SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  51
Télécharger pour lire hors ligne
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO MARANHÃO – UNICEUMA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
         PUBLICIDADE E PROPAGANDA




     FILIPE DE OLIVEIRA SERRÃO DE FREITAS




 A COR COMO ELEMENTO PARA CRIAÇÃO GRÁFICA




                   São Luís
                     2010
FILIPE DE OLIVEIRA SERRÃO DE FREITAS




A COR COMO ELEMENTO PARA CRIAÇÃO GRÁFICA




                            Monografia apresentado como requisito parcial
                            para obtenção do grau de Bacharel em
                            Comunicação Social com habilitação em
                            Publicidade e Propaganda do Centro
                            Universitário do Maranhão – UNICEUMA,
                            com obtenção de nota da disciplina Projeto
                            Experimental, ministrado pela Profª Msc.
                            Lidiane Rocha

                            Orientador: Profº Esp. Emílio Ribeiro Martins
                            dos Santos




                 São Luís
                   2010
FILIPE DE OLIVEIRA SERRÃO DE FREITAS



       A COR COMO ELEMENTO PARA CRIAÇÃO GRÁFICA



      Trabalho de Conclusão de Curso, modalidade Monografia, apresentado ao
Centro Universitário do Maranhão - UNICEUMA como requisito parcial para
obtenção do grau de Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em
Publicidade e Propaganda, aprovado pela Banca Examinadora abaixo assinada:




                Prof. Esp. Emílio Ribeiro Martins dos Santos
                                 Orientador




                Prof. Esp. André Álvares Fernandes da Silva
                               Examinador 1




                    Prof. Msc. Lidiane Rocha dos Santos
                               Examinador 2




Data:________________
A Deus por tudo nesta vida, aos meus pais pelo apoio e
aos Docentes pelos grandes ensinamentos durante estes 4
anos, muito OBRIGADO!
AGRADECIMENTO


Agradeço a Deus por tudo que tenha me dado nestes anos complicados. Aos meus pais
Marine de Oliveira Serrão e Justo Freitas Filho pelo incentivo e compaixão comigo. Aos
meus Docentes Emilio Ribeiro, Lidiane Rocha, Salomão Santos, André Fernandes, Áurea
Everton, Ramiro, Miguel Abdala, Vagner, Luís Roberto, Ana Barbieri, Cristina Grats e Ana
Patrícia pelos belos ensinamentos durante esses quatros de dedicação e paciência. Aos amigos
da turma de 2007/1 à 2010/2 muito obrigado galera. É a mim Filipe de Oliveira, com muita
dificuldade eu consegui. Agora outro desafio está vindo pela frente e eu vou vencer.
O Senhor é meu pastor, nada me faltará.
                             Salmo, 23
RESUMO


É um estudo sobre as cores que tem como meta a melhor construção cromática na peça
gráfica e os dados de edificação da criação publicitária. Objetivo é demonstrar que a cor pode
ser um elemento de primordial importância para comunicação publicitária. Averiguando de
maior importância os elementos de adequação pra uma melhor assimilação da composição
cromática na peça. Veremos teses de artistas renomados como Leonardo da Vinci, Sir Issac
Newton e Johann Wolfgang Goethe que foram primordiais na construção do entendimento do
sistema cromático. A utilização da cor no processo criativo vem com adentrada de trabalhos
realizados por docentes na escola conceituada na Alemanha “Bauhaus”.
Palavra-chave: Cor. Comunicação. Criação gráfica.
ABSTRACT


It is a study about the colors that aims to build better chromatic number in graph and data-
building advertising creation. Objective is to demonstrate that the color can be an element of
paramount importance for the commercial. Ascertaining the most important elements of
fitness for a better assimilation of color composition in the play. We'll see arguments from
renowned artists such as Leonardo da Vinci, Sir Isaac Newton and Johann Wolfgang Goethe,
who were crucial in building the understanding of the chromatic system. The use of color in
the creative process comes with it was inside work done by professors at prestigious schools
in Germany "Bauhaus.
Keyword: Color Communication. Graphic design.
SUMÁRIO



1    INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 13
2    COR: SIGNIFICADOS E PRECEPÇÕES ......................................................... 14
2.1. Aspectos Históricos ................................................................................................ 14
2.2. A física da cor ......................................................................................................... 00
2.3. Homem é as percepções cromáticas ....................................................................... 00

3    A COR NA CRIAÇÃO .......................................................................................... 21
     3.1. A cultura da cor .............................................................................................. 00
          3.1.1.      Bauhaus ................................................................................................ 21
                3.1.1.1.        Composto cromático .................................................................. 00
                3.1.1.2.        Aparência da cor ........................................................................ 00
                3.1.1.3.        Simbolismo das cores ................................................................ 00
          3.1.2.      Publicidade ........................................................................................... 00

4    IMPORTÂNCIA DA COR NO MATERIAL IMPRESSO ............................... 46
4.1. Estudo de um caso .................................................................................................. 00

5    CONSIDERÇÕES FINAIS ................................................................................... 50
REFERENCIAS ........................................................................................................... 52
ANEXOS ....................................................................................................................... 54
1 INTRODUÇÃO


           A cor pode transformar manifestações de cultura em arte, construir idéias, destruir
sentimentos, criar novos conceitos, expressar emoção, criar vínculos, apregoar perigo,
atenção, paz, amor, movimentos sociais e até parar uma guerra. Sem dúvida este elemento
visual é fascinante e despertam emoções e aguça nossas percepções. O entendimento sobre a
cor vem desde a Grécia antiga. Já discutia sobre a essência e a existência da cor. A partir da
idade média outros estudiosos conseguiram apresentar teorias mais consistentes sobre a
presença da cor na luz. Leonardo da Vinci, Issac Newton e Johann Wolfgang Goethe são
personalidades importantes para este estudo.
           A utilização da cor na publicidade é de importância para o emprego de novos
conceitos. Nela constam signos que utilizados pela propaganda de forma adequada e
esquematizada pela estratégia de comunicação, torna-se uma grande ferramenta de difusão de
idéias. O uso da cor na comunicação tem que seguir um vinculo com a mensagem da
campanha, de modo, a ser mais bem consumida pelo público-alvo.
           O estudo desse elemento chamado cor é importante para conhecimento do
profissional de programação visual. Outro elemento é o problema que os publicitários passam
na hora da organização da peça, muito das vezes as tonalidades de cores que o diretor de arte
selecionado no aplicativo se alteram. Quando impressa esse fator se torna mais visível. Esse
problema foi um grande motivo para o estudo da cor nos vários tipos de papel é como a ela se
comporta em elementos alterando ou diminuindo seu tom. Veremos que a cor escolhida na
tela do computado não é aquela exata que sairá no papel, por isso, trabalharemos no estudo da
escala de tons em CMYK. A noção da importância de uma boa composição harmônica e os
princípios da leia do processo aditivo e subtrativo são base para uma apropriada garantia na
produção do elemento.
           As contribuições que esse assunto vai mostrar são de exemplificar de maneira
mais clara as atribuições de cada cor, de maneara, que possa mostrar para o profissional de
Publicidade e Propaganda, modelo de como utilizar a cor de uma forma que facilite sua
utilização de maneira mais objetiva e interligada a idéia da campanha.
2 COR E SEUS SIGNFICADOS


    2.1. Aspectos Históricos


             No exercício da observação o homem descobre nas essências de certos frutos,
ervas, cascos de árvores condições necessárias, para obtenção de tintas. A utilização destas
tintas originária de vegetais e etc. foram elementos de necessária importância para
descobrimentos de formulas de novas concepções de cores. Nesta época o próprio homem
pré-histórico torna um místico cientista e artista do seu próprio momento. A arte rupestre foi
uma das primeiras manifestações deste novo descobrimento do homem. No Brasil as
                                          1
manifestações dos índios Cadiueus,            foi um dos primórdios na construção de cerâmica e a
produção de arte plumária no país.
             Na idade Antiga um grande período de dominação Romana no mundo, um dos
povos que se destaca, neste momento, é o Egito. A arte egípcia começa a tornar-se um grande
centro de originalidade do planeta. O grande momento do Egito foi, exaltado na arte, quando
chega o período faraônico, entre 3000 a.C., nesta época houveram amplas construções e
manifestações de arte históricas, como pinturas dos faraós e a construção das grandes
pirâmides.
             Ainda na idade Antiga os pensadores gregos foram os pioneiros no estudo da luz
num quadro humano e físico, observando suas características e tentando explica sua
existência. Neste processo os filósofos gregos se preocupavam no esboço da interpretação dos
procedimentos sensórias. Os primeiros artistas abordaram no espaço atmosférico se havia luz
e escuridão, que eram receptáveis pelo órgão sensorial ocular (olho), segundo o autor
Bernardo (2009), “Pitágoras (século v a.C.) e os seus discípulos acreditavam que, no ato da
visão, um raio visual procedia do olho para o objeto”. 2




1
  CADIUES “é um grupo de índios muito importante para construção histórica brasileira. Sua maior
especialização e na construção de cerâmica. A sua concepção de usabilidade pelas cores se passa de geração a
geração com o uso de especiarias para criação de cores. As suas manifestações de arte, são danças, pinturas
rupestres e artesanato.” In: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadiueus - Acesso em 22/10/10
2
  BERNADO, Luís Miguel. História da luz e das cores. São Paulo: Editora Universidade do Porto. 2ª ed.,
2009, p. 344
Outro grande pensador grego Empédocles, 3 defendia que o instrumento ocular era
como uma lanterna, e exemplificava que o globo ocular continha uma luz interna que era
lançada para fora do órgão através de um liquido que, por fim, demonstrava a visão. Outro
grande pensador grego que não contrariava uma opinião sobre a atividade humana, vegetal e
animal era Aristóteles. 4
              Aristóteles em algumas de suas obras expôs idéias sobre os fenômenos
atmosféricos, como os cometas e o arco-íris. Essas obras foram muito bem estudadas por
amplos intelectuais na idade média. Uma de suas teses Aristotélicas era que a luz representava
um estado de corpo límpido, esse dito-cujo fazia que o observador detecta-se a observação do
objeto através do sentido da visão. E ainda ele exemplificava como diz Bernardo (2009), “a
impossibilidade de ser poder ver no meio da escuridão era justificada pelo fato de o ar que se
                                                                  5
separava o objeto observador não ser transparente”.                   Aristóteles em suas teses nunca se
preocupou em abordar a explicação da luz nos seus livros de física, apenas em alguns trechos
de suas dissertações ele ponderava sobre a composição ocular humano.
              A grande variante opinião dos filosofo gregos sobre a natureza da luz e das cores,
foi muito díspar com diferentes conceitos agregados a velocidade e massa da luz. Algumas
idéias de Aristóteles foram apresentadas que a luz, para ele, era um atributo natural, e não
fazia sentido discutir sobre sua propagação, segundo ele a luz era distribuída igualmente em
todos os lugares.




3
 EMPÉDOCLES “foi um filósofo, médico, legislador, professor, místico além de profeta, foi defensor da
democracia e sustentava a idéia de que o mundo seria constituído por quatro princípios: água, ar, fogo e terra.”
In: http://pt.wikipedia.org/wiki/Empédocles - Acesso 18/10/10
4
 ARISTÓTELES “nasceu em Estagira na Trácia em 384 a.C., com seus 15 anos partiu para Atenas melhor
centro de intelectuais. Seu pai era médico uma grande influência para Aristóteles seguir na sua vida de estudos
como a química e a biologia. Na sua vida Aristóteles foi Aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande.
Aristóteles como a maioria dos grandes intelectuais gregos foi um grande perspicaz em estudo de vários
assuntos,     como     a   física,    metafísica,   poesia, teatro,   musica,     ética   e    biologia”.    In:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aristóteles - Acesso 18/10/10
5
    BERNADO, Luís Miguel. Op. Cit., p. 47
Muitos dos conceitos empregados pelos Grandes filósofos gregos, como Leucipo,6
Demócrito e Epicuro7 (defendia a tese que a luz provinha de partículas, formados por
pequenas camadas de luz que fluiria para a recepção da imagem no olho humano), também de
Platão8 e Empédocles (defendiam que a luz começava no órgão ocular e a imagem era
construída por partículas receptáveis pelo mesmo), Euclides9 e Pitágoras10 (sugerem que a luz
era constituída por um estado volátil), foram usadas como material de estudo para novas teses
por grandes pensadores na idade média.
             Um dos grandes assíduos do estudo foi Leonardo da Vinci artista, literato,
cientista e filosofo foi um astuto nato das ciências, italiano é uma das figuras mais
importantes para era moderna. Da Vinci construiu em suas experiências, formulas que
comprovasse a composição da luz. O autor Pedrosa (2003, p.) diz, que a comprovação da
composição da luz conecta o que a física já fala, interligando o campo experimental com a
pintura, assim como a química já estava ligada desde sua origem. Da Vinci observa em suas
pesquisas que o branco não é uma cor, mas um arranjo de cores agregados nela.
             Em uma de suas experiências, da Vinci nota uma luz amarelada de uma vela que
passa por um orifício, essa luz vai sendo mistura com um corpo azul que se resulta no verde.
Parti daí, aa Vinci relata que a composição dos dois corpos diferentes podem resultar num
novo corpo com variações díspar. Esse experimento Isaac Newton já comprovava com suas
demonstração através dos prismas, ele explicava que a luz branca nunca foi uma cor pura, mas
sim homogênea.


     2.2. A física da cor


6
  LEUCIPO DE MILETO “nascido na Grécia em 500 a.C., foi um grande importante filósofo grego. Foi o
maior responsável da maior obra sobre os átomos Segunda tese de Aristóteles”. In:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Leucipo_de_Mileto - Acesso 13/10/10
7
  EPICURO DE SAMOS “filósofo grego nascido na ilha de Samos em 341 a.C., Seu pensamento foi pela
ausência da dor com a perpetuidade da alma foi muito difundida no antigo Egito por inúmeros mestres, como
Lucrécio.” In: http://pt.wikipedia.org/wiki/Epicuro_de_Samos - Acesso 14/10/10
8
 PLATÃO “foi um importante filosofo fundador da academia platônica em Atenas. Suas principais abordagem
era a política e ética.” In: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o - Acesso 14/10/10
9
  EUCLIDES “foi professor da academia de Atenas. Muito relacionado no nosso tempo como “Pai da
Geometria”, pelo seu grande interesse no assunto. Um de suas obras “Os Elementos” é uma das bem
argumentadas na historia da matemática.” In: http://pt.wikipedia.org/wiki/Euclides - Acesso 15/10/10
10
  PITÁGORAS “foi um dos mais importantes para a criação e performance da matemática no nossos dias.
Considerado o “Pai da Matemática”, ele fundou em Atenas uma escola de pensamentos que abordava vários
temas.” In: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pitagoras - Acesso 15/10/10
Figura1 - Experiência realizada por Leonardo da Vinci
                                 chamado de “Câmera mágica” Fonte: Pedrosa, 2004, p.72


               A fascinação de Newton pelo saber veio quando entra na Universidade de
Cambridge, foi neste período que explodi na sua mente todas as idéias que revelaram sua
fascínio pela luz. Num destes demonstrou claramente que a luz branca era constituída por luz
de várias cores, e ele referia essas cores como intrínsecas a ela, que está dentro dela. O autor
Bernardo (2009) diz que Newton, explicará que a cor apresentada a um objeto, era por causa
do raio que reflete em seu aspecto luminoso e demonstrada a sua cor existente. Newton
também dizia que,


                            Quanto ás causas das cores e de outros fenômenos devidos à refracção, é
                            preciso que os raios (corpúsculos) maiores ou mais fortes pressintam a
                            superfície refringente mais facilmente que os outros mais fracos e por
                            conseqüência aqueles (os mais fortes) são menos desviados pela superfície, e
                            portanto menos refractados (...) E visto que a refracção não serve senão para
                            separar os raios, e não muda absolutamente nada nem a sua grandeza nem a
                            sua força, daí que, depois de terem sido bem separados, a refracção não
                            saberia mudar então as sua cores. 11


               Newton quis exemplificar que a massa é o tamanho é a peculiaridade principal das
várias distinções dos raios solares que são responsáveis pelas as características das cores.
Muitos dessas cores que Newton conseguiu destacar foram o azul-violeta, azul-cian, azul-anil,
verde, amarelo, vermelho-alaranjado e vermelho-magenta.




11
     BERNADO, Luís Miguel. Op. Cit. p. 344
Figura 2: Teste realizado por Newton com
                                         prisma para averiguação das cores luz.
                                              Fonte: Barros, 2009, p. 288


                Já considerando o procedimento de percepção visual de Leonardo Da Vinci, ele
trás consigo elementos característicos da óptica, por ventura foi um dos precursores no estudo
da visão, caracterizando a defecação de vários cadáveres para estudo. Esse estudo mais
aprofundando sobre a óptica, trousse a da Vinci a criação de desenhos do mapa anatômico
humano ocular, até hoje o mais perfeito que se tem notícia. A parti desse processo Da Vinci
abre caminho para matéria da Oftomologia e Psicologia que condescendeu o surgimento dos
estudos das reações perceptivas. Esse estudo as reações e variações que a visão tinha sobre a
cor o autor diz que, “Todo o corpo que se move com rapidez parece tingir seu percurso com
sua própria cor” 12, da Vinci ainda exemplifica que essa massa ao se mover com rapidez maior
atingi todo o seu processo com seu tom de massa original.
                Da Vinci era um apaixonado pela pintura, e ele expressava como toda via a arte
comparando-a com a poesia. Da Vinci conta, que todo artista traz uma representação
sentimental e filosófica as obras, de modo à representar com mais veracidade a arte natural da
vida do que as palavras e letras. Ele ainda refere que a pintura é uma filosofia da vida. Todo
esse lado mistifica e filosófico na arte e nas ciências Issac Newton não via como importância,
porém nunca elevou esse sentimento aos seus projetos científicos, segundo Voltaire13,
“Newton nunca teve uma paixão”, sem franquezas ele se dedicou mais no estudo da física da
luz.


       2.3. Homem e as percepções cromáticas


12
     PEDROSA, Israel. O universo da cor. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2003, p. 76
13
   FRANÇOIS-MARIE AROUET, mais conhecido pelo pseudônimo Voltaire nasceu em Paris, 21 de
novembro de 1694. Foi um escritor, e filósofo iluminista francês, conhecido pela sua perspicácia na defesa da
liberdade humana. É uma dentre muitas figuras do Iluminismo cuja os ideais influenciaram pensadores
importantes tanto da Revolução Francesa quanto da Americana. (WIKIPEDIA, Enciclopédia Livre)
Outro que discordava em alguns pontos da teoria Newtoniana era Goethe14. Ele
por tanto não admitia que a luz fosse formada por diversas luzes coloridas, e ainda indagou:
“como a luz branca pode conter cores mais escuras do que ela?” 15. Em certo ponto toda essa
recusa de Goethe a teoria de Newton era viável. Ele exemplificou buscando a filosofia e
psicologia a sua recusa à teoria da luz, segundo o autor, Goethe diz que a luz tem dois tipos de
cores as fisiológicas e químicas, segundo ele esses dois processos, fazem com que a cor
avance como método que comprovasse que esses raios (matizes), não são cores, mas sim uma
sensação que adequa ao tempo atmosférico do ambiente que por fim se produz a cor percebida
(como na formação do arco-íris). Ele, por tanto, defendendo sua questão que a cor é invenção
da luz da sombra segundo o autor Pedrosa (2009, p. 67) Goethe diz, “No entanto, há de ter-se
presente o movimento do escuro até o claro, e do claro até o escuro” 16. Ele nesta questão fez
uma leve defesa do ponto de vista que a cor tem como origem a luz e a obscuridade.
                Goethe sempre discordou sobre o fenômeno dos primas, ele indagava que quando
a luz do sol lançar-se no anteparo do prima projeta-se cores opacas que origina-se ao magenta,
amarelo e ciano essas cores percebeu Goethe, eram complementares das cores conseguidas
pela experiência antecedente de Newton. Ele também discordava da observação da luz, em
câmeras escuras, ele não achava intransitável a observação nestas condições, que para ele
excluía a principal tese de observa o comportamento da luz em seu ambiente natural. Na
realidade Goethe não se opunha a teoria Newtoniana, mas ele revoltava-se ao conhecimento
dogmático que era adotado pelos cientistas naquela época e tornando aquela leia absoluta, ele
indagou que essas teses que se via com freqüência se tornaram ideologias fixas que dominava
o pensamento humano naquele momento, e só uma mente gigantesca poderia derrubar essas
concepções. Após todo esse processo, as discordâncias dele a teoria Newtoniana, foi um passo
importante para o enriquecimento que levantará o estudo da percepção e sensação cromática
fortalecendo ainda, mas a teoria da luz. Esse confronto particular entre Goethe e Newton é a
conseqüência de duas visões díspar do mundo, segundo Barros,

14
  JOHANN WOLFGANG VON GOETHE, nasceu na Alemanha em 28 de Agosto de 1749. “Na sua vida foi
um erudito cujos interesses incluíam ciências, jornalismo, drama, poesia, e filosofia natural. Goethe foi
imfluenciado por Herder o pioneiro do romatismo alemão, e teve amizade com Schiller, com quem trabalhou
numa revista literária. Um dos muitos admiradores de Goethe foi Schopenhauer, que contribui para a obra de
Goethe sobre a Teoria das Cor (1810)” Bryan Magee. Historia da Filosofia. Editora Loyola, 3ª ed., 2001, p.
138.
15
     PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. Rio de Janeiro. Senac Editora, 10ª ed., 2009, p. 65.
16
     PEDROSA, Israel. Op. Cit. p. 67.
Goethe representava uma visão dos filósofos da natureza, preocupado com
                             os significados dos fenômenos dentro de um contexto amplo, universal,
                             enquanto Newton representava a ciência mecanicista, estruturada nos
                             conceitos de ação e reação, investigando o comportamento dos fenômenos
                             isolados. 17


               Goethe tinha uma linha de raciocínio muito díspar de Newton, primeiro ponto,
Newton procurou examinar a origem da cor, buscando o estudo e analisando a natureza da
luz. Já Goethe buscou o sentido da luz, averiguando os efeitos da cor de um lado humana. 18
Goethe foi muito importante para a democratização do conhecimento das cores, ele
demonstrou que essa ciência poderia embarcar em todas as aéreas humanas e fez com que,
atraísse pesquisadores no estudo da cor, e que se embarcaram em suas dissertações
conhecimentos, que fez surgir novas áreas no assunto, como a fisiologia e psicologia. Goethe
disse “minha teoria das cores é tão antiga quando o mundo, e ao longo do prazo, nunca será
                                        19
negado ou deixado de lado”.                  Sempre astuto a poesia e a ciências, foi um homem
fundamental com sua conjectura sobre a concepção da luz. Ele constituiu teses principais
sobre a percepção da cor, fisiologia da cor, totalização cromática e castrastes das cores. A
importância de Goethe para o estudo da cor e relembrada em várias obras, Goethe foi um
estudioso essencial para a construção sólida da nova teoria da cor.
               Esses artistas propulsores da nova arte moderna como Leonardo da Vinci, Issac
Newton e Goethe influenciaram vários artífices, pintores, artesãos, cientistas, poetas e
pensadores na sua época. Artista que levaram em si às grandes sabedorias desses
revolucionários da arte e ciência para consigo, e construíram uma nova cultura a da expressão
do corpo humano e da natureza que a cerca. Surge agora mais renova e expressa daquele
momento a “Cultura da Arte”.




17
     BARROS, Lílian Ried Miller. A cor no processo criativo. São Paulo. Senac Editora, 3ª ed., 2006, p. 271.
18
    A linha de pensamento de Goethe, era analisar o processo cromático da luz de modo natural. E ele
demonstrava que esse processo tinha que exercer esse ponto de vista humano. O homem como o processo da luz.
Como o próprio Goethe diz, “olho se forma na luz e para luz [...] A cor é a natureza em forma de lei para o
sentido da visão” BARROS, Lílian Ried Miller. A cor no processo criativo. Op. Cit., p. 272
19
     BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit., p. 276
3 A COR NA CRIAÇÃO


   3.1. A cultura da cor


           O mundo no final do século XIX se via com um crescimento abusivo da
população mundial e a grande necessidade destes mercados para o consumo de alimentos. A
fabricação de produtos ainda era artesanal, muitos dos centros urbanos, como Londres se via
com a escassez de alimentos. Nasce daí a necessidade de uma produção em maior escala e
com rapidez e eficiência que as maquinas obtinham.
           A produção industrial foi o ponto de partida para o nascimento do sistema que
chamamos hoje de “capitalismo”. Da produção artesanal para uma em serie, mas técnica e
produtiva. Esse sistema permanece como o ápice do desenvolvimento do mundo. Mas, no
começo daquele tempo a produção entrou em falhas. Com um péssimo conhecimento técnico
de seus operários e artistas o sistema entrou num processo perigoso. A escassez de pessoas
com um conhecimento especializado, fez com que surgissem centros de ensino em todo o
mundo. Um desses centros que revolucionou o design foi à escola de arte Alemã Bauhaus.


       3.1.1. Bauhaus


           No século XX surge na Alemanha a Bauhaus, uma das mais importantes escolas
de arte no nosso tempo.      A existência da academia foi pela grande falta de artistas
qualificados que naquele tempo perderão espaço pela sua “arte vulgar”, neste momento
adentrava a grande produção em massa de produtos, essa necessidade propugnaria uma arte
mais elevada e qualificação na formação do artista, exigindo novas formas de ensino.
A partir deste momento, as concepções do processo criativo se tornaram de uma
criação amadora, ao um âmbito profissional e técnico com adentrada das academias de ensino.
Porém o real objetivo da academia alemã Bauhaus era segundo Rainer Wick, representar a
legítima síntese à estética. Ele ainda diz que, “integração de todos os gêneros artísticos numa
linguagem sem fronteiras”. 20 Também Gropius descreve outra importância à forma de ensino
pelo qual a instituição se volta para uma metodologia de preceito ao design industrial. Após
essa característica a Bauhaus caminha num progresso de crescimento, rumo a sua expressão
funcional.
                Outras características quem sobre sai nos anseios, são os três objetivos básicos da
Bauhaus. Segundo Frank Whitford os primeiro objetivo era promover a era democratização da
arte, reunindo vários artistas num conjunto de idéias no mesmo. O segundo era acabar com a
chamada arte amadora “vulgar” e profissional ”elevada”. 21 E o terceiro fazer sociedade com a
industrial, ao ponto, que os estudantes aos se formarem obteriam uma vida prática com a
indústria, e também mostrariam a sua forma e filosofia através do design de produtos etc., que
seriam produzidos pela indústria.
                A Bauhaus exerceu uma qualidade formidável, na forma como criou as condições
para novas concepções do processo criativo, essa metodologia se firmou para o
desenvolvimento da academia. Porém academia foi importante para a comunidade artística,
quando desde sua fundação em 1919, ela se manteve firme até a chegada do governo nazista
em 1933, onde eles a extinguiram da Alemanha e os grandes mestres da Bauhaus, muitos
deles se refugiaram em outros paises, como os Estados Unidos. Portanto todo esse processo
foi formidável para que a doutrina metodológica da instituição permanece-se viva, ao ponto
dos grandes mestres a expor suas idéias avançadas em outras academias do mundo
promovendo a divulgação do ensino que nasceu com uma visão moderna e universal.
                A academia durante toda a sua existência ouve uma grande influência de ideais de
Goethe sobre a sua tese das cores. O principal meio de divulgação dessas idéias foi o próprio
corpo docente da academia, como os mestres Itten, Kandinsky, Klee e Albers.




20
     BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit., p. 29.
21
  Essa caracterização de diferentes contextos de arte leva a Gropius a criar elementos básicos para que essa
democratização que é elevada seja derrubada todos os princípios que alguns artistas tinham sobre ela. Lílian Ried
Miller Barros. Op. Cit., p. 33-34
22
                  Muitas das idéias de Goethe como a totalidade cromática,                      reaparece em
trabalhos e teses dos mestres da Bauhaus. Algumas concepções de Goethe sobre a
composição harmoniosa cromática, onde elas são um novo conceito de apresentar uma
inovação pratica artística. Alguns mestres da Bauhaus definem sobre a composição
harmoniosa, segundo o autor Barros (2006) diz, “Ittem define como combinações harmônicas,
                                                                                         23
à semelhança de Goethe, aquelas cuja mistura leva a um cinza neutro”.                          Outros mestres
definem em outros trabalhos que as composições realmente são infinitas reconhecendo as
várias possibilidades da cor. O autor diz que,


                              “Dessa forma, na Bauhaus, o conceito de harmonia associado á totalidade
                              cromática não parece ter exercido papel dogmático. Ao contrario, trouxe à
                              consciência dos alunos a interatividade das cores do ponto de vista
                              fisiológico, as leis da percepção visual humana”. 24


                  Uma outra teoria sobre o processo de percepção e a tricromática que é uma tese
exemplificando os três cones fotorreceptores que representam as três cores existentes no
nosso órgão ocular. Elas distinguem as ondas emitidas pelo sol concernente e percebidas
pelos bastonetes do olho humano que abalizar esses raios nas cores vermelho, verde e azul
            25
(RGB).           Conforme o autor “o olho humano seria o resultado de uma longa evolução a te se
                                                    26
constituir no que é hoje: tricromático”.                 Algumas dessas pesquisas segundo o autor Barros
(2003) esclarecem a existência de determinadas pessoas conterem uma doença que diminuem
a capacidade dos cones fotorreceptores de perceber certas cores, exemplificado o casso dos
indivíduos daltônicos.




22
  Gothe percebeu esse fenômeno que seria, mais tarde, classificado como pós-imagem e contraste simultâneo,
onde o olho humano se adequar a falta de algumas cores primarias. Foi a partir desse estudo que ele concebeu
sua idéia sobre a totalidade cromática.
23
     BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit., p. 311.
24
     BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit., p. 313
25
   Essa variação de cor “é energia e vibra em três faixas de freqüência: vermelho, verde e azul. Na mídia
eletrônica, por exemplo, a cor é energia, e as core0073 são obtidas segundo o padrão RGB (red, green, blue, que
significa vermelho, verde e azul), porque não há pigmento nem matéria”. HALLAWELL, Philip. Visagismo,
harmonia e estética. Editora Senac. São Paulo, 4ª ed., 2008, p. 203.
26
     BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit., p. 316.
Uma de suas teses que muito usadas em trabalhos acadêmicos na Bauhaus foi
                                                                                                27
sobre as misturas das cores chamadas na luz de “cores aditivas” e no pigmento                        de “cores
subtrativas”. Segundo Barros (2003),


                             Todas as cores dos pintores são pigmentos, ou corpóreas. São cores que
                             absorvem luz, essas misturas são governadas pelas regras da subtração.
                             Quando cores complementares ou combinações das três primarias são
                             misturadas em determinadas proporções, a resultante subtrativa é o preto. A
                             mesma mistura em cores prismáticas, não corpóreas, levará ao branco como
                             resultante aditivo. 28


                Porém César (2006) observa da seguinte maneira os processos aditivos e
subtrativo nas cores. Ele descreve que o processo ativo é, “quando as cores geradas através da
luz misturada combinam os comprimentos das ondas que irradiam o vermelho, verde, e o
azul” 29 Foi por essa junção das três cores básicas do processo ativo (RGB) na sua volumosa
massa de luz, a consequência é o aparecimento da cor branca. Porém o processo subtrativo é
originado pelos pigmentos que segundo César (2006) “não são determinadas pelas diferentes
                                                                                                       30
emissões de ondas de luz, e sim pela absorção e subtração das cores da luz branca”.                         Que
segundo César, essa absorção da luz branca, é pelo fato, que a luz branca é direcionada para
um objeto, este mesmo absorve a luz, o resultante disto, é que a luz absorvida é refletida para
os nossos olhos e revelando o pigmento do objeto e sua cor existente.




                        Figura 3 - Processo Subtrativo e Aditivo. Fonte: Barros, 2009, p. 73.



27
   Os pigmentos quando misturados, reagem de a cor com o material existente, isso depende da qualidade do
pigmento, do processo químico de aplicação das tintas. Por exemplo, quando o processo é aplicado no papel
jornal ele reage pela grande regularidade do papel de não absorver a tinta com maior exatidão, os pigmentos
geralmente se modificam alterando pro branco, preto ou saturando a cor. Mas se for num papel liso a absorção
vai se maior e o processo dos pigmentos não se modificaram com maior constancia ao contrario do papel jornal.
28
     BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit. p. 72,73.
29
     CESAR, Newton. Direção de Arte em Propaganda. Brasília: Senac, 8º ed., 2006, p. 183
30
     CESAR, Newton. Op. Cit. p. 184
Já Pedrosa (2009) observa da seguinte maneira que essas cores vêm sendo
observadas como primarias desde Leonardo da Vinci que descobriu na composição das cores
existentes (vermelho, amarelo, verde e azul). Porém como o autor diz,


                              (...) Com a tríade de cores-pigmento opacas, o violeta só é obtido pela
                              estimulação simultânea de dois grupos de cones da retina. Para tal
                              estimulação, os dois processos mais conhecidos são: primeiro, pela mistura
                              óptica de luzes refletidas por pequenos pontos azuis e vermelhos colocados
                              bem próximos uns dos outros nos trabalhos de pinturas e artes gráficas e,
                              segundo, pela mistura de luzes coloridas refletidas pelo vermelho e pelo azul
                              pigmentários em discos rotativos em movimento. A mistura das cores-
                              pigmento vermelho, amarelo e azul produz o cinza neutro por síntese
                              subtrativa. 31


                Porém todo esse processo subtrativo, não pode ser leva ao fato já porque ele não é
o fundamental fator dominante que possibilitara a enxergamos a cor, e sim segundo Barros
(2009) ela só, “adquire significado e conteúdo pela percepção humana, óptica e cerebral na
                                                                                     32
qual a intensificação dos contrastes tem um papel preponderante”.                         Entretanto toda essa
explanação vem desde Leonardo da Vinci que apresentou uma questão que só com Issac
Newton seria comprovada a exemplificação do branco como derivação de todas as cores.
Segundo Jackob Christof Le Blon ele define que “podemos representar todos os objetos
visíveis com três cores (vermelho, amarelo e azul), todas as outras cores podem ser compostas
                                     33
dessas três produz o preto”.              Contudo Hallawell (2008) dizia que o processo subtrativo de
pigmentos se dividia em duas categorias: acromáticos e cromáticos. Segundo o autor,


                              (...) O branco, o preto e os cinzas – produzidos pela mistura do preto e do
                              branco – são acromáticos porque não contem cor. Todos os outros pigmentos
                              são cromáticos (contém cor). Portanto, o pigmento branco é o oposto da cor
                              branca – não contém cor alguma, enquanto a luz contém todas as cores. 34




31
     PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente.Rio de Janeiro, Editora Senac, 10ª ed., 2009, p. 22.
32
     BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit., p. 73
33
     GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação. São Paulo, Editora Annablume, 3ª ed., 2004, p. 64
34
     HALLAWELL, Philip. Visagismo, harmonia e estética. Editora Senac. São Paulo, 4ª ed., 2008, p. 203.
Já, porém na obra de Farina (1990) ele descreve que as impressões acromáticas
são só aquelas que influem na crescente e decrescente da luminosidade na obra. Elas são
segundo o autor todas as tonalidades de escala de cinza que de distingue entre o branco e o
preto. Como ele mesmo observa que “o branco é, pois, a síntese aditiva de todas as cores, e o
preto, o resultado da síntese subtrativa, isto é, a superposição de pigmentos coloridos”. 35
                Todavia, Goethe que discordava plenamente de algumas concepções de Newton,
observou que a tríade primaria das cores-pigmento seria a púrpura e o azul esverdeado que só
em 1936 pela Kodak a modificaram-na os nomes oficializando as cores que antes era a
púrpura para magenta e azul esverdeado para ciano.
                Um outro ponto do panorama muito estudado na Bauhaus é a composição
harmônica cromática. Ela expressa os elementos mais participativos da escala de cores, entre
procedimento que se estabelece nessa linha ao entrarem no lugar como funções de valores da
luz e das sombras na obra. Segundo Itten algumas combinações de cores se diferem pela
avaliação do endivido que distingue um consenso de harmonia neste ponto. Determinadas
prioridades de combinações que não concebe um contrate forte se distingue pela sua
conformidade e equilíbrio como, os tons azuis e verdes ou os tons claros denominados pasteis.
Segundo Barros (2009) a harmonia deve seguir “a satisfação do olho humano, evitando que
este produza (...) as cores que estão faltando na composição”. 36




35
  FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Edgard Blucher, 4º ed. 1990., p.
80
36
     BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit., p. 87.
Todavia as mais variadas combinações de cores possibilitam uma composição de
um espaço. Por exemplo, determinadas cores podem dar um ar de peso, distancia e
movimento que combinadas de forma harmônica constrói um reação positiva ao observador.
Como afirma Farina (1990) que a cor tem um significado nele de peso, essas combinações de
cores podem construir uma forma equilibrada ou não, dentro do espaço bidimensional. Ele
ainda descreve “Esse equilíbrio pode ser proporcionado pelas sensações suscitadas pela cor,
                                                            37
adequando cada uma ao espaço que deve ocupar”.                   Segundo Guimarães a construção de
harmônica agradável estar sujeito a duas regras: equilíbrio e harmonia. O autor ainda destaca
que Rudolf Arnheim diz que o equilíbrio “continua sendo a meta final de qualquer desejo a
                                                                 38
ser realizado, de qualquer trabalho a ser completado”                 . Já, Josef Albert diz que uma boa
harmonia cromática é igual a uma comida muito bem feita.
                Uma outra abordagem segundo Guimarães (2004) está na combinação e
equilíbrio, trata-se de um lado natural da nossa percepção. Porém algumas cores terciárias
soam muito bem para construção harmônica do trabalho. Conforme HALLAWELL (2008) as
cores terciárias são “cores neutras e, portanto, não criam contrastes com outras cores ou entre
       39
si.”        Essas cores imparciais, não despertam as atenções tanto como às cores primarias e
secundarias. Um outro exemplo, e quando uma combinação cromática está desnorteada, como
autor diz,


                            (...) as cores circunstancialmente mais fracas são induzidas pela mais fortes
                            (indutoras),e , pela necessidade de estabilidade criada pelo padrão, podem
                            adquirir colorações ambíguas e prejudiciais à relação das cores com a
                            estrutura totalizada. 40


                Alguns dos grandes artistas modernos segundo Pedrosa (2009), observam que a
mais bela combinação harmônica foi o que Modrian fez em num dos seus trabalhos. Como diz
o autor,




37
     FARINA, Modesto. Op. Cit. p. 29
38
     GUIMARÃES, Luciano. Op. Cit. p. 76
39
     HALLAWELL, Philip. Op. Cit. p. 212
40
     GUIMARÃES, Luciano. Op. Cit. p. 76
(...) a forma pelas cores puras do espectro solar; ou ainda a variante que
                              atende para a harmonia mista, feita por Modrian em sua série Broadway
                              Boogie-Woogie, em que se equilibram as três cores-pigmentos opacas, com
                              a degradação de apenas uma delas, servindo como a cor dominante, outra
                              funcionando como tônica e a terceira no papel de intermediário (ou
                              passagem) entre as duas primeiras. 41




                        Figura 4 - Obra feita por Piet Mondrian estipulado “Broadway Boogie-
                           Woogie” considerado por muitos artistas a mais bela composição
                                       harmônica. Fonte: Museo de Nova York




                No entanto, Goethe já visualizava em suas teses essa harmonia, em que, se a
utilização de todas as cores cromáticas, ou três primarias, ou complementares que oferece
uma composição harmônica trais uma melhor satisfação agradável para o olho humano. Essa
harmonia diz Goethe só é favorável se o artista usufruir de forma perfeita a mesclagem das
cores com larga escala de luz e sombra no trabalho.
                Essa composição harmônica pode ser associada como cores de um aspecto
agradável ou um conflito de tons que não se combinam possibilitando uma perturbação no
olho humano. Esse aproveitamento de preceitos da harmonia cromática, as vezes, não
proporciona uma dissolução. Pois bem, como Albers observou “por melhor que seja receita, é
sempre necessária a prática da degustação durante seu preparo”. 42


                3.1.1.1.     Compostos cromáticos




41
     PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. Rio de Janeiro, Editora Senac, 10ª ed., 2009, p. 174.
42
     BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit. p. 250.
Itten docente da escola de arte Bauhaus, descreve uma dissolução utópica para
solução do problema, ele observa que se olhar fixamente para um quadrado verde por um
tempo, e depois, fecharmos os olhos e abri-mos, novamente, é olhar pra uma região branca,
observaremos que o quadrando fica vermelho. Com essa pequena síntese Itten analisa que a
cor vermelha foi produzida pelo sistema ótico que conduziu esta mesma como complementar
ou pós-imagem da cor original verde. Essa questão também foi abordada por Goethe em sua
teoria da cor, como ele descreve algumas associações de cores complementares. Amarelo
complementar ao violeta, preto ao branco, vermelho ao verde e laranja ao azul no céu circulo
cromático.




                                  Figura 5 - Cores complementares.
                                     Fonte: Barros, 2009, p. 90




                      Figura 6 - Efeito de pós-imagem Fonte: Barros, 2009, p.88.



             Essa complementação das cores simultâneas a se caracteriza pela diferença que
está entre elas, por exemplo, a síntese aditiva é a soma das cores primarias que se origina na
sua complementação do branco. Porém na subtrativa se característica pela a fusão das cores
básicas que origina no preto. O autor Baer (2006) observa que essas características das cores
tem três níveis: cores simples, cores compostas e cores complementares. O autor diz,
As cores simples, amarelo, cyan e magenta, “cores básicas” que juntas,
                             absorvem todas as radiações luminosas da luz branca incidentes, resultam no
                             preto. As cores compostas, vermelho, verde e azul-violeta, são derivadas da
                             mistura de duas cores básicas de cada vez. As cores complementares,
                             analogamente a síntese aditiva, são as próprias cores compostas.
                             Combinando qualquer uma dessas com a cor básica (...) 43


                Outro grande mestre da Bauhuas que exemplifica as cores complementares em
seus trabalhos era Klee. Numa das concepções de construir um circulo cromático que
gerenciava a observação da cor complementar. Itten organiza o circulo cromático se baseado
pela manifestação mais original das cores o “arco-iris”. Com essa preparo Klee constrói uma
nova síntese cromática que se consolida em seis cores, fundindo duas cores do aspecto do
arco-íris em uma.




                               Ilustração 7 - Circulo cromático construído por Kleen
                                             Fonte: Barros, 2009, p. 124.


                Essa complementação de cores Gothe já observava na construção de circulo
cromática organizando elas de forma opostas as suas complementações. Como Morris (2007)
observa,


                             As cores opostas no círculo cromático são duplas contrastantes chamadas
                             cores complementares. As duplas são formadas por uma cor primária e uma
                             secundária. Os pares são vermelho e verde, azul e laranja e amarelo e
                             violeta. Eles parecem mais brilhantes quando colocados lado a lado. Quando
                             misturados entre si, as cores complementares produzem um tom neutro e
                             acinzentado. Para escurecer uma cor, acrescenta a sua cor complementar em
                             vez de usar o preto. Por exemplo, se quiser um amarelo mais escuro,
                             adicione um toque de violeta. 44

43
     BAER, Lorenzo. Produção Gráfica. São Paulo, Editora Senac, 6ª ed., 2006 p. 83.
44
     MORRIS, Bethan. Fashion Ilustrator. São Paulo, Editora Cosac Naify, 2007, p., 57
O professor da Bauhaus Itten observava para o melhor entendimento das cores a
construção e classificação destas. A criação elaboração do circulo cromático seria o ponto
chave para sua compreensão. Segundo Farina (1990) a construção do circulo cromático se
organiza por “unindo os dois extremos do espectro e colocando na inserção o vermelho-
magenta (que é a mescla aditiva do azul-violeta e do vermelho-alaranjado), obteremos um
                        45
circulo cromático”           A construção do circulo por Goethe foi feita nesta linha onde cada cor
estava oposta a sua complementar no mesmo.




                                            Figura 8: Circulo Cromático
          Fonte: In: http://modaestiloderua.blogspot.com/2010_07_01_archive.html - Acesso em 28/11/10




45
     FARINA, Modesto. Op. Cit., p. 86
A forma mais natural do cromatismo é o arco-íris, Goethe e outros pensadores se
inspiraram neste efeito para construção efetiva do circulo cromático da cores. Segundo Barros
(2009) o primeiro diagrama do circulo cromático de Goethe foi desenvolvido no ano de 1793.
Neste circulo cromático se observa às seis cores do prisma que são: vermelho, laranjal,
amarelo, verde, azul e roxo. A organização das cores no circulo se observa pelo vermelho
                                                                                   46
para Goethe segundo o autor “a mais alta das emissões cromáticas”                       estava sempre na
posição superior do espectro. Já o verde se encontrava na posição inferior do mesmo.




                                  Figura 9 - Circulo cromático criado por Goethe
                                            Fonte: Barros, 2009, p. 294.



                Segundo Morris (2006) o circulo cromático esta dividido em cinco categorias:
cores primarias, secundarias, terciárias, frias e quentes.
                Elas se caracterizam por ser cores que não podem ser conseguidas pela mistura de
outras cores. Elas são vermelho, amarelo e azul. E todas essas cores misturando-as produzem
todas as outras tonalidades do espectro.




                                           Figura 10 - Cores Primárias.




46
     BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit. p. 294
Todavia elas se ratificar pela conexão de duas cores primárias. Por exemplo,
quando misturadas às cores vermelho e amarelo se produz o laranja. As cores secundárias são:
laranja, verde e violeta. Guimarães (2004) também exemplifica que o amarelo “participa de
uma forma paritária com o azul da produção da secundária verde”. 47 Também as secundarias
em conexão com cores primarias se alcança as terciárias.




                                          Figura 11 - Cores Secundárias



                A mistura de uma cor secundaria com uma primaria origina-se numa terciária. A
grande variedade de combinações nesta etapa é muito ampla. Algumas são: amarelo-
alaranjado, laranja-vermelho, violeta-vermelho, azul-violeta, verde-azul e etc. Segundo o
autor “as cores terciárias também ficam eqüidistantes no circulo cromático”. 48




                                           Figura 12 - Cores Terciárias


                O professor da Bauhaus Kandinsky descreve as cores por dois aspectos. Cores
frias e quentes ou calor ou frieza da cor. Segundo Barros (2009), Kandinsky descreve que as
ores podem desmonstrar duas características quentes ou frias. Como Barros (2009), as cores
quentes são tons que variam para o amarelo, já a cor fria varia para o azul. Segundo o autor
“Kandinsky ampliou a caracterização da sua principal oposição cromática”. 49




47
     GUIMARÃES, Luciano. Op. Cit., 2004, p. 78
48
     MORRIS, Bethan. Op. Cit. p., 56.
49
     BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit. p. 173
Figura 13 - Cores quentes e frias. Fonte: In: http://seguraopicuma.wordpress.com/2010/02/19/colorismo-vamos-
                                  encontrar-nossas-cores/ - Acesso em 28/11/10


                São tons de cores denominados fortes que tem um fator estimulantes quando
observadas. Algumas reações desses tons fazem o observador ter uma sensação de euforia e
aproximação. Essas cores são vermelho, laranja e amarelo geralmente são agregados num
aspecto de calor verão. Conforme Pedrosa (2009) a classifica das cores quentes só pode ser
avaliada pela sua composição de cores vermelho, amarelo e laranja na sua porcentagem
cromática. O mesmo acontece com as cores frias segundo o autor.




                                             Figura 14 - Cores quentes



                As cores são denominadas frias pelo seu aspecto calmantes e melancólicos como
diz César (2006) essas cores “causam uma ligeira queda na temperatura do corpo. Não
transmitem euforia”. 50 Essas cores são o verde, azul e violeta. Conforme Pedrosa (2009) uma
cor poderá se assimilar fria se estiver relação com outros tons cromáticos no trabalho. Ele diz
“um verde médio, numa escala de amarelos e vermelhos, parecerá frio. O mesmo verde,
diante de vários azuis, parecerá quente”. 51


50
     CESAR, Newton. Direção de Arte em Propaganda. Brasília: Senac, 8º ed. 2006., p. 187
51
     PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. Rio de Janeiro, Editora Senac, 10ª ed., 2009, p. 22
Figura 15 - Cores frias



               3.1.1.2.    Aparência da cor


               Essa denominação representada por Guimarães (2004) de aspecto da cor é tomada
segundo ele como três características, regulamentadas e utilizadas no sistema cromático.
Farina (1990) também define que a aparência da cor e característica dos raios de luz
“proveniente do sol ou, então, de uma outra fonte de luz artificial é o resultado da radiação
eletromagnética dentro de comprimentos de ondas que se situam entre 400mm 800mm”. 52 Já
o autor Guimarães (2004) as define como: matiz, valor e croma.
               Segundo Guimarães (2004), matiz é a acepção dos comprimentos de ondas que
define a coloração das cores. Conforme Ching e Binggelli (2005) é o “atributo pelo qual
reconhecemos e descrevemos uma cor, como vermelho ou amarelo”. 53 Também é tudo aquilo
que definimos como cor. Já Farina delimita a cor como tom que é a “variação qualitativa a
cor, e é obvio que está diretamente relacionado aos vários comprimentos de onda” 54
               Valor pode ser compreendido pela luminosidade que ela toma que fica variando
sua particularidade para branco ou preto segundo Ching e Binggelli (2005). Essa
particularidade varia a cor do vermelho para rosa. Porém define Farina (1990) o valor como
luminosidade. O autor diz que o valor deriva da iluminação, ele exemplifica que, por causa,
disto, não vemos a cor da areia branca da praia de noite como de dia. Ele ainda diz “quando
acrescentamos o preto a uma determinada cor, reduzimos sua luminosidade”. 55
               Choma é a graduação de saturação que define o grau de pureza da cor. Segundo
Guimarães (2004),




52
  FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Edgard Blucher, 4º ed. 1990., p.
86
53
  CHING, Francisc D. K., BINGGELI, Corry. Arquitetura de Interiores. São Paulo. Editora Bookman, 2º ed.,
2005, p. 115.
54
     FARINA, Modesto. Op. Cit., p. 87
55
     FARINA, Modesto. Op. Cit. p. 87
O croma se refere ao aspecto que varia entre uma cor intensa ou máxima
                              pureza e uma apagando ou acinzentado, supondo que pertençam ao mesmo
                              matiz e possuam idêntico valor. 56


                As três características são consideradas como básicas para atenuação dos tons na
direção de arte. Primeira uma delimita a posição pura das cores no espectro cromático. A
segunda determina as atenuações acendestes para o branco e descente para o preto e o terceiro
determina a proximidade de uma cor pura do espectro cromático para escala de tons cinza.
                As características das cores-luz se definem por cumprimentos de ondas. Essas
variações de ondas se entendem por todo o universo. Segundo Pedrosa (2009), algumas ondas
de luz não são percebidas pelo globo ocular humano (visão). O autor diz,


                              Da imensa área de radiações solares, a vista humana alcança apenas a
                              diminuta faixa compreendida entre os raios infravermelho e ultravioleta,
                              cujos limites extremos são, de um lado, o vermelho com cerca de 700nm e,
                              do outro, o violeta com cerca de 400nm de comprimento de onda. 57


                Já segundo Farina (1990) as variações do comprimento entre 400 a 800 nm de
ondas provoca um estimulo na retina. Conforme o autor diz “esse estimulo vai provocar a
                                                                                                     58
sensação luminosa a que damos o nome de luz e vai ocasionar o fenômeno da cor”.                           As
variações de ondas se organizam pelos resprctivos comprimentos de ondas em nanometros
conforme o autor essa “unidade de medida que corresponde ao bilionésimo do metro (0,000
000 001 m)”. 59
                Todo estimulo provoca a uma reação essa é o princípio do sentido do órgão
ocular. Como diz Farina (1990), todo objeto é iluminado e faz uma conjetura da imagem
invertida transmitindo sua composição cromática e visual para os nossos olhos oculares na
retina. Ao passar pela retina a imagem chega invertida e esse processo de inversão acontece
quando chega ao cérebro que endireita há transmissão original da imagem. Esse processo se
assemelha muito com a da câmera fotográfica.




56
     GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação. São Paulo, Editora Annablume, 3ª ed., 2004, p. 54
57
     PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente.Rio de Janeiro, Editora Senac, 10ª ed., 2009, p. 37
58
     FARINA, Modesto. Op. Cit. p. 74
59
     FARINA, Modesto. Op. Cit. p. 76
Figura 16 - Aparelho visual e a forma de percepção.
                                             Fonte: Farina, 1990, p. 40


                Alguns processos da percepção visual humana assemelham-se com a fotografia.
Farina (1990) explica que “fixar uma objeto muito pequeno ou um ponto qualquer,
observamos que, depois de uma certa distancia, mais ou menos 25 cm, o detalhe começa a
ficar desfocado”.


               3.1.1.3.      Simbolismo das cores


                Segundo alguns autores como Barros (2009), Pedrosa (2009) e Farina (1990) as
cores possuem uma propriedade que provoca um estado de espírito e emocional nas pessoas.
Barros (2009) diz o professor da Bauhaus “Kandinsky interpreta sua forças essenciais,
associando-as a conceitos de movimento, temperatura e sons musicais, em razão do seu
                   60
simbolismo”.            Já, entretanto Farina (1990) observa da seguinte maneira o aspecto emotivo
da cor. Ele diz que as cores “produzem uma sensação de movimento, uma dinâmica
envolvente e compulsiva”. 61 Prontamente Pedrosa (2009) diz sobre este processo de indução
espiritual da cor “a obra que inicia, seu espírito utiliza consciente ou inconscientemente o
resultado de escolhas e opções”. 62
                Cada cor traz consigo fatores que evidenciam nossas escolhas. Veremos segundos
os autores Barros (2009), Pedrosa (2009) e Farina (1990) as características de cada cor.




60
     BARROS, Lílian Ried Miller. A cor no processo criativo. São Paulo. Senac Editora, 3ª ed., 2006, p. 184, 185
61
  FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Edgard Blucher, 4º ed. 1990., p.
101
62
     PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. Rio de Janeiro, Editora Senac, 10ª ed., 2009, p. 118
Segundo Barros (1990) as grandes influências nos aspectos sociais e culturais
levam com que os vestidos das noivas sejam o branco. Mas essa diferença do branco na
cultura japonesa tem o significado de luto, tonalmente, díspar dos países ocidentais. Segundo
                                                                             63
Pedrosa (2009) do lado físico “o branco é a soma das cores”                       . O branco sempre foi o lado
principal da escala cromática. O autor ainda discorre sobre a definição do branco como luto.
Ele diz,


                              Em vários rituais místicos, é a cor indicativa das mutações e transições do
                              ser. Segundo o esquema tradicional de toda iniciação, ele representa a morte
                              e nascimento ou ressurreição. O branco do oeste é o branco fosco da morte
                              que absorve os ser e o introduz no mundo lunar, frio e fêmea. Ele conduz à
                              ausência, ao vácuo noturno, ao desaparecimento da consciência e das cores
                              diurnas. O branco do leste é o retorno. É o branco da vida, da alba, onde a
                              cúpula celeste reaparece. Rico de potencialidades, é nele que o microcosmo
                              e o macrocosmo se reabastecem. Em todo pensamento simbólico, a morte
                              precede a vida, todo nascimento é um renascimento. Daí a idéia primitiva do
                              branco como cor da morte e do luto. Neste sentido é ainda empregado em
                              todo o oriente (...) 64


                Já como diz Kandinsky segundo Barros (2009), o branco para ele é uma cor que
não é considerada como cor, ele diz que depois que “se questiona a presença do branco pura
                   65
na natureza”.           Segundo o autor Kandinsky simboliza o branco como “pureza (sem mácula),
                                                                      66
a alegria, o inicio e a eterna possibilidade, a esperança”.                Vejamos algumas associações do
branco segundo Farina (1990). O branco segundo o autor caracteriza por símbolos objetivos
como batismo, casamento, neve e nuvens. Já no ponto afetuoso se caracteriza por símbolos
como limpeza, juventude, paz, inocência, alma e divindade. Com forme o autor diz o branco
“vem dos germânicos blank (brilhante).” 67




63
     PEDROSA, Israel. Op. Cit. p. 130
64
     PEDROSA, Israel. Op. Cit., p. 130
65
     BARROS, Lílian Ried Miller. A cor no processo criativo. São Paulo. Senac Editora, 3ª ed., 2006, p. 184, 190
66
     BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit. p. 184, 190
67
  FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Edgard Blucher, 4º ed. 1990., p.
112
Uma cor de muitos significados sua maior associação é à morte. Conforme Barros
(2009) Kandinsky descrevia que “o preto é como uma fogueira extinta, consumida, (...)
                                                                                              68
imóvel e insensível como um cadáver sobre o qual tudo resvala e mais nada afeta”.
Associações do preto segundo Farina (1990) são caracteriza por símbolos objetivos, como
sujeira, sombra enterro, noite e morto. No ponto afetuoso se caracteriza por símbolos, como
malvado, tristeza, desgraça, dor, angustia e melancolia. Mas em alguns casos, o preto para
sociedades estilistas tem um tom de significativo de moderno e sofisticado.
                O vermelho é uma cor primaria do espectro cromático tanto no aspecto cor-luz e
pigmento. Segundo o autor Pedrosa (2009) a cor vermelha é uma das mais importantes para
muitas sociedades como representação do gênero humano e cor da alma suprimento para o
coração. A cor da paixão tem vários símbolos que caracterizam seu domínio objetivo, como
guerra, sangue, perigo, mulher, conquista, poder e feridas. No ponto afetuoso se caracteriza
por símbolos, como energia, emoção, paixão, glória, coragem e emoção. Porém segundo
Barros (2009) o vermelho “é uma cor autoconfiante, transbordante de vida, ardente, agitada,
efervescente” 69
                A cor laranja segundo Barros (2009) diz que ele é uma cor quente representa a
saúde e a força. Ainda nas estações de verão e outono ele é muito usado na moda. Porém a as
suas associações vista no cotidiano são caracterizados objetivos os, laranjas, chamas, aurora, e
por do sol. As afetuosas são, força, fome, energia, prazer e euforia. A definição do laranja
vem do persa narang, que significa flamejar, segundo Farina (1990).




68
     BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit., p. 184, 192
69
     BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit., p. 184, 195
Amarelo tem como expressão significativa a sua força de profundidade e de
espírito melancólico como afirma Barros (2009) a “cor que melhor representa a loucura e o
             70
delírio”.         Segundo Gothe a degradação de escurecimento do branco torna-se amarelo. Na
definição de Pedrosa (2009) amarelo se distinguir perante as outras cores por ser a única cor-
quente verdadeira. A sua mistura com outras cores provoca sensações afetivas ou enjoativas
(provocando vomito). Mas, para algumas Corte Reais da Europa o amarelo significava
riqueza e poder (ouro).Vejamos algumas associações do amarelo segundo Farina (1990). São
caracterizados objetivos na cor amarelo, as flores, palha, verão, chinês e calor. As afetuosas
são conforto, alerta, orgulho, esperança, originalidade e idealismo. Sua origem vem do latim
amaryllis. Que diz segundo Farina (1990) “cor da luz irradiante em todas as direções”. 71
                  O verde conforme algumas sociedades significa esperança e prosperidade. Porém
o professor da Bauhaus Kandinsky segundo Barros (2009) diz que a cor verde e absoluto e “a
                                         72
mais calma de todas as cores”                 O verde também tem como signo a forma expressiva da
natureza as florestas. Sinônimo de saudável é a maior expressividade de magnificência.
Segundo o autor são caracterizadas por símbolos objetivos, como primavera, verão e natureza.
No ponto afetuoso se caracteriza por símbolos, como bem-estar, paz, saúde, tranqüilidade,
equilíbrio, descanso e esperança. Sua origem vem latim viridis, que significa paz, harmonia.
                  Conforme o autor Barros (2009) o azul é uma cor espiritual que eleva o
observador a um encontro da paz interior. Segundo Kandinsky,


                             (...) o azul, ao exercer seu movimento em direção ao espírito e não ao corpo
                             físico, transportando o espectador para outra dimensão, mostra-se uma cor
                             imaterial, capaz de despertar no ser humano um profundo desejo de pureza e
                             de contato com o divino.


                  É considerada a cor mais fria do espectro cromático. Porém a as suas associações
vista no cotidiano são caracterizados objetivos como frio, mar, céu, gelo e feminilidade. No
ponto afetuoso se caracteriza por símbolos, a intelectualidade, serenidade, confiança, amizade
e fidelidade. O nome de origem da azul vem do árabe lázúrd e do persa lazaward, que
significa segundo Farina (1990) de céu e infinito.



70
     BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit., p. 184, 187
71
     FARINA, Modesto. Op. Cit., p. 114
72
     BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit. p. 184, 187
O violeta conforme Barros (2009) é uma cor derivada da junção de duas cores
primaria o vermelho é o azul. A cor se enquadra como fria. Para Kandinsky o violeta é um
vermelho sem vida, melancólico e triste. Mas, também se dispersa como o autor diz, que no
tarô ele se caracteriza como um modéstia entre o alma e os sentimentos. Segundo Farina
(1990) é caracterizado com há miséria, calma, dignidade, autocontrole e violência. Essa
mesma tem possui um efeito de calma e tranqüilidade (muito usado em quarto de bebe).


           3.1.2. Publicidade


                Os valores emocionais e culturas que as cores agregam se relacionam no mundo
publicitário, ao ponto, de os homens da propaganda a atribuir valores de cultura e agregando-a
e explorando-a os seus valores simbólicos culturais das cores. Como diz Reis (2007) “Assim
se compõem os climas publicitários eficazes para colorir motivacionalmente os produtos”. 73
Concretamente as cores têm funções cromáticas, emotivas e psicológicas que definem sua
utilização em aplicações publicitárias. A cor vai ser para um produto ou serviço, à alma do
conceito. Vejamos ainda, a forma e a composição cromática que são fatores de suma
importância para assimilação da mensagem, como o exemplo à marca coca-cola, a
composição da forma junto com a cor vermelho e branco, produz uma comunicação
publicitária perfeita que o consumidor ao assimilá-la esse signo relaciona-se direto à marca.
                Conforme suas características de qualidade, a cor possui uma forma ágil de
capturar o consumidor com sua configuração psicológica e as sensações emotivas. Segundo o
autor entoa vários fatores, como ele diz, as crianças têm maior assimilação por cores básicas
como amarelo e azul; os homens as cores discretas como o preto e o cinza e as mulheres
amarelos e verdes. Reis (2007) anda diz que são três fatores que definem seu emprego,


                              1): o realismo da dimensão e do volume das embalagens, obtidos através da
                              configuração gráfica e cromática, reproduz o aspecto semelhante ao encontro
                              dos pontos de venda; 2) a atenção é captada opticamente através de
                              estímulos cromáticos reconhecidos pelo consumidor; 3) pelas cores
                              expressam-se disposições de ânimo e provocam-se sinestesia, capazes de
                              modificar as atitudes, os estados de ânimo e os comportamentos do público.
                              74




73
   REIS, Carlos Francisco de Sousa. O valor (des)educativo da publicidade. Portugal, editora Coimbra, 2007,
p. 183
74
     REIS, Carlos Francisco de Sousa. Op. Cit. p. 183
O processo da publicidade é saber assimilar os respectivos efeitos de qualidade
que a cor tem, e re-passar com uma comunicação adequada nos anúncios. Como o autor
observa,


                              A cor possui um valor estético que proporciona sentimentos de beleza,
                              prazer e certos estados de ânimo, que a publicidade deve explorar,
                              aproveitando o valor captativo e a capacidade de influir psicologicamente,
                              que os aspectos gráficos e cromáticos possuem para favorecer a efectividade
                              da mensagem. 75


                A importância desta estratégia só poderá quando os publicitários definirem um
publico, como exemplo, infantil, vai adequar o uso da cor especifica a esse público-alvo.
Conforme o autor diz “produto só poderá dar ênfase a uma determinada cor ao se decidir a
categoria social” 76 segundo ele, do publico em questão abordado.
                Para se conquistar um determinado target o publicitário produz uma atenuação na
peça agregando cores que geram impactos e desperte desejo ao publico especifico, de modo,
que esse consumidor gere um feedback. Como diz o autor,


                              O poder de fixar a atenção e conseguir do consumidor uma rápida
                              assimilação da mensagem está ligada intimamente à simplicidade da
                              imagem, à sua precisão, ao destaque dado ao fator que mais interesse
                              represente, isto é, ao foco onde se centraliza a idéia a ser assimilada. 77




75
     REIS, Carlos Francisco de Sousa. Op. Cit. p. 183
76
  FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Edgard Blucher, 4º ed. 1990., p.
168
77
     FARINA, Modesto. Op. Cit. p. 175
Algumas especificações sobre o impacto de uma peça com uma composição
harmoniosa de cores, e uma feita com tons de cinzas. À com tons de cores distribuídos na
peça harmonicamente são mais apreciados pelos consumidores segundo Farina (1990), peças
coloridas despertam mais atenção do publico em destaque. Porém os tons em PB e cinzas são
menos apreciados e pelo seu valor de custo menor geralmente são adotados por clientes que
não tem um maior fator financeiro. Por ventura, muitos ruídos de cores na peça publicitária,
poderá haver, distúrbio é uma confusão na comunicação da peça. Segundo o autor o
publicitário deve colocar, em geral, três cores. Se ele por ventura, fosse utilizar sete contrastes
de cores à mensagem na peça iria ficar muito díspar, geraria uma dispersão na atenção do
público-alvo. Conforme Farina (1990) diz “com poucos detalhes é fácil criar um centro focal
da atenção”. Entretanto, essa linha de coerência visa uma comunicação mais harmoniosa é
atenuado, sem gerar um conflito. Portanto, com uma linha mais difusa na mensagem o feito
negativo gera certo desconforto para o target, a peça com atenuações mais carregadas provoca
desinteresse do mesmo.
            Toda estratégia de comunicação necessita de um bom planejamento de marketing
para elaboração da campanha. A analise de mercado com os pontos fortes e francos do cliente
e ameaças do tráfico denominado segundo Kotler (2000), “Swot”. Depois de fazer o
levantamento do ambientes internos e externos do mercado, a pesquisa lhe auxilia para a
ascensão de novas estratégias.
4 COR NO DESIGN VISUAL


            A cor é um elemento que proporciona a peça uma relação direta com a mensagem.
Conforme exemplo, um produto com um grau de perigo mais elevado lhe proporciona uma
cor que lhe expressa essa periculosidade e demonstre sua mensagem de risco através dela. O
tom usado é o vermelho, principalmente em aparelhos de emergência e produtos químicos.
Entretanto Farina (1990) diz que em algumas marcas de cigarro usufrui da cor como o fator
principal para demonstração de estilo e elegância. Um exemplo é a famosa marca Lucky
Strike, com uma forma circular é um vermelho preponderante na logo-marca ela conquistou
um signo de rebeldia, despertando o interesse dos jovens nós anos 60, naquela época, o
começo da era do Rock n Roll.




                                     Figura 18 - Cigarros Lucky Strike.
                          Fonte: In: www.luckystrike.com - Acesso em 28/11/10



            Conforme o exemplo da Lucky Strike a visibilidade da cor é de excelência
importância pra uma leitura harmoniosa com variações de tons, de modo, que passe a
mensagem estabelecida pela estratégia de comunicação. Com tudo, alguns ruídos influem na
sua não captação da mensagem. O uso excessivo de contrastes pode ocorrer distúrbio e até
desconforto para quem está visualizando a peça. Alguns contratempos com o visual da peça
levam há erros graves, como exemplo, da utilização de fontes com uma cor neutra no fundo
também neutra. Comumente esse contraste não haverá, por ser cores muito claras, não à uma
diferença de tons entre o primeiro plano com o segundo. Como o autor exemplifica “as letras
impressas na embalagem serão mais visíveis se forem de cor forte sob fundo neutro”. 78



78
  FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Edgard Blucher, 4º ed. 1990., p.
188
Via de regra, os diretores de arte não se prestam à atenção em vários detalhes
específicos que prejudicam a fidelidade de impressão no trabalho final. Conforme Oliveira
(2000) a primeiro é a falta de atenção por parte do diretor de arte na hora da criação da peça.
Consideravelmente a confusão do CMYK com RGB gera transtorno muito grande no produto
final. Essa falta de atenção do profissional é quando ao invés dele usar a escala de tonalidades
de impressão (CMYK, pigmento) ele usa (RGB, luz) complementado a sua alteração das
tonalidades no layout da peça. Outro fator segundo Oliveira (2000) é na hora de calibrar as
tintas durante a produção na gráfica. Segundo o autor diz,


                             (...) A quantidade de tinta utilizada também pode alterar a tonalidade da cor,
                             especialmente nas policromias: uma carga maior de tinta de uma das cores
                             de seleção com certeza afetará todas as cores de escala do impresso. Assim,
                             ele poderá ficar mais avermelhado ou mais azulado, mais escuro ou mais
                             claro, mais vivo ou mais discreto. 79


                Alguns processos de impressão como o offset e digital se não forem manuseados
corretamente poderão ocorrer distúrbios na cor da peça. Vejamos o processo de impressão
offset. É um dos processos mais usados pelo mercado por que possui uma qualidade de
impressão para médias e grandes tiragens de material. Esse procedimento segundo Oliveira
(2000) se caracteriza como planográfico,


                             (...) originário da litografia, ele faz uma impressão indireta: há um elemento
                             intermediário entre a matriz e o papel, que é chamado de blanqueta. A
                             imagem que está na matriz (que é metálica e é simplesmente chamada de
                             chapa) é transferida para um cilindro coberto com borracha (a blanqueta) e,
                             daí, para o papel. Em resumo: a matriz imprime a blanqueta e esta imprime o
                             papel. 80




79
     OLIVEIRA, Marina. Produção Gráfica para designers. Rio de Janeiro, Editora 2AB, 2000, p. 35,36.
80
     OLIVEIRA, Marina. Op. Cit. p. 41, 42.
Figura 19 - Processo de impressão Offset.
      Fonte: In: http://portaldasartesgraficas.com/impressao/impressao_offset.htm - Acesso em 28/11/10



            Agora um exemplo, que geralmente acontecem equívocos é na ocasião da escolha
do papel. Porventura, os tipos de papel chamado offset já traz na sua composição uma
pequena alteração quando a tinta é aplicada no mesmo. A escolha do papel é o que vai trazer a
diferença no seu layout tanto no processo offset e digital. O mais usado pelas agências de
propaganda é o couché por ser um papel de um aspecto gessado ele dá um brilho afetivo às
peças se tornando o papel que mais se caracteriza realmente o layout apresentado, e por isso, é
muito requisitado. O segundo é o Offset sendo um papel bem branco e também tendo uma
textura fosca se caracteriza como muito barato no mercado. Já outra denominação de couché é
o fosco. Que é bem díspar pela sua caracterização do mesmo fosco, mas muito usado em
trabalhos com aplicação localizada. Sua quantia é mais barato do que o couché liso no
mercado. Outro papel é Monolúcido, que é se caracteriza pela lisura em apenas uma da faces
em geral a impressa. Outro é o papel jornal que se individualiza pela baixa qualidade do
mesmo, seu custo é bem baixo. Muito usado pelos meios de comunicação de massa. O
conhecimento dos vários tipos de papeis e a sua influência na diferenciação da cor, tem real
importância para o diretor de arte penetrar dentro do projeto do layout desta verificação.
Segundo Oliveira (2000) diz,
(...) mesmo com faces brancas, o tipo do papel altera a tonalidade das tintas:
                             papeis muito lisos e brilhosos tendem a tonar as cores vivazes (é o caso do
                             papel monolúcido e, muito mais, do couché), enquanto aqueles foscos fazem
                             o efeito oposto (o sulfite, o papel offset). 81


               Um bom exemplo para os design e diretores de arte são os catálogos de escala de
cores, que aplicam essas cores em tipos de papeis como couché e offset. Por essa visualização
o diretor pode analisar as diferenças de contraste e modificação da cor. O diretor pode
escolher a sua totalização de forma mais concreta sem obter risco no layout final. O trabalho
de Clark (2006) sementeia esse processo de modo bem claro na obra. Ele utiliza uma forma de
facilitar a comparação das cores de configuração direta. A sua ordem em seu livro se divide
em cores quentes e frias em escalas de oitos tons diferentes. Dentro de cada escala o autor
Clark (2006) evidência a especificação com porcentagem dos tons no trabalho. De modo, a
facilitar amostragem do tom no catalogo dentro do software de design. Outro processo é o
pré-teste do layout no papel que será utilizado na mídia impressa. Essa especificação evitará
muito os problemas de variação das cores no trabalho.




       Ilustração 20: Tabela Pantone caracterizada cada cor com suas porcenta gens existentes.
       Fonte: In: http://nabatutadecadadia.blogspot.com/2009/01/tabela-pantone.html - Acesso em 28/11/10


       4.1. Estudo de um caso – Havaianas




81
     OLIVEIRA, Marina. Op. Cit. p. 35.
Figura 17 - Peça Sandálias Havaianas, criação Marcello Serpa
                                     Fonte: Agência AlmapBBDO



           O Trabalho de organização da comunicação visual está perifericamente entoado
com um conjunto de ícones e composições de cores formando um contraste harmonioso na
peça. O projeto conceptual do elemento e cria uma combinação de modernidade e sofisticado
com elementos como do táxi amarelo de Nova York. A caracterização destes ícones e trazer
um lado mais universal criado para as sandálias Havaianas. A mesma sandália que nós
usamos em São Luís do Maranhão são usados em Nova York nos Estados Unidos, todos esses
elementos levam aos mesmos sentimentos de procurar que cada componente tem.
           Mesmo com uma combinação de cores carregadas o lado experimental harmônico
se centraliza com o tom do azul-escuro no terceiro plano da peça lhe distinguir-se um lado
mais limpo e fascinante ao publico.
5 CONSIDERÇÕES FINAIS


             O conhecimento dos processos de amostragem da cor se fundamenta na noção que
o profissional tem sobre as totalizações, tanto, no processo aditivo e subtrativo da mesma. Os
publicitários têm que buscar uma comunicação clara de forma que interligue todos os signos
da campanha, reafirmando o ideal de uma amostragem clara e objetiva. A boa utilização dos
espectros cromáticos na peça leva um efeito positivo que gera uma lembragem cognitiva da
marca ou campanha. Como afirma o autor Reis (2007),


                           Cabe, portanto, à publicidade conseguir os respectivos efeitos de qualidade
                           ao nível de imagem, através da configuração adequada dos anúncios. A cor
                           possui um valor estético que proporciona sentimentos de beleza, prazer e
                           certos estados de ânimo, que a publicidade deve explorar, aproveitando o
                           valor captativo e a capacidade de influir psicologicamente, que os aspectos
                           gráficos e cromáticos possuem para favorecer as efetividades das
                           mensagens. 82


             A utilização dos aspectos cromáticos para um ordenamento claro e completo da
mensagem, deve haver uma ordem planejada com objetivo, analise situacional, produto, target
e missão de comunicação. A ordem clara destes fatores, sobre sai, numa visão mais clara de
comunicação perante o público-alvo.
             Alguns tons cromáticos adentram com um efeito abusivo e fisiológico na
campanha que embarca numa melhor estratégia. Um exemplo de tons com características
                                                                                                             83
fortes como o vermelho segundo o autor “aumenta a atenção, é estimulante, motivador”,
essa peculiaridade que ela possui aplicada na mensagem publicitária, se sobre sai, com uma
estratégia bem elaborada no mercado constituído pela tática de comunicação.




82
  REIS, Carlos Francisco de Sousa. O valor (des)educativo da publicidade. Portugal, editora Coimbra, 2007,
p. 183
83
  FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Edgard Blucher, 4º ed. 1990., p.
200
Entretanto as organizações de comunicação têm que está sempre ligado as novas
mudanças de tendências, que se adentram nestes períodos que sucede a novas tecnologias. As
transformações de comportamentos que se renasce nessas novas gerações se estende a
costumes, moda e mudanças de hábitos de consumo, onde indivíduos tende a se mostrar para
ao sociedade como algo útil, por meio de cores que personaliza-se seu comportamento. Como
o autor Farina (1990) diz o comportamento da sociedade se descreve pela “lembrança, uma
recordação de prazer por uma simples cor que o acompanhou a vida inteira”. 84




84
     FARINA, Modesto. Op. Cit. p. 217
REFERÊNCIAS


BARROS, Lílian Ried Miller. A cor no processo criativo. São Paulo: Senac, 3ª ed., 2006
BAER, Lorenzo. Produção Gráfica. São Paulo: Senac, 6ª ed., 2006
BERNADO, Luís Miguel. História da luz e das cores. São Paulo: Editora Universidade do
Porto. 2ª ed., 2009
CLARK, Nick. Como combinar escolher cores para o design gráfico. Barcelona: Gustavo
Gili GG, 2006.
CESAR, Newton. Direção de Arte em Propaganda. Brasília: Senac, 8º ed. 2006
CHING, Francisc D. K., BINGGELI, Corry. Arquitetura de Interiores. São Paulo: Editora
Bookman, 2º ed., 2005
GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação. São Paulo: Editora Annablume, 3ª ed.,
2004
HALLAWELL, Philip. Visagismo, harmonia e estética. São Paulo: Senac, 4ª ed., 2008
MAGEE, Bryan. Historia da Filosofia. Londres: Loyola, 3ª ed., 2001
MORRIS, Bethan. Fashion Ilustrator. São Paulo: Editora Cosac Naify, 2007
OLIVEIRA, Marina. Produção Gráfica para designers. Rio de Janeiro: Editora 2AB, 2000
PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. Rio de Janeiro: Senac, 10ª ed., 2009
REIS, Carlos Francisco de Sousa. O valor (des)educativo da publicidade. Portugal:
Coimbra, 2007
FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Edgard Blucher,
4º ed. 1990
INTERNET


Importância da Cor nas Embalagens como fator Influenciador no momento da compra.
< http://www.bocc.uff.br/pag/bocc-kraemer-embalagens.pdf > - Acesso 06/10/10
WIKIPEDIA - François-Marie Arouet. < http://pt.wikipedia.org/wiki/Voltaire > Acesso
11/10/10
WIKIPEDIA - Leucipo de Mileto. < http://pt.wikipedia.org/wiki/Leucipo_de_Mileto >
Acesso 13/10/10
WIKIPEDIA - Epicuro de Samos. < http://pt.wikipedia.org/wiki/Epicuro_de_Samos >
Acesso 14/10/10
WIKIPEDIA - Platão. < http://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o > Acesso 14/10/10
WIKIPEDIA - Euclides. < http://pt.wikipedia.org/wiki/Euclides > Acesso 15/10/10
WIKIPEDIA - Pitágoras. < http://pt.wikipedia.org/wiki/Pitagoras > Acesso 15/10/10
WIKIPEDIA - Empédocles. < http://pt.wikipedia.org/wiki/Empédocles > Acesso 18/10/10
WIKIPEDIA - Aristóteles. < http://pt.wikipedia.org/wiki/Aristóteles > Acesso 18/10/10
WIKIPEDIA - Cadiues. < http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadiueus > Acesso 22/10/10
ANEXOS

Contenu connexe

En vedette

Teoria do design aula 2 - Estudo das Cores
Teoria do design   aula 2 - Estudo das CoresTeoria do design   aula 2 - Estudo das Cores
Teoria do design aula 2 - Estudo das CoresLéo Dias
 
Hd 2016.1 aula.11_bauhaus
Hd 2016.1 aula.11_bauhausHd 2016.1 aula.11_bauhaus
Hd 2016.1 aula.11_bauhausTicianne Darin
 
Tipos de contraste sesioìn13
Tipos de contraste sesioìn13Tipos de contraste sesioìn13
Tipos de contraste sesioìn13aalcalar
 
Circulo Cromatico - Sintese de Cores RGB e CMYK
Circulo Cromatico - Sintese de Cores RGB e CMYKCirculo Cromatico - Sintese de Cores RGB e CMYK
Circulo Cromatico - Sintese de Cores RGB e CMYKdualpixel
 
El círculo cromático
El círculo cromáticoEl círculo cromático
El círculo cromáticoPaco Contreras
 
Círculo cromático
Círculo cromáticoCírculo cromático
Círculo cromáticoguest46a068
 
CONSTRUÇÃO do circulo-cromatico
CONSTRUÇÃO do circulo-cromaticoCONSTRUÇÃO do circulo-cromatico
CONSTRUÇÃO do circulo-cromaticoAlexandre Amorim
 
Cores Secundárias
Cores SecundáriasCores Secundárias
Cores SecundáriasArtes Real
 
Como realizar um autocolante no Publisher
Como realizar um autocolante no PublisherComo realizar um autocolante no Publisher
Como realizar um autocolante no PublisherArtes Real
 
Módulo Padrão
Módulo PadrãoMódulo Padrão
Módulo PadrãoArtes Real
 
Escala - Técnica da quadrícula
Escala - Técnica da quadrícula Escala - Técnica da quadrícula
Escala - Técnica da quadrícula Artes Real
 
Estudo da Letra
Estudo da LetraEstudo da Letra
Estudo da LetraArtes Real
 
Forma e Estrutura
Forma e EstruturaForma e Estrutura
Forma e EstruturaArtes Real
 

En vedette (20)

A cor
A corA cor
A cor
 
Teoria do design aula 2 - Estudo das Cores
Teoria do design   aula 2 - Estudo das CoresTeoria do design   aula 2 - Estudo das Cores
Teoria do design aula 2 - Estudo das Cores
 
El círculo cromático
El círculo cromáticoEl círculo cromático
El círculo cromático
 
Cor
CorCor
Cor
 
Cor pigmento
Cor pigmentoCor pigmento
Cor pigmento
 
Hd 2016.1 aula.11_bauhaus
Hd 2016.1 aula.11_bauhausHd 2016.1 aula.11_bauhaus
Hd 2016.1 aula.11_bauhaus
 
Tipos de contraste sesioìn13
Tipos de contraste sesioìn13Tipos de contraste sesioìn13
Tipos de contraste sesioìn13
 
Circulo Cromatico - Sintese de Cores RGB e CMYK
Circulo Cromatico - Sintese de Cores RGB e CMYKCirculo Cromatico - Sintese de Cores RGB e CMYK
Circulo Cromatico - Sintese de Cores RGB e CMYK
 
El círculo cromático
El círculo cromáticoEl círculo cromático
El círculo cromático
 
Círculo cromático
Círculo cromáticoCírculo cromático
Círculo cromático
 
A cor 6ºb -blogue
A cor  6ºb -blogueA cor  6ºb -blogue
A cor 6ºb -blogue
 
CONSTRUÇÃO do circulo-cromatico
CONSTRUÇÃO do circulo-cromaticoCONSTRUÇÃO do circulo-cromatico
CONSTRUÇÃO do circulo-cromatico
 
Luz e cor
Luz e corLuz e cor
Luz e cor
 
Cores Secundárias
Cores SecundáriasCores Secundárias
Cores Secundárias
 
Como realizar um autocolante no Publisher
Como realizar um autocolante no PublisherComo realizar um autocolante no Publisher
Como realizar um autocolante no Publisher
 
Módulo Padrão
Módulo PadrãoMódulo Padrão
Módulo Padrão
 
O Cartaz
O CartazO Cartaz
O Cartaz
 
Escala - Técnica da quadrícula
Escala - Técnica da quadrícula Escala - Técnica da quadrícula
Escala - Técnica da quadrícula
 
Estudo da Letra
Estudo da LetraEstudo da Letra
Estudo da Letra
 
Forma e Estrutura
Forma e EstruturaForma e Estrutura
Forma e Estrutura
 

Similaire à A cor como elemento para criação gráfica

Primeiro Trabalho Acadêmico de Storytelling no Brasil
Primeiro Trabalho Acadêmico de Storytelling no BrasilPrimeiro Trabalho Acadêmico de Storytelling no Brasil
Primeiro Trabalho Acadêmico de Storytelling no BrasilStorytellers
 
Comunicação, Marketing Digital e Cultura
Comunicação, Marketing Digital e CulturaComunicação, Marketing Digital e Cultura
Comunicação, Marketing Digital e CulturaRodolpho Raphael
 
Diploma é sinônimo de qualidade
Diploma é sinônimo de qualidadeDiploma é sinônimo de qualidade
Diploma é sinônimo de qualidadejornalismouesb
 
Relações Públicas como mosaico de profissões e sua relação com as Instituiçõe...
Relações Públicas como mosaico de profissões e sua relação com as Instituiçõe...Relações Públicas como mosaico de profissões e sua relação com as Instituiçõe...
Relações Públicas como mosaico de profissões e sua relação com as Instituiçõe...J. Estel Santiago Carvalho Sequeira
 
Monografia "A formação do professor contador, uma análise dialética e epistem...
Monografia "A formação do professor contador, uma análise dialética e epistem...Monografia "A formação do professor contador, uma análise dialética e epistem...
Monografia "A formação do professor contador, uma análise dialética e epistem...Leonardo Poth
 
PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS SANDUICHERIA MEIO NATURAL NATURALME...
PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS SANDUICHERIA MEIO NATURAL NATURALME...PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS SANDUICHERIA MEIO NATURAL NATURALME...
PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS SANDUICHERIA MEIO NATURAL NATURALME...Maiara Cristina Oliveira
 
Trabalho Monográfico de Conclusão de Curso - "Design Instrucional do Curso Vi...
Trabalho Monográfico de Conclusão de Curso - "Design Instrucional do Curso Vi...Trabalho Monográfico de Conclusão de Curso - "Design Instrucional do Curso Vi...
Trabalho Monográfico de Conclusão de Curso - "Design Instrucional do Curso Vi...lucianagrof1
 
Catalogo_Detalhado_dos_Aprofundamentos_Curriculares_final (1).pdf
Catalogo_Detalhado_dos_Aprofundamentos_Curriculares_final (1).pdfCatalogo_Detalhado_dos_Aprofundamentos_Curriculares_final (1).pdf
Catalogo_Detalhado_dos_Aprofundamentos_Curriculares_final (1).pdfRenata Duarte
 
Catalogo_Detalhado_dos_Aprofundamentos_Curriculares_final.pdf
Catalogo_Detalhado_dos_Aprofundamentos_Curriculares_final.pdfCatalogo_Detalhado_dos_Aprofundamentos_Curriculares_final.pdf
Catalogo_Detalhado_dos_Aprofundamentos_Curriculares_final.pdfRenata Duarte
 
Tcc posgraduação
Tcc posgraduaçãoTcc posgraduação
Tcc posgraduaçãoGladis Maia
 
A luz no marketing natalia lott da costa
A luz no marketing   natalia lott da costaA luz no marketing   natalia lott da costa
A luz no marketing natalia lott da costaNatalia Lott
 
Projeto Integrado - Agência Intorno - Empresa Sustentável : Natura
Projeto Integrado -  Agência Intorno - Empresa Sustentável : NaturaProjeto Integrado -  Agência Intorno - Empresa Sustentável : Natura
Projeto Integrado - Agência Intorno - Empresa Sustentável : NaturaFios de Histórias
 
Monografia ""Mudanças são feitas de atitude, carinho e respeito. Natura e voc...
Monografia ""Mudanças são feitas de atitude, carinho e respeito. Natura e voc...Monografia ""Mudanças são feitas de atitude, carinho e respeito. Natura e voc...
Monografia ""Mudanças são feitas de atitude, carinho e respeito. Natura e voc...Iasmin Gimenes Sabbanelli
 
Comunicação empresarial i módulo adm_subsequente
Comunicação empresarial i módulo adm_subsequenteComunicação empresarial i módulo adm_subsequente
Comunicação empresarial i módulo adm_subsequenteRicardo Ferreira de Brito
 
TCC Agência Experimental MOKA - UNISO / Cliente: BioSegredo
TCC Agência Experimental MOKA - UNISO / Cliente: BioSegredoTCC Agência Experimental MOKA - UNISO / Cliente: BioSegredo
TCC Agência Experimental MOKA - UNISO / Cliente: BioSegredoCamila Schincariol
 

Similaire à A cor como elemento para criação gráfica (20)

Primeiro Trabalho Acadêmico de Storytelling no Brasil
Primeiro Trabalho Acadêmico de Storytelling no BrasilPrimeiro Trabalho Acadêmico de Storytelling no Brasil
Primeiro Trabalho Acadêmico de Storytelling no Brasil
 
Monografia 2007
Monografia 2007Monografia 2007
Monografia 2007
 
Monos
MonosMonos
Monos
 
Comunicação, Marketing Digital e Cultura
Comunicação, Marketing Digital e CulturaComunicação, Marketing Digital e Cultura
Comunicação, Marketing Digital e Cultura
 
Diploma é sinônimo de qualidade
Diploma é sinônimo de qualidadeDiploma é sinônimo de qualidade
Diploma é sinônimo de qualidade
 
Relações Públicas como mosaico de profissões e sua relação com as Instituiçõe...
Relações Públicas como mosaico de profissões e sua relação com as Instituiçõe...Relações Públicas como mosaico de profissões e sua relação com as Instituiçõe...
Relações Públicas como mosaico de profissões e sua relação com as Instituiçõe...
 
Monografia "A formação do professor contador, uma análise dialética e epistem...
Monografia "A formação do professor contador, uma análise dialética e epistem...Monografia "A formação do professor contador, uma análise dialética e epistem...
Monografia "A formação do professor contador, uma análise dialética e epistem...
 
Marketing digital: Estudo de caso Zappos
Marketing digital: Estudo de caso Zappos Marketing digital: Estudo de caso Zappos
Marketing digital: Estudo de caso Zappos
 
PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS SANDUICHERIA MEIO NATURAL NATURALME...
PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS SANDUICHERIA MEIO NATURAL NATURALME...PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS SANDUICHERIA MEIO NATURAL NATURALME...
PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS SANDUICHERIA MEIO NATURAL NATURALME...
 
Trabalho Monográfico de Conclusão de Curso - "Design Instrucional do Curso Vi...
Trabalho Monográfico de Conclusão de Curso - "Design Instrucional do Curso Vi...Trabalho Monográfico de Conclusão de Curso - "Design Instrucional do Curso Vi...
Trabalho Monográfico de Conclusão de Curso - "Design Instrucional do Curso Vi...
 
Catalogo_Detalhado_dos_Aprofundamentos_Curriculares_final (1).pdf
Catalogo_Detalhado_dos_Aprofundamentos_Curriculares_final (1).pdfCatalogo_Detalhado_dos_Aprofundamentos_Curriculares_final (1).pdf
Catalogo_Detalhado_dos_Aprofundamentos_Curriculares_final (1).pdf
 
Catalogo_Detalhado_dos_Aprofundamentos_Curriculares_final.pdf
Catalogo_Detalhado_dos_Aprofundamentos_Curriculares_final.pdfCatalogo_Detalhado_dos_Aprofundamentos_Curriculares_final.pdf
Catalogo_Detalhado_dos_Aprofundamentos_Curriculares_final.pdf
 
Tcc posgraduação
Tcc posgraduaçãoTcc posgraduação
Tcc posgraduação
 
A luz no marketing natalia lott da costa
A luz no marketing   natalia lott da costaA luz no marketing   natalia lott da costa
A luz no marketing natalia lott da costa
 
Projeto Integrado - Agência Intorno - Empresa Sustentável : Natura
Projeto Integrado -  Agência Intorno - Empresa Sustentável : NaturaProjeto Integrado -  Agência Intorno - Empresa Sustentável : Natura
Projeto Integrado - Agência Intorno - Empresa Sustentável : Natura
 
Marinilde versaofinal
Marinilde versaofinalMarinilde versaofinal
Marinilde versaofinal
 
Monografia ""Mudanças são feitas de atitude, carinho e respeito. Natura e voc...
Monografia ""Mudanças são feitas de atitude, carinho e respeito. Natura e voc...Monografia ""Mudanças são feitas de atitude, carinho e respeito. Natura e voc...
Monografia ""Mudanças são feitas de atitude, carinho e respeito. Natura e voc...
 
Comunicação empresarial i módulo adm_subsequente
Comunicação empresarial i módulo adm_subsequenteComunicação empresarial i módulo adm_subsequente
Comunicação empresarial i módulo adm_subsequente
 
TGI-TCC-final-BxRes 12Nov2014
TGI-TCC-final-BxRes 12Nov2014TGI-TCC-final-BxRes 12Nov2014
TGI-TCC-final-BxRes 12Nov2014
 
TCC Agência Experimental MOKA - UNISO / Cliente: BioSegredo
TCC Agência Experimental MOKA - UNISO / Cliente: BioSegredoTCC Agência Experimental MOKA - UNISO / Cliente: BioSegredo
TCC Agência Experimental MOKA - UNISO / Cliente: BioSegredo
 

A cor como elemento para criação gráfica

  • 1. CENTRO UNIVERSITÁRIO DO MARANHÃO – UNICEUMA COORDENAÇÃO DO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL PUBLICIDADE E PROPAGANDA FILIPE DE OLIVEIRA SERRÃO DE FREITAS A COR COMO ELEMENTO PARA CRIAÇÃO GRÁFICA São Luís 2010
  • 2. FILIPE DE OLIVEIRA SERRÃO DE FREITAS A COR COMO ELEMENTO PARA CRIAÇÃO GRÁFICA Monografia apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda do Centro Universitário do Maranhão – UNICEUMA, com obtenção de nota da disciplina Projeto Experimental, ministrado pela Profª Msc. Lidiane Rocha Orientador: Profº Esp. Emílio Ribeiro Martins dos Santos São Luís 2010
  • 3.
  • 4. FILIPE DE OLIVEIRA SERRÃO DE FREITAS A COR COMO ELEMENTO PARA CRIAÇÃO GRÁFICA Trabalho de Conclusão de Curso, modalidade Monografia, apresentado ao Centro Universitário do Maranhão - UNICEUMA como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda, aprovado pela Banca Examinadora abaixo assinada: Prof. Esp. Emílio Ribeiro Martins dos Santos Orientador Prof. Esp. André Álvares Fernandes da Silva Examinador 1 Prof. Msc. Lidiane Rocha dos Santos Examinador 2 Data:________________
  • 5. A Deus por tudo nesta vida, aos meus pais pelo apoio e aos Docentes pelos grandes ensinamentos durante estes 4 anos, muito OBRIGADO!
  • 6. AGRADECIMENTO Agradeço a Deus por tudo que tenha me dado nestes anos complicados. Aos meus pais Marine de Oliveira Serrão e Justo Freitas Filho pelo incentivo e compaixão comigo. Aos meus Docentes Emilio Ribeiro, Lidiane Rocha, Salomão Santos, André Fernandes, Áurea Everton, Ramiro, Miguel Abdala, Vagner, Luís Roberto, Ana Barbieri, Cristina Grats e Ana Patrícia pelos belos ensinamentos durante esses quatros de dedicação e paciência. Aos amigos da turma de 2007/1 à 2010/2 muito obrigado galera. É a mim Filipe de Oliveira, com muita dificuldade eu consegui. Agora outro desafio está vindo pela frente e eu vou vencer.
  • 7. O Senhor é meu pastor, nada me faltará. Salmo, 23
  • 8. RESUMO É um estudo sobre as cores que tem como meta a melhor construção cromática na peça gráfica e os dados de edificação da criação publicitária. Objetivo é demonstrar que a cor pode ser um elemento de primordial importância para comunicação publicitária. Averiguando de maior importância os elementos de adequação pra uma melhor assimilação da composição cromática na peça. Veremos teses de artistas renomados como Leonardo da Vinci, Sir Issac Newton e Johann Wolfgang Goethe que foram primordiais na construção do entendimento do sistema cromático. A utilização da cor no processo criativo vem com adentrada de trabalhos realizados por docentes na escola conceituada na Alemanha “Bauhaus”. Palavra-chave: Cor. Comunicação. Criação gráfica.
  • 9. ABSTRACT It is a study about the colors that aims to build better chromatic number in graph and data- building advertising creation. Objective is to demonstrate that the color can be an element of paramount importance for the commercial. Ascertaining the most important elements of fitness for a better assimilation of color composition in the play. We'll see arguments from renowned artists such as Leonardo da Vinci, Sir Isaac Newton and Johann Wolfgang Goethe, who were crucial in building the understanding of the chromatic system. The use of color in the creative process comes with it was inside work done by professors at prestigious schools in Germany "Bauhaus. Keyword: Color Communication. Graphic design.
  • 10. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 13 2 COR: SIGNIFICADOS E PRECEPÇÕES ......................................................... 14 2.1. Aspectos Históricos ................................................................................................ 14 2.2. A física da cor ......................................................................................................... 00 2.3. Homem é as percepções cromáticas ....................................................................... 00 3 A COR NA CRIAÇÃO .......................................................................................... 21 3.1. A cultura da cor .............................................................................................. 00 3.1.1. Bauhaus ................................................................................................ 21 3.1.1.1. Composto cromático .................................................................. 00 3.1.1.2. Aparência da cor ........................................................................ 00 3.1.1.3. Simbolismo das cores ................................................................ 00 3.1.2. Publicidade ........................................................................................... 00 4 IMPORTÂNCIA DA COR NO MATERIAL IMPRESSO ............................... 46 4.1. Estudo de um caso .................................................................................................. 00 5 CONSIDERÇÕES FINAIS ................................................................................... 50 REFERENCIAS ........................................................................................................... 52 ANEXOS ....................................................................................................................... 54
  • 11. 1 INTRODUÇÃO A cor pode transformar manifestações de cultura em arte, construir idéias, destruir sentimentos, criar novos conceitos, expressar emoção, criar vínculos, apregoar perigo, atenção, paz, amor, movimentos sociais e até parar uma guerra. Sem dúvida este elemento visual é fascinante e despertam emoções e aguça nossas percepções. O entendimento sobre a cor vem desde a Grécia antiga. Já discutia sobre a essência e a existência da cor. A partir da idade média outros estudiosos conseguiram apresentar teorias mais consistentes sobre a presença da cor na luz. Leonardo da Vinci, Issac Newton e Johann Wolfgang Goethe são personalidades importantes para este estudo. A utilização da cor na publicidade é de importância para o emprego de novos conceitos. Nela constam signos que utilizados pela propaganda de forma adequada e esquematizada pela estratégia de comunicação, torna-se uma grande ferramenta de difusão de idéias. O uso da cor na comunicação tem que seguir um vinculo com a mensagem da campanha, de modo, a ser mais bem consumida pelo público-alvo. O estudo desse elemento chamado cor é importante para conhecimento do profissional de programação visual. Outro elemento é o problema que os publicitários passam na hora da organização da peça, muito das vezes as tonalidades de cores que o diretor de arte selecionado no aplicativo se alteram. Quando impressa esse fator se torna mais visível. Esse problema foi um grande motivo para o estudo da cor nos vários tipos de papel é como a ela se comporta em elementos alterando ou diminuindo seu tom. Veremos que a cor escolhida na tela do computado não é aquela exata que sairá no papel, por isso, trabalharemos no estudo da escala de tons em CMYK. A noção da importância de uma boa composição harmônica e os princípios da leia do processo aditivo e subtrativo são base para uma apropriada garantia na produção do elemento. As contribuições que esse assunto vai mostrar são de exemplificar de maneira mais clara as atribuições de cada cor, de maneara, que possa mostrar para o profissional de Publicidade e Propaganda, modelo de como utilizar a cor de uma forma que facilite sua utilização de maneira mais objetiva e interligada a idéia da campanha.
  • 12. 2 COR E SEUS SIGNFICADOS 2.1. Aspectos Históricos No exercício da observação o homem descobre nas essências de certos frutos, ervas, cascos de árvores condições necessárias, para obtenção de tintas. A utilização destas tintas originária de vegetais e etc. foram elementos de necessária importância para descobrimentos de formulas de novas concepções de cores. Nesta época o próprio homem pré-histórico torna um místico cientista e artista do seu próprio momento. A arte rupestre foi uma das primeiras manifestações deste novo descobrimento do homem. No Brasil as 1 manifestações dos índios Cadiueus, foi um dos primórdios na construção de cerâmica e a produção de arte plumária no país. Na idade Antiga um grande período de dominação Romana no mundo, um dos povos que se destaca, neste momento, é o Egito. A arte egípcia começa a tornar-se um grande centro de originalidade do planeta. O grande momento do Egito foi, exaltado na arte, quando chega o período faraônico, entre 3000 a.C., nesta época houveram amplas construções e manifestações de arte históricas, como pinturas dos faraós e a construção das grandes pirâmides. Ainda na idade Antiga os pensadores gregos foram os pioneiros no estudo da luz num quadro humano e físico, observando suas características e tentando explica sua existência. Neste processo os filósofos gregos se preocupavam no esboço da interpretação dos procedimentos sensórias. Os primeiros artistas abordaram no espaço atmosférico se havia luz e escuridão, que eram receptáveis pelo órgão sensorial ocular (olho), segundo o autor Bernardo (2009), “Pitágoras (século v a.C.) e os seus discípulos acreditavam que, no ato da visão, um raio visual procedia do olho para o objeto”. 2 1 CADIUES “é um grupo de índios muito importante para construção histórica brasileira. Sua maior especialização e na construção de cerâmica. A sua concepção de usabilidade pelas cores se passa de geração a geração com o uso de especiarias para criação de cores. As suas manifestações de arte, são danças, pinturas rupestres e artesanato.” In: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadiueus - Acesso em 22/10/10 2 BERNADO, Luís Miguel. História da luz e das cores. São Paulo: Editora Universidade do Porto. 2ª ed., 2009, p. 344
  • 13. Outro grande pensador grego Empédocles, 3 defendia que o instrumento ocular era como uma lanterna, e exemplificava que o globo ocular continha uma luz interna que era lançada para fora do órgão através de um liquido que, por fim, demonstrava a visão. Outro grande pensador grego que não contrariava uma opinião sobre a atividade humana, vegetal e animal era Aristóteles. 4 Aristóteles em algumas de suas obras expôs idéias sobre os fenômenos atmosféricos, como os cometas e o arco-íris. Essas obras foram muito bem estudadas por amplos intelectuais na idade média. Uma de suas teses Aristotélicas era que a luz representava um estado de corpo límpido, esse dito-cujo fazia que o observador detecta-se a observação do objeto através do sentido da visão. E ainda ele exemplificava como diz Bernardo (2009), “a impossibilidade de ser poder ver no meio da escuridão era justificada pelo fato de o ar que se 5 separava o objeto observador não ser transparente”. Aristóteles em suas teses nunca se preocupou em abordar a explicação da luz nos seus livros de física, apenas em alguns trechos de suas dissertações ele ponderava sobre a composição ocular humano. A grande variante opinião dos filosofo gregos sobre a natureza da luz e das cores, foi muito díspar com diferentes conceitos agregados a velocidade e massa da luz. Algumas idéias de Aristóteles foram apresentadas que a luz, para ele, era um atributo natural, e não fazia sentido discutir sobre sua propagação, segundo ele a luz era distribuída igualmente em todos os lugares. 3 EMPÉDOCLES “foi um filósofo, médico, legislador, professor, místico além de profeta, foi defensor da democracia e sustentava a idéia de que o mundo seria constituído por quatro princípios: água, ar, fogo e terra.” In: http://pt.wikipedia.org/wiki/Empédocles - Acesso 18/10/10 4 ARISTÓTELES “nasceu em Estagira na Trácia em 384 a.C., com seus 15 anos partiu para Atenas melhor centro de intelectuais. Seu pai era médico uma grande influência para Aristóteles seguir na sua vida de estudos como a química e a biologia. Na sua vida Aristóteles foi Aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande. Aristóteles como a maioria dos grandes intelectuais gregos foi um grande perspicaz em estudo de vários assuntos, como a física, metafísica, poesia, teatro, musica, ética e biologia”. In: http://pt.wikipedia.org/wiki/Aristóteles - Acesso 18/10/10 5 BERNADO, Luís Miguel. Op. Cit., p. 47
  • 14. Muitos dos conceitos empregados pelos Grandes filósofos gregos, como Leucipo,6 Demócrito e Epicuro7 (defendia a tese que a luz provinha de partículas, formados por pequenas camadas de luz que fluiria para a recepção da imagem no olho humano), também de Platão8 e Empédocles (defendiam que a luz começava no órgão ocular e a imagem era construída por partículas receptáveis pelo mesmo), Euclides9 e Pitágoras10 (sugerem que a luz era constituída por um estado volátil), foram usadas como material de estudo para novas teses por grandes pensadores na idade média. Um dos grandes assíduos do estudo foi Leonardo da Vinci artista, literato, cientista e filosofo foi um astuto nato das ciências, italiano é uma das figuras mais importantes para era moderna. Da Vinci construiu em suas experiências, formulas que comprovasse a composição da luz. O autor Pedrosa (2003, p.) diz, que a comprovação da composição da luz conecta o que a física já fala, interligando o campo experimental com a pintura, assim como a química já estava ligada desde sua origem. Da Vinci observa em suas pesquisas que o branco não é uma cor, mas um arranjo de cores agregados nela. Em uma de suas experiências, da Vinci nota uma luz amarelada de uma vela que passa por um orifício, essa luz vai sendo mistura com um corpo azul que se resulta no verde. Parti daí, aa Vinci relata que a composição dos dois corpos diferentes podem resultar num novo corpo com variações díspar. Esse experimento Isaac Newton já comprovava com suas demonstração através dos prismas, ele explicava que a luz branca nunca foi uma cor pura, mas sim homogênea. 2.2. A física da cor 6 LEUCIPO DE MILETO “nascido na Grécia em 500 a.C., foi um grande importante filósofo grego. Foi o maior responsável da maior obra sobre os átomos Segunda tese de Aristóteles”. In: http://pt.wikipedia.org/wiki/Leucipo_de_Mileto - Acesso 13/10/10 7 EPICURO DE SAMOS “filósofo grego nascido na ilha de Samos em 341 a.C., Seu pensamento foi pela ausência da dor com a perpetuidade da alma foi muito difundida no antigo Egito por inúmeros mestres, como Lucrécio.” In: http://pt.wikipedia.org/wiki/Epicuro_de_Samos - Acesso 14/10/10 8 PLATÃO “foi um importante filosofo fundador da academia platônica em Atenas. Suas principais abordagem era a política e ética.” In: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o - Acesso 14/10/10 9 EUCLIDES “foi professor da academia de Atenas. Muito relacionado no nosso tempo como “Pai da Geometria”, pelo seu grande interesse no assunto. Um de suas obras “Os Elementos” é uma das bem argumentadas na historia da matemática.” In: http://pt.wikipedia.org/wiki/Euclides - Acesso 15/10/10 10 PITÁGORAS “foi um dos mais importantes para a criação e performance da matemática no nossos dias. Considerado o “Pai da Matemática”, ele fundou em Atenas uma escola de pensamentos que abordava vários temas.” In: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pitagoras - Acesso 15/10/10
  • 15. Figura1 - Experiência realizada por Leonardo da Vinci chamado de “Câmera mágica” Fonte: Pedrosa, 2004, p.72 A fascinação de Newton pelo saber veio quando entra na Universidade de Cambridge, foi neste período que explodi na sua mente todas as idéias que revelaram sua fascínio pela luz. Num destes demonstrou claramente que a luz branca era constituída por luz de várias cores, e ele referia essas cores como intrínsecas a ela, que está dentro dela. O autor Bernardo (2009) diz que Newton, explicará que a cor apresentada a um objeto, era por causa do raio que reflete em seu aspecto luminoso e demonstrada a sua cor existente. Newton também dizia que, Quanto ás causas das cores e de outros fenômenos devidos à refracção, é preciso que os raios (corpúsculos) maiores ou mais fortes pressintam a superfície refringente mais facilmente que os outros mais fracos e por conseqüência aqueles (os mais fortes) são menos desviados pela superfície, e portanto menos refractados (...) E visto que a refracção não serve senão para separar os raios, e não muda absolutamente nada nem a sua grandeza nem a sua força, daí que, depois de terem sido bem separados, a refracção não saberia mudar então as sua cores. 11 Newton quis exemplificar que a massa é o tamanho é a peculiaridade principal das várias distinções dos raios solares que são responsáveis pelas as características das cores. Muitos dessas cores que Newton conseguiu destacar foram o azul-violeta, azul-cian, azul-anil, verde, amarelo, vermelho-alaranjado e vermelho-magenta. 11 BERNADO, Luís Miguel. Op. Cit. p. 344
  • 16. Figura 2: Teste realizado por Newton com prisma para averiguação das cores luz. Fonte: Barros, 2009, p. 288 Já considerando o procedimento de percepção visual de Leonardo Da Vinci, ele trás consigo elementos característicos da óptica, por ventura foi um dos precursores no estudo da visão, caracterizando a defecação de vários cadáveres para estudo. Esse estudo mais aprofundando sobre a óptica, trousse a da Vinci a criação de desenhos do mapa anatômico humano ocular, até hoje o mais perfeito que se tem notícia. A parti desse processo Da Vinci abre caminho para matéria da Oftomologia e Psicologia que condescendeu o surgimento dos estudos das reações perceptivas. Esse estudo as reações e variações que a visão tinha sobre a cor o autor diz que, “Todo o corpo que se move com rapidez parece tingir seu percurso com sua própria cor” 12, da Vinci ainda exemplifica que essa massa ao se mover com rapidez maior atingi todo o seu processo com seu tom de massa original. Da Vinci era um apaixonado pela pintura, e ele expressava como toda via a arte comparando-a com a poesia. Da Vinci conta, que todo artista traz uma representação sentimental e filosófica as obras, de modo à representar com mais veracidade a arte natural da vida do que as palavras e letras. Ele ainda refere que a pintura é uma filosofia da vida. Todo esse lado mistifica e filosófico na arte e nas ciências Issac Newton não via como importância, porém nunca elevou esse sentimento aos seus projetos científicos, segundo Voltaire13, “Newton nunca teve uma paixão”, sem franquezas ele se dedicou mais no estudo da física da luz. 2.3. Homem e as percepções cromáticas 12 PEDROSA, Israel. O universo da cor. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2003, p. 76 13 FRANÇOIS-MARIE AROUET, mais conhecido pelo pseudônimo Voltaire nasceu em Paris, 21 de novembro de 1694. Foi um escritor, e filósofo iluminista francês, conhecido pela sua perspicácia na defesa da liberdade humana. É uma dentre muitas figuras do Iluminismo cuja os ideais influenciaram pensadores importantes tanto da Revolução Francesa quanto da Americana. (WIKIPEDIA, Enciclopédia Livre)
  • 17. Outro que discordava em alguns pontos da teoria Newtoniana era Goethe14. Ele por tanto não admitia que a luz fosse formada por diversas luzes coloridas, e ainda indagou: “como a luz branca pode conter cores mais escuras do que ela?” 15. Em certo ponto toda essa recusa de Goethe a teoria de Newton era viável. Ele exemplificou buscando a filosofia e psicologia a sua recusa à teoria da luz, segundo o autor, Goethe diz que a luz tem dois tipos de cores as fisiológicas e químicas, segundo ele esses dois processos, fazem com que a cor avance como método que comprovasse que esses raios (matizes), não são cores, mas sim uma sensação que adequa ao tempo atmosférico do ambiente que por fim se produz a cor percebida (como na formação do arco-íris). Ele, por tanto, defendendo sua questão que a cor é invenção da luz da sombra segundo o autor Pedrosa (2009, p. 67) Goethe diz, “No entanto, há de ter-se presente o movimento do escuro até o claro, e do claro até o escuro” 16. Ele nesta questão fez uma leve defesa do ponto de vista que a cor tem como origem a luz e a obscuridade. Goethe sempre discordou sobre o fenômeno dos primas, ele indagava que quando a luz do sol lançar-se no anteparo do prima projeta-se cores opacas que origina-se ao magenta, amarelo e ciano essas cores percebeu Goethe, eram complementares das cores conseguidas pela experiência antecedente de Newton. Ele também discordava da observação da luz, em câmeras escuras, ele não achava intransitável a observação nestas condições, que para ele excluía a principal tese de observa o comportamento da luz em seu ambiente natural. Na realidade Goethe não se opunha a teoria Newtoniana, mas ele revoltava-se ao conhecimento dogmático que era adotado pelos cientistas naquela época e tornando aquela leia absoluta, ele indagou que essas teses que se via com freqüência se tornaram ideologias fixas que dominava o pensamento humano naquele momento, e só uma mente gigantesca poderia derrubar essas concepções. Após todo esse processo, as discordâncias dele a teoria Newtoniana, foi um passo importante para o enriquecimento que levantará o estudo da percepção e sensação cromática fortalecendo ainda, mas a teoria da luz. Esse confronto particular entre Goethe e Newton é a conseqüência de duas visões díspar do mundo, segundo Barros, 14 JOHANN WOLFGANG VON GOETHE, nasceu na Alemanha em 28 de Agosto de 1749. “Na sua vida foi um erudito cujos interesses incluíam ciências, jornalismo, drama, poesia, e filosofia natural. Goethe foi imfluenciado por Herder o pioneiro do romatismo alemão, e teve amizade com Schiller, com quem trabalhou numa revista literária. Um dos muitos admiradores de Goethe foi Schopenhauer, que contribui para a obra de Goethe sobre a Teoria das Cor (1810)” Bryan Magee. Historia da Filosofia. Editora Loyola, 3ª ed., 2001, p. 138. 15 PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. Rio de Janeiro. Senac Editora, 10ª ed., 2009, p. 65. 16 PEDROSA, Israel. Op. Cit. p. 67.
  • 18. Goethe representava uma visão dos filósofos da natureza, preocupado com os significados dos fenômenos dentro de um contexto amplo, universal, enquanto Newton representava a ciência mecanicista, estruturada nos conceitos de ação e reação, investigando o comportamento dos fenômenos isolados. 17 Goethe tinha uma linha de raciocínio muito díspar de Newton, primeiro ponto, Newton procurou examinar a origem da cor, buscando o estudo e analisando a natureza da luz. Já Goethe buscou o sentido da luz, averiguando os efeitos da cor de um lado humana. 18 Goethe foi muito importante para a democratização do conhecimento das cores, ele demonstrou que essa ciência poderia embarcar em todas as aéreas humanas e fez com que, atraísse pesquisadores no estudo da cor, e que se embarcaram em suas dissertações conhecimentos, que fez surgir novas áreas no assunto, como a fisiologia e psicologia. Goethe disse “minha teoria das cores é tão antiga quando o mundo, e ao longo do prazo, nunca será 19 negado ou deixado de lado”. Sempre astuto a poesia e a ciências, foi um homem fundamental com sua conjectura sobre a concepção da luz. Ele constituiu teses principais sobre a percepção da cor, fisiologia da cor, totalização cromática e castrastes das cores. A importância de Goethe para o estudo da cor e relembrada em várias obras, Goethe foi um estudioso essencial para a construção sólida da nova teoria da cor. Esses artistas propulsores da nova arte moderna como Leonardo da Vinci, Issac Newton e Goethe influenciaram vários artífices, pintores, artesãos, cientistas, poetas e pensadores na sua época. Artista que levaram em si às grandes sabedorias desses revolucionários da arte e ciência para consigo, e construíram uma nova cultura a da expressão do corpo humano e da natureza que a cerca. Surge agora mais renova e expressa daquele momento a “Cultura da Arte”. 17 BARROS, Lílian Ried Miller. A cor no processo criativo. São Paulo. Senac Editora, 3ª ed., 2006, p. 271. 18 A linha de pensamento de Goethe, era analisar o processo cromático da luz de modo natural. E ele demonstrava que esse processo tinha que exercer esse ponto de vista humano. O homem como o processo da luz. Como o próprio Goethe diz, “olho se forma na luz e para luz [...] A cor é a natureza em forma de lei para o sentido da visão” BARROS, Lílian Ried Miller. A cor no processo criativo. Op. Cit., p. 272 19 BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit., p. 276
  • 19. 3 A COR NA CRIAÇÃO 3.1. A cultura da cor O mundo no final do século XIX se via com um crescimento abusivo da população mundial e a grande necessidade destes mercados para o consumo de alimentos. A fabricação de produtos ainda era artesanal, muitos dos centros urbanos, como Londres se via com a escassez de alimentos. Nasce daí a necessidade de uma produção em maior escala e com rapidez e eficiência que as maquinas obtinham. A produção industrial foi o ponto de partida para o nascimento do sistema que chamamos hoje de “capitalismo”. Da produção artesanal para uma em serie, mas técnica e produtiva. Esse sistema permanece como o ápice do desenvolvimento do mundo. Mas, no começo daquele tempo a produção entrou em falhas. Com um péssimo conhecimento técnico de seus operários e artistas o sistema entrou num processo perigoso. A escassez de pessoas com um conhecimento especializado, fez com que surgissem centros de ensino em todo o mundo. Um desses centros que revolucionou o design foi à escola de arte Alemã Bauhaus. 3.1.1. Bauhaus No século XX surge na Alemanha a Bauhaus, uma das mais importantes escolas de arte no nosso tempo. A existência da academia foi pela grande falta de artistas qualificados que naquele tempo perderão espaço pela sua “arte vulgar”, neste momento adentrava a grande produção em massa de produtos, essa necessidade propugnaria uma arte mais elevada e qualificação na formação do artista, exigindo novas formas de ensino.
  • 20. A partir deste momento, as concepções do processo criativo se tornaram de uma criação amadora, ao um âmbito profissional e técnico com adentrada das academias de ensino. Porém o real objetivo da academia alemã Bauhaus era segundo Rainer Wick, representar a legítima síntese à estética. Ele ainda diz que, “integração de todos os gêneros artísticos numa linguagem sem fronteiras”. 20 Também Gropius descreve outra importância à forma de ensino pelo qual a instituição se volta para uma metodologia de preceito ao design industrial. Após essa característica a Bauhaus caminha num progresso de crescimento, rumo a sua expressão funcional. Outras características quem sobre sai nos anseios, são os três objetivos básicos da Bauhaus. Segundo Frank Whitford os primeiro objetivo era promover a era democratização da arte, reunindo vários artistas num conjunto de idéias no mesmo. O segundo era acabar com a chamada arte amadora “vulgar” e profissional ”elevada”. 21 E o terceiro fazer sociedade com a industrial, ao ponto, que os estudantes aos se formarem obteriam uma vida prática com a indústria, e também mostrariam a sua forma e filosofia através do design de produtos etc., que seriam produzidos pela indústria. A Bauhaus exerceu uma qualidade formidável, na forma como criou as condições para novas concepções do processo criativo, essa metodologia se firmou para o desenvolvimento da academia. Porém academia foi importante para a comunidade artística, quando desde sua fundação em 1919, ela se manteve firme até a chegada do governo nazista em 1933, onde eles a extinguiram da Alemanha e os grandes mestres da Bauhaus, muitos deles se refugiaram em outros paises, como os Estados Unidos. Portanto todo esse processo foi formidável para que a doutrina metodológica da instituição permanece-se viva, ao ponto dos grandes mestres a expor suas idéias avançadas em outras academias do mundo promovendo a divulgação do ensino que nasceu com uma visão moderna e universal. A academia durante toda a sua existência ouve uma grande influência de ideais de Goethe sobre a sua tese das cores. O principal meio de divulgação dessas idéias foi o próprio corpo docente da academia, como os mestres Itten, Kandinsky, Klee e Albers. 20 BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit., p. 29. 21 Essa caracterização de diferentes contextos de arte leva a Gropius a criar elementos básicos para que essa democratização que é elevada seja derrubada todos os princípios que alguns artistas tinham sobre ela. Lílian Ried Miller Barros. Op. Cit., p. 33-34
  • 21. 22 Muitas das idéias de Goethe como a totalidade cromática, reaparece em trabalhos e teses dos mestres da Bauhaus. Algumas concepções de Goethe sobre a composição harmoniosa cromática, onde elas são um novo conceito de apresentar uma inovação pratica artística. Alguns mestres da Bauhaus definem sobre a composição harmoniosa, segundo o autor Barros (2006) diz, “Ittem define como combinações harmônicas, 23 à semelhança de Goethe, aquelas cuja mistura leva a um cinza neutro”. Outros mestres definem em outros trabalhos que as composições realmente são infinitas reconhecendo as várias possibilidades da cor. O autor diz que, “Dessa forma, na Bauhaus, o conceito de harmonia associado á totalidade cromática não parece ter exercido papel dogmático. Ao contrario, trouxe à consciência dos alunos a interatividade das cores do ponto de vista fisiológico, as leis da percepção visual humana”. 24 Uma outra teoria sobre o processo de percepção e a tricromática que é uma tese exemplificando os três cones fotorreceptores que representam as três cores existentes no nosso órgão ocular. Elas distinguem as ondas emitidas pelo sol concernente e percebidas pelos bastonetes do olho humano que abalizar esses raios nas cores vermelho, verde e azul 25 (RGB). Conforme o autor “o olho humano seria o resultado de uma longa evolução a te se 26 constituir no que é hoje: tricromático”. Algumas dessas pesquisas segundo o autor Barros (2003) esclarecem a existência de determinadas pessoas conterem uma doença que diminuem a capacidade dos cones fotorreceptores de perceber certas cores, exemplificado o casso dos indivíduos daltônicos. 22 Gothe percebeu esse fenômeno que seria, mais tarde, classificado como pós-imagem e contraste simultâneo, onde o olho humano se adequar a falta de algumas cores primarias. Foi a partir desse estudo que ele concebeu sua idéia sobre a totalidade cromática. 23 BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit., p. 311. 24 BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit., p. 313 25 Essa variação de cor “é energia e vibra em três faixas de freqüência: vermelho, verde e azul. Na mídia eletrônica, por exemplo, a cor é energia, e as core0073 são obtidas segundo o padrão RGB (red, green, blue, que significa vermelho, verde e azul), porque não há pigmento nem matéria”. HALLAWELL, Philip. Visagismo, harmonia e estética. Editora Senac. São Paulo, 4ª ed., 2008, p. 203. 26 BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit., p. 316.
  • 22. Uma de suas teses que muito usadas em trabalhos acadêmicos na Bauhaus foi 27 sobre as misturas das cores chamadas na luz de “cores aditivas” e no pigmento de “cores subtrativas”. Segundo Barros (2003), Todas as cores dos pintores são pigmentos, ou corpóreas. São cores que absorvem luz, essas misturas são governadas pelas regras da subtração. Quando cores complementares ou combinações das três primarias são misturadas em determinadas proporções, a resultante subtrativa é o preto. A mesma mistura em cores prismáticas, não corpóreas, levará ao branco como resultante aditivo. 28 Porém César (2006) observa da seguinte maneira os processos aditivos e subtrativo nas cores. Ele descreve que o processo ativo é, “quando as cores geradas através da luz misturada combinam os comprimentos das ondas que irradiam o vermelho, verde, e o azul” 29 Foi por essa junção das três cores básicas do processo ativo (RGB) na sua volumosa massa de luz, a consequência é o aparecimento da cor branca. Porém o processo subtrativo é originado pelos pigmentos que segundo César (2006) “não são determinadas pelas diferentes 30 emissões de ondas de luz, e sim pela absorção e subtração das cores da luz branca”. Que segundo César, essa absorção da luz branca, é pelo fato, que a luz branca é direcionada para um objeto, este mesmo absorve a luz, o resultante disto, é que a luz absorvida é refletida para os nossos olhos e revelando o pigmento do objeto e sua cor existente. Figura 3 - Processo Subtrativo e Aditivo. Fonte: Barros, 2009, p. 73. 27 Os pigmentos quando misturados, reagem de a cor com o material existente, isso depende da qualidade do pigmento, do processo químico de aplicação das tintas. Por exemplo, quando o processo é aplicado no papel jornal ele reage pela grande regularidade do papel de não absorver a tinta com maior exatidão, os pigmentos geralmente se modificam alterando pro branco, preto ou saturando a cor. Mas se for num papel liso a absorção vai se maior e o processo dos pigmentos não se modificaram com maior constancia ao contrario do papel jornal. 28 BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit. p. 72,73. 29 CESAR, Newton. Direção de Arte em Propaganda. Brasília: Senac, 8º ed., 2006, p. 183 30 CESAR, Newton. Op. Cit. p. 184
  • 23. Já Pedrosa (2009) observa da seguinte maneira que essas cores vêm sendo observadas como primarias desde Leonardo da Vinci que descobriu na composição das cores existentes (vermelho, amarelo, verde e azul). Porém como o autor diz, (...) Com a tríade de cores-pigmento opacas, o violeta só é obtido pela estimulação simultânea de dois grupos de cones da retina. Para tal estimulação, os dois processos mais conhecidos são: primeiro, pela mistura óptica de luzes refletidas por pequenos pontos azuis e vermelhos colocados bem próximos uns dos outros nos trabalhos de pinturas e artes gráficas e, segundo, pela mistura de luzes coloridas refletidas pelo vermelho e pelo azul pigmentários em discos rotativos em movimento. A mistura das cores- pigmento vermelho, amarelo e azul produz o cinza neutro por síntese subtrativa. 31 Porém todo esse processo subtrativo, não pode ser leva ao fato já porque ele não é o fundamental fator dominante que possibilitara a enxergamos a cor, e sim segundo Barros (2009) ela só, “adquire significado e conteúdo pela percepção humana, óptica e cerebral na 32 qual a intensificação dos contrastes tem um papel preponderante”. Entretanto toda essa explanação vem desde Leonardo da Vinci que apresentou uma questão que só com Issac Newton seria comprovada a exemplificação do branco como derivação de todas as cores. Segundo Jackob Christof Le Blon ele define que “podemos representar todos os objetos visíveis com três cores (vermelho, amarelo e azul), todas as outras cores podem ser compostas 33 dessas três produz o preto”. Contudo Hallawell (2008) dizia que o processo subtrativo de pigmentos se dividia em duas categorias: acromáticos e cromáticos. Segundo o autor, (...) O branco, o preto e os cinzas – produzidos pela mistura do preto e do branco – são acromáticos porque não contem cor. Todos os outros pigmentos são cromáticos (contém cor). Portanto, o pigmento branco é o oposto da cor branca – não contém cor alguma, enquanto a luz contém todas as cores. 34 31 PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente.Rio de Janeiro, Editora Senac, 10ª ed., 2009, p. 22. 32 BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit., p. 73 33 GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação. São Paulo, Editora Annablume, 3ª ed., 2004, p. 64 34 HALLAWELL, Philip. Visagismo, harmonia e estética. Editora Senac. São Paulo, 4ª ed., 2008, p. 203.
  • 24. Já, porém na obra de Farina (1990) ele descreve que as impressões acromáticas são só aquelas que influem na crescente e decrescente da luminosidade na obra. Elas são segundo o autor todas as tonalidades de escala de cinza que de distingue entre o branco e o preto. Como ele mesmo observa que “o branco é, pois, a síntese aditiva de todas as cores, e o preto, o resultado da síntese subtrativa, isto é, a superposição de pigmentos coloridos”. 35 Todavia, Goethe que discordava plenamente de algumas concepções de Newton, observou que a tríade primaria das cores-pigmento seria a púrpura e o azul esverdeado que só em 1936 pela Kodak a modificaram-na os nomes oficializando as cores que antes era a púrpura para magenta e azul esverdeado para ciano. Um outro ponto do panorama muito estudado na Bauhaus é a composição harmônica cromática. Ela expressa os elementos mais participativos da escala de cores, entre procedimento que se estabelece nessa linha ao entrarem no lugar como funções de valores da luz e das sombras na obra. Segundo Itten algumas combinações de cores se diferem pela avaliação do endivido que distingue um consenso de harmonia neste ponto. Determinadas prioridades de combinações que não concebe um contrate forte se distingue pela sua conformidade e equilíbrio como, os tons azuis e verdes ou os tons claros denominados pasteis. Segundo Barros (2009) a harmonia deve seguir “a satisfação do olho humano, evitando que este produza (...) as cores que estão faltando na composição”. 36 35 FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Edgard Blucher, 4º ed. 1990., p. 80 36 BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit., p. 87.
  • 25. Todavia as mais variadas combinações de cores possibilitam uma composição de um espaço. Por exemplo, determinadas cores podem dar um ar de peso, distancia e movimento que combinadas de forma harmônica constrói um reação positiva ao observador. Como afirma Farina (1990) que a cor tem um significado nele de peso, essas combinações de cores podem construir uma forma equilibrada ou não, dentro do espaço bidimensional. Ele ainda descreve “Esse equilíbrio pode ser proporcionado pelas sensações suscitadas pela cor, 37 adequando cada uma ao espaço que deve ocupar”. Segundo Guimarães a construção de harmônica agradável estar sujeito a duas regras: equilíbrio e harmonia. O autor ainda destaca que Rudolf Arnheim diz que o equilíbrio “continua sendo a meta final de qualquer desejo a 38 ser realizado, de qualquer trabalho a ser completado” . Já, Josef Albert diz que uma boa harmonia cromática é igual a uma comida muito bem feita. Uma outra abordagem segundo Guimarães (2004) está na combinação e equilíbrio, trata-se de um lado natural da nossa percepção. Porém algumas cores terciárias soam muito bem para construção harmônica do trabalho. Conforme HALLAWELL (2008) as cores terciárias são “cores neutras e, portanto, não criam contrastes com outras cores ou entre 39 si.” Essas cores imparciais, não despertam as atenções tanto como às cores primarias e secundarias. Um outro exemplo, e quando uma combinação cromática está desnorteada, como autor diz, (...) as cores circunstancialmente mais fracas são induzidas pela mais fortes (indutoras),e , pela necessidade de estabilidade criada pelo padrão, podem adquirir colorações ambíguas e prejudiciais à relação das cores com a estrutura totalizada. 40 Alguns dos grandes artistas modernos segundo Pedrosa (2009), observam que a mais bela combinação harmônica foi o que Modrian fez em num dos seus trabalhos. Como diz o autor, 37 FARINA, Modesto. Op. Cit. p. 29 38 GUIMARÃES, Luciano. Op. Cit. p. 76 39 HALLAWELL, Philip. Op. Cit. p. 212 40 GUIMARÃES, Luciano. Op. Cit. p. 76
  • 26. (...) a forma pelas cores puras do espectro solar; ou ainda a variante que atende para a harmonia mista, feita por Modrian em sua série Broadway Boogie-Woogie, em que se equilibram as três cores-pigmentos opacas, com a degradação de apenas uma delas, servindo como a cor dominante, outra funcionando como tônica e a terceira no papel de intermediário (ou passagem) entre as duas primeiras. 41 Figura 4 - Obra feita por Piet Mondrian estipulado “Broadway Boogie- Woogie” considerado por muitos artistas a mais bela composição harmônica. Fonte: Museo de Nova York No entanto, Goethe já visualizava em suas teses essa harmonia, em que, se a utilização de todas as cores cromáticas, ou três primarias, ou complementares que oferece uma composição harmônica trais uma melhor satisfação agradável para o olho humano. Essa harmonia diz Goethe só é favorável se o artista usufruir de forma perfeita a mesclagem das cores com larga escala de luz e sombra no trabalho. Essa composição harmônica pode ser associada como cores de um aspecto agradável ou um conflito de tons que não se combinam possibilitando uma perturbação no olho humano. Esse aproveitamento de preceitos da harmonia cromática, as vezes, não proporciona uma dissolução. Pois bem, como Albers observou “por melhor que seja receita, é sempre necessária a prática da degustação durante seu preparo”. 42 3.1.1.1. Compostos cromáticos 41 PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. Rio de Janeiro, Editora Senac, 10ª ed., 2009, p. 174. 42 BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit. p. 250.
  • 27. Itten docente da escola de arte Bauhaus, descreve uma dissolução utópica para solução do problema, ele observa que se olhar fixamente para um quadrado verde por um tempo, e depois, fecharmos os olhos e abri-mos, novamente, é olhar pra uma região branca, observaremos que o quadrando fica vermelho. Com essa pequena síntese Itten analisa que a cor vermelha foi produzida pelo sistema ótico que conduziu esta mesma como complementar ou pós-imagem da cor original verde. Essa questão também foi abordada por Goethe em sua teoria da cor, como ele descreve algumas associações de cores complementares. Amarelo complementar ao violeta, preto ao branco, vermelho ao verde e laranja ao azul no céu circulo cromático. Figura 5 - Cores complementares. Fonte: Barros, 2009, p. 90 Figura 6 - Efeito de pós-imagem Fonte: Barros, 2009, p.88. Essa complementação das cores simultâneas a se caracteriza pela diferença que está entre elas, por exemplo, a síntese aditiva é a soma das cores primarias que se origina na sua complementação do branco. Porém na subtrativa se característica pela a fusão das cores básicas que origina no preto. O autor Baer (2006) observa que essas características das cores tem três níveis: cores simples, cores compostas e cores complementares. O autor diz,
  • 28. As cores simples, amarelo, cyan e magenta, “cores básicas” que juntas, absorvem todas as radiações luminosas da luz branca incidentes, resultam no preto. As cores compostas, vermelho, verde e azul-violeta, são derivadas da mistura de duas cores básicas de cada vez. As cores complementares, analogamente a síntese aditiva, são as próprias cores compostas. Combinando qualquer uma dessas com a cor básica (...) 43 Outro grande mestre da Bauhuas que exemplifica as cores complementares em seus trabalhos era Klee. Numa das concepções de construir um circulo cromático que gerenciava a observação da cor complementar. Itten organiza o circulo cromático se baseado pela manifestação mais original das cores o “arco-iris”. Com essa preparo Klee constrói uma nova síntese cromática que se consolida em seis cores, fundindo duas cores do aspecto do arco-íris em uma. Ilustração 7 - Circulo cromático construído por Kleen Fonte: Barros, 2009, p. 124. Essa complementação de cores Gothe já observava na construção de circulo cromática organizando elas de forma opostas as suas complementações. Como Morris (2007) observa, As cores opostas no círculo cromático são duplas contrastantes chamadas cores complementares. As duplas são formadas por uma cor primária e uma secundária. Os pares são vermelho e verde, azul e laranja e amarelo e violeta. Eles parecem mais brilhantes quando colocados lado a lado. Quando misturados entre si, as cores complementares produzem um tom neutro e acinzentado. Para escurecer uma cor, acrescenta a sua cor complementar em vez de usar o preto. Por exemplo, se quiser um amarelo mais escuro, adicione um toque de violeta. 44 43 BAER, Lorenzo. Produção Gráfica. São Paulo, Editora Senac, 6ª ed., 2006 p. 83. 44 MORRIS, Bethan. Fashion Ilustrator. São Paulo, Editora Cosac Naify, 2007, p., 57
  • 29. O professor da Bauhaus Itten observava para o melhor entendimento das cores a construção e classificação destas. A criação elaboração do circulo cromático seria o ponto chave para sua compreensão. Segundo Farina (1990) a construção do circulo cromático se organiza por “unindo os dois extremos do espectro e colocando na inserção o vermelho- magenta (que é a mescla aditiva do azul-violeta e do vermelho-alaranjado), obteremos um 45 circulo cromático” A construção do circulo por Goethe foi feita nesta linha onde cada cor estava oposta a sua complementar no mesmo. Figura 8: Circulo Cromático Fonte: In: http://modaestiloderua.blogspot.com/2010_07_01_archive.html - Acesso em 28/11/10 45 FARINA, Modesto. Op. Cit., p. 86
  • 30. A forma mais natural do cromatismo é o arco-íris, Goethe e outros pensadores se inspiraram neste efeito para construção efetiva do circulo cromático da cores. Segundo Barros (2009) o primeiro diagrama do circulo cromático de Goethe foi desenvolvido no ano de 1793. Neste circulo cromático se observa às seis cores do prisma que são: vermelho, laranjal, amarelo, verde, azul e roxo. A organização das cores no circulo se observa pelo vermelho 46 para Goethe segundo o autor “a mais alta das emissões cromáticas” estava sempre na posição superior do espectro. Já o verde se encontrava na posição inferior do mesmo. Figura 9 - Circulo cromático criado por Goethe Fonte: Barros, 2009, p. 294. Segundo Morris (2006) o circulo cromático esta dividido em cinco categorias: cores primarias, secundarias, terciárias, frias e quentes. Elas se caracterizam por ser cores que não podem ser conseguidas pela mistura de outras cores. Elas são vermelho, amarelo e azul. E todas essas cores misturando-as produzem todas as outras tonalidades do espectro. Figura 10 - Cores Primárias. 46 BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit. p. 294
  • 31. Todavia elas se ratificar pela conexão de duas cores primárias. Por exemplo, quando misturadas às cores vermelho e amarelo se produz o laranja. As cores secundárias são: laranja, verde e violeta. Guimarães (2004) também exemplifica que o amarelo “participa de uma forma paritária com o azul da produção da secundária verde”. 47 Também as secundarias em conexão com cores primarias se alcança as terciárias. Figura 11 - Cores Secundárias A mistura de uma cor secundaria com uma primaria origina-se numa terciária. A grande variedade de combinações nesta etapa é muito ampla. Algumas são: amarelo- alaranjado, laranja-vermelho, violeta-vermelho, azul-violeta, verde-azul e etc. Segundo o autor “as cores terciárias também ficam eqüidistantes no circulo cromático”. 48 Figura 12 - Cores Terciárias O professor da Bauhaus Kandinsky descreve as cores por dois aspectos. Cores frias e quentes ou calor ou frieza da cor. Segundo Barros (2009), Kandinsky descreve que as ores podem desmonstrar duas características quentes ou frias. Como Barros (2009), as cores quentes são tons que variam para o amarelo, já a cor fria varia para o azul. Segundo o autor “Kandinsky ampliou a caracterização da sua principal oposição cromática”. 49 47 GUIMARÃES, Luciano. Op. Cit., 2004, p. 78 48 MORRIS, Bethan. Op. Cit. p., 56. 49 BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit. p. 173
  • 32. Figura 13 - Cores quentes e frias. Fonte: In: http://seguraopicuma.wordpress.com/2010/02/19/colorismo-vamos- encontrar-nossas-cores/ - Acesso em 28/11/10 São tons de cores denominados fortes que tem um fator estimulantes quando observadas. Algumas reações desses tons fazem o observador ter uma sensação de euforia e aproximação. Essas cores são vermelho, laranja e amarelo geralmente são agregados num aspecto de calor verão. Conforme Pedrosa (2009) a classifica das cores quentes só pode ser avaliada pela sua composição de cores vermelho, amarelo e laranja na sua porcentagem cromática. O mesmo acontece com as cores frias segundo o autor. Figura 14 - Cores quentes As cores são denominadas frias pelo seu aspecto calmantes e melancólicos como diz César (2006) essas cores “causam uma ligeira queda na temperatura do corpo. Não transmitem euforia”. 50 Essas cores são o verde, azul e violeta. Conforme Pedrosa (2009) uma cor poderá se assimilar fria se estiver relação com outros tons cromáticos no trabalho. Ele diz “um verde médio, numa escala de amarelos e vermelhos, parecerá frio. O mesmo verde, diante de vários azuis, parecerá quente”. 51 50 CESAR, Newton. Direção de Arte em Propaganda. Brasília: Senac, 8º ed. 2006., p. 187 51 PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. Rio de Janeiro, Editora Senac, 10ª ed., 2009, p. 22
  • 33. Figura 15 - Cores frias 3.1.1.2. Aparência da cor Essa denominação representada por Guimarães (2004) de aspecto da cor é tomada segundo ele como três características, regulamentadas e utilizadas no sistema cromático. Farina (1990) também define que a aparência da cor e característica dos raios de luz “proveniente do sol ou, então, de uma outra fonte de luz artificial é o resultado da radiação eletromagnética dentro de comprimentos de ondas que se situam entre 400mm 800mm”. 52 Já o autor Guimarães (2004) as define como: matiz, valor e croma. Segundo Guimarães (2004), matiz é a acepção dos comprimentos de ondas que define a coloração das cores. Conforme Ching e Binggelli (2005) é o “atributo pelo qual reconhecemos e descrevemos uma cor, como vermelho ou amarelo”. 53 Também é tudo aquilo que definimos como cor. Já Farina delimita a cor como tom que é a “variação qualitativa a cor, e é obvio que está diretamente relacionado aos vários comprimentos de onda” 54 Valor pode ser compreendido pela luminosidade que ela toma que fica variando sua particularidade para branco ou preto segundo Ching e Binggelli (2005). Essa particularidade varia a cor do vermelho para rosa. Porém define Farina (1990) o valor como luminosidade. O autor diz que o valor deriva da iluminação, ele exemplifica que, por causa, disto, não vemos a cor da areia branca da praia de noite como de dia. Ele ainda diz “quando acrescentamos o preto a uma determinada cor, reduzimos sua luminosidade”. 55 Choma é a graduação de saturação que define o grau de pureza da cor. Segundo Guimarães (2004), 52 FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Edgard Blucher, 4º ed. 1990., p. 86 53 CHING, Francisc D. K., BINGGELI, Corry. Arquitetura de Interiores. São Paulo. Editora Bookman, 2º ed., 2005, p. 115. 54 FARINA, Modesto. Op. Cit., p. 87 55 FARINA, Modesto. Op. Cit. p. 87
  • 34. O croma se refere ao aspecto que varia entre uma cor intensa ou máxima pureza e uma apagando ou acinzentado, supondo que pertençam ao mesmo matiz e possuam idêntico valor. 56 As três características são consideradas como básicas para atenuação dos tons na direção de arte. Primeira uma delimita a posição pura das cores no espectro cromático. A segunda determina as atenuações acendestes para o branco e descente para o preto e o terceiro determina a proximidade de uma cor pura do espectro cromático para escala de tons cinza. As características das cores-luz se definem por cumprimentos de ondas. Essas variações de ondas se entendem por todo o universo. Segundo Pedrosa (2009), algumas ondas de luz não são percebidas pelo globo ocular humano (visão). O autor diz, Da imensa área de radiações solares, a vista humana alcança apenas a diminuta faixa compreendida entre os raios infravermelho e ultravioleta, cujos limites extremos são, de um lado, o vermelho com cerca de 700nm e, do outro, o violeta com cerca de 400nm de comprimento de onda. 57 Já segundo Farina (1990) as variações do comprimento entre 400 a 800 nm de ondas provoca um estimulo na retina. Conforme o autor diz “esse estimulo vai provocar a 58 sensação luminosa a que damos o nome de luz e vai ocasionar o fenômeno da cor”. As variações de ondas se organizam pelos resprctivos comprimentos de ondas em nanometros conforme o autor essa “unidade de medida que corresponde ao bilionésimo do metro (0,000 000 001 m)”. 59 Todo estimulo provoca a uma reação essa é o princípio do sentido do órgão ocular. Como diz Farina (1990), todo objeto é iluminado e faz uma conjetura da imagem invertida transmitindo sua composição cromática e visual para os nossos olhos oculares na retina. Ao passar pela retina a imagem chega invertida e esse processo de inversão acontece quando chega ao cérebro que endireita há transmissão original da imagem. Esse processo se assemelha muito com a da câmera fotográfica. 56 GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação. São Paulo, Editora Annablume, 3ª ed., 2004, p. 54 57 PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente.Rio de Janeiro, Editora Senac, 10ª ed., 2009, p. 37 58 FARINA, Modesto. Op. Cit. p. 74 59 FARINA, Modesto. Op. Cit. p. 76
  • 35. Figura 16 - Aparelho visual e a forma de percepção. Fonte: Farina, 1990, p. 40 Alguns processos da percepção visual humana assemelham-se com a fotografia. Farina (1990) explica que “fixar uma objeto muito pequeno ou um ponto qualquer, observamos que, depois de uma certa distancia, mais ou menos 25 cm, o detalhe começa a ficar desfocado”. 3.1.1.3. Simbolismo das cores Segundo alguns autores como Barros (2009), Pedrosa (2009) e Farina (1990) as cores possuem uma propriedade que provoca um estado de espírito e emocional nas pessoas. Barros (2009) diz o professor da Bauhaus “Kandinsky interpreta sua forças essenciais, associando-as a conceitos de movimento, temperatura e sons musicais, em razão do seu 60 simbolismo”. Já, entretanto Farina (1990) observa da seguinte maneira o aspecto emotivo da cor. Ele diz que as cores “produzem uma sensação de movimento, uma dinâmica envolvente e compulsiva”. 61 Prontamente Pedrosa (2009) diz sobre este processo de indução espiritual da cor “a obra que inicia, seu espírito utiliza consciente ou inconscientemente o resultado de escolhas e opções”. 62 Cada cor traz consigo fatores que evidenciam nossas escolhas. Veremos segundos os autores Barros (2009), Pedrosa (2009) e Farina (1990) as características de cada cor. 60 BARROS, Lílian Ried Miller. A cor no processo criativo. São Paulo. Senac Editora, 3ª ed., 2006, p. 184, 185 61 FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Edgard Blucher, 4º ed. 1990., p. 101 62 PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. Rio de Janeiro, Editora Senac, 10ª ed., 2009, p. 118
  • 36. Segundo Barros (1990) as grandes influências nos aspectos sociais e culturais levam com que os vestidos das noivas sejam o branco. Mas essa diferença do branco na cultura japonesa tem o significado de luto, tonalmente, díspar dos países ocidentais. Segundo 63 Pedrosa (2009) do lado físico “o branco é a soma das cores” . O branco sempre foi o lado principal da escala cromática. O autor ainda discorre sobre a definição do branco como luto. Ele diz, Em vários rituais místicos, é a cor indicativa das mutações e transições do ser. Segundo o esquema tradicional de toda iniciação, ele representa a morte e nascimento ou ressurreição. O branco do oeste é o branco fosco da morte que absorve os ser e o introduz no mundo lunar, frio e fêmea. Ele conduz à ausência, ao vácuo noturno, ao desaparecimento da consciência e das cores diurnas. O branco do leste é o retorno. É o branco da vida, da alba, onde a cúpula celeste reaparece. Rico de potencialidades, é nele que o microcosmo e o macrocosmo se reabastecem. Em todo pensamento simbólico, a morte precede a vida, todo nascimento é um renascimento. Daí a idéia primitiva do branco como cor da morte e do luto. Neste sentido é ainda empregado em todo o oriente (...) 64 Já como diz Kandinsky segundo Barros (2009), o branco para ele é uma cor que não é considerada como cor, ele diz que depois que “se questiona a presença do branco pura 65 na natureza”. Segundo o autor Kandinsky simboliza o branco como “pureza (sem mácula), 66 a alegria, o inicio e a eterna possibilidade, a esperança”. Vejamos algumas associações do branco segundo Farina (1990). O branco segundo o autor caracteriza por símbolos objetivos como batismo, casamento, neve e nuvens. Já no ponto afetuoso se caracteriza por símbolos como limpeza, juventude, paz, inocência, alma e divindade. Com forme o autor diz o branco “vem dos germânicos blank (brilhante).” 67 63 PEDROSA, Israel. Op. Cit. p. 130 64 PEDROSA, Israel. Op. Cit., p. 130 65 BARROS, Lílian Ried Miller. A cor no processo criativo. São Paulo. Senac Editora, 3ª ed., 2006, p. 184, 190 66 BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit. p. 184, 190 67 FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Edgard Blucher, 4º ed. 1990., p. 112
  • 37. Uma cor de muitos significados sua maior associação é à morte. Conforme Barros (2009) Kandinsky descrevia que “o preto é como uma fogueira extinta, consumida, (...) 68 imóvel e insensível como um cadáver sobre o qual tudo resvala e mais nada afeta”. Associações do preto segundo Farina (1990) são caracteriza por símbolos objetivos, como sujeira, sombra enterro, noite e morto. No ponto afetuoso se caracteriza por símbolos, como malvado, tristeza, desgraça, dor, angustia e melancolia. Mas em alguns casos, o preto para sociedades estilistas tem um tom de significativo de moderno e sofisticado. O vermelho é uma cor primaria do espectro cromático tanto no aspecto cor-luz e pigmento. Segundo o autor Pedrosa (2009) a cor vermelha é uma das mais importantes para muitas sociedades como representação do gênero humano e cor da alma suprimento para o coração. A cor da paixão tem vários símbolos que caracterizam seu domínio objetivo, como guerra, sangue, perigo, mulher, conquista, poder e feridas. No ponto afetuoso se caracteriza por símbolos, como energia, emoção, paixão, glória, coragem e emoção. Porém segundo Barros (2009) o vermelho “é uma cor autoconfiante, transbordante de vida, ardente, agitada, efervescente” 69 A cor laranja segundo Barros (2009) diz que ele é uma cor quente representa a saúde e a força. Ainda nas estações de verão e outono ele é muito usado na moda. Porém a as suas associações vista no cotidiano são caracterizados objetivos os, laranjas, chamas, aurora, e por do sol. As afetuosas são, força, fome, energia, prazer e euforia. A definição do laranja vem do persa narang, que significa flamejar, segundo Farina (1990). 68 BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit., p. 184, 192 69 BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit., p. 184, 195
  • 38. Amarelo tem como expressão significativa a sua força de profundidade e de espírito melancólico como afirma Barros (2009) a “cor que melhor representa a loucura e o 70 delírio”. Segundo Gothe a degradação de escurecimento do branco torna-se amarelo. Na definição de Pedrosa (2009) amarelo se distinguir perante as outras cores por ser a única cor- quente verdadeira. A sua mistura com outras cores provoca sensações afetivas ou enjoativas (provocando vomito). Mas, para algumas Corte Reais da Europa o amarelo significava riqueza e poder (ouro).Vejamos algumas associações do amarelo segundo Farina (1990). São caracterizados objetivos na cor amarelo, as flores, palha, verão, chinês e calor. As afetuosas são conforto, alerta, orgulho, esperança, originalidade e idealismo. Sua origem vem do latim amaryllis. Que diz segundo Farina (1990) “cor da luz irradiante em todas as direções”. 71 O verde conforme algumas sociedades significa esperança e prosperidade. Porém o professor da Bauhaus Kandinsky segundo Barros (2009) diz que a cor verde e absoluto e “a 72 mais calma de todas as cores” O verde também tem como signo a forma expressiva da natureza as florestas. Sinônimo de saudável é a maior expressividade de magnificência. Segundo o autor são caracterizadas por símbolos objetivos, como primavera, verão e natureza. No ponto afetuoso se caracteriza por símbolos, como bem-estar, paz, saúde, tranqüilidade, equilíbrio, descanso e esperança. Sua origem vem latim viridis, que significa paz, harmonia. Conforme o autor Barros (2009) o azul é uma cor espiritual que eleva o observador a um encontro da paz interior. Segundo Kandinsky, (...) o azul, ao exercer seu movimento em direção ao espírito e não ao corpo físico, transportando o espectador para outra dimensão, mostra-se uma cor imaterial, capaz de despertar no ser humano um profundo desejo de pureza e de contato com o divino. É considerada a cor mais fria do espectro cromático. Porém a as suas associações vista no cotidiano são caracterizados objetivos como frio, mar, céu, gelo e feminilidade. No ponto afetuoso se caracteriza por símbolos, a intelectualidade, serenidade, confiança, amizade e fidelidade. O nome de origem da azul vem do árabe lázúrd e do persa lazaward, que significa segundo Farina (1990) de céu e infinito. 70 BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit., p. 184, 187 71 FARINA, Modesto. Op. Cit., p. 114 72 BARROS, Lílian Ried Miller. Op. Cit. p. 184, 187
  • 39. O violeta conforme Barros (2009) é uma cor derivada da junção de duas cores primaria o vermelho é o azul. A cor se enquadra como fria. Para Kandinsky o violeta é um vermelho sem vida, melancólico e triste. Mas, também se dispersa como o autor diz, que no tarô ele se caracteriza como um modéstia entre o alma e os sentimentos. Segundo Farina (1990) é caracterizado com há miséria, calma, dignidade, autocontrole e violência. Essa mesma tem possui um efeito de calma e tranqüilidade (muito usado em quarto de bebe). 3.1.2. Publicidade Os valores emocionais e culturas que as cores agregam se relacionam no mundo publicitário, ao ponto, de os homens da propaganda a atribuir valores de cultura e agregando-a e explorando-a os seus valores simbólicos culturais das cores. Como diz Reis (2007) “Assim se compõem os climas publicitários eficazes para colorir motivacionalmente os produtos”. 73 Concretamente as cores têm funções cromáticas, emotivas e psicológicas que definem sua utilização em aplicações publicitárias. A cor vai ser para um produto ou serviço, à alma do conceito. Vejamos ainda, a forma e a composição cromática que são fatores de suma importância para assimilação da mensagem, como o exemplo à marca coca-cola, a composição da forma junto com a cor vermelho e branco, produz uma comunicação publicitária perfeita que o consumidor ao assimilá-la esse signo relaciona-se direto à marca. Conforme suas características de qualidade, a cor possui uma forma ágil de capturar o consumidor com sua configuração psicológica e as sensações emotivas. Segundo o autor entoa vários fatores, como ele diz, as crianças têm maior assimilação por cores básicas como amarelo e azul; os homens as cores discretas como o preto e o cinza e as mulheres amarelos e verdes. Reis (2007) anda diz que são três fatores que definem seu emprego, 1): o realismo da dimensão e do volume das embalagens, obtidos através da configuração gráfica e cromática, reproduz o aspecto semelhante ao encontro dos pontos de venda; 2) a atenção é captada opticamente através de estímulos cromáticos reconhecidos pelo consumidor; 3) pelas cores expressam-se disposições de ânimo e provocam-se sinestesia, capazes de modificar as atitudes, os estados de ânimo e os comportamentos do público. 74 73 REIS, Carlos Francisco de Sousa. O valor (des)educativo da publicidade. Portugal, editora Coimbra, 2007, p. 183 74 REIS, Carlos Francisco de Sousa. Op. Cit. p. 183
  • 40. O processo da publicidade é saber assimilar os respectivos efeitos de qualidade que a cor tem, e re-passar com uma comunicação adequada nos anúncios. Como o autor observa, A cor possui um valor estético que proporciona sentimentos de beleza, prazer e certos estados de ânimo, que a publicidade deve explorar, aproveitando o valor captativo e a capacidade de influir psicologicamente, que os aspectos gráficos e cromáticos possuem para favorecer a efectividade da mensagem. 75 A importância desta estratégia só poderá quando os publicitários definirem um publico, como exemplo, infantil, vai adequar o uso da cor especifica a esse público-alvo. Conforme o autor diz “produto só poderá dar ênfase a uma determinada cor ao se decidir a categoria social” 76 segundo ele, do publico em questão abordado. Para se conquistar um determinado target o publicitário produz uma atenuação na peça agregando cores que geram impactos e desperte desejo ao publico especifico, de modo, que esse consumidor gere um feedback. Como diz o autor, O poder de fixar a atenção e conseguir do consumidor uma rápida assimilação da mensagem está ligada intimamente à simplicidade da imagem, à sua precisão, ao destaque dado ao fator que mais interesse represente, isto é, ao foco onde se centraliza a idéia a ser assimilada. 77 75 REIS, Carlos Francisco de Sousa. Op. Cit. p. 183 76 FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Edgard Blucher, 4º ed. 1990., p. 168 77 FARINA, Modesto. Op. Cit. p. 175
  • 41. Algumas especificações sobre o impacto de uma peça com uma composição harmoniosa de cores, e uma feita com tons de cinzas. À com tons de cores distribuídos na peça harmonicamente são mais apreciados pelos consumidores segundo Farina (1990), peças coloridas despertam mais atenção do publico em destaque. Porém os tons em PB e cinzas são menos apreciados e pelo seu valor de custo menor geralmente são adotados por clientes que não tem um maior fator financeiro. Por ventura, muitos ruídos de cores na peça publicitária, poderá haver, distúrbio é uma confusão na comunicação da peça. Segundo o autor o publicitário deve colocar, em geral, três cores. Se ele por ventura, fosse utilizar sete contrastes de cores à mensagem na peça iria ficar muito díspar, geraria uma dispersão na atenção do público-alvo. Conforme Farina (1990) diz “com poucos detalhes é fácil criar um centro focal da atenção”. Entretanto, essa linha de coerência visa uma comunicação mais harmoniosa é atenuado, sem gerar um conflito. Portanto, com uma linha mais difusa na mensagem o feito negativo gera certo desconforto para o target, a peça com atenuações mais carregadas provoca desinteresse do mesmo. Toda estratégia de comunicação necessita de um bom planejamento de marketing para elaboração da campanha. A analise de mercado com os pontos fortes e francos do cliente e ameaças do tráfico denominado segundo Kotler (2000), “Swot”. Depois de fazer o levantamento do ambientes internos e externos do mercado, a pesquisa lhe auxilia para a ascensão de novas estratégias.
  • 42. 4 COR NO DESIGN VISUAL A cor é um elemento que proporciona a peça uma relação direta com a mensagem. Conforme exemplo, um produto com um grau de perigo mais elevado lhe proporciona uma cor que lhe expressa essa periculosidade e demonstre sua mensagem de risco através dela. O tom usado é o vermelho, principalmente em aparelhos de emergência e produtos químicos. Entretanto Farina (1990) diz que em algumas marcas de cigarro usufrui da cor como o fator principal para demonstração de estilo e elegância. Um exemplo é a famosa marca Lucky Strike, com uma forma circular é um vermelho preponderante na logo-marca ela conquistou um signo de rebeldia, despertando o interesse dos jovens nós anos 60, naquela época, o começo da era do Rock n Roll. Figura 18 - Cigarros Lucky Strike. Fonte: In: www.luckystrike.com - Acesso em 28/11/10 Conforme o exemplo da Lucky Strike a visibilidade da cor é de excelência importância pra uma leitura harmoniosa com variações de tons, de modo, que passe a mensagem estabelecida pela estratégia de comunicação. Com tudo, alguns ruídos influem na sua não captação da mensagem. O uso excessivo de contrastes pode ocorrer distúrbio e até desconforto para quem está visualizando a peça. Alguns contratempos com o visual da peça levam há erros graves, como exemplo, da utilização de fontes com uma cor neutra no fundo também neutra. Comumente esse contraste não haverá, por ser cores muito claras, não à uma diferença de tons entre o primeiro plano com o segundo. Como o autor exemplifica “as letras impressas na embalagem serão mais visíveis se forem de cor forte sob fundo neutro”. 78 78 FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Edgard Blucher, 4º ed. 1990., p. 188
  • 43. Via de regra, os diretores de arte não se prestam à atenção em vários detalhes específicos que prejudicam a fidelidade de impressão no trabalho final. Conforme Oliveira (2000) a primeiro é a falta de atenção por parte do diretor de arte na hora da criação da peça. Consideravelmente a confusão do CMYK com RGB gera transtorno muito grande no produto final. Essa falta de atenção do profissional é quando ao invés dele usar a escala de tonalidades de impressão (CMYK, pigmento) ele usa (RGB, luz) complementado a sua alteração das tonalidades no layout da peça. Outro fator segundo Oliveira (2000) é na hora de calibrar as tintas durante a produção na gráfica. Segundo o autor diz, (...) A quantidade de tinta utilizada também pode alterar a tonalidade da cor, especialmente nas policromias: uma carga maior de tinta de uma das cores de seleção com certeza afetará todas as cores de escala do impresso. Assim, ele poderá ficar mais avermelhado ou mais azulado, mais escuro ou mais claro, mais vivo ou mais discreto. 79 Alguns processos de impressão como o offset e digital se não forem manuseados corretamente poderão ocorrer distúrbios na cor da peça. Vejamos o processo de impressão offset. É um dos processos mais usados pelo mercado por que possui uma qualidade de impressão para médias e grandes tiragens de material. Esse procedimento segundo Oliveira (2000) se caracteriza como planográfico, (...) originário da litografia, ele faz uma impressão indireta: há um elemento intermediário entre a matriz e o papel, que é chamado de blanqueta. A imagem que está na matriz (que é metálica e é simplesmente chamada de chapa) é transferida para um cilindro coberto com borracha (a blanqueta) e, daí, para o papel. Em resumo: a matriz imprime a blanqueta e esta imprime o papel. 80 79 OLIVEIRA, Marina. Produção Gráfica para designers. Rio de Janeiro, Editora 2AB, 2000, p. 35,36. 80 OLIVEIRA, Marina. Op. Cit. p. 41, 42.
  • 44. Figura 19 - Processo de impressão Offset. Fonte: In: http://portaldasartesgraficas.com/impressao/impressao_offset.htm - Acesso em 28/11/10 Agora um exemplo, que geralmente acontecem equívocos é na ocasião da escolha do papel. Porventura, os tipos de papel chamado offset já traz na sua composição uma pequena alteração quando a tinta é aplicada no mesmo. A escolha do papel é o que vai trazer a diferença no seu layout tanto no processo offset e digital. O mais usado pelas agências de propaganda é o couché por ser um papel de um aspecto gessado ele dá um brilho afetivo às peças se tornando o papel que mais se caracteriza realmente o layout apresentado, e por isso, é muito requisitado. O segundo é o Offset sendo um papel bem branco e também tendo uma textura fosca se caracteriza como muito barato no mercado. Já outra denominação de couché é o fosco. Que é bem díspar pela sua caracterização do mesmo fosco, mas muito usado em trabalhos com aplicação localizada. Sua quantia é mais barato do que o couché liso no mercado. Outro papel é Monolúcido, que é se caracteriza pela lisura em apenas uma da faces em geral a impressa. Outro é o papel jornal que se individualiza pela baixa qualidade do mesmo, seu custo é bem baixo. Muito usado pelos meios de comunicação de massa. O conhecimento dos vários tipos de papeis e a sua influência na diferenciação da cor, tem real importância para o diretor de arte penetrar dentro do projeto do layout desta verificação. Segundo Oliveira (2000) diz,
  • 45. (...) mesmo com faces brancas, o tipo do papel altera a tonalidade das tintas: papeis muito lisos e brilhosos tendem a tonar as cores vivazes (é o caso do papel monolúcido e, muito mais, do couché), enquanto aqueles foscos fazem o efeito oposto (o sulfite, o papel offset). 81 Um bom exemplo para os design e diretores de arte são os catálogos de escala de cores, que aplicam essas cores em tipos de papeis como couché e offset. Por essa visualização o diretor pode analisar as diferenças de contraste e modificação da cor. O diretor pode escolher a sua totalização de forma mais concreta sem obter risco no layout final. O trabalho de Clark (2006) sementeia esse processo de modo bem claro na obra. Ele utiliza uma forma de facilitar a comparação das cores de configuração direta. A sua ordem em seu livro se divide em cores quentes e frias em escalas de oitos tons diferentes. Dentro de cada escala o autor Clark (2006) evidência a especificação com porcentagem dos tons no trabalho. De modo, a facilitar amostragem do tom no catalogo dentro do software de design. Outro processo é o pré-teste do layout no papel que será utilizado na mídia impressa. Essa especificação evitará muito os problemas de variação das cores no trabalho. Ilustração 20: Tabela Pantone caracterizada cada cor com suas porcenta gens existentes. Fonte: In: http://nabatutadecadadia.blogspot.com/2009/01/tabela-pantone.html - Acesso em 28/11/10 4.1. Estudo de um caso – Havaianas 81 OLIVEIRA, Marina. Op. Cit. p. 35.
  • 46. Figura 17 - Peça Sandálias Havaianas, criação Marcello Serpa Fonte: Agência AlmapBBDO O Trabalho de organização da comunicação visual está perifericamente entoado com um conjunto de ícones e composições de cores formando um contraste harmonioso na peça. O projeto conceptual do elemento e cria uma combinação de modernidade e sofisticado com elementos como do táxi amarelo de Nova York. A caracterização destes ícones e trazer um lado mais universal criado para as sandálias Havaianas. A mesma sandália que nós usamos em São Luís do Maranhão são usados em Nova York nos Estados Unidos, todos esses elementos levam aos mesmos sentimentos de procurar que cada componente tem. Mesmo com uma combinação de cores carregadas o lado experimental harmônico se centraliza com o tom do azul-escuro no terceiro plano da peça lhe distinguir-se um lado mais limpo e fascinante ao publico.
  • 47. 5 CONSIDERÇÕES FINAIS O conhecimento dos processos de amostragem da cor se fundamenta na noção que o profissional tem sobre as totalizações, tanto, no processo aditivo e subtrativo da mesma. Os publicitários têm que buscar uma comunicação clara de forma que interligue todos os signos da campanha, reafirmando o ideal de uma amostragem clara e objetiva. A boa utilização dos espectros cromáticos na peça leva um efeito positivo que gera uma lembragem cognitiva da marca ou campanha. Como afirma o autor Reis (2007), Cabe, portanto, à publicidade conseguir os respectivos efeitos de qualidade ao nível de imagem, através da configuração adequada dos anúncios. A cor possui um valor estético que proporciona sentimentos de beleza, prazer e certos estados de ânimo, que a publicidade deve explorar, aproveitando o valor captativo e a capacidade de influir psicologicamente, que os aspectos gráficos e cromáticos possuem para favorecer as efetividades das mensagens. 82 A utilização dos aspectos cromáticos para um ordenamento claro e completo da mensagem, deve haver uma ordem planejada com objetivo, analise situacional, produto, target e missão de comunicação. A ordem clara destes fatores, sobre sai, numa visão mais clara de comunicação perante o público-alvo. Alguns tons cromáticos adentram com um efeito abusivo e fisiológico na campanha que embarca numa melhor estratégia. Um exemplo de tons com características 83 fortes como o vermelho segundo o autor “aumenta a atenção, é estimulante, motivador”, essa peculiaridade que ela possui aplicada na mensagem publicitária, se sobre sai, com uma estratégia bem elaborada no mercado constituído pela tática de comunicação. 82 REIS, Carlos Francisco de Sousa. O valor (des)educativo da publicidade. Portugal, editora Coimbra, 2007, p. 183 83 FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Edgard Blucher, 4º ed. 1990., p. 200
  • 48. Entretanto as organizações de comunicação têm que está sempre ligado as novas mudanças de tendências, que se adentram nestes períodos que sucede a novas tecnologias. As transformações de comportamentos que se renasce nessas novas gerações se estende a costumes, moda e mudanças de hábitos de consumo, onde indivíduos tende a se mostrar para ao sociedade como algo útil, por meio de cores que personaliza-se seu comportamento. Como o autor Farina (1990) diz o comportamento da sociedade se descreve pela “lembrança, uma recordação de prazer por uma simples cor que o acompanhou a vida inteira”. 84 84 FARINA, Modesto. Op. Cit. p. 217
  • 49. REFERÊNCIAS BARROS, Lílian Ried Miller. A cor no processo criativo. São Paulo: Senac, 3ª ed., 2006 BAER, Lorenzo. Produção Gráfica. São Paulo: Senac, 6ª ed., 2006 BERNADO, Luís Miguel. História da luz e das cores. São Paulo: Editora Universidade do Porto. 2ª ed., 2009 CLARK, Nick. Como combinar escolher cores para o design gráfico. Barcelona: Gustavo Gili GG, 2006. CESAR, Newton. Direção de Arte em Propaganda. Brasília: Senac, 8º ed. 2006 CHING, Francisc D. K., BINGGELI, Corry. Arquitetura de Interiores. São Paulo: Editora Bookman, 2º ed., 2005 GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação. São Paulo: Editora Annablume, 3ª ed., 2004 HALLAWELL, Philip. Visagismo, harmonia e estética. São Paulo: Senac, 4ª ed., 2008 MAGEE, Bryan. Historia da Filosofia. Londres: Loyola, 3ª ed., 2001 MORRIS, Bethan. Fashion Ilustrator. São Paulo: Editora Cosac Naify, 2007 OLIVEIRA, Marina. Produção Gráfica para designers. Rio de Janeiro: Editora 2AB, 2000 PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. Rio de Janeiro: Senac, 10ª ed., 2009 REIS, Carlos Francisco de Sousa. O valor (des)educativo da publicidade. Portugal: Coimbra, 2007 FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Edgard Blucher, 4º ed. 1990
  • 50. INTERNET Importância da Cor nas Embalagens como fator Influenciador no momento da compra. < http://www.bocc.uff.br/pag/bocc-kraemer-embalagens.pdf > - Acesso 06/10/10 WIKIPEDIA - François-Marie Arouet. < http://pt.wikipedia.org/wiki/Voltaire > Acesso 11/10/10 WIKIPEDIA - Leucipo de Mileto. < http://pt.wikipedia.org/wiki/Leucipo_de_Mileto > Acesso 13/10/10 WIKIPEDIA - Epicuro de Samos. < http://pt.wikipedia.org/wiki/Epicuro_de_Samos > Acesso 14/10/10 WIKIPEDIA - Platão. < http://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o > Acesso 14/10/10 WIKIPEDIA - Euclides. < http://pt.wikipedia.org/wiki/Euclides > Acesso 15/10/10 WIKIPEDIA - Pitágoras. < http://pt.wikipedia.org/wiki/Pitagoras > Acesso 15/10/10 WIKIPEDIA - Empédocles. < http://pt.wikipedia.org/wiki/Empédocles > Acesso 18/10/10 WIKIPEDIA - Aristóteles. < http://pt.wikipedia.org/wiki/Aristóteles > Acesso 18/10/10 WIKIPEDIA - Cadiues. < http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadiueus > Acesso 22/10/10