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XVIII Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias SNBU 2014 SERVIÇO DE DESCOBERTA: CONSIDERAÇÕES SOBRE A IMPLANTAÇÃO NA REDE DE BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UERJ Fernanda Maria Lobo da Fonseca Leila Cristina Rodrigues de Andrade
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RESUMO Descreve o processo técnico de implantação do serviço de descoberta, denominado Descubra, na Rede Sirius – Rede de Bibliotecas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, utilizando a solução EBSCO Discovery Service (EDS). Ressalta a importância do serviço de pesquisa integrada para a comunidade acadêmica. Apresenta resultados parciais desse processo, ilustrando-os com as telas customizadas, e as estratégias empregadas para a sensibilização dos colaboradores como agentes incentivadores do uso da ferramenta como principal fonte de acesso aos recursos informacionais disponíveis. Tece recomendações para a administração e manutenção do serviço, visando a sua consolidação e credibilidade. Palavras-Chave: Serviço de descoberta na web. Pesquisa integrada. Recursos eletrônicos. Biblioteca universitária. ABSTRACT This paper describes the management of the technical process in the implementation of the web scale discovery service, called “Descubra”, at Rede Sirius – Rede de Bibliotecas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ using EBSCO Discovery Service (EDS) solution. It emphasizes the importance of integrated research service for the academic community. Presents partial results illustrated by customized screens and awareness strategies to sensitize employees who are encouraging the use of the tool as the main access source of information to the available resources. Makes recommendations for the administration and maintenance of the service targeting its consolidation and credibility. Keywords: Web scale discovery service. Integrated research. Electronic resources. Academic library.
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1 Introdução A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) oferece cursos de graduação (33); pós-graduação (77); especialização (127) e extensão (186). A comunidade acadêmica abrange 33.844 discentes, docentes e servidores (UNIVERSIDADE, 2013). A Rede Sirius – Rede de Bibliotecas UERJ, subordinada diretamente a Reitoria, é composta pela Direção, 4 Núcleos: Processos Técnicos (NProtec); Informática (Informat); Memória, Informação e Documentação (MID), Planejamento e Administração (PLANAD), e 23 bibliotecas setoriais distribuídas em 10 campi localizados em 7 municípios do Estado do Rio de Janeiro (Duque de Caxias, Ilha Grande, Nova Friburgo, Resende, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Teresópolis). Encontram-se alocados em seu quadro funcional 194 servidores técnicos administrativos. A Rede Sirius, em parceria com as Unidades acadêmicas da UERJ, tem submetido sistematicamente projetos para captação de recursos junto às agências de fomento. A partir desse reforço orçamentário, aumentou, no último quadriênio, o volume de aquisição de material bibliográfico através da Direção da Rede e das bibliotecas setoriais. O investimento prioritário em recursos eletrônicos se constituiu em uma estratégia para otimizar a gestão orçamentária, desenvolver, atualizar e renovar o acervo das bibliotecas. Essa iniciativa está em consonância com o movimento da universidade para reunir e disponibilizar a produção acadêmica, apoiando iniciativas de acesso aberto, como a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ (BDTD/UERJ) <http://www.bdtd.uerj.br/> e o Portal de Publicações Eletrônicas <http://www.e-publicacoes.uerj.br/> que utiliza o software Open Journal System/Sistema de Editoração Eletrônica de Revistas (OJS/SEER). Em paralelo, observou-se uma demanda crescente da comunidade acadêmica, por assinatura de bases de dados, aquisição de livros eletrônicos (atualmente são aproximadamente 20 mil títulos), além da intensificação do acesso ao Portal CAPES e de pesquisas em bibliotecas virtuais de acesso público em particular, pelos discentes. 
Inicialmente, ações e estratégias para o uso das fontes eletrônicas foram disponibilizadas de forma dispersa, na medida em que os conteúdos eram adquiridos, uma vez que não se dispunha de dotação orçamentária para uma solução de gerenciamento desses recursos.
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Na estrutura organizacional da Rede Sirius, o NProtec coordena as políticas para organização do conhecimento e recuperação da informação, estabelece normas e padrões para o processamento técnico e participa, com o Núcleo Informat, do gerenciamento do sistema de automação das bibliotecas. Nesse cenário, coube ao NProtec iniciar, em 2012, um estudo preliminar para atender às demandas emergenciais de tratamento da informação dos recursos eletrônicos. Em decorrência, foram elaboradas as diretrizes de parametrização do sistema de automação de bibliotecas em uso na UERJ, VTLS Virtua, para a validação dos registros Machine Readable Cataloging (MARC) desses recursos. Para o processamento técnico dos 93 primeiros livros eletrônicos, em língua inglesa, adquiridos das editoras Wiley-Blackwell e Cambridge University Press criou-se um procedimento para a catalogação de e-books anexado ao “Manual MARC da Rede Sirius para catalogação de monografias e manuscritos”. Os metadados desses títulos foram analisados e revisados um a um, enriquecendo assim os respectivos registros com: a tradução de cabeçalhos de assunto; atribuição de números de chamada; revisão das autoridades (pessoa e assunto) e da pontuação prescrita; inclusão de textos no campo 856 (Electronic Location and Access) com as URLs para a capa, sumário, texto completo e termo de uso da editora e inclusão de notas sobre acesso. Procedeu-se também à catalogação de registros de autoridades e à criação de índice, no Sistema Virtua, para a recuperação de e-books. Em 2013, o NProtec realizava treinamentos na catalogação de registros de autoridades (nome e assunto) visando a conferir maior consistência à base Virtua, quando aconteceu a aquisição de aproximadamente 12 mil títulos da editora Springer. Tornou-se então necessário sistematizar uma metodologia de inserção e customização, em blocos, dos registros MARC disponibilizados pela editora, no catálogo online. 
Simultaneamente a esse processamento técnico, o Núcleo de Memória e Documentação (MID), reformulou o site da Rede Sirius1. O intuito era reunir todas as informações sobre as coleções eletrônicas recém-adquiridas, por meio de etiquetas de atalho que direcionassem os usuários ao Catálogo On-Line, aos Livros Eletrônicos, às Bases e Periódicos e à BDTD. Ainda assim, a recuperação da informação exigia percorrer um 
1 O site da Rede Sirius está disponível em: http://www.redesirius.uerj.br/.
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caminho longo, ou seja, pesquisar em cada um desses links e nos sites dos editores dos livros eletrônicos adquiridos após o segundo semestre de 2013, não integrados no catálogo online. O NProtec, observando e vivenciando essas dificuldades e outras referentes ao tratamento técnico em larga escala de metadados dos livros eletrônicos, definiu como prioridade adquirir uma ferramenta de pesquisa integrada. Com isso se otimizaria a recuperação, o uso dos recursos informacionais disponíveis pela comunidade acadêmica e dispensaria a tarefa de inclusão dos metadados no catálogo online. A partir desse diagnóstico, o Núcleo solicitou à Direção da Rede Sirius essa aquisição. O software selecionado foi o EBSCO Discovery Service (EDS). O processo de aquisição da assinatura iniciou-se em outubro de 2013 e concretizou-se em fevereiro de 2014. Este trabalho apresenta o processo de implantação do serviço de descoberta na Rede Sirius – Rede de Bibliotecas UERJ, com foco na configuração técnica da ferramenta. 2 Revisão de Literatura Com a explosão informacional propiciada pela web as bibliotecas foram obrigadas a repensar seus processos, instrumentos e métodos de trabalho. Neste novo cenário, surgem novas demandas e perfis de usuários que instigam e motivam os bibliotecários a oferecem serviços e produtos que contemplem às expectativas de acesso à informação de uma forma simples, rápida, amigável, interativa e relevante. Para Bento (2012) uma das soluções para atender essas expectativas seria a adoção de um novo catálogo bibliográfico, denominado Catálogo 2.0. Este novo conceito redefine o catálogo tradicional estendendo a sua abrangência a todos os recursos que os usuários têm à sua disposição, sejam eles locais ou acessíveis remotamente, com manifestações impressas ou em formato digital, adquiridos ou em livre acesso. A evolução do Catálogo 2.0 leva este conceito ainda mais longe ao permitir contribuições dos usuários para o enriquecimento de dados dos recursos. Ao estabelecerem esta ligação, quer os recursos, quer os usuários, alargam a sua rede social em novas ramificações de (potenciais novos) recursos, usuários e comunidades. Este modelo de Catálogo 2.0 é um sistema de descoberta de conteúdos. 
Os serviços de descoberta em escala web para bibliotecas são, segundo Vaughan (2011), serviços capazes de realizarem pesquisas de forma amigável e rápida a um vasto
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conteúdo, local ou remotamente pré-indexado e pré-coletado, provendo resultados classificados por relevância através de uma interface intuitiva. O autor considera que “[...] a descoberta em escala web é, ou certamente possui o potencial para ser, a evolução que as bibliotecas procuram há algum tempo para a descoberta de informação” (Tradução nossa, p. 5). Para Maranhão (2011; 2012) os serviços de descoberta oferecem uma interface única de pesquisa a diferentes conteúdos apresentando o resultado reunido, classificado e ranqueado, de acordo com critérios pré-estabelecidos de relevância. Enquanto Sá (2013) descreve as soluções de descoberta como softwares de busca e recuperação com “interfaces inteligentes para os usuários, de forma a propiciar processos interativos e autônomos de assistência aos diversos perfis de usuários para a apresentação e visualização da informação”. Quanto à importância da utilização dessa nova tecnologia nas bibliotecas, Breeding destaca que: o serviço de descoberta pode desenvolver um papel vital na infraestrutura estratégica da biblioteca. No entanto, deve-se levar em consideração que não se trata de um produto de tamanho único que atenda aos diversos tipos e tamanhos de bibliotecas, pois as necessidades de uma biblioteca pública e de uma biblioteca universitária se diferem completamente (BREEDING, 2014a, p. 25, tradução nossa). A comercialização desses serviços se intensificou a partir de 2010 e os principais produtos disponíveis no mercado são os das empresas OCLC (WorldCat Local), Serials Solutions (Summon), Ebsco (Ebsco Discovery Service), Ex Libris (Primo) e Innovative (Encore). Trata-se, portanto, de um novo serviço para o segmento de bibliotecas. Com o intuito de favorecer a seleção de um serviço de descoberta, Peled (2012a) elaborou critérios de avaliação de sistemas de descoberta estabelecendo as seguintes funcionalidades mínimas e obrigatórias: 
a) experiência de usuário: escopo, características, interface e resultados de busca; navegação por facetas; recursos de personalização e de computação social (Web 2.0); área “meu espaço”; alertas; entrega; acessibilidade e usabilidade e busca federada; 
b) fontes de dados: obtenção, normalização e enriquecimento de dados;
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c) suportar padrões, normas e protocolos da ciência da informação e propiciar interoperabilidade; 
d) saas (Software as a Service) - serviços de assinatura. 
A implantação de um serviço de descoberta, segundo Richardson (2013) requer a participação de diversos setores da biblioteca tais como: aquisição e desenvolvimento de coleções, processamento técnico, tecnologia da informação (TI) e também o serviço de referência. O serviço de descoberta é, segundo Peled (2012) a melhor ferramenta para encontrar, localizar e entregar material informacional aos usuários. Enfatiza também que devemos nos certificar de que os itens não estejam sendo apenas descobertos, mas principalmente usados e que as bibliotecas precisam adequar seus serviços para atenderem às expectativas dos usuários em desfrutar de uma interface de pesquisa amigável, fácil e única onde possam encontrar todas as coleções da biblioteca. Embora essa tecnologia esteja há pouco tempo no mercado, “esta inovação é e continuará a ser uma solução incrivelmente impactante para os serviços e produtos das bibliotecas” (RICHARDSON, 2013, tradução nossa). Na literatura encontram-se informações sobre a rapidez de atualização e aprimoramento desses serviços, mas ainda assim ele é considerado um produto estável e maduro por Breeding (2014b). 3 Materiais e Métodos O processo de implantação do serviço de descoberta na Rede de Bibliotecas da UERJ iniciou-se em março de 2014. Utilizou-se como referencial a metodologia de trabalho sugerida pela EBSCO, e o protótipo da ferramenta, acessível via internet, com o conteúdo de bases de dados de acesso aberto, disponibilizado, em 2012, à Rede Sirius, para testes e avaliação. 
As análises dos cenários, externo e interno, favoreceram identificar como um dos desafios adequar a complexidade da tarefa ao tempo disponível, de março a maio de 2014, reduzido ainda mais por feriados nacionais e municipais, em dias úteis, e pontos facultativos. Isto porque, a vigência da assinatura já estava em andamento, não se contava com uma equipe dedicada tempo integral ao projeto. O lançamento, para o público interno, teria que ocorrer
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antes do recesso acadêmico, em junho, em função da Copa do Mundo 2014. Pretendia-se prevenir contratempos relacionados à alteração do funcionamento da UERJ, dada a proximidade entre o campus Maracanã, e o estádio de futebol, sede de vários jogos. Pelos motivos expostos, decidiu-se dividir o projeto de implantação em duas fases: a primeira dedicada à configuração inicial da ferramenta e pré-lançamento com a liberação do serviço para testes pela comunidade interna da Rede Sirius, no início de maio de 2014. A segunda fase iniciaria, após o recesso da Copa, com o aprimoramento da configuração da ferramenta contemplando os feedbacks dos colaboradores da Rede Sirius e o lançamento para a comunidade acadêmica. Com base na documentação de gerenciamento do projeto disponibilizado pela empresa, os Núcleos NProtec e Informat elaboraram um plano de trabalho para atender às demandas de informação do fornecedor e necessárias para a configuração inicial do serviço. Em paralelo, o NProtec iniciou seu próprio plano de ação. Após a análise da documentação e do protótipo, verificou-se que a complexidade e volume das tarefas envolvidas na configuração do EDS exigiriam quatro frentes de trabalho: infraestrutura de tecnologia da informação, customização técnica, layout e divulgação. Uma proposta de trabalho foi apresentada à Direção da Rede com o intuito de acertar a participação do Núcleo MID e PLANAD. O primeiro, nas questões relativas à customização do layout, criação de logotipo, personalização da marca, divulgação da ferramenta e o segundo, nos contatos com os fornecedores dos recursos eletrônicos existentes, para a obtenção das informações técnicas necessárias à integração desses ao EDS. Um grupo de trabalho interdisciplinar foi articulado para a configuração e divulgação do produto composto por: 2 bibliotecários (NProtec), 1 analista de sistemas (Informat) e 3 agentes administrativos (MID), com formação em comunicação, design e tecnologia da informação, em regime de dedicação parcial ao projeto. 
Na primeira reunião do referido grupo, o NProtec apresentou a ferramenta e seu protótipo; distribuiu as atividades e a documentação de acordo com as competências dos Núcleos envolvidos e a área de atuação de cada participante; estabeleceu o cronograma de implantação, incluindo as datas de lançamento do produto para os públicos interno e externo e explicou o funcionamento do sistema administrativo de configuração (EBSCOAdmin). Coube
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ao Informat providenciar as contas de acesso para administradores e ao MID expor duas propostas de logotipo para avaliação. Definiu-se que as reuniões para acompanhamento do projeto seriam presenciais, semanais, e que o trabalho seria realizado de forma colaborativa, à distância. Para registro, as principais etapas desenvolvidas pelo grupo, por vezes de forma concomitante: 
a) coleta, sistematização e análise de dados e da documentação - para personalização do EDS, em resposta aos questionários técnicos da EBSCO, contemplando: análise dos metadados do catálogo online com a seleção de campos MARC 21 a serem exportados; escolhas das bases de dados parceiras, inclusas na assinatura, e das bases de acesso aberto; questões sobre a interoperabilidade do serviço de descoberta com o catálogo online e os repositórios institucionais – BDTD/UERJ e Portal de Publicações Eletrônicas (OJS/SEER); 
b) análise da estrutura do protótipo; 
c) elaboração da matriz de responsabilidade - identificando as competências e responsabilidades para realização das tarefas; 
d) desenvolvimento de instrumentos de controle interno e acompanhamento das atividades, tais como as entregas de informações do Núcleo à EBSCO e as pendências das solicitações feitas aos outros Núcleos, e ao fornecedor (Figura 1). Elaboração do cronograma de implantação;
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Figura 1 - Controle interno das atividades de configuração EDS 
Fonte: Os autores, 2014. 
e) benchmark nas Instituições de Ensino Superior (IES) que utilizam o serviço no Brasil e no exterior, com relação à interface gráfica e à terminologia empregada, em língua portuguesa, para descrever a ferramenta. Escolha da nomenclatura: pesquisa integrada; 
f) padronização das descrições de identificação e localizações das bibliotecas em todos os campi UERJ, simplificando e favorecendo a localização espacial do acervo pelos usuários do sistema; 
g) reuniões com o suporte técnico EBSCO/EDS, via teleconferências; visita técnica do Gerente de Engenharia de Serviço de Descoberta, América Latina e Europa e com o coordenador Discovery Solutions nos Estados Unidos; 
h) exportação dos metadados do catálogo online para o servidor EBSCO; 
i) levantamento das assinaturas de base de dados, periódicos e coleções de livros eletrônicos, não contemplados no catálogo online; 
j) contato com os fornecedores para informações complementares de acesso aos metadados das coleções eletrônicas para integração ao serviço de descoberta; 
k) definição do logotipo e escolha do nome “Descubra” para o serviço de descoberta da UERJ; 
l) criação de Uniform Resource Locator (URL) para o Descubra;
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m) customização técnica da ferramenta (renomeação e/ou tradução de menus e funcionalidades, inclusão de abas, widgets e links); 
n) realização de testes: de integração do catálogo online e dos demais recursos eletrônicos; de uso das interfaces do site mobile e dos aplicativos para iPhone e Android e das funcionalidades (pasta de armazenamento, compartilhamento em redes sociais, exportação da pesquisa para gerenciadores de referência, alertas automáticos entre outras); 
o) planejamento da reunião de pré-lançamento do Descubra para a comunidade interna da Rede Sirius, com a definição da dinâmica de apresentações dos envolvidos no projeto e convite ao representante comercial da EBSCO para apresentação sobre o panorama de utilização do EDS no Brasil e no mundo; 
p) elaboração da apresentação sobre o processo de implantação do serviço e demonstração dos recursos básicos de pesquisa e funcionalidades da ferramenta; 
q) solicitação de estatísticas de uso do acervo eletrônico, relativo ao período anterior à implantação do Descubra, às editoras dos livros eletrônicos, ao 
Portal Capes, aos representantes das bases de dados assinadas, ao Portal de Publicações Eletrônicas para comparação após o lançamento do serviço e 
r) estratégias de divulgação do lançamento do Descubra na Rede Sirius. 
Para que o Descubra venha a ser a principal forma de acesso ao acervo da Rede Sirius, a interface de pesquisa deve conferir visibilidade e favorecer o acesso de forma fácil e amigável a todos os conteúdos, tanto os já tradicionalmente em uso pela comunidade, quanto os recém-incorporados. Por outro lado, essa meta não poderá ser alcançada, sem a sensibilização das equipes das bibliotecas, as principais multiplicadoras e incentivadoras do uso do serviço, junto aos usuários. Daí a importância da divulgação interna e do emprego de estratégias específicas para esse público, como a criação de um canal de comunicação destinado a recolher suas sugestões e dúvidas sobre o uso do software.
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4 Resultados Parciais A configuração estrutural do Descubra e os testes iniciais foram realizados em menos de dois meses de trabalho intenso das equipes envolvidas, cumprindo assim o cronograma previsto para esta fase do projeto. A participação da equipe de suporte da EBSCO EDS foi imprescindível para alcançarmos os objetivos propostos (Figura 2). Figura 2 – Descubra pesquisa integrada: tela inicial 
Fonte: Site de acesso interno do Descubra, maio, 2014. A integração do catálogo online ao serviço de descoberta (Figura 3) foi realizada com sucesso, havendo apenas a necessidade de ajustes de informações sobre a disponibilidade dos itens em tempo real. Tais ajustes dependem de dados técnicos do fornecedor do sistema de gerenciamento de bibliotecas em uso na universidade. Figura 3 – Descubra pesquisa integrada: detalhe da tela de resultados
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Fonte: Site de acesso interno do Descubra, maio, 2014. 
As limitações técnicas e comerciais de algumas das bases de dados, tais como metadados não disponíveis, ou modelos de negócio restritivos à visualização do conteúdo, foram superadas por meio da inserção de links em banners, que favorecem o acesso a essas bases. A integração da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ encontra-se em fase de ajustes no protocolo de interoperabilidade. Portanto, provisoriamente, o acesso se dá através de aba BDTD/UERJ criada no menu da tela principal e de widget2 para Teses e Dissertações online (Figura 4). Este aplicativo aparece na tela de resultado de pesquisa do Descubra e oferece a funcionalidade de pesquisa em bases nacionais e internacionais de teses e dissertações, sem que haja a necessidade de repetição do termo de busca. Além disso, adicionou-se ainda um banner com link para a BDTD/UERJ. 
Figura 4 – Descubra pesquisa integrada: detalhe para o widget 
Fonte: Site de acesso interno do Descubra, maio, 2014. 
A customização de abas e menus do Descubra foi além da simples tradução destes para a língua portuguesa. Estes foram renomeados de modo a se tornarem autoexplicativos. O recurso chamado de “Periódicos A-Z” renomeado como “e-Coleções” é um exemplo, pois nesta aba, além de periódicos eletrônicos, recuperam-se também e-books do acervo da Rede Sirius, de acesso aberto e dos parceiros EBSCO (Figura 5). Com o intuito de favorecer a divulgação dos conteúdos integrados criou-se a aba “Descrição das Bases” contendo uma breve sinopse das bases de dados e a aba “Ajuda” contendo os tutoriais relacionados à 
2 Widgets são aplicativos simples que se tornam “atalhos” para serviços e utilidades.
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pesquisa e aos seus recursos em português, adicionalmente à opção “Help?”, na tela inicial, cujo conteúdo encontra-se em inglês. 
Figura 5 – Descubra pesquisa integrada: tela e-Coleção de A-Z 
Fonte: Site de acesso interno do Descubra, maio, 2014. Em decorrência do processo bem sucedido de configuração da ferramenta, foi possível realizar o evento de apresentação do Descubra aos colaboradores das bibliotecas da Rede Sirius, conforme estabelecido no cronograma. Neste evento foi disponibilizado um URL para uso interno e divulgada a criação de um tópico sobre o Descubra, no fórum de trabalho da Rede Sirius, com o objetivo de captar sugestões e promover ajustes antes do lançamento para a comunidade acadêmica. Os primeiros feedbacks de uso da ferramenta foram registrados em menos de 24 horas do seu lançamento, demonstrando um bom nível de aceitação do público interno. 5 Considerações Finais 
Considera-se que o pioneirismo da UERJ, na aquisição do serviço de descoberta, face às demais universidades públicas, no Estado do Rio de Janeiro, foi favorecido pelo alinhamento da Rede Sirius – Rede de Bibliotecas UERJ - com a atual política acadêmica da universidade. Ambas empenhadas em proporcionar à sua comunidade amplo acesso à informação científica, nacional e internacional, e ampliar a visibilidade da produção
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acadêmica da universidade. Além disso, no que concerne às esferas administrativas, a Rede Sirius vem adequando os seus fluxos de trabalho às exigências contábeis e legais do governo do Estado do Rio de Janeiro, o que otimiza a tramitação dos processos de aquisição de produtos e serviços informacionais. Credita-se aos fatores supracitados que a alocação de recursos financeiros da universidade para a aquisição e manutenção da assinatura deste serviço tenha se sobressaído entre tantos outros projetos apresentados à Administração Central. Cabe acrescentar que a configuração de um serviço de descoberta é um processo, que exige monitoramento sistemático da vigência do conteúdo assinado pela instituição e integrado à ferramenta, garantindo assim o acesso ininterrupto aos recursos e favorecendo a credibilidade do serviço. O aperfeiçoamento e o incremento das funcionalidades devem ser realizados pari passu às demandas percebidas com a sua utilização. Da mesma forma, a capacitação dos profissionais envolvidos na administração da ferramenta precisa ser constante, em função das atualizações no produto, consolidando o domínio da língua inglesa na qual são oferecidos recursos de treinamento, a documentação e o gerenciamento do serviço. O suporte da EBSCO, no acompanhamento do pós-venda e da coordenação de soluções do EDS, foi crucial no processo de implantação do serviço de descoberta na Rede Sirius. Esta equipe mostrou-se proativa, eficiente, disponível e ágil na resolução dos problemas técnicos. As tecnologias de comunicação e informação (TICs) eliminaram as barreiras comumente impostas pela distância física entre as equipes sediadas no Rio de Janeiro, Brasil e em Boston, Estados Unidos. A segunda fase da implantação contemplará: ajustes pontuais, a partir das avaliações dos colaboradores; testes complementares; lançamento para a comunidade acadêmica através de divulgação nas mídias internas da universidade e no site da Rede Sirius; análise estatística comparativa de uso das coleções e da ferramenta e continuidade no aprimoramento de novos recursos. 
O serviço de descoberta, assim configurado, se constituirá em uma ferramenta
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estratégica para a Rede Sirius, pois ratificará o perfil inovador da Rede de bibliotecas na prestação de serviços informacionais de qualidade, e para a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, ao contribuir com a excelência acadêmica. Referências BENTO, Filipe Manuel dos Santos. Serviços de descoberta e redes sociais: os novos “Bibliotecários de Referência”?: novos papéis para os profissionais de informação, neste novo paradigma e no contexto do modelo de ensino preconizado por Bolonha. Slideshare. Disponível em: < http://www.slideshare.net/filipeb1/servios-de-descoberta-e-redes-sociais-os-novos-bibliotecrios-de- referncia-artigo>. Acesso em: 12 maio 2014. BREEDING, Marshall. Competition and strategic cooperation. American Libraries Magazine.org. Library Systems Report 2014. Publicado em: 15 abril, 2014. Disponível em: <http://www.americanlibrariesmagazine.org/article/library-systems-report-2014 >. Acesso em: 14 maio 2014. BREEDING, Marshall. Chapter 1: Dicovery product functionality. Library Technology Reports. v. 50, n. 1, p. 5, jan. 2014. Disponível em: Academic OneFile. Acesso em: 10 maio 2014. _____. Chapter 1: Introduction to resource sharing. Library Technology Reports. v. 49, n. 1, p. 5-11, jan. 2013. Disponível em: Academic OneFile. Acesso em: 10 maio 2014. _____. Chapter 2: Major discovery product profiles. Library Technology Reports. v. 50, n. 1, p. 33- 52, jan. 2014. Disponível em: Academic OneFile. Acesso em: 10 maio 2014. (2014b). _____. Web-scale discovery services: finding the right balance. American Libraries Magazine.org. Publicado em: 14 jan., 2014. Disponível em: <http://www.americanlibrariesmagazine.org/article/web- scale-discovery-services>. Acesso em: 12 maio 2014. (2014a). DIAS, Allan Rodrigo et al. Portal de busca integrada do SIBIUSP: metodologia de implantação. In: Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias, 17., 2012, Gramado, RS. Anais... , 2012. Disponível em: < http://www.snbu2012.com.br/anais/pdf/4R2V.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2014. MARANHÃO, Ana Maria Neves. Dos catálogos aos metabuscadores e serviços de descoberta na Internet – uma visão geral. In: Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação, 24, 2011, Maceió. Anais... Disponível em: <http://febab.org.br/congressos/index.php/cbbd/xxiv/paper/view/312>. Acesso em: 14 abr. 2012. _____. A seleção de um serviço de descoberta na web: a experiência da PUC-Rio. In: Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias, 17., 2012, Gramado, RS. Anais ... , 2012. Disponível em: <http://www.snbu2012.com.br/anais/pdf/4QDH.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2014. PARRY, Marc. As researches turn to google, libraries navigate the messy world of discovery tools. The Chronicle of Higher Education, v. 60, n. 32, Apr. 2014. Disponível em: <http://chronicle.com/article/As-Researchers-Turn-to-Google/146081/ >. Acesso em: 17 abr. 2014. PELED, Ido. Conferência [Avaliação de Sistemas de Descoberta] dia 20 de setembro de 2012 [vídeo]. In: Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias, 17., 2012, Gramado, RS. Anais... , 2012. Disponível em: <http://www.snbu2012.com.br/videos/index.php?titulo=Conferência dia 20 de
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Setembro de 2012&descricao=SNBU 2012&incorporacao=VjOhkIn1aDc>. Acesso em: 10 maio 2014. _____. Critérios de avaliação de sistemas de descoberta. [Material acompanhante da palestra Avaliação de Sistemas de Descoberta]. 20 set. 2012. 6 p. Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias, 17., 2012, Gramado, RS, 2012. (2012a) RICHARDSON, Hillary A.H. Revelations from the literature: how web-scale discovery has already changed us. Computers in Libraries. v. 33, n. 4, may 2013. Disponível em: <http://www.infotoday.com/cilmag/may13/Richardson--How-Web-Scale-Discovery-Has-Already- Changed-Us.shtml>. Acesso em: 16 mar. 2014. SÁ, Maria Irene da Fonseca e. Bibliotecas digitais: uma investigação sobre características e experiências de desenvolvimento. 2013. 266 f. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) – Universidade Federal do Rio de Janeiro/IBICT. Rio de Janeiro, 2013. UNIVERSIDADE do Estado do Rio de Janeiro. Núcleo de Informação e Estudo de Conjuntura. DATAUERJ 2013: anuário estatístico: base de dados 2012. Disponível em: < http://www.uerj.br/arq/datauerj2013/>. Acesso em: 14 maio 2014. VAUGHAN, Jason. Chapter 1: Web Scale Discovery: What and Why?. Library Technology Reports, v. 47, n. 1, p. 5-11, jan. 2011. Disponível em: Academic OneFile. Acesso em: 18 fev. 2014.

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Serviço de descoberta: considerações sobre a implantação na Rede Sirius - Rede de Bibliotecas da UERJ SNBU XVIII 2014

  • 1. 1 XVIII Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias SNBU 2014 SERVIÇO DE DESCOBERTA: CONSIDERAÇÕES SOBRE A IMPLANTAÇÃO NA REDE DE BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UERJ Fernanda Maria Lobo da Fonseca Leila Cristina Rodrigues de Andrade
  • 2. 2 RESUMO Descreve o processo técnico de implantação do serviço de descoberta, denominado Descubra, na Rede Sirius – Rede de Bibliotecas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, utilizando a solução EBSCO Discovery Service (EDS). Ressalta a importância do serviço de pesquisa integrada para a comunidade acadêmica. Apresenta resultados parciais desse processo, ilustrando-os com as telas customizadas, e as estratégias empregadas para a sensibilização dos colaboradores como agentes incentivadores do uso da ferramenta como principal fonte de acesso aos recursos informacionais disponíveis. Tece recomendações para a administração e manutenção do serviço, visando a sua consolidação e credibilidade. Palavras-Chave: Serviço de descoberta na web. Pesquisa integrada. Recursos eletrônicos. Biblioteca universitária. ABSTRACT This paper describes the management of the technical process in the implementation of the web scale discovery service, called “Descubra”, at Rede Sirius – Rede de Bibliotecas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ using EBSCO Discovery Service (EDS) solution. It emphasizes the importance of integrated research service for the academic community. Presents partial results illustrated by customized screens and awareness strategies to sensitize employees who are encouraging the use of the tool as the main access source of information to the available resources. Makes recommendations for the administration and maintenance of the service targeting its consolidation and credibility. Keywords: Web scale discovery service. Integrated research. Electronic resources. Academic library.
  • 3. 3 1 Introdução A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) oferece cursos de graduação (33); pós-graduação (77); especialização (127) e extensão (186). A comunidade acadêmica abrange 33.844 discentes, docentes e servidores (UNIVERSIDADE, 2013). A Rede Sirius – Rede de Bibliotecas UERJ, subordinada diretamente a Reitoria, é composta pela Direção, 4 Núcleos: Processos Técnicos (NProtec); Informática (Informat); Memória, Informação e Documentação (MID), Planejamento e Administração (PLANAD), e 23 bibliotecas setoriais distribuídas em 10 campi localizados em 7 municípios do Estado do Rio de Janeiro (Duque de Caxias, Ilha Grande, Nova Friburgo, Resende, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Teresópolis). Encontram-se alocados em seu quadro funcional 194 servidores técnicos administrativos. A Rede Sirius, em parceria com as Unidades acadêmicas da UERJ, tem submetido sistematicamente projetos para captação de recursos junto às agências de fomento. A partir desse reforço orçamentário, aumentou, no último quadriênio, o volume de aquisição de material bibliográfico através da Direção da Rede e das bibliotecas setoriais. O investimento prioritário em recursos eletrônicos se constituiu em uma estratégia para otimizar a gestão orçamentária, desenvolver, atualizar e renovar o acervo das bibliotecas. Essa iniciativa está em consonância com o movimento da universidade para reunir e disponibilizar a produção acadêmica, apoiando iniciativas de acesso aberto, como a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ (BDTD/UERJ) <http://www.bdtd.uerj.br/> e o Portal de Publicações Eletrônicas <http://www.e-publicacoes.uerj.br/> que utiliza o software Open Journal System/Sistema de Editoração Eletrônica de Revistas (OJS/SEER). Em paralelo, observou-se uma demanda crescente da comunidade acadêmica, por assinatura de bases de dados, aquisição de livros eletrônicos (atualmente são aproximadamente 20 mil títulos), além da intensificação do acesso ao Portal CAPES e de pesquisas em bibliotecas virtuais de acesso público em particular, pelos discentes. Inicialmente, ações e estratégias para o uso das fontes eletrônicas foram disponibilizadas de forma dispersa, na medida em que os conteúdos eram adquiridos, uma vez que não se dispunha de dotação orçamentária para uma solução de gerenciamento desses recursos.
  • 4. 4 Na estrutura organizacional da Rede Sirius, o NProtec coordena as políticas para organização do conhecimento e recuperação da informação, estabelece normas e padrões para o processamento técnico e participa, com o Núcleo Informat, do gerenciamento do sistema de automação das bibliotecas. Nesse cenário, coube ao NProtec iniciar, em 2012, um estudo preliminar para atender às demandas emergenciais de tratamento da informação dos recursos eletrônicos. Em decorrência, foram elaboradas as diretrizes de parametrização do sistema de automação de bibliotecas em uso na UERJ, VTLS Virtua, para a validação dos registros Machine Readable Cataloging (MARC) desses recursos. Para o processamento técnico dos 93 primeiros livros eletrônicos, em língua inglesa, adquiridos das editoras Wiley-Blackwell e Cambridge University Press criou-se um procedimento para a catalogação de e-books anexado ao “Manual MARC da Rede Sirius para catalogação de monografias e manuscritos”. Os metadados desses títulos foram analisados e revisados um a um, enriquecendo assim os respectivos registros com: a tradução de cabeçalhos de assunto; atribuição de números de chamada; revisão das autoridades (pessoa e assunto) e da pontuação prescrita; inclusão de textos no campo 856 (Electronic Location and Access) com as URLs para a capa, sumário, texto completo e termo de uso da editora e inclusão de notas sobre acesso. Procedeu-se também à catalogação de registros de autoridades e à criação de índice, no Sistema Virtua, para a recuperação de e-books. Em 2013, o NProtec realizava treinamentos na catalogação de registros de autoridades (nome e assunto) visando a conferir maior consistência à base Virtua, quando aconteceu a aquisição de aproximadamente 12 mil títulos da editora Springer. Tornou-se então necessário sistematizar uma metodologia de inserção e customização, em blocos, dos registros MARC disponibilizados pela editora, no catálogo online. Simultaneamente a esse processamento técnico, o Núcleo de Memória e Documentação (MID), reformulou o site da Rede Sirius1. O intuito era reunir todas as informações sobre as coleções eletrônicas recém-adquiridas, por meio de etiquetas de atalho que direcionassem os usuários ao Catálogo On-Line, aos Livros Eletrônicos, às Bases e Periódicos e à BDTD. Ainda assim, a recuperação da informação exigia percorrer um 1 O site da Rede Sirius está disponível em: http://www.redesirius.uerj.br/.
  • 5. 5 caminho longo, ou seja, pesquisar em cada um desses links e nos sites dos editores dos livros eletrônicos adquiridos após o segundo semestre de 2013, não integrados no catálogo online. O NProtec, observando e vivenciando essas dificuldades e outras referentes ao tratamento técnico em larga escala de metadados dos livros eletrônicos, definiu como prioridade adquirir uma ferramenta de pesquisa integrada. Com isso se otimizaria a recuperação, o uso dos recursos informacionais disponíveis pela comunidade acadêmica e dispensaria a tarefa de inclusão dos metadados no catálogo online. A partir desse diagnóstico, o Núcleo solicitou à Direção da Rede Sirius essa aquisição. O software selecionado foi o EBSCO Discovery Service (EDS). O processo de aquisição da assinatura iniciou-se em outubro de 2013 e concretizou-se em fevereiro de 2014. Este trabalho apresenta o processo de implantação do serviço de descoberta na Rede Sirius – Rede de Bibliotecas UERJ, com foco na configuração técnica da ferramenta. 2 Revisão de Literatura Com a explosão informacional propiciada pela web as bibliotecas foram obrigadas a repensar seus processos, instrumentos e métodos de trabalho. Neste novo cenário, surgem novas demandas e perfis de usuários que instigam e motivam os bibliotecários a oferecem serviços e produtos que contemplem às expectativas de acesso à informação de uma forma simples, rápida, amigável, interativa e relevante. Para Bento (2012) uma das soluções para atender essas expectativas seria a adoção de um novo catálogo bibliográfico, denominado Catálogo 2.0. Este novo conceito redefine o catálogo tradicional estendendo a sua abrangência a todos os recursos que os usuários têm à sua disposição, sejam eles locais ou acessíveis remotamente, com manifestações impressas ou em formato digital, adquiridos ou em livre acesso. A evolução do Catálogo 2.0 leva este conceito ainda mais longe ao permitir contribuições dos usuários para o enriquecimento de dados dos recursos. Ao estabelecerem esta ligação, quer os recursos, quer os usuários, alargam a sua rede social em novas ramificações de (potenciais novos) recursos, usuários e comunidades. Este modelo de Catálogo 2.0 é um sistema de descoberta de conteúdos. Os serviços de descoberta em escala web para bibliotecas são, segundo Vaughan (2011), serviços capazes de realizarem pesquisas de forma amigável e rápida a um vasto
  • 6. 6 conteúdo, local ou remotamente pré-indexado e pré-coletado, provendo resultados classificados por relevância através de uma interface intuitiva. O autor considera que “[...] a descoberta em escala web é, ou certamente possui o potencial para ser, a evolução que as bibliotecas procuram há algum tempo para a descoberta de informação” (Tradução nossa, p. 5). Para Maranhão (2011; 2012) os serviços de descoberta oferecem uma interface única de pesquisa a diferentes conteúdos apresentando o resultado reunido, classificado e ranqueado, de acordo com critérios pré-estabelecidos de relevância. Enquanto Sá (2013) descreve as soluções de descoberta como softwares de busca e recuperação com “interfaces inteligentes para os usuários, de forma a propiciar processos interativos e autônomos de assistência aos diversos perfis de usuários para a apresentação e visualização da informação”. Quanto à importância da utilização dessa nova tecnologia nas bibliotecas, Breeding destaca que: o serviço de descoberta pode desenvolver um papel vital na infraestrutura estratégica da biblioteca. No entanto, deve-se levar em consideração que não se trata de um produto de tamanho único que atenda aos diversos tipos e tamanhos de bibliotecas, pois as necessidades de uma biblioteca pública e de uma biblioteca universitária se diferem completamente (BREEDING, 2014a, p. 25, tradução nossa). A comercialização desses serviços se intensificou a partir de 2010 e os principais produtos disponíveis no mercado são os das empresas OCLC (WorldCat Local), Serials Solutions (Summon), Ebsco (Ebsco Discovery Service), Ex Libris (Primo) e Innovative (Encore). Trata-se, portanto, de um novo serviço para o segmento de bibliotecas. Com o intuito de favorecer a seleção de um serviço de descoberta, Peled (2012a) elaborou critérios de avaliação de sistemas de descoberta estabelecendo as seguintes funcionalidades mínimas e obrigatórias: a) experiência de usuário: escopo, características, interface e resultados de busca; navegação por facetas; recursos de personalização e de computação social (Web 2.0); área “meu espaço”; alertas; entrega; acessibilidade e usabilidade e busca federada; b) fontes de dados: obtenção, normalização e enriquecimento de dados;
  • 7. 7 c) suportar padrões, normas e protocolos da ciência da informação e propiciar interoperabilidade; d) saas (Software as a Service) - serviços de assinatura. A implantação de um serviço de descoberta, segundo Richardson (2013) requer a participação de diversos setores da biblioteca tais como: aquisição e desenvolvimento de coleções, processamento técnico, tecnologia da informação (TI) e também o serviço de referência. O serviço de descoberta é, segundo Peled (2012) a melhor ferramenta para encontrar, localizar e entregar material informacional aos usuários. Enfatiza também que devemos nos certificar de que os itens não estejam sendo apenas descobertos, mas principalmente usados e que as bibliotecas precisam adequar seus serviços para atenderem às expectativas dos usuários em desfrutar de uma interface de pesquisa amigável, fácil e única onde possam encontrar todas as coleções da biblioteca. Embora essa tecnologia esteja há pouco tempo no mercado, “esta inovação é e continuará a ser uma solução incrivelmente impactante para os serviços e produtos das bibliotecas” (RICHARDSON, 2013, tradução nossa). Na literatura encontram-se informações sobre a rapidez de atualização e aprimoramento desses serviços, mas ainda assim ele é considerado um produto estável e maduro por Breeding (2014b). 3 Materiais e Métodos O processo de implantação do serviço de descoberta na Rede de Bibliotecas da UERJ iniciou-se em março de 2014. Utilizou-se como referencial a metodologia de trabalho sugerida pela EBSCO, e o protótipo da ferramenta, acessível via internet, com o conteúdo de bases de dados de acesso aberto, disponibilizado, em 2012, à Rede Sirius, para testes e avaliação. As análises dos cenários, externo e interno, favoreceram identificar como um dos desafios adequar a complexidade da tarefa ao tempo disponível, de março a maio de 2014, reduzido ainda mais por feriados nacionais e municipais, em dias úteis, e pontos facultativos. Isto porque, a vigência da assinatura já estava em andamento, não se contava com uma equipe dedicada tempo integral ao projeto. O lançamento, para o público interno, teria que ocorrer
  • 8. 8 antes do recesso acadêmico, em junho, em função da Copa do Mundo 2014. Pretendia-se prevenir contratempos relacionados à alteração do funcionamento da UERJ, dada a proximidade entre o campus Maracanã, e o estádio de futebol, sede de vários jogos. Pelos motivos expostos, decidiu-se dividir o projeto de implantação em duas fases: a primeira dedicada à configuração inicial da ferramenta e pré-lançamento com a liberação do serviço para testes pela comunidade interna da Rede Sirius, no início de maio de 2014. A segunda fase iniciaria, após o recesso da Copa, com o aprimoramento da configuração da ferramenta contemplando os feedbacks dos colaboradores da Rede Sirius e o lançamento para a comunidade acadêmica. Com base na documentação de gerenciamento do projeto disponibilizado pela empresa, os Núcleos NProtec e Informat elaboraram um plano de trabalho para atender às demandas de informação do fornecedor e necessárias para a configuração inicial do serviço. Em paralelo, o NProtec iniciou seu próprio plano de ação. Após a análise da documentação e do protótipo, verificou-se que a complexidade e volume das tarefas envolvidas na configuração do EDS exigiriam quatro frentes de trabalho: infraestrutura de tecnologia da informação, customização técnica, layout e divulgação. Uma proposta de trabalho foi apresentada à Direção da Rede com o intuito de acertar a participação do Núcleo MID e PLANAD. O primeiro, nas questões relativas à customização do layout, criação de logotipo, personalização da marca, divulgação da ferramenta e o segundo, nos contatos com os fornecedores dos recursos eletrônicos existentes, para a obtenção das informações técnicas necessárias à integração desses ao EDS. Um grupo de trabalho interdisciplinar foi articulado para a configuração e divulgação do produto composto por: 2 bibliotecários (NProtec), 1 analista de sistemas (Informat) e 3 agentes administrativos (MID), com formação em comunicação, design e tecnologia da informação, em regime de dedicação parcial ao projeto. Na primeira reunião do referido grupo, o NProtec apresentou a ferramenta e seu protótipo; distribuiu as atividades e a documentação de acordo com as competências dos Núcleos envolvidos e a área de atuação de cada participante; estabeleceu o cronograma de implantação, incluindo as datas de lançamento do produto para os públicos interno e externo e explicou o funcionamento do sistema administrativo de configuração (EBSCOAdmin). Coube
  • 9. 9 ao Informat providenciar as contas de acesso para administradores e ao MID expor duas propostas de logotipo para avaliação. Definiu-se que as reuniões para acompanhamento do projeto seriam presenciais, semanais, e que o trabalho seria realizado de forma colaborativa, à distância. Para registro, as principais etapas desenvolvidas pelo grupo, por vezes de forma concomitante: a) coleta, sistematização e análise de dados e da documentação - para personalização do EDS, em resposta aos questionários técnicos da EBSCO, contemplando: análise dos metadados do catálogo online com a seleção de campos MARC 21 a serem exportados; escolhas das bases de dados parceiras, inclusas na assinatura, e das bases de acesso aberto; questões sobre a interoperabilidade do serviço de descoberta com o catálogo online e os repositórios institucionais – BDTD/UERJ e Portal de Publicações Eletrônicas (OJS/SEER); b) análise da estrutura do protótipo; c) elaboração da matriz de responsabilidade - identificando as competências e responsabilidades para realização das tarefas; d) desenvolvimento de instrumentos de controle interno e acompanhamento das atividades, tais como as entregas de informações do Núcleo à EBSCO e as pendências das solicitações feitas aos outros Núcleos, e ao fornecedor (Figura 1). Elaboração do cronograma de implantação;
  • 10. 10 Figura 1 - Controle interno das atividades de configuração EDS Fonte: Os autores, 2014. e) benchmark nas Instituições de Ensino Superior (IES) que utilizam o serviço no Brasil e no exterior, com relação à interface gráfica e à terminologia empregada, em língua portuguesa, para descrever a ferramenta. Escolha da nomenclatura: pesquisa integrada; f) padronização das descrições de identificação e localizações das bibliotecas em todos os campi UERJ, simplificando e favorecendo a localização espacial do acervo pelos usuários do sistema; g) reuniões com o suporte técnico EBSCO/EDS, via teleconferências; visita técnica do Gerente de Engenharia de Serviço de Descoberta, América Latina e Europa e com o coordenador Discovery Solutions nos Estados Unidos; h) exportação dos metadados do catálogo online para o servidor EBSCO; i) levantamento das assinaturas de base de dados, periódicos e coleções de livros eletrônicos, não contemplados no catálogo online; j) contato com os fornecedores para informações complementares de acesso aos metadados das coleções eletrônicas para integração ao serviço de descoberta; k) definição do logotipo e escolha do nome “Descubra” para o serviço de descoberta da UERJ; l) criação de Uniform Resource Locator (URL) para o Descubra;
  • 11. 11 m) customização técnica da ferramenta (renomeação e/ou tradução de menus e funcionalidades, inclusão de abas, widgets e links); n) realização de testes: de integração do catálogo online e dos demais recursos eletrônicos; de uso das interfaces do site mobile e dos aplicativos para iPhone e Android e das funcionalidades (pasta de armazenamento, compartilhamento em redes sociais, exportação da pesquisa para gerenciadores de referência, alertas automáticos entre outras); o) planejamento da reunião de pré-lançamento do Descubra para a comunidade interna da Rede Sirius, com a definição da dinâmica de apresentações dos envolvidos no projeto e convite ao representante comercial da EBSCO para apresentação sobre o panorama de utilização do EDS no Brasil e no mundo; p) elaboração da apresentação sobre o processo de implantação do serviço e demonstração dos recursos básicos de pesquisa e funcionalidades da ferramenta; q) solicitação de estatísticas de uso do acervo eletrônico, relativo ao período anterior à implantação do Descubra, às editoras dos livros eletrônicos, ao Portal Capes, aos representantes das bases de dados assinadas, ao Portal de Publicações Eletrônicas para comparação após o lançamento do serviço e r) estratégias de divulgação do lançamento do Descubra na Rede Sirius. Para que o Descubra venha a ser a principal forma de acesso ao acervo da Rede Sirius, a interface de pesquisa deve conferir visibilidade e favorecer o acesso de forma fácil e amigável a todos os conteúdos, tanto os já tradicionalmente em uso pela comunidade, quanto os recém-incorporados. Por outro lado, essa meta não poderá ser alcançada, sem a sensibilização das equipes das bibliotecas, as principais multiplicadoras e incentivadoras do uso do serviço, junto aos usuários. Daí a importância da divulgação interna e do emprego de estratégias específicas para esse público, como a criação de um canal de comunicação destinado a recolher suas sugestões e dúvidas sobre o uso do software.
  • 12. 12 4 Resultados Parciais A configuração estrutural do Descubra e os testes iniciais foram realizados em menos de dois meses de trabalho intenso das equipes envolvidas, cumprindo assim o cronograma previsto para esta fase do projeto. A participação da equipe de suporte da EBSCO EDS foi imprescindível para alcançarmos os objetivos propostos (Figura 2). Figura 2 – Descubra pesquisa integrada: tela inicial Fonte: Site de acesso interno do Descubra, maio, 2014. A integração do catálogo online ao serviço de descoberta (Figura 3) foi realizada com sucesso, havendo apenas a necessidade de ajustes de informações sobre a disponibilidade dos itens em tempo real. Tais ajustes dependem de dados técnicos do fornecedor do sistema de gerenciamento de bibliotecas em uso na universidade. Figura 3 – Descubra pesquisa integrada: detalhe da tela de resultados
  • 13. 13 Fonte: Site de acesso interno do Descubra, maio, 2014. As limitações técnicas e comerciais de algumas das bases de dados, tais como metadados não disponíveis, ou modelos de negócio restritivos à visualização do conteúdo, foram superadas por meio da inserção de links em banners, que favorecem o acesso a essas bases. A integração da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ encontra-se em fase de ajustes no protocolo de interoperabilidade. Portanto, provisoriamente, o acesso se dá através de aba BDTD/UERJ criada no menu da tela principal e de widget2 para Teses e Dissertações online (Figura 4). Este aplicativo aparece na tela de resultado de pesquisa do Descubra e oferece a funcionalidade de pesquisa em bases nacionais e internacionais de teses e dissertações, sem que haja a necessidade de repetição do termo de busca. Além disso, adicionou-se ainda um banner com link para a BDTD/UERJ. Figura 4 – Descubra pesquisa integrada: detalhe para o widget Fonte: Site de acesso interno do Descubra, maio, 2014. A customização de abas e menus do Descubra foi além da simples tradução destes para a língua portuguesa. Estes foram renomeados de modo a se tornarem autoexplicativos. O recurso chamado de “Periódicos A-Z” renomeado como “e-Coleções” é um exemplo, pois nesta aba, além de periódicos eletrônicos, recuperam-se também e-books do acervo da Rede Sirius, de acesso aberto e dos parceiros EBSCO (Figura 5). Com o intuito de favorecer a divulgação dos conteúdos integrados criou-se a aba “Descrição das Bases” contendo uma breve sinopse das bases de dados e a aba “Ajuda” contendo os tutoriais relacionados à 2 Widgets são aplicativos simples que se tornam “atalhos” para serviços e utilidades.
  • 14. 14 pesquisa e aos seus recursos em português, adicionalmente à opção “Help?”, na tela inicial, cujo conteúdo encontra-se em inglês. Figura 5 – Descubra pesquisa integrada: tela e-Coleção de A-Z Fonte: Site de acesso interno do Descubra, maio, 2014. Em decorrência do processo bem sucedido de configuração da ferramenta, foi possível realizar o evento de apresentação do Descubra aos colaboradores das bibliotecas da Rede Sirius, conforme estabelecido no cronograma. Neste evento foi disponibilizado um URL para uso interno e divulgada a criação de um tópico sobre o Descubra, no fórum de trabalho da Rede Sirius, com o objetivo de captar sugestões e promover ajustes antes do lançamento para a comunidade acadêmica. Os primeiros feedbacks de uso da ferramenta foram registrados em menos de 24 horas do seu lançamento, demonstrando um bom nível de aceitação do público interno. 5 Considerações Finais Considera-se que o pioneirismo da UERJ, na aquisição do serviço de descoberta, face às demais universidades públicas, no Estado do Rio de Janeiro, foi favorecido pelo alinhamento da Rede Sirius – Rede de Bibliotecas UERJ - com a atual política acadêmica da universidade. Ambas empenhadas em proporcionar à sua comunidade amplo acesso à informação científica, nacional e internacional, e ampliar a visibilidade da produção
  • 15. 15 acadêmica da universidade. Além disso, no que concerne às esferas administrativas, a Rede Sirius vem adequando os seus fluxos de trabalho às exigências contábeis e legais do governo do Estado do Rio de Janeiro, o que otimiza a tramitação dos processos de aquisição de produtos e serviços informacionais. Credita-se aos fatores supracitados que a alocação de recursos financeiros da universidade para a aquisição e manutenção da assinatura deste serviço tenha se sobressaído entre tantos outros projetos apresentados à Administração Central. Cabe acrescentar que a configuração de um serviço de descoberta é um processo, que exige monitoramento sistemático da vigência do conteúdo assinado pela instituição e integrado à ferramenta, garantindo assim o acesso ininterrupto aos recursos e favorecendo a credibilidade do serviço. O aperfeiçoamento e o incremento das funcionalidades devem ser realizados pari passu às demandas percebidas com a sua utilização. Da mesma forma, a capacitação dos profissionais envolvidos na administração da ferramenta precisa ser constante, em função das atualizações no produto, consolidando o domínio da língua inglesa na qual são oferecidos recursos de treinamento, a documentação e o gerenciamento do serviço. O suporte da EBSCO, no acompanhamento do pós-venda e da coordenação de soluções do EDS, foi crucial no processo de implantação do serviço de descoberta na Rede Sirius. Esta equipe mostrou-se proativa, eficiente, disponível e ágil na resolução dos problemas técnicos. As tecnologias de comunicação e informação (TICs) eliminaram as barreiras comumente impostas pela distância física entre as equipes sediadas no Rio de Janeiro, Brasil e em Boston, Estados Unidos. A segunda fase da implantação contemplará: ajustes pontuais, a partir das avaliações dos colaboradores; testes complementares; lançamento para a comunidade acadêmica através de divulgação nas mídias internas da universidade e no site da Rede Sirius; análise estatística comparativa de uso das coleções e da ferramenta e continuidade no aprimoramento de novos recursos. O serviço de descoberta, assim configurado, se constituirá em uma ferramenta
  • 16. 16 estratégica para a Rede Sirius, pois ratificará o perfil inovador da Rede de bibliotecas na prestação de serviços informacionais de qualidade, e para a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, ao contribuir com a excelência acadêmica. Referências BENTO, Filipe Manuel dos Santos. Serviços de descoberta e redes sociais: os novos “Bibliotecários de Referência”?: novos papéis para os profissionais de informação, neste novo paradigma e no contexto do modelo de ensino preconizado por Bolonha. Slideshare. Disponível em: < http://www.slideshare.net/filipeb1/servios-de-descoberta-e-redes-sociais-os-novos-bibliotecrios-de- referncia-artigo>. Acesso em: 12 maio 2014. BREEDING, Marshall. Competition and strategic cooperation. American Libraries Magazine.org. Library Systems Report 2014. Publicado em: 15 abril, 2014. Disponível em: <http://www.americanlibrariesmagazine.org/article/library-systems-report-2014 >. Acesso em: 14 maio 2014. BREEDING, Marshall. Chapter 1: Dicovery product functionality. Library Technology Reports. v. 50, n. 1, p. 5, jan. 2014. Disponível em: Academic OneFile. Acesso em: 10 maio 2014. _____. Chapter 1: Introduction to resource sharing. Library Technology Reports. v. 49, n. 1, p. 5-11, jan. 2013. Disponível em: Academic OneFile. Acesso em: 10 maio 2014. _____. Chapter 2: Major discovery product profiles. Library Technology Reports. v. 50, n. 1, p. 33- 52, jan. 2014. Disponível em: Academic OneFile. Acesso em: 10 maio 2014. (2014b). _____. Web-scale discovery services: finding the right balance. American Libraries Magazine.org. Publicado em: 14 jan., 2014. Disponível em: <http://www.americanlibrariesmagazine.org/article/web- scale-discovery-services>. Acesso em: 12 maio 2014. (2014a). DIAS, Allan Rodrigo et al. Portal de busca integrada do SIBIUSP: metodologia de implantação. In: Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias, 17., 2012, Gramado, RS. Anais... , 2012. Disponível em: < http://www.snbu2012.com.br/anais/pdf/4R2V.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2014. MARANHÃO, Ana Maria Neves. Dos catálogos aos metabuscadores e serviços de descoberta na Internet – uma visão geral. In: Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação, 24, 2011, Maceió. Anais... Disponível em: <http://febab.org.br/congressos/index.php/cbbd/xxiv/paper/view/312>. Acesso em: 14 abr. 2012. _____. A seleção de um serviço de descoberta na web: a experiência da PUC-Rio. In: Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias, 17., 2012, Gramado, RS. Anais ... , 2012. Disponível em: <http://www.snbu2012.com.br/anais/pdf/4QDH.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2014. PARRY, Marc. As researches turn to google, libraries navigate the messy world of discovery tools. The Chronicle of Higher Education, v. 60, n. 32, Apr. 2014. Disponível em: <http://chronicle.com/article/As-Researchers-Turn-to-Google/146081/ >. Acesso em: 17 abr. 2014. PELED, Ido. Conferência [Avaliação de Sistemas de Descoberta] dia 20 de setembro de 2012 [vídeo]. In: Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias, 17., 2012, Gramado, RS. Anais... , 2012. Disponível em: <http://www.snbu2012.com.br/videos/index.php?titulo=Conferência dia 20 de
  • 17. 17 Setembro de 2012&descricao=SNBU 2012&incorporacao=VjOhkIn1aDc>. Acesso em: 10 maio 2014. _____. Critérios de avaliação de sistemas de descoberta. [Material acompanhante da palestra Avaliação de Sistemas de Descoberta]. 20 set. 2012. 6 p. Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias, 17., 2012, Gramado, RS, 2012. (2012a) RICHARDSON, Hillary A.H. Revelations from the literature: how web-scale discovery has already changed us. Computers in Libraries. v. 33, n. 4, may 2013. Disponível em: <http://www.infotoday.com/cilmag/may13/Richardson--How-Web-Scale-Discovery-Has-Already- Changed-Us.shtml>. Acesso em: 16 mar. 2014. SÁ, Maria Irene da Fonseca e. Bibliotecas digitais: uma investigação sobre características e experiências de desenvolvimento. 2013. 266 f. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) – Universidade Federal do Rio de Janeiro/IBICT. Rio de Janeiro, 2013. UNIVERSIDADE do Estado do Rio de Janeiro. Núcleo de Informação e Estudo de Conjuntura. DATAUERJ 2013: anuário estatístico: base de dados 2012. Disponível em: < http://www.uerj.br/arq/datauerj2013/>. Acesso em: 14 maio 2014. VAUGHAN, Jason. Chapter 1: Web Scale Discovery: What and Why?. Library Technology Reports, v. 47, n. 1, p. 5-11, jan. 2011. Disponível em: Academic OneFile. Acesso em: 18 fev. 2014.