Ferramentas de Aprendizagem para a Escola 2.0 Mobile
Classe C e Smartphones
1. A primeira experiência com
smartphone
de tela sensível ao toque
realizada por
mulheres da classe C
Curso de Pós-Graduação Lato Sensu
Ergodesign de Interfaces: Usabilidade e Arquitetura de Informação
Fabrizio Del Ducca
Dezembro / 2011
2. “Utilizamos, cada vez mais, dispositivos móveis para
achar produtos, achar respostas,
e para nos acharmos.”
Peter Morville
(Ambient Findability, 2005)
3. Smartphone e a Classe C
. Número de smartphones no país
Classe AB: 39,1 milhões
Classe C : 36,1 milhões
Classe DE: 24,8 milhões
*Dados: Kantar Worldpanel
Brasil junho/2011
. 40% da classe C pretende trocar de aparelho nos próximos
6 meses ou menos
*Dados: W McCannBR/Grupo Mobi
Fev/2011
4. Smartphone e a Classe C
Um novo público consumidor de tecnologia
Está em contato com uma nova mídia digital
e sua semântica e comandos próprios, que
não necessariamente são desenvolvidos de
acordo com a linguagem deste público
5. Quem é a Classe C
Dados: Marcelo Neri
FGV/CPS 2010
6. Quem é a Classe C
100 milhões de brasileiros, mais da metade da
população
Desejos de consumo: máquina de lavar,
computador, celular, microondas, tv, geladeira
Basicamente formada no ensino fundamental e
parcialmente no ensino médio
Baixa proporção da classe C fala outro idioma
69% das mulheres da classe C são chefes de família
Dados: Target Group Index
Ibope Midia Fev/09- Jan/10
7. Educação pública
Números do Exame Nacional do Ensino Médio
(ENEM) 2010 - indicador de qualidade através
da capacidade cognitiva dos alunos:
Entre as 100 melhores, somente 13 são escolas
públicas
Entre as 100 piores, todas são públicas
Das mil piores, 704 são públicas
Dados: Ministério da Educação (MEC) - 2010
8. Pesquisa
Investigar a eficácia e eficiência na realização das
tarefas propostas a mulheres da classe C que
tenham freqüentado escolas públicas
Descobrir se existem dificuldades na realização
das tarefas e, se houver, quais seriam
9. Pesquisa
Avaliação Cooperativa
Técnica descrita por Edward Monk, Peter Wright, Jeanne Haber e
Lora Davemport no livro “Improving Your Human-Computer Interface:
A Practical Technique”, de 1993
Técnica participativa
Menos formal
Estimula o think-aloud
10. Perfil das participantes
. Acima de 18 anos
. Pertencer a classe C
. Estudado em escola pública
. Trabalho fixo
. Nunca tenha usado um smartphone
12. Participantes
. 6 mulheres
. Idade entre 20 e 34 anos
. Estudo em escola pública:
médio completo (4)
médio incompleto (1)
fundamental incompleto (1)
. Profissão: garçonetes
13. Testes realizados utilizando-se
o modelo de smartphone Xperia,
da Sony Ericsson,
com tela capacitiva e
sistema operacional Android
Tela capacitiva:
Camada carregada de eletricidade sobre a tela, que ao ser tocada, transmite elétrons
para o dedo do usuário, como um pequeno choque imperceptível. O aparelho detecta a
descarga elétrica e a traduz como um comando para a tela.
15. Tarefa 1
Você precisa utilizar o telefone. Acesse a tela principal.
Objetivo: verificar se o usuário efetua o desbloqueio da
tela e se houve dificuldade.
16. Tarefa 1
Metade das participantes
realizou de forma fácil e
rápida a tarefa.
A outra metade não
entendeu que o ícone do
cadeado era para ser
arrastado e ficou
pressionando-o sem
“Eu sei que é aqui mas
obter nenhum tipo de
não sei como fazer”
feedback, acabando por
desistir da tarefa.
17. Tarefa 2
Efetue uma ligação telefônica para o número 8444-8552.
Objetivo: verificar se o usuário completa a ligação, os
comandos realizados e se houve dificuldade.
18. Tarefa 2
Todas souberam acessar o menu,
mas a maioria teve dificuldade
em identificar
o ícone do teclado.
Uma das participantes achou
que era calendário, outras
confundiram-se com o ícone do
aplicativo Viber,
por ter o desenho de um
“Eu preciso de um manual telefone.
para conseguir isso” Apenas a metade conseguiu
completar a tarefa.
19. Tarefa 3
O aparelho possui um aplicativo para acessar o Orkut. Abra o
aplicativo do Orkut.
Objetivo: verificar se o usuário encontra o aplicativo e sabe
abrí-lo, os comandos realizados e se houve dificuldade.
20. Tarefa 3
A maioria cumpriu facilmente a tarefa.
Duas participantes demoraram muito para
encontrar o ícone, sendo que uma acabou
desistindo da tarefa, pois pressionava com
força o ícone, ativando a opção para
administrar aplicativos.
21. Depoimentos
“Achei moderno.”
“Facil de usar, prefiro tela assim porque dá para
bloquear”
“Acho frágil, se cair quebra a tela”
“É muito sensível”
“Tem que ter calma para não mexer errado”
“Achei lento”
22. Conclusões
Atributos de usabilidade definidos por Jakob Nielsen (Usability
Engineering – 1994): Facilidade de aprendizado # Eficiência #
Facilidade de memorização # Erros # Satisfação
As usuárias demonstraram desenvoltura e curiosidade em navegar
pelas telas, aprendendo o princípio da sutileza do toque físico que a
tela exige, mas duas mantiveram a “mão pesada” o tempo todo,
cometendo erros devido a isso.
A falta de orientações claras e nenhum tipo de feedback fez com
que houvesse perda de tempo.
Chamou atenção o fato de que o comando para voltar não é na tela,
mas numa tecla física do smartphone, isso as confundiu bastante.
A variação entre comando de toque e deslizar também confundiu as
participantes.
23. Sugestões de Melhorias
. Equilibrar a questão do desafio de estar usando algo
novo e moderno com a questão de satisfação e
realização, evitando a frustração.
. Elaborar ícones mais facilmente identificáveis, pois
mesmo sendo legendados não foram sempre
reconhecidos.
. Criar padrão e algum tipo de sinalização para
comandos de tocar e arrastar, evitando erros freqüentes
de se acessar algo indesejável.
. Criar opção de comando de voltar na tela.