Esta proposta curricular para o componente curricular de Biologia no Ensino Médio apresenta os objetivos, programa e metodologias para as séries do 1o, 2o e 3o ano. O documento busca garantir que os alunos tenham acesso aos conhecimentos necessários para construir sua cidadania de forma crítica.
1. Governo Do Estado Da Bahia
Secretaria De Educação
Colégio Estadual Dr. Magalhães
Neto
Alagoinhas - BA
Proposta Curricular de Biologia
Ano Letivo – 2010
Alagoinhas,
Dezembro de 2010.
2. I. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Colégio: Colégio Estadual Dr. Magalhães Neto
Área do conhecimento: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias.
Componente Curricular: Biologia Carga Horária: 02 aulas semanais.
Professor orientador: Cláudia Regina de Souza
Estagiários: Adriana Fernandes e Deiseane Meireles.
Curso: Formação Geral Séries: 1ª, 2ª e 3ª
Segmento: Ensino Médio
II. JUSTIFICATIVA
Esta proposta curricular tem por finalidade apresentar as linhas norteadoras voltada à
abordagem do Componente Curricular Biologia para os alunos do Ensino Médio, garantindo
aos mesmos o direito de ter acesso aos conhecimentos indispensáveis à construção de sua
cidadania. Desta forma, é necessário deixar claro a função da escola na sociedade, quais
objetivos devem ser perseguidos para contribuir no processo dos alunos de se apropriarem dos
conteúdos sociais e culturais de maneira crítica e construtiva, para que se forme um cidadão
autônomo, participativo e crítico.
A formação de um cidadão crítico exige sua inserção numa sociedade em que o
conhecimento científico e tecnológico é cada vez mais valorizado. Neste contexto, o papel da
Biologia é o de colaborar para a compreensão do mundo e suas transformações, situando o
homem como indivíduo participativo e parte integrante do Universo.
Os conceitos e procedimentos desta área contribuem para a ampliação das explicações
sobre os fenômenos da natureza, para o entendimento e o questionamento dos diferentes
modos de nela intervir e, ainda, para a compreensão das mais variadas formas de utilizar os
recursos naturais.
A educação precisa estar a serviço desse desenvolvimento, que coincide com a
construção da identidade, da autonomia e da liberdade. Não há liberdade sem possibilidade de
escolhas. Elas pressupõem um quadro de referências, um repertório que só pode ser garantido
se houver acesso a um amplo conhecimento, dado por uma educação geral, articuladora, que
transite entre o local e o mundial.
3. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) compõem um referencial para
promover a reflexão sobre os currículos estaduais e municipais, a qual já vem ocorrendo em
diversos locais. Sua função é orientar e garantir a coerência das políticas de melhoria da
qualidade de ensino, socializando discussões, pesquisas e recomendações, subsidiando a
participação de técnicos e professores brasileiros, principalmente daqueles que se encontram
mais isolados, com menor contacto com a produção pedagógica atual.
Os PCNs, pela sua própria natureza, configuram uma proposta aberta e flexível, a ser
concretizada nas decisões regionais e locais sobre currículos e sobre programas de
transformação da realidade educacional empreendidos pelas autoridades governamentais,
pelas escolas e pelos professores. Não configuram, portanto, um modelo curricular
homogêneo e impositivo, que se sobreporia à competência político-executiva dos estados e
municípios, à diversidade política e cultural das múltiplas regiões do país ou à autonomia de
professores e equipes pedagógicas.
A sociedade do século XXI é cada vez mais caracterizada pelo uso intensivo do
conhecimento, seja para trabalhar, conviver ou exercer a cidadania, seja para cuidar do
ambiente em que se vive. Em um mundo no qual o conhecimento é usado de forma intensiva,
o diferencial será marcado pela qualidade da educação recebida. A qualidade do convívio,
assim como dos conhecimentos e das competências constituídas na vida escolar, será o fator
determinante para a participação do indivíduo em seu próprio grupo social e para que tome
parte de processos de crítica e renovação.
A autonomia para gerenciar a própria aprendizagem (aprender a aprender) e o
resultado dela em intervenções solidárias (aprender a fazer e a conviver) deve ser à base da
educação das crianças, dos jovens e dos adultos, que têm em suas mãos a continuidade da
produção cultural e das práticas sociais.
O ensino de Biologia busca respostas às indagações sobre a origem, a reprodução, a
evolução da vida natural e da vida humana em toda sua diversidade de organização e
interação. A Biologia promove avanços tecnológicos no sistema produtivo, na saúde pública,
na medicina diagnóstica e preventiva, na manipulação gênica, e alguns desses assuntos são
controversos e permeados por inúmeras questões éticas.
Dominar conhecimentos biológicos permite, assim, também compreender debates
contemporâneos e deles participar, problemas da atualidade, como doenças endêmicas e
epidêmicas, ameaças de alterações climáticas, entre tantos outros desequilíbrios sociais e
ambientais, permitindo que o indivíduo, diante de situações de vida, tome uma decisão,
identifique ou enfrente um problema, julgue um impasse ou elabore um argumento.
4. O ponto central é a maneira como o aluno pode ser envolvido no processo de
aprendizagem em Biologia, e acreditamos que as indicações das diretrizes curriculares
nacionais para o Ensino Médio oferecem boas indicações para reverter essa situação, por meio
de atividades significativas que avancem para além da memorização da mera observância de
receitas para “descobrir” princípios biológicos. Para isso é recomendável realizar, com os
alunos, discussões coletivas que contribuam para a elaboração pessoal e recíproca
comunicação, promovendo a compreensão do tema e também a aprendizagem do respeito a si
mesmo e aos colegas.
III. OBJETIVOS GERAIS
- Estimular o gosto pelo aprendizado favorecendo assim o desenvolvimento de posturas e
valores que contribuam para a melhoria da qualidade de vida e para a busca de autonomia e da
responsabilidade do educando;
- Instigar a curiosidade do educando, bem como a sua visão crítica, acerca das conseqüências
do desenvolvimento econômico sob o equilíbrio ambiental;
- Propor atividades à medida que o objeto de estudo vai colocando necessidades e
questionamentos novos que precisam ser desenvolvido ou aprofundado, envolvendo
educandos e educadores.
IV. PROGRAMA DE COMPONENTE CURRICULAR
1ª SÉRIE ENSINO MÉDIO
EMENTA:
Introdução à Biologia: Biosfera, vida e organização biológica. A Origem da vida. A
base molecular da vida: Matéria e energia. Água, sais minerais, carboidratos e lipídeos.
Proteínas. Vitaminas. Os ácidos nucléicos e a síntese de proteínas. A célula: Envoltórios
celulares. Citoplasma. Núcleo celular. Divisão celular: Biotecnologia do DNA. Metabolismo
celular: Fotossíntese. Respiração celular. Histologia: Tecido epitelial. Tecido conjuntivo.
Tecido muscular. Tecido nervoso. Tecidos meristemáticos. Tecidos permanentes.
5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Conhecer os níveis de organização dos seres vivos;
- Identificar diferentes explicações para origem dos seres vivos, confrontando concepções
científicas e religiosas;
- Conhecer os componentes necessários à manutenção da vida;
- Identificar as diferentes fases dos processos de divisão celular;
- Analisar os processos de metabolismo celular animal e vegetal;
- Identificar a natureza do material hereditário em todos os seres vivos;
- Caracterizar os tipos de tecidos que constitui os seres vivos.
2ª SÉRIE ENSINO MÉDIO
EMENTA:
Taxonomia: classificação dos seres vivos. Reino Monera, Protista e Fungi e os Vírus.
Reino Animal: Invertebrados e Vertebrados. Reino Vegetal.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Conhecer a importância da classificação biológica para a organização da diversidade de
seres vivos;
- Diferenciar as características dos seres vivos;
- Reconhecer a importância dos principais sistemas vitais para a manutenção da vida dos seres
vivos;
- Discutir o processo evolutivo dos seres vivos nos Reinos Animal e Vegetal.
3ª SÉRIE ENSINO MÉDIO
EMENTA:
- Reprodução e desenvolvimento embrionário. Introdução á Genética: conceitos e histórico. Leis de
Mendel, Hereditariedade e cromossomos sexuais. Evolução: teorias. Ecologia: fluxo de energia e
relações ecológicas.
6. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Conhecer as leis de Mendel;
- Identificar as principais doenças causadas por distúrbios genéticos;
- Conhecer a importância do aconselhamento genético;
- Caracterizar as relações ecológicas;
- Identificar o processo de fluxo de energia;
- Analisar o processo de mudanças ambientais, oriundos do desequilíbrio ecológico.
V. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Com o intuito de promover um melhor desenvolvimento e aprendizagem dos alunos,
poderão ser inseridos como procedimentos metodológicos as técnicas abaixo, de acordo com a
necessidade de cada turma trabalhada.
- Painel integrado: Equipes irão trabalhar assuntos diversificados e em uma segunda fase vão
montar novas equipes com um componente de cada equipe anterior; tem como objetivo
discutir em grupo vários temas sob o ponto de vista dos alunos. É encerrado com discussão
em grupo e pequena dramatização ou apresentação dos temas.
- Aulas expositivas e participativas, demonstrações didáticas e aulas práticas: Apesar de
parecer tradicional, podem ser usado sob outra ótica, pois os métodos têm pontos positivos,
pois traz a discussão, levantamento de hipóteses e a participação interativa / participativa do
aluno. Leva em conta a experiência do aluno.
- Seminários: Pode ser adaptada á realidade dos nossos alunos, criando oportunidade para que
os alunos desenvolvam a investigação, a crítica e a independência intelectual. Este método
estimula a produção de conhecimento e a interação professor / aluno.
- Pesquisa: É de vital importância, pois aciona várias fontes de consulta permitindo uma
análise crítica sobre as mesmas. É importante valorizar consultas a fontes originais. Esta
seleção de informações deve desencadear no aluno o pensamento reflexivo para que ampliem
e transformem a informação recebida.
- Experiências: Devem ser práticas e levantar problemas, relacionando-os a uma situação real,
aplicando princípios teóricos para sua resolução; concilia teoria / prática (Demonstração
didática e/ou aulas práticas).
7. - Mesa redonda: Promove a discussão e busca no diálogo a solução dos problemas levantados.
Desencadeia nas várias áreas de ensino a interdisciplinaridade, nos vários níveis de educação,
criando oportunidade dos alunos analisarem problemas reais.
- Excursões/ Estudo do meio: Incentiva a participação ativa do aluno visto que lhe abre novos
horizontes.
- Textos informativos: Cria oportunidade de interdisciplinaridade, visto que envolve
compreensão, comentários e interpretação das informações recebidas.
- Estudo dirigido: Estimula o educando a seguir orientações didáticas, permitindo que o
mesmo seja mais independente.
- Jogos: Permite que o educando aprenda com o lúdico.
- Elaboração de álbum seriado: Faz o aluno aprender com prazer, construir através da
pesquisa de imagens e textos, material didático para estudos posteriores.
- Debates: Levam o aluno a expor seu ponto de vista sobre determinado assunto.
- Leituras diversas: Estimula o raciocínio e amplia o vocabulário.
VI. AVALIAÇÕES
O erro deve ser visto como uma revelação da lógica de quem aprende. Avaliar é
buscar compreender essa lógica, explicitá-la para quem está aprendendo, possibilitando seu
avanço. Assim, a avaliação deve ser concebida como um instrumento que informa ao
professor o que foi aprendido pelo estudante, a eficácia de sua prática educativa e os ajustes
necessários nas intervenções pedagógicas. Informa também, ao estudante quais foram seus
avanços e dificuldades. Por isso, a avaliação deve ser feita em diversas situações e com
critérios explícitos e claros.
A avaliação se dá a partir da somatória das atividades realizadas, e no final de cada
unidade o aluno deve alcançar a média (5,0 pontos). No final das quatro unidades, o aluno
ainda tem a oportunidade de fazer a recuperação, caso não tenha alcançado a média no
decorrer do ano letivo.
8. VII. RECURSOS
Aparelho de DVD;
Vídeo;
TV pendrive;
Mídias de DVDs;
Quadro branco;
Data-Show
Pilot, apagador;
Livro texto do aluno e outros;
Material de laboratório e outros;
Espaço da sala de aula, Sala de ciências.
Cartazes;
Desenhos;
Transparências;
Televisão;
Computador.
9. REFERÊNCIAS
- AMABIS e MARTHO. Conceitos de Biologia. Vol. 1, São Paulo SP, Ed. Moderna,
2001.
- BIZZO. Nélio. Ciências: Fácil ou difícil?. Palavra do professor. São Paulo: Ática,
1998.
- BRASIL Ministério da Educação/ Secretaria de Educação Media e Tecnológica.
Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio: Orientações Complementares
aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciências da Natureza, Matemática e suas
Tecnologias. Brasília, DF: [2000?].
- ___________________. Congresso Nacional, Lei n° 9.394/1996: Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: Congresso Nacional, 1996.
- __________________. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e
Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio: Bases Legais.
Brasília, DF, 1999.
- __________________. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Fundo
Nacional de Desenvolvimento da educação. Biologia: Catálogo do Programa Nacional do
livro para o Ensino Médio. PNLEM/ 2007. Brasília, DF: IBEP, 2006.
- CÉSAR e CEZAR. Biologia. Vol. 1, 2 e 3 Ed. Saraiva, São Paulo, SP, 1995.
- DEMÉTRIO DELIZOICO V., José André Angiotti. Metodologia do Ensino de
Ciências. São Paulo: Cortez, 1990.
- LAURENCE, J. Biologia: ensino médio, volume único/ J. Laurence, - 1.ed.- São Paulo:
Nova Geração, 2005.
- LINHARES, SÉRGIO; GEWANDSZNAJDER, FERNANDO. Biologia. Volume único.
Editora Ática, 1ª ED. São Paulo, 2007.
- LOPES. Sônia Bio 3. São Paulo – SP, Saraiva, 16ª ed. 1995
NERICI, g. Imideo. Metodologia do Ensino: uma introdução - São Paulo: Atlas, 1981.
- PAULINO, W. R. Biologia: citologia e histologia. Vol. 1. Ed. Àtica. São Paulo, 2005.
- Secretaria de Educação Básica Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias –
Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. (Orientações
curriculares para o ensino médio; volume 2).