3. Lombalgia
Lombalgia é dor, de duração variável,
sensação de desconforto, tensão muscular
ou rigidez localizada pela margem dorsal e
acima da prega glútea inferior, com ou sem
dor isquiática.
(Van Tulder, 2002; Quittan, 2002; Ehrilch, 2003b; Verrilis, 2004)
Fabio Mazzola
4. Lombalgia
Classificação quanto à duração:
• aguda (duração menor que 2-4 semanas);
• subaguda (duração próxima de 12
semanas); e
• crônica (duração maior que 12 semanas).
(Atlas, Nardin, 2002; Quittan, 2002; Indahl, 2004)
Fabio Mazzola
7. Exame Ortopédico Lombar
Lombalgia Lombalgia
Ausência de dor nos MMII História Com dor nos MMII
Induzida por Trauma Induzida/Não Induzida por Trauma
Ausência de dor nas pernas
Teste de Elevação da Perna Reta;
Palpação Teste de Lasègue;
Palpação Sinal de Retorsão;
Teste de Tração do Nervo Femoral;
(+) Teste de Braggard;
ADM Teste de Goldthwaith; ADM
(Ativo) Teste de Flexão Suportada para a Frente; (Ativo)
Espondilose Teste de Sicard;
Teste de Turyn;
(Passivo) Teste de Nachlas; (Passivo) Espondilolistese Teste de Fajersztajn;
Teste do Sinal da Nádega.
(+) (+) (+) Teste de Bechterew;
Radiologia Sinal de Minor;
Sinal da Corda de Arco;
Teste de Percussão Teste de Tensão do Ciático;
Espinhal (-) Manobra de Valsava; Teste do Piriforme;
Tríade de Dejerine; Teste do Horizonte Glúteo;
(+) Teste de Milgram; Teste de Kemp;
(-) Exame
Radiologia Teste de Naffziger. (+) Sinal de Lindner.
Sacroilíaco
Lesão Ocupadora (+) (+)
de Espaço Diagnóstico
Testes Neurológicos
Fratura Distensão (+) por Imagem
Entorse
Compressão de (+)
Raízes Nervosas
Fabio Mazzola
8. Exame Ortopédico Lombar
Lombalgia
Ausência de dor nos MMII História
Induzida por Trauma
Palpação
(+)
ADM Teste de Goldthwaith;
(Ativo) Teste de Flexão Suportada para a Frente;
(Passivo) Teste de Nachlas;
Teste do Sinal da Nádega.
(+)
Teste de Percussão
Espinhal
(+)
Radiologia
(-) Exame
Sacroilíaco
Fratura Distensão
Entorse
Fabio Mazzola
9. Exame Ortopédico Lombar
História
Ausência de dor nas pernas
Palpação
Teste de Goldthwaith; ADM
Teste de Flexão Suportada para a Frente; (Ativo)
Espondilose
Teste de Nachlas; (Passivo) Espondilolistese
Teste do Sinal da Nádega.
(+) (+)
Radiologia
(-)
Distensão
Entorse
Fabio Mazzola
10. Exame Ortopédico Lombar
Lombalgia
História Com dor nos MMII
Induzida/Não Induzida por Trauma
Teste de Elevação da Perna Reta;
Teste de Lasègue;
Sinal de Retorsão;
Teste de Tração do Nervo Femoral;
Teste de Braggard;
Teste de Sicard;
Teste de Turyn;
Teste de Fajersztajn;
Teste de Bechterew;
Sinal de Minor;
Sinal da Corda de Arco;
Teste de Tensão do Ciático;
Manobra de Valsava; Teste do Piriforme;
Tríade de Dejerine; Teste do Horizonte Glúteo;
Teste de Milgram; Teste de Kemp;
Teste de Naffziger. (+) Sinal de Lindner.
Lesão Ocupadora (+) (+)
de Espaço Diagnóstico
Testes Neurológicos
(+) por Imagem
Compressão de (+)
Raízes Nervosas
Fabio Mazzola
19. Inspeção
O paciente deve ser examinado na posição
em pé e depois sentado;
O paciente deve ser observado nas vistas
anterior, posterior e lateral;
Observar marcas cutâneas ou presença de
lesões na pele.
Fabio Mazzola
20. Palpação
Durante a palpação o fisioterapeuta deve
observar qualquer dor, alteração de
temperatura, espasmo muscular ou outros
sinais e sintomas.
Fabio Mazzola
25. Exame físico
Movimento Ativo
O fisioterapeuta deve observar:
Quando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre o
início de dor;
Se o movimento aumenta a intensidade e a qualidade da dor;
A quantidade de restrição observável;
O padrão de movimento;
O rítmo e a qualidade do movimento;
O movimento das articulações associadas;
Qualquer limitação e sua natureza.
Fabio Mazzola
26. Exame físico
Movimento Passivo
O fisioterapeuta deve observar:
Quando e onde, durante cada um dos movimentos,
ocorre o início da dor;
Se o movimento aumenta a intensidade e a
qualidade da dor;
O padrão de limitação do movimento;
A sensação final do movimento;
O movimento das articulações associadas;
A amplitude de movimento disponível.
Fabio Mazzola
29. Testes Musculares Manuais
A avaliação da força muscular manual deve ocorrer quando forem
descartadas outras limitações articulares ou musculares
(encurtamentos/retrações) impedindo ou dificultando o
movimento.
Flexão: Psoas Maior, Reto do abdomen, Oblíquo externo do
abdomen, Oblíquo interno do abdomen, Transverso do
abdomen;
Extensão: Grande Dorsal, Eretor da espinha, Tranverso-espinal,
interespinais, Quadrado do lombo;
Flexão Lateral: Grande Dorsal, Eretor da espinha, Tranverso-
espinal, Intertransversários, Quadrado do lombo, Psoas Maior,
Oblíquo externo do abdomen.
Fabio Mazzola
31. Capacidades Funcionais do
Paciente
• Escala qualitativa de Dor;
• Quase insuportável;
• Dor muito forte;
• Dor forte;
• Dor moderada;
• Dor leve;
• Sem dor;
• Questionário Roland-Morris;
• Índice de Incapacidade de
Oswestry.
Fabio Mazzola
35. Testes de Compressão de
Raízes Nervosas Lombares e
do Nervo Ciático
Teste de Elevação da Perna Reta;
Teste de Lasègue;
Sinal de Retorsão;
Teste de Tração do Nervo Femoral;
Teste de Braggard;
Teste de Sicard;
Teste de Turyn;
Teste de Fajersztajn;
Teste de Bechterew;
Sinal de Minor;
Sinal da Corda de Arco;
Teste de Tensão do Ciático;
Teste do Piriforme;
Teste do Horizonte Glúteo;
Teste de Kemp;
Sinal de Lindner.
Fabio Mazzola
36. Lesões Ocupadoras de Espaço
Manobra de Valsava;
Tríade de Dejerine;
Teste de Milgram;
Teste de Naffziger.
Fabio Mazzola
41. L5
Motora:
Extensor Longo do Hálux;
Glúteo Médio;
Extensor Longo e Curto dos
Dedos do Pé;
Reflexa:
Isquiotibiais Mediais;
Sensitiva:
Fabio Mazzola
42. S1
Motora:
Fibular Longo e Curto;
Reflexa:
Calcâneo;
Sensitiva:
Fabio Mazzola
46. Diagnóstico Diferencial
Comprometimento Lombar X Sacroilíaco
• Teste de Goldthwaith;
• Teste de Flexão Suportada para a Frente;
• Teste de Nachlas;
• Teste do Sinal da Nádega.
Fabio Mazzola
51. F. Mézières
Em 1947, F. Mézières constatou numa
paciente que apresentava dor lombar:
Que a sua musculatura paravertebral posterior
não era fraca e insuficiente, mas pelo contrário
estava retraída, demasiado curta e extremamente
resistente.
Que esta musculatura posterior se comportava
como um único músculo, como uma cadeia
muscular da cabeça aos pés.
52. Cadeias Musculares
A abordagem das Cadeias Musculares é a
identificação de um padrão existente no
sistema musculoesquelético como unidade.
54. Reflexo Antálgico
É um evento fisiológico onde em
presença de dor ou desequilíbrio, o
corpo, para se defender, deforma-se e
compensa (Cadeia Posterior- Lordose);
O corpo memoriza (mantém) a atitude
que lhe permite não sentir a dor;
55. O Corpo Deforma-se e
Compensa
Em Lordose;
Em Bloqueio diafragmático em inspiração;
Em rotação interna dos membros.
56.
57. Abordagem da
Tridimensionalidade
A Individualidade
Todo ser é único e indivisível e manifestará sua
patologia de maneira única e individual.
A Causalidade
Observar as alterações posturais partindo do
efeito até a causa.
A Globalidade
Corrigir ao mesmo tempo a sintomatologia, as
fixações e a causa de uma patologia.
58. Intervencão
Diminuiro tônus da musculatura posterior e
ou lordosante: tensionar excentricamente
uma cadeia muscular para impedir ou anular
a contração compensadora, o tensionamento
é duradouro, além de sua eslasticidade, afim
de de gerar deformação plástica do músculo
e dos materiais semi-fluidos (fáscia).
71. Reeducação Postural Global
ÂNGULO ABERTO ÂNGULO FECHADO
1. D.D. 1. D.D.
2. EM PÉ, COM APOIO 2. SENTADA
3. EM PÉ, SEM APOIO 3. EM PÉ, INCLINADO
72. Reeducação Postural Global
Diferentes Cadeias;
Diferentes Posturas;
Trabalho em Simetria;
Ativo-Assistido;
Respiração Paradoxal;
Pelve em Posição Neutra.
97. RPG
1ª postura em ângulo aberto
• Coluna apoiada perto de uma posição fisiológica;
• Rotação externa de coxa e ligeira flexão de coxa e de perna;
• Planta dos pés unidas.
Fabio Mazzola
98. RPG
1ª postura em ângulo aberto
• Coluna apoiada perto de uma posição fisiológica;
• Coxas em posição neutra e pernas estendidas;
• Dorsiflexão.
Fabio Mazzola
100. RPG
1ª postura em ângulo fechado
• Coluna apoiada perto de
uma posição fisiológica;
• Rotação externa e flexão
(≈90°) de coxa;
• Ligeira flexão de perna;
• Dorsiflexão (calcanhar-
calcanhar).
Fabio Mazzola
101. RPG
1ª postura em ângulo fechado
• Coluna apoiada perto de
uma posição fisiológica;
• Coxa em 90° de flexão e
pernas estendidas;
• Pés unidos e dorsiflexão.
Fabio Mazzola
103. Artigo
Evolução da média da EAV no decorrer das sessões.
3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
Ses. 1 Ses. 2 Ses. 3 Ses. 4 Ses. 5 Ses. 6 Ses. 7 Ses. 8
Fabio Mazzola
104. Artigo
Comparação de respostas afirmativas do questionário
Roland-Morris antes e após o tratamento.
RM Qtde % var p-valor
Antes 46 63,9%
5,0% <0,001
Após 21 29,2%
Abreviaturas: RM = Questionário Roland-Morris;
Qtde = Quantidade de respostas afirmativas.
Fabio Mazzola
Françoise Mézières observou que todas as dores, traumas, doenças, conduzem a compensações que são devidas ao reflexo antálgico, em lordose, em bloqueio respiratório em inspiração e em rotação interna dos membros. Isto porque a musculatura posterior é sempre mais forte, muito curta e ainda porque a musculatura posterior se comporta como um só músculo.Estas leis fisiológicas são observáveis, constantes e repetitivas: uma deformação pode originar uma dor, que por sua vez pode provocar uma outra deformação e depois uma outra dor e assim sucessivamente.
O REFLEXO ANTÁLGICO À PRIORI É um reflexo fisiológico conhecido : na presença de uma dor, o corpo, para se proteger, deforma-se : compensa. As deformações do corpo são interpretadas como compensações, atitudes antálgicas mais ou menos fixas, antigas mas reversíveis. «As patologias que encontramos são formas mórbidas do “reflexo antálgico a priori ”. Pensamos que têm origem num traumatismo, frequentemente muito antigo e que provocou uma dor, a qual (aparentemente) desapareceu, ao ponto da pessoa ter esquecido como ocorreu. Na realidade, esta dor está sempre presente mas o paciente ocultou-a inconscientemente, pois um reflexo fê-lo tomar uma atitude para evitar sentir a dor. A região dolorosa imobiliza-se sempre em (hiper) lordose. Ao longo do tempo esta atitude acentua-se aparecendo, com o dismorfismo, quer seja o disfuncionamento de um sistema, quer seja um bloqueio articular (que pode provocar ao fim de um certo tempo artrose), quer seja uma atrofia ou uma paralisia (aparente) ou uma impotência, e em que os tratamentos específicos (locais, segmentares) destas entidades mórbidas não poderão senão agravá-las.» (F.Mézières)