SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  3
Télécharger pour lire hors ligne
1
COMO SE PROCESSA A ALIENAÇÃO DO SER HUMANO
Fernando Alcoforado*
A alienação das pessoas é a principal arma utilizada pelos detentores dos meios de
produção e do poder político para evitar a conscientização da população sobre a
servidão econômica e política em que se acha submetida e dela resulte a rebelião contra
os desumanos sistemas econômicos e políticos em vigor. Karl Marx, filósofo, cientista
político, e socialista revolucionário muito influente em sua época (século XIX) até os
dias atuais afirma que existe alienação: 1) em relação ao produto do trabalho; 2) no
processo de produção; 3) em relação à existência do indivíduo enquanto membro do
gênero humano; e, 4) em relação aos outros indivíduos (Ver o artigo O que é alienação
em Marx? disponível no website <https://colunastortas.wordpress.com/2014/02/05/o-
que-e-alienacao-em-marx/>).
A alienação em relação ao produto do trabalho significa o estranhamento do ser
humano trabalhador em não se reconhecer como autor do produto que produz graças a
seu trabalho. O exemplo clássico é o da linha de produção, em que o trabalhador não se
reconhece no produto final e nem mesmo sabe seu destino. O produto final é do
empregador sendo um objeto estranho a qualquer indivíduo que trabalhou na sua
produção. No fim do processo de trabalho, o produto feito se transforma em algo
estranho, independente do ser que o produziu.
A alienação no processo de produção é o que Marx chama de “alienação ativa” quando
o trabalhador é forçado a trabalhar para sobreviver e trabalha além do necessário para
produzir mais valia (diferença entre o salário pago e o valor do trabalho produzido) em
benefício do empregador. O salário pago ao trabalhador tem por objetivo satisfazer suas
necessidades básicas, como comer, dormir, beber, etc. enquanto a mais valia que é o
trabalho não pago beneficia o empregador. O próprio trabalho é estranho ao indivíduo,
que só trabalha sob coerção. Nessas circunstâncias, o trabalho é sempre considerado
como o fardo para a sobrevivência do trabalhador. Uma tentativa de fazer do trabalho
algo bom é constantemente praticada pelos empregadores realizando palestras
motivacionais, criando um ambiente saudável e incentivando que os trabalhadores
sigam sua “vocação” sob a perspectiva meramente econômica do capitalismo.
A alienação do sujeito enquanto pertencente ao gênero humano se materializa no fato
do individuo estar separado de sua essência, de sua ligação com a comunidade, de seu
trabalho ao se tornar uma pessoa solitária deixando de ser mais um membro de sua
espécie. O trabalho enquanto fator que faz com que o trabalhador se considere um
indivíduo isolado é criticável também por considerar que ele só vale enquanto
trabalhador, não enquanto ser humano. Segundo as coordenadas culturais da ideologia
capitalista, cada indivíduo precisa estar apto e livre para buscar sua felicidade
individual, que é reconhecida como o fim último e sentido da vida e não da espécie
humana.
A alienação em relação aos outros homens é a consequência óbvia da individualização
da vida. Quando não se reconhece em seu aspecto mais fundamental, que é o trabalho, e
quando ele não é reconhecido como parte essencial da vida humana e do ser humano
enquanto gênero/espécie, então sua vida e a de seus semelhantes deixa de ter
significado. Ser alienado enquanto parte da espécie humana, implica em se alienar
2
também dos outros. A teoria da alienação mostra o vazio do sujeito alienado, mostra a
descaracterização da própria humanidade, da essência do sujeito.
Segundo Althusser (ALTHUSSER, Louis. Aparelhos ideológicos de estado. 6ª Ed. Rio
de Janeiro: Graal, 1985), para que a produção sobreviva, é necessário que ela faça a
reprodução dos meios de produção. Tais meios de produção são formados pelas forças
produtivas e pelas relações sociais de produção existentes. A reprodução da força de
trabalho se dá fora da empresa, e o meio material pelo qual ela se reproduz é o salário.
O salário é indispensável para a reconstituição da força de trabalho do assalariado
(vestimentas, alimentação, etc.), e também é indispensável à educação das crianças.
Contudo, não basta apenas fazer com que a força de trabalho se reproduza; ela deve ser
capaz de manusear as máquinas e equipamentos da empresa. Esta qualificação ocorre
por meio do sistema escolar capitalista.
Na escola, além de ler e escrever, são aprendidas também as regras do "bom
comportamento", ou seja, aprende-se a ser submisso à ordem vigente, fazendo com que
as pessoas sejam submissas em relação à ideologia dominante. Além da escola, também
a Igreja e outros aparelhos, como as Forças Armadas, são aparelhos ideológicos do
estado. Eles dominam não apenas pelo uso da força, mas também pelo uso da ideologia
para manter a classe dominante no poder. Althusser separa o aparelho de estado do
poder de estado. O objeto de disputa política é o poder do estado. Quem detém o poder
do estado usa o aparelho do estado em benefício de sua classe. É preciso ter em mente
não apenas a distinção entre poder de estado e aparelho de estado, mas também admitir
a existência de uma realidade que não se confunde com o aparelho repressivo de estado:
são os aparelhos ideológicos de estado.
A diferença básica entre os aparelhos repressivos de estado (ARE) e os aparelhos
ideológicos de estado (AIE) é que os ARE utilizam-se predominantemente de
argumentos repressivos e coercitivos para atingirem seus objetivos. Já os AIE utilizam
predominantemente a ideologia para manter sua dominação. Os AIE trabalham sobre a
mente das pessoas. São integrantes dos AIE, dentre outros, o sistema de diferentes
igrejas, o sistema escolar (tanto público quanto privado), o sistema familiar, o sistema
jurídico, o sistema político, o sistema sindical, o sistema de informação e o sistema
cultural. Outra diferença entre os ARE e AIE está na maneira de atuação. Os ARES
utilizam-se da repressão e coerção, enquanto os AIE utilizam-se da ideologia. Enquanto
os ARE são totalmente públicos, grande parte dos AIE pertence ao domínio privado.
Isto não significa dizer que exista alguma diferença entre AIE públicos e privados:
ambos funcionam como aparelhos ideológicos de estado.
A função dos aparelhos repressivos do estado é não só manter as condições políticas da
reprodução das relações sociais de produção, mas também manter, pela repressão, as
condições políticas do exercício dos aparelhos ideológicos do estado. São estes que
garantem a mais efetiva reprodução das relações sociais de produção. É aí que a
ideologia da classe dominante funciona. A função de provedor da reprodução das
relações de produção existe desde o pré-capitalismo. Em tal época, o principal AIE era a
Igreja Católica, que tinha funções não só religiosas, mas também educacionais, além de
uma boa parte das funções de informação e de cultura. Durante o século XIX, com a
progressiva separação entre Estado e Igreja, surgiram novos AIE: a escola e a mídia.
Estes AIE são os que mais influenciam no momento, pois é a escola quem dá formação
a todas as pessoas, independentemente de classe social, desde o maternal até a
3
universidade e a mídia condiciona também o comportamento das pessoas, sobretudo
através da TV. Portanto, é por meio da educação e da mídia que a reprodução das
relações sociais de produção ocorre no momento. Esta ideologia, entretanto, está oculta,
pois a escola é tida como neutra na formação do indivíduo e a mídia é considerada
neutra na disseminação da informação. A escola e a mídia desempenham um papel
determinante na reprodução das relações sociais de produção no sentido de manter o
modo de produção dominante em cada sociedade.
Na história da humanidade, a alienação já existia antes do advento do capitalismo com o
surgimento da propriedade privada. O nascimento da propriedade privada como algo
separado do sujeito que a produz existe juntamente com a alienação do trabalho. O
sujeito alienado é, portanto, aquele que não se reconhece no produto de seu trabalho,
que não se satisfaz na sua atividade de trabalho e que não se reconhece enquanto
membro da espécie humana. O sujeito alienado é, portanto, um sujeito impotente. Este
sujeito destituído de tudo que lhe é próprio não está apto para assumir a
responsabilidade de guiar a sociedade junto com seus companheiros e não consegue
perceber a possibilidade de uma mudança econômica, política e social. O fim da
alienação do ser humano é fundamental para que ocorra o progresso da humanidade.
Para alcançar este objetivo, é preciso eliminar todos os fatores que contribuem para a
existência da servidão humana.
* Fernando Alcoforado, 75, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em
Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor
universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento
regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São
Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo,
1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do
desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de
Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento
(Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos
Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic
and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft &
Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (P&A Gráfica e
Editora, Salvador, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento
global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes
do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012) e Energia no Mundo e no Brasil-
Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015).

Contenu connexe

Tendances

Capítulo 7 sociologia
Capítulo 7   sociologiaCapítulo 7   sociologia
Capítulo 7 sociologiaMiro Santos
 
Aula Origem e Desenvolvimento da Sociedade - Curso CIM, Olinda, 2017
Aula Origem e Desenvolvimento da Sociedade - Curso CIM, Olinda, 2017Aula Origem e Desenvolvimento da Sociedade - Curso CIM, Olinda, 2017
Aula Origem e Desenvolvimento da Sociedade - Curso CIM, Olinda, 2017Sidney Mamede
 
Aula 08 - Modos de Produção e Formações Sociais - I
Aula 08 - Modos de Produção e Formações Sociais - IAula 08 - Modos de Produção e Formações Sociais - I
Aula 08 - Modos de Produção e Formações Sociais - IClaudio Henrique Ramos Sales
 
Capítulo 8 Sociologia
Capítulo 8 Sociologia Capítulo 8 Sociologia
Capítulo 8 Sociologia Miro Santos
 
Aula ifg educação sociedade e trabalho 2014 [salvo automaticamente]
Aula ifg educação  sociedade e trabalho 2014 [salvo automaticamente]Aula ifg educação  sociedade e trabalho 2014 [salvo automaticamente]
Aula ifg educação sociedade e trabalho 2014 [salvo automaticamente]Marizete Waldhelm
 
Características da sociedade contemporânea
Características da sociedade contemporâneaCaracterísticas da sociedade contemporânea
Características da sociedade contemporâneaCorrêa Júnior Bonates
 
Seminário de marx final 2
Seminário de marx final 2Seminário de marx final 2
Seminário de marx final 2Mariclei2011
 
Modos de Produção
Modos de ProduçãoModos de Produção
Modos de ProduçãoPedro Lazari
 
3º Bloco 1 Estado E Classes Joan
3º Bloco   1   Estado E Classes   Joan3º Bloco   1   Estado E Classes   Joan
3º Bloco 1 Estado E Classes JoanWladimir Crippa
 
Antropologia, Empresas e Consumo.txt
Antropologia, Empresas e Consumo.txtAntropologia, Empresas e Consumo.txt
Antropologia, Empresas e Consumo.txtmoka1402
 

Tendances (20)

Capítulo 7 sociologia
Capítulo 7   sociologiaCapítulo 7   sociologia
Capítulo 7 sociologia
 
Aula Origem e Desenvolvimento da Sociedade - Curso CIM, Olinda, 2017
Aula Origem e Desenvolvimento da Sociedade - Curso CIM, Olinda, 2017Aula Origem e Desenvolvimento da Sociedade - Curso CIM, Olinda, 2017
Aula Origem e Desenvolvimento da Sociedade - Curso CIM, Olinda, 2017
 
Aula 08 - Modos de Produção e Formações Sociais - I
Aula 08 - Modos de Produção e Formações Sociais - IAula 08 - Modos de Produção e Formações Sociais - I
Aula 08 - Modos de Produção e Formações Sociais - I
 
Capítulo 8 Sociologia
Capítulo 8 Sociologia Capítulo 8 Sociologia
Capítulo 8 Sociologia
 
Aula 8
Aula 8Aula 8
Aula 8
 
Capítulo 10 - Temas Contemporâneos da Sociologia
Capítulo 10 - Temas Contemporâneos da SociologiaCapítulo 10 - Temas Contemporâneos da Sociologia
Capítulo 10 - Temas Contemporâneos da Sociologia
 
Sociologia m1
Sociologia m1Sociologia m1
Sociologia m1
 
ATIVIDADES (módulos 04, 05 e 06)
ATIVIDADES (módulos 04, 05 e 06)ATIVIDADES (módulos 04, 05 e 06)
ATIVIDADES (módulos 04, 05 e 06)
 
Aula ifg educação sociedade e trabalho 2014 [salvo automaticamente]
Aula ifg educação  sociedade e trabalho 2014 [salvo automaticamente]Aula ifg educação  sociedade e trabalho 2014 [salvo automaticamente]
Aula ifg educação sociedade e trabalho 2014 [salvo automaticamente]
 
Sociologia
SociologiaSociologia
Sociologia
 
Características da sociedade contemporânea
Características da sociedade contemporâneaCaracterísticas da sociedade contemporânea
Características da sociedade contemporânea
 
Seminário de marx final 2
Seminário de marx final 2Seminário de marx final 2
Seminário de marx final 2
 
Karl marx1
Karl marx1Karl marx1
Karl marx1
 
Modos de Produção
Modos de ProduçãoModos de Produção
Modos de Produção
 
Modos de Produção
Modos de ProduçãoModos de Produção
Modos de Produção
 
3º Bloco 1 Estado E Classes Joan
3º Bloco   1   Estado E Classes   Joan3º Bloco   1   Estado E Classes   Joan
3º Bloco 1 Estado E Classes Joan
 
Karl Marx
Karl MarxKarl Marx
Karl Marx
 
Capítulo 8 - Classe e Estratificação Social
Capítulo 8 - Classe e Estratificação SocialCapítulo 8 - Classe e Estratificação Social
Capítulo 8 - Classe e Estratificação Social
 
Capítulo 6 - Pensando a Sociedade
Capítulo 6 - Pensando a SociedadeCapítulo 6 - Pensando a Sociedade
Capítulo 6 - Pensando a Sociedade
 
Antropologia, Empresas e Consumo.txt
Antropologia, Empresas e Consumo.txtAntropologia, Empresas e Consumo.txt
Antropologia, Empresas e Consumo.txt
 

Similaire à Como se processa a alienação do ser humano

O totalitarismo ao longo da história da humanidade
O totalitarismo ao longo da história da humanidadeO totalitarismo ao longo da história da humanidade
O totalitarismo ao longo da história da humanidadeFernando Alcoforado
 
Alienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidade
Alienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidadeAlienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidade
Alienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidadeRoberto Rabat Chame
 
Alienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidade
Alienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidadeAlienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidade
Alienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidadeFernando Alcoforado
 
Alienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidade
Alienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidadeAlienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidade
Alienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidadeFernando Alcoforado
 
Concepções e mudanças no mundo do trabalho e o ensino médio
Concepções e mudanças no mundo do trabalho e o ensino médioConcepções e mudanças no mundo do trabalho e o ensino médio
Concepções e mudanças no mundo do trabalho e o ensino médiolulopes1986
 
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.pptAleTavares2
 
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.pptMARIADAASSUNOSIMOESF
 
Aula 2. fundamentos da teologia apostolica.
Aula 2. fundamentos da teologia apostolica.Aula 2. fundamentos da teologia apostolica.
Aula 2. fundamentos da teologia apostolica.Gerente
 
Homem cultura sociedade u1
Homem cultura sociedade u1Homem cultura sociedade u1
Homem cultura sociedade u1ingrid stefanny
 
Bloco de atividade iii 2ºano
Bloco de atividade iii 2ºanoBloco de atividade iii 2ºano
Bloco de atividade iii 2ºanoAnatliaMiranda
 
Cursinho comunitário miguel badra (1)
Cursinho comunitário miguel badra (1)Cursinho comunitário miguel badra (1)
Cursinho comunitário miguel badra (1)Gelson Rocha
 
Trajetória da educação inclusiva
Trajetória da educação inclusivaTrajetória da educação inclusiva
Trajetória da educação inclusivaAna Lúcia Hennemann
 
Revista apeoesp educação especial
Revista apeoesp educação especialRevista apeoesp educação especial
Revista apeoesp educação especialLeila Kanada
 

Similaire à Como se processa a alienação do ser humano (20)

Cazuza já afirmava
Cazuza já afirmavaCazuza já afirmava
Cazuza já afirmava
 
O totalitarismo ao longo da história da humanidade
O totalitarismo ao longo da história da humanidadeO totalitarismo ao longo da história da humanidade
O totalitarismo ao longo da história da humanidade
 
Alienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidade
Alienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidadeAlienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidade
Alienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidade
 
Alienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidade
Alienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidadeAlienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidade
Alienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidade
 
Alienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidade
Alienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidadeAlienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidade
Alienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidade
 
Concepções e mudanças no mundo do trabalho e o ensino médio
Concepções e mudanças no mundo do trabalho e o ensino médioConcepções e mudanças no mundo do trabalho e o ensino médio
Concepções e mudanças no mundo do trabalho e o ensino médio
 
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
 
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
 
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO.pptx
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO.pptxSOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO.pptx
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO.pptx
 
Aula 2. fundamentos da teologia apostolica.
Aula 2. fundamentos da teologia apostolica.Aula 2. fundamentos da teologia apostolica.
Aula 2. fundamentos da teologia apostolica.
 
Homem cultura sociedade u1
Homem cultura sociedade u1Homem cultura sociedade u1
Homem cultura sociedade u1
 
Livro unico
Livro unicoLivro unico
Livro unico
 
Bloco de atividade iii 2ºano
Bloco de atividade iii 2ºanoBloco de atividade iii 2ºano
Bloco de atividade iii 2ºano
 
Schumpeter
SchumpeterSchumpeter
Schumpeter
 
Revisão Conceitual de SOCIOLOGIA
Revisão Conceitual de SOCIOLOGIARevisão Conceitual de SOCIOLOGIA
Revisão Conceitual de SOCIOLOGIA
 
Revista educaespecial 1
Revista educaespecial 1Revista educaespecial 1
Revista educaespecial 1
 
Cursinho comunitário miguel badra (1)
Cursinho comunitário miguel badra (1)Cursinho comunitário miguel badra (1)
Cursinho comunitário miguel badra (1)
 
Trajetória da educação inclusiva
Trajetória da educação inclusivaTrajetória da educação inclusiva
Trajetória da educação inclusiva
 
Ideologia e educação
Ideologia e educaçãoIdeologia e educação
Ideologia e educação
 
Revista apeoesp educação especial
Revista apeoesp educação especialRevista apeoesp educação especial
Revista apeoesp educação especial
 

Plus de Fernando Alcoforado

O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO
O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO   O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO
O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO Fernando Alcoforado
 
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIEN
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIENL'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIEN
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIENFernando Alcoforado
 
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?Fernando Alcoforado
 
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...Fernando Alcoforado
 
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTH
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTHGLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTH
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTHFernando Alcoforado
 
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...Fernando Alcoforado
 
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIALINONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIALFernando Alcoforado
 
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGE
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGECITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGE
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGEFernando Alcoforado
 
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBALINUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBALFernando Alcoforado
 
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022 CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022 Fernando Alcoforado
 
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...Fernando Alcoforado
 
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...Fernando Alcoforado
 
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...Fernando Alcoforado
 
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...Fernando Alcoforado
 
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLD
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLDTHE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLD
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLDFernando Alcoforado
 
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE Fernando Alcoforado
 
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDOA GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDOFernando Alcoforado
 
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...Fernando Alcoforado
 
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUEL
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUELLES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUEL
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUELFernando Alcoforado
 
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZILSOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZILFernando Alcoforado
 

Plus de Fernando Alcoforado (20)

O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO
O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO   O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO
O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO
 
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIEN
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIENL'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIEN
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIEN
 
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?
 
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...
 
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTH
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTHGLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTH
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTH
 
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...
 
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIALINONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL
 
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGE
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGECITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGE
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGE
 
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBALINUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL
 
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022 CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022
 
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...
 
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...
 
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...
 
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...
 
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLD
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLDTHE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLD
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLD
 
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE
 
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDOA GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
 
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...
 
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUEL
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUELLES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUEL
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUEL
 
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZILSOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
 

Como se processa a alienação do ser humano

  • 1. 1 COMO SE PROCESSA A ALIENAÇÃO DO SER HUMANO Fernando Alcoforado* A alienação das pessoas é a principal arma utilizada pelos detentores dos meios de produção e do poder político para evitar a conscientização da população sobre a servidão econômica e política em que se acha submetida e dela resulte a rebelião contra os desumanos sistemas econômicos e políticos em vigor. Karl Marx, filósofo, cientista político, e socialista revolucionário muito influente em sua época (século XIX) até os dias atuais afirma que existe alienação: 1) em relação ao produto do trabalho; 2) no processo de produção; 3) em relação à existência do indivíduo enquanto membro do gênero humano; e, 4) em relação aos outros indivíduos (Ver o artigo O que é alienação em Marx? disponível no website <https://colunastortas.wordpress.com/2014/02/05/o- que-e-alienacao-em-marx/>). A alienação em relação ao produto do trabalho significa o estranhamento do ser humano trabalhador em não se reconhecer como autor do produto que produz graças a seu trabalho. O exemplo clássico é o da linha de produção, em que o trabalhador não se reconhece no produto final e nem mesmo sabe seu destino. O produto final é do empregador sendo um objeto estranho a qualquer indivíduo que trabalhou na sua produção. No fim do processo de trabalho, o produto feito se transforma em algo estranho, independente do ser que o produziu. A alienação no processo de produção é o que Marx chama de “alienação ativa” quando o trabalhador é forçado a trabalhar para sobreviver e trabalha além do necessário para produzir mais valia (diferença entre o salário pago e o valor do trabalho produzido) em benefício do empregador. O salário pago ao trabalhador tem por objetivo satisfazer suas necessidades básicas, como comer, dormir, beber, etc. enquanto a mais valia que é o trabalho não pago beneficia o empregador. O próprio trabalho é estranho ao indivíduo, que só trabalha sob coerção. Nessas circunstâncias, o trabalho é sempre considerado como o fardo para a sobrevivência do trabalhador. Uma tentativa de fazer do trabalho algo bom é constantemente praticada pelos empregadores realizando palestras motivacionais, criando um ambiente saudável e incentivando que os trabalhadores sigam sua “vocação” sob a perspectiva meramente econômica do capitalismo. A alienação do sujeito enquanto pertencente ao gênero humano se materializa no fato do individuo estar separado de sua essência, de sua ligação com a comunidade, de seu trabalho ao se tornar uma pessoa solitária deixando de ser mais um membro de sua espécie. O trabalho enquanto fator que faz com que o trabalhador se considere um indivíduo isolado é criticável também por considerar que ele só vale enquanto trabalhador, não enquanto ser humano. Segundo as coordenadas culturais da ideologia capitalista, cada indivíduo precisa estar apto e livre para buscar sua felicidade individual, que é reconhecida como o fim último e sentido da vida e não da espécie humana. A alienação em relação aos outros homens é a consequência óbvia da individualização da vida. Quando não se reconhece em seu aspecto mais fundamental, que é o trabalho, e quando ele não é reconhecido como parte essencial da vida humana e do ser humano enquanto gênero/espécie, então sua vida e a de seus semelhantes deixa de ter significado. Ser alienado enquanto parte da espécie humana, implica em se alienar
  • 2. 2 também dos outros. A teoria da alienação mostra o vazio do sujeito alienado, mostra a descaracterização da própria humanidade, da essência do sujeito. Segundo Althusser (ALTHUSSER, Louis. Aparelhos ideológicos de estado. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Graal, 1985), para que a produção sobreviva, é necessário que ela faça a reprodução dos meios de produção. Tais meios de produção são formados pelas forças produtivas e pelas relações sociais de produção existentes. A reprodução da força de trabalho se dá fora da empresa, e o meio material pelo qual ela se reproduz é o salário. O salário é indispensável para a reconstituição da força de trabalho do assalariado (vestimentas, alimentação, etc.), e também é indispensável à educação das crianças. Contudo, não basta apenas fazer com que a força de trabalho se reproduza; ela deve ser capaz de manusear as máquinas e equipamentos da empresa. Esta qualificação ocorre por meio do sistema escolar capitalista. Na escola, além de ler e escrever, são aprendidas também as regras do "bom comportamento", ou seja, aprende-se a ser submisso à ordem vigente, fazendo com que as pessoas sejam submissas em relação à ideologia dominante. Além da escola, também a Igreja e outros aparelhos, como as Forças Armadas, são aparelhos ideológicos do estado. Eles dominam não apenas pelo uso da força, mas também pelo uso da ideologia para manter a classe dominante no poder. Althusser separa o aparelho de estado do poder de estado. O objeto de disputa política é o poder do estado. Quem detém o poder do estado usa o aparelho do estado em benefício de sua classe. É preciso ter em mente não apenas a distinção entre poder de estado e aparelho de estado, mas também admitir a existência de uma realidade que não se confunde com o aparelho repressivo de estado: são os aparelhos ideológicos de estado. A diferença básica entre os aparelhos repressivos de estado (ARE) e os aparelhos ideológicos de estado (AIE) é que os ARE utilizam-se predominantemente de argumentos repressivos e coercitivos para atingirem seus objetivos. Já os AIE utilizam predominantemente a ideologia para manter sua dominação. Os AIE trabalham sobre a mente das pessoas. São integrantes dos AIE, dentre outros, o sistema de diferentes igrejas, o sistema escolar (tanto público quanto privado), o sistema familiar, o sistema jurídico, o sistema político, o sistema sindical, o sistema de informação e o sistema cultural. Outra diferença entre os ARE e AIE está na maneira de atuação. Os ARES utilizam-se da repressão e coerção, enquanto os AIE utilizam-se da ideologia. Enquanto os ARE são totalmente públicos, grande parte dos AIE pertence ao domínio privado. Isto não significa dizer que exista alguma diferença entre AIE públicos e privados: ambos funcionam como aparelhos ideológicos de estado. A função dos aparelhos repressivos do estado é não só manter as condições políticas da reprodução das relações sociais de produção, mas também manter, pela repressão, as condições políticas do exercício dos aparelhos ideológicos do estado. São estes que garantem a mais efetiva reprodução das relações sociais de produção. É aí que a ideologia da classe dominante funciona. A função de provedor da reprodução das relações de produção existe desde o pré-capitalismo. Em tal época, o principal AIE era a Igreja Católica, que tinha funções não só religiosas, mas também educacionais, além de uma boa parte das funções de informação e de cultura. Durante o século XIX, com a progressiva separação entre Estado e Igreja, surgiram novos AIE: a escola e a mídia. Estes AIE são os que mais influenciam no momento, pois é a escola quem dá formação a todas as pessoas, independentemente de classe social, desde o maternal até a
  • 3. 3 universidade e a mídia condiciona também o comportamento das pessoas, sobretudo através da TV. Portanto, é por meio da educação e da mídia que a reprodução das relações sociais de produção ocorre no momento. Esta ideologia, entretanto, está oculta, pois a escola é tida como neutra na formação do indivíduo e a mídia é considerada neutra na disseminação da informação. A escola e a mídia desempenham um papel determinante na reprodução das relações sociais de produção no sentido de manter o modo de produção dominante em cada sociedade. Na história da humanidade, a alienação já existia antes do advento do capitalismo com o surgimento da propriedade privada. O nascimento da propriedade privada como algo separado do sujeito que a produz existe juntamente com a alienação do trabalho. O sujeito alienado é, portanto, aquele que não se reconhece no produto de seu trabalho, que não se satisfaz na sua atividade de trabalho e que não se reconhece enquanto membro da espécie humana. O sujeito alienado é, portanto, um sujeito impotente. Este sujeito destituído de tudo que lhe é próprio não está apto para assumir a responsabilidade de guiar a sociedade junto com seus companheiros e não consegue perceber a possibilidade de uma mudança econômica, política e social. O fim da alienação do ser humano é fundamental para que ocorra o progresso da humanidade. Para alcançar este objetivo, é preciso eliminar todos os fatores que contribuem para a existência da servidão humana. * Fernando Alcoforado, 75, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (P&A Gráfica e Editora, Salvador, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012) e Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015).