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REFUGIADOS:CRIMECONTRA AHUMANIDADE
Fernando Alcoforado*
Desde as suas origens como modo de produção social, o capitalismo tem se
caracterizado pela barbárie que significa selvageria, crueldade, desumanidade,
incivilidade. Massacres, genocídios e múltiplas formas de degradação humana
caracterizam o capitalismo em seu desenvolvimento histórico. Seria na periferia
capitalista que o capitalismo exporia sua face mais bárbara. Este é o caso da atual crise
de refugiados que é a maior desde a Segunda Guerra Mundial.
Com o fim da Guerra Fria, Washington traçou estratégias para estabelecer sua dominação
mundial sobre os principais mercados e fontes de matérias-primas, com o uso do poder
militar, começando pelas regiões ricas em energia do Oriente Médio e da Ásia Central.
A crise de refugiados é o trágico resultado de uma política criminosa de guerras e de
intervenções militares para mudança de regime, implementadas pelos Estados Unidos e
pela União Europeia no Afeganistão, no Iraque, no Sudão, na Líbia e, acima de tudo, na
Síria.
O que o mundo testemunha hoje, com os milhares de refugiados desesperados na tentativa
de chegar à Europa, é efeito desta política, mantida desde então pelas grandes potências
ocidentais. Em mais de uma década, as guerras do Afeganistão e do Iraque, travadas com o
pretexto de serem "contra o terrorismo", e justificadas com mentiras infames sobre "armas
iraquianas de destruição em massa", devastaram sociedades inteiras e mataram centenas de
milhares de homens, mulheres e crianças.
A estas guerras seguiu-se a guerra por mudança de regime – liderada pelos Estados Unidos e
OTAN – que derrubou o governo de Muammar Gaddafi e transformou a Líbia em um
arremedo de país, praticamente sem governo, arruinado pela luta contínua entre milícias
rivais. Seguiu-se a guerra civil na Síria – alimentada, armada e financiada pelo governo
norte-americano e seus aliados europeus, com o objetivo de derrubar Bashar Al-Assad e
substituí-lo por um fantoche obediente às potências ocidentais.
As intervenções predatórias na Líbia e na Síria foram feitas em nome dos "direitos humanos"
e da "democracia”. Alguns chegaram a saudar as ações de milícias ligadas ao Estado
Islâmico contra o regime de Bashar Al-Assad armadas e financiadas pelo governo norte-
americano. A situação atual e a pressão insuportável de morte e destruição que leva centenas
de milhares de pessoas à fuga desesperada e fatal representam a confluência de todos estes
crimes contra a humanidade praticados pelo governo dos Estados Unidos e seus aliados
europeus.
A ascensão do Estado Islâmico (ISIS) e as guerras civis sectárias e sangrentas em curso no
Iraque e na Síria são o produto da devastação do Iraque pelos Estados Unidos, seguida do
apoio norte-americano e de seus aliados ao Estado Islâmico (ISIS) e às milícias islâmicas
semelhantes na Síria. Bush, Cheney, Rumsfeld, Rice, Powell e outros do governo Bush, que
travaram uma guerra de agressão no Iraque com base em mentiras continuam totalmente
impunes. O governo Obama é o principal responsável pelas catástrofes que desencadeou na
Líbia e na Síria e continua impune. Todos eles são responsáveis pelo que acontece hoje nas
2
fronteiras da Europa, que deve ser visto, mais do que uma tragédia, como um prolongado e
contínuo crime de guerra.
A crise dos refugiados é um dos maiores desafios do século 21, mas a resposta da
comunidade internacional tem sido um fracasso vergonhoso a começar pela ONU que
nada faz para resolver o problema. A atual crise de refugiados não vai ser resolvida se a
comunidade internacional não reconhecer que se trata de um problema mundial que
exige a cooperação internacional. A Anistia Internacional acusou a comunidade
internacional de um fracasso vergonhoso diante do que chamou de a pior crise de
refugiados desde a Segunda Guerra Mundial. Esta é a pior crise de refugiados da nossa
era, com milhões de homens, mulheres e crianças lutando para sobreviver a guerras
brutais e governos que perseguem interesses políticos egoístas em vez de demonstrarem
compaixão.
A situação é desesperadora para os quatro milhões de refugiados da Síria, a maioria dos
quais vive em cinco países vizinhos – Turquia, Líbano, Jordânia, Iraque e Egito – que
estão sobrecarregados com esse afluxo. Diante da reduzida assistência humanitária e da
falta de perspectivas de regressar para casa, muitos sírios estão tentando chegar à
Europa, sobretudo à Alemanha, através do Mediterrâneo, a rota marítima mais perigosa.
Além dos sírios, há mais de três milhões de refugiados da África subsaariana. Ao fluxo
originário de países que já estão há muitos anos em crise, como o Sudão, o Congo e a
Somália, somam-se centenas de milhares de pessoas que tiveram de deixar países como
o Sudão do Sul, a República Centro-Africana, a Nigéria e o Burundi.
Diante da impossibilidade de impedir o fluxo de refugiados para a Europa devido à
inviabilidade de seu retorno aos países de origem, não resta à comunidade internacional
alternativa em curto prazo, a não ser recepcionar a todos que aspiram se afastar das
áreas de conflito de onde vieram. Os Estados Unidos e a União Europeia que foram
responsáveis pela desorganização e devastação dos países dos refugiados têm o dever
moral de assisti-los e abrigá-los na atual conjuntura. A ONU tem que sair também de
sua passividade e passar a atuar com efetividade para evitar o agravamento desta crise
humanitária.
A história da humanidade tem se caracterizado até o momento pela vitória da barbárie
sobre a civilização. Civilização e Barbárie são antônimas, ou seja, palavras com
significados opostos. Segundo o dicionário, Civilização é uma palavra imbuída de
qualidades, isto é, inclui os bens educados, os que vivem em sociedade, em suma, os
que se adéquam a padrões pré-estabelecidos. Em contraposição, Barbárie é o estado em
que vivem os bárbaros e estes são aqueles sem cultura, sem civilização, violentos,
cruéis, em suma, os que não se adéquam a padrões pré-estabelecidos. Se o conceito de
civilizado não se aplica aos povos da periferia capitalista porque não são bem educados,
o conceito de bárbaro se aplica mais do que o de civilizado aos que se consideram
civilizados (governos norte-americanos e europeus) porque são violentos, cruéis e não
se adéquam aos padrões civilizacionais estabelecidos.
Segundo Eric Hobsbawn, nos últimos 150 anos, a barbárie tem aumentado
permanentemente. Ano a ano, década a década, a violência e o desprezo pelo ser
humano têm aumentado parecendo não haver um limite para este fenômeno. Algo
muitíssimo pior: os homens e mulheres se acostumaram com a barbárie já não existindo
espanto, estranheza, nem horror frente aos atos desumanos. Karl Marx escreveu em
3
1847 esta passagem surpreendente e profética: "A barbárie reapareceu, mas desta vez
ela é engendrada no próprio seio da civilização e é parte integrante dela. É a barbárie
leprosa, a barbárie como lepra da civilização" (Ver Barbárie e modernidade no século
20 de Michael Lowy, publicado no Brasil pelo jornal "Em Tempo"-
emtempo@ax.apc.org e, originalmente em francês, na revista "Critique Communiste" nº
157, hiver 2000).
* Fernando Alcoforado, 75, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em
Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor
universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento
regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São
Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo,
1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do
desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,
http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel,
São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era
Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social
Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG,
Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (P&A Gráfica e Editora,
Salvador, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global
(Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do
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Refugiados crimes contra a humanidade

  • 1. 1 REFUGIADOS:CRIMECONTRA AHUMANIDADE Fernando Alcoforado* Desde as suas origens como modo de produção social, o capitalismo tem se caracterizado pela barbárie que significa selvageria, crueldade, desumanidade, incivilidade. Massacres, genocídios e múltiplas formas de degradação humana caracterizam o capitalismo em seu desenvolvimento histórico. Seria na periferia capitalista que o capitalismo exporia sua face mais bárbara. Este é o caso da atual crise de refugiados que é a maior desde a Segunda Guerra Mundial. Com o fim da Guerra Fria, Washington traçou estratégias para estabelecer sua dominação mundial sobre os principais mercados e fontes de matérias-primas, com o uso do poder militar, começando pelas regiões ricas em energia do Oriente Médio e da Ásia Central. A crise de refugiados é o trágico resultado de uma política criminosa de guerras e de intervenções militares para mudança de regime, implementadas pelos Estados Unidos e pela União Europeia no Afeganistão, no Iraque, no Sudão, na Líbia e, acima de tudo, na Síria. O que o mundo testemunha hoje, com os milhares de refugiados desesperados na tentativa de chegar à Europa, é efeito desta política, mantida desde então pelas grandes potências ocidentais. Em mais de uma década, as guerras do Afeganistão e do Iraque, travadas com o pretexto de serem "contra o terrorismo", e justificadas com mentiras infames sobre "armas iraquianas de destruição em massa", devastaram sociedades inteiras e mataram centenas de milhares de homens, mulheres e crianças. A estas guerras seguiu-se a guerra por mudança de regime – liderada pelos Estados Unidos e OTAN – que derrubou o governo de Muammar Gaddafi e transformou a Líbia em um arremedo de país, praticamente sem governo, arruinado pela luta contínua entre milícias rivais. Seguiu-se a guerra civil na Síria – alimentada, armada e financiada pelo governo norte-americano e seus aliados europeus, com o objetivo de derrubar Bashar Al-Assad e substituí-lo por um fantoche obediente às potências ocidentais. As intervenções predatórias na Líbia e na Síria foram feitas em nome dos "direitos humanos" e da "democracia”. Alguns chegaram a saudar as ações de milícias ligadas ao Estado Islâmico contra o regime de Bashar Al-Assad armadas e financiadas pelo governo norte- americano. A situação atual e a pressão insuportável de morte e destruição que leva centenas de milhares de pessoas à fuga desesperada e fatal representam a confluência de todos estes crimes contra a humanidade praticados pelo governo dos Estados Unidos e seus aliados europeus. A ascensão do Estado Islâmico (ISIS) e as guerras civis sectárias e sangrentas em curso no Iraque e na Síria são o produto da devastação do Iraque pelos Estados Unidos, seguida do apoio norte-americano e de seus aliados ao Estado Islâmico (ISIS) e às milícias islâmicas semelhantes na Síria. Bush, Cheney, Rumsfeld, Rice, Powell e outros do governo Bush, que travaram uma guerra de agressão no Iraque com base em mentiras continuam totalmente impunes. O governo Obama é o principal responsável pelas catástrofes que desencadeou na Líbia e na Síria e continua impune. Todos eles são responsáveis pelo que acontece hoje nas
  • 2. 2 fronteiras da Europa, que deve ser visto, mais do que uma tragédia, como um prolongado e contínuo crime de guerra. A crise dos refugiados é um dos maiores desafios do século 21, mas a resposta da comunidade internacional tem sido um fracasso vergonhoso a começar pela ONU que nada faz para resolver o problema. A atual crise de refugiados não vai ser resolvida se a comunidade internacional não reconhecer que se trata de um problema mundial que exige a cooperação internacional. A Anistia Internacional acusou a comunidade internacional de um fracasso vergonhoso diante do que chamou de a pior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial. Esta é a pior crise de refugiados da nossa era, com milhões de homens, mulheres e crianças lutando para sobreviver a guerras brutais e governos que perseguem interesses políticos egoístas em vez de demonstrarem compaixão. A situação é desesperadora para os quatro milhões de refugiados da Síria, a maioria dos quais vive em cinco países vizinhos – Turquia, Líbano, Jordânia, Iraque e Egito – que estão sobrecarregados com esse afluxo. Diante da reduzida assistência humanitária e da falta de perspectivas de regressar para casa, muitos sírios estão tentando chegar à Europa, sobretudo à Alemanha, através do Mediterrâneo, a rota marítima mais perigosa. Além dos sírios, há mais de três milhões de refugiados da África subsaariana. Ao fluxo originário de países que já estão há muitos anos em crise, como o Sudão, o Congo e a Somália, somam-se centenas de milhares de pessoas que tiveram de deixar países como o Sudão do Sul, a República Centro-Africana, a Nigéria e o Burundi. Diante da impossibilidade de impedir o fluxo de refugiados para a Europa devido à inviabilidade de seu retorno aos países de origem, não resta à comunidade internacional alternativa em curto prazo, a não ser recepcionar a todos que aspiram se afastar das áreas de conflito de onde vieram. Os Estados Unidos e a União Europeia que foram responsáveis pela desorganização e devastação dos países dos refugiados têm o dever moral de assisti-los e abrigá-los na atual conjuntura. A ONU tem que sair também de sua passividade e passar a atuar com efetividade para evitar o agravamento desta crise humanitária. A história da humanidade tem se caracterizado até o momento pela vitória da barbárie sobre a civilização. Civilização e Barbárie são antônimas, ou seja, palavras com significados opostos. Segundo o dicionário, Civilização é uma palavra imbuída de qualidades, isto é, inclui os bens educados, os que vivem em sociedade, em suma, os que se adéquam a padrões pré-estabelecidos. Em contraposição, Barbárie é o estado em que vivem os bárbaros e estes são aqueles sem cultura, sem civilização, violentos, cruéis, em suma, os que não se adéquam a padrões pré-estabelecidos. Se o conceito de civilizado não se aplica aos povos da periferia capitalista porque não são bem educados, o conceito de bárbaro se aplica mais do que o de civilizado aos que se consideram civilizados (governos norte-americanos e europeus) porque são violentos, cruéis e não se adéquam aos padrões civilizacionais estabelecidos. Segundo Eric Hobsbawn, nos últimos 150 anos, a barbárie tem aumentado permanentemente. Ano a ano, década a década, a violência e o desprezo pelo ser humano têm aumentado parecendo não haver um limite para este fenômeno. Algo muitíssimo pior: os homens e mulheres se acostumaram com a barbárie já não existindo espanto, estranheza, nem horror frente aos atos desumanos. Karl Marx escreveu em
  • 3. 3 1847 esta passagem surpreendente e profética: "A barbárie reapareceu, mas desta vez ela é engendrada no próprio seio da civilização e é parte integrante dela. É a barbárie leprosa, a barbárie como lepra da civilização" (Ver Barbárie e modernidade no século 20 de Michael Lowy, publicado no Brasil pelo jornal "Em Tempo"- emtempo@ax.apc.org e, originalmente em francês, na revista "Critique Communiste" nº 157, hiver 2000). * Fernando Alcoforado, 75, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona, http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (P&A Gráfica e Editora, Salvador, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012) e Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015).