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Série Agrodok No. 20
Agrodok20-Criaçãodecoelhosemquintais,nasregiõestropicais
Criação de coelhos em
quintais, nas regiões
tropicais
© 2008 Fundação Agromisa e CTA
ISBN Agromisa: 978-90-8573-113-9, ISBN CTA: 978-92-9081-405-4
Agrodok compreende uma série de manuais de baixo custo sobre agricultura de pequena
escala e de subsistência nas regiões tropicais. As publicações da AGRODOK encontram-se
disponíveis em inglês (I), francês (F), português (P) e espanhol (E). Os livros da AGRODOK
podem ser encomendados na Agromisa ou CTA.
	 1.	 Criação de porcos nas regiões tropicais	 P, I, F
	 2.	 Maneio da fertilidade do solo	 E, P, I, F
	 3.	 Conservação de frutos e legumes 	 P, I, F
	 4.	 A criação de galinhas em pequena escala	 E, P, I, F
	 5.	 A fruticultura nas regiões tropicais	 P, I, F
	 6.	 Levantamentos topográficos simples aplicados às áreas rurais	 P, I, F
	 7.	 Criação de cabras nas regiões tropicais	 P, I, F
	 8.	 Preparação e utilização de composto	 E, P, I, F
	 9.	 A horta de quintal nas regiões tropicais	 E, P, I, F
	10.	 A cultura da soja e de outras leguminosas	 P, I, F
	11.	 Luta anti-erosiva nas regiões tropicais	 E, P, I, F
	12.	 Conservação de peixe e carne	 P, I, F
	13.	 Recolha de água e retenção da humidade do solo	 P, I, F
	14.	 Criação de gado leiteiro	 P, I, F
	15.	 Piscicultura de água doce em pequena escala	 P, I, F
	16.	 Agrossilvicultura	 P, I, F
	17.	 A cultura do tomate	 P, I, F
	18.	 Protecção dos grãos (…) armazenados	 P, I, F
	19.	 Propagação e plantio de árvores	 P, I, F
	20.	 Criação de coelhos em quintais, nas regiões tropicais	 P, I, F
	21.	 A piscicultura dentro de um sistema de produção integrado	 P, I, F
	22.	 Produção de alimentos de desmame em pequena escala	 P, I, F
	23.	 Culturas protegidas	 P, I, F
	24.	 Agricultura urbana	 P, I, F
	25.	 Celeiros	 P, I, F
	26.	 Comercialização destinada a pequenos produtores	 P, I, F
	27.	 Criação e maneio de pontos de água para o gado da aldeia	 P, I, F
	28.	 Identificação de danos nas culturas	 P, I, F
	29.	 Pesticidas: compostos, usos e perigos	 P, I, F
	30.	 Protecção não química das culturas	 P, I, F
	31.	 O armazenamento de produtos agrícolas tropicais	 E, P, I, F
	32.	 A apicultura nas regiões tropicais	 P, I, F
	33.	 Criação de patos nas regiões tropicais	 P, I, F
	34.	 A incubação de ovos por galinhas e na incubadora	 E, P, I, F
	35.	 A utilização de burros para transporte e lavoura	 P, I, F
	36.	 A preparação de lacticínios	 P, I, F
	37.	 Produção de sementes em pequena escala	 P, I, F
	38.	 Iniciar uma cooperativa	 E, P, I, F
	39.	 Produtos florestais não-madeireiros	 P, I, F
	40.	 O cultivo de cogumelos em pequena escala	 P, I, F
	41.	 O cultivo de cogumelos em pequena escala - 2	 P, I, F
	42.	 Produtos apícolas	 P, I, F
	43.	 Recolha de água da chuva para uso doméstico	 P, I, F
	44.	 Medicina etnoveterinária	 P, I, F
	45.	 Mitigação dos efeitos do VIH/SIDA na agricultura de pequena escala	 P, I, F
	46.	 Zoonoses	 P, I, F
	47.	 A cultura de caracóis	 P, I, F
	49.	 Panorama das Finanças Rurais	 P, I, F
Agrodok 20
Criação de coelhos em
quintais, nas regiões
tropicais
J.B. Schiere
C.J. Corstiaensen
Esta publicação foi patrocinada por: ICCO
© Fundação Agromisa e CTA, Wageningen, 2008.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida qual-
quer que seja a forma, impressa, fotográfica ou em microfilme, ou por quaisquer outros
meios, sem autorização prévia e escrita do editor.
Primeira edição em português: 1998
Segunda edição em português: 2004
Terceira edição em português: 2008
Autores: J.B. Schiere, C.J. Corstiaensen
Editores: C.J. Corstiaensen, S. Huizinga
Ilustrações: Olivier Rijcken
Design gráfico: Eva Kok
Tradução: Rob Barnhoorn; revisão: Láli de Araújo
Impresso por: Digigrafi, Wageningen, Países Baixos
ISBN Agromisa: 978-90-8573-113-9
ISBN CTA: 978-92-9081-405-4
Prefácio 3
Prefácio
A razão principal para eu e a minha esposa começarmos a trabalhar
com coelhos quando morávamos na Indonésia foi que queríamos fazer
‘algo’ com animais e que o nosso quintal era demasiado pequeno para
termos animais maiores, como sejam cabras e ovelhas, e muito menos
uma vaca. Um dos resultados desta escolha foi a publicação dum
Agrodok sobre os aspectos práticos da criação de coelhos em quintais,
no ano 1983. Actualmente, 25 anos depois, escrevo o prefácio para a
5a edição revista deste manual, que é pedido com frequência. Da
publicação original já foram distribuídos, durante estes 25 anos,
milhares de exemplares, em inglês, espanhol, francês, nepalês, cinga-
lês e tâmil. Espero, portanto, que a informação contida neste manual
tenha ajudo adicional a melhorar as condições de vida dos agregados
familiares no mundo (quer como renda, alimento ou divertimento).
Esta edição será co-publicada e distribuída pelo CTA, e tenho a espe-
rança de que a informação prática nela contida atinja o grupo alvo em
qualquer parte do mundo onde seja possível criar coelhos. O conteúdo
deste Agrodok não sofreu praticamente nenhumas grandes alterações,
mas a legibilidade, as ilustrações e a composição foram melhoradas
em grande medida. A informação apresentada nos apêndices da Leitu-
ra Recomendada e dos Endereços Úteis também foi actualizada, visto
que, em 1983, ainda não existiam websites!
Quero expressar os meus agradecimentos a Kees Corstiaensen, que
reviu e reformulou o texto desta versão, incluindo as suas experiências
práticas com coelhos em muitas partes do mundo, e a Olivier Rijcken,
por redesenhar todas as ilustrações.
Hans Schiere (www.laventana.nl)
Setembro de 2008; Manila, as Filipinas
Criação de coelhos em quintais, nas regiões tropicais4
Índice
1 Introdução 6
1.1 Algumas razões para criar coelhos 6
1.2 Aspectos gerais de criação e manuseamento 8
1.3 Estrutura deste Agrodok 10
2 Os tipos de coelhos: raças 11
2.1 Raças de luxo e de pele 11
2.2 Raças de carne 11
3 Escolha dos animais de criação 15
3.1 Saúde 15
3.2 Sexo 15
3.3 Riscos 16
4 Reprodução 18
4.1 O macho 18
4.2 A fêmea 18
4.3 Acasalamento dum reprodutor com uma matriz 19
4.4 Verificação de prenhez 22
4.5 Parto e cuidados maternais 24
4.6 Quando é que a matriz pode ser coberta de novo? 26
5 Alojamento: as coelheiras 28
5.1 Microclima 29
5.2 Predadores 30
5.3 Portas, dobradiças e gamelas 31
5.4 Construção e materiais de construção 33
5.5 A coelheira materna e a caixa-ninho 35
5.6 Conclusões 36
6 Alojamento: o estábulo 37
6.1 Conselhos gerais antes da construção 37
6.2 Aspectos importantes 38
Índice 5
6.3 Gaiolas 42
6.4 Caixas-ninhos 44
6.5 Conclusões 45
7 Alimentação 46
7.1 Necessidades de água 46
7.2 Alimentação 47
7.3 Algumas observações práticas 50
7.4 Taxas de crescimento dos coelhos 51
8 Cuidados de saúde 53
8.1 Prevenção de doenças 54
8.2 Problemas intestinais 56
8.3 Problemas do aparelho respiratório 58
8.4 Ectoparasitas 59
8.5 Outras doenças e problemas de saúde 62
9 Administração 63
9.1 Métodos de identificação 63
9.2 Registo de dados 64
9.3 O calendário 64
10 Processamento 66
10.1 Matança e abate 66
10.2 O processo da curtimenta 68
Apêndice 1: Doenças comuns de coelhos 71
Apêndice 2: Administração 78
Leitura recomendada 79
Endereços úteis 81
Glossário 83
Criação de coelhos em quintais, nas regiões tropicais6
1 Introdução
As pessoas criam coelhos por várias e diferentes razões. O objectivo
principal deste manual é fornecer algumas boas razões a pequenos
produtores agropecuários, famílias de baixa renda ou crianças para
começarem a criação de coelhos. Para além disso, discutem-se o
maneio, o alojamento, a reprodução, a alimentação, assuntos veteriná-
rios e outros problemas que podem surgir neste tipo de criação que se
realiza no quintal.
1.1 Algumas razões para criar coelhos
? A carne é saborosa, de boa qualidade, com um teor baixo de maté-
rias gordas, e parece-se à carne de frango. É conhecida em muitas
comunidades tropicais, rurais.
? Há poucos tabus, religiosos ou outros, no que diz respeito ao con-
sumo de carne de coelho. Por exemplo, o Islão não proíbe o consu-
mo de carne de coelho.
? O capital inicial necessário é mínimo. Com alguma madeira velha
ou bambu pode-se construir uma coelheira.
? Para a criação de coelhos não é necessário que se faça grandes
investimentos. Com algumas fêmeas e um macho já é suficiente
para poder começar. Quando as coelhas começam a ter ninhadas, o
rebanho aumenta rapidamente (se o maneio for adequado e se não
se tiver má sorte) de modo que, muito depressa, se poderá abater os
machos jovens.
? Se se começar uma ‘exploração’ de coelhos com uso de animais
emprestados, poder-se-á devolver o ‘crédito’ inicial, como animais
vivos, dentro de meio ano.
? Em todas as regiões tropicais, os animais são, muitas das vezes,
empregues como uma poupança. Quando se precisar duma pequena
quantidade de dinheiro, será mais fácil vender um animal pequeno
do que, por exemplo, a pata traseira duma cabra.
? A quantidade da carne fornecida por um coelho é suficiente para um
grupo reduzido ou um prato para a família (a quantidade de carne
Introdução 7
fornecida por um coelho é comparável à duma galinha). Por outro
lado, um coelho é suficientemente pequeno para um agregado fami-
liar poder comer toda a carne duma só vez, sem ser necessário refri-
gerá-lo ou conservá-lo de qualquer outra forma.
? Como as coelhas produzem, regularmente, descendentes, fornecem
uma fonte regular de rendimentos em vez de se tratar dum grande
montante de dinheiro na mesma altura.
? A alimentação dos coelhos pode realizar-se com muito poucas des-
pesas. Embora o fornecimento de alimentos suplementares (concen-
trados ou cereais) às vezes seja necessário e aumente a taxa de cres-
cimento, os alimentos principais podem ser fornecidos praticamente
grátis: pasto à beira do caminho, lixo da cozinha (caso não contenha
produtos animais), folhas do jardim, etc.
? Os coelhos podem ser criados por mulheres, crianças ou homens.
Ao contrário da criação de animais grandes, não é preciso fazer uso
de força para contê-los.
? Os excrementos podem ser utilizados no cultivo de legumes.
? Os excrementos não têm um cheiro muito forte e os coelhos não
fazem muito barulho, de modo que não haja provavelmente queixas
por parte dos vizinhos.
? A pele é valiosa, caso exista um mercado para este produto, possi-
velmente para produtos artesanais locais (ver o Capítulo 10 sobre o
curtimento).
? As crianças aprendem a cuidar e apreciar os animais.
? Um coelho é uma prenda bonita para uma criança no seu aniversá-
rio, para um vizinho que vai casar ou para um empregado domésti-
co que desejar voltar para a sua aldeia.
Sem dúvida que ainda se pode ampliar mais esta lista comprida com
muitas outras razões para se criarem coelhos.
Algumas dificuldades da criação de coelhos
? A dificuldade mais importante é que pessoas sem experiência prévia
de como criar coelhos, muitas das vezes, são relutantes para come-
çar, visto que é difícil aceitar algo novo. Enquanto que em Europa e
nos Estados Unidos há um mercado bem estabelecido de carne de
Criação de coelhos em quintais, nas regiões tropicais8
coelhos, nas regiões tropicais o mercado centra-se mais nas gali-
nhas. São poucos os países com um mercado existente para carne de
coelhos. Isto reduz o rendimento financeiro potencial, mas não deve
constituir um problema se a intenção for a criação de coelhos numa
exploração familiar, com o objectivo principal de fornecer carne
para o agregado familiar, onde a dieta regular possivelmente carece
de proteínas.
? As doenças são comuns nos coelhos e, ao contrário das doenças de
galinhas, os medicamentos específicos para coelhos são difíceis de
obter. Para além disso, os veterinários (até mesmo na Europa e nos
EUA) normalmente não têm muita experiência no que se refere ao
diagnóstico e tratamento de doenças de coelhos. Por outro lado,
com uma higiene adequada e bom senso, acrescentados à informa-
ção apresentada neste manual, não se deve ter muitas preocupações
sobre doenças. A maioria dos animais fica doente de vez em quando
e, para além disso, um coelho morto implica uma preocupação
menor do que a morte duma cabra ou vaca.
? Sem dúvida que a criação de coelhos custa tempo: para alimenta-
ção, limpeza, maneio e registo de dados. É difícil dizer quanto tem-
po se necessita para essas tarefas. Depende do número de animais
presentes, do sistema de alojamento que se pretende realizar e das
possibilidades de obter alimentos. Como regra geral, a criação de 5
a 10 coelhos leva, aproximadamente, 1 a 2 horas por dia para reali-
zar a limpeza, o maneio e a alimentação.
1.2 Aspectos gerais de criação e
manuseamento
Como todos os animais, os coelhos precisam de cuidados adequados
para que se (re)produzam bem. De noite, antes de dormir, o produtor
deve ver como estão e, de dia, deve vigiá-los. Verificar se um animal
está doente não é suficiente, deve-se aprender também a reconhecer se
há a probabilidade do animal ficar doente. Similarmente, não é sufi-
ciente constatar que uma coelha fez um ninho e teve crias, mas deve-
se saber com antecedência se uma coelha vai aninhar e ter procriação
em breve.
Introdução 9
Deve-se fornecer aos coelhos os melhores alimentos e água potável
possíveis (ver o Capítulo 7). Remover os excrementos e limpar as coe-
lheiras cada semana com água. Se se tiver cuidado, não será necessá-
rio tirar os animais das coelheiras. Manusear sempre os coelhos de
maneira adequada. Deve-se apanhá-los da forma apresentada na figu-
ra 1.
Figura 1: Manuseamento dos coelhos. A. Segurando um coelho
jovem. B. Segurando na pele folgada do ombro enquanto se
suporta a parte traseira. C. Transportando um coelho cobrindo a
sua cabeça com o braço e com a outra mão livre. D. Verificando o
ventre do coelho com a mão direita livre.
Criação de coelhos em quintais, nas regiões tropicais10
Deve-se atribuir uma identificação aos animais que se pretende usar
para reprodução (ver o Capítulo 9). Manter uma vigilância intensiva
do seu desempenho. Não se deve abater os animais de crescimento
rápido, mas empregá-los para aumentar o valor do rebanho. Separar,
desde cedo, os machos das fêmeas que se pretendem manter, antes de
os animais se tornarem sexualmente activos (as fêmeas depois de 4
meses, os machos 2 meses mais tarde).
Se se quiser vender coelhos como animais de reprodução, deve-se
separar os machos das fêmeas antes de se tornarem sexualmente acti-
vos. No caso de coelhos de engorda, isto não é necessário, visto que
serão abatidos antes de se tornarem sexualmente activos. É melhor não
juntar várias ninhadas na mesma coelheira, de forma a evitar lutas.
Depois da primeira cobrição deve-se fornecer uma coelheira própria à
coelha jovem, antes do nascimento das crias. Nesta altura, todo o ciclo
começa de novo.
1.3 Estrutura deste Agrodok
Em geral, a criação de coelhos tem muitos aspectos. Neste manual
descrevemos os aspectos principais necessários para começar a cria-
ção de coelhos: as diferentes raças, como seleccionar um rebanho de
criação, acasalamento e produção de ninhadas, criação dos animais
jovens, alojamento, alimentação, doenças, boas práticas administrati-
vas, abate e curtimento da pele.
Nos apêndices encontra-se informação adicional, incluindo um glossá-
rio com terminologia técnica utilizada neste manual, informação mais
detalhada sobre alimentos e doenças e também uma lista de livros
úteis.

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Agrodok 20-criação de coelhos em quintais, nas regiões tropicais

  • 1. Série Agrodok No. 20 Agrodok20-Criaçãodecoelhosemquintais,nasregiõestropicais Criação de coelhos em quintais, nas regiões tropicais © 2008 Fundação Agromisa e CTA ISBN Agromisa: 978-90-8573-113-9, ISBN CTA: 978-92-9081-405-4 Agrodok compreende uma série de manuais de baixo custo sobre agricultura de pequena escala e de subsistência nas regiões tropicais. As publicações da AGRODOK encontram-se disponíveis em inglês (I), francês (F), português (P) e espanhol (E). Os livros da AGRODOK podem ser encomendados na Agromisa ou CTA. 1. Criação de porcos nas regiões tropicais P, I, F 2. Maneio da fertilidade do solo E, P, I, F 3. Conservação de frutos e legumes P, I, F 4. A criação de galinhas em pequena escala E, P, I, F 5. A fruticultura nas regiões tropicais P, I, F 6. Levantamentos topográficos simples aplicados às áreas rurais P, I, F 7. Criação de cabras nas regiões tropicais P, I, F 8. Preparação e utilização de composto E, P, I, F 9. A horta de quintal nas regiões tropicais E, P, I, F 10. A cultura da soja e de outras leguminosas P, I, F 11. Luta anti-erosiva nas regiões tropicais E, P, I, F 12. Conservação de peixe e carne P, I, F 13. Recolha de água e retenção da humidade do solo P, I, F 14. Criação de gado leiteiro P, I, F 15. Piscicultura de água doce em pequena escala P, I, F 16. Agrossilvicultura P, I, F 17. A cultura do tomate P, I, F 18. Protecção dos grãos (…) armazenados P, I, F 19. Propagação e plantio de árvores P, I, F 20. Criação de coelhos em quintais, nas regiões tropicais P, I, F 21. A piscicultura dentro de um sistema de produção integrado P, I, F 22. Produção de alimentos de desmame em pequena escala P, I, F 23. Culturas protegidas P, I, F 24. Agricultura urbana P, I, F 25. Celeiros P, I, F 26. Comercialização destinada a pequenos produtores P, I, F 27. Criação e maneio de pontos de água para o gado da aldeia P, I, F 28. Identificação de danos nas culturas P, I, F 29. Pesticidas: compostos, usos e perigos P, I, F 30. Protecção não química das culturas P, I, F 31. O armazenamento de produtos agrícolas tropicais E, P, I, F 32. A apicultura nas regiões tropicais P, I, F 33. Criação de patos nas regiões tropicais P, I, F 34. A incubação de ovos por galinhas e na incubadora E, P, I, F 35. A utilização de burros para transporte e lavoura P, I, F 36. A preparação de lacticínios P, I, F 37. Produção de sementes em pequena escala P, I, F 38. Iniciar uma cooperativa E, P, I, F 39. Produtos florestais não-madeireiros P, I, F 40. O cultivo de cogumelos em pequena escala P, I, F 41. O cultivo de cogumelos em pequena escala - 2 P, I, F 42. Produtos apícolas P, I, F 43. Recolha de água da chuva para uso doméstico P, I, F 44. Medicina etnoveterinária P, I, F 45. Mitigação dos efeitos do VIH/SIDA na agricultura de pequena escala P, I, F 46. Zoonoses P, I, F 47. A cultura de caracóis P, I, F 49. Panorama das Finanças Rurais P, I, F
  • 2. Agrodok 20 Criação de coelhos em quintais, nas regiões tropicais J.B. Schiere C.J. Corstiaensen
  • 3. Esta publicação foi patrocinada por: ICCO © Fundação Agromisa e CTA, Wageningen, 2008. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida qual- quer que seja a forma, impressa, fotográfica ou em microfilme, ou por quaisquer outros meios, sem autorização prévia e escrita do editor. Primeira edição em português: 1998 Segunda edição em português: 2004 Terceira edição em português: 2008 Autores: J.B. Schiere, C.J. Corstiaensen Editores: C.J. Corstiaensen, S. Huizinga Ilustrações: Olivier Rijcken Design gráfico: Eva Kok Tradução: Rob Barnhoorn; revisão: Láli de Araújo Impresso por: Digigrafi, Wageningen, Países Baixos ISBN Agromisa: 978-90-8573-113-9 ISBN CTA: 978-92-9081-405-4
  • 4. Prefácio 3 Prefácio A razão principal para eu e a minha esposa começarmos a trabalhar com coelhos quando morávamos na Indonésia foi que queríamos fazer ‘algo’ com animais e que o nosso quintal era demasiado pequeno para termos animais maiores, como sejam cabras e ovelhas, e muito menos uma vaca. Um dos resultados desta escolha foi a publicação dum Agrodok sobre os aspectos práticos da criação de coelhos em quintais, no ano 1983. Actualmente, 25 anos depois, escrevo o prefácio para a 5a edição revista deste manual, que é pedido com frequência. Da publicação original já foram distribuídos, durante estes 25 anos, milhares de exemplares, em inglês, espanhol, francês, nepalês, cinga- lês e tâmil. Espero, portanto, que a informação contida neste manual tenha ajudo adicional a melhorar as condições de vida dos agregados familiares no mundo (quer como renda, alimento ou divertimento). Esta edição será co-publicada e distribuída pelo CTA, e tenho a espe- rança de que a informação prática nela contida atinja o grupo alvo em qualquer parte do mundo onde seja possível criar coelhos. O conteúdo deste Agrodok não sofreu praticamente nenhumas grandes alterações, mas a legibilidade, as ilustrações e a composição foram melhoradas em grande medida. A informação apresentada nos apêndices da Leitu- ra Recomendada e dos Endereços Úteis também foi actualizada, visto que, em 1983, ainda não existiam websites! Quero expressar os meus agradecimentos a Kees Corstiaensen, que reviu e reformulou o texto desta versão, incluindo as suas experiências práticas com coelhos em muitas partes do mundo, e a Olivier Rijcken, por redesenhar todas as ilustrações. Hans Schiere (www.laventana.nl) Setembro de 2008; Manila, as Filipinas
  • 5. Criação de coelhos em quintais, nas regiões tropicais4 Índice 1 Introdução 6 1.1 Algumas razões para criar coelhos 6 1.2 Aspectos gerais de criação e manuseamento 8 1.3 Estrutura deste Agrodok 10 2 Os tipos de coelhos: raças 11 2.1 Raças de luxo e de pele 11 2.2 Raças de carne 11 3 Escolha dos animais de criação 15 3.1 Saúde 15 3.2 Sexo 15 3.3 Riscos 16 4 Reprodução 18 4.1 O macho 18 4.2 A fêmea 18 4.3 Acasalamento dum reprodutor com uma matriz 19 4.4 Verificação de prenhez 22 4.5 Parto e cuidados maternais 24 4.6 Quando é que a matriz pode ser coberta de novo? 26 5 Alojamento: as coelheiras 28 5.1 Microclima 29 5.2 Predadores 30 5.3 Portas, dobradiças e gamelas 31 5.4 Construção e materiais de construção 33 5.5 A coelheira materna e a caixa-ninho 35 5.6 Conclusões 36 6 Alojamento: o estábulo 37 6.1 Conselhos gerais antes da construção 37 6.2 Aspectos importantes 38
  • 6. Índice 5 6.3 Gaiolas 42 6.4 Caixas-ninhos 44 6.5 Conclusões 45 7 Alimentação 46 7.1 Necessidades de água 46 7.2 Alimentação 47 7.3 Algumas observações práticas 50 7.4 Taxas de crescimento dos coelhos 51 8 Cuidados de saúde 53 8.1 Prevenção de doenças 54 8.2 Problemas intestinais 56 8.3 Problemas do aparelho respiratório 58 8.4 Ectoparasitas 59 8.5 Outras doenças e problemas de saúde 62 9 Administração 63 9.1 Métodos de identificação 63 9.2 Registo de dados 64 9.3 O calendário 64 10 Processamento 66 10.1 Matança e abate 66 10.2 O processo da curtimenta 68 Apêndice 1: Doenças comuns de coelhos 71 Apêndice 2: Administração 78 Leitura recomendada 79 Endereços úteis 81 Glossário 83
  • 7. Criação de coelhos em quintais, nas regiões tropicais6 1 Introdução As pessoas criam coelhos por várias e diferentes razões. O objectivo principal deste manual é fornecer algumas boas razões a pequenos produtores agropecuários, famílias de baixa renda ou crianças para começarem a criação de coelhos. Para além disso, discutem-se o maneio, o alojamento, a reprodução, a alimentação, assuntos veteriná- rios e outros problemas que podem surgir neste tipo de criação que se realiza no quintal. 1.1 Algumas razões para criar coelhos ? A carne é saborosa, de boa qualidade, com um teor baixo de maté- rias gordas, e parece-se à carne de frango. É conhecida em muitas comunidades tropicais, rurais. ? Há poucos tabus, religiosos ou outros, no que diz respeito ao con- sumo de carne de coelho. Por exemplo, o Islão não proíbe o consu- mo de carne de coelho. ? O capital inicial necessário é mínimo. Com alguma madeira velha ou bambu pode-se construir uma coelheira. ? Para a criação de coelhos não é necessário que se faça grandes investimentos. Com algumas fêmeas e um macho já é suficiente para poder começar. Quando as coelhas começam a ter ninhadas, o rebanho aumenta rapidamente (se o maneio for adequado e se não se tiver má sorte) de modo que, muito depressa, se poderá abater os machos jovens. ? Se se começar uma ‘exploração’ de coelhos com uso de animais emprestados, poder-se-á devolver o ‘crédito’ inicial, como animais vivos, dentro de meio ano. ? Em todas as regiões tropicais, os animais são, muitas das vezes, empregues como uma poupança. Quando se precisar duma pequena quantidade de dinheiro, será mais fácil vender um animal pequeno do que, por exemplo, a pata traseira duma cabra. ? A quantidade da carne fornecida por um coelho é suficiente para um grupo reduzido ou um prato para a família (a quantidade de carne
  • 8. Introdução 7 fornecida por um coelho é comparável à duma galinha). Por outro lado, um coelho é suficientemente pequeno para um agregado fami- liar poder comer toda a carne duma só vez, sem ser necessário refri- gerá-lo ou conservá-lo de qualquer outra forma. ? Como as coelhas produzem, regularmente, descendentes, fornecem uma fonte regular de rendimentos em vez de se tratar dum grande montante de dinheiro na mesma altura. ? A alimentação dos coelhos pode realizar-se com muito poucas des- pesas. Embora o fornecimento de alimentos suplementares (concen- trados ou cereais) às vezes seja necessário e aumente a taxa de cres- cimento, os alimentos principais podem ser fornecidos praticamente grátis: pasto à beira do caminho, lixo da cozinha (caso não contenha produtos animais), folhas do jardim, etc. ? Os coelhos podem ser criados por mulheres, crianças ou homens. Ao contrário da criação de animais grandes, não é preciso fazer uso de força para contê-los. ? Os excrementos podem ser utilizados no cultivo de legumes. ? Os excrementos não têm um cheiro muito forte e os coelhos não fazem muito barulho, de modo que não haja provavelmente queixas por parte dos vizinhos. ? A pele é valiosa, caso exista um mercado para este produto, possi- velmente para produtos artesanais locais (ver o Capítulo 10 sobre o curtimento). ? As crianças aprendem a cuidar e apreciar os animais. ? Um coelho é uma prenda bonita para uma criança no seu aniversá- rio, para um vizinho que vai casar ou para um empregado domésti- co que desejar voltar para a sua aldeia. Sem dúvida que ainda se pode ampliar mais esta lista comprida com muitas outras razões para se criarem coelhos. Algumas dificuldades da criação de coelhos ? A dificuldade mais importante é que pessoas sem experiência prévia de como criar coelhos, muitas das vezes, são relutantes para come- çar, visto que é difícil aceitar algo novo. Enquanto que em Europa e nos Estados Unidos há um mercado bem estabelecido de carne de
  • 9. Criação de coelhos em quintais, nas regiões tropicais8 coelhos, nas regiões tropicais o mercado centra-se mais nas gali- nhas. São poucos os países com um mercado existente para carne de coelhos. Isto reduz o rendimento financeiro potencial, mas não deve constituir um problema se a intenção for a criação de coelhos numa exploração familiar, com o objectivo principal de fornecer carne para o agregado familiar, onde a dieta regular possivelmente carece de proteínas. ? As doenças são comuns nos coelhos e, ao contrário das doenças de galinhas, os medicamentos específicos para coelhos são difíceis de obter. Para além disso, os veterinários (até mesmo na Europa e nos EUA) normalmente não têm muita experiência no que se refere ao diagnóstico e tratamento de doenças de coelhos. Por outro lado, com uma higiene adequada e bom senso, acrescentados à informa- ção apresentada neste manual, não se deve ter muitas preocupações sobre doenças. A maioria dos animais fica doente de vez em quando e, para além disso, um coelho morto implica uma preocupação menor do que a morte duma cabra ou vaca. ? Sem dúvida que a criação de coelhos custa tempo: para alimenta- ção, limpeza, maneio e registo de dados. É difícil dizer quanto tem- po se necessita para essas tarefas. Depende do número de animais presentes, do sistema de alojamento que se pretende realizar e das possibilidades de obter alimentos. Como regra geral, a criação de 5 a 10 coelhos leva, aproximadamente, 1 a 2 horas por dia para reali- zar a limpeza, o maneio e a alimentação. 1.2 Aspectos gerais de criação e manuseamento Como todos os animais, os coelhos precisam de cuidados adequados para que se (re)produzam bem. De noite, antes de dormir, o produtor deve ver como estão e, de dia, deve vigiá-los. Verificar se um animal está doente não é suficiente, deve-se aprender também a reconhecer se há a probabilidade do animal ficar doente. Similarmente, não é sufi- ciente constatar que uma coelha fez um ninho e teve crias, mas deve- se saber com antecedência se uma coelha vai aninhar e ter procriação em breve.
  • 10. Introdução 9 Deve-se fornecer aos coelhos os melhores alimentos e água potável possíveis (ver o Capítulo 7). Remover os excrementos e limpar as coe- lheiras cada semana com água. Se se tiver cuidado, não será necessá- rio tirar os animais das coelheiras. Manusear sempre os coelhos de maneira adequada. Deve-se apanhá-los da forma apresentada na figu- ra 1. Figura 1: Manuseamento dos coelhos. A. Segurando um coelho jovem. B. Segurando na pele folgada do ombro enquanto se suporta a parte traseira. C. Transportando um coelho cobrindo a sua cabeça com o braço e com a outra mão livre. D. Verificando o ventre do coelho com a mão direita livre.
  • 11. Criação de coelhos em quintais, nas regiões tropicais10 Deve-se atribuir uma identificação aos animais que se pretende usar para reprodução (ver o Capítulo 9). Manter uma vigilância intensiva do seu desempenho. Não se deve abater os animais de crescimento rápido, mas empregá-los para aumentar o valor do rebanho. Separar, desde cedo, os machos das fêmeas que se pretendem manter, antes de os animais se tornarem sexualmente activos (as fêmeas depois de 4 meses, os machos 2 meses mais tarde). Se se quiser vender coelhos como animais de reprodução, deve-se separar os machos das fêmeas antes de se tornarem sexualmente acti- vos. No caso de coelhos de engorda, isto não é necessário, visto que serão abatidos antes de se tornarem sexualmente activos. É melhor não juntar várias ninhadas na mesma coelheira, de forma a evitar lutas. Depois da primeira cobrição deve-se fornecer uma coelheira própria à coelha jovem, antes do nascimento das crias. Nesta altura, todo o ciclo começa de novo. 1.3 Estrutura deste Agrodok Em geral, a criação de coelhos tem muitos aspectos. Neste manual descrevemos os aspectos principais necessários para começar a cria- ção de coelhos: as diferentes raças, como seleccionar um rebanho de criação, acasalamento e produção de ninhadas, criação dos animais jovens, alojamento, alimentação, doenças, boas práticas administrati- vas, abate e curtimento da pele. Nos apêndices encontra-se informação adicional, incluindo um glossá- rio com terminologia técnica utilizada neste manual, informação mais detalhada sobre alimentos e doenças e também uma lista de livros úteis.