O documento apresenta os resultados da primeira etapa de um projeto que teve como objetivo identificar e selecionar as aglomerações industriais no Rio Grande do Sul. Foram identificadas 170 aglomerações a partir de critérios como concentração produtiva, número de empregos e estabelecimentos. Essas aglomerações respondem por quase metade do emprego e valor da produção industrial no estado.
As Aglomerações industriais do Rio Grande do Sul, Vanclei Zanin, Rodrigo Morem da Costa e Rodrigo Daniel Feix
1. As aglomerações industriais do Rio
Grande do Sul: identificação e seleção
Projeto Aglomerações Produtivas do RS
2013
Vanclei Zanin
Rodrigo Morem da Costa
Rodrigo Daniel Feix
2. INTRODUÇÃO
É crescente a importância conferida às aglomerações setoriais de empresas para
o desenvolvimento regional e a competitividade das empresas.
Com vistas a avançar na compreensão desse fenômeno localmente e oferecer
subsídios à aplicação da política de apoio aos APLs gaúchos a FEE está
elaborando um conjunto de estudos, com o apoio da AGDI.
Esses trabalhos fazem parte do Projeto Estudo de Aglomerações Industriais
e Agroindustriais do RS, com participação de pesquisadores do Núcleo de
Análise Setorial e Núcleo de Desenvolvimento Regional da FEE.
O trabalho que será apresentado é o primeiro de uma série e teve como objetivo
a identificação e seleção das aglomerações industriais do RS.
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 2
3. • Objetivos geral e específicos;
• Etapas da pesquisa;
• Elementos conceituais sobre APLs;
• Metodologia de identificação;
• Resultados do primeiro processo de filtragem;
ESTRUTURA DAAPRESENTAÇÃO
3As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção
4. • Justificativa do segundo processo de filtragem por blocos;
• Bloco 1: aglomerações em regiões de menor desenvolvimento
relativo;
• Bloco 2: aglomerações importantes para o emprego;
• Bloco 3: aglomerações intensivas em tecnologia;
• Síntese dos resultados
• Considerações finais e encaminhamentos futuros da pesquisa;
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 4
ESTRUTURA DAAPRESENTAÇÃO
5. OBJETIVO GERAL
Analisar o potencial de aglomerações produtivas locais para promover o
desenvolvimento sustentável do Estado
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
1. Apontar os fatores determinantes da competitividade das empresas locais,
buscando encontrar os gargalos que dificultam e ou comprometem o
desenvolvimento e a performance das mesmas.
2. Identificar os elos da cadeia produtiva, relacionados com a atividade fim de cada
aglomeração, que estejam presentes ou faltantes no território, com a finalidade de
entender o grau atual e potencial de adensamento e enraizamento do processo
produtivo;
OBJETIVOS DO PROJETO
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 5
6. OBJETIVOS DO PROJETO
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
3. Analisar os sistemas locais de inovação e sua capacidade para dinamizar as
aglomerações relacionadas;
4. Examinar as relações de cada aglomeração produtiva local com as esferas
nacional e global, avaliando eventuais limitações e potencialidades daí advindas;
5. Identificar os canais de financiamento disponíveis às atividades de cada
aglomeração e as principais dificuldades de acesso ao crédito pelas empresas;
6. Compreender a configuração do mercado de trabalho local, chamando a atenção
para o potencial de geração de empregos de cada aglomeração bem como para a
qualidade potencial dos postos de trabalho ofertados;
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 6
7. OBJETIVOS DO PROJETO
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
7. Identificar a estrutura institucional de suporte e as condições de infraestrutura para
a atividade econômica local;
8. Compreender como ocorrem as relações de governança e seu papel no
desenvolvimento de cada aglomeração;
9. Avaliar os impactos ambientais decorrentes das atividades produtivas de cada
aglomeração, procurando identificar formas de mitigar esses efeitos e promover o
desenvolvimento com sustentabilidade;
10. Identificar as relações de cooperação vertical e horizontal, avaliando seu
potencial para promover a eficiência coletiva das empresas locais.
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 7
8. ETAPAS DO PROJETO
ETAPA I: Identificar e selecionar as aglomerações industriais do RS;
Status: concluído
ETAPA II: Identificar e selecionar as aglomerações agroindustriais do RS;
Status: em andamento, com conclusão prevista para setembro/2013
ETAPA III: Estudar em detalhe 12 das aglomerações industriais e
agroindustriais selecionadas sob a perspectiva analítica de APLs;
Status: em andamento, com conclusão prevista para setembro/2014.
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 8
9. • Origens da discussão:
ELEMENTOS CONCEITUAIS SOBRE APLs
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 9
10. • Arranjos Produtivos Locais são aglomerações de empresas,
localizadas em um mesmo território, que apresentam
especialização produtiva e mantêm vínculos de articulação,
interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores
locais, tais como: governo, associações empresariais, instituições
de crédito, de ensino e pesquisa, de treinamento e outras.
• (Definição da REDESIST/UFRJ adotada pelo GTP-APL/MDIC);
• Rio Grande do Sul: experiência pioneira no início dos anos de 2000
(Sistemas Locais de Produção – SLP);
• Brasil: desde 2004 o apoio aos APLs figura como um instrumento
importante de política industrial e de desenvolvimento regional;
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 10
ELEMENTOS CONCEITUAIS SOBRE APLs
11. • Critérios teóricos para uma aglomeração ser considerada um
APL:
• Aglomeração de empresas em torno de uma determinada atividade
produtiva, elaborando um produto predominante;
• Presença de economias externas incidentais marshallianas;
• Extensiva divisão do trabalho entre empresas e coexistência de
relações de competição e de cooperação;
• Simbiose entre a atividade produtiva e a população do território;
ELEMENTOS CONCEITUAIS SOBRE APLs
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 11
12. • Critérios teóricos para uma aglomeração ser considerada um
APL:
• Presença de economias externas intencionais a partir de ações
cooperativas, quando são percebidas oportunidades para melhorar a
competitividade das empresas;
• Conjunção entre as economias externas incidentais com as
intencionais resultando na ideia de que cada APL possua uma
“eficiência coletiva”;
ELEMENTOS CONCEITUAIS SOBRE APLs
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 12
13. • Gênese do APL:
• Recursos naturais estratégicos abundantes na região, mas em geral
escassos na economia;
• Facilidades em termos de logística;
• Por um “acidente histórico inicial” – no sentido de um evento não
premeditado, a partir do qual a atividade se instala no território;
• Com o início da atividade, o seu sucesso atrai novos produtores e
vai se tornando enraizada no território;
ELEMENTOS CONCEITUAIS SOBRE APLs
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 13
14. • Economias externas incidentais (marshallianas):
• Escala de mercado, renda e vantagens locacionais;
• Extensa divisão do trabalho e especialização produtiva;
• Menor necessidade de capital e facilidade para o
empreendedorismo;
• Maior flexibilidade produtiva;
ELEMENTOS CONCEITUAIS SOBRE APLs
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 14
15. • Economias externas incidentais (marshallianas):
• Surgimento de trabalhadores e de fornecedores de insumos, de bens
de capital e de serviços especializados na atividade da
aglomeração;
• Difusão de “melhores práticas” produtivas;
• Maior interação entre os atores permitindo o aprendizado novos
conhecimentos e a difusão de novas tecnologias;
• Maior visibilidade política;
ELEMENTOS CONCEITUAIS SOBRE APLs
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 15
16. • Economias externas intencionais - cooperação:
• Interações recorrentes entre os atores do território, baseadas em
capital social, em valores culturais e éticos, e em uma formação
histórica comuns, tende a fornecer as bases para o estabelecimento
de confiança e relações de liderança e governança, que, por sua
vez, geram regras informais que delimitam, controlam e sancionam
ações cooperativas;
ELEMENTOS CONCEITUAIS SOBRE APLs
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 16
17. • Economias externas intencionais - cooperação:
• Solução de problemas comuns para a promoção da
competitividade;
• Ações cooperativas em âmbito vertical e horizontal;
• Redução de custos de transação;
• Observações gerais:
• Identidade única em razão das especificidades de cada APL;
• Articulação com o restante da matriz produtiva;
ELEMENTOS CONCEITUAIS SOBRE APLs
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 17
18. Procedimentos Metodológicos:
Estudo das notas técnicas da Rede de Pesquisa em Arranjos e Sistemas
Produtivos e Inovativos Locais (RedeSist);
Adaptação da metodologia proposta por IPARDES (2005) e aplicada no Paraná
– filtragens a partir da elevação dos QLs.
Fonte dos dados brutos: Relação Anual de Informações Sociais (RAIS-MTE) e
Sefaz-RS;
Ano Base: 2010
Atividades analisadas: indústria de transformação e extrativa e atividade de
software (280 classes de atividade da CNAE 2.0);
Regionalização das informações: Coredes
AGLOMERAÇÕES INDUSTRIAIS DO RS:
IDENTIFICAÇÃO
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 18
19. Procedimentos Metodológicos:
A fim de se identificarem as aglomerações industriais de cada Corede, foram
estabelecidos três critérios gerais:
i) concentração produtiva e importância da atividade para a região;
ii) número mínimo de estabelecimentos; e
iii) número mínimo de empregos formais.
Quadro 1
Síntese dos critérios e restrições para a identificação das aglomerações industriais
no Rio Grande do Sul
CRITÉRIOS ORDEM RESTRIÇÕES
QL emprego 1º > = 1
QL estabelecimentos 2º > = 1
Número de estabelecimentos 3º > = 10
Número de empregos 4º > = 100
Participação de cada classe no valor das saídas do Corede 5º > = 0,5%
FONTE: Resultados da Pesquisa.
AGLOMERAÇÕES INDUSTRIAIS DO RS:
IDENTIFICAÇÃO
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 19
20. Critérios Ordem Restrições
Número de
casos restantes
QL Emprego 1º > = 1 1266
QL Estabelecimentos 2º > = 1 1097
Número de Estabelecimentos 3º > = 10 395
Número de Empregos 4º > = 100 325
Participação de cada classe no valor das saídas do
COREDE
5º > = 0,5% 170
Resultados:
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Em 2010, as 170 aglomerações identificadas responderam por 47,9% do total do emprego,
32,3% dos estabelecimentos e 34,8% do valor das saídas das indústrias de transformação e
extrativa e da atividade de software do RS
AGLOMERAÇÕES INDUSTRIAIS DO RS:
IDENTIFICAÇÃO
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 20
21. Tabela 2
Número de aglomerações industriais identificadas, número de empregos e de estabelecimentos e participação no valor total
das saídas fiscais, por Coredes, do RS — 2010
COREDES E TOTAL AGLOMERAÇÕES ESTABELECIMENTOS EMPREGOS
PARTICIPAÇÃO NAS SAÍDAS
FISCAIS (%)
Serra ....................................... 27 3.331 104.836 10,59
Vale do Rio dos Sinos ............ 15 2.834 73.263 5,46
Paranhana-Encosta da Serra 4 1.272 35.157 1,36
Metropolitano Delta do Jacuí 16 955 24.990 2,40
Vale do Taquari ...................... 11 303 20.552 2,46
Sul .......................................... 8 245 10.013 2,09
Vale do Caí ............................ 7 334 9.751 0,55
Vale do Rio Pardo ................... 5 174 8.397 4,65
Noroeste Colonial ................... 5 100 6.142 0,23
Norte ....................................... 10 236 6.026 0,53
Fronteira Noroeste ................. 3 106 5.908 0,20
Hortênsias .............................. 6 383 5.865 0,20
Fronteira Oeste ...................... 2 88 4.871 1,52
Produção ................................ 6 205 4.816 0,54
Alto Jacuí ............................... 2 65 3.942 0,34
Central .................................... 7 166 3.097 0,30
Campanha ............................. 4 67 2.466 0,41
Litoral ..................................... 8 370 1.931 0,06
Nordeste ................................. 2 120 1.904 0,10
Centro-Sul .............................. 3 74 1.796 0,28
Jacuí-Centro ........................... 3 49 1.575 0,18
Rio da Várzea ........................ 3 108 1.071 0,05
Celeiro .................................... 3 93 667 0,01
Alto da Serra do Botucaraí .... 3 88 663 0,03
Médio Alto Uruguai ................. 3 91 602 0,02
Vale do Jaguari ...................... 1 28 457 0,00
Missões .................................. 2 31 388 0,25
Campos de Cima da Serra .... 1 36 224 0,01
Total do RS ............................ 170 11.952 341.370 34,83
FONTE DOS DADOS BRUTOS: RAIS-MTE (2010).
Sefaz-RS (2010). 21
22. Tabela 3
Distribuição setorial das aglomerações industriais identificadas no RS — 2010
DIVISÕES DA CNAE
FREQUÊNCIA
ABSOLUTA
FREQUÊNCIA
RELATIVA (%)
Fabricação de produtos alimentícios ..................................................................................... 36 21,18
Fabricação de máquinas e equipamentos ............................................................................ 17 10,00
Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos .................................. 16 9,41
Fabricação de produtos de minerais não metálicos .............................................................. 13 7,65
Confecção de artigos do vestuário e acessórios ................................................................... 12 7,06
Fabricação de móveis ........................................................................................................... 12 7,06
Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados 12 7,06
Fabricação de produtos de madeira ...................................................................................... 8 4,71
Atividades dos serviços de tecnologia da informação ........................................................... 6 3,53
Fabricação de produtos de borracha e de material plástico ................................................. 5 2,94
Fabricação de produtos diversos .......................................................................................... 5 2,94
Fabricação de produtos químicos ......................................................................................... 5 2,94
Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias .............................................. 4 2,35
Extração de minerais não metálicos ...................................................................................... 3 1,76
Fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos ....................... 3 1,76
Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos .................................................... 3 1,76
Atividades de prestação de serviços de informação ............................................................. 2 1,18
Fabricação de bebidas .......................................................................................................... 2 1,18
Fabricação de produtos do fumo ........................................................................................... 2 1,18
Fabricação de produtos têxteis ............................................................................................. 2 1,18
Fabricação de celulose, papel e produtos de papel .............................................................. 1 0,59
Metalurgia .............................................................................................................................. 1 0,59
TOTAL ................................................................................................................................... 170 100,00
FONTE DOS DADOS BRUTOS: RAIS-MTE (2010).
Sefaz-RS (2010).
22
23. Após a identificação, foi iniciada a discussão para definição das aglomerações que
seriam estudadas em detalhe.
Percebendo a necessidade de contemplar diferentes perspectivas de análise, optou-
se por selecionar dentre as 170 aglomerações anteriormente identificadas aquelas
que se enquadrassem em pelo menos um dos seguintes blocos de análise:
(i) localização em regiões com menor nível de desenvolvimento relativo;
(ii) nível de intensidade tecnológica;
(iii) importância para o emprego.
• A análise das aglomerações segundo perspectivas distintas visa salientar
determinados aspectos e atingir objetivos específicos.
• Os novos filtros e restrições reduziram o universo de aglomerações e também
facilitaram a escolha daquelas que serão objeto de estudo de campo.
AGLOMERAÇÕES INDUSTRIAIS DO RS:
SELEÇÃO
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 23
24. • BLOCO 1: Aglomerações localizadas em regiões de menor
desenvolvimento relativo
Quadro 3
Critérios de identificação e seleção das aglomerações industriais nas regiões de menor desenvolvimento relativo do
Rio Grande do Sul
CRITÉRIOS ORDEM RESTRIÇÕES
Idese 1º < = média do RS
Variação do PIB 2º
< = média do RS (regiões menos desenvolvidas
em declínio)
>= média do RS (regiões em desenvolvimento)
Participação no valor das saídas do Corede 3º > = 1%
Percentual de micro e pequenas empresas 4º > = 80%
Salário 5º > = mínimo nacional em 31/12/2010 (R$ 510,00)
FONTE: Dados de pesquisa.
AGLOMERAÇÕES EM REGIÕES DE MENOR
DESENVOLVIMENTO
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 24
25. Classificações das regiões segundo o nível de desenvolvimento e o ritmo de crescimento
RED
100 +25-50 -25
-25
-50
+25
Nível de
Desenvolvimento
Ritmo de
Crescimento
RDD
RMDD
RDE
FONTE: BRASIL (2003).
AGLOMERAÇÕES EM REGIÕES DE MENOR
DESENVOLVIMENTO
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 25
26. Determinação das Regiões de Menor Desenvolvimento Relativo do RS
1
2
3
4
5
6
7
8
910
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
Legenda:
1 – Alto da Serra do Botucaraí; 2 – Alto Jacuí; 3 – Campanha; 4 – Campos de Cima da Serra; 5 - Celeiro; 6 –
Central; 7 – Centro Sul; 8 – Fronteira Noroeste; 9 – Fronteira Oeste; 10 – Hortênsias; 11 – Jacuí Centro; 12 –
Litoral; 13 – Médio Alto Uruguai; 14 – Metropolitano Delta do Jacuí; 15 – Missões; 16 – Nordeste; 17 – Noroeste
Colonial; 18 – Norte; 19 – Paranhana Encosta da Serra; 20 – Produção; 21 – Rio da Várzea; 22 – Serra; 23 – Sul;
24 – Vale do Caí; 25 – Vale do Jaguarí; 26 – Vale do Rio dos Sinos; 27 – Vale do Rio Pardo; 28 – Vale do Taquari.
Idese
Var. PIB
RDD RDE
RMDD RED
-10%
-8%
-6%
-4%
-2%
0%
2%
4%
6%
8%
10%
-40% -30% -20% -10% 0% 10% 20% 30% 40%
FONTE DOS DADOS BRUTOS: FEE (2013).
26
27. Quadro 4
Classificação dos Coredes do Rio Grande do Sul, segundo o nível de desenvolvimento e o ritmo de crescimento
— 2010
CLASSIFICAÇÃO COREDES
Regiões desenvolvidas em
expansão
Alto Jacuí e Serra.
Regiões desenvolvidas em
declínio
Fronteira Noroeste, Metropolitano Delta do Jacuí, Noroeste Colonial, Produção, Vale
do Rio dos Sinos e Vale do Taquari.
Regiões em desenvolvimento
Campos de Cima da Serra, Central, Fronteira Oeste, Hortênsias, Litoral, Médio Alto
Uruguai, Nordeste, Norte e Sul.
Regiões menos desenvolvidas
em declínio
Alto da Serra do Botucaraí, Campanha, Celeiro, Centro-Sul, Jacuí-Centro, Missões,
Paranhana-Encosta da Serra, Rio da Várzea, Vale do Caí, Vale do Jaguari e Vale do
Rio Pardo.
FONTE: Resultados da Pesquisa.
AGLOMERAÇÕES EM REGIÕES DE MENOR
DESENVOLVIMENTO
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 27
28. AGLOMERAÇÕES EM REGIÕES DE MENOR
DESENVOLVIMENTO
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 28
29. • BLOCO 2: Aglomerações relevantes para o emprego
Quadro 14
Síntese dos critérios e restrições para a identificação das aglomerações relevantes para
o emprego industrial no Rio Grande do Sul — 2010
CRITÉRIOS ORDEM RESTRIÇÕES
Salário médio 1º > = R$ 510,00
Empregos 2º > = 500
Participação no emprego do Corede 3º > = 1%
Participação no emprego da classe de atividade 4º > = 15%
Participação no valor das saídas do Corede 5º > = 1,5%
Número de estabelecimentos 6º > = 20
FONTE: Resultados da pesquisa
AGLOMERAÇÕES DE MAIOR RELEVÂNCIA
PARA O EMPREGO
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 29
30. AGLOMERAÇÕES DE MAIOR RELEVÂNCIA
PARA O EMPREGO
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 30
31. • Importância para a economia:
– Maior esforço para a geração de novos conhecimentos e
tecnologias, bem como para sua difusão;
– Maiores janelas de oportunidades para novos desenvolvimentos,
em relação aos demais setores da economia;
– Maior potencial para a difusão de novas tecnologias para outros
setores;
– Maiores taxas de lucro e de crescimento destas atividades;
– Postos de trabalho de maior complexidade e remuneração;
AGLOMERAÇÕES INTENSIVAS EM
TECNOLOGIA
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 31
32. AGLOMERAÇÕES INTENSIVAS EM
TECNOLOGIA
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 32
Aeronáutica e espacial Construção e reparação naval
Farmacêutica Borracha e produtos plásticos
Material de escritório e informática
Carvão, produtos de petróleo refinado e
combustível nuclear
Equipamentos de rádio, TV e comunicação Outros produtos minerais não metálicos
Instrumentos médicos de ótica e precisão Produtos metálicos
Máquinas e equipamentos elétricos Produtos manufaturados e bens reciclados
Veículos automotores, reboques e
semirreboques
Madeira e seus produtos, papel e celulose
Produtos químicos Alimentos, bebidas e tabaco
Equipamentos para ferrovia e material de
transporte
Têxteis, couro e calçados
Máquinas e equipamentos mecânicos
média-baixa
baixa
Taxonomia de intensidade de esforço tecnológico de setores da indústria de transformação - OCDE
FONTE: CARTA IEDI (2013).
NOTA: Elaboração combase na taxonomia da OCDE/Standatabase.
alta
média-alta
33. AGLOMERAÇÕES INTENSIVAS EM
TECNOLOGIA
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 33
Quadro 13
Síntese dos critérios e restrições para a identificação das aglomerações intensivas em tecnologia
no Rio Grande do Sul — 2010
CRITÉRIOS ORDEM RESTRIÇÕES
Intensidade tecnológica 1º Alta e média-alta
Número de empregados com mestrado e/ou doutorado 2º > zero
% de empregados com curso superior completo 3º > = 5%
Participação de cada classe no valor das saídas do Corede 4º > = 1%
FONTE: Resultados da pesquisa.
• BLOCO 3: Aglomerações intensivas em tecnologia
34. As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 34
Legenda: Média-Alta Alta
Metropolitano-Delta do Jacuí Serra Produção
Desenvolvimento de programas de computador
sob encomenda
Fabricação de peças e acessórios para veículos
automotores não especificados anteriormente
Desenvolvimento de programas de computador
sob encomenda
Desenvolvimento e licenciamento de
programas de computador não customizáveis
Fabricação de peças e acessórios para o sistema
de freios de veículos automotores
Fabricação de máquinas e equipamentos para a
agricultura e pecuária, exceto para irrigação
Desenvolvimento e licenciamento de programas
de computador customizáveis
Fabricação de cabines, carrocerias e reboques
para veículos automotores
Fronteira Noroeste
Fabricação de peças e acessórios para veículos
automotores não especificados anteriormente
Fabricação de máquinas e equipamentos para as
indústrias de alimentos, bebidas e fumo
Fabricação de máquinas e equipamentos para
agricultura e pecuária, exceto para irrigação
Fabricação de componentes eletrônicos
Norte Vale do Caí Vale do Rio dos Sinos
Fabricação de máquinas e equipamentos para
uso industrial específico não especificados
anteriormente
Fabricação de produtos químicos orgânicos não
especificados anteriormente
Fabricação de máquinas-ferramenta
Aglomerações industriais intensivas em tecnologia identificadas após a aplicação dos filtros nos Coredes do Rio Grande do Sul — 2010
FONTE DE DADOS BRUTOS: BRASIL (2010) e RIO GRANDE DO SUL (2010).
Nota: Elaborado a partir da taxonomia de intensidade tecnológica de setores industriais da OCDE (OCDE/Standatabase).
AGLOMERAÇÕES INTENSIVAS EM
TECNOLOGIA
36. • Aglomerações selecionadas nos três blocos de análise:
• Agregando-se as aglomerações produtivas por um critério de
similaridade produtiva e proximidade geográfica, e eliminando-se
os casos repetidos entre os blocos, foram identificadas 79
aglomerações industriais selecionadas no Rio Grande do Sul
SÍNTESE DOS RESULTADOS
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 36
Tabela 19
Representatividade econômica das aglomerações selecionadas, segundo os três blocos de análise,
no Rio Grande do Sul — 2010
BLOCOS
CASOS
SELECIONADOS
NÚMERO DE
ESTABELECIMENTOS
NÚMERO DE
EMPREGOS
VALOR DAS
SAÍDAS DO
RS (%)
Regiões Menos Desenvolvidas em Declínio e em
Desenvolvimento ..................................................
66 3.477 76.394 6,51
Importantes para o emprego ................................. 30 5.710 188.343 19,13
Intensivos em tecnologia ....................................... 15 708 48.368 5,36
TOTAL .................................................................... 98 8.046 241.691 24,30
FONTE DOS DADOS BRUTOS: BRASIL (2010).
RIO GRANDE DO SUL (2010).
38. • Destaque para os Coredes Serra (11 casos / 8 aglomerações) e
Metropolitano Delta do Jacuí (7 casos / 3 aglomerações);
• Em geral predominam aglomerados de atividades de baixa e média-
baixa intensidade de esforço tecnológico;
• São atividades intensivas em trabalho e/ou voltadas para a extração
e processamento de recursos naturais;
– Fabricação de Alimentos (24 / 24);
– Fabricação de couro-calçados (8 / 2), móveis (11 / 10), e confecções e têxteis
(7 / 7);
SÍNTESE DOS RESULTADOS
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 38
39. • Expressiva participação de setores da cadeia produtiva
metalmecânica (19 casos / 15 aglomerações);
• Número significativo de aglomerações industriais que possuem
vínculo direto com a agropecuária (32 casos / 29 aglomerações);
• Baixa participação de aglomerados de alta intensidade de esforço
tecnológico (12 casos / 8 aglomerações);
– Software (6 casos / 2 aglomerações);
SÍNTESE DOS RESULTADOS
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 39
40. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 40
Independentemente dos tipos de concentração espacial de empresas
especializadas identificados, essa informação é importante:
a. Por um lado, todos possuem economias de aglomeração que, se
apoiadas, podem fornecer vantagens competitivas capazes de melhorar
o desempenho das empresas e o desenvolvimento de regiões do RS;
b. Por outro lado, o mapeamento tende a refletir a forma como a matriz
econômica do Estado está organizada no espaço, inclusive,
identificando “vocações” por região, relevantes à aplicação de
políticas de desenvolvimento regional.
41. Aglomerações Coredes Atividade
1 Vale do Rio dos Sinos Calçados e suas partes
2 Alto Jacuí Máquinas e implementos agrícolas
3 Vale do Rio dos Sinos Fabricação de máquinas-ferramenta
4 Serra Móveis
5 Sul
Fabricação de instrumentos e materiais para uso médico e
odontológico e de artigos ópticos
6 Alto da Serra do Botucaraí
Lapidação de gemas e fabricação de artefatos de
ourivesaria e joalheria
7 Metropolitano Delta do Jacuí Fabricação de componentes eletrônicos
8 Sul Conservas de frutas
9 Vale do Taquari Laticínios
10 Jacui Centro e Central Máquinas e Implementos Agrícolas
11 Serra
Fabricação de peças e componentes para veículos
automotores
12 Fronteira Noroeste/Celeiro Laticínios
ENCAMINHAMENTOS DA PESQUISA
Do conjunto de aglomerações selecionadas, 12 serão analisadas em detalhe (9
industriais e 3 agroindustriais).
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 41
43. ENCAMINHAMENTOS DA PESQUISA
Etapas de estudo das 12 aglomerações:
I) Caracterização preliminar de cada aglomeração a partir de dados secundários
(Relatório I);
II) Realização das Oficinas de Campo e aplicação de questionários;
III) Redação de relatório final de análise (Relatório II).
Por meio do estudo das 12 aglomerações será possível:
I. compreender sua dinâmica de funcionamento;
II. identificar os entraves à competitividade das empresas que a compõe;
III. avaliar as vantagens locacionais existentes e o potencial de desenvolvimento
engendrado por cada aglomeração e;
IV. avaliar os vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre
as empresas aglomeradas e com outros atores locais tais como governo,
associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa.
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 43
44. ENCAMINHAMENTOS DA PESQUISA
As Aglomerações Industriais do Rio Grande do Sul: Identificação e Seleção 44
Oficinas de Trabalho:
Fonte: Zawislak (2013)