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TEXTO DE EXORTAÇÃO AO ALMIRANTE WANDENKOLK




                CORPO DE ENGENHEIROS DA MARINHA
       10 PELOTAO (EN2) DO CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS 2010




AUTOR: GM (EN) FERNANDO JOSE CAPELETTO NETO
Almirante Wandenkolk

Eduardo Wandenkolk, nascido no Rio de Janeiro em 1838, militar da Marinha, político brasileiro, foi um dos mais
ilustres cidadãos brasileiros, tendo ativa participação nos principais acontecimentos da vida política de seu tempo e
profissional de grandes feitos na Marinha do Brasil. Filho do Primeiro-Tenente da Armada José Eduardo
Wandenkolk e de D. Martinha Gomensoro Wandenkolk, foi educado no Rio de Janeiro e tornou-se aspirante da
Marinha (1853). Participou efetivamente da campanha do Paraguai, tendo sido ferido diversas vezes e retornado ao
combate. Com a vitória da república, ocupou a pasta da Marinha no governo provisório de Deodoro da Fonseca, se
tornando o primeiro Ministro da Marinha da república.
Em tempos de paz e guerra, destacou-se durante o transcurso de sua carreira naval, uma carreira extremamente ativa
que contou com dez comandos no mar e importantes transformações no meio naval,tanto como Ministro da
Marinha, como senador da República, Chefe do Estado Maior da Armada e responsável pela estruturação do ensino
especializado na Marinha.
Tomou partido diante de manifesto e revolta, arriscando a carreira adquirida em defesa de posições de interesses
patrióticos. Dono de carreira auspiciosa, mas dotado do espírito virtuoso com a qual a construiu, não se omitiu atrás
das posições conquistadas e mesmo a despeito do risco de insubordinação, dispôs da propria carreira na defesa dos
interesses da Pátria, constituindo-se em referencia de conduta permanente para os oficiais que o centro de instrução
que leva seu nome, forma todos os anos.
Em 1853 assentou praça de Aspirante a Guarda Marinha, com aplicação foi lentamente desenvolvendo os seus
estudos sendo em 29/11/1855 promovido a Guarda Marinha.
Depois de voltar de viagem de instrução na corveta D. Ozabel, foi em 10/03/1856 nomeado para servir na Escola
Naval de Pernambuco. Retornando ao Rio, foi em 1858 admitido como praticante na oficina de máquinas do Arsenal
da Marinha, sendo promovido a 2º Tenente em junho do mesmo ano. Em fevereiro de 1859 seguiu para a França,
para aperfeiçoar os seus conhecimentos de construção de máquinas a vapor, voltando somente em março de 1862.
Em setembro de 1862, casou-se com D. Idalina Gomensoro Ferreira, sendo depois da gala, em dezembro do mesmo
ano promovido a 1º Tenente. Neste mesmo 1862 fora nomeado Capitão da II Companhia de Imperiais Marinheiros.
Em dezembro de 1864 foi designado para servir na Esquadra em Operações contra o Paraguai, por ordem do Vice-
Almirante Visconde de Tamandaré, passando a comandar o vapor de Tramandahy, em que de 21/08 até 18/09/1865
esteve assistindo ao Sitio de Montevidéu, até a rendição.
Foi ferido, continuou participando das lutas, e depois de curado dos ferimentos recebidos, foi apresentar-se ao QG
da Marinha do Rio, sendo em 06/08/1867, nomeado para servir na Esquadra em Operações contra o Paraguai, sendo
mais uma vez elogiado por bravura.
Em 12/04/1868 foi promovido a Capitão Tenente e tomando parte em muitas lutas, como comandante do monitor
Piauhy; a 12/05/1868 forçou as baterias de Humaitá, e em 21/06/1868 as de Guaicuru e Timbó. No combate às
baterias de Angustra, em outubro de 1868, fora novamente ferido e recebeu licença até fevereiro de 1869, quando
novamente voltou à frente de batalha no Paraguai, chegando a Assunción no comando do encouraçado Colombo a
13/03/1869.
Em dezembro de 1869 foi nomeado Chefe do Estado-Maior, e recebendo elogios de S. A. Conde d'Éu. Somente em
fevereiro de 1871 chegou de regresso ao Rio de Janeiro. Pela sua atuação em combate recebeu em janeiro de 1866 a
Ordem da Rosa, em junho de 1867 a Ordem de Cristo e, em abril de 1869 a Ordem do Cruzeiro, todas elas no grau
de Cavaleiro, além de ser condecorado com a medalha de prata da "Rendição de Montevidéu e a de prata da
"Passagem de Humaitá". Em 17/11/1875 foi promovido a Capitão de Fragata por merecimento, recebendo logo em
seguida a comenda de Cavaleiro da Ordem de São Bento de Aviz. Por Decreto de 01/12/1882 foi promovido a
Capitão de mar-e-guerra, recebendo em janeiro de 1884 a nomeação para Comendador da Real Ordem Portuguesa
de N.S. de Vila Voçosa, e sendo ainda em dezembro de 1887 promovido a Chefe de Divisão. Ao ser proclamada a
República, em 15/11/1889, o Marechal Deodoro o nomeou para Ministro da Marinha, passando, pelo Decreto de
30-12-1889, ao posto de Vice-Almirante e, no impedimento de Quintino Bocaiúva, que teve de viajar, de 22-02 a
13-03-1890, ainda foi nomeado para, cumulativamente, dirigir a pasta do Ministério de Relações Exteriores. Como
ministro da Marinha iniciou um processo de reformulação de quadros e corpos e estabelecimentos, introduziu
melhoramentos exigidos pelo progresso da arte naval. Foi Senador Constituinte pelo Distrito Federal em 1890/1891.
Em 22/01/1891 pediu exoneração do cargo de Ministro da Marinha e assinou o manifesto dos 13 generais. O
Manifesto dos 13 generais foi um documento assinado por treze autoridades militares, data do de 31 de março de
1892 e publicado em 6 de abril, logo no início do governo de Floriano Peixoto, que assumiu após a renúncia de
Deodoro da Fonseca. O manifesto contestava a legitimidade do governo e condenava as atitudes de Floriano Peixoto
contra rebeliões nos estados e solicitava convocação de nova eleição para a presidência da república. No dia
seguinte à publicação deste manifesto, Wandenkolk foi reformado por decreto no posto de Almirante, preso e
confinado em Tabatinga, no alto Amazonas, por ordem de Floriano Peixoto. Libertado, voltou ao Rio de Janeiro,
envolveu-se na revolta da armada e logo aderiu à revolução federalista no Rio Grande do Sul. Foi preso no litoral de
Santa Catarina e conduzido à fortaleza de Santa Cruz, no Rio de Janeiro.
Entretanto, em 31/10/1895 foi revogada a sua reforma, considerada inconstitucional, voltando Waldenkolk à
atividade, recuperou o cargo político e retomou as atividades políticas no Senado, sendo promovido a Almirante em
27/10/1899, no governo de Campos Sales, e assumindo em 06/01/1900 a Chefia do Estado maior da Armada, cargo
que ocupou até a morte, na capital federal, dois anos depois. Faleceu de um ataque cardíaco fulminante na mesa de
trabalho em seu gabinete na Marinha. Partiu para o Oriente Eterno relativamente moço, um dos homens do mar mais
completos de nossa Marinha de Guerra, provavelmente um dos últimos representantes da tradicional marinha a vela.
Tinha sido um homem muito popular e querido de todos os seus comandados e subalternos.
Pioneiro na estruturação do ensino especializado na Marinha, em sua homenagem foi criado pelo Ministério da
Marinha (1945), o funcionamento do Centros de Instrução Almirante Wandenkolk, o CIAW, na Ilha das Enxadas,
no Rio de Janeiro.
Durante toda a sua longa atividade, praticamente nunca ficou parado no Rio durante longo tempo, estando
constantemente embarcado em longas viagens de inspeção e a outros serviços da Marinha.
É com extrema alegria que exortamos a figura ilustre de um dos Patronos da nossa Marinha de Guerra, grandioso no
caráter e no espírito, arriscou a carreira recheada de lastro, história e
conquistas, não receou perder sua posição, quando escolheu o caminho da fidelidade aos seus ideais e à Pátria, com
isso nos ensinou que um verdadeiro líder nunca perde seu posto. E como justo reconhecimento, a providencia fez
com que fosse possivel retomar sua carreira, sendo anistiado, reconduzido à ativa e escolhido ao Almirantado na
sequencia, o que se configura como uma historia pessoal de verdadeira e abençoada excessão, possivelmente única
com tamanha reviravolta, tendo depois disso ainda ocupado posição de Chefia no Estado Maior da Armada e
pioneiro no desenvolvimento do ensino especializado na Marinha, nos transmitindo como maior lição o seu exemplo
de perseverança na missão e conduta comprometida com os interesses de seu povo, uma referencia que extrapola o
campo militar e encontra palco de atuação na política nacional, orientando-nos que não existe meia virtude, e que é
papel do militar estar inserido nas questões que envolvem o desenvolvimento de sua pátria, na medida das
possibilidades que lhes forem confiadas, bem como transmiti-las adiante, por meio do ensino e formação adequados.

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  • 2. Almirante Wandenkolk Eduardo Wandenkolk, nascido no Rio de Janeiro em 1838, militar da Marinha, político brasileiro, foi um dos mais ilustres cidadãos brasileiros, tendo ativa participação nos principais acontecimentos da vida política de seu tempo e profissional de grandes feitos na Marinha do Brasil. Filho do Primeiro-Tenente da Armada José Eduardo Wandenkolk e de D. Martinha Gomensoro Wandenkolk, foi educado no Rio de Janeiro e tornou-se aspirante da Marinha (1853). Participou efetivamente da campanha do Paraguai, tendo sido ferido diversas vezes e retornado ao combate. Com a vitória da república, ocupou a pasta da Marinha no governo provisório de Deodoro da Fonseca, se tornando o primeiro Ministro da Marinha da república. Em tempos de paz e guerra, destacou-se durante o transcurso de sua carreira naval, uma carreira extremamente ativa que contou com dez comandos no mar e importantes transformações no meio naval,tanto como Ministro da Marinha, como senador da República, Chefe do Estado Maior da Armada e responsável pela estruturação do ensino especializado na Marinha. Tomou partido diante de manifesto e revolta, arriscando a carreira adquirida em defesa de posições de interesses patrióticos. Dono de carreira auspiciosa, mas dotado do espírito virtuoso com a qual a construiu, não se omitiu atrás das posições conquistadas e mesmo a despeito do risco de insubordinação, dispôs da propria carreira na defesa dos interesses da Pátria, constituindo-se em referencia de conduta permanente para os oficiais que o centro de instrução que leva seu nome, forma todos os anos. Em 1853 assentou praça de Aspirante a Guarda Marinha, com aplicação foi lentamente desenvolvendo os seus estudos sendo em 29/11/1855 promovido a Guarda Marinha. Depois de voltar de viagem de instrução na corveta D. Ozabel, foi em 10/03/1856 nomeado para servir na Escola Naval de Pernambuco. Retornando ao Rio, foi em 1858 admitido como praticante na oficina de máquinas do Arsenal da Marinha, sendo promovido a 2º Tenente em junho do mesmo ano. Em fevereiro de 1859 seguiu para a França, para aperfeiçoar os seus conhecimentos de construção de máquinas a vapor, voltando somente em março de 1862. Em setembro de 1862, casou-se com D. Idalina Gomensoro Ferreira, sendo depois da gala, em dezembro do mesmo ano promovido a 1º Tenente. Neste mesmo 1862 fora nomeado Capitão da II Companhia de Imperiais Marinheiros. Em dezembro de 1864 foi designado para servir na Esquadra em Operações contra o Paraguai, por ordem do Vice- Almirante Visconde de Tamandaré, passando a comandar o vapor de Tramandahy, em que de 21/08 até 18/09/1865 esteve assistindo ao Sitio de Montevidéu, até a rendição. Foi ferido, continuou participando das lutas, e depois de curado dos ferimentos recebidos, foi apresentar-se ao QG da Marinha do Rio, sendo em 06/08/1867, nomeado para servir na Esquadra em Operações contra o Paraguai, sendo mais uma vez elogiado por bravura. Em 12/04/1868 foi promovido a Capitão Tenente e tomando parte em muitas lutas, como comandante do monitor Piauhy; a 12/05/1868 forçou as baterias de Humaitá, e em 21/06/1868 as de Guaicuru e Timbó. No combate às baterias de Angustra, em outubro de 1868, fora novamente ferido e recebeu licença até fevereiro de 1869, quando
  • 3. novamente voltou à frente de batalha no Paraguai, chegando a Assunción no comando do encouraçado Colombo a 13/03/1869. Em dezembro de 1869 foi nomeado Chefe do Estado-Maior, e recebendo elogios de S. A. Conde d'Éu. Somente em fevereiro de 1871 chegou de regresso ao Rio de Janeiro. Pela sua atuação em combate recebeu em janeiro de 1866 a Ordem da Rosa, em junho de 1867 a Ordem de Cristo e, em abril de 1869 a Ordem do Cruzeiro, todas elas no grau de Cavaleiro, além de ser condecorado com a medalha de prata da "Rendição de Montevidéu e a de prata da "Passagem de Humaitá". Em 17/11/1875 foi promovido a Capitão de Fragata por merecimento, recebendo logo em seguida a comenda de Cavaleiro da Ordem de São Bento de Aviz. Por Decreto de 01/12/1882 foi promovido a Capitão de mar-e-guerra, recebendo em janeiro de 1884 a nomeação para Comendador da Real Ordem Portuguesa de N.S. de Vila Voçosa, e sendo ainda em dezembro de 1887 promovido a Chefe de Divisão. Ao ser proclamada a República, em 15/11/1889, o Marechal Deodoro o nomeou para Ministro da Marinha, passando, pelo Decreto de 30-12-1889, ao posto de Vice-Almirante e, no impedimento de Quintino Bocaiúva, que teve de viajar, de 22-02 a 13-03-1890, ainda foi nomeado para, cumulativamente, dirigir a pasta do Ministério de Relações Exteriores. Como ministro da Marinha iniciou um processo de reformulação de quadros e corpos e estabelecimentos, introduziu melhoramentos exigidos pelo progresso da arte naval. Foi Senador Constituinte pelo Distrito Federal em 1890/1891. Em 22/01/1891 pediu exoneração do cargo de Ministro da Marinha e assinou o manifesto dos 13 generais. O Manifesto dos 13 generais foi um documento assinado por treze autoridades militares, data do de 31 de março de 1892 e publicado em 6 de abril, logo no início do governo de Floriano Peixoto, que assumiu após a renúncia de Deodoro da Fonseca. O manifesto contestava a legitimidade do governo e condenava as atitudes de Floriano Peixoto contra rebeliões nos estados e solicitava convocação de nova eleição para a presidência da república. No dia seguinte à publicação deste manifesto, Wandenkolk foi reformado por decreto no posto de Almirante, preso e confinado em Tabatinga, no alto Amazonas, por ordem de Floriano Peixoto. Libertado, voltou ao Rio de Janeiro, envolveu-se na revolta da armada e logo aderiu à revolução federalista no Rio Grande do Sul. Foi preso no litoral de Santa Catarina e conduzido à fortaleza de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. Entretanto, em 31/10/1895 foi revogada a sua reforma, considerada inconstitucional, voltando Waldenkolk à atividade, recuperou o cargo político e retomou as atividades políticas no Senado, sendo promovido a Almirante em 27/10/1899, no governo de Campos Sales, e assumindo em 06/01/1900 a Chefia do Estado maior da Armada, cargo que ocupou até a morte, na capital federal, dois anos depois. Faleceu de um ataque cardíaco fulminante na mesa de trabalho em seu gabinete na Marinha. Partiu para o Oriente Eterno relativamente moço, um dos homens do mar mais completos de nossa Marinha de Guerra, provavelmente um dos últimos representantes da tradicional marinha a vela. Tinha sido um homem muito popular e querido de todos os seus comandados e subalternos. Pioneiro na estruturação do ensino especializado na Marinha, em sua homenagem foi criado pelo Ministério da Marinha (1945), o funcionamento do Centros de Instrução Almirante Wandenkolk, o CIAW, na Ilha das Enxadas, no Rio de Janeiro. Durante toda a sua longa atividade, praticamente nunca ficou parado no Rio durante longo tempo, estando constantemente embarcado em longas viagens de inspeção e a outros serviços da Marinha.
  • 4. É com extrema alegria que exortamos a figura ilustre de um dos Patronos da nossa Marinha de Guerra, grandioso no caráter e no espírito, arriscou a carreira recheada de lastro, história e conquistas, não receou perder sua posição, quando escolheu o caminho da fidelidade aos seus ideais e à Pátria, com isso nos ensinou que um verdadeiro líder nunca perde seu posto. E como justo reconhecimento, a providencia fez com que fosse possivel retomar sua carreira, sendo anistiado, reconduzido à ativa e escolhido ao Almirantado na sequencia, o que se configura como uma historia pessoal de verdadeira e abençoada excessão, possivelmente única com tamanha reviravolta, tendo depois disso ainda ocupado posição de Chefia no Estado Maior da Armada e pioneiro no desenvolvimento do ensino especializado na Marinha, nos transmitindo como maior lição o seu exemplo de perseverança na missão e conduta comprometida com os interesses de seu povo, uma referencia que extrapola o campo militar e encontra palco de atuação na política nacional, orientando-nos que não existe meia virtude, e que é papel do militar estar inserido nas questões que envolvem o desenvolvimento de sua pátria, na medida das possibilidades que lhes forem confiadas, bem como transmiti-las adiante, por meio do ensino e formação adequados.