1. ::: CORREÇÃO POR NÚMEROS
MÍNIMAS I:
São as áreas mais claras da imagem que fazem parte do foco principal Podem ser classificadas pela Tonalidade em:
da mesma. • Neutras - é quando a área localiza representa no original um tom neutro
Podem ser classificadas pela Luminosidade em: (branco ou cinza), não importanto o tom aparente da digitalização ou captura
• Difusas - possuem alguma informação (porcentagem) para a mani- do original e sim sua realidade - o ambiente real da foto.
pulação da imagem e possível ganho de contraste. Estas devem ser
• Entonadas - é quando a área localizada recai sobre um tom específico como:
localizadas e utilizadas como referência. Devem corresponder ao ní-
vel de luminosidade predominante na imagem. tom de pele, ceú ou qualquer outro referencial de cor. Nessa situação é preciso
formar um valor de mínima que atenda a composição do original para não dis-
• Especulares - são refelxos de luz ou mesmo uma própria fonte de torcer o tom real da imagem, mas que resulte num aumento de contraste para
luz, normalmente não possuem nenhuma informação para ser pre- a imagem, tornando suas tonalidades mais naturais e sem infiltrações.
servada. Não devem ser utilizadas como referência de mínima.
Mínima difusa / Neutra -
possui um valor informação
(porcentagem) adequada a
luminosidade da imagem,
VALORES INDICES possibilita um aumento de
contraste da imagem.
PARA ÁREAS DE Na foto digitalizada recebeu
MÍNIMA: uma invasão da cor magenta,
cabe ao operador analisar a
imagem e julgar se tal área
é realmente neutra, não
Couchê importando sua composição
5% C - 3% M - 3% Y - 0% K inicial.
Offset
7% C - 5% M - 5% Y - 0% K Mínima especular - estas
devem ser evitadas, pois
possue uma informação
Jornal muito mínima ou nenhuma,
2% C - 1% M - 1% Y - 0% K distante da realidade da
imagem. Não possibilita
ganho algum no contraste da
imagem.
2. MÍNIMAS II:
Este é o VALOR DE ORIGEM da parte mais clara da imagem.
C - 28%
M - 27%
Y - 1%
K - 0%
Localizado pela ferramenta Níveis apresenta um tom violetado
na imagem digitalizada, mas como cor de memória sabemos
que as nuvens são neutras na realiadade. Esse julgamento deve ser feito pelo operador.
Considerando a referência como NEUTRA a composição do VALOR DE DESTINO do ajuste da
mínima segue esta fórmula:
A metade aproximada do canal de cor com maior porcentagem na área mais clara tomada
como referência para o ajuste de mínima será colocada no canal do ciano para compor o
valor de destino, bastando alterar o valor de Luminosidade (L) para formar uma composição
neutra em CMYK. Para ter certeza que sua composição em CMYK está realmente neutra
verefique se o ESPAÇO RGB ESTA COM OS TRÊS VALORES IGUAIS E SE OS CANAIS
(A) E (B) DO ESPAÇO LAB ESTÃO COM OS VALORES EM ZERO.
Nesse exemplo temos o canal do Ciano com 28%, mas atenção, pois poderia ser qualquer canal
entre Ciano, Magenta e Amarelo basta ter a informação maior em porcentagem na área escolhida.
Após ter ajustado o conta-gotas de mínima da ferramenta Níveis com os valores baseados na sua
imagem específica, respeitando sua iluminação, mova o conta-gotas até a imagem e aplique
sobre o VALOR DE ORIGEM (C:28% - M:27% - Y:1% - K:0%) a composição do VALOR DE
DESTINO (C:13% - M:7% - Y:8% - K:0%).
Com esse ajuste a imagem ganha contraste, modelação na passagem dos tons e remove grande
parte da infiltração de magenta que nela existe.
3. MÁXIMAS: VALORES INDICES
São as áreas mais escuras da imagem que fazem parte do foco princi-
pal da mesma. PARA ÁREAS DE
E um ajuste mais simples pois normalmente esta relacionado ao li- MÁXIMA:
mite máximo de tinta que cada tipo de papel suporta. Veja relação
abaixo:
Couchê
Jornal: 220% - 240% 90% C - 85% M - 85% Y - 65% K
Offset: 270% - 300%
Couchê: 310% - 340% Offset
70% C - 65% M - 65% Y - 80% K
Jornal
50% C - 45% M - 45% Y - 90% K
NEUTROS / GRIS:
Existem duas formas de compor um neutro em CMYK:
•Uma utilizando variações de preto.
ERRO DE TOM COMPOSIÇÃO CMYK
DAS TINTAS OFFSET PARA NEUTRO
Ciano: Mínima:
contém 25% de Magenta M = Y e o C acima 3%
•Uma utilizando composição de ciano, magenta, amarelo, este é resul-
tado com valores iguais de CMY. Magenta: Meio-tom:
contém 40% de Amarelo M = Y e o C acima 6%
Amarelo: Máxima:
Note o tom avermelhado - “quente”, pois cores iguais de CMY não im- contém 10% de Magenta M = Y e o C acima 9%
prime um tom Neutro.
•Aqui o resultado esta mais equilibrado, pois foi compensado a forte
presença do magenta nas demais cores - chamado erro de tom.
COMPOSIÇÃO RGB PARA NEUTRO
trabalhe com os três valores iguais. R=G=B
Mínima | Meio-tom | Máxima
4. TONS DE PELE: 2 - Peles Asiaticas:
Os tons de pele são mais complexos pela diversidade de raças com in- M =/< Y + em até 10% e o C esta entre 1/4-25% e 1/3-33% do magenta.
formações diversas de tonalidade, mas ainda podemos usar algumas
fórmulas para conseguir ótimos resultados.
1- Conceito Geral:
Um valor genérico de tom de pele que atende a uma grande fatia da
população brasileira é formado com:
Amarelo igual ou superior o magenta - em até 20%. O ciano sofre uma
variação conforme o tom da pele. 3 - Peles Vermelhas:
1a - Peles Claras: encontrados esse tipo de pele em bebês e europeus.
M < Y + em até 20% e o C estar entre 1/5-20% e 1/4-25% do valor do Y < M + em até 10% e o C entre 15% e 20% do magenta.
magenta.
EX.: 06% C
28% M
32% Y
0% K
1b - Peles Morenas:
M < Y + em até 10% e o C estar em torno de 35% do magenta.
EX.: 15% C
40% M
45% Y DIVISÃO DA IMAGEM EM PORCENTAGENS
0% - 10%
NÍVEIS
0 - 26
05% K PORCENTAGEM DE RETÍCULA 20% 51
Mínima 0% - 25% 30% 77
Meio-tom 25% - 75% 40% 102
Máxima 75% - 100% 50% 128
1c - Peles Negras: 60% 153
M < Y + em até 10% e o C esta acima de 35% do magenta, mais o 70% 179
preto conforme a luminosidade do tom. 80% 204
90% 230
100% 255
5. PRINCIPAIS PROBLEMAS EM UMA IMAGEM
O domínio dos conceitos relacionados aos problemas dos originais facilita na associação de qual
ferramenta utilizar.Para problemas de:
1- Contraste - variações nas áreas de Máximas (sombras) podendo estar com excesso (muito es-
cura) ou falta de contraste (lavada);
ORIGINAL
- CONTRASTE + CONTRASTE
2- Brilho - variações nas áreas de Mínimas (realçes) podendo estar com excesso (muito clara) ou
falta de brilho (abafada);
TRATADA
- BRILHO + BRILHO
6. 3- Definição de Volumes - quando o problema ocorre nas duas áreas - Mínima e Máxima. A ima-
>> Estes problemas (1/2/3) são ajustados com a fer-
gem perde modelação e definição de formas e volumes;
ramenta Níveis (Levels/Ctrl+L) posicionando cor-
retamente os pontos mais claros (mínima) e os mais
escuros (máxima) que sejam importantes para o 1º
plano da imagem e tenham informação (porcen-
tagem) para ser manipulada (ajustada), isso quer
dizer, que não pode
ser uma área furada
(mínima) ou chapada
(máxima) ou próximo
desse situação.
ABAFADA ESTOURADA
>> Este problema (4) é resolvido com a ferramenta
4- Invasão de Cores - uma tonalidade específica que cobre toda a extensão da imagem (míni-
ma / meio-tom / máxima), retirando o aspecto real das cores e prejudicando o contraste (range Equilíbrio de Cores (Color Balance/Ctrl+B), bus-
tonal); cando sempre áreas de referência neutra (branco
- cinza - preto), pois equilibrando os tons neutros da
imagem (valores iguais de RGB) estamos removen-
do suas invasões de cor através do conceito de cores
complementares.
7. 5- Nitidez quanto ao foco ou contraste: >>O filtro Nitidez > Máscara de Nitidez
(Unsharp Mask)
5a) quanto ao contraste - problema ocorrido em imagens realça os detalhes e aplica profundidade garantin-
lavadas - falta de contraste. do a definição e o “corte” nas transições dos tons da
Tal situação é solucionada com a ferramenta Níveis com o imagem.
ajuste de Mínima e Máxima;
5b) quanto ao foco - consiste na falta de detalhes e defini-
ção na passagem dos tons da imagem, comum nos originais
atuais.
8. 6- Volume de Cor - a intensidade (saturação) ou neutralidade (desaturação) exagerada de um
tom específico da imagem. >>Para essa correção usamos a ferramenta Matiz/
Não caracteriza Invasão, pois não ocorre na imagem inteira e muito menos caracteriza um Saturação (Hue/Saturation Ctrl+U) para amenizar
Desvio de cor, pois não há alteração de tom / matiz / cor, mas somente uma intensidade no o tom saturado
tom original.
VOLUME DE COR DESVIO DE COR
9. Felipe Santos é Designer e Produtor Gráfico com mais de 20 anos de experiência nas áreas de pré-
impressão, editoração e tratamento de imagens. É Adobe Certified Expert em Photoshop e InDesign. Ministra cursos
sobre aplicativos Adobe no Rio de Janeiro e escreve artigos sobre os recursos do InDesign e Photoshop no site
www.infoprepress.ppg.br