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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

 Campus II- Departamento de Ciências Exatas e da Terra

         CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS




              Daniel Ribeiro Silva




  Portfólio de estagio Supervisionado II




Orientadora: Profª Claudia Regina de Souza



                     Alagoinhas

                         2011




                                                         0
Daniel Ribeiro silva




Portfólio de estagio Supervisionado II




                         Portfólio apresentado a Universidade do
                         Estado da Bahia como requisito para
                         conclusão do Estágio Supervisionado II do
                         curso de Licenciatura em Ciências
                         Biológicas.




    Orientadora: Profª. Claudia Regina de Souza




                                                                     1
Sumario



Introdução                         1        03

Desenvolvimento                   2         05

Colégio                           2.1       05

Corpo docente                     2.2       06

A turma                           2.3       07

Período de observação             2.4       08

Aulas ministradas                 2.5       09

Considerações finais               3        13


Você é uma nota (Rodrigo Poeta)             15




                                                 2
1. Introdução



   O presente relatório é uma análise da experiência vivida na realização do
comprimento do estagio de observação de aulas e regência da matéria de Biologia, no
Colégio Estadual Brasilino Viegas município de Alagoinhas – BA Rua Mal Bittencourt,
182 referente à disciplina de estágio supervisionado II do curso de Ciências Biológicas
da UNEB Alagoinhas – BA Campus II.

       A atividade de estagio tem como objetivo de capacitar o discente a dominar todo
instrumental necessário para intervir na dinâmica organizacional, gerencial, operacional
e ambiental através do aprofundamento dos conhecimentos vinculados aos campos de
conhecimento fazer um diagnóstico, identificar as fraquezas da Instituição, seus pontos
fortes, as situações de entrave e analisar as possíveis intervenções.

       A experiência ocorreu obedecendo duas etapas, a observação e a regência. O ato
de observar constitui-se numa importante ferramenta, no sentido de possibilitar que o
discente mantenha contato com as práticas que vem sendo aplicadas atualmente em sala
de aula, bem como, criticá-las ou imitá-las se forem viáveis no processo cognitivo de
ensino-aprendizagem. Já na regência podemos nos aprimorar como futuros educadores
pondo em pratica os conhecimentos que adquirimos durante o curso alem de vivenciar
experiências reais tendo o “comando” de uma sala de aula.

       Segundo Laeng (1973), o estágio designa a atividade preparatória de uma
profissão, feita praticamente em condições semelhantes àquelas em que a própria
profissão deverá ser exercida, mas sob a orientação de uma pessoa competente:
distingue-se, portanto, de uma preparação meramente teórica, bem como de uma
experiência não orientada.




                                                                                           3
ESTÁGIO




www.8balls.com.br/wp-content/uploads/2009/03/che




            http://1.bp.blogspot.com




                                                   4
2. DESENVOLVIMENTO




       2.1 COLÉGIO




       O Colégio Estadual Brasilino Viegas fica na rua. Mal. Bittencourt, 182 Santa
Terezinha, município Alagoinhas - BA. Próximo a Cesta do povo e do centro da cidade
e nele estudam alunos de primeiro e segundo grau tanto de vários bairros da cidade.

       O colégio foi inaugurado em 26 de agosto de 1937, no governo Juraci
Montenegro Magalhães. Inicialmente contava de 08 salas, biblioteca, refeitório, cantina,
gabinete dentário e sala dos professores.

       O controle das pessoas que entram e saem do mesmo é feito por porteiros e tem
ajuda das pessoas que trabalham na secretaria que se localiza logo na frente da
instituição de ensino. Os portões abrem as 13h00min para entrada dos alunos do turno
vespertino (horário da observação) e fecha às 13h30min e cada aula compreendia
duração de 50 minutos.

       O espaço físico da instituição ocupa uma área ampla e dispõem de três andares,
todos com banheiro e todos ocupados por salas de aula. A escola não contava com
biblioteca, pois a área antes ocupada pelos livros tinha se tornado sala dos professores
porque o ambiente antes usado passava por reforma; não dispunha de sala de vídeo ou
auditório e não possuía quadra de esportes.

       A cantina existente era apenas a da escola e não vendia lanches, apenas
disponibilizando a merenda escolar que era servida às 15h30min o que levava os
estudantes evadirem do perímetro da escola para lanchar.

       A sala em que foi realizado o trabalho era localizada no andar térreo e era bem
arejada possuía lâmpadas, ventiladores quebrados e janelas arejadas que não fechavam e
com vidros quebrados, mas não possuía monitor educacional (TV pen driver)
diferentemente das dos andares superiores.

       A conexão dos estudantes com a escola era muito difícil já que a boa parte dos
alunos tentou se matricular em outra instituição de ensino, mas por algum motivo foram



                                                                                           5
parar no Brasilino. Muitos estudantes pensam em se transferir do colégio no final do
ano letivo. A conexão dos estudantes com a escola era muito difícil já que a boa parte dos
alunos tentou se matricular em outra instituição de ensino, mas por algum motivo foram parar
no Brasilino. Muitos estudantes pensam em se transferir do colégio no final do ano letivo. A
maioria dos estudantes do Colégio Brasilino viegas que eu tive contato não tinham nenhuma
relação de afinidade e ou proximidade com a instituição de ensino; o que nos leva a crer que
ele sirva como um grade depósito de alunos.

                       (HYPERLINK "mailto:gestao@atleitor.com.br" Terezinha Azerêdo Rios
                       professora do programa de pós-graduação em Educação da Universidade 9 de
                       Julho.)

                       Quando falamos em identidade, nos referimos a características que
                       especificam algo ou alguém. A identidade, no entanto, não é estática. Ao
                       contrário, ela está em permanente elaboração, num contexto social de interação
                       de indivíduos e grupos, implicando reconhecimento recíproco.




         2.2 O CORPO DOCENTE




                                                                                                        6
O estagio de observação de aulas e regência teve inicio com o devido
consentimento da minha presença pela direção da instituição de ensino (vice-diretora
Amália Janete de Mattos) e da ilustre professora Cristiane Costa que me recebeu muito
bem em sua turma (9º v3).

        Durante as aulas iniciais de observação percebi que a professora regente
ministrava a aula de forma bastante extrovertida, sempre fazendo analogias com os
conteúdos explanados na sala de aula, de forma que os discentes se mostravam bastante
atentos, embora às vezes fizessem perguntas que fugiam ao tema da aula. Fiquei receoso
de substituir uma profissional tão qualificada e responsável e que agradava a maioria
dos estudantes.

       Durante a regência a docente se mostrou bastante solícita, observou algumas de
minhas aulas, dando sugestões que esmeraram minha metodologia de ensino e
transferindo a mim autoridade para tomar toda e qualquer medida que eu achasse
necessária em sala.

       Fiquei receoso de substituir uma profissional (Professora Cristiane Costa) de tão
boa qualidade e que tinha respaldo na relação tão boa com os estudantes e não
corresponder ou comprometer o trabalho da professora.

                      O estágio além de proporcionar a formação profissional para a futura prática
                      docente dos estagiários, também deve propiciar espaço para transformação do
                      conhecimento adaptando ao conhecimento da cultura da escola como condição
                      necessária para uma atuação em espaços coletivos. “Ghedin, Almeida e Leite
                      (2008)”




                                          http://3.bp.blogspot.com/




                                                                                                     7
2.3. TURMA




       2.3.1 ESTUDANTES

       A classe da 9ª serie (1º ano do ensino médio) do período vespertino do Colégio
Estadual Brasilino Viegas (9ª V3), foi à turma na qual foi realizado o trabalho. A
mesma era composta de estudantes, sendo a maioria do gênero feminino e com faixa
etária variando de 16 a 23 anos. Como na maioria das escolas publicas a turma
apresentava uma heterogeneidade muito ampla com pessoas de diferentes: posições
sociais, opção religiosa, localidades do município, grupos sociais e etc.

       A sala era comum com cadeiras mesa e quadro branco e turma a em geral se
mostrava interessada com os assuntos e prestava atenção nas aulas realizando todas as
atividades, principalmente quando o assunto se relacionava com o seu cotidiano.

       2.3.2 RELAÇÃO COM OS ESTUDANTES

       Minha relação com os educandos sempre foi muito boa, caráter que é
fundamental para fornecer informações do conteúdo e fazer interferências no processo
de aprendizado, devo isso em parte a professora titular de classe, que logo de inicio
explicou o caráter da minha permanecida na sala de aula e especificou que qualquer
atitude rude contra o estagiário estaria sujeito a punição.


                                                                                        8
No primeiro momento, ainda durante período de observação, alguns deles se
mostraram tímidos se “soltando” aos pouco inicialmente perguntando sobre minha vida
acadêmica e os motivos que me levaram até ali, mas com o passar do tempo me
aproximei de todos eles, estreitando nossa relação de conhecimento mutuo.

       Quando comecei a regência e diferentemente do esperado todos os alunos se
mostraram interessados e curiosos com o novo professor, tratamos do assunto com a
participação efetiva de alguns alunos, mas com a atenção de todos. Na próxima aula a
professora me fez colocações a cerca da aula e afirmou que os alunos gostaram muito da
primeira impressão.

        Tentei que eles direcionassem as aulas tirando duvidas e ouvindo suas opiniões
(tendo cuidados para não fugir do tema). Mas percebi a dificuldade de se tornarem
ativos na sala de aula. Talvez reflexo da sociedade em que vivemos onde a maioria da
população é passiva diante de assuntos importantes na sociedade.

       O indivíduo é a célula fundamental de qualquer grupo ou associação e a
sociedade só existe enquanto agrupamento de indivíduos que a constroem sem que, no
entanto percam sua condição de indivíduos os quais não podem ser preteridos em
nome do grupo. (Bakunin, Mikhail Alexandrovich. Deus e o Estado. 1882).

       2.4. PERIODO DE OBSERVAÇÃO

       O período de observação é uma etapa muito importante do estagio, pois
possibilita a aproximação previa com os discentes antes da regência e torna habitual a
presença do estagiário dentro do ambiente escolar, mostra a atuação de um profissional
mais experiente lecionando e principalmente faz com que o estagiário conheça a turma e
esboce uma perspectiva do que ele possa encontrar posteriormente.

       A etapa de observação consistiu da presença e análise de três dias aulas, com
100 minutos de duração cada dia, no 2º e 3º horários sempre as quintas feiras.

No período de observação pude observar o tipo de relação existente entre os membros
da turma e o trabalho muito bom da professora Cristiane o que me proporcionou uma
boa experiência.

“A observação consiste no levantamento de dados e informações para se ter uma visão
de conjunto das necessidades e problemas da escola e facilitara escola de alternativas de
solução (ALMEIDA, 1992, p. 22)”



                                                                                            9
2.5 AULAS MINISTRADAS

       De acordo com FREIRE (1997, p 25), ensinar:

                       Não é transferir conhecimentos, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a
                       sua construção. [...] quem forma se forma e reforma ao formar e quem é formado
                       forma-se e forma ao ser formado. [...] Quem ensina aprende ao ensinar e quem
                       aprende ensina ao aprender.




       Ao longo da minha regência que começou no dia 26 de maio de 2010 e teve seu
termino da data 12 de agosto de 2010 vivenciei varias experiências sendo a maioria
delas muito positivas. E que constituíram numa experiência única e marcante que
representou um grande aprendizado na minha vida




       2.5.1 ESTABELECER UMA RELAÇÃO DE AUTORIDADE E CONFIANÇA
COM OS ALUNOS

       (Freire, 1987, p.81)

                        Ao fundar-se no amor, na humildade, na fé nos homens, o diálogo se faz
                        uma realização horizontal, em que a confiança de um pólo no outro é
                        conseqüência óbvia. Seria uma contradição se, amoroso, humilde e cheio de
                        fé, o diálogo não provocasse este clima de confiança entre seus sujeitos. Por
                        isto inexiste esta confiança na antidialogicidade da concepção "bancária" da
                        educação.




Desde o primeiro momento tentei manter uma relação de amizade e respeito multo com
os estudantes da turma, assumindo uma postura amiga e comunicativa mais respeitando
o espaço de individualidade de cada um deles. Em minha opinião a imagem do
professor duro e intransigente vem cada vez mais caindo em desuso entre os educadores
e essa postura não se atem a minha personalidade. Não quis assumir uma postura
paternalista e ou punitiva ou de superioridade tentei apenas ser alguém que eles
tivessem respeito e os respeitassem para que o processo de aprendizagem fosse o
melhor possível.

        O professor deve se aproximar da realidade dos alunos e traçar estratégias para
melhor aproximação e relacionamento com eles. Mas sem perder o foco na
aprendizagem e respeitando sua subjetividade.



                                                                                                              10
Segundo Elzira Yoko Uyen Universidade de Taubaté , “em quaisquer teorias
lingüísticas assumidas, fica evidenciada a impossibilidade de se separar a constituição
do sujeito da constituição de seu discurso”.

       Um dia dando aula escutei uma frase curiosa “você é bonzinho porque é
estagiário”, ai eu pensei se na turma fosse mais indisciplinada será que eu seria tão
bonzinho? O professor tem que se adaptar a cada turma e manter a melhor estratégia de
ensino possível.




       2.5.2 MINHAS CARACTERÍSTICAS




                           http://todaturmatem.blogspot.com



       Desde que comecei a dar aula me mostrei irreverente e alegre, embora muitas
vezes não fosse isso que eu estivasse sentindo o que mostra que os professores alem de
serem camaleônicos têm também que ser também intérpretes.

       Tentei não fugir muito de minhas características pessoais, pois acho que cada
professor como cada aluno tem sua identidade e suas especificidades. Enquanto muni as
aulas da 9ºV3 só não me sentia a vontade quando chamava a atenção da turma e tentava
dar conselhos, coisas que não tenho costume em fazer.

                      Ninguém facilita o desenvolvimento daquilo que não teve oportunidade de
                      aprimorar em si mesmo. Ninguém promove a aprendizagem de conteúdos que
                      não domina a constituição de significados que não compreende nem a
                      autonomia que não pôde construir. (MELLO, 2000)




                                                                                                11
2.6 AVALIAÇÃO

         Segundo Zabala (1990), o assunto avaliação é bastante complexo, uma vez que
gera vários questionamentos e discussões, tais como: Por que se deve avaliar? Quem e o
que se deve avaliar? Como se deve avaliar? Dentre outros. A avaliação geralmente é
considerada como um instrumento sancionador e qualificador, usado para mensurar o
nível de aprendizado em que o sujeito da avaliação é o aluno e o objeto da avaliação são
as aprendizagens. Deste modo é possível encontrar definições de avaliação bastante
diferentes e, por vezes ambíguas onde sujeito e objeto de estudo aparecem de maneira
bastante variada, em alguns casos o sujeito da avaliação é o aluno, em outros é o grupo
classe, ou inclusive o professor ou professora, ou a equipe docente. Quanto ao objetivo
da avaliação, às vezes é o processo de aprendizagem seguido pelo aluno ou os
resultados obtidos, enquanto que outras vezes se desloca para a própria intervenção do
professor.

         As avaliações consistiram de atividades 01, 02 e a prova que é uma obrigação
da instituição (valor 5,0), nessas tentei avaliados da melhor maneira possível e tiveram
os estudantes foram consultados para melhor forma de elaboração das questões.

         Os estudantes não demonstraram muito interesse pelas atividades, pois a maior
parte deles já estava aprovada, mais a maioria participou das atividades e se mobilizou a
fazer.




                                                                                            12
3.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio de regência foi um período que possibilitou a junção entre a teoria e a prática,
o que por tantas vezes ouvi em sala, durante a graduação ocorrendo no cotidiano do
Colégio. Foi necessário para o bom desempenho de minhas atividades enquanto
professora desenvolver um olhar crítico a respeito da educação e tentar fazer com que o
ensino de boa qualidade garantido por lei (LDB - Lei n° 9394/96) acontecesse. “O
portão da escola revela muitas coisas, pois representa um resumo da realidade. Pode-se
compreender o todo social a partir de sua visão e compreensão”. (ALMEIDA, 1992, P.
28)

         O salário de professor no Brasil é um dos menores do mundo e para ganhar um
pouco mais muitos trabalham por horas e horas saturando-se e tornando-se maus
profissionais e mutilando os estudantes que passam por suas mãos. Repetindo a frase do
aluno que disse “você é bonzinho porque é estagiário” eu me questionei será que os
professores ruinzinhos de hoje também não foram os estagiários bonzinhos de ontem.
Conversando com uma professora da instituição tive a informação que ela dava aula em
dez turmas e algumas professoras davam em até mais que dez imagino que se ela
pudesse não faria isso como ela mesmo me relatou.

         Oferecer o ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a
ele não tiveram acesso na idade própria é, também um dever do Estado, conforme o
inciso I do art. Quarto da LDB.

         “O salário médio do professor brasileiro em início de carreira é o terceiro mais
baixo em um total de 38 países desenvolvidos e em desenvolvimento comparados em
um estudo da Unesco” (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura) divulgado em Paris.

         Gostei muito da experiência, pretendo ser professor, mas vejo varias
dificuldades no caminho que possam me desanimar ou um dia transformem num
professor ruinzinho. O conhecimento traz a liberdade e autonomia intelectual ampliando
nossos horizontes e transformando nossa realidade.

            É muito mais difícil ser professor em países como o Brasil. Isso porque é
notável o desprezo das autoridades perante a educação publica principalmente nos
ensinos Fundamental e Médio coisa que não contradiz Brasil o país do futuro. O
Ministério da Educação (MEC) calculava, em 2004, que faltavam 250 mil professores
somente no Ensino Médio público, em química, física, matemática e biologia.




                                                                                             13
Para um professor, infelizmente o mundo é assim.




      http://clubedamafalda.blogspot.com




 http://diadematematica.com/docentes/wp-content


                                                   14
PARA REFLITIR




Você não é uma nota

     O ser humano adora questionar, avaliar e julgar. Na escola aluno (sem luz) é
nota, professor são notas, cidadão são notas e às vezes nem notas dependendo da
condição social.
Somos avaliados há todo momento na vida ou melhor o sistema faz isso. Um
sistema criado por nós.
    Somos avaliados pelas atitudes, por que somos, por que temos...
    Diante disso tudo, temos que refletir: somos pessoas e não notas ou nota, temos
sentimentos,sentimos e nos emocionamos.
    Temos que vivenciar o simples, o belo, a criação para deixarmos de ser peças
de manobra e infelizmente nota ($istema).
   Lutar pela vida, pelo próximo, pelo nosso habitat, esquecendo de julgar, avaliar
e questionar, mas aceitando o que somos.
    A vida é bela e simples, o problema é que nos autotransformamos em
consumistas de notas e egoístas do bem material.
    Assim sendo, ser ou não ser, só depende de nós ou seremos eternamente
números dessa estatística estampada em códigos de barras e em cartões
magnéticos.

Autor: Rodrigo Octavio Pereira de Andrade

(Rodrigo Poeta).

Membro da Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo -



                                                                                      15
RJ.




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  • 1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA Campus II- Departamento de Ciências Exatas e da Terra CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Daniel Ribeiro Silva Portfólio de estagio Supervisionado II Orientadora: Profª Claudia Regina de Souza Alagoinhas 2011 0
  • 2. Daniel Ribeiro silva Portfólio de estagio Supervisionado II Portfólio apresentado a Universidade do Estado da Bahia como requisito para conclusão do Estágio Supervisionado II do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. Orientadora: Profª. Claudia Regina de Souza 1
  • 3. Sumario Introdução 1 03 Desenvolvimento 2 05 Colégio 2.1 05 Corpo docente 2.2 06 A turma 2.3 07 Período de observação 2.4 08 Aulas ministradas 2.5 09 Considerações finais 3 13 Você é uma nota (Rodrigo Poeta) 15 2
  • 4. 1. Introdução O presente relatório é uma análise da experiência vivida na realização do comprimento do estagio de observação de aulas e regência da matéria de Biologia, no Colégio Estadual Brasilino Viegas município de Alagoinhas – BA Rua Mal Bittencourt, 182 referente à disciplina de estágio supervisionado II do curso de Ciências Biológicas da UNEB Alagoinhas – BA Campus II. A atividade de estagio tem como objetivo de capacitar o discente a dominar todo instrumental necessário para intervir na dinâmica organizacional, gerencial, operacional e ambiental através do aprofundamento dos conhecimentos vinculados aos campos de conhecimento fazer um diagnóstico, identificar as fraquezas da Instituição, seus pontos fortes, as situações de entrave e analisar as possíveis intervenções. A experiência ocorreu obedecendo duas etapas, a observação e a regência. O ato de observar constitui-se numa importante ferramenta, no sentido de possibilitar que o discente mantenha contato com as práticas que vem sendo aplicadas atualmente em sala de aula, bem como, criticá-las ou imitá-las se forem viáveis no processo cognitivo de ensino-aprendizagem. Já na regência podemos nos aprimorar como futuros educadores pondo em pratica os conhecimentos que adquirimos durante o curso alem de vivenciar experiências reais tendo o “comando” de uma sala de aula. Segundo Laeng (1973), o estágio designa a atividade preparatória de uma profissão, feita praticamente em condições semelhantes àquelas em que a própria profissão deverá ser exercida, mas sob a orientação de uma pessoa competente: distingue-se, portanto, de uma preparação meramente teórica, bem como de uma experiência não orientada. 3
  • 6. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 COLÉGIO O Colégio Estadual Brasilino Viegas fica na rua. Mal. Bittencourt, 182 Santa Terezinha, município Alagoinhas - BA. Próximo a Cesta do povo e do centro da cidade e nele estudam alunos de primeiro e segundo grau tanto de vários bairros da cidade. O colégio foi inaugurado em 26 de agosto de 1937, no governo Juraci Montenegro Magalhães. Inicialmente contava de 08 salas, biblioteca, refeitório, cantina, gabinete dentário e sala dos professores. O controle das pessoas que entram e saem do mesmo é feito por porteiros e tem ajuda das pessoas que trabalham na secretaria que se localiza logo na frente da instituição de ensino. Os portões abrem as 13h00min para entrada dos alunos do turno vespertino (horário da observação) e fecha às 13h30min e cada aula compreendia duração de 50 minutos. O espaço físico da instituição ocupa uma área ampla e dispõem de três andares, todos com banheiro e todos ocupados por salas de aula. A escola não contava com biblioteca, pois a área antes ocupada pelos livros tinha se tornado sala dos professores porque o ambiente antes usado passava por reforma; não dispunha de sala de vídeo ou auditório e não possuía quadra de esportes. A cantina existente era apenas a da escola e não vendia lanches, apenas disponibilizando a merenda escolar que era servida às 15h30min o que levava os estudantes evadirem do perímetro da escola para lanchar. A sala em que foi realizado o trabalho era localizada no andar térreo e era bem arejada possuía lâmpadas, ventiladores quebrados e janelas arejadas que não fechavam e com vidros quebrados, mas não possuía monitor educacional (TV pen driver) diferentemente das dos andares superiores. A conexão dos estudantes com a escola era muito difícil já que a boa parte dos alunos tentou se matricular em outra instituição de ensino, mas por algum motivo foram 5
  • 7. parar no Brasilino. Muitos estudantes pensam em se transferir do colégio no final do ano letivo. A conexão dos estudantes com a escola era muito difícil já que a boa parte dos alunos tentou se matricular em outra instituição de ensino, mas por algum motivo foram parar no Brasilino. Muitos estudantes pensam em se transferir do colégio no final do ano letivo. A maioria dos estudantes do Colégio Brasilino viegas que eu tive contato não tinham nenhuma relação de afinidade e ou proximidade com a instituição de ensino; o que nos leva a crer que ele sirva como um grade depósito de alunos. (HYPERLINK "mailto:gestao@atleitor.com.br" Terezinha Azerêdo Rios professora do programa de pós-graduação em Educação da Universidade 9 de Julho.) Quando falamos em identidade, nos referimos a características que especificam algo ou alguém. A identidade, no entanto, não é estática. Ao contrário, ela está em permanente elaboração, num contexto social de interação de indivíduos e grupos, implicando reconhecimento recíproco. 2.2 O CORPO DOCENTE 6
  • 8. O estagio de observação de aulas e regência teve inicio com o devido consentimento da minha presença pela direção da instituição de ensino (vice-diretora Amália Janete de Mattos) e da ilustre professora Cristiane Costa que me recebeu muito bem em sua turma (9º v3). Durante as aulas iniciais de observação percebi que a professora regente ministrava a aula de forma bastante extrovertida, sempre fazendo analogias com os conteúdos explanados na sala de aula, de forma que os discentes se mostravam bastante atentos, embora às vezes fizessem perguntas que fugiam ao tema da aula. Fiquei receoso de substituir uma profissional tão qualificada e responsável e que agradava a maioria dos estudantes. Durante a regência a docente se mostrou bastante solícita, observou algumas de minhas aulas, dando sugestões que esmeraram minha metodologia de ensino e transferindo a mim autoridade para tomar toda e qualquer medida que eu achasse necessária em sala. Fiquei receoso de substituir uma profissional (Professora Cristiane Costa) de tão boa qualidade e que tinha respaldo na relação tão boa com os estudantes e não corresponder ou comprometer o trabalho da professora. O estágio além de proporcionar a formação profissional para a futura prática docente dos estagiários, também deve propiciar espaço para transformação do conhecimento adaptando ao conhecimento da cultura da escola como condição necessária para uma atuação em espaços coletivos. “Ghedin, Almeida e Leite (2008)” http://3.bp.blogspot.com/ 7
  • 9. 2.3. TURMA 2.3.1 ESTUDANTES A classe da 9ª serie (1º ano do ensino médio) do período vespertino do Colégio Estadual Brasilino Viegas (9ª V3), foi à turma na qual foi realizado o trabalho. A mesma era composta de estudantes, sendo a maioria do gênero feminino e com faixa etária variando de 16 a 23 anos. Como na maioria das escolas publicas a turma apresentava uma heterogeneidade muito ampla com pessoas de diferentes: posições sociais, opção religiosa, localidades do município, grupos sociais e etc. A sala era comum com cadeiras mesa e quadro branco e turma a em geral se mostrava interessada com os assuntos e prestava atenção nas aulas realizando todas as atividades, principalmente quando o assunto se relacionava com o seu cotidiano. 2.3.2 RELAÇÃO COM OS ESTUDANTES Minha relação com os educandos sempre foi muito boa, caráter que é fundamental para fornecer informações do conteúdo e fazer interferências no processo de aprendizado, devo isso em parte a professora titular de classe, que logo de inicio explicou o caráter da minha permanecida na sala de aula e especificou que qualquer atitude rude contra o estagiário estaria sujeito a punição. 8
  • 10. No primeiro momento, ainda durante período de observação, alguns deles se mostraram tímidos se “soltando” aos pouco inicialmente perguntando sobre minha vida acadêmica e os motivos que me levaram até ali, mas com o passar do tempo me aproximei de todos eles, estreitando nossa relação de conhecimento mutuo. Quando comecei a regência e diferentemente do esperado todos os alunos se mostraram interessados e curiosos com o novo professor, tratamos do assunto com a participação efetiva de alguns alunos, mas com a atenção de todos. Na próxima aula a professora me fez colocações a cerca da aula e afirmou que os alunos gostaram muito da primeira impressão. Tentei que eles direcionassem as aulas tirando duvidas e ouvindo suas opiniões (tendo cuidados para não fugir do tema). Mas percebi a dificuldade de se tornarem ativos na sala de aula. Talvez reflexo da sociedade em que vivemos onde a maioria da população é passiva diante de assuntos importantes na sociedade. O indivíduo é a célula fundamental de qualquer grupo ou associação e a sociedade só existe enquanto agrupamento de indivíduos que a constroem sem que, no entanto percam sua condição de indivíduos os quais não podem ser preteridos em nome do grupo. (Bakunin, Mikhail Alexandrovich. Deus e o Estado. 1882). 2.4. PERIODO DE OBSERVAÇÃO O período de observação é uma etapa muito importante do estagio, pois possibilita a aproximação previa com os discentes antes da regência e torna habitual a presença do estagiário dentro do ambiente escolar, mostra a atuação de um profissional mais experiente lecionando e principalmente faz com que o estagiário conheça a turma e esboce uma perspectiva do que ele possa encontrar posteriormente. A etapa de observação consistiu da presença e análise de três dias aulas, com 100 minutos de duração cada dia, no 2º e 3º horários sempre as quintas feiras. No período de observação pude observar o tipo de relação existente entre os membros da turma e o trabalho muito bom da professora Cristiane o que me proporcionou uma boa experiência. “A observação consiste no levantamento de dados e informações para se ter uma visão de conjunto das necessidades e problemas da escola e facilitara escola de alternativas de solução (ALMEIDA, 1992, p. 22)” 9
  • 11. 2.5 AULAS MINISTRADAS De acordo com FREIRE (1997, p 25), ensinar: Não é transferir conhecimentos, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção. [...] quem forma se forma e reforma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. [...] Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. Ao longo da minha regência que começou no dia 26 de maio de 2010 e teve seu termino da data 12 de agosto de 2010 vivenciei varias experiências sendo a maioria delas muito positivas. E que constituíram numa experiência única e marcante que representou um grande aprendizado na minha vida 2.5.1 ESTABELECER UMA RELAÇÃO DE AUTORIDADE E CONFIANÇA COM OS ALUNOS (Freire, 1987, p.81) Ao fundar-se no amor, na humildade, na fé nos homens, o diálogo se faz uma realização horizontal, em que a confiança de um pólo no outro é conseqüência óbvia. Seria uma contradição se, amoroso, humilde e cheio de fé, o diálogo não provocasse este clima de confiança entre seus sujeitos. Por isto inexiste esta confiança na antidialogicidade da concepção "bancária" da educação. Desde o primeiro momento tentei manter uma relação de amizade e respeito multo com os estudantes da turma, assumindo uma postura amiga e comunicativa mais respeitando o espaço de individualidade de cada um deles. Em minha opinião a imagem do professor duro e intransigente vem cada vez mais caindo em desuso entre os educadores e essa postura não se atem a minha personalidade. Não quis assumir uma postura paternalista e ou punitiva ou de superioridade tentei apenas ser alguém que eles tivessem respeito e os respeitassem para que o processo de aprendizagem fosse o melhor possível. O professor deve se aproximar da realidade dos alunos e traçar estratégias para melhor aproximação e relacionamento com eles. Mas sem perder o foco na aprendizagem e respeitando sua subjetividade. 10
  • 12. Segundo Elzira Yoko Uyen Universidade de Taubaté , “em quaisquer teorias lingüísticas assumidas, fica evidenciada a impossibilidade de se separar a constituição do sujeito da constituição de seu discurso”. Um dia dando aula escutei uma frase curiosa “você é bonzinho porque é estagiário”, ai eu pensei se na turma fosse mais indisciplinada será que eu seria tão bonzinho? O professor tem que se adaptar a cada turma e manter a melhor estratégia de ensino possível. 2.5.2 MINHAS CARACTERÍSTICAS http://todaturmatem.blogspot.com Desde que comecei a dar aula me mostrei irreverente e alegre, embora muitas vezes não fosse isso que eu estivasse sentindo o que mostra que os professores alem de serem camaleônicos têm também que ser também intérpretes. Tentei não fugir muito de minhas características pessoais, pois acho que cada professor como cada aluno tem sua identidade e suas especificidades. Enquanto muni as aulas da 9ºV3 só não me sentia a vontade quando chamava a atenção da turma e tentava dar conselhos, coisas que não tenho costume em fazer. Ninguém facilita o desenvolvimento daquilo que não teve oportunidade de aprimorar em si mesmo. Ninguém promove a aprendizagem de conteúdos que não domina a constituição de significados que não compreende nem a autonomia que não pôde construir. (MELLO, 2000) 11
  • 13. 2.6 AVALIAÇÃO Segundo Zabala (1990), o assunto avaliação é bastante complexo, uma vez que gera vários questionamentos e discussões, tais como: Por que se deve avaliar? Quem e o que se deve avaliar? Como se deve avaliar? Dentre outros. A avaliação geralmente é considerada como um instrumento sancionador e qualificador, usado para mensurar o nível de aprendizado em que o sujeito da avaliação é o aluno e o objeto da avaliação são as aprendizagens. Deste modo é possível encontrar definições de avaliação bastante diferentes e, por vezes ambíguas onde sujeito e objeto de estudo aparecem de maneira bastante variada, em alguns casos o sujeito da avaliação é o aluno, em outros é o grupo classe, ou inclusive o professor ou professora, ou a equipe docente. Quanto ao objetivo da avaliação, às vezes é o processo de aprendizagem seguido pelo aluno ou os resultados obtidos, enquanto que outras vezes se desloca para a própria intervenção do professor. As avaliações consistiram de atividades 01, 02 e a prova que é uma obrigação da instituição (valor 5,0), nessas tentei avaliados da melhor maneira possível e tiveram os estudantes foram consultados para melhor forma de elaboração das questões. Os estudantes não demonstraram muito interesse pelas atividades, pois a maior parte deles já estava aprovada, mais a maioria participou das atividades e se mobilizou a fazer. 12
  • 14. 3.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS O estágio de regência foi um período que possibilitou a junção entre a teoria e a prática, o que por tantas vezes ouvi em sala, durante a graduação ocorrendo no cotidiano do Colégio. Foi necessário para o bom desempenho de minhas atividades enquanto professora desenvolver um olhar crítico a respeito da educação e tentar fazer com que o ensino de boa qualidade garantido por lei (LDB - Lei n° 9394/96) acontecesse. “O portão da escola revela muitas coisas, pois representa um resumo da realidade. Pode-se compreender o todo social a partir de sua visão e compreensão”. (ALMEIDA, 1992, P. 28) O salário de professor no Brasil é um dos menores do mundo e para ganhar um pouco mais muitos trabalham por horas e horas saturando-se e tornando-se maus profissionais e mutilando os estudantes que passam por suas mãos. Repetindo a frase do aluno que disse “você é bonzinho porque é estagiário” eu me questionei será que os professores ruinzinhos de hoje também não foram os estagiários bonzinhos de ontem. Conversando com uma professora da instituição tive a informação que ela dava aula em dez turmas e algumas professoras davam em até mais que dez imagino que se ela pudesse não faria isso como ela mesmo me relatou. Oferecer o ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria é, também um dever do Estado, conforme o inciso I do art. Quarto da LDB. “O salário médio do professor brasileiro em início de carreira é o terceiro mais baixo em um total de 38 países desenvolvidos e em desenvolvimento comparados em um estudo da Unesco” (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) divulgado em Paris. Gostei muito da experiência, pretendo ser professor, mas vejo varias dificuldades no caminho que possam me desanimar ou um dia transformem num professor ruinzinho. O conhecimento traz a liberdade e autonomia intelectual ampliando nossos horizontes e transformando nossa realidade. É muito mais difícil ser professor em países como o Brasil. Isso porque é notável o desprezo das autoridades perante a educação publica principalmente nos ensinos Fundamental e Médio coisa que não contradiz Brasil o país do futuro. O Ministério da Educação (MEC) calculava, em 2004, que faltavam 250 mil professores somente no Ensino Médio público, em química, física, matemática e biologia. 13
  • 15. Para um professor, infelizmente o mundo é assim. http://clubedamafalda.blogspot.com http://diadematematica.com/docentes/wp-content 14
  • 16. PARA REFLITIR Você não é uma nota O ser humano adora questionar, avaliar e julgar. Na escola aluno (sem luz) é nota, professor são notas, cidadão são notas e às vezes nem notas dependendo da condição social. Somos avaliados há todo momento na vida ou melhor o sistema faz isso. Um sistema criado por nós. Somos avaliados pelas atitudes, por que somos, por que temos... Diante disso tudo, temos que refletir: somos pessoas e não notas ou nota, temos sentimentos,sentimos e nos emocionamos. Temos que vivenciar o simples, o belo, a criação para deixarmos de ser peças de manobra e infelizmente nota ($istema). Lutar pela vida, pelo próximo, pelo nosso habitat, esquecendo de julgar, avaliar e questionar, mas aceitando o que somos. A vida é bela e simples, o problema é que nos autotransformamos em consumistas de notas e egoístas do bem material. Assim sendo, ser ou não ser, só depende de nós ou seremos eternamente números dessa estatística estampada em códigos de barras e em cartões magnéticos. Autor: Rodrigo Octavio Pereira de Andrade (Rodrigo Poeta). Membro da Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo - 15
  • 17. RJ. 16