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CADEIAS GLOBAIS DE VALOR NO
AGRONEGÓCIO:
O CASO DO COMPLEXO SOJA
Rodrigo D. Feix
Fundação de Economia e Estatística – FEE
rfeix@fee.tche.br

Porto Alegre, 06 de dezembro de 2012
ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO
1.O mercado internacional do complexo soja
2.O papel das grandes empresas na governança do
setor
3.Financeirização da produção e do comércio
4.Perspectivas
5.O Complexo Soja no RS: desafios e oportunidades
6.Considerações finais
O MERCADO INTERNACIONAL
O mundo em desenvolvimento está em rápida mudança
Economia

Demografia

45000

7000

40000

6000

35000
5000

30000

Pop. Urbana

25000

4000

20000
3000

15000
10000

2000

5000
0
2000

2002

2004

Países Desenvolvidos
Var. %

Fonte: FMI e ONU.

2006

2008

Países em Desenvolvimento

2010

1000
0
1950 1965 1980 1995 2010 2025 2040

Pop. Rural
O MERCADO INTERNACIONAL
O MERCADO INTERNACIONAL

Fonte: ABIOVE
O MERCADO INTERNACIONAL
Produção

Fonte: USDA (2012).
O MERCADO INTERNACIONAL
Produção

Em milhões de toneladas

Fonte: USDA (2012).
O MERCADO INTERNACIONAL
Produção, Processamento e Exportação
Estados Unidos

Brasil

100

100

80

80

60

60

40

40

20

20

0
1991/92 1995/96 1999/00 2003/04 2007/08 2011/12

0
1991/92 1995/96 1999/00 2003/04 2007/08 2011/12

Argentina

China

60
50
40
Em milhões de toneladas
30
20
10
0
1991/92 1995/96 1999/00 2003/04 2007/08 2011/12

Fonte: USDA (2012).

Produção

70
60
50
40
30
20
10
0
1991/92 1995/96 1999/00 2003/04 2007/08 2011/12

Processamento

Exportação
O MERCADO INTERNACIONAL
Balança Comercial

Fonte: USDA (2012).
O MERCADO INTERNACIONAL
Market-share no processamento
1991/1992
2011/2012

China
EUA
Brasil
Argentina
Outros
União Européia
India

Fonte: USDA (2012).
O MERCADO INTERNACIONAL
Capacidade Instalada da Indústria de Processamento
190000

Status das unidades - 2010

170000
150000
130000

ton/dia

110000
90000
70000
Brasil
50000
1995 1997 1998 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Fonte: ABIOVE e J. J. Hinrichsen

Arg
Ativa

Parada

• As empresas que operam no Brasil e na Argentina são praticamente as mesmas.
• O que determinou o fracasso brasileiro e o sucesso argentino na agregação de valor
no complexo soja?
O MERCADO INTERNACIONAL
Diferencial Tributário de Exportação na Argentina

Fonte: ABIOVE
Obs.: Preços FOB da Bolsa de Comércio de Rosário em 22 de julho de 2011.
O MERCADO INTERNACIONAL
Tributação no Brasil

Fonte: ABIOVE
O MERCADO INTERNACIONAL
Capacidade Instalada da Indústria de Processamento
Total 2011 Capacidade %

Total 2011 Capacidade Ton/dia
até 600
601 a 1.500
1.501 a 3.000
3.001 a 4.000
4.001 a 6.000
6.001 a 7.000
7.001 a 10.000
10.001 a 15.000
15.001 a 20.000

Fonte: ABIOVE e J. J. Hinrichsen
Obs.: capacidade em toneladas/dia

A tributação no Brasil não favorece os ganhos de escala na indústria
O MERCADO INTERNACIONAL
Capacidade Instalada da Indústria - Brasil
Capacidade de Processamento
Estado
Mato Grosso
Paraná
Rio Grande do Sul
Goiás
São Paulo
Mato Grosso do Sul
Minas Gerais
Bahia
Santa Catarina
Piaui
Amazonas
Total
Fonte: ABIOVE
Obs.: em toneladas/dia

UF
MT
PR
RS
GO
SP
MS
MG
BA
SC
PI
AM

1998

2012

8.770
36.770
28.930
9.660
13.780
7.480
5.900
2.750
5.210
260
-

35.486
35.745
30.560
21.285
13.950
10.790
9.100
6.600
2.750
2.800
2.000

120.910

173.441

Var. 1998-2012
t
%
26.716
305%
(1.025)
-3%
1.630
6%
11.625
120%
170
1%
3.310
44%
3.200
54%
3.850
140%
(2.460)
-47%
2.540
977%
2.000
52.531

43%
O MERCADO INTERNACIONAL
Capacidade Instalada da Indústria - Brasil
Capacidade de Processamento
Estado
Mato Grosso
Paraná
Rio Grande do Sul
Goiás
São Paulo
Mato Grosso do Sul
Minas Gerais
Bahia
Santa Catarina
Piaui
Amazonas
Total
Fonte: ABIOVE
Obs.: em toneladas/dia

UF
MT
PR
RS
GO
SP
MS
MG
BA
SC
PI
AM

1998

2012

8.770
36.770
28.930
9.660
13.780
7.480
5.900
2.750
5.210
260
-

35.486
35.745
30.560
21.285
13.950
10.790
9.100
6.600
2.750
2.800
2.000

120.910

173.441

Var. 1998-2012
t
%
26.716
305%
(1.025)
-3%
1.630
6%
11.625
120%
170
1%
3.310
44%
3.200
54%
3.850
140%
(2.460)
-47%
2.540
977%
2.000
52.531

43%
O MERCADO INTERNACIONAL
Escalada Tarifária – China
Série 1
30
25
20
%

15
10

Tarifas 5de importação
0
Grão

Farelo

Óleo

Carne bovina

Carne suína e de frango

Além das barreiras técnicas, a escalada tarifária dificulta a agregação de valor
no Brasil
O MERCADO INTERNACIONAL
Exportações do Brasil para a China - % em volume

Fonte: ABIOVE
O MERCADO INTERNACIONAL
Complexo Soja no Brasil
Mix de exportação

Safra de soja - usos

0.8

90000

0.7
75000
0.6
60000

0.5
0.4

45000

0.3

30000

0.2

15000

0.1
0
1993

0
1993
1996

1999
Grão

2002
Farelo

Fonte: SECEX/MCIC e ABIOVE

2005

2008
Óleo

1996

1999

2002

2005

2008

2011
Estoques
Processamento

Sementes/Perdas
Exportação

2011
O MERCADO INTERNACIONAL
Principais razões para a não agregação de valor no Brasil
•
•
•
-

A indústria nacional:
Tem ociosidade
Fechou fábricas, principalmente nas regiões Sul e Sudeste
“Não pode” fazer fábricas de grande porte (economia de
escala) e nem instalar-se nos portos
“Não pode” comprar matéria-prima em outros estados
O aproveitamento dos créditos tributários é incerto e demorado
Os principais concorrentes na exportação:
Oneram a exportação do grão e desoneram a os produtos.
Os mercados consumidores dinâmicos:
Impõe escalada tarifária às proteínas.
O MERCADO INTERNACIONAL

Fonte: ABIOVE
O PAPEL DAS GRANDES EMPRESAS

“Wherever you live, you can't avoid the four global giants”
The Guardian, 02 de junho de 2011
O PAPEL DAS GRANDES EMPRESAS

“Wherever you live, you can't avoid the four global giants”
The Guardian, 02 de junho de 2011
O PAPEL DAS GRANDES EMPRESAS
ABCD em números
Indicador
Vendas em 2011 (em bilhões de dólares)

80,7

58,7

119,5

59,6

Vendas em 2010 (em bilhões de dólares)

61,7

45,7

101,3

46,1

Lucros em 2011 (em bilhões de dólares)

2,04

0,94

4,2

não disponível

Lucros em 2010 (em bilhões de dólares)

1,9

2,5

2,6

não disponível

30000

32000

142000

34000

75

40

66

55

Número de empregados
Número de países com atuação
Fonte: Sites oficiais das empresas e imprensa.
Elaboração: OXFAM (2012)
O PAPEL DAS GRANDES EMPRESAS
O PAPEL DAS GRANDES EMPRESAS

“Quando avaliamos a realização de novos investimentos, sejam armazéns, plantas de processamento,
moinhos ou terminais portuários, focamos nos locais que ampliarão as fontes de oferta e nos conectarão
aos novos mercados consumidores.”
Raul Padilla, CEO Bunge
(Bunge 2011 Annual Report)
O PAPEL DAS GRANDES EMPRESAS

Entramos em novos mercados para capturar o crescimento da produção agrícola e da
demanda por produtos finais. A Ásia tem sido o grande foco.
O governo chinês planeja aumentar a escala de produão de suínos até 2015. Isso
demandará mais ração animal produzida a partir de milho e soja. A Bunge está aumentando
sua presença na China para ofertar esses produtos.
Bunge 2011 Annual Report
O PAPEL DAS GRANDES EMPRESAS
China - Market-share no setor de processamento de soja em 2010
Empresa
Wilmar International
China Agri-Industries (COFCO)
Heilongjiang Jiusan Oil and Fat
Chinatex (Estatal)
Cargill
Noble
Bunge
Hopefull Grain and Oil Group
Shandong Bohai Industries
Louis Dreyfus Commodities
Outros

Participação
20%
12%
9%
9%
7%
5%
4%
4%
3%
2%
25%

Fonte: Efeeed link e Reuters.
Elaboração: OXFAM (2012)

Para a próxima década, espera-se que 70% do crescimento no consumo global de proteína ocorra na
China. Atender a essa demanda crescente será um grande desafio: a China possui 21% da população
mundial mas somente 7% das terras aráveis. A Cargill está compartilhando sua experiência para
formular soluções.
CHRIS LANGHOLZ Business Unit Leader, China
(Cargill Annual Report, 2012)
FINANCEIRIZAÇÃO
A volatilidade dos preços é causa ou consequência da financeirização?

Fonte: CBOT
Elaboração: Cargill Annual Report, 2011
O MERCADO INTERNACIONAL
Fatores que sustentam a alta dos preços dos alimentos
1)Crescimento da renda em países emergentes;
2)Aumento da população e alteração no perfil demográfico em países
emergentes;
3)Restrições físicas e ambientais para abertura de novas áreas de
cultivo;
4)Demanda de produtos agrícolas para produção de biocombustíveis;
5)Liquidez de recursos (investimento especulativo).
FINANCEIRIZAÇÃO
Divisões de serviços financeiros das ABCD

Fonte:OXFAM (2012)
FINANCEIRIZAÇÃO

Obs.: 1. WTI: WTI crude oil price; 2. Stoxx EU: Euro Stoxx 600; 3.SPGSCI: Standard & Poor’s Goldman Sachs Commodity Index
Fonte: UNCTAD (2012)
FINANCEIRIZAÇÃO

Obs.: 1. WTI: WTI crude oil price; 2. Stoxx EU: Euro Stoxx 600; 3.SPGSCI: Standard & Poor’s Goldman Sachs Commodity Index
Fonte: UNCTAD (2012)
FINANCEIRIZAÇÃO
Os investidores não
baseiam suas decisões de
compra e venda
puramente nos
fundamentos de oferta e
demanda (lado real). Eles
consideram que aspectos
relacionados a outros
mercados ou a
diversificação dos
portfólios são importantes.
Isso introduz sinais
espúrios aos preços de
mercado (UNCTAD,
Obs.: 1. WTI: WTI crude oil price; 2. Stoxx EU: Euro Stoxx 600; 3.SPGSCI: Standard & Poor’s Goldman Sachs Commodity Index
2012).
Fonte: UNCTAD (2012)
FINANCEIRIZAÇÃO

Possibilidade de prática de arbitragem na taxa de juros de custeio da produção
FINANCEIRIZAÇÃO

Fonte:http://www.nytimes.com - 2011/05/27
PERSPECTIVAS
Projeções do USDA, 2021

Fonte: USDA Agricultural Projections to 2021.
PERSPECTIVAS
Projeções do USDA, 2021

Fonte: USDA Agricultural Projections to 2021.
PERSPECTIVAS
Projeções do USDA, 2021

Fonte: USDA Agricultural Projections to 2021.
PERSPECTIVAS
Projeções do USDA, 2021

Fonte: USDA Agricultural Projections to 2021.
PERSPECTIVAS
Projeções do USDA, 2021

“O ingresso da China na importação de milho é o grande destaque da safra atual e as compras chinesas
no mercado externo serão crescentes nos próximos anos”.
André Pessoa, Agroconsult
Fonte: USDA Agricultural Projections to 2021.
PERSPECTIVAS
Projeções do USDA, 2021

Fonte: USDA Agricultural Projections to 2021.
O COMPLEXO SOJA NO RS
A agropecuária e a economia gaúcha

Fonte: Carta de Conjuntura FEE nº 1 de 2012 (Martinho Lazzari)

Em 10 dos últimos 11 anos vigorou a máxima de que quando o produto da agropecuária
gaúcha cresce acima do PIB gaúcho, o PIB do Estado cresce acima do PIB brasileiro
O COMPLEXO SOJA NO RS
Safra e Capacidade de Processamento
70.000
60.000
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
0

Em milhares de toneladas

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
(p)
Cap. Processamento RS
Cap. Processamento BRA (outros)
Safra RS

Fonte: CONAB e ABIOVE

Safra BRA (outros)
O COMPLEXO SOJA NO RS
O Complexo Soja no RS - 2011
Farelo
4,2
Processamento
5,5
Óleo
1,05

Safra
11,6

Exportações
3,1
Disp. Interna
1,1
Exportações
0,48
Disp. Interna
0,57
Biodiesel
0,5

Exportação
5,8

• Aproximadamente 80% da produção é exportada
• O Complexo Soja responde por 24% das
exportações do RS

Fonte: CONAB, SECEX/MDIC e estimativas do autor.
O COMPLEXO SOJA NO RS
Evolução da produção e exportações
14000

0.7

12000

0.6

10000

0.5

8000

0.4

6000

0.3

4000

0.2

2000

0.1

0
2001

2002

Fonte: CONAB e SECEX/MDIC

2003

2004

2005
Safra

2006
Exportações

2007

2008

% Exportado

2009

2010

0
2011
Código

Empresas

Localização

Oleaginosas
Processadas

Status

1

Agrodanieli

Tapejara

Soja

Ativa

2

Baldo

Encantado

Soja

Ativa

3

Bianchini

Rio Grande

Soja

Ativa

3

Bianchini

Canoas

Soja

Ativa

4

BSBIOS

Passo Fundo

Soja

Ativa

5

Bunge

Passo Fundo

Soja

Ativa

5

Bunge

Rio Grande

Soja

Ativa

6

Camera

Santa Rosa

Soja e Canola

Ativa

6

Camera

Estrela

Soja

Ativa

6

Camera

Estrela

Soja/Canola/Girassol

Parada

6

Camera

São Luiz Gonzaga

Soja

Ativa

7

CLW

Camaquã

Soja

Ativa

8

Coceagro

Cruz Alta

Soja

Ativa

9

Giovelli

Guarani das Missões

Soja

Ativa

9

Giovelli

Guarani das Missões

Soja

Ativa

9

Giovelli

Guarani das Missões

Soja/Canola/Girassol

Ativa

9

Giovelli

Guarani das Missões

Linhaça

Parada

10

Granol

Cachoeira do Sul

Soja

Ativa

11

Oleoplan

Veranópolis

Soja

Ativa

12

Olfar

Erechim

Soja

Ativa
O COMPLEXO SOJA NO RS
Empresas do complexo soja entre as 30 principais exportadoras do RS 2011

Posição
2
3
4
7
8
10
16
25
27

Empresa
Valor (US$) Participação (%)
Bunge
1.189.940.509
6,13
FOB)
Bianchini
940.035.964
4,84
Alimentos
ADM
690.881.887
3,56
Cargill
470.415.768
2,42
Louis Dreyfus 423.120.258
2,18
Nidera
317.045.813
1,63
Commodities
Noble
249.974.756
1,29
Sementes
BSBIOS
177.803.315
0,92
Camera
166.930.384
0,86

Fonte: SECEX/MDIC

Agroalimentos

9 empresas = 23% das exportações do RS
DESAFIOS E OPORTUNIDADES: RS
Produção de biodiesel no RS (m3)

3000000
1000000
900000
2500000
800000
700000
2000000

Brasil Ecodiesel/Camera (Rosário do Sul)
Bianchini (Canoas)
BSBIOS (Passo Fundo)
Camera (Ijuí)
Granol (Cachoeira do Sul)
Oleoplan (Veranópolis)
Olfar (Erechim)
Total BR

600000
1500000
500000
400000
1000000
300000
200000
500000
100000
0
TOTAL

Fonte: ANP (2012)

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012*
DESAFIOS E OPORTUNIDADES: RS
Produção e capacidade instalada de biodiesel - RS
0.7
2100
0.6

1800

0.5

1500

0.4

1200
900

0.3

600

0.2

300

0.1

Em milhares de m3

0

Fonte: ANP.

2007

2008
Produção RS

2009

2010
Capacidade Nominal RS

2011

2012*

2013**

0

Utilização da capacidade

Para o RS, tanto a mudança no regime mandatório quanto a efetividade do selo social
são fundamentais
DESAFIOS E OPORTUNIDADES: RS
Multinacionais

Empresa
ADM
Cargill
ADM
Bunge
Noble

Investimentos em biodiesel

Cidade
Rondonópolis
Três Lagoas
Joaçaba
Nova Mutum
Rondonópolis
Total

Estado
MT
MS
SC
MT
MT

Fonte: ANP (2012)

Cidade
Muitos Capões
Camargo
Ijuí
Veranópolis
Ponta Grossa
Total

Capacidade m3/ano
486720
252000
183600
148964,4
248400
1.319.684,40

~15% da capacidade total

Nacionais do RS
Empresa
Bocchi
Fuga Couros
Três Tentos
Oleoplan
Oleoplan

Status
Operando
Operando
Autorizada
Autorizada
Autorizada

Estado
RS
RS
RS
RS
PR

Status
Autorizada
Autorizada
Autorizada
Autorizada
Autorizada

Capacidade m3/ano
86400
108000
180000
90000
378000
842400

~9% da
capacidade total
DESAFIOS E OPORTUNIDADES: RS
O mercado consumidor europeu é sensível a questão
ambiental

Será necessário elevar a produção sem a abertura de novas áreas de floresta
DESAFIOS E OPORTUNIDADES: RS
DESAFIOS E OPORTUNIDADES: RS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• A dependência da economia gaúcha em relação ao agronegócio é conhecida;
• A soja é a principal atividade agropecuária do RS e a atividade agropecuária mais
integrada no comércio internacional;
• O avanço da integração da cadeia de proteínas é fundamental para a redução das
desigualdades regionais do RS.
• Se por um lado é possível associar o avanço da soja à menor necessidade de mão de
obra por área, é impossível ignorar sua importância estratégica para a produção de
proteína animal (intensiva em mão de obra, industrial e agropecuária);
• Ao contrário do que ocorre no restante do Brasil, o RS não tem atraído investimentos
significativos das multinacionais na indústria da soja. O esgotamento da fronteira
agrícola, a pulverização da produção, o maior risco climático estão entre os fatores
explicativos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• O biodiesel deu novo fôlego à indústria de processamento local, inclusive
viabilizando novos investimentos além dos limites territoriais do Estado;
• É preciso atuar de forma coordenada em duas frentes:
i) Do lado da demanda pelos produtos: negociando a abertura dos mercados
internacionais mais dinâmicos para o setor de carnes suína e de frango;
ii) Do lado da oferta: solucionando os entraves tributários que inviabilizam a
elevação do processamento local (a level playing field).
•) O RS possui características que o qualificam a concorrer por investimentos em
nichos de mercados que tendem a se tornar cada vez mais importantes, tais como
o desenvolvimento de produtos nutricionais e alternativas aos produtos
lácteos e livres de pressão ambiental.

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  • 1. CADEIAS GLOBAIS DE VALOR NO AGRONEGÓCIO: O CASO DO COMPLEXO SOJA Rodrigo D. Feix Fundação de Economia e Estatística – FEE rfeix@fee.tche.br Porto Alegre, 06 de dezembro de 2012
  • 2. ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO 1.O mercado internacional do complexo soja 2.O papel das grandes empresas na governança do setor 3.Financeirização da produção e do comércio 4.Perspectivas 5.O Complexo Soja no RS: desafios e oportunidades 6.Considerações finais
  • 3. O MERCADO INTERNACIONAL O mundo em desenvolvimento está em rápida mudança Economia Demografia 45000 7000 40000 6000 35000 5000 30000 Pop. Urbana 25000 4000 20000 3000 15000 10000 2000 5000 0 2000 2002 2004 Países Desenvolvidos Var. % Fonte: FMI e ONU. 2006 2008 Países em Desenvolvimento 2010 1000 0 1950 1965 1980 1995 2010 2025 2040 Pop. Rural
  • 7. O MERCADO INTERNACIONAL Produção Em milhões de toneladas Fonte: USDA (2012).
  • 8. O MERCADO INTERNACIONAL Produção, Processamento e Exportação Estados Unidos Brasil 100 100 80 80 60 60 40 40 20 20 0 1991/92 1995/96 1999/00 2003/04 2007/08 2011/12 0 1991/92 1995/96 1999/00 2003/04 2007/08 2011/12 Argentina China 60 50 40 Em milhões de toneladas 30 20 10 0 1991/92 1995/96 1999/00 2003/04 2007/08 2011/12 Fonte: USDA (2012). Produção 70 60 50 40 30 20 10 0 1991/92 1995/96 1999/00 2003/04 2007/08 2011/12 Processamento Exportação
  • 9. O MERCADO INTERNACIONAL Balança Comercial Fonte: USDA (2012).
  • 10. O MERCADO INTERNACIONAL Market-share no processamento 1991/1992 2011/2012 China EUA Brasil Argentina Outros União Européia India Fonte: USDA (2012).
  • 11. O MERCADO INTERNACIONAL Capacidade Instalada da Indústria de Processamento 190000 Status das unidades - 2010 170000 150000 130000 ton/dia 110000 90000 70000 Brasil 50000 1995 1997 1998 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Fonte: ABIOVE e J. J. Hinrichsen Arg Ativa Parada • As empresas que operam no Brasil e na Argentina são praticamente as mesmas. • O que determinou o fracasso brasileiro e o sucesso argentino na agregação de valor no complexo soja?
  • 12. O MERCADO INTERNACIONAL Diferencial Tributário de Exportação na Argentina Fonte: ABIOVE Obs.: Preços FOB da Bolsa de Comércio de Rosário em 22 de julho de 2011.
  • 13. O MERCADO INTERNACIONAL Tributação no Brasil Fonte: ABIOVE
  • 14. O MERCADO INTERNACIONAL Capacidade Instalada da Indústria de Processamento Total 2011 Capacidade % Total 2011 Capacidade Ton/dia até 600 601 a 1.500 1.501 a 3.000 3.001 a 4.000 4.001 a 6.000 6.001 a 7.000 7.001 a 10.000 10.001 a 15.000 15.001 a 20.000 Fonte: ABIOVE e J. J. Hinrichsen Obs.: capacidade em toneladas/dia A tributação no Brasil não favorece os ganhos de escala na indústria
  • 15. O MERCADO INTERNACIONAL Capacidade Instalada da Indústria - Brasil Capacidade de Processamento Estado Mato Grosso Paraná Rio Grande do Sul Goiás São Paulo Mato Grosso do Sul Minas Gerais Bahia Santa Catarina Piaui Amazonas Total Fonte: ABIOVE Obs.: em toneladas/dia UF MT PR RS GO SP MS MG BA SC PI AM 1998 2012 8.770 36.770 28.930 9.660 13.780 7.480 5.900 2.750 5.210 260 - 35.486 35.745 30.560 21.285 13.950 10.790 9.100 6.600 2.750 2.800 2.000 120.910 173.441 Var. 1998-2012 t % 26.716 305% (1.025) -3% 1.630 6% 11.625 120% 170 1% 3.310 44% 3.200 54% 3.850 140% (2.460) -47% 2.540 977% 2.000 52.531 43%
  • 16. O MERCADO INTERNACIONAL Capacidade Instalada da Indústria - Brasil Capacidade de Processamento Estado Mato Grosso Paraná Rio Grande do Sul Goiás São Paulo Mato Grosso do Sul Minas Gerais Bahia Santa Catarina Piaui Amazonas Total Fonte: ABIOVE Obs.: em toneladas/dia UF MT PR RS GO SP MS MG BA SC PI AM 1998 2012 8.770 36.770 28.930 9.660 13.780 7.480 5.900 2.750 5.210 260 - 35.486 35.745 30.560 21.285 13.950 10.790 9.100 6.600 2.750 2.800 2.000 120.910 173.441 Var. 1998-2012 t % 26.716 305% (1.025) -3% 1.630 6% 11.625 120% 170 1% 3.310 44% 3.200 54% 3.850 140% (2.460) -47% 2.540 977% 2.000 52.531 43%
  • 17. O MERCADO INTERNACIONAL Escalada Tarifária – China Série 1 30 25 20 % 15 10 Tarifas 5de importação 0 Grão Farelo Óleo Carne bovina Carne suína e de frango Além das barreiras técnicas, a escalada tarifária dificulta a agregação de valor no Brasil
  • 18. O MERCADO INTERNACIONAL Exportações do Brasil para a China - % em volume Fonte: ABIOVE
  • 19. O MERCADO INTERNACIONAL Complexo Soja no Brasil Mix de exportação Safra de soja - usos 0.8 90000 0.7 75000 0.6 60000 0.5 0.4 45000 0.3 30000 0.2 15000 0.1 0 1993 0 1993 1996 1999 Grão 2002 Farelo Fonte: SECEX/MCIC e ABIOVE 2005 2008 Óleo 1996 1999 2002 2005 2008 2011 Estoques Processamento Sementes/Perdas Exportação 2011
  • 20. O MERCADO INTERNACIONAL Principais razões para a não agregação de valor no Brasil • • • - A indústria nacional: Tem ociosidade Fechou fábricas, principalmente nas regiões Sul e Sudeste “Não pode” fazer fábricas de grande porte (economia de escala) e nem instalar-se nos portos “Não pode” comprar matéria-prima em outros estados O aproveitamento dos créditos tributários é incerto e demorado Os principais concorrentes na exportação: Oneram a exportação do grão e desoneram a os produtos. Os mercados consumidores dinâmicos: Impõe escalada tarifária às proteínas.
  • 22. O PAPEL DAS GRANDES EMPRESAS “Wherever you live, you can't avoid the four global giants” The Guardian, 02 de junho de 2011
  • 23. O PAPEL DAS GRANDES EMPRESAS “Wherever you live, you can't avoid the four global giants” The Guardian, 02 de junho de 2011
  • 24. O PAPEL DAS GRANDES EMPRESAS ABCD em números Indicador Vendas em 2011 (em bilhões de dólares) 80,7 58,7 119,5 59,6 Vendas em 2010 (em bilhões de dólares) 61,7 45,7 101,3 46,1 Lucros em 2011 (em bilhões de dólares) 2,04 0,94 4,2 não disponível Lucros em 2010 (em bilhões de dólares) 1,9 2,5 2,6 não disponível 30000 32000 142000 34000 75 40 66 55 Número de empregados Número de países com atuação Fonte: Sites oficiais das empresas e imprensa. Elaboração: OXFAM (2012)
  • 25.
  • 26. O PAPEL DAS GRANDES EMPRESAS
  • 27. O PAPEL DAS GRANDES EMPRESAS “Quando avaliamos a realização de novos investimentos, sejam armazéns, plantas de processamento, moinhos ou terminais portuários, focamos nos locais que ampliarão as fontes de oferta e nos conectarão aos novos mercados consumidores.” Raul Padilla, CEO Bunge (Bunge 2011 Annual Report)
  • 28. O PAPEL DAS GRANDES EMPRESAS Entramos em novos mercados para capturar o crescimento da produção agrícola e da demanda por produtos finais. A Ásia tem sido o grande foco. O governo chinês planeja aumentar a escala de produão de suínos até 2015. Isso demandará mais ração animal produzida a partir de milho e soja. A Bunge está aumentando sua presença na China para ofertar esses produtos. Bunge 2011 Annual Report
  • 29. O PAPEL DAS GRANDES EMPRESAS China - Market-share no setor de processamento de soja em 2010 Empresa Wilmar International China Agri-Industries (COFCO) Heilongjiang Jiusan Oil and Fat Chinatex (Estatal) Cargill Noble Bunge Hopefull Grain and Oil Group Shandong Bohai Industries Louis Dreyfus Commodities Outros Participação 20% 12% 9% 9% 7% 5% 4% 4% 3% 2% 25% Fonte: Efeeed link e Reuters. Elaboração: OXFAM (2012) Para a próxima década, espera-se que 70% do crescimento no consumo global de proteína ocorra na China. Atender a essa demanda crescente será um grande desafio: a China possui 21% da população mundial mas somente 7% das terras aráveis. A Cargill está compartilhando sua experiência para formular soluções. CHRIS LANGHOLZ Business Unit Leader, China (Cargill Annual Report, 2012)
  • 30. FINANCEIRIZAÇÃO A volatilidade dos preços é causa ou consequência da financeirização? Fonte: CBOT Elaboração: Cargill Annual Report, 2011
  • 31. O MERCADO INTERNACIONAL Fatores que sustentam a alta dos preços dos alimentos 1)Crescimento da renda em países emergentes; 2)Aumento da população e alteração no perfil demográfico em países emergentes; 3)Restrições físicas e ambientais para abertura de novas áreas de cultivo; 4)Demanda de produtos agrícolas para produção de biocombustíveis; 5)Liquidez de recursos (investimento especulativo).
  • 32. FINANCEIRIZAÇÃO Divisões de serviços financeiros das ABCD Fonte:OXFAM (2012)
  • 33. FINANCEIRIZAÇÃO Obs.: 1. WTI: WTI crude oil price; 2. Stoxx EU: Euro Stoxx 600; 3.SPGSCI: Standard & Poor’s Goldman Sachs Commodity Index Fonte: UNCTAD (2012)
  • 34. FINANCEIRIZAÇÃO Obs.: 1. WTI: WTI crude oil price; 2. Stoxx EU: Euro Stoxx 600; 3.SPGSCI: Standard & Poor’s Goldman Sachs Commodity Index Fonte: UNCTAD (2012)
  • 35. FINANCEIRIZAÇÃO Os investidores não baseiam suas decisões de compra e venda puramente nos fundamentos de oferta e demanda (lado real). Eles consideram que aspectos relacionados a outros mercados ou a diversificação dos portfólios são importantes. Isso introduz sinais espúrios aos preços de mercado (UNCTAD, Obs.: 1. WTI: WTI crude oil price; 2. Stoxx EU: Euro Stoxx 600; 3.SPGSCI: Standard & Poor’s Goldman Sachs Commodity Index 2012). Fonte: UNCTAD (2012)
  • 36. FINANCEIRIZAÇÃO Possibilidade de prática de arbitragem na taxa de juros de custeio da produção
  • 38. PERSPECTIVAS Projeções do USDA, 2021 Fonte: USDA Agricultural Projections to 2021.
  • 39. PERSPECTIVAS Projeções do USDA, 2021 Fonte: USDA Agricultural Projections to 2021.
  • 40. PERSPECTIVAS Projeções do USDA, 2021 Fonte: USDA Agricultural Projections to 2021.
  • 41. PERSPECTIVAS Projeções do USDA, 2021 Fonte: USDA Agricultural Projections to 2021.
  • 42. PERSPECTIVAS Projeções do USDA, 2021 “O ingresso da China na importação de milho é o grande destaque da safra atual e as compras chinesas no mercado externo serão crescentes nos próximos anos”. André Pessoa, Agroconsult Fonte: USDA Agricultural Projections to 2021.
  • 43. PERSPECTIVAS Projeções do USDA, 2021 Fonte: USDA Agricultural Projections to 2021.
  • 44. O COMPLEXO SOJA NO RS A agropecuária e a economia gaúcha Fonte: Carta de Conjuntura FEE nº 1 de 2012 (Martinho Lazzari) Em 10 dos últimos 11 anos vigorou a máxima de que quando o produto da agropecuária gaúcha cresce acima do PIB gaúcho, o PIB do Estado cresce acima do PIB brasileiro
  • 45. O COMPLEXO SOJA NO RS Safra e Capacidade de Processamento 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 0 Em milhares de toneladas 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 (p) Cap. Processamento RS Cap. Processamento BRA (outros) Safra RS Fonte: CONAB e ABIOVE Safra BRA (outros)
  • 46. O COMPLEXO SOJA NO RS O Complexo Soja no RS - 2011 Farelo 4,2 Processamento 5,5 Óleo 1,05 Safra 11,6 Exportações 3,1 Disp. Interna 1,1 Exportações 0,48 Disp. Interna 0,57 Biodiesel 0,5 Exportação 5,8 • Aproximadamente 80% da produção é exportada • O Complexo Soja responde por 24% das exportações do RS Fonte: CONAB, SECEX/MDIC e estimativas do autor.
  • 47. O COMPLEXO SOJA NO RS Evolução da produção e exportações 14000 0.7 12000 0.6 10000 0.5 8000 0.4 6000 0.3 4000 0.2 2000 0.1 0 2001 2002 Fonte: CONAB e SECEX/MDIC 2003 2004 2005 Safra 2006 Exportações 2007 2008 % Exportado 2009 2010 0 2011
  • 48. Código Empresas Localização Oleaginosas Processadas Status 1 Agrodanieli Tapejara Soja Ativa 2 Baldo Encantado Soja Ativa 3 Bianchini Rio Grande Soja Ativa 3 Bianchini Canoas Soja Ativa 4 BSBIOS Passo Fundo Soja Ativa 5 Bunge Passo Fundo Soja Ativa 5 Bunge Rio Grande Soja Ativa 6 Camera Santa Rosa Soja e Canola Ativa 6 Camera Estrela Soja Ativa 6 Camera Estrela Soja/Canola/Girassol Parada 6 Camera São Luiz Gonzaga Soja Ativa 7 CLW Camaquã Soja Ativa 8 Coceagro Cruz Alta Soja Ativa 9 Giovelli Guarani das Missões Soja Ativa 9 Giovelli Guarani das Missões Soja Ativa 9 Giovelli Guarani das Missões Soja/Canola/Girassol Ativa 9 Giovelli Guarani das Missões Linhaça Parada 10 Granol Cachoeira do Sul Soja Ativa 11 Oleoplan Veranópolis Soja Ativa 12 Olfar Erechim Soja Ativa
  • 49. O COMPLEXO SOJA NO RS Empresas do complexo soja entre as 30 principais exportadoras do RS 2011 Posição 2 3 4 7 8 10 16 25 27 Empresa Valor (US$) Participação (%) Bunge 1.189.940.509 6,13 FOB) Bianchini 940.035.964 4,84 Alimentos ADM 690.881.887 3,56 Cargill 470.415.768 2,42 Louis Dreyfus 423.120.258 2,18 Nidera 317.045.813 1,63 Commodities Noble 249.974.756 1,29 Sementes BSBIOS 177.803.315 0,92 Camera 166.930.384 0,86 Fonte: SECEX/MDIC Agroalimentos 9 empresas = 23% das exportações do RS
  • 50. DESAFIOS E OPORTUNIDADES: RS Produção de biodiesel no RS (m3) 3000000 1000000 900000 2500000 800000 700000 2000000 Brasil Ecodiesel/Camera (Rosário do Sul) Bianchini (Canoas) BSBIOS (Passo Fundo) Camera (Ijuí) Granol (Cachoeira do Sul) Oleoplan (Veranópolis) Olfar (Erechim) Total BR 600000 1500000 500000 400000 1000000 300000 200000 500000 100000 0 TOTAL Fonte: ANP (2012) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012*
  • 51. DESAFIOS E OPORTUNIDADES: RS Produção e capacidade instalada de biodiesel - RS 0.7 2100 0.6 1800 0.5 1500 0.4 1200 900 0.3 600 0.2 300 0.1 Em milhares de m3 0 Fonte: ANP. 2007 2008 Produção RS 2009 2010 Capacidade Nominal RS 2011 2012* 2013** 0 Utilização da capacidade Para o RS, tanto a mudança no regime mandatório quanto a efetividade do selo social são fundamentais
  • 52. DESAFIOS E OPORTUNIDADES: RS Multinacionais Empresa ADM Cargill ADM Bunge Noble Investimentos em biodiesel Cidade Rondonópolis Três Lagoas Joaçaba Nova Mutum Rondonópolis Total Estado MT MS SC MT MT Fonte: ANP (2012) Cidade Muitos Capões Camargo Ijuí Veranópolis Ponta Grossa Total Capacidade m3/ano 486720 252000 183600 148964,4 248400 1.319.684,40 ~15% da capacidade total Nacionais do RS Empresa Bocchi Fuga Couros Três Tentos Oleoplan Oleoplan Status Operando Operando Autorizada Autorizada Autorizada Estado RS RS RS RS PR Status Autorizada Autorizada Autorizada Autorizada Autorizada Capacidade m3/ano 86400 108000 180000 90000 378000 842400 ~9% da capacidade total
  • 53. DESAFIOS E OPORTUNIDADES: RS O mercado consumidor europeu é sensível a questão ambiental Será necessário elevar a produção sem a abertura de novas áreas de floresta
  • 56. CONSIDERAÇÕES FINAIS • A dependência da economia gaúcha em relação ao agronegócio é conhecida; • A soja é a principal atividade agropecuária do RS e a atividade agropecuária mais integrada no comércio internacional; • O avanço da integração da cadeia de proteínas é fundamental para a redução das desigualdades regionais do RS. • Se por um lado é possível associar o avanço da soja à menor necessidade de mão de obra por área, é impossível ignorar sua importância estratégica para a produção de proteína animal (intensiva em mão de obra, industrial e agropecuária); • Ao contrário do que ocorre no restante do Brasil, o RS não tem atraído investimentos significativos das multinacionais na indústria da soja. O esgotamento da fronteira agrícola, a pulverização da produção, o maior risco climático estão entre os fatores explicativos.
  • 57. CONSIDERAÇÕES FINAIS • O biodiesel deu novo fôlego à indústria de processamento local, inclusive viabilizando novos investimentos além dos limites territoriais do Estado; • É preciso atuar de forma coordenada em duas frentes: i) Do lado da demanda pelos produtos: negociando a abertura dos mercados internacionais mais dinâmicos para o setor de carnes suína e de frango; ii) Do lado da oferta: solucionando os entraves tributários que inviabilizam a elevação do processamento local (a level playing field). •) O RS possui características que o qualificam a concorrer por investimentos em nichos de mercados que tendem a se tornar cada vez mais importantes, tais como o desenvolvimento de produtos nutricionais e alternativas aos produtos lácteos e livres de pressão ambiental.