Este documento fornece informações sobre educação musical no 2o ciclo do ensino básico. Aborda conceitos como som, pulsação, ritmo, altura e intensidade. Também discute as partes da orelha, cuidados com a voz, e instrumentos musicais como a flauta de bisel e os instrumentos Orff.
2. EDUCAÇÃO MUSICAL
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Música – combinação organizada do som e do silêncio. Há alguns milhares de anos, depois do
aparecimento dos primeiros seres vivos, surgiu o Homem. Assim, o Homem começa, a pouco e
pouco, a juntar diferentes sons, articulando-os entre si e desenvolvendo a comunicação verbal. A
partir do momento em que o Homem associa à sua voz o som dos objectos, desenvolve-se uma
outra forma de comunicação e expressão, a qual, muitos anos mais tarde, se viria a chamar música.
Entretanto, a música passou por um longo processo de evolução, o qual está intimamente ligado à
evolução do próprio Homem.
Som – resulta das vibrações provenientes de uma fonte sonora. O som é a sensação que o nosso
ouvido recebe quando é atingido pelas vibrações ou ondas sonoras produzidas pelas fontes
sonoras, isto é, por tudo aquilo que produz som. As ondas sonoras transmitem-se através do ar.
Quando a vibração do ar é regular, o som tem características musicais, ou seja, é agradável ao
ouvido. Pelo contrário, quando essa vibração é irregular, o som é um ruído, tornando-se, portanto,
desagradável ao ouvido.
O som é medido em decibéis. O som mais baixo que a orelha humana percebe varia entre 10 e 15
decibéis, o que equivale a um sussurro. O som mais alto está por volta de 90 decibéis. Mas, nessa
altura, o som já pode prejudicar a audição.
Audição - Com a voz, a audição é um dos meios pelos quais
conseguimos comunicar. A imagem representa a orelha externa, que
inclui o canal auditivo. A sua função é captar o som e conduzi-lo ao
tímpano
As partes da orelha
A orelha é o órgão responsável pela
audição. Está dividida em três
ossículos que amplificam o som
captado pelo tímpano,
impressionando os nervos auditivos,
localizados na orelha interna.
Timbre – propriedade do som que permite distinguir os sons provenientes de diferentes fontes
sonoras. Certamente já reparaste que a tua voz é diferente da voz dos teus colegas, que cada
objecto tem um som próprio e que na Natureza há uma grande variedade de sons. Assim, mesmo
de olhos fechados, reconheces a voz dos teus amigos, o som de uma caneta a cair no chão, o som
do bater de uma porta, o ladrar de um cão, o som da chuva a cair...
Fonte sonora – objecto que emite o som. Divide-se em quatro categorias: do meio ambiente (natural
e humanizado), do corpo, da voz e dos instrumentos musicais.
As fontes sonoras que convencionalmente são utilizadas em música são consideradas fontes
sonoras convencionais. Todas as outras designam-se por não convencionais.
Sons humanizados – todos os sons que directa ou indirectamente são produzidos pelo ser
humano damos o nome de sons humanizados, tais como o som produzido pelo trabalhar dos
automóveis, o tocar de uma campainha, o estalar dos dedos e os sons produzidos pela tua voz.
Sons naturais – todos os sons que são produzidos pela Natureza, como é o caso da chuva,
da trovoada ou do ruído do mar a bater nas rochas ou na areia.
Sons do corpo humano – Os sons do corpo mais usados na música são quatro. Cada um
deles tem um sinal ou expressão que o identifica. Assim temos:
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D ou CLIC - É usado quando é necessário estalar os dedos, isto é, produzir estalidos.
M - Significa mãos e é usado normalmente quando se pretendem palmas.
P - Significa pernas e normalmente é usado para palmadas nas coxas.
Pé - Indica batimento dos pés.
Muitas vezes, estes e outros sons produzidos com o corpo são usados para criar música,
individualmente ou em grupo. No entanto, para que toda a gente pudesse interpretar essas músicas,
foi necessário criar um código de símbolos para esses sons.
Com a boca - Assobios, estalidos com a língua, sons com os lábios...
Com o nariz - Os sons resultantes da inspiração e da expiração...
Com as mãos - Bater palmas. estalar os dedos...
Com os pés - Andar, bater com os pés no chão...
Com várias partes do corpo - Bater com as mãos nas pernas, nos braços...
Sons da Voz – já deves ter reparado que usas a tua voz quase sempre que queres comunicar.
Portanto, não há dúvida que a voz é um instrumento que tens sempre ao teu alcance e com a qual
fazes muitas coisas: falar, gritar, cantar, suspirar, sussurrar...
A voz varia de pessoa para pessoa, de acordo com o sexo, a idade, o estado de espírito e as
características do aparelho vocal. O aparelho vocal é constituído por um conjunto de vários órgãos
e estruturas. São as características do aparelho vocal que determinam o timbre, a altura e a
intensidade da voz de cada pessoa.
Todos os sons são produzidos
devido à vibração de um corpo. A voz
humana funciona segundo os
mesmos princípios: o som é
produzido por meio da vibração de
duas cordas vocais delgadas que se
estendem através da laringe da
nossa garganta. Essas cordas são
postas em vibração pelo ar que vem
dos pulmões. A altura do som
produzido depende da tensão das
cordas vocais.
Por isso, quanto mais esticadas estiverem as cordas, mais elevada será a altura do som, e vice-
versa. O som é reforçado nas cavidades da boca, nariz e cabeça, que funcionam como uma
espécie de caixa de ressonância. A qualidade da voz depende da qualidade e flexibilidade das
cordas vocais.
Para além das cordas vocais, a boca, através do movimento da língua e dos lábios, desempenha
também um papel no acto de comunicar. Na realidade, o ar faz vibrar as cordas vocais, estas
emitem um som, o qual vai ser trabalhado com a língua e controlado pelos lábios.
Cuidados a ter com a voz
A mais antiga e natural origem do som, a partir da qual se pode, conscientemente, fazer música, é a
voz humana. Esta é um bem muito precioso. Por isso, é necessário termos bastante cuidado na sua
utilização, de modo a não ficarmos roucos ou afónicos, isto é, sem voz.
Entre esses cuidados há três que são fundamentais:
Não começar a emitir sons gritando.
Evitar alterar durante muito tempo o timbre natural da voz, ou seja, falar com uma voz
diferente da nossa.
Não obrigar o aparelho respiratório a suportar grandes variações de temperatura, bebendo,
por exemplo, líquidos muito frios ou muito quentes.
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Altura – propriedade do som que nos indica o seu registo.
Registo do som – pode ser grave (grosso), médio ou agudo (fino).
Duração – A duração do som é uma propriedade do som que nos permite distinguir sons curtos e
sons longos, medidos pelo número de pulsações que duram. No entanto, a música não é feita apenas
de som; dela faz parte também o silêncio que pode variar também em relação à sua duração. Para
representarmos o som e o silêncio quanto à sua duração, utilizamos as figuras rítmicas.
Existem sons que duram mais tempo do que outros, como, por exemplo, a sirene dos bombeiros, o
alarme de um automóvel, o toque de uma campainha, etc. Por este motivo, podemos dizer que há
dois tipos de sons: longos (demoram muito tempo a desaparecer) e curtos (demoram pouco tempo
a desaparecer).
Pulsação – batimento regular que se sente no ritmo mas não se ouve. Quando falamos de
pulsação, associamos imediatamente este termo ao bater regular do nosso coração, ou seja, ao seu
ritmo. Como sabes, a nossa pulsação não é sempre a mesma. De facto, quando estás em repouso
o teu coração bate de uma determinada maneira, a que chamamos ritmo normal. Pelo contrário, se
fizeres um esforço físico, por exemplo, se correres, a tua pulsação aumenta, pois o coração bate
mais depressa.
Tal como sucede com o nosso corpo em que há uma relação entre o esforço que fazemos e o bater
do coração, também na música existe uma relação directa entre aquilo a que chamamos velocidade
da música e a sua pulsação que, embora regular, poderá ser mais rápida ou mais lenta.
Ritmo – organização de sons e silêncios de diferentes durações (curtos e longos).
Altura definida e indefinida – São instrumentos de altura definida todos aqueles que produzem
melodia, ou seja, notas musicais: Todos os outros, ou seja, todos aqueles que produzem apenas
ritmos, são considerados instrumentos de altura indefinida.
Intensidade – propriedade do som que nos indica a sua força.
Fortíssimo – intensidade muito forte do som, representada pelo símbolo ff.
Pianíssimo – intensidade muito fraca do som, representada pelo símbolo pp.
Crescendo – alteração gradual da intensidade de um som mais fraco para um som mais forte e
representada pelos símbolos cresc. ou <.
Diminuendo – alteração gradual da intensidade de um som mais forte para um som mais fraco e
representada pelos símbolos dim. ou >.
Flauta de Bisel - A flauta de bisel, também conhecida por flauta doce devido às suas características
sonoras, é um instrumento de sopro. Veio da Ásia e chegou à Europa na Idade Média. Sabe-se
ainda, que a flauta foi um dos primeiros instrumentos musicais a ser inventado pelo homem, nos
tempos da Pré-história. Nessa altura, a flauta era feita a partir de ossos de animais ou de canas.
POSIÇÃO CORRECTA
Para que possas vir a tocar bem flauta, deves em primeiro lugar manter as costas direitas e o queixo
levantado para o ar circular melhor. A mão esquerda é colocada na parte superior da flauta e a direita
na inferior. O dedo polegar da mão direita deve ser colocado na parte inferior da flauta, sensivelmente
ao nível do quarto orifício. Este dedo tem a função de suportar o instrumento. Os dedos, pulsos e
braços não devem exercer qualquer tipo de tensão, para permitir que se movimentem livremente.
Também os cotovelos devem cair naturalmente, sem estarem muito levantados. Por último, a flauta
não deve ser demasiadamente introduzida nos lábios e estes não devem exercer demasiada pressão.
Assim deves:
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1. Manter uma postura correcta, sem esforço ou tensões;
2. Soprar com delicadeza, respirando fundo e calmamente, trabalhando o sopro de ar como se
pronunciasses as sílabas du ou tu;
3. Tapar totalmente os orifícios correspondentes às notas musicais que vais tocar;
4. Colocar as mãos e dedos de forma correcta, de acordo com a figura que se segue:
indicador O O polegar
Mão esquerda médio O
anelar O
indicador O
médio O Mão direita
anelar O
mindinho O
CUIDADOS A TER COM A FLAUTA DE BISEL
Para que a tua flauta se mantenha em bom estado é importante que tenhas alguns cuidados
especiais: Depois de tocares, limpa com o limpador toda a humidade do interior da flauta; Guarda a
flauta e todo o seu material no estojo; Mantém a flauta afastada de qualquer fonte de calor ou
temperaturas altas; A flauta é um objecto pessoal e por questões de higiene só tu deverás tocar nela;
Coloca uma etiqueta com o teu nome, número e turma na flauta e no estojo.
Instrumentos Orff – instrumentos que formam uma pequena orquestra conhecida pelo nome de
Instrumental Orff ou Orquestra Orff. Este nome deve-se a Carl Orff, compositor alemão, nascido a
10 de Julho de 1895 em Munique. Ele criou esta orquestra a pensar nas crianças e jovens de modo
a facilitar a aprendizagem da Educação Musical. Os instrumentos que compõem esta orquestra são
os seguintes: Flautas de bisel; Jogos de sinos: soprano e contralto; Xilofones: soprano, contralto e
baixo; Metalofones: soprano, contralto e baixo; Percussão: metais, madeiras e peles; Grande
percussão;
Família das madeiras
Idiofones
Família dos metais
CATEGORIAS
Membranofones Família das peles
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TEXTO RITMÍCO
O Senhor Carl Orff, um dia inventou, um instrumental que Orff se chamou.
Cada instrumento, há-de pertencer, a uma das famílias, que vou já dizer:
Vês o instrumento? De que será feito?
Se for de madeira, toca-o com jeito. E se for de pele, fura que nem papel.
Se for de metal, não soa nada mal.
REGRAS DE UTILIZAÇÃO DOS INSTRUMENTOS
1. Respeita as indicações da tua professora;
2. Mantém os instrumentos sempre limpos;
3. Mantém os instrumentos longe de qualquer fonte de calor ou de humidade;
4. Guarda os instrumentos no seu local e respeita os seus lugares;
5. Toca nos instrumentos apenas com os acessórios próprios;
6. Nos instrumentos de lâminas utiliza duas baquetas;
7. Ao tocares mantém os braços e os pulsos relaxados;
8. Os instrumentos devem ser tocados com suavidade;
9. Não risques os instrumentos.
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VIDA DE CARL ORFF
Nasceu em 10 de Julho de 1895 em Munique, Alemanha. Morreu na mesma
cidade em 29 de Março de 1982. Inventou um sistema de educação musical
baseado na prática do canto e da percussão, que ainda hoje se ministra em
jardins-de-infância e escolas primárias do mundo inteiro. A voz humana serviu
como ponto de apoio em todas as suas composições, que apresentam estilo
musical marcante, associando melodias infantis e rica harmonização em ritmos
vigorosos e pulsantes, orquestrados com a extravagância de uma partitura
cinematográfica. Usou textos em latim, grego clássico e francês medieval, além
do alemão. Criador do instrumental Orff, baseou-se em instrumentos musicais
usados pelos povos denominados primitivos para criar uma orquestra de
instrumentos de percussão que até hoje, pela sua facilidade de execução, incentivam à interpretação
e aprendizagem musical.
Contraste e semelhança tímbrica – dá-se contraste quando são reproduzidos sons de materiais
diferentes (ex: vidro e madeira) e dá-se semelhança quando são reproduzidos sons de materiais
semelhantes (ex: bater na porta e bater na carteira).
Pauta musical – conjunto de 5 linhas e 4 espaços que se contam de baixo para
cima e onde se registam as notas musicais.
Clave de sol – símbolo que dá o nome às notas musicais, fixando a nota sol
na 2ª linha.
Linhas e espaços suplementares superiores e inferiores – Nem sempre as linhas e espaços da
pauta são suficientes para todas as notas necessárias. Para ultrapassar este problema utilizam-se
pequenas linhas, denominadas linhas suplementares. Estas linhas escrevem-se por cima ou por
baixo da pauta musical, tomando respectivamente o nome de linhas suplementares superiores e
inferiores. As linhas suplementares originam também espaços suplementares. As linhas e os
espaços suplementares superiores contam-se de baixo para cima. Pelo contrário, as linhas e os
espaços suplementares inferiores contam-se de cima para baixo.
Notas musicais – símbolos que representam a altura do som. São sete: dó, ré, mi, fá, sol, lá e si.
Escala – Uma escala é um conjunto de notas, ordenadas de forma ascendente ou descendente,
partindo de qualquer uma das notas até à sua oitava. O termo escala vem do latim scala que significa
escada.
Escala diatónica de Dó maior (Dó M) – A escala que serve
de base a toda a música europeia é a escala diatónica, sendo
a mais conhecida a escala diatónica de Dó maior (Dó M). Esta
escala é formada por sete notas: dó, ré, mi, fá, sol, lá e si.
Escala pentatónica - A escala pentatónica é formada por
cinco notas organizadas, nos sentidos ascendente e
descendente: dó, ré mi, sol e lá.
Elementos repetitivos - No dia-a-dia observamos várias
situações que nos chamam a atenção. Certamente já te aconteceu entrares numa loja e veres numa
prateleira diversos objectos todos iguais entre si. Também quando comunicamos através da
linguagem verbal, é normal repetirmos algumas expressões que consideramos mais importantes para
reforçar a mensagem que queremos transmitir.
Na linguagem musical também aparecem elementos que se repetem. Na realidade, numa peça de
música é frequente encontrarmos elementos que surgem várias vezes, ou seja, pequenas partes da
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música ou da letra que são repetidas. Para além destes dois aspectos também é normal encontrares
em peças musicais indicações para outros instrumentos voltarem a tocar uma parte dessa música. A
todos estes elementos que se repetem na linguagem musical damos o nome de elementos
repetitivos.
Figuras rítmicas – constituídas pelas figuras musicais que representam a duração do som e pelas
pausas que representam a duração do silêncio.
FIGURAS MUSICAIS PAUSAS
NOME DURAÇÃO
símbolo vocábulo símbolo vocábulo
táá mínima 2 tempos pausa
tá semínima 1 tempo sch
ti colcheia 0,5 tempo s
Barra dupla – dois traços verticais que aparecem no final das peças musicais, sendo o
primeiro mais fino e o segundo mais grosso.
Sinal de repetição – dois traços verticais acompanhados por dois pontos que indicam a
repetição de uma determinada parte da peça musical.
Andamento - Quando a pulsação de uma música é regular, pode originar os andamentos presto
(rápido), moderato (moderado) ou adágio (lento). Assim:
Se o espaço de tempo entre as pulsações é pequeno temos o PRESTO | | | |
Se o espaço de tempo entre as pulsações é médio temos o MODERATO | | | |
Se o espaço de tempo entre as pulsações é grande temos o ADAGIO | | | |
Mas a velocidade pode-se alterar na mesma música. Assim, quando há um aumento gradual de
velocidade temos um accelerando (apressar) e quando há uma diminuição gradual temos um
ritardando (atrasar).
O metrónomo foi inventado em 1816 por um austríaco. Este aparelho é constituído por um pêndulo
que pode oscilar a uma velocidade variável, que vai das 40 às 208 oscilações por minuto. O
metrónomo é muito útil quando queremos tocar uma peça musical num determinado andamento.
Actualmente já existe um outro tipo de metrónomo, o metrónomo electrónico. Neste aparelho o
pêndulo aparece substituído por um sinal sonoro. Por sua vez, o andamento aparece num visor
digital.
Linhas sonoras - Quando ouves uma peça musical, facilmente verificas que o som nem sempre está
na mesma altura, dando muitas vezes a ideia de subir e de descer, ou seja, de passar de sons mais
graves para sons mais agudos e vice-versa. Assim, a música pode dar a ideia de uma linha de som,
ou seja, de uma linha sonora.
As linhas sonoras podem ser:
ascendente - Quando a melodia vai de sons mais graves para sons mais agudos.
descendente - Quando a melodia vai de sons mais agudos para sons mais graves.
continua - Quando a melodia tem sons todos no mesmo registo, sem paragem.
descontinua - Quando a melodia tem sons no mesmo registo, com paragens.
ondulatórias – Quando a melodia serpenteia.
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Timbre
Mistura tímbrica – Quando misturamos, nas devidas quantidades, farinha, açúcar, manteiga, ovos …
teremos, após alguns minutos no forno, um saboroso bolo. Já não será possível distinguir os
diferentes ingredientes. Quando misturamos vários sons, por vezes, obtemos um outro som,
resultante dessa mistura. Nem sempre é fácil distinguir os diferentes ingredientes. Assim, quando
ouves um grupo de instrumentistas a tocar, ou um grupo a cantar, que se fundem de maneira a
parecer um instrumento só, tens a mistura tímbrica.
Combinação tímbrica – Resulta da mistura de diferentes instrumentos musicais. A combinação ou
fusão de diferentes timbres permite enriquecer o ambiente sonoro. Por exemplo, a combinação de
timbres de uma banda rock implica a utilização de guitarras eléctricas, baixo, bateria, teclado e voz.
Dinâmica – encadeamento de diferentes intensidades ao longo de uma música.
Forte – intensidade forte do som, representada pelo símbolo f.
Mezzo Forte – intensidade meio forte do som, representada pelo símbolo mf.
Piano – intensidade fraca do som, representada pelo símbolo p.
Altura
Escalas modais – Como aprendeste a música antiga está dividida em música profana e religiosa. É
escrita sobre um sistema especial de escalas, às quais se dá o nome de modos. A cada modo era
associado um comportamento:
Modo Dórico: Heróico (escala de ré)
Modo Frígio: Entusiástico (escala de mi)
Modo Lídio: Estranho (escala de fá)
Modo Mixolídio: Majestoso (escala de sol)
Modo Eólico: Poético (escala de lá)
Ritmo
Padrão rítmico – Ritmo que se repete ao longo da música.
Ligadura de prolongação – espécie de arco que serve para ligar duas notas com a mesma altura,
somando os tempos destas.
Ponto de aumentação – coloca-se à direita de uma figura rítmica, indicando que o valor desta
aumenta em metade do seu valor.
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FIGURAS MUSICAIS PAUSAS
NOME DURAÇÃO
símbolo vocábulo símbolo vocábulo
táááá semibreve 4 tempos grande pausa
Mínima
tááá 3 tempos
pontuada
Compassos – todos os textos escritos são divididos em várias
partes: palavras, frases e parágrafos. Esta organização é
fundamental para que a mensagem do texto possa ser facilmente
percebida. Esta organização tem também como objectivo facilitar a
leitura e a interpretação da música. Na realidade todas as peças musicais que cantas ou tocas
estão divididas em partes iguais: os compassos. Os compassos não são todos iguais. De facto eles
podem representar tempos diferentes, os quais têm directamente a ver com o seu nome: compasso
binário, compasso ternário e compasso quaternário
Compasso Binário –A sua representação gráfica é feita através de dois
números que se sobrepõem: o 2 e o 4 e indica-nos que cada compasso tem dois
tempos. Estes dois tempos não têm a mesma acentuação, sendo o primeiro um
tempo forte, isto é, mais marcado, o segundo um tempo fraco, ou seja, menos
marcado.
Compasso Ternário – este compasso tem três tempos e por isso é marcado em
três movimentos. Ele é formado por um tempo forte, o primeiro, e por outros dois
tempos mais fracos. A sua representação gráfica é feita através de dois números
que se sobrepõem: o 3 e o 4 e indica-nos que cada compasso tem três tempos.
Compasso Quaternário – este compasso tem quatro tempos e por isso é
marcado em quatro movimentos. O primeiro tempo é forte, o segundo é fraco, o
terceiro é meio-forte e o quarto é fraco. A sua representação gráfica é feita
através de dois números que se sobrepõem: o 4 e o 4 e indica-nos que cada
compasso tem quatro tempos.
Forma
Ostinato - Repetição insistente de um elemento musical rítmico (ostinato rítmico) ou melódico
(ostinato melódico).
Imitação – A imitação é, tal como o seu nome indica, a repetição de uma frase melódica e/ou rítmica,
quer através da voz, quer através dos instrumentos musicais, ou de ambas simultaneamente.
Cânone – O cânone acontece quando duas ou mais pessoas cantam ou tocam a mesma canção ou
ritmo mas de uma forma desencontrada, ou seja, começando em momentos diferentes.
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