2C são voltadas para os consumidores. Dessa forma, o seu enfoque deve ser mais direcionado à interface com o usuário, atraindo compradores com propaganda em diferentes sites. Devem ter alta capacidade de resposta às exigências do consumidor, incluindo tempo de entrega, disponibilidade de produto e preço. Esse tipo de comércio eletrônico sofreu uma evolução bastante rápida e apresenta importante desenvolvimento na atividade econômica mundial, criando novas oportunidades de mercado, que antes se limitavam a informações, livros e CDs. Site de leilões, barganhas, reserva de hotéis, viagens domésticas e internacionais, educação a distância, despesas domésticas, entre uma infinidade de diferentes ideais, são exemplos de como os empreendedores estão usando a rede mundial para atingir o consumidor e fazer negócios. 2. Armazenagem Armazenagem e manuseio de mercadorias são componentes essenciais do conjunto de atividades logísticas. Os seus custos podem absorver de 12 a 40% das despesas logísticas da empresa. Ao contrário do transporte, que ocorre entre locais e tempos diferentes, a armazenagem e o manuseio de materiais acontece, na grande maioria das vezes, em algumas localidades fixadas. Portanto, os custos destas atividades estão intimamente associados à seleção desses locais. 2.1 – Necessidade de Espaço Físico As empresas realmente necessitam de espaço físico para estocagem? Se as demandas pelos produtos da empresa forem conhecidas com exatidão e se as mercadorias puderem ser fornecidas instantaneamente, teoricamente não há necessidade para manter espaço físico para o estoque. Entretanto, não costuma ser pratico nem econômico operar desta maneira, pois geralmente a demanda não pode ser prevista precisamente. Para alcançar perfeita coordenação entre oferta e demanda, a produção deveria ter tempo de resposta instantâneo e o transporte deveria ser totalmente confiável, com tempo de entrega nulo. Isto não existe em operações reais. Portanto, as empresas usam estoques para melhorar a coordenação entre oferta e demanda e diminuir os custos totais. Segue-se que manter inventário gera a necessidade do espaço de armazenagem e da movimentação interna dos materiais. Os custos da armazenagem e do manuseio de materiais são justificáveis, pois eles podem ser compensados com os custos de transporte e de produção, ou seja, uma empresa pode reduzir seus custos produtivos, pois seus estoques armazenados absorvem flutuações dos níveis de produção devido a incertezas do processo de manufatura ou a variações de oferta ou demanda. Ale,m disso, estoques podem reduzir custos de carregamento. A questão é justamente utilizar inventário suficiente para o correto balanço econômico entre os custos de estocagem, produção e transporte. Muitas empresas hoje estão evitando ou minimizando a necessidade de armazenagem pela aplicação do conceito just-in-time. A idéia é ajustar o suprimento e a demanda no tempo e na quantidade, de forma que produtos ou matérias-primas cheguem justamente quando necessários. Razões básicas para espaço físico: • Reduzir custos de transporte e produção; • Coordenação de suprimentos e demanda; • Necessidades da produção; • Considerações de marketing.
  • 14. 2.2 - Localização de depósitos Uma vez estabelecida a necessidade por área de armazenagem, a próxima consideração é saber a localização deste espaço. Esta decisão é feita tipicamente em dois níveis. Inicialmente, uma armazenagem é localizada com referência aos outros depósitos do sistema logístico. Como alguma empresas chegam a ter de 30 a 50 locais de estocagem por todo o país, a análise usada para situa todas elas deve ser suficientemente geral, de modo que um armazém qualquer possa ser localizado dentro de um único município. Os grandes problemas computacionais para balancear custos de transporte, manutenção de estoques e processamento de pedidos para a grande quantidade de possíveis combinações torna pouco prática uma localização mais precisa. Na segunda fase, após a definição da região geográfica, um sítio específico deve ser escolhido, ou seja, se o armazém deve ser localizado em determinado bairro ou distrito industrial do município. A análise geral pode sugerir bom local potencial. Entretanto, é dada pouca consideração quanto à variação dos custos de terrenos e dos serviços disponíveis dentro de uma área metropolitana. Tais custos e fatores devem ser ponderados para cada região na primeira análise geral. A localização de facilidades envolve o uso de muito julgamento, arte e intuição. Os analistas da decisão devem seguir uma lista de verificação dos fatores que podem auxiliar a diminuir a amplitude de suas escolhas. Os seguintes fatores são comumente utilizados: • Leis de zoneamento locais; • Atitude da comunidade e do governo local com relação ao depósito; • Custo para desenvolver e conformar o terreno; • Custo de construção; • Disponibilidade e acesso a serviços de transportes; • Potencial para expansão; • Disponibilidade, salários, ambiente e produtividade da mão-de-obra local; • Taxas relativas ao local e à operação do armazém, etc... Caso pretenda-se alugar espaço de armazenagem, os fatores que tratam da posse ou construção podem ser colocados de lado. Informações associadas a estes fatores podem ser coletadas dos advogados locais, transportadoras, agências governamentais, engenheiros, executivos de outras empresas com depósitos na área e empresas especializadas no problema de localização industrial e de facilidades. 2.3 - Funções da armazenagem Depósitos prestam quatro classes principais de serviços ao usuário. O projeto da facilidade geralmente reflete a natureza dos serviços que esta desempenha. Esses serviços são: abrigo, consolidação, transferência e transbordo e agrupamento ou composição. Abrigo de produtos: Talvez o uso mais óbvio da armazenagem seja a guarda de estoques, gerados pelo desbalanceamento entre oferta e demanda. Armazéns providenciam proteção para as mercadorias, além de longa lista de serviços associados, como manutenção de registros, rotação de estoques e reparos. O projeto do armazém reflete o período de tempo no qual se espera que os produtos permaneçam guardados. Portanto, facilidades que mantêm estoques por períodos prolongados, como aquelas usadas para envelhecer bebidas alcoólicas ou guardar produtos com demanda sazonal, são freqüentemente estruturas antigas com diversos pavimentos alimentícios, a estrutura geralmente tem apenas um pavimento, projetado para garantir a eficiência na movimentação interna do material. Consolidação: A estrutura das tabelas de frete, especialmente quando contém reduções substanciais para grandes lotes, influencia o modo pelo qual depósitos são usados para a movimentação de produtos. Se a mercadoria é originária de muitas fontes diferentes, a empresa pode economizar no transporte se as
  • 15. entregas forem feitas num armazém, onde as cargas são agregadas ou consolidadas e, então, transportadas num único carregamento até seu destino final. O armazém de consolidação é mais freqüente no suprimento de materiais. Transferência e transbordo: Uma das formas mais populares do uso de depósitos é desagregar ou fracionar quantidades transferidas em grandes volumes para as quantidades menores demandadas pelos clientes. Esta função é oposta à da consolidação. É aplicação importante do princípio logístico de despachar tão longe quanto possível com o maior volume viável. Ou seja, a estrutura dos fretes é tal que grandes lotes de entrega tem fretes unitários significativamente mais baixos do eu entregas menos volumosas. Portanto, distribuir para clientes que demandam pequenos volumes fica mais barato se um depósito regional é estabelecido para tende-los. A utilização de um terminal de carga para transbordo é semelhante ao caso do terminal ou depósito de transferência, com exceção de que não se intenciona a guarda do produto. O depósito serve simplesmente como o ponto onde os grandes lotes de entrega terminam sua viagem e onde se originam as entregas dos volumes fracionados. O armazém, como um terminal de carga, providencia as facilidades de operação intermodal da troca de um tipo de veículo para outro, desagregando os grandes volumes entregues nos menores volumes de distribuição. Agrupamento: Um uso especializado para depósitos é o agrupamento de itens de produto. Algumas empresas com linha extensa de produtos podem fabricá-la integralmente em cada uma das suas plantas industriais. Os clientes geralmente compram a linha completa. Podem-se obter economias de produção pela especialização de cada fábrica na manufatura de uma parte da linha de produtos, e entregando a produção num depósito, em vez de diretamente nos clientes. No depósito, os itens são agrupados conforme os pedidos realizados. O custo adicional do armazém pode ser mais que compensado pelos menores custos de manufatura, resultantes dos maiores lotes de produção para menos itens em cada planta. 2.4 - Controle de Estoques Segundo Ballou, “devemos sempre ter o produto de que você necessita, mas nunca podemos ser pegos com algum estoque” é uma frase que descreve bem o dilema da administração de estoques. O controle de estoques é parte vital do composto logístico, pois estes podem absorver de 25 a 40% dos custos totais, representando uma porção substancial do capital da empresa. Portanto, é importante a correta compreensão do seu papel na logística e de como devem ser gerenciados. (Ballou, Ronald H. Logística Empresarial, Atlas, 1993). 2.4.1 - Razões para manter estoques: A armazenagem de mercadorias prevendo seu uso futuro exige investimento por parte da organização. O ideal seria a perfeita sincronização entre oferta e demanda, porém isto parece impossível, ou seja, conhecer exatamente a demanda futura e como nem sempre os suprimentos estão a disposição a qualquer momento, deve-se acumular estoque para assegurar a disponibilidade de mercadorias e minimizar os custos totais de produção e distribuição. Estoques servem para uma série de finalidades, ou seja, eles: • melhoram o nível de serviços: Auxiliam a função de marketing a vender os produtos da empresa. Estes podem ser localizados mais próximos aos pontos de venda e co0m quantidade mais adequadas. • Incentivam economias na produção: O mínimo custo unitário de produção geralmente ocorre para grandes lotes de fabricação com o mesmo tamanho. Estoques agem como amortecedores entre oferta e demanda, possibilitando uma produção mais constante, que não oscila com as flutuações de vendas. A força de trabalho pode ser mantida em níveis estáveis e os custos de preparação de lotes podem ser diminuídos.
  • 16. • Permitem economias de escala nas compras e no transporte: Uma das finalidades do estoque é possibilitar descontos no transporte pelo emprego de grandes lotes equivalentes à capacidade dos veículos e gerar, portanto, fretes unitários menores. Do mesmo modo, menores preços podem ser obtidos na compra de mercadorias com o uso de lotes maiores que as demandas imediatas. • Protegem contra alterações nos preços: Compras podem ser antecipadas em função de aumentos previstos nos preços. Isto acaba criando estoques que, de alguma forma, o pessoal de logística deve administrar. • Protegem contra oscilações na demanda ou no tempo de ressuprimento: Para garantir disponibilidade de produtos, deve-se manter um estoque adicional. Estoques de segurança são adicionados aos estoques regulares para atender as necessidades de produção ou do mercado. • Protegem contra contingências Greves, incêndios e inundações são apenas algumas das contingências que podem atingir uma empresa. Manter estoques de reserva é uma maneira de garantir o fornecimento normal nessas ocasiões. Parece claro que manter estoques oferece inúmeros benefícios, mas seus custos são elevados e tem subido dramaticamente com as taxas de juros. Para o especialista em logística, existe o desafio de minimizar o investimento em estoques ao mesmo tempo em que balanceia a eficiência da produção e da logística com as necessidades de marketing. O alto custo do capital tornou este problema um assunto vital para a empresa.