Este documento descreve o período de estágio de uma estudante de licenciatura em ciências biológicas. Ela realizou observações de aulas e regência em uma escola estadual, onde pôde conhecer melhor a dinâmica escolar e desenvolver suas habilidades docentes. O estágio foi importante para sua formação profissional e autoconhecimento como futura professora.
1. Universidade Do Estado Da Bahia – Uneb
Departamento De Ciências Exatas E Da Terra – Dcet
Campus II – Alagoinhas
Adriana Fernandes De Castro Baião
Portfólio: Descobrindo - se
Professor
ALAGOINHAS - BA
2011.
2. Universidade Do Estado Da Bahia – Uneb
Departamento De Ciências Exatas E Da Terra – Dcet
Campus II – Alagoinhas
Adriana Fernandes De Castro Baião
Portfólio: Descobrindo - se
Professor
Portfólio apresentado a Universidade
do Estado da Bahia como requisito
para conclusão do Estágio
Supervisionado II do curso de
Licenciatura em Ciências Biológicas.
ORIENTADORA: CLÁUDIA REGINA TEIXEIRA
DE SOUZA
ALAGOINHAS - BA
2011.
3. Ao mestre com carinho!
“O professor disserta sobre ponto
difícil do programa.
Um aluno dorme, Cansado das
canseiras desta vida.
O professor vai sacudí-lo?
Vai repreendê-lo?
Não.
O professor baixa a voz,
Com medo de acordá-lo.”
Carlos Drummond de Andrade
4. A que se propõe
Este trabalho vem relatar o período de estágio que
compreendeu as fases de observação e regência e é parte
integrante do estágio supervisionado II, ministrado pela
professora Cláudia Regina Teixeira de Souza
correspondente ao 8 º semestre do curso de Ciências
Biológicas da Universidade do Estado da Bahia – UNEB.
Este período esteve compreendido entre vinte de
outubro a dois de Dezembro de 2010, no Colégio Estadual
Dr. Magalhães Neto, na sala 90M3 do 1º ano do ensino
médio no turno matutino com a presença de vinte e oito
estudantes regulares e que teve como regente Michelini
Melo Campos, as aulas era sempre as quartas – feiras no
quarto e quinto horários com uma carga horária de duas
aulas semanais.
5. O estágio é necessário à formação profissional a
fim de adequar essa formação às expectativas do mercado
de trabalho onde o licenciado irá atuar. Assim o estágio
dá oportunidade de aliar a teoria à prática e visa o
desenvolvimento de competências profissionais o que
implica em utilizar conhecimentos adquiridos, quer na
vida acadêmica ou na pessoal.
Dessa forma, constitui-se em importante
instrumento de conhecimento e de integração do futuro
docente na realidade social, econômica e profissional de
sua área de atuação.
A proposta de estágio foi desenvolvida a partir
da elaboração de planos semanais contendo seqüências
didáticas que buscaram potencializar as relações
interativas em sala de aula e acompanhadas de proposta
de avaliação que seja viável a realidade dos estudantes.
6. A Escola
O Colégio Estadual Dr. Magalhães Neto está
situado à 3ª Travessa José Joaquim Leal SN, bairro Praça
Kennedy, na cidade de Alagoinhas Bahia.
Atualmente, tem como representante legal o
professor José Nilton Rodrigues dos Santos, assumindo o
cargo Diretor da Instituição, assumindo a vice-direção as
professoras Crenilda Torres Sales da Cruz e Cristina Matos,
e a Coordenação Pedagógica, a professora Tânia Regina
Leite de Figueiredo. O quadro docente é composto por
trinta e quatro professores, todos licenciados.
O corpo discente é constituído por alunos
provenientes, na sua grande maioria, de famílias de baixa
renda, residentes nas proximidades do Colégio
7. O Colégio está instalado num prédio
relativamente antigo e que se encontra em condições
precárias de funcionamento devido à ausência de
manutenção. Possui uma sala de Direção, uma sala de
professores, uma secretaria, dez salas de aula, uma
biblioteca, um laboratório de informática, uma sala de
coordenação, uma cozinha, uma cantina, um
almoxarifado, um arquivo morto, uma quadra de
esportes, dois banheiros em funcionamento para alunos e
mais um para professores e funcionários.
Há monitoramento dos alunos nos corredores e
áreas de recreação do Colégio por meio de câmeras de
segurança que são conectadas a sala do diretor.
As salas de aula são bem iluminadas, arejadas
por meio de grandes janelas e possuem carteiras
suficientes para o número de alunos de cada turma.
Possui TV Pen drive e aparelhos de DVD e videocassete.
8. A turma
Uma das coisas que mais me deixou
apreensiva na realização do estágio foi não conhecer a
turma. O fato de não saber o perfil dos alunos e qual
seria a reação da mesma em relação a minha
metodologia de ensino, me apavorou. Esse pavor passou
durante o período de observação, onde pode se traçar
um perfil dos alunos.
A turma era tranqüila e os alunos educados,
apesar de que nas aulas de observação ficamos (tanto
eu, quanto eles) tímidos. A turma era composta por
vinte e oito alunos, que participavam ativamente das
aulas .
9. A 90M3 (1º ano Ensino Médio) me
proporcionou momentos maravilhosos , permitiram que
eu descobrisse um prazer que não tinha vivenciado no
estágio anterior, era maravilhosa a sensação que sentia ao
sair da escola e perceber que eu tinha dado uma boa
aula.
A nossa relação era de afetividade e respeito, o
que tornou o trabalho mais prazeroso.
Mesmo estando limitados por um programa, um
conteúdo, um tempo pré - determinado, normas
diversas da instituição de ensino, etc., o professor e o
aluno, interagindo, formam o cerne do processo
educativo. Conforme o rumo que tome o
desenvolvimento desta interação, a aprendizagem do
aluno pode ser mais ou menos facilitada, orientada
mais para uma ou outra direção. (MASETTO, 1990, p.
l13)
10. A relação professor-aluno é o veículo afetivo
que possibilita a significação. Ou seja, o componente mais
importante no aprendizado é justamente a relação
professor-aluno. E isto significa dizer que sem essa
relação não há aprendizagem de qualidade.
11. A Professora
Ao procurar a escola para a realização do
estágio, pensamos também na professora regente que ira
nos ceder sua turma, afinal não são todos os professores
que aceitam estagiários, isso se deve ao fato de muitos
não assumir a real importância desse período na sua
formação, prejudicando assim o trabalho do professor.
Nesse estágio tive ótimas referências da
professora Michelini Melo Campos, formada em Ciências
Naturais com ênfase em Biologia pela Universidade do
Estado da Bahia – UNEB, Campus II, e o período do
estágio só veio confirmar que ela realmente é uma ótima
docente.
Fui muito bem acolhida no momento em que
solicitei o estágio, dispondo se ela a me ajudar a qualquer
momento que precisasse e foi o que de fato ocorreu.
12. No período de observação foi possível verificar
que a mesma apresentava domínio de sala, segurança nas
aulas, trabalhava com conhecimento específico de fatos e
teorias, estimulava a análise e reflexão, considerava as
concepções prévias dos alunos, fazia relação do assunto
com o cotidiano, cobrava participação dos alunos tanto
nas aulas como na resolução dos exercícios propostos.
Estava sempre presente na sala de aula, isso não
me incomodava, até ajudava pois os alunos ficavam ainda
mais comportados. Verificava todos os planos e atividades
a serem realizadas por mim na turma e muitas vezes dava
sugestões para que o trabalho ficasse ainda melhor.
13. O Livro
O livro utilizado durante o estágio foi Biologia,
volume 1, de José Mariano Amabis e Gilberto Rodrigues
Martho, 2004, que era o livro disponibilizado pela escola
para os alunos, no entanto para algumas atividades foi
utilizados outros livros, Biologia, vol. 1- C. Silva Júnior e
Biologia: citologia⁄histologia, vol. 1 Paulino, W. R., 2005.
para que fosse possível ampliar o leque de possibilidades
e contextualização.
Muitas vezes o livro didático e a única referência
para o trabalho do professor, e nesse estágio não foi
diferente, principalmente pelo fato de esse ser o material
didático que os alunos tem acesso mais facilmente e a
facilidade de manuseio proporcionada pelo mesmo
aumentou sua relevância.
14. Gostei bastante do livro utilizado, pois
apresentava uma leitura fácil, ótimas imagens e abordava
assuntos bem atuais, foi utilizado como o principal
instrumento para orientar o conteúdo a ser administrado,
a seqüência desses conteúdos, as atividades de
aprendizagem e avaliação.
A utilização do livro didático como instrumento
de ensino apresenta pontos positivos, pois serve como
elemento norteador do mesmo e sua eficiência fica por
conta do aproveitamento que o professor faz deste
material, porém também apresenta elementos negativos,
como quando se torna o único instrumento utilizado pelo
professor, pois este não dá conta das especificidades, e
peculiaridades de cada turma,
15. e é de responsabilidade do professor estar em constante
busca de instrumentos e recursos que venham a
enriquecer a sua prática pedagógica, de forma a contribuir
para a formação de seus alunos.
Coracini (1999) nos diz que "o livro didático já se
encontra internalizado no professor... o professor continua
no controle do conteúdo e da forma..." reafirmando que
tornar o livro eficiente ou ineficiente vai depender da
maneira como o professor vai utilizá-lo no processo de
ensino aprendizagem.
Além desses materiais didáticos foram utilizados
também quadro branco, material impresso, TV pen drive ,
mapa conceitual, etc.
16. Observação
O período de observação tem o propósito de
analisar as relações ocorridas no dia-a-dia da escola
entre professor/aluno e aluno/aluno. A Observação
constitui a primeira fase do Estágio Supervisionado II, e
foi realizada nas três primeiras semanas. Nas primeiras
aulas, a professora regente me apresentou aos alunos,
sentei-me no fundo da sala e prossegui minha
observação. Os alunos ficaram um pouco tímidos.
Durante as aulas que observei pude notar que, a
professora utilizava aula expositiva e como recurso
principal o quadro e o livro didático. Os alunos
participavam bastante da aula, mostrando interesse pelo
assunto e um bom entrosamento com a professora, a aula
parecia um bate papo, onde alunos e professora trocavam
informações.
17. A discussão é utilizada como estratégia para o aluno
confrontar suas idéias com os pensamentos de seus
interlocutores num processo cujo objetivo é tornar
mais profundos e complexos os conhecimentos que o
estudante possui sobre o tema abordado (Lima &
Freitas, 2000).
A professora se mostrou bastante prestativa com os
alunos e durante todo o processo do estágio.
Ser professor não constitui uma tarefa simples,
ao contrário, é uma tarefa que requer amor e habilidade.
Como bem destaca Rodrigues (1997), o educador não é
simplesmente aquele que transmite um tipo de saber para
seus alunos, como um simples repassador de
conhecimentos. O papel do educador é bem mais amplo,
ultrapassando esta mera transmissão de conhecimentos.
Afinal uma pessoa não deixa de aprender
quando exerce a função de professor, a aprendizagem é
um processo contínuo, que dura toda a vida. Só
crescemos e nos desenvolvemos na medida em que
estivermos abertos a novos conhecimentos,
18. a modificar nossas opiniões, nossas crenças, nossas
convicções. Sem disposição para discuti-las e para
modificá-las, permaneceremos parados no tempo, ou
melhor, caminharemos para trás.
Certamente, é muito importante para o aluno
perceber no professor(a) um amigo(a), já que é o laço
afetivo que irá influenciar diretamente na aquisição do
conhecimento.
19. O desafio de ser
professor...
Apesar das aulas de observação servirem para um
conhecimento prévio da turma, assumir a sala na condição
de professora e não mais como mera
espectadora/observadora, me deixava em estado de pânico,
era um misto de desejo que tudo desse certo e medo de não
conseguir.
A experiência negativa do estágio anterior
aumentava ainda mais esse medo e ao mesmo tempo me
motivava pra fazer um bom trabalho e ter a certeza de que
poderia ser uma boa professora.
Com o auxilio de uma fundamentação teórica, o
estágio me proporcionou como futura docente um melhor
entendimento das situações ocorridas nas escolas e,
20. conseqüentemente, permitiu uma adequada visão da
realidade.
Pimenta (2004, p.99), diz que essa etapa pode
ser considerado como uma “oportunidade de
aprendizagem da profissão docente e da construção da
identidade profissional”
Apenas o estágio não garante uma preparação
completa para o magistério, mas possibilita que o futuro
educador tenha noções básicas do que é ser professor nos
dias atuais, como é a realidade dos alunos que
freqüentam a escola, entre outras.
Esse estágio foi muito gratificante e importante
na minha formação, me permitiu refletir sobre a escolha
pela profissão e a importância de me assumir como
profissional, deixando a sensação de dever cumprido.
21. Regência
Na primeira semana de aula não foi possível a
realização da mesma devida a problemas estruturais da
escola (chovia muito e a sala onde minha turma tinha
aula estava alagada).
Estava bastante ansiosa para a primeira aula, e a
impossibilidade de seu acontecimento me deixou mais
preocupada, fiquei com medo que esse estágio
apresentasse os mesmos problemas do anterior, que foi
bem complicado justamente pela infra-estrutura da
escola.
É de grande importância que a infra-estrutura e
o espaço físico escolar tenham sua devida relevância não
só pelas suas dimensões geométricas, mas principalmente
pelas suas dimensões sociais.
22. Diante desse fatos, é imprescindível que tanto a infra-
estrutura quanto o espaço físico escolar passem a serem
objetos de observação.
Segundo Vygotsky, (apud DAVIS e OLIVEIRA,
1993, p.560) . “o ser humano cresce num ambiente social
e a interação com outras pessoas, é essencial ao seu
desenvolvimento.”
Para Piaget (apud KRAMER, 2000, p.29) “o
desenvolvimento resulta de combinações entre que o
organismo traz e as circunstâncias oferecidas pelo
meio [...] e os esquemas de assimilação vão se
modificando progressivamente, considerando estágios
de desenvolvimento”.
Portanto, pode-se dizer que a aprendizagem tem
certa relação com o espaço físico em que se desenvolve
uma atividade de ensino.
Para que os alunos não ficassem prejudicados,
foi solicitada uma pesquisa sobre Alterações
Cromossômicas Humanas, que era um dos conteúdos a
serem trabalhados na unidade.
23. A pesquisa pode ser um grande instrumento na
construção do conhecimento do aluno, por isso sempre
que possível, o professor deve instigar a pesquisa
relacionado com o conteúdo trabalhado, a fim de
contribuir na construção da aprendizagem.
Paulo Freire (2001, p. 32), afirma que “não há ensino
sem pesquisa e pesquisa sem ensino”. Para ele, o
educador deve respeitar os saberes dos educandos
adquiridos em sua história, estimulando-os a sua
superação através do exercício da curiosidade que os
instiga à imaginação, observação, questionamentos,
elaboração de hipóteses e chega a uma explicação
epistemológica.
O professor deve estimular o ato de pesquisar
para que o aluno passe a ser sujeito e não apenas objeto
da sua história.
24. Regência
Na segunda semana transcorreu tudo bem e foi
possível a realização da aula sobre membrana plasmática.
Sendo essa a primeira aula, ao chegar à sala me
apresentei aos alunos, e para conhecê-los um pouco mais,
fiz uma simples dinâmica onde um apresentaria o outro e
diria alguma qualidade, foi bastante divertido.
As Dinâmicas promovem uma maior
interatividade na relação Professor X Aluno e contribuem
para que essa relação se inicie de maneira descontraída.
A aula foi desenvolvida de acordo com o que foi
programado, no início estava bastante nervosa, mais no
decorrer da aula fui me acalmando. Essa aula foi bastante
gratificante para mim, pude perceber que os alunos
corresponderam muito bem durante toda aula, fazendo
perguntas e acompanhando o assunto.
25. A aula foi descontraída e ao sair da sala estava
satisfeita com meu desempenho. Os slides foi um recurso
didático significativo para o aprendizado dos alunos, visto
que esse recurso é pouco utilizado.
O uso de multimídia em sala de aula é de grande
importância para reforçar e ilustrar os conteúdos,
tornando assim a aula mais dinâmica e interessante para
os alunos.
Apesar da necessidade do uso de todas estas
tecnologias no contexto escolar, é preciso ficar bem
claro, que todos estes instrumentos têm que somente
auxiliar o professor e não modificar completamente a
relação pedagógica aluno-professor (CORTES, 2008).
Para Cortes (2008), estes novos recursos
tecnológicos deve ser usado para dinamizar as maneiras
de trabalho até hoje utilizadas, tendo em vista que o
professor,
26. precisa se tornar um facilitador, para que o conteúdo a
ser exposto chegue ao aluno de forma correta, clara e
objetiva, deixando de lado a idéia de que o professor se
tornará apenas um mero espectador na sala de aula,
transferindo a sua responsabilidade de "mestre" para
qualquer ferramenta tecnológica utilizada por ele.
27. Regência
A aula foi desenvolvida com auxilio de mapa
conceitual, que se mostrou bastante significativo e
prático, deixando a aula mais dinâmica e facilitando o
aprendizado dos alunos.
A participação dos mesmos mostrou que uma
aula diferente da tradicional prende mais a atenção, visto
que a utilização de Mapas Conceituais envolve a
representação do conhecimento através de grafos na
forma de uma rede de conceitos e a maioria dos conceitos
pode ser representada por uma palavra ou mesmo um
símbolo.
A utilização do mapa deixou a aula mais ativa,
visto que era os alunos que iam definindo (de acordo com
seus conhecimentos prévios) os conceitos, percebi que
eles se sentiram muito mais valorizados e que na hora da
resolução da atividade
28. (quadro comparativo) estavam bastante descontraídos e
interagindo bem tanto com os colegas como comigo.
Segundo Venâncio (2009) , como uma técnica para
negociar significados de conceitos, a utilização de
mapas conceituais vem se tornando uma perspectiva
dominante em diversos trabalhos da área, sendo
também consenso , entre os autores, a importância dos
mapas conceituais na situação de ensino
aprendizagem devido às suas contribuições na
promoção da aprendizagem significativa.
Valente (2009) diz que os estímulos utilizados
pelos professores para motivar os alunos são importantes
recursos didáticos e devem sempre ser utilizados.
29. Regência
A aula sobre Núcleo celular: Componentes,
cromossomos humanos e alterações cromossômicas em
humanos foi realizada com auxilio de slides e do livro
didático, logo após o assunto foi solicitado aos alunos a
resolução da atividade do livro e ao termino a correção
da mesma, assim como a entrega da pesquisa sobre o
assunto.
Diante dos avanços tecnológicos e científicos, e a
configuração social que assume as sociedades
contemporâneas, a necessidade do livro didático é
indiscutível, sendo ainda o principal instrumento de
direcionamento de professores e alunos em suas
atividades de sala de aula.
30. O livro didático (LD) é hoje um dos materiais
educativos mais utilizados na escola. Além de auxiliar
o professor no exercício de sua prática pedagógica
também representa muitas vezes para o aluno da
escola pública, a única fonte de informação científica
(CARMAGNANI 1999).
Esse foi o dia mais tenso pra mim, pois os alunos
estavam bastante agitados, e eu não conseguia acamá-los
,após algumas tentativas tive que chamar a professora
regente que conversou com os mesmo e conseguiu
tranqüilizá-los.
Me senti insegura, e achei que os alunos não
estavam gostando da aula, no entanto eles deixaram claro
que não era isso, e o que os incomodavam era a sala
apertada e quente, o que foi resolvido com a mudança de
sala após o término da aula com os slides na TV
pendrive.
31. Regência
Verificação de aprendizagem (teste).
A verificação de aprendizagem iria servir como
um termômetro para mim, pois permitiria avaliar o
estágio em que se encontravam os alunos e como o
conteúdo apresentado por mim foi absorvido, além de
identificar as carências apresentadas pelos mesmos, no
decorrer do período letivo.
É claro que isso só iria acontecer se a avaliação
fosse conduzida com caráter reflexivo, e tendo como
principal objetivo me auxiliar nas possíveis modificações
dos métodos de ensino, para que favorecessem o
desenvolvimento necessário ao alcance pleno dos
objetivos planejados.
32. Segundo Perrenoud (1999), a avaliação da
aprendizagem, no novo paradigma, é um processo
mediador na construção do currículo e se encontra
intimamente relacionada à gestão da aprendizagem dos
alunos.
A aplicação do teste foi bem tranqüila, os alunos
usaram todo o horário da aula, o que me surpreendeu,
pois geralmente eles não demoram para concluir as
avaliações.
Para Oliveira (2003), devem representar as avaliações
aqueles instrumentos imprescindíveis à verificação do
aprendizado efetivamente realizado pelo aluno, ao
mesmo tempo que forneçam subsídios ao trabalho
docente,
33. Regência
Estudo dirigido
O estudo dirigido foi aplicado com o intuito de
permitir que os estudantes tivessem acesso ao assunto
(divisão celular: meiose e mitose) que deveria ser
trabalhado na unidade só que por falta de tempo não foi
possível( devido a reestruturação do calendário escolar).
O estudo dirigido é uma técnica fundamentada
no princípio didático de que o professor não ensina, ele é
o agilizador da aprendizagem, ajuda o aluno a aprender.
Pode atender com vantagens, às exigências do
processo de aprender, uma vez que, utilizando-se de
dados reais contidos nas diferentes áreas do
conhecimento,
34. incentiva a atividade intelectual do aluno, força-o à
descoberta de seus próprios recursos mentais,
facilitando-lhe o desenvolvimento das habilidades e
operações de pensamento significativas – identificar,
selecionar, comparar, experimentar, analisar, solucionar
problemas, aplicando o que aprendeu – e possibilitando
lhe ajustar se às tarefas que deve executar para alcançar
o previsto nos objetivos.
Segundo Marion (1999), o estudo dirigido consiste na
orientação aos alunos no estudo de determinado
conteúdo . O uso desse método é recomendado para
que cada aluno possa caminhar por si mesmo,
conforme seu próprio ritmo.
35. Regência
Verificação de aprendizagem (prova).
É grande a responsabilidade do professor ao
assumir o papel de avaliador, e por isso não deve permitir
que os resultados das provas periódicas, geralmente de
caráter classificatório, sejam supervalorizados em
detrimento de suas observações diárias, de caráter
diagnóstico.
É preciso ter em mente que os métodos
tradicionais podem ser utilizados, porém não devem ser o
único meio de avaliar o educando. A avaliação deve ser
considerada um processo contínuo e de suma
importância para o desenvolvimento cognitivo do aluno.
36. Outro fator importante é a postura do professor
diante da avaliação. Manter um diálogo aberto e
esclarecedor, ajuda os educando a encarar os
instrumentos com tranqüilidade e não como punição.
Agir dessa forma colabora para o sucesso no ensino e
aprendizagem.
Segundo Ramos (2001), o grande desafio para
construir novos caminhos é uma avaliação com
critérios de entendimento reflexivo, conectado,
compartilhado e autonomizador no processo
ensino/aprendizagem. Desta forma, estaremos
formando cidadãos conscientes, críticos, criativos,
solidários e autônomos.
37. Regência
Entrega resultados ( encerramento)
No último dia do estágio foi realizado a correção
da prova e do estudo dirigido, entregues as médias, prova
e trabalhos.
Agradeci pela paciência e colaboração de todos,
foi bem gratificante esse período, resta agora uma
saudades boa!!!
38. Conclusão
A cada dia que passa aprendemos novas formas de
ensinar e aprender, sendo um desafio diário, o estágio foi de
suma importância para minha formação inicial enquanto
futuro docente, pois vivenciei a realidade da educação na rede
pública de ensino, e percebi que ser professor, não é algo fácil,
tem que haver uma boa preparação, que nem sempre o Curso
Superior proporciona. É necessária, também a prática e a
pesquisa para formar um bom professor, seguro e consciente,
que proporcionará aos seus alunos aprendizagens significativas
e prazerosas.
A construção de qualquer carreira depende de uma
base sólida. No caso da docência, a construção de tal base se
inicia durante o curso de licenciatura e tem como uma de suas
principais etapas a estágio curricular supervisionado.
Sendo assim considero que este estágio foi concluído
com sucesso, pois todos os objetivos propostos foram atingidos.
39. Agradecimentos...
• Ao Colégio Estadual Dr. Magalhães Neto na pessoa do
diretor José Nilton Rodrigues dos Santos pelo
acolhimento;
• A Professora Michelini Melo Campos pela paciência,
confiança e ajuda durante todo o estágio;
• A Professora orientadora Cláudia Regina Teixeira de
Souza pelos ensinamentos e paciência;
• A turma 90M3 pelo carinho e colaboração durante
todo estágio;
• A amiga Deiseane Meireles pela colaboração nos
planejamentos e pela amizade durante todo estágio e
graduação.
40. Referências
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no livro didático e o Ensino de Redação em LM e LE. In:
Interpretação, autoria e legitimação do Livro Didático. Org:
Coracini, M. Campinas, SP: Ed. Pontes.
• CORACINI, Maria José. (Org.) Interpretação, autoria e
legitimação do livro didático. São Paulo: Pontes, 1999.
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• DAVIS, Claudia. OLIVEIRA, Zilma. Psicologia na educação.
São Paulo: Cortez, 1993.
• FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à
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41. • KRAMER, Sônia. Com a pré-escola nas mãos. São
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• LIMA, R.G. & FREITAS, A. L. S. Aula expositiva, 2000.
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aplicável à contabilidade. Disponível
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• OLIVEIRA, G. P. de. Avaliação formativa nos cursos
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ensino-aprendizagem e a autonomia dos educandos.
Disponivel em: <www.campus.oei.org. >Acesso em
01 fev. de 2011.
42. • PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação
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• PIMENTA, S.G. (org.). O estágio e a docência. São
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• RAMOS, P. Os pilares para educação e avaliação.
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