Palestra sobre Efeitos do Treinamento Intervalado de Alta Intensidade na Síndrome Metabólica e Seus Componentes. A apresentação exibe efeitos agudos e crônicos, depois de ampla exposição sobre o agravo.
High Intensity Interval Training and Metabolic Syndrome
1. Prof. Dr. Fabrício Boscolo Del Vecchio
Escola Superior de Educação Física
Universidade Federal de Pelotas
@fabricioboscolo
2.
3.
4. Condição clínica decorrente de INTERRELAÇÃO
COMPLEXA de DIFERENTES fatores de risco para:
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
DIABETES
de Carvalho Vidigal et al. BMC Public Health 2013, 13:1198; Mottillo et al. J Am Coll Cardiol. 2010 Sep 28;56(14):1113-32.
Síndrome Metabólica – Definição Mundial (IDF)
5. O TODO É MAIOR DO QUE A SOMA DAS PARTES!
Síndrome Metabólica:
1,5x mais chance de morte por todas as causas
2,5 x mais chance de morte cardiovascular
2,3 x mais chance de ac. vascular cerebral
2x mais chance de infarto do miocárdio
5x mais chance de diabetes
Mottillo et al. J Am Coll Cardiol. 2010 Sep 28;56(14):1113-32.
Síndrome Metabólica
6. OBESIDADE ABDOMINAL+
≥94cm p/ H e ≥80cm p/ M (IDF)
HIPERTRIGLICERIDEMIA >150 mg/dl
HIPERGLICEMIA ≥100 mg/dl (IDF)
HIPERTENSÃO > 130/85 mmHg
BAIXO HLD >40 mg/dl p/ H e >50 mg/dl p/ M
de Carvalho Vidigal et al. BMC Public Health 2013, 13:1198; Mottillo et al. J Am Coll Cardiol. 2010 Sep 28;56(14):1113-32.
Síndrome Metabólica – Definição Mundial (IDF)
ADULTOS
7. Obesidade Abdominal – Nem todo mundo é igual!
49 anos, IMC = 23,1 kg/m²
40 anos, IMC = 24 kg/m²
8. • Sujeitos saudáveis = 18 a 65 anos
• Prevalência de 24,9% [18,8% - 43,4%]
•MULHERES = 25,3%
•HOMENS = 23,2%
• Mais prevalente em pessoas com mais de 50 anos.
• Componentes mais comuns: ↓ HDL (62,9%) e ↑ obesidade abdominal (45,8%)
Síndrome Metabólica
Prevalência na América Latina
Márquez-Sandoval F et al. Public Health Nutr. 2011 Oct;14(10):1702-13.
9. Prevalência dos COMPONENTES DA SM
no Brasil - Adultos
• Baixo HDL: 59,3% [37,1%-76,3%]
• Hipertensão: 52,5% [40,3%-64,7%]
• Obesidade Abdominal: 38,9% [11,6%-72,6%]
• Hipertrigliceridemia: 24% [15,2%-48,7%]
• Hiperglicemia: 16% [11,6%-72,6%]
de Carvalho Vidigal et al. BMC Public Health 2013, 13:1198
Prevalência de Obesidade Abdominal e Baixo HDL é maior entre mulheres
Prevalência de Hipertensão Arterial é maior entre homens
10. Prevalência da SM no Brasil - Adultos
• Estudo com inclusão de 10 pesquisas, não considerou idosos (19-64 anos)
• 8505 sujeitos envolvidos. Prevalência:
•41,5% Indígena (0,4% da população)
•29,8% Meio urbano
•20,1% Meio rural
de Carvalho Vidigal et al. BMC Public Health 2013, 13:1198
28,3% da População Brasileira
11. Prevalência da SM no Brasil – Adultos e Idosos
• Estudo em São Carlos/SP, 1116 sujeitos (30-79 anos)
•Prevalência (IDF):
•45,5% Mulheres
•45,3% Homens
Prevalência ajustada para
idade e sexo = 43,2%
GRONNER, M.F. et al. Braz J Med Biol Res. 2011, vol.44, n.7, pp. 713-719.
22. Sujeitos começaram a se exercitar por 30 min
em cicloergômetro, @55%VO2max, 3x/sem,
progressivamente até 50 min @75%VO2max
por 20 semanas.
105 sujeitos na figura ao lado.
As reduções estão nas barras vermelhas.
Exercício foi efetivo para eliminar a Síndrome
Metabólica em 32% dos indivíduos.
23. • Estudo Randomizado Controlado (N = 51)
• Grupo Controle = 18 pessoas
• Grupo Moderado – 300 kcal/dia = 21 pessoas
• Grupo Intenso – 600 kcal/dia = 22 pessoas
• Exercícios físicos por 13 semanas,
• 30 / 60 min por dia, 5x/semana.
• Prescritos INDIVIDUALMENTE: Bicicleta ou Corrida
29. Relação entre HIIT e Testosterona
INT = 6 x
(3,5’@90%vVO2max : 2’@30%vVO2max)
CIR = 3 x (ABD, FlexBraço, JSquat,
HiperLomb, Burpee, Prancha, Bike,
Corrida parada, Mergulho (30cm) e
StepUp (35cm). E:P = 30s:30s
TEMP = 30 min em velocidade
constante na VLAN
Tanner et al. Journal of Sports Sciences, v32, n7, 2014, p.680-689
30. • 11 dias ininterruptos de HIIT podem ser prejudiciais
4’@80%pMAX : 1’@55pMAX ou 70% da pMAX por 30 min
Relação entre HIIT e Testosterona
Hough et al. J Sports Sci. 2013;31(14):1614-23.
31. Colesterol HDL
• Inversamente correlacionado com Doenças Coronarianas
• Reverte a deposição do colesterol nas paredes arteriais - Aterosclerose
• Proposta: 8 semanas de treinamento 3,2 km, 3x/sem
• 45 jovens de 21 a 26 anos
• TREINO:
• 4 x 800 m @90%FCmax : 800 m
• ~40 min / Esforços ~10 km/h (1 km – 6 min)
HIIT e Componentes da Síndrome Metabólica
Musa et al. J Strength Cond Res 23(2): 587–592, 2009
32. Colesterol HDL
HIIT e Componentes da Síndrome Metabólica
Musa et al. J Strength Cond Res 23(2): 587–592, 2009
33. 0,4 mmol/L de melhora no HDL 12% de redução em DAC
1 na TC/HDL 53% menos chance de DAC (0,7 no estudo)
Musa et al. J Strength Cond Res 23(2): 587–592, 2009
39. 10 sujeitos
3 dias de experimentos
Dia 1 = 24h sem exercícios
Dia 2 = HIIT ou MICE
Dia 3 = MICE ou HIIT
HIIT: 10x1’@90%Wpico:1’@15%Wpico
MICE = 30’@35%Wpico
46. HIIT:
↑ Insulina 30 min após
↓ TG 24h após
↓ FFA 30 min após
Contínuo de Baixa Intensidade
↑ FFA 30 min após
47. Para efeito de controle do perfil lipídico em mulheres com risco de
desenvolver SM, o ideal é a realização de 1 sessão a cada 24-48 h.
Cuidado com... Acúmulo e sobretreinamento.
48.
49. Sandvei et al., 2012
8 semanas de treinamento
Indivíduos jovens, n = 23
Idade = 25±0,7 anos,
VO2max = 49,3±1,2 ml/kg/min
GRUPO CONTÍNUO = Corridas de 70-80% da FCmax (30 para 60 min, ↑5 min/sem)
GRUPO INTERVALADO = 30 s all-out (S1 = 5 sprints, S7-S8 = 10 sprints) : 3 min de recup
50.
51.
52. •16 semanas de treinamento
•11 sujeitos com SM
•3x/semana de treinos na esteira
•4 x 4min@90-95%FCmax : 3min@70%FCmax
53.
54. 45 adultos com DT2 – 50 a 70 anos
Total de 12 semanas, 3 sessões/semana
HIIT
Fase 1: 20 min@50%VO2pico
Fase 2: 4x 1’@80%VO2pico : 4’@50%VO2pico
Fase 3 = 6x 1’@85%VO2pico : 4’@60%VO2pico
Contínuo:
Fase 1: 20 min@50%VO2pico
Fase 2: 20 min@60%VO2pico
Fase 3: 30 min@65%VO2pico
55.
56.
57.
58. 36 pacientes com doença cardíaca
12 semanas de intervenção
HIIT = 4 x 4’@75-80%VO2max : 3’@45-50%VO2max
MICE = 30-45 min@45-60% do VO2max
62. Intervalo QT
Recuperação da Excitabilidade Ventricular:
Prolongamento BOM – Antiarrítmico
Prolongamento RUIM – Pró-Arrítmico
Final da onda T: Ponto em que a onda
T retorna à linha de base isoelétrica.
63. Drigny et al. Annals of Physical and Rehabilitation Medicine 56 (2013) 356–370
64. Drigny et al. Annals of Physical and Rehabilitation Medicine 56 (2013) 356–370
65. Drigny et al. Annals of Physical and Rehabilitation Medicine 56 (2013) 356–370
66. 38 mulheres < 150 min/sem de AF
4 grupos:Hiperglicemicas (n = 9)
Hipercolesterolêmicas (n = 10)
Hiperglicemicas e Hipercolesterolêmicas (n = 9)
Saudáveis/Controle (n = 10)
8 semanas de intervenção 30 min de HIIT + 30 min Força
HIIT = 8 a 14 x 1’@80-100%FCres : 2’ a 1’ de recup.
Álvarez et al. Rev Med Chile 2014; 142: 458-466.
69. 34 Mulheres saudáveis (e sedentárias) de 18 a 30 anos
15 semanas de intervenção
• G1: Controle
(10/20’ 40’ de exercício)
• 5 min aquec. + 30’ - 60%VO2max + 5’ desaq.
(5’ 20’ de exercício)
• 60 x 8” (sprint) x 12” (20-30 rpm)
70. Consumo Máximo de Oxigênio (ml/kg/min)
2,8 MET
1,7 MET
↑ 1 MET =
↓ 18% do risco de
Morte por DC
1,7 MET = 30%
2,8 MET = 50%!
82. Pacientes com síndrome metabólica
• 32 pessoas (52,3±3,7 anos), VO2max = 34mL/Kg/min,
• 16 semanas de treino (4 meses)
• Grupo 1: Controle
• ~47’ de exercício contínuo a 70% FCmax
• 10’ aquecimento (70%FCmax),
• 4x[4’ a 90% FCmax x 3’ caminhada (70%) FCmax]
• 5 minutos de volta a calma
(Tjonna et al, 2008)
91. “Treinamento com exercícios, especialmente
os de alta intensidade, parecer ser
altamente benéficos na prevenção da
síndrome metabólica em relação a qualquer
outro tipo de programa de reabilitação”
(Tjonna et al, 2008)
92. Se não for possível...
60 min/ss, 5 x/semana, durante 4 meses
3 min “forte” x 3 min “fraco”
96. Em resumo, em relação ao MICE, o HIIT apresenta:
Aptidão cardiorrespiratória superior
(Wisloff et al. 2007; Tjonna et al. 2008, 2009; Moholdt et al. 2009)
Função metabólica e edotelial superior
(Wisloff et al. 2007; Tjonna et al. 2008, 2009; Moholdt et al. 2009)
Pressão arterial diastólica superior
(Rognmoet al. 2004; Schjerve et al. 2008; Whyte et al. 2010)
Morfologia do ventrículo esquerdo semelhante ou superior
(Wisloff et al. 2007, Matsuo et al., 2014; Nakahara et al., 2015)