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ZOOLOGIA GERAL E COMPARADA II
1
ZOOLOGIA
GERAL E
COMPARADA II
2
ZoologiaGerale
Comparada II
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Roberto Frederico Merhy
Reinaldo de Oliveira Borba
André Portnoi
Ronaldo Costa
Jane Freire
Jean Carlo Nerone
RomuloAugusto Merhy
Osmane Chaves
João Jacomel
Gervásio Meneses de Oliveira
William Oliveira
Samuel Soares
Germano Tabacof
Pedro Daltro Gusmão da Silva
♦ PRODUÇÃO ACADÊMICA ♦
Gerente de Ensino ♦ Jane Freire
Autor (a) ♦ Claudia Borges
Supervisão ♦ Ana Paula Amorim
Coordenação de Curso ♦ Letícia Machado
♦ PRODUÇÃO TÉCNICA ♦
Revisão Final ♦ Carlos Magno Brito Almeida Santos
Equipe ♦ Ana Carolina Alves, Cefas Gomes, Delmara Brito,
Ederson Paixão, Fabio Gonçalves, Francisco França Júnior,
Israel Dantas, Lucas do Vale, Marcus Bacelar e Yuri Fontes
Editoração ♦ Fabio José Pereira Gonçalves
Ilustração ♦ Fabio José Pereira Gonçalves, Francisco
França Júnior, Cefas Gomes
Imagens ♦ Corbis/Image100/Imagemsource
EQUIPE DE ELABORAÇÃO/PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO:
3
SumárioSumárioSumárioSumárioSumário
07○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
INVERTEBRADOS SUPERIORES E PRIMEIROS VERTEBRADOS
ECTOTERMIA
07○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
CONQUISTA DO AMBIENTE TERRESTRE
Introdução ao Grupo dos Artrópodos
Características Gerais dos Artrópodos
O Ambiente Aquático e os Peixes Primitivos
Os Peixes Cartilaginosos e Ósseos
08○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Modificações para a Vida na Terra
Anfíbios: Biologia e Classificação
Répteis: Biologia e Classificação
27○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
28○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
33○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
16○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
19○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
ENDOTERMIA 49○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
EVOLUÇÃO DAS AVES
A Evolução das Aves e a Origem do Vôo
Características Gerais e Classificação
Diversidade das Aves
49○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
51○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
59○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
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ZoologiaGerale
Comparada II
MAMÍFEROS E O HOMEM
Características e Diversidade dos Mamíferos
Tamanho Corpóreo, Ecologia e Vida Social dos Mamíferos
Evolução dos Primatas e o Surgimento dos Humanos
Atividade Complementar
Glossário
Referências Bibliográficas
70○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
81○ ○
82○ ○ ○ ○
86○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
98○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
99○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
5
Caro (a) graduando (a),
A Biologia é, hoje, um dos ramos da ciência que tem crescido em
um ritmo bastante acelerado.Adivulgação desse progresso através dos
meios de comunicação (jornais, televisão e internet) tem trazido para
dentro das salas de aula assuntos que despertam muito o interesse dos
alunos. Como exemplo, tem-se a terapia através do uso de células tronco.
Ao iniciarmos os nossos estudos de Zoologia II, temos como
objetivo principal fornecer todas as informações necessárias para que o
discente de Licenciatura em Ciências Biológicas seja capaz de transmitir
a seus futuros alunos, noções básicas sobre o mundo vivo que nos rodeia.
O material didático desta disciplina foi estruturado para
fundamentar seus conhecimentos, sendo aconselhado, portanto, a leitura
e interpretação dos textos. No final de cada conteúdo são propostas
atividades destinadas à fixação e à avaliação da aprendizagem, a fim
de que se desenvolva uma reflexão orientada e crítica.
Esperamos que vocês encontrem neste módulo um bom
material para estudo!
Profª. Cláudia Borges
Apresentação da Disciplina
6
ZoologiaGerale
Comparada II
7
ECTOTERMIA
INVERTEBRADOS SUPERIORES E PRIMEIROS
VERTEBRADOS
CONTEÚDO 1 - INTRODUÇÃO AO GRUPO DOS ARTRÓPODOS
O filo Arthropoda (do grego Arthros, articulação + podos, pés) contém a maioria dos
animais conhecidos. Mais de um milhão de espécies já foram descritas (83% do Reino
Animalia), e as estimativas dão conta que esse número deve representar menos de 10% do
total de espécies. Pertencem ao filoArthropoda: os insetos (borboletas, gafanhotos, moscas),
os aracnídeos (aranhas, escorpiões, carrapatos), os crustáceos (caranguejos, camarões,
siris, cracas) e outros subgrupos menores (centopéias, piolhos de cobra).
A enorme diversidade de adaptação dos artrópodos tem-lhes permitido sobreviver
em quase todos os habitats; e eles são talvez, os animais que com mais êxito invadiram o
ambiente terrestre: há espécies marinhas, de águas doces, salobras e terrestres.Artrópodos
ocorrem em altitudes acima de 6.000 metros em montanhas e crustáceos a profundidades
que chegam a 9.500 metros no mar. Outras espécies são, ainda, ectoparasitas de plantas
e, sobretudo, endoparasitas de outros animais. Outras são gregárias, e vários tipos de
insetos coloniais desenvolveram organizações sociais, com divisão de trabalho entre os
membros de diferentes castas. Muitos artrópodos são economicamente importantes. Os
grandes caranguejos, lagostas e camarões são comidos pelo homem, crustáceos pequenos
são os principais herbívoros no mar e a base da maioria das teias alimentares.
A maioria dos zoólogos concorda que os artrópodos representam a culminação do
desenvolvimento evolutivo nos protostômios. Estes animais tiveram origem a partir de um
tronco comum de poliquetos ou, pelo menos, de um ancestral comum a ambos; as relações
entre os artrópodos e os anelídeos se manifestam nos seguintes aspectos:
Quase todos os seres vivos dependem de fontes externas de calor para manter a
temperatura interna do corpo. Trata-se de um modo antigo, seguro e bastante econômico
de viver. Ectotermia é o nome dado a esse estilo de vida e os organismos que o utilizam
são chamados de ectotérmicos. Plantas, fungos, micróbios e a grande maioria dos animais
são ectotérmicos.
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a) Os artrópodos, como os anelídeos, são metaméricos.
b) Primitivamente, cada segmento de artrópodo é portador de um par de
apêndices. Observa-se esta mesma disposição nos poliquetos, nos quais cada
metâmero possui um par de parapódios. Entretanto, a homologia exata entre
parapódios e os apêndices dos artrópodos é incerta.
c) A organização do sistema nervoso segue, em ambos os grupos, um
plano básico idêntico. Em ambos, o cérebro dorsal anterior é seguido de um cordão
nervoso ventral com expansões ganglionares em cada segmento.
8
ZoologiaGerale
Comparada II
As principais diferenças entre os anelídeos e os artrópodos refletem os diversos
aspectos estruturais e fisiológicos associados ao corpo mole, hidraulicamente operado
dos anelídeos, e o corpo duro, operado por um sistema de alavancas, dos artrópodos.
Muitos aspectos, presentes nos artrópodos, mas não nos anelídeos, incluem:
CONTEÚDO 2 - CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ARTRÓPODOS
Duas características ressaltam-se quando os aspectos gerais dos artrópodos são
analisados:
Além das características já mencionadas, existem outras, comuns a todos os
artrópodos:
a) Grande redução do celoma.
b) Presença de um exoesqueleto duro e não-flexível.
c) Um sistema circulatório aberto, lacunar.
d) Ausência de cílios em todos os sistemas de órgãos.
e) Olhos compostos.
a) A presença de um esqueleto externo (ou exoesqueleto) constituído
por quitina, um polissacarídeo nitrogenado (C8
H18
O5
N) bastante resistente e
insolúvel em água, álcalis, ácidos diluídos, ou pelos sucos digestivos de
outros animais. Entretanto, a presença de uma carapaça limita o crescimento
do animal, o que foi solucionado com o desenvolvimento de um processo
periódico de substituição do exoesqueleto. Essa substituição periódica,
chamada ecdise ou muda, permite que o animal cresça.
b) A presença de patas articuladas, apêndices de locomoção que
funcionam como um sistema de alavancas, potencializando a ação muscular
e transformando com mais eficiência a contração muscular em movimento.
No entanto, os artrópodos não possuem apenas patas articuladas, mas, sim,
todas as extremidades, como antenas e peças bucais.
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d) O desenvolvimento embrionário de alguns artrópodos
apresenta, ainda, uma clivagem holoblástica determinada e o
mesoderma nestas formas tem origem no blastômero quatro d.
e) Outras características semelhantes incluem uma cutícula
produzida pela epiderme, um trato digestivo tubular desde uma boca
anterior até um ânus posterior e a concentração dos órgãos dos
sentidos na cabeça.
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c) A circulação é aberta, com um coração alongado dorsal, que
apresenta orifícios (óstios) através dos quais o sangue entra ou sai: Não
existe cavidade pericárdica. Uma diferença importante entre o sangue dos
artrópodos e os vertebrados é que, nesses últimos, há grande quantidade
de células (glóbulos brancos e vermelhos), enquanto nos artrópodos essa
quantidade é muito reduzida. Esse sangue de baixa celularidade é
conhecido pelo nome de hemolinfa.
d) Os órgãos excretores podem ser genericamente denominados
glândulas renais, embora recebam nomes específicos, dependendo do
9
2.1 Classificação dos Artrópodos
O filo dos artrópodos pode ser subdividido em cinco classes principais, usando como
critério o número de patas.
A Classe Insecta
Morfologia Externa
Possuem o corpo dividido em três segmentos (=regiões): cabeça, tórax e abdome.A
cabeça na maioria dos insetos é orientada de tal forma que as peças bucais ficam dirigidas
para baixo (hipognatos). Em um inseto hipognato, as superfícies mais laterais e dorsais da
cabeça apresentam um par de antenas (uma antena típica é formada por artículos ou
antenômeros e apresenta 3 regiões distintas: escapo, pedicelo e flagelo), que são utilizadas
para orientação, e um conjunto de olhos que proporciona aos insetos uma excelente visão.
Eles podem enxergar coisas que não são visíveis ao olho humano. Este conjunto está formado
por um par de olhos compostos (isto é, olhos formados por várias unidades denominadas
omatídios), que permitem enxergar em várias direções ao mesmo tempo e três olhos simples
também conhecidos como ocelos. O tórax, o qual forma a região média do corpo do inseto,
é composto por três segmentos – um protórax, um mesotórax e um metatórax. Em cada um
destes três segmentos, há um par de pernas articuladas com a pleura. É ainda no tórax que
se prendem as asas, existentes na maioria dos insetos. Quanto ao número de asas, existem
3 tipos de insetos: sem asas (traças-de-livros, pulgas, piolhos) com um par de asas (como
é o caso das moscas) e com dois pares de asas (como as libélulas). O abdome é composto
de 9 a 11 segmentos.
São os artrópodos com seis patas (= 3 pares). Os insetos são os
mais numerosos e diversificados de todos os artrópodos, com cerca de
1.500.000 espécies conhecidas e descritas.
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grupo: essas glândulas têm por característica filtrar as excretas do sangue,
uma vez que não possuem cavidade celomática ampla. De acordo com o
ambiente ocupado por cada grupo, o seu principal resíduo metabólico pode
ser a amônia (crustáceos), o ácido úrico (insetos, diplópodos e quilópodos) ou
a guanina (aracnídeos). A eliminação de ácido úrico ou de guanina são as
mais adequadas para a vida terrestre, pois são produtos pouco tóxicos e que
exigem pouca diluição, representando uma boa estratégia de economia de
água.
e) O sistema nervoso dos artrópodos apresenta, em geral, gânglios
cerebrais bem desenvolvidos, de onde parte o cordão nervoso ventral,
ganglionar. As estruturas sensoriais dos artrópodos são eficientes e
diversificadas. Há sensores químicos capazes de reconhecer a presença de
alimentos ou de inimigos naturais; há receptores de paladar, como aqueles
localizados nas patas das moscas; há sensores posturais semelhantes aos
encontrados nos demais invertebrados (os estatocistos); receptores auditivos,
receptores luminosos, etc.
Exemplos: baratas, besouros, moscas, cigarras, mariposas, etc.
10
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Comparada II
Reprodução e Desenvolvimento
Os insetos são animais de sexos separados (dióicos) e ovíparos. O sistema
reprodutivo feminino típico consiste de dois ovários (um de cada lado) e de dois ovidutos
laterais. O par de ovidutos usualmente se reúne para formar um oviduto comum que leva a
uma vagina. O sistema reprodutor masculino inclui um par de testículos, um par de ductos
laterais e um ducto mediano que se abre em um pênis ventral.
Durante a copulação, o pênis do macho (freqüentemente extensível ou eversível) é
inserido no orifício genital da fêmea. Os machos de muitas ordens – libélulas, moscas
verdadeiras, borboletas, mariposas, para especificar uns poucos – possuem órgãos
seguradores para agarrar o abdome da fêmea. Os órgãos seguradores (clásperes) derivam-
se de partes dos segmentos terminais variando muito em estrutura.
Depois que os ovos são postos pelas fêmeas, eles se desenvolvem e formam um
novo inseto.Alguns insetos têm desenvolvimento direto, sem metamorfose (desenvolvimento
ametábolo: a= sem; metábolo = mudança): do ovo nasce uma forma jovem, que já tem o
aspecto do adulto, embora menor. É por exemplo, o caso da traça-de-livro. O
desenvolvimento da borboleta é indireto, com metamorfose completa (desenvolvimento
holometábolo: holo = total; metábolo = mudança): ela nasce diferente do adulto. Do ovo
eclode uma larva, bastante distinta do adulto. Essa larva passa por um período em que se
alimenta ativamente, para depois entrar em estágio inativo e secretar um casulo que a
envolve. Este estágio é o de pupa, quando ocorre a metamorfose. Dentro do casulo, a larva
transforma-se no adulto ou imago. No imago, estão presentes todos os órgãos que
caracterizam um adulto da espécie. A designação imago não significa, obrigatoriamente,
adulto sexualmente ativo, mas uma forma na qual as estruturas sexuais já se encontram
formadas, ainda que imaturas e afuncionais. Depois de adulto, o inseto não sofre mais
mudas e, portanto, não cresce mais.Além das borboletas, outros insetos também possuem
desenvolvimento indireto. É, por exemplo, o caso das moscas e pulgas.
Alguns insetos holometábolos possuem fase larval aquática, como é o caso de
importantes mosquitos vetores de doença. Como exemplo temos: Culex, que transmite a
elefantíase, Anopheles, que transmite a malária e Aedes aegypti, que transmite a dengue e
a febre amarela.
Insetos Sociais
Figura 01 – Estrutura externa de um inseto.
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Organizações sociais desenvolveram-se em duas ordens de insetos, os
Isoptera que contém os cupins e os Hymenoptera que incluem as formigas, abelhas
e vespas. Em todos os insetos sociais nenhum indivíduo pode existir fora da colônia
nem pode ser membro de outra colônia senão aquela em que ele se desenvolveu.
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Aabelha Apis mellifera é o inseto social melhor conhecido. Supõe-se que esta espécie
tenha-se originado na África e seja um invasor recente das regiões temperadas pois,
diferentemente das outras abelhas e vespas de regiões temperadas, as colônias destas
abelhas sobrevivem ao inverno e a multiplicação ocorre por divisão da colônia num processo
denominado enxameamento. Estimulada em parte pela multidão de operárias (de 20.000 a
80.000 em uma única colônia), a rainha-mãe abandona a colônia com um punhado de
operárias (um enxame) para fundar uma nova colônia. A colônia anterior é deixada com
rainhas em desenvolvimento. Na eclosão, uma nova rainha faz vários vôos nupciais durante
os quais ocorre a copulação com os machos (zangões). Ela acumula espermatozóides
suficientes para o restante de sua vida. O macho morre após a copulação quando seus
órgãos reprodutivos são literalmente explodidos para o interior da fêmea. Uma nova rainha
pôde, eventualmente, partir com algumas das suas operárias com um pós-enxame, deixando
as operárias restantes para desenvolverem outra rainha. Eventualmente, a colônia antiga
consistirá de um terço do número original de operárias mais a sua nova rainha.
B Classe Crustacea
Morfologia Externa
O corpo dos crustáceos pode estar dividido em cabeça, tórax e abdome ou em
cefalotórax e abdome, sendo que o cefalotórax corresponde à fusão de dois tagmas: a
cabeça e o tórax. Na cabeça, estão presentes, além de dois pares de antenas, um par de
olhos compostos que, geralmente, situam-se na extremidade de dois pedúnculos; são por
isso, chamados de olhos pedunculados. Esses olhos são movimentados pelos pedúnculos,
permitindo assim, uma ampla exploração do ambiente. Ao redor da boca, há um par de
mandíbulas. Atrás das mandíbulas encontram-se dois pares de apêndices alimentares
acessórios: a primeira e a segunda maxilas. O tronco é muito menos uniforme que a cabeça.
Na região torácica encontramos os cinco pares de apêndices (pernas torácicas),
denominados periópodos, que são usados para locomoção. O abdome é formado por
diversos segmentos distintos e articulados. Seus apêndices (pernas abdominais) são
denominados pleópodos, ajudam na respiração e carregam os ovos das fêmeas. Os últimos
segmentos são estruturas achatadas; os dois laterais são denominados urópodos e o central,
telso. Em conjunto eles formam um remo para natação.
Os crustáceos são artrópodos com 5 pares (= 10) de patas. São
habitualmente aquáticos ( marinhos ou de água doce), embora existam
espécies terrestres, como o tatuzinho-de-jardim.
Existe um cuidado cooperativo na incubação e superposição de gerações. Todos
os insetos sociais exibem algum grau de polimorfismo (do grego: muitas formas)
sendo os diferentes tipos de indivíduos de uma colônia denominadas castas. As
principais castas são os machos, as fêmeas (ou rainhas) e as operárias. Os
machos funcionam na inseminação da rainha, a qual produz novos indivíduos
para a colônia. As operárias fornecem o suprimento e manutenção da colônia. A
determinação das castas é um fenômeno desenvolvimental regulado pela presença
ou ausência de certas substâncias fornecidas aos estágios imaturos por outros
membros da colônia.
Exemplos: siris, caranguejos, lagostas, camarões, etc.
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Comparada II
Caranguejo ou siri?
Muita gente confunde caranguejo com siri. Eles podem, no
entanto, ser diferenciados facilmente por várias características; duas
delas muito evidentes:
- O corpo do siri é mais achatado do que o corpo do
caranguejo, que é mais “arredondado”.
- As patas traseiras do siri são largas, como remos, ao
passo que as patas do caranguejo são pontudas.
Você sabia?
Reprodução
A maioria dos crustáceos é dióica, mas as cracas e alguns membros de outros grupos
são hermafroditas. As gônadas dos crustáceos são órgãos pares tipicamente alongados,
que se encontram na porção dorsal do tórax ou do abdome, ou em ambos. Os ovidutos e os
ductos espermáticos são geralmente túbulos pares simples que se abrem na base de um
par de apêndices do tronco ou em um esternito. Entretanto, os segmentos portadores dos
gonóporos podem variar de um grupo para outro.
Mesmo nas espécies hermafroditas, a fecundação é cruzada, envolvendo a copulação.
O macho dispõe de uma série de apêndices modificados para segurar a fêmea que incuba
os ovos em apêndices do corpo, como ocorre nas lagostas e nos caranguejos, ou em sacos
ovígeros formados quando os ovos são expelidos, como ocorre nos copépodos.
C Classe Arachnida
São artrópodos com oito (= 4 pares) de patas. De acordo com o registro fóssil, as
formas primitivas eram aquáticas. Os representantes atuais, entretanto, ocupam
principalmente o ambiente terrestre, sendo mais comuns em regiões quentes e secas. A
grande maioria dos membros do grupo tem tamanho reduzido. As aranhas, por exemplo,
costumam medir menos de 25 milímetros de comprimento (as espécies avantajadas são
poucas) e muitos ácaros não têm mais que 0,5 milímetros de comprimento.
Figura 02 – Estrutura
externa de um
crustáceo.
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Exemplos: aranhas, escorpiões, pseudo-
escorpiões, ácaros, carrapatos, etc.
Morfologia Externa
Aranhas
As aranhas variam de tamanho desde pequeninas espécies com menos de 0,5 mm
de comprimento até os grandes migalomorfos tropicais (chamados tarântulas,
caranguejeiras ou aranhas-macaco em diferentes partes do mundo) que medem 9 cm,
podendo a extensão das pernas ser muito maior.
O corpo é geralmente dividido em dois segmentos: o cefalotórax (cabeça fundida ao
tórax), coberto dorsalmente por uma carapaça sólida convexa, e o abdome. No cefalotórax,
geralmente existem oito olhos anteriores e apêndices articulados. O par mais anterior é o
das quelíceras, usadas na captura de alimento. Cada uma apresenta um acúleo em forma
de garra onde se abre o ducto de uma glândula de veneno. O segundo é o par de pedipalpos,
que são curtos nas fêmeas e semelhantes a pernas, sendo usados no esmagamento do
alimento; mas nos machos eles se modificam, formando estruturas copulatórias. Os quatro
pares restantes são as patas locomotoras, de tamanho variável; geralmente constam de
oito segmentos: uma coxa basal, um trocânter pequeno, um fêmur longo, uma patela curta,
uma tíbia longa e um metatarso, um tarso e um pequeno pré-tarso distal que termina em
duas ou três garras. Não há antenas. As aberturas corporais, com exceção da boca, são
abdominais e ventrais, com o destaque para a abertura genital, as aberturas respiratórias,
as fiandeiras por onde saem os fios de seda para a construção da teia, e o ânus.
Figura 03 – Estrutura externa de um aracnídeo.
BARNES, R. D. 1984.
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Comparada II
As aranhas possuem sexos separados (são animais dióicos) e,
geralmente, são dotadas de um evidente dimorfismo sexual, ou seja, a fêmea
e o macho são nitidamente diferentes. Habitualmente, os machos são menores
que as fêmeas. Na época da reprodução, o macho tece um casulo de seda,
no qual deposita uma gotícula de líquido contendo os espermatozóides; estes
são tomados nas cavidades de seus palpos, para mais tarde serem
introduzidos na cavidade genital da fêmea, onde ficam armazenados no
receptáculo seminal. Há espécies que se acasalam várias vezes durante a
vida; outras só realizam o acasalamento uma vez. A fêmea pode matar e comer o macho
após o acasalamento, mas isto é incomum. Mais tarde, a fêmea tece um casulo de seda
almofadado no qual os ovos são postos (ooteca). Este casulo ou ooteca pode ficar preso à
teia ou ser carregado pela fêmea. O desenvolvimento é direto, e não há passagem por
estágio larval. Existem cuidados com a prole; após a eclosão, os filhotes são protegidos
pela mãe, podendo ser carregados sobre o abdome durante os primeiros dias de vida.
A seda das Aranhas
A seda das aranhas é uma proteína composta de glicina,
alanina, serina e tirosina e é similar à seda das lagartas. É emitida
como um líquido e o endurecimento não resulta da exposição ao
ar mas, provavelmente do processo real de estriamento. Um único
fio é composto de várias fibras, cada uma das quais procede de
seda líquida produzida por um fuso. A maioria das aranhas produz
mais de um tipo de seda e os vários tipos são secretados por dois
a seis tipos diferentes de glândulas sericígenas.
A seda desempenha um importante papel na vida das
aranhas e é utilizada para diversos fins, mas todas as famílias de
aranhas produzem teias para capturas presas. Uma função da seda
comum à maioria das aranhas é o seu uso como fio guia. As aranhas
vão deixando, continuamente, um fio de seda seco atrás delas à
medida que se movem. A intervalos, esta seda atua como dispositivo
de segurança, similar ao utilizado pelos escaladores de montanhas.
A cena comum de uma aranha suspensa no ar, após cair de algum
objeto, resulta da contínua retenção de seu fio de guia.
Você sabia?
Figura 04 – Aranha na ooteca
http://www.geocities.com/
apotecionegro/arac.html
15
D Classe Chilopoda
Morfologia Externa
São artrópodos que apresentam o corpo alongado, contendo grande número de
segmentos e sem uma nítida separação entre a cabeça, o tórax e o abdome. Em cada
segmento, encontram-se um par de pernas; sendo que o primeiro par é transformado em
uma estrutura denominada fórcipula, na extremidade da qual se abre uma glândula de veneno,
com o qual os quilópodos paralisam suas presas.
No último segmento, o par de pernas merece especial atenção, pois é algo diferente
dos outros pares restantes que servem apenas para locomoção: é mais longo e em geral
dotado de fortes e robustos espinhos. Quando a lacraia anda, é dirigido para trás
horizontalmente ou mesmo um pouco para cima, sempre um tanto aberto como uma pinça
prênsil que ajuda a captura das presas. Na cabeça, apresentam um par de antenas.
Reprodução
A reprodução dos quilópodos é sexuada. São animais dióicos, com desenvolvimento
direto (o jovem assemelha-se ao adulto, com o mesmo número ou um número menor de
segmentos) ou indireto. A fecundação é interna: o macho deposita os espermatozóides no
corpo da fêmea, dentro da qual encontram as células sexuais femininas.Algumas centopéias
põem ovos e outras são vivíparas.
Aranhas e Escorpiões de Interesse Médico
As espécies de aranhas perigosas para o homem pertencem
a quatro gêneros: Phoneutria, Loxosceles, Latrodectus e Lycosa.
Outros gêneros podem picar o homem, mas a conseqüência é apenas
uma forte dor local.
Os escorpiões que podem causar perigo ao homem pertencem
principalmente ao gênero Tityus. Esses animais possuem uma quilha
longitudinal ao alongo do corpo e um espinho sob o ferrão do
aguilhão. Os mais freqüentes no Brasil são o Tityus bahiensis ou
escorpião marrom e o Tityus serrulatus ou escorpião amarelo.
O primeiro filme “Homem aranha” deveria ser, na verdade,
“Homem opilião”, porque o símbolo no peito do herói não possuía
o pedicelo, que é a sinapomorfia básica das aranhas. No segundo
filme, os diretores corrigiram esse erro.
Os quilópodos são animais com 2 patas (= 1 par) por segmento do tórax.
Exemplos: centopéias ou lacraias.
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Comparada II
E Classe Diplopoda
Morfologia Externa
Os diplópodos têm corpo cilíndrico com muitos segmentos e a parede do corpo inclui
depósitos de sais de cálcio. Não possuem forcípula. A cabeça dos diplópodos tende a ser
convexa dorsalmente e achatada ventralmente, com dois grupos de muitos olhos simples e
um par de antenas curtas e de mandíbulas. Uma estrutura em forma de placa (gnatoquilário)
pode representar as maxilas fundidas. O tórax é curto, com quatro segmentos ímpares,
todos menos o primeiro com um par de pernas. O longo abdome possui 9 a 100 segmentos
duplos, cada um contendo dois pares de estigmas, ostíolos e gânglios nervosos e dois
pares de pernas com sete artículos.
Reprodução e Desenvolvimento
A fecundação é interna. Os ovos são fecundados no momento da postura e,
dependendo da espécie, são produzidos de 10 a 300 ovos de uma só vez.Alguns depositam
os ovos em grupos no solo ou no humo; outros, como o Narceus, regurgitam um material
que é moldado em forma de taça com a cabeça e as pernas anteriores. Um único ovo é
depositado na taça, que depois é fechada e polida. A cápsula é depositada em humo e
fendas e é comida pelo jovem diplópodo ao eclodir. O diplópodo europeu Glomeris tem
hábitos similares, mas forma a cápsula com excremento.
Os ovos da maioria das espécies eclodem em várias semanas e os jovens recém-
eclodidos geralmente possuem apenas sete segmentos e os três primeiros pares de pernas
sendo os outros adicionados na frente do segmento anal durante mudas sucessivas (até
10) do crescimento. Muitos diplópodos sofrem ecdise (processo de mudança do
exoesqueleto) dentro de câmaras de muda especialmente construídas, similares aos ninhos,
e é dentro destas câmaras que muitas espécies tropicais sobrevivem na estação da seca.
O exoesqueleto desprendido é geralmente comido, talvez para auxiliar na reposição de
cálcio. Os diplópodos vivem de 1 a 10 ou mais anos, dependendo da espécie.
CONTEÚDO 3 – O AMBIENTE AQUÁTICO E OS PEIXES
PRIMITIVOS
Os primeiros vertebrados que surgiram na face da Terra eram provavelmente animais
marinhos de pequeno porte, com todas as características dos cordados. Já apresentavam,
entretanto, um encéfalo simples e um esqueleto cartilaginoso, com crânio e vértebras ainda
não completamente formados. Esses vertebrados primitivos não possuíam mandíbulas
verdadeiras e foram, por isso, denominados agnathas ou ciclostomatos, pois possuíam a
boca arredondada.
Os diplópodos são animais com 2 patas (=1 par)
por segmento do tórax e 4 patas (2 pares) por segmento
do abdome.
Exemplo: piolhos de cobra ou gongolos.
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Figura 05 – Exemplo de um peixe primitivo:
a lampreia.
www. wikipedia.org
Os agnathas eram abundantes nos mares de eras geológicas passadas, mas na
fauna atual estão representados por dois grupos: o das lampreias, com trinta espécies, e o
das feiticeiras (ou peixes-bruxa), com vinte espécies.
A Petromyzoniformes
Morfologia Externa
A lampreia tem corpo cilíndrico e cauda lateralmente comprimida. As nadadeiras
são pequenas, mas isso não restringe seus movimentos natatórios, executados por
ondulações do corpo. A boca é circundada por um grande funil ventral com forma de taça,
sugador, com muitos dentes córneos cônicos e longa língua protrátil também armada com
dentes córneos. A narina é medianodorsal na cabeça, seguida por pele fina sobre o órgão
pineal. Os dois grandes olhos são laterais e cobertos com pele transparente, mas sem
pálpebras. Apresenta, lateralmente no corpo, sete pares de bolsas branquiais, abrindo-se
separadamente, por onde sai à água que banha estes órgãos respiratórios. O ânus abre-
se ventralmente na base da cauda e, imediatamente atrás, há uma pequena papila urogenital,
perfurada por um ducto. Todo o animal é coberto com um epitélio liso, contendo muitas
glândulas, porém sem escamas.
Reprodução e Desenvolvimento
Quando as lampreias, tanto marinhas como de água doce, estão sexualmente
maduras, na primavera ou início do verão, as gônodas incham e ambos os sexos locomovem-
se para os rios, às vezes “cavalgando” em peixes ou barcos que passam. Procuram águas
claras e rasas nos rios e usando o funil bucal movem pedras no fundo e varrem os detritos
por movimentos rápidos do corpo até preparar uma depressão arredondada, rasa, livre de
lama, como ninho. A fêmea prende-se a uma pedra fazendo face à corrente, e o macho
prende-se à fêmea, ambos usando seus funis bucais. Parcialmente entrelaçados, agitam-
se para frente e para trás, quando óvulos e espermatozóides são eliminados, sendo a
fecundação externa. Os ovos são pequenos (1 mm na lampreia de rio) e adesivos; afundam
rapidamente s são cobertos por areia e lodo. Uma fêmea de lampreia de rio pode conter
2.00 a 65.00 ovos e a da grande lampreia marinha até 236.000 ovos. Alguns casais
geralmente desovam próximos uns dos outros, às vezes no mesmo ninho. Todos os adultos
morrem depois da desova. Os jovens eclodem mais ou menos em um mês como pequenas
larvas; quando atingem 12 a 15 mm de comprimento, abandonam o ninho à procura de
águas calmas.Aí cada um constrói e habita um túnel em forma de U na areia e lodo, mas sai
do túnel para se alimentar do limo que cobre o fundo.Aágua entra pela boca por ação ciliar
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Comparada II
e sai através das fendas branquiais. O alimento é capturado no muco secretado
pelo endóstilo do assoalho da faringe, como no anfioxo.
As larvas, conhecidas como amocetes, são muito parecidas com o
anfioxo (cordado marinho, pequeno e pisciforme). São cegas, desprovidas
de dentes e têm uma vida longa, de pelo menos 3 anos (Entosphenus
tridentatus) até mais ou menos 7 anos (Petromyzon). Durante a metamorfose
são seguidos dois caminhos por diferentes tipos de lampreias. No grupo mais
primitivo o trato digestivo funcional é mantido e desenvolvem-se dentes fortes
e afiado; tais lampreias alimentam-se de peixes, continuando a viver e a crescer no mar ou
em grandes rios ou lagos, conforme a espécie. Depois de terem existido neaste estágio
por um ano (talvez mais tempo nas espécies maiores), sobem pequenos rios durante a
primavera, pra desovar e depois morrer. Membros do segundo grupo param de comer e de
crescer após a metamorfose, de agosto a outubro; o tubo digestivo e os dentes degeneram
parcialmente e após 4 a 11 meses os animais reproduzem-se e morrem. Tais lampreias
degeneradas desenvolveram-se como ramos divergentes do tipo normal em diversos lugares,
tanto no leste como no oeste dos Estados Unidos e em outras partes do mundo.
B Myxiniformes
Morfologia Externa
Comparados com as lampreias, os membros da ordem Myxiniformes (feiticeiras)
diferem de muitas maneiras:
Reprodução
Os peixes-bruxa são hermafroditas. Um único animal pode produzir espermatozóides
em uma época reprodutora e óvulos na seguinte. Óvulos e espermatozóides são eliminados
para a cavidade abdominal como nas lampreias e penetram nos ductos celomáticos situados
na parte posterior do abdome e que se unem com a cloaca. Os óvulos são poucos, com
muito vitelo e uma casca córnea resistente; são ovais alongados e podem ser grandes (10
por 30 mm). Nas extremidades existem terminais em forma de âncora, que prendem os
ovos a algas marinhas ou a outros objetos do fundo. O crescimento até a forma adulta
aparentemente é direto, sem estágio larval.
3.1 História Natural
As lampreias vivem tanto em água doce como no mar de regiões temperadas. As
espécies ectoparasitas prendem-se a peixes e baleias. Por sucção do funil e uso dos dentes
(1) pela pequena boca sugadora mole, com 1 grande dente
epidérmico dorsal e fileiras de pequenos dentes usados para arrancar
pedaços do corpo da presa;
(2) vários pares de tentáculos ao redor da boca e abertura
nasal;
(3) narina terminal e mediana com canal (e bolsa pituitária)
abaixo do encéfalo até o teto da faringe, funcionando como canal
para a entrada de água para arejar as brânquias;
(4) olhos por baixo da pele (não-visíveis);
(5) ovos grandes, com casca córnea formada no ovário.
19
Figura 06: Quimera
http://palaeo.gly.bris.ac.uk/Palaeofiles/Fossilgroups/
Chondrichthyes/Modernforms/modernforms.html
bucais abrem orifícios na pele por onde é injetada uma substância que evita a coagulação
do sangue do hospedeiro enquanto este flui para dentro da boca da lampreia. Peixes e
baleias sadios são atacados e podem ser mortos. Esta é também uma forma de se
deslocarem.Aventosa bucal também lhes serve para se agarrarem a pedras ou vegetação
aquática para descansarem. Por esta razão, em alguns locais da Europa são conhecidas
por suga-pedra (“stone-sucker” em inglês).As lampréias, principalmente a larva ammocoetes,
são usadas como isca na pesca. No entanto, em alguns países,os adultos são considerados
uma especialidade culinária. Em Portugal, a lampreia é comida sobretudo em arroz de
lampreia, com uma confecção próxima da cabidela. Alguns restaurantes e casas fazem-na
também assada no espeto. A lampreia é comida de finais de janeiro a meados de abril.
As feiticeiras não toleram luz forte e salinidades baixas. Procuram partes lodosas no
fundo do mar, geralmente abaixo de profundidades de 24 metros onde cavam. Comem
vermes e outros invertebrados que vivem sobre o fundo ou em seu interior e peixes mortos
(necrófagos) ou doentes e outros animais que vão para o fundo.
CONTEÚDO 4 – OS PEIXES CARTILAGINOSOS E ÓSSEOS
Várias espécies de animais que vivem na água são chamados peixes desde os
peixes-boi até as estrelas-do-mar, mas o termo se aplica propriamente a vertebrados
aquáticos inferiores. Os gregos conheciam os peixes como ichthyes, sendo a ictiologia o
estudo científico dos peixes; o nome comum peixe deriva do latim, pisces.
Os tubarões, as raias e as quimeras são os vertebrados viventes mais inferiores que
têm vértebras completas e separadas, mandíbulas móveis e extremidades pares. Os
condrícties (ou peixes cartilaginosos) podem ser classificados em dois grupos: Holocephali
e Elasmobranchii ou Selachii.
De acordo com a classificação científica tradicional, a classe Osteichthyes (Exemplos:
sardinhas, atuns e bagres) agrupava os peixes ósseos, em contraposição com
Chondrichthyes, os peixes cartilaginosos. No entanto, de acordo com as descobertas mais
recentes sobre a filogenia dos animais, a classe Osteichthyes agrupa todos os animais
com tecido ósseo e com dentes implantados nas maxilas. Esta classe inclui: os Sarcopterygii
(Sarcos = carnoso; pterygium = nadadeira) e os Actinopterygii (actinos = raios).
A Holocephali
Estão representados pelas quimeras ou peixe coelho. São peixes grotescos do fundo
das profundidades oceânicas (baixas latitudes) ou de águas rasas (altas latitudes). Têm um
comprimento de 0,5 a 2 metros. Possuem brânquias
protegidas por um opérculo, cauda longa e flexível, olhos
muito grandes, corpo sem escamas e maxila fundida
com o crânio. Suas mandíbulas contêm grandes
placas achatadas. São ovíparos. As quimeras
alimentam-se de algas marinhas, invertebrados e
peixes.
B Elasmobranchii ou Selachii
Condrícties que possuem de cinco a sete
fendas branquiais, não recobertas por opérculos.
Estão representados pelos tubarões e raias. É o maior
20
ZoologiaGerale
Comparada II
grupo entre os condrícties, integrado por cerca de 760 espécies.
Ao contrário dos agnatha e dos holocephali, os elasmobrânquios
possuem nadadeira caudal bem desenvolvida e o corpo recoberto por
escamas placóides, cada uma com um espinho voltado para trás, coberto de
esmalte e uma placa basal de dentina situada na derme. Essas escamas são
também chamadas de dentículos dérmicos.
B.1 - Tubarões
Morfologia Externa
Os tubarões possuem uma cabeça terminada em ponta arredondada (focinho), onde
há duas narinas ventrais e uma boca larga. Os olhos laterais, movidos por três pares de
músculos que prendem o globo ocular na sua base, não têm pálpebras. Como na maioria
dos peixes elasmobrânquios, a retina contém apenas bastonetes e os olhos parecem estar
adaptados para pouca luz.
As narinas são dois orifícios localizados na região cefálica, que terminam em fundos
cegos. Não se comunicam com a faringe, como ocorre na maioria dos peixes ósseos. Nos
condríctes e na maioria dos osteícties, as narinas têm apenas a função olfativa: um dos
sentidos muito desenvolvidos nos tubarões. O odor é percebido por quimiorrecepção: um
dos mecanismos sensoriais utilizados para a percepção de presas a grandes distâncias.
Uma vez próximos da presa, esses animais passam a utilizar-se da visão. Seus olhos
enxergam bem em baixa luminosidade.
O tronco é fusiforme, maior perto das nadadeiras peitorais, afilando para trás Há
duas nadadeiras dorsais medianas separadas, uma nadadeira caudal mediana e dois pares
de nadadeiras laterais, peitorais e pélvicas.
A nadadeira caudal é bilobada, sendo a parte superior mais estreita do que o lobo
ventral que se prende ao longo da parte inferior da coluna vertebral. Quando a cauda se
move de um lado para outro durante a natação, o lobo ventral fornece elevação. Em cada
movimento para dentro a superfície superior é inclinada em direção à linha mediana e o
lobo ventral segue atrás dela. A força resultante tem um componente para cima e a cauda
tende a elevar-se e a enviar as partes anteriores para baixo. As nadadeiras peitorais,
entretanto, inclinam-se para cima e provocam a elevação das partes anteriores,
contrabalançando a ação da cauda. O efeito combinado tende a elevar o peixe o que é
importante para um animal sem bexiga natatória e que é mais pesado que a água do mar.
Figura 07: Exemplos de peixes cartilaginosos. A. Tubarão:
estrutura externa; B e C. Raia: estrutura externa. Fonte: STORER,
T.I.; USINGER, R. L.; STEBBINS, R.C.; NYBAKKEN, J. W.;1984.
21
Reprodução
Com relação à reprodução, os tubarões são animais dióicos, apresentando
dimorfismo sexual. O macho diferencia-se extremamente da fêmea, pois as nadadeiras
pélvicas foram transformadas em um órgão copulador denominado clásper.
A cópula frequentemente é cíclica, durante curto período. Os machos são
frequentemente agressivos e alguns tubarões induzem as fêmeas a acasalar-se mordendo-
as ou, em espécies menores, agarrando-as com as mandíbulas. Na cópula, os clásperes
são colocados um junto do outro e os dois órgãos são inseridos na cloaca da fêmea.
As fêmeas geralmente têm filhotes apenas em anos alternados. Os tubarões podem
reproduzir-se de duas maneiras diferentes:
Nos vivíparos forma-se uma placenta no saco vitelino. É aí que crescem os filhotes
durante um período que pode atingir dois anos. Quando nascidos, os tubarões bebê já
estão completamente formados. Por isso, a mãe tubarão não precisa tomar conta dos filhotes
depois do nascimento.
A maioria dos tubarões é ovovivípara, retendo os ovos no seu interior para o
desenvolvimento, dando nascimento a filhotes vivos.Alguns meses depois, o tubarão bebê
rompe a casca do ovo e nasce já pronto a viver sem ajuda.
Em muitos países, tubarões e raias são usados pelo homem como
alimento. No oriente as nadadeiras dos tubarões são secas e depois cozidas
para produzir um material gelatinoso usado para sopas.
Antigamente, no Velho Mundo, a pele de tubarão era curtida com as
escamas (denominada pele-de-lixa) para fazer capas para livros finos, caixas
de jóias e bainhas de espadas. Com as escamas destruídas, as peles serviam
como couro para sapatos e bolsas.
Os tubarões também podem causar prejuízos ao homem. Em algumas
praias populares têm sido registrados inúmeros ataques. O Brasil abriga
três das espécies de tubarões consideradas perigosas: o Tubarão Branco, o
Tubarão Tigre e o Tubarão Cabeça Chata – responsáveis pelos ataques na
costa do nordeste e sudeste. Leia a reportagem publicada no dia 19/06/
2006 – Jornal O Globo.
Você sabia?
Ataque de tubarão faz rever prática de surf
O Comitê Estadual de Prevenção e Monitoramento de Incidentes com Tubarões se
reúne nesta segunda-feira, em caráter extraordinário, em Recife, para discutir a ampliação
do trecho onde a prática de surf e outros esportes náuticos são proibidos. Isso porque o
ataque que matou no domingo o surfista Humberto Pessoa Batista, na praia de Punta Del
Chifre, em Olinda, estava liberado para o surf.
A limitação a surf e outros esportes existe desde 1994. Os ataques começaram a se
intensificar em 1992 e desde então, já são quase 50 pessoas mordidas e mutiladas e 18
mortos.
O ataque de tubarão neste fim de semana foi o terceiro do ano nas praias
pernambucanas, o primeiro com morte. No dia 9 de abril, o catarinense José Ivair Pereira,
35 anos, foi mordido no joelho, na praia de Piedade. Em 21 de maio, a vítima foi o
caminhoneiro Rogério Antônio de Cardoso, 33 anos, atingido na perna esquerda, na coxa
e na panturrilha. Ele foi atacado em Boa Viagem e teve que fazer uma cirurgia.
22
ZoologiaGerale
Comparada II
B.2 - Raias
Morfologia Externa
Apresentam um corpo muito achatado, com nadadeiras peitorais muito
largas e delgadas, unidas à cabeça e ao tronco, dando a estes peixes um
contorno rômbico ou em forma de disco.As brânquias, dispostas em cinco pares de fendas
branquiais, localizam-se na face ventral do corpo. A cauda é normalmente longa e afilada,
com a aparência de um chicote. Na superfície dorsal encontram-se os espiráculos (aberturas
que levam água às cavidades branquiais), um par de olhos bem desenvolvidos, mas
incapazes de enxergar colorido, uma vez que não possuem cones (células responsáveis
pela percepção de cor).
Reprodução
Diferentemente dos peixes ósseos, as raias copulam, sendo a fecundação interna.
Posteriormente os ovos são liberados na água, envoltos em bolsas coriáceas. O
desenvolvimento dos ovos é muito lento, podendo demorar mais de um ano e meio, quando
então eclodem os alevinos.
C Sarcopterygii
Os Sarcopterygii, como o próprio nome diz, são peixes que possuem nadadeiras
carnosas, sustentadas por ossos semelhantes aos das patas tetrápodes. Em razão disso,
acredita-se que os primeiros vertebrados terrestres – os anfíbios – teriam surgido de um
grupo de sarcopterígeo primitivo, que vivia em águas rasas, respirando por brânquias e
também pulmões. Os sarcopterígeos eram abundantes em períodos geológicos passados,
mas na fauna atual estão representados por apenas quatro gêneros, classificados em dois
grupos: o dos Actinistias e o dos Dipnoi. Os sarcopterígeos que deram origem aos anfíbios
não têm representantes na fauna atual.
No grupo dos actinístias está a Latimeria, peixe marinho que vive a,
aproximadamente, 200 metros de profundidade, na costa da África. Sua característica mais
importante é a presença de barbatanas pares (peitorais e pélvicas) cujas bases são
pedúnculos que se assemelham aos membros dos vertebrados terrestres e se movem da
mesma maneira.
Os dipnóicos são peixes pulmonados. Corpo longo, delgado; sem pré-maxilas e
maxilas; 3 pares de placas dentárias duras e nadadeiras pares. Vivem em rios de regiões
tropicais e estão representados na fauna atual com apenas três gêneros: o Neoceratodus
da Austrália, o Lepidosiren da América do Sul e o Protopterus da África.
Os peixes pulmonados possuem brânquias reduzidas, insuficientes para suas
necessidades respiratórias. A respiração aérea através do pulmão é obrigatória para eles.
Ao contrário dos demais peixes, os dipnóicos possuem narinas em comunicação com a
faringe através das coanas. Estas também estavam presentes nos sarcopterígeos primitivos
(os crossopterígios que dera origem aos tetrápodos e permaneceram em todos os
vertebrados terrestres.
23
- O corpo é fusiforme, mais alto que largo, de corte oval o que facilita a deslocação
através da água. A cabeça estende-se da ponta do focinho até o canto posterior do opérculo, o
tronco deste ponto até o ânus e o resto é a cauda. A grande boca é terminal, com maxilas e
mandíbulas distintas que apresentam dentes finos. Na parte dorsal do focinho há duas narinas
duplas (bolsas olfativas), os olhos são laterais, sem pálpebras, e atrás de cada um há uma
cobertura fina das brânquias, o opérculo, com margens livres embaixo e atrás. Por baixo de
cada opérculo existem quatro brânquias em forma de pente. O ânus e a abertura urogenital
precedem a nadadeira anal.
- O esqueleto apresenta 3 partes principais: coluna vertebral, crânio e raios das
barbatanas. Da coluna vertebral partem as costelas e a cintura peitoral. Numerosos outros
pequenos ossos sustentam os raios das barbatanas. O crânio é articulado com as maxilas e
mandíbulas, ambas bem desenvolvidas, e suporta os arcos branquiais. A articulação do crânio
com a coluna vertebral é tão forte que os peixes não podem virar a cabeça.
- A pele cobre todo o corpo e contém inúmeras glândulas mucosas, cuja secreção
facilita o deslizar através da água e protege contra infecções, e escamas no tronco e cauda, de
várias formas (ciclóide, ctenóide, ganóide) mas sempre de origem dérmica. Algumas espécies
não apresentem escamas ou estas podem ser revestidas de esmalte.
-As escamas são finas, arredondadas e implantadas em fileiras longitudinais e diagonais,
imbricadas como as telhas de um telhado. As extremidades livres das escamas estão cobertas
por uma fina camada de pele que protege de parasitas e doenças. Em algumas espécies, esta
camada de pele ajuda a manter a umidade quando o animal está emerso. Cada escama está
fixa numa bolsa dérmica e cresce durante a vida do animal, o que geralmente origina anéis de
crescimento (maiores no verão e muito pequenos no inverno). Estes anéis são mais notórios em
peixes de regiões temperadas. Devido ao padrão de distribuição, forma, estrutura e número das
escamas ser quase constante em cada espécie, esta é uma importante característica sistemática
desta classe.
- Um grande saco de paredes finas, a bexiga natatória, ocupa a porção dorsal da cavidade
do corpo. Ela é ligada à faringe por um ducto pneumático em alguns peixes, especialmente nas
espécies de raios moles, porém não na perca ou nas formas de raios espinhosos. A bexiga
natatória é preenchida por gases (O2
, N2
, CO2
) e atua como órgão hidrostático para ajustar o
peso específico do peixe ao da água em diferentes profundidades, permitindo que eles subam,
desçam ou fiquem parados. Em diversos peixes a bexiga natatória pode ajudar na respiração ou
servir como órgão de sentido ou na produção de sons. A bexiga natatória é semelhante a um
pulmão nos peixes pulmonados e em alguns outros.
O peixe pulmonado brasileiro é a pirambóia (Lepidosiren paradoxa), que vive na
região amazônica. Este peixe foi descoberto no Brasil (Amazonas) pelo naturalista austríaco
Johannes von Natterer, que esteve dezoito anos percorrendo nosso país a serviço da ciência.
O nome “pirambóia” foi dado pelos indígenas e significa peixe-cobra/peixe-réptil.
D Actinopterygii
Os Actinopterygii, como o próprio nome diz, são peixes cujas nadadeiras são
sustentadas por raios, esqueleto interno tipicamente clacificado e aberturas branquiais
protegidas por um opérculo ósseo É o grupo mais diversificado e que reúne mais de 27.000
espécies. Tipicamente os peixes ósseos não são maiores que 1 m de comprimento, mas
existem formas reduzidas e gigantescas. São exemplos de actinopterígeos: as sardinhas,
o salmão, a truta, o baiacu, o arenque, entre inúmeros outros.
As suas características principais são:
24
ZoologiaGerale
Comparada II
Reprodução
Os Actinopterygii possuem sexos separados e gônadas geralmente pares. São
principalmente ovíparos com fecundação externa, embora existam espécies com fecundação
interna e hermafroditas. Os ovos são pequenos e sem anexos embrionários mas com
quantidade de vitelo muito variável.As espécies de mar alto produzem enormes quantidades
de ovos, pois a maioria não sobrevive.Algumas espécies cuidam dos ovos e/ou dos juvenis,
guardando os ninhos e mantendo-os oxigenados com jorros de água. Outros incubam os
ovos na boca ou permitem que os jovens lá se recolham quando ameaçados. Várias espécies
migram grandes distâncias (tanto de água salgada para doce, como algumas espécies de
salmões, ou o inverso, como as enguias) para desovar.
4.1 Relações com o Homem
Os peixes têm sido importantes como alimento humano desde os tempos do homem
paleolítico que deixou ossos de peixes nos seus sambaquis, até os dias presentes.Acarne
da maioria dos peixes é branca (ou avermelhada) e de textura flocosa. Contém 13 a 20%
de proteínas e tem um valor alimentar de 660 a 3.500 kcal por kg, dependendo do conteúdo
em óleo (até 17% no salmão). O Brasil possui uma indústria pesqueira em grande
desenvolvimento. Mas, como tem um litoral de mais de 9.000 quilômetros, além de muitos
rios - maior bacia hidrográfica do mundo -, conta com possibilidade de ser um dos maiores
produtores mundiais de pescado e a garantia de alimentação de sua população.
A pesca é também uma recreação para milhares de pessoas. O sistema “pesque e
solte” tem sido introduzido em diversas localidades do território brasileiro.
Muitos peixes como os Lebistes são utilizados como ferramenta de controle biológico
para combater os transmissores da Malária e da Febre Amarela. São também utilizados
em laboratórios, nos experimentos ecotoxicológicos, genéticos, comportamentais e
reprodutivos.
Muitas espécies de peixes são mantidas e criadas em tanques e aquários por
amadores ou por outras pessoas e muitas instituições públicas mantêm grandes aquários
com paredes de vidro onde são expostos tanto peixes nativos como exóticos. Além disso,
Figura 08: Estrutura externa de um peixe ósseo.
http://curlygirl.no.sapo.pt/osteites.htm
25
estes animais têm sido mencionados em numerosas letras musicais. Como é observado
na composição de Oswaldo Montenegro.
[[[[[ ]]]]]Agora é hora de
TRABALHAR
11111
No aniversário da Cidade de Salvador, o Restaurante
Iemanjá promoveu um “Festival de Crustáceos”:
lagosta, lula, camarão, ostra e mexilhão. Quais desses
animais não deveriam estar incluídos no cardápio?
Por quê?
_______________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
22222
O camarão e a abelha são animais pertencentes ao
mesmo filo, embora separados em classes distintas.
Cite:
a) Duas características que permitam agrupá-los no mesmo
filo:
_______________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
b) Duas características que os separam em classes distintas:
_______________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
33333
Descreva as estruturas presentes na cabeça de um
inseto.
_______________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
Aos Filhos de Peixes
Composição: Oswaldo Montenegro
É peixe quando pula e descortina
a clara possibilidade de mudar de opinião
é peixe quando sem ligar a seta muda o rumo
inverte a coisa, embola o pensamento e então ...
é peixe quando o germe da loucura
se transforma em claridade e anda pela contramão
é peixe quando anda no oceano de quarenta correntezas
sem nenhuma embarcação
é peixe quando salta o precipício da responsabilidade
e tem uma queda pra ilusão
é peixe quando anda contra o vento, desafia o
sofrimento
e carrega o mundo com a mão
é peixe quando a luz do misticismo
se transforma na procura do princípio e da razão
é peixe quando anda no oceano de quarenta correntezas
sem nenhuma embarcação
26
ZoologiaGerale
Comparada II
44444
Como os aracnídeos se reproduzem?
_______________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
55555
Mencione aracnídeos que para o homem são:
a) Parasitas:
_______________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
b) Peçonhentos:
_______________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
c) Causadores de alergia:
_______________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________________
66666
Por que os vertebrados primitivos foram denominados
agnathas ou ciclostomatos?
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
77777
Descreva o ambiente e o modo de vida das:
a) Lampreias:
_______________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________________
b) Feiticeiras:
_______________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________________
88888
Resuma o processo de reprodução dos tubarões
_______________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
99999
Caracterize os dipnóicos e dê exemplos desses
peixes.
_______________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
1111100000
Quais são as principais diferenças existentes entre
os condrícties e os osteícties?
_______________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
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______________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
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______________________________________________________________________________________________________________________________
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______________________________________________________________________________________________________________________________
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  • 1. ZOOLOGIA GERAL E COMPARADA II
  • 3. 2 ZoologiaGerale Comparada II copyright © FTC EaD Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/98. É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, sem autorização prévia, por escrito, da FTC EaD - Faculdade de Tecnologia e Ciências - Ensino a Distância. www.ftc.br/ead Presidente ♦ Vice-Presidente ♦ Superintendente Administrativo e Financeiro ♦ Superintendente de Ensino, Pesquisa e Extensão ♦ Superintendente de Desenvolvimento e>> Planejamento Acadêmico ♦ SOMESB Sociedade Mantenedora de Educação Superior da Bahia S/C Ltda. FTC - EaD Faculdade de Tecnologia e Ciências - Ensino a Distância Diretor Geral ♦ Diretor Acadêmico ♦ Diretor de Tecnologia ♦ Diretor Administrativo e Financeiro ♦ Gerente Acadêmico ♦ Gerente de Ensino ♦ Gerente de Suporte Tecnológico ♦ Coord. de Softwares e Sistemas ♦ Coord. de Telecomunicações e Hardware ♦ Coord. de Produção de Material Didático ♦ Waldeck Ornelas Roberto Frederico Merhy Reinaldo de Oliveira Borba André Portnoi Ronaldo Costa Jane Freire Jean Carlo Nerone RomuloAugusto Merhy Osmane Chaves João Jacomel Gervásio Meneses de Oliveira William Oliveira Samuel Soares Germano Tabacof Pedro Daltro Gusmão da Silva ♦ PRODUÇÃO ACADÊMICA ♦ Gerente de Ensino ♦ Jane Freire Autor (a) ♦ Claudia Borges Supervisão ♦ Ana Paula Amorim Coordenação de Curso ♦ Letícia Machado ♦ PRODUÇÃO TÉCNICA ♦ Revisão Final ♦ Carlos Magno Brito Almeida Santos Equipe ♦ Ana Carolina Alves, Cefas Gomes, Delmara Brito, Ederson Paixão, Fabio Gonçalves, Francisco França Júnior, Israel Dantas, Lucas do Vale, Marcus Bacelar e Yuri Fontes Editoração ♦ Fabio José Pereira Gonçalves Ilustração ♦ Fabio José Pereira Gonçalves, Francisco França Júnior, Cefas Gomes Imagens ♦ Corbis/Image100/Imagemsource EQUIPE DE ELABORAÇÃO/PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO:
  • 4. 3 SumárioSumárioSumárioSumárioSumário 07○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ INVERTEBRADOS SUPERIORES E PRIMEIROS VERTEBRADOS ECTOTERMIA 07○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ CONQUISTA DO AMBIENTE TERRESTRE Introdução ao Grupo dos Artrópodos Características Gerais dos Artrópodos O Ambiente Aquático e os Peixes Primitivos Os Peixes Cartilaginosos e Ósseos 08○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Modificações para a Vida na Terra Anfíbios: Biologia e Classificação Répteis: Biologia e Classificação 27○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 28○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 33○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 16○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 19○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ENDOTERMIA 49○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ EVOLUÇÃO DAS AVES A Evolução das Aves e a Origem do Vôo Características Gerais e Classificação Diversidade das Aves 49○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 51○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 59○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
  • 5. 4 ZoologiaGerale Comparada II MAMÍFEROS E O HOMEM Características e Diversidade dos Mamíferos Tamanho Corpóreo, Ecologia e Vida Social dos Mamíferos Evolução dos Primatas e o Surgimento dos Humanos Atividade Complementar Glossário Referências Bibliográficas 70○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 81○ ○ 82○ ○ ○ ○ 86○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 98○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 99○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
  • 6. 5 Caro (a) graduando (a), A Biologia é, hoje, um dos ramos da ciência que tem crescido em um ritmo bastante acelerado.Adivulgação desse progresso através dos meios de comunicação (jornais, televisão e internet) tem trazido para dentro das salas de aula assuntos que despertam muito o interesse dos alunos. Como exemplo, tem-se a terapia através do uso de células tronco. Ao iniciarmos os nossos estudos de Zoologia II, temos como objetivo principal fornecer todas as informações necessárias para que o discente de Licenciatura em Ciências Biológicas seja capaz de transmitir a seus futuros alunos, noções básicas sobre o mundo vivo que nos rodeia. O material didático desta disciplina foi estruturado para fundamentar seus conhecimentos, sendo aconselhado, portanto, a leitura e interpretação dos textos. No final de cada conteúdo são propostas atividades destinadas à fixação e à avaliação da aprendizagem, a fim de que se desenvolva uma reflexão orientada e crítica. Esperamos que vocês encontrem neste módulo um bom material para estudo! Profª. Cláudia Borges Apresentação da Disciplina
  • 8. 7 ECTOTERMIA INVERTEBRADOS SUPERIORES E PRIMEIROS VERTEBRADOS CONTEÚDO 1 - INTRODUÇÃO AO GRUPO DOS ARTRÓPODOS O filo Arthropoda (do grego Arthros, articulação + podos, pés) contém a maioria dos animais conhecidos. Mais de um milhão de espécies já foram descritas (83% do Reino Animalia), e as estimativas dão conta que esse número deve representar menos de 10% do total de espécies. Pertencem ao filoArthropoda: os insetos (borboletas, gafanhotos, moscas), os aracnídeos (aranhas, escorpiões, carrapatos), os crustáceos (caranguejos, camarões, siris, cracas) e outros subgrupos menores (centopéias, piolhos de cobra). A enorme diversidade de adaptação dos artrópodos tem-lhes permitido sobreviver em quase todos os habitats; e eles são talvez, os animais que com mais êxito invadiram o ambiente terrestre: há espécies marinhas, de águas doces, salobras e terrestres.Artrópodos ocorrem em altitudes acima de 6.000 metros em montanhas e crustáceos a profundidades que chegam a 9.500 metros no mar. Outras espécies são, ainda, ectoparasitas de plantas e, sobretudo, endoparasitas de outros animais. Outras são gregárias, e vários tipos de insetos coloniais desenvolveram organizações sociais, com divisão de trabalho entre os membros de diferentes castas. Muitos artrópodos são economicamente importantes. Os grandes caranguejos, lagostas e camarões são comidos pelo homem, crustáceos pequenos são os principais herbívoros no mar e a base da maioria das teias alimentares. A maioria dos zoólogos concorda que os artrópodos representam a culminação do desenvolvimento evolutivo nos protostômios. Estes animais tiveram origem a partir de um tronco comum de poliquetos ou, pelo menos, de um ancestral comum a ambos; as relações entre os artrópodos e os anelídeos se manifestam nos seguintes aspectos: Quase todos os seres vivos dependem de fontes externas de calor para manter a temperatura interna do corpo. Trata-se de um modo antigo, seguro e bastante econômico de viver. Ectotermia é o nome dado a esse estilo de vida e os organismos que o utilizam são chamados de ectotérmicos. Plantas, fungos, micróbios e a grande maioria dos animais são ectotérmicos. 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678912345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678912345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678912345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678912345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678912345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789 a) Os artrópodos, como os anelídeos, são metaméricos. b) Primitivamente, cada segmento de artrópodo é portador de um par de apêndices. Observa-se esta mesma disposição nos poliquetos, nos quais cada metâmero possui um par de parapódios. Entretanto, a homologia exata entre parapódios e os apêndices dos artrópodos é incerta. c) A organização do sistema nervoso segue, em ambos os grupos, um plano básico idêntico. Em ambos, o cérebro dorsal anterior é seguido de um cordão nervoso ventral com expansões ganglionares em cada segmento.
  • 9. 8 ZoologiaGerale Comparada II As principais diferenças entre os anelídeos e os artrópodos refletem os diversos aspectos estruturais e fisiológicos associados ao corpo mole, hidraulicamente operado dos anelídeos, e o corpo duro, operado por um sistema de alavancas, dos artrópodos. Muitos aspectos, presentes nos artrópodos, mas não nos anelídeos, incluem: CONTEÚDO 2 - CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ARTRÓPODOS Duas características ressaltam-se quando os aspectos gerais dos artrópodos são analisados: Além das características já mencionadas, existem outras, comuns a todos os artrópodos: a) Grande redução do celoma. b) Presença de um exoesqueleto duro e não-flexível. c) Um sistema circulatório aberto, lacunar. d) Ausência de cílios em todos os sistemas de órgãos. e) Olhos compostos. a) A presença de um esqueleto externo (ou exoesqueleto) constituído por quitina, um polissacarídeo nitrogenado (C8 H18 O5 N) bastante resistente e insolúvel em água, álcalis, ácidos diluídos, ou pelos sucos digestivos de outros animais. Entretanto, a presença de uma carapaça limita o crescimento do animal, o que foi solucionado com o desenvolvimento de um processo periódico de substituição do exoesqueleto. Essa substituição periódica, chamada ecdise ou muda, permite que o animal cresça. b) A presença de patas articuladas, apêndices de locomoção que funcionam como um sistema de alavancas, potencializando a ação muscular e transformando com mais eficiência a contração muscular em movimento. No entanto, os artrópodos não possuem apenas patas articuladas, mas, sim, todas as extremidades, como antenas e peças bucais. 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345 1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234512345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345 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características semelhantes incluem uma cutícula produzida pela epiderme, um trato digestivo tubular desde uma boca anterior até um ânus posterior e a concentração dos órgãos dos sentidos na cabeça. 123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234 123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234 123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234 123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234 123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234 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Uma diferença importante entre o sangue dos artrópodos e os vertebrados é que, nesses últimos, há grande quantidade de células (glóbulos brancos e vermelhos), enquanto nos artrópodos essa quantidade é muito reduzida. Esse sangue de baixa celularidade é conhecido pelo nome de hemolinfa. d) Os órgãos excretores podem ser genericamente denominados glândulas renais, embora recebam nomes específicos, dependendo do
  • 10. 9 2.1 Classificação dos Artrópodos O filo dos artrópodos pode ser subdividido em cinco classes principais, usando como critério o número de patas. A Classe Insecta Morfologia Externa Possuem o corpo dividido em três segmentos (=regiões): cabeça, tórax e abdome.A cabeça na maioria dos insetos é orientada de tal forma que as peças bucais ficam dirigidas para baixo (hipognatos). Em um inseto hipognato, as superfícies mais laterais e dorsais da cabeça apresentam um par de antenas (uma antena típica é formada por artículos ou antenômeros e apresenta 3 regiões distintas: escapo, pedicelo e flagelo), que são utilizadas para orientação, e um conjunto de olhos que proporciona aos insetos uma excelente visão. Eles podem enxergar coisas que não são visíveis ao olho humano. Este conjunto está formado por um par de olhos compostos (isto é, olhos formados por várias unidades denominadas omatídios), que permitem enxergar em várias direções ao mesmo tempo e três olhos simples também conhecidos como ocelos. O tórax, o qual forma a região média do corpo do inseto, é composto por três segmentos – um protórax, um mesotórax e um metatórax. Em cada um destes três segmentos, há um par de pernas articuladas com a pleura. É ainda no tórax que se prendem as asas, existentes na maioria dos insetos. Quanto ao número de asas, existem 3 tipos de insetos: sem asas (traças-de-livros, pulgas, piolhos) com um par de asas (como é o caso das moscas) e com dois pares de asas (como as libélulas). O abdome é composto de 9 a 11 segmentos. São os artrópodos com seis patas (= 3 pares). Os insetos são os mais numerosos e diversificados de todos os artrópodos, com cerca de 1.500.000 espécies conhecidas e descritas. 1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678 1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678 1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678 1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678 1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678 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De acordo com o ambiente ocupado por cada grupo, o seu principal resíduo metabólico pode ser a amônia (crustáceos), o ácido úrico (insetos, diplópodos e quilópodos) ou a guanina (aracnídeos). A eliminação de ácido úrico ou de guanina são as mais adequadas para a vida terrestre, pois são produtos pouco tóxicos e que exigem pouca diluição, representando uma boa estratégia de economia de água. e) O sistema nervoso dos artrópodos apresenta, em geral, gânglios cerebrais bem desenvolvidos, de onde parte o cordão nervoso ventral, ganglionar. As estruturas sensoriais dos artrópodos são eficientes e diversificadas. Há sensores químicos capazes de reconhecer a presença de alimentos ou de inimigos naturais; há receptores de paladar, como aqueles localizados nas patas das moscas; há sensores posturais semelhantes aos encontrados nos demais invertebrados (os estatocistos); receptores auditivos, receptores luminosos, etc. Exemplos: baratas, besouros, moscas, cigarras, mariposas, etc.
  • 11. 10 ZoologiaGerale Comparada II Reprodução e Desenvolvimento Os insetos são animais de sexos separados (dióicos) e ovíparos. O sistema reprodutivo feminino típico consiste de dois ovários (um de cada lado) e de dois ovidutos laterais. O par de ovidutos usualmente se reúne para formar um oviduto comum que leva a uma vagina. O sistema reprodutor masculino inclui um par de testículos, um par de ductos laterais e um ducto mediano que se abre em um pênis ventral. Durante a copulação, o pênis do macho (freqüentemente extensível ou eversível) é inserido no orifício genital da fêmea. Os machos de muitas ordens – libélulas, moscas verdadeiras, borboletas, mariposas, para especificar uns poucos – possuem órgãos seguradores para agarrar o abdome da fêmea. Os órgãos seguradores (clásperes) derivam- se de partes dos segmentos terminais variando muito em estrutura. Depois que os ovos são postos pelas fêmeas, eles se desenvolvem e formam um novo inseto.Alguns insetos têm desenvolvimento direto, sem metamorfose (desenvolvimento ametábolo: a= sem; metábolo = mudança): do ovo nasce uma forma jovem, que já tem o aspecto do adulto, embora menor. É por exemplo, o caso da traça-de-livro. O desenvolvimento da borboleta é indireto, com metamorfose completa (desenvolvimento holometábolo: holo = total; metábolo = mudança): ela nasce diferente do adulto. Do ovo eclode uma larva, bastante distinta do adulto. Essa larva passa por um período em que se alimenta ativamente, para depois entrar em estágio inativo e secretar um casulo que a envolve. Este estágio é o de pupa, quando ocorre a metamorfose. Dentro do casulo, a larva transforma-se no adulto ou imago. No imago, estão presentes todos os órgãos que caracterizam um adulto da espécie. A designação imago não significa, obrigatoriamente, adulto sexualmente ativo, mas uma forma na qual as estruturas sexuais já se encontram formadas, ainda que imaturas e afuncionais. Depois de adulto, o inseto não sofre mais mudas e, portanto, não cresce mais.Além das borboletas, outros insetos também possuem desenvolvimento indireto. É, por exemplo, o caso das moscas e pulgas. Alguns insetos holometábolos possuem fase larval aquática, como é o caso de importantes mosquitos vetores de doença. Como exemplo temos: Culex, que transmite a elefantíase, Anopheles, que transmite a malária e Aedes aegypti, que transmite a dengue e a febre amarela. Insetos Sociais Figura 01 – Estrutura externa de um inseto. www.consulteme.com.br Organizações sociais desenvolveram-se em duas ordens de insetos, os Isoptera que contém os cupins e os Hymenoptera que incluem as formigas, abelhas e vespas. Em todos os insetos sociais nenhum indivíduo pode existir fora da colônia nem pode ser membro de outra colônia senão aquela em que ele se desenvolveu.
  • 12. 11 Aabelha Apis mellifera é o inseto social melhor conhecido. Supõe-se que esta espécie tenha-se originado na África e seja um invasor recente das regiões temperadas pois, diferentemente das outras abelhas e vespas de regiões temperadas, as colônias destas abelhas sobrevivem ao inverno e a multiplicação ocorre por divisão da colônia num processo denominado enxameamento. Estimulada em parte pela multidão de operárias (de 20.000 a 80.000 em uma única colônia), a rainha-mãe abandona a colônia com um punhado de operárias (um enxame) para fundar uma nova colônia. A colônia anterior é deixada com rainhas em desenvolvimento. Na eclosão, uma nova rainha faz vários vôos nupciais durante os quais ocorre a copulação com os machos (zangões). Ela acumula espermatozóides suficientes para o restante de sua vida. O macho morre após a copulação quando seus órgãos reprodutivos são literalmente explodidos para o interior da fêmea. Uma nova rainha pôde, eventualmente, partir com algumas das suas operárias com um pós-enxame, deixando as operárias restantes para desenvolverem outra rainha. Eventualmente, a colônia antiga consistirá de um terço do número original de operárias mais a sua nova rainha. B Classe Crustacea Morfologia Externa O corpo dos crustáceos pode estar dividido em cabeça, tórax e abdome ou em cefalotórax e abdome, sendo que o cefalotórax corresponde à fusão de dois tagmas: a cabeça e o tórax. Na cabeça, estão presentes, além de dois pares de antenas, um par de olhos compostos que, geralmente, situam-se na extremidade de dois pedúnculos; são por isso, chamados de olhos pedunculados. Esses olhos são movimentados pelos pedúnculos, permitindo assim, uma ampla exploração do ambiente. Ao redor da boca, há um par de mandíbulas. Atrás das mandíbulas encontram-se dois pares de apêndices alimentares acessórios: a primeira e a segunda maxilas. O tronco é muito menos uniforme que a cabeça. Na região torácica encontramos os cinco pares de apêndices (pernas torácicas), denominados periópodos, que são usados para locomoção. O abdome é formado por diversos segmentos distintos e articulados. Seus apêndices (pernas abdominais) são denominados pleópodos, ajudam na respiração e carregam os ovos das fêmeas. Os últimos segmentos são estruturas achatadas; os dois laterais são denominados urópodos e o central, telso. Em conjunto eles formam um remo para natação. Os crustáceos são artrópodos com 5 pares (= 10) de patas. São habitualmente aquáticos ( marinhos ou de água doce), embora existam espécies terrestres, como o tatuzinho-de-jardim. Existe um cuidado cooperativo na incubação e superposição de gerações. Todos os insetos sociais exibem algum grau de polimorfismo (do grego: muitas formas) sendo os diferentes tipos de indivíduos de uma colônia denominadas castas. As principais castas são os machos, as fêmeas (ou rainhas) e as operárias. Os machos funcionam na inseminação da rainha, a qual produz novos indivíduos para a colônia. As operárias fornecem o suprimento e manutenção da colônia. A determinação das castas é um fenômeno desenvolvimental regulado pela presença ou ausência de certas substâncias fornecidas aos estágios imaturos por outros membros da colônia. Exemplos: siris, caranguejos, lagostas, camarões, etc.
  • 13. 12 ZoologiaGerale Comparada II Caranguejo ou siri? Muita gente confunde caranguejo com siri. Eles podem, no entanto, ser diferenciados facilmente por várias características; duas delas muito evidentes: - O corpo do siri é mais achatado do que o corpo do caranguejo, que é mais “arredondado”. - As patas traseiras do siri são largas, como remos, ao passo que as patas do caranguejo são pontudas. Você sabia? Reprodução A maioria dos crustáceos é dióica, mas as cracas e alguns membros de outros grupos são hermafroditas. As gônadas dos crustáceos são órgãos pares tipicamente alongados, que se encontram na porção dorsal do tórax ou do abdome, ou em ambos. Os ovidutos e os ductos espermáticos são geralmente túbulos pares simples que se abrem na base de um par de apêndices do tronco ou em um esternito. Entretanto, os segmentos portadores dos gonóporos podem variar de um grupo para outro. Mesmo nas espécies hermafroditas, a fecundação é cruzada, envolvendo a copulação. O macho dispõe de uma série de apêndices modificados para segurar a fêmea que incuba os ovos em apêndices do corpo, como ocorre nas lagostas e nos caranguejos, ou em sacos ovígeros formados quando os ovos são expelidos, como ocorre nos copépodos. C Classe Arachnida São artrópodos com oito (= 4 pares) de patas. De acordo com o registro fóssil, as formas primitivas eram aquáticas. Os representantes atuais, entretanto, ocupam principalmente o ambiente terrestre, sendo mais comuns em regiões quentes e secas. A grande maioria dos membros do grupo tem tamanho reduzido. As aranhas, por exemplo, costumam medir menos de 25 milímetros de comprimento (as espécies avantajadas são poucas) e muitos ácaros não têm mais que 0,5 milímetros de comprimento. Figura 02 – Estrutura externa de um crustáceo. www.consulteme.com.br
  • 14. 13 Exemplos: aranhas, escorpiões, pseudo- escorpiões, ácaros, carrapatos, etc. Morfologia Externa Aranhas As aranhas variam de tamanho desde pequeninas espécies com menos de 0,5 mm de comprimento até os grandes migalomorfos tropicais (chamados tarântulas, caranguejeiras ou aranhas-macaco em diferentes partes do mundo) que medem 9 cm, podendo a extensão das pernas ser muito maior. O corpo é geralmente dividido em dois segmentos: o cefalotórax (cabeça fundida ao tórax), coberto dorsalmente por uma carapaça sólida convexa, e o abdome. No cefalotórax, geralmente existem oito olhos anteriores e apêndices articulados. O par mais anterior é o das quelíceras, usadas na captura de alimento. Cada uma apresenta um acúleo em forma de garra onde se abre o ducto de uma glândula de veneno. O segundo é o par de pedipalpos, que são curtos nas fêmeas e semelhantes a pernas, sendo usados no esmagamento do alimento; mas nos machos eles se modificam, formando estruturas copulatórias. Os quatro pares restantes são as patas locomotoras, de tamanho variável; geralmente constam de oito segmentos: uma coxa basal, um trocânter pequeno, um fêmur longo, uma patela curta, uma tíbia longa e um metatarso, um tarso e um pequeno pré-tarso distal que termina em duas ou três garras. Não há antenas. As aberturas corporais, com exceção da boca, são abdominais e ventrais, com o destaque para a abertura genital, as aberturas respiratórias, as fiandeiras por onde saem os fios de seda para a construção da teia, e o ânus. Figura 03 – Estrutura externa de um aracnídeo. BARNES, R. D. 1984.
  • 15. 14 ZoologiaGerale Comparada II As aranhas possuem sexos separados (são animais dióicos) e, geralmente, são dotadas de um evidente dimorfismo sexual, ou seja, a fêmea e o macho são nitidamente diferentes. Habitualmente, os machos são menores que as fêmeas. Na época da reprodução, o macho tece um casulo de seda, no qual deposita uma gotícula de líquido contendo os espermatozóides; estes são tomados nas cavidades de seus palpos, para mais tarde serem introduzidos na cavidade genital da fêmea, onde ficam armazenados no receptáculo seminal. Há espécies que se acasalam várias vezes durante a vida; outras só realizam o acasalamento uma vez. A fêmea pode matar e comer o macho após o acasalamento, mas isto é incomum. Mais tarde, a fêmea tece um casulo de seda almofadado no qual os ovos são postos (ooteca). Este casulo ou ooteca pode ficar preso à teia ou ser carregado pela fêmea. O desenvolvimento é direto, e não há passagem por estágio larval. Existem cuidados com a prole; após a eclosão, os filhotes são protegidos pela mãe, podendo ser carregados sobre o abdome durante os primeiros dias de vida. A seda das Aranhas A seda das aranhas é uma proteína composta de glicina, alanina, serina e tirosina e é similar à seda das lagartas. É emitida como um líquido e o endurecimento não resulta da exposição ao ar mas, provavelmente do processo real de estriamento. Um único fio é composto de várias fibras, cada uma das quais procede de seda líquida produzida por um fuso. A maioria das aranhas produz mais de um tipo de seda e os vários tipos são secretados por dois a seis tipos diferentes de glândulas sericígenas. A seda desempenha um importante papel na vida das aranhas e é utilizada para diversos fins, mas todas as famílias de aranhas produzem teias para capturas presas. Uma função da seda comum à maioria das aranhas é o seu uso como fio guia. As aranhas vão deixando, continuamente, um fio de seda seco atrás delas à medida que se movem. A intervalos, esta seda atua como dispositivo de segurança, similar ao utilizado pelos escaladores de montanhas. A cena comum de uma aranha suspensa no ar, após cair de algum objeto, resulta da contínua retenção de seu fio de guia. Você sabia? Figura 04 – Aranha na ooteca http://www.geocities.com/ apotecionegro/arac.html
  • 16. 15 D Classe Chilopoda Morfologia Externa São artrópodos que apresentam o corpo alongado, contendo grande número de segmentos e sem uma nítida separação entre a cabeça, o tórax e o abdome. Em cada segmento, encontram-se um par de pernas; sendo que o primeiro par é transformado em uma estrutura denominada fórcipula, na extremidade da qual se abre uma glândula de veneno, com o qual os quilópodos paralisam suas presas. No último segmento, o par de pernas merece especial atenção, pois é algo diferente dos outros pares restantes que servem apenas para locomoção: é mais longo e em geral dotado de fortes e robustos espinhos. Quando a lacraia anda, é dirigido para trás horizontalmente ou mesmo um pouco para cima, sempre um tanto aberto como uma pinça prênsil que ajuda a captura das presas. Na cabeça, apresentam um par de antenas. Reprodução A reprodução dos quilópodos é sexuada. São animais dióicos, com desenvolvimento direto (o jovem assemelha-se ao adulto, com o mesmo número ou um número menor de segmentos) ou indireto. A fecundação é interna: o macho deposita os espermatozóides no corpo da fêmea, dentro da qual encontram as células sexuais femininas.Algumas centopéias põem ovos e outras são vivíparas. Aranhas e Escorpiões de Interesse Médico As espécies de aranhas perigosas para o homem pertencem a quatro gêneros: Phoneutria, Loxosceles, Latrodectus e Lycosa. Outros gêneros podem picar o homem, mas a conseqüência é apenas uma forte dor local. Os escorpiões que podem causar perigo ao homem pertencem principalmente ao gênero Tityus. Esses animais possuem uma quilha longitudinal ao alongo do corpo e um espinho sob o ferrão do aguilhão. Os mais freqüentes no Brasil são o Tityus bahiensis ou escorpião marrom e o Tityus serrulatus ou escorpião amarelo. O primeiro filme “Homem aranha” deveria ser, na verdade, “Homem opilião”, porque o símbolo no peito do herói não possuía o pedicelo, que é a sinapomorfia básica das aranhas. No segundo filme, os diretores corrigiram esse erro. Os quilópodos são animais com 2 patas (= 1 par) por segmento do tórax. Exemplos: centopéias ou lacraias.
  • 17. 16 ZoologiaGerale Comparada II E Classe Diplopoda Morfologia Externa Os diplópodos têm corpo cilíndrico com muitos segmentos e a parede do corpo inclui depósitos de sais de cálcio. Não possuem forcípula. A cabeça dos diplópodos tende a ser convexa dorsalmente e achatada ventralmente, com dois grupos de muitos olhos simples e um par de antenas curtas e de mandíbulas. Uma estrutura em forma de placa (gnatoquilário) pode representar as maxilas fundidas. O tórax é curto, com quatro segmentos ímpares, todos menos o primeiro com um par de pernas. O longo abdome possui 9 a 100 segmentos duplos, cada um contendo dois pares de estigmas, ostíolos e gânglios nervosos e dois pares de pernas com sete artículos. Reprodução e Desenvolvimento A fecundação é interna. Os ovos são fecundados no momento da postura e, dependendo da espécie, são produzidos de 10 a 300 ovos de uma só vez.Alguns depositam os ovos em grupos no solo ou no humo; outros, como o Narceus, regurgitam um material que é moldado em forma de taça com a cabeça e as pernas anteriores. Um único ovo é depositado na taça, que depois é fechada e polida. A cápsula é depositada em humo e fendas e é comida pelo jovem diplópodo ao eclodir. O diplópodo europeu Glomeris tem hábitos similares, mas forma a cápsula com excremento. Os ovos da maioria das espécies eclodem em várias semanas e os jovens recém- eclodidos geralmente possuem apenas sete segmentos e os três primeiros pares de pernas sendo os outros adicionados na frente do segmento anal durante mudas sucessivas (até 10) do crescimento. Muitos diplópodos sofrem ecdise (processo de mudança do exoesqueleto) dentro de câmaras de muda especialmente construídas, similares aos ninhos, e é dentro destas câmaras que muitas espécies tropicais sobrevivem na estação da seca. O exoesqueleto desprendido é geralmente comido, talvez para auxiliar na reposição de cálcio. Os diplópodos vivem de 1 a 10 ou mais anos, dependendo da espécie. CONTEÚDO 3 – O AMBIENTE AQUÁTICO E OS PEIXES PRIMITIVOS Os primeiros vertebrados que surgiram na face da Terra eram provavelmente animais marinhos de pequeno porte, com todas as características dos cordados. Já apresentavam, entretanto, um encéfalo simples e um esqueleto cartilaginoso, com crânio e vértebras ainda não completamente formados. Esses vertebrados primitivos não possuíam mandíbulas verdadeiras e foram, por isso, denominados agnathas ou ciclostomatos, pois possuíam a boca arredondada. Os diplópodos são animais com 2 patas (=1 par) por segmento do tórax e 4 patas (2 pares) por segmento do abdome. Exemplo: piolhos de cobra ou gongolos.
  • 18. 17 Figura 05 – Exemplo de um peixe primitivo: a lampreia. www. wikipedia.org Os agnathas eram abundantes nos mares de eras geológicas passadas, mas na fauna atual estão representados por dois grupos: o das lampreias, com trinta espécies, e o das feiticeiras (ou peixes-bruxa), com vinte espécies. A Petromyzoniformes Morfologia Externa A lampreia tem corpo cilíndrico e cauda lateralmente comprimida. As nadadeiras são pequenas, mas isso não restringe seus movimentos natatórios, executados por ondulações do corpo. A boca é circundada por um grande funil ventral com forma de taça, sugador, com muitos dentes córneos cônicos e longa língua protrátil também armada com dentes córneos. A narina é medianodorsal na cabeça, seguida por pele fina sobre o órgão pineal. Os dois grandes olhos são laterais e cobertos com pele transparente, mas sem pálpebras. Apresenta, lateralmente no corpo, sete pares de bolsas branquiais, abrindo-se separadamente, por onde sai à água que banha estes órgãos respiratórios. O ânus abre- se ventralmente na base da cauda e, imediatamente atrás, há uma pequena papila urogenital, perfurada por um ducto. Todo o animal é coberto com um epitélio liso, contendo muitas glândulas, porém sem escamas. Reprodução e Desenvolvimento Quando as lampreias, tanto marinhas como de água doce, estão sexualmente maduras, na primavera ou início do verão, as gônodas incham e ambos os sexos locomovem- se para os rios, às vezes “cavalgando” em peixes ou barcos que passam. Procuram águas claras e rasas nos rios e usando o funil bucal movem pedras no fundo e varrem os detritos por movimentos rápidos do corpo até preparar uma depressão arredondada, rasa, livre de lama, como ninho. A fêmea prende-se a uma pedra fazendo face à corrente, e o macho prende-se à fêmea, ambos usando seus funis bucais. Parcialmente entrelaçados, agitam- se para frente e para trás, quando óvulos e espermatozóides são eliminados, sendo a fecundação externa. Os ovos são pequenos (1 mm na lampreia de rio) e adesivos; afundam rapidamente s são cobertos por areia e lodo. Uma fêmea de lampreia de rio pode conter 2.00 a 65.00 ovos e a da grande lampreia marinha até 236.000 ovos. Alguns casais geralmente desovam próximos uns dos outros, às vezes no mesmo ninho. Todos os adultos morrem depois da desova. Os jovens eclodem mais ou menos em um mês como pequenas larvas; quando atingem 12 a 15 mm de comprimento, abandonam o ninho à procura de águas calmas.Aí cada um constrói e habita um túnel em forma de U na areia e lodo, mas sai do túnel para se alimentar do limo que cobre o fundo.Aágua entra pela boca por ação ciliar
  • 19. 18 ZoologiaGerale Comparada II e sai através das fendas branquiais. O alimento é capturado no muco secretado pelo endóstilo do assoalho da faringe, como no anfioxo. As larvas, conhecidas como amocetes, são muito parecidas com o anfioxo (cordado marinho, pequeno e pisciforme). São cegas, desprovidas de dentes e têm uma vida longa, de pelo menos 3 anos (Entosphenus tridentatus) até mais ou menos 7 anos (Petromyzon). Durante a metamorfose são seguidos dois caminhos por diferentes tipos de lampreias. No grupo mais primitivo o trato digestivo funcional é mantido e desenvolvem-se dentes fortes e afiado; tais lampreias alimentam-se de peixes, continuando a viver e a crescer no mar ou em grandes rios ou lagos, conforme a espécie. Depois de terem existido neaste estágio por um ano (talvez mais tempo nas espécies maiores), sobem pequenos rios durante a primavera, pra desovar e depois morrer. Membros do segundo grupo param de comer e de crescer após a metamorfose, de agosto a outubro; o tubo digestivo e os dentes degeneram parcialmente e após 4 a 11 meses os animais reproduzem-se e morrem. Tais lampreias degeneradas desenvolveram-se como ramos divergentes do tipo normal em diversos lugares, tanto no leste como no oeste dos Estados Unidos e em outras partes do mundo. B Myxiniformes Morfologia Externa Comparados com as lampreias, os membros da ordem Myxiniformes (feiticeiras) diferem de muitas maneiras: Reprodução Os peixes-bruxa são hermafroditas. Um único animal pode produzir espermatozóides em uma época reprodutora e óvulos na seguinte. Óvulos e espermatozóides são eliminados para a cavidade abdominal como nas lampreias e penetram nos ductos celomáticos situados na parte posterior do abdome e que se unem com a cloaca. Os óvulos são poucos, com muito vitelo e uma casca córnea resistente; são ovais alongados e podem ser grandes (10 por 30 mm). Nas extremidades existem terminais em forma de âncora, que prendem os ovos a algas marinhas ou a outros objetos do fundo. O crescimento até a forma adulta aparentemente é direto, sem estágio larval. 3.1 História Natural As lampreias vivem tanto em água doce como no mar de regiões temperadas. As espécies ectoparasitas prendem-se a peixes e baleias. Por sucção do funil e uso dos dentes (1) pela pequena boca sugadora mole, com 1 grande dente epidérmico dorsal e fileiras de pequenos dentes usados para arrancar pedaços do corpo da presa; (2) vários pares de tentáculos ao redor da boca e abertura nasal; (3) narina terminal e mediana com canal (e bolsa pituitária) abaixo do encéfalo até o teto da faringe, funcionando como canal para a entrada de água para arejar as brânquias; (4) olhos por baixo da pele (não-visíveis); (5) ovos grandes, com casca córnea formada no ovário.
  • 20. 19 Figura 06: Quimera http://palaeo.gly.bris.ac.uk/Palaeofiles/Fossilgroups/ Chondrichthyes/Modernforms/modernforms.html bucais abrem orifícios na pele por onde é injetada uma substância que evita a coagulação do sangue do hospedeiro enquanto este flui para dentro da boca da lampreia. Peixes e baleias sadios são atacados e podem ser mortos. Esta é também uma forma de se deslocarem.Aventosa bucal também lhes serve para se agarrarem a pedras ou vegetação aquática para descansarem. Por esta razão, em alguns locais da Europa são conhecidas por suga-pedra (“stone-sucker” em inglês).As lampréias, principalmente a larva ammocoetes, são usadas como isca na pesca. No entanto, em alguns países,os adultos são considerados uma especialidade culinária. Em Portugal, a lampreia é comida sobretudo em arroz de lampreia, com uma confecção próxima da cabidela. Alguns restaurantes e casas fazem-na também assada no espeto. A lampreia é comida de finais de janeiro a meados de abril. As feiticeiras não toleram luz forte e salinidades baixas. Procuram partes lodosas no fundo do mar, geralmente abaixo de profundidades de 24 metros onde cavam. Comem vermes e outros invertebrados que vivem sobre o fundo ou em seu interior e peixes mortos (necrófagos) ou doentes e outros animais que vão para o fundo. CONTEÚDO 4 – OS PEIXES CARTILAGINOSOS E ÓSSEOS Várias espécies de animais que vivem na água são chamados peixes desde os peixes-boi até as estrelas-do-mar, mas o termo se aplica propriamente a vertebrados aquáticos inferiores. Os gregos conheciam os peixes como ichthyes, sendo a ictiologia o estudo científico dos peixes; o nome comum peixe deriva do latim, pisces. Os tubarões, as raias e as quimeras são os vertebrados viventes mais inferiores que têm vértebras completas e separadas, mandíbulas móveis e extremidades pares. Os condrícties (ou peixes cartilaginosos) podem ser classificados em dois grupos: Holocephali e Elasmobranchii ou Selachii. De acordo com a classificação científica tradicional, a classe Osteichthyes (Exemplos: sardinhas, atuns e bagres) agrupava os peixes ósseos, em contraposição com Chondrichthyes, os peixes cartilaginosos. No entanto, de acordo com as descobertas mais recentes sobre a filogenia dos animais, a classe Osteichthyes agrupa todos os animais com tecido ósseo e com dentes implantados nas maxilas. Esta classe inclui: os Sarcopterygii (Sarcos = carnoso; pterygium = nadadeira) e os Actinopterygii (actinos = raios). A Holocephali Estão representados pelas quimeras ou peixe coelho. São peixes grotescos do fundo das profundidades oceânicas (baixas latitudes) ou de águas rasas (altas latitudes). Têm um comprimento de 0,5 a 2 metros. Possuem brânquias protegidas por um opérculo, cauda longa e flexível, olhos muito grandes, corpo sem escamas e maxila fundida com o crânio. Suas mandíbulas contêm grandes placas achatadas. São ovíparos. As quimeras alimentam-se de algas marinhas, invertebrados e peixes. B Elasmobranchii ou Selachii Condrícties que possuem de cinco a sete fendas branquiais, não recobertas por opérculos. Estão representados pelos tubarões e raias. É o maior
  • 21. 20 ZoologiaGerale Comparada II grupo entre os condrícties, integrado por cerca de 760 espécies. Ao contrário dos agnatha e dos holocephali, os elasmobrânquios possuem nadadeira caudal bem desenvolvida e o corpo recoberto por escamas placóides, cada uma com um espinho voltado para trás, coberto de esmalte e uma placa basal de dentina situada na derme. Essas escamas são também chamadas de dentículos dérmicos. B.1 - Tubarões Morfologia Externa Os tubarões possuem uma cabeça terminada em ponta arredondada (focinho), onde há duas narinas ventrais e uma boca larga. Os olhos laterais, movidos por três pares de músculos que prendem o globo ocular na sua base, não têm pálpebras. Como na maioria dos peixes elasmobrânquios, a retina contém apenas bastonetes e os olhos parecem estar adaptados para pouca luz. As narinas são dois orifícios localizados na região cefálica, que terminam em fundos cegos. Não se comunicam com a faringe, como ocorre na maioria dos peixes ósseos. Nos condríctes e na maioria dos osteícties, as narinas têm apenas a função olfativa: um dos sentidos muito desenvolvidos nos tubarões. O odor é percebido por quimiorrecepção: um dos mecanismos sensoriais utilizados para a percepção de presas a grandes distâncias. Uma vez próximos da presa, esses animais passam a utilizar-se da visão. Seus olhos enxergam bem em baixa luminosidade. O tronco é fusiforme, maior perto das nadadeiras peitorais, afilando para trás Há duas nadadeiras dorsais medianas separadas, uma nadadeira caudal mediana e dois pares de nadadeiras laterais, peitorais e pélvicas. A nadadeira caudal é bilobada, sendo a parte superior mais estreita do que o lobo ventral que se prende ao longo da parte inferior da coluna vertebral. Quando a cauda se move de um lado para outro durante a natação, o lobo ventral fornece elevação. Em cada movimento para dentro a superfície superior é inclinada em direção à linha mediana e o lobo ventral segue atrás dela. A força resultante tem um componente para cima e a cauda tende a elevar-se e a enviar as partes anteriores para baixo. As nadadeiras peitorais, entretanto, inclinam-se para cima e provocam a elevação das partes anteriores, contrabalançando a ação da cauda. O efeito combinado tende a elevar o peixe o que é importante para um animal sem bexiga natatória e que é mais pesado que a água do mar. Figura 07: Exemplos de peixes cartilaginosos. A. Tubarão: estrutura externa; B e C. Raia: estrutura externa. Fonte: STORER, T.I.; USINGER, R. L.; STEBBINS, R.C.; NYBAKKEN, J. W.;1984.
  • 22. 21 Reprodução Com relação à reprodução, os tubarões são animais dióicos, apresentando dimorfismo sexual. O macho diferencia-se extremamente da fêmea, pois as nadadeiras pélvicas foram transformadas em um órgão copulador denominado clásper. A cópula frequentemente é cíclica, durante curto período. Os machos são frequentemente agressivos e alguns tubarões induzem as fêmeas a acasalar-se mordendo- as ou, em espécies menores, agarrando-as com as mandíbulas. Na cópula, os clásperes são colocados um junto do outro e os dois órgãos são inseridos na cloaca da fêmea. As fêmeas geralmente têm filhotes apenas em anos alternados. Os tubarões podem reproduzir-se de duas maneiras diferentes: Nos vivíparos forma-se uma placenta no saco vitelino. É aí que crescem os filhotes durante um período que pode atingir dois anos. Quando nascidos, os tubarões bebê já estão completamente formados. Por isso, a mãe tubarão não precisa tomar conta dos filhotes depois do nascimento. A maioria dos tubarões é ovovivípara, retendo os ovos no seu interior para o desenvolvimento, dando nascimento a filhotes vivos.Alguns meses depois, o tubarão bebê rompe a casca do ovo e nasce já pronto a viver sem ajuda. Em muitos países, tubarões e raias são usados pelo homem como alimento. No oriente as nadadeiras dos tubarões são secas e depois cozidas para produzir um material gelatinoso usado para sopas. Antigamente, no Velho Mundo, a pele de tubarão era curtida com as escamas (denominada pele-de-lixa) para fazer capas para livros finos, caixas de jóias e bainhas de espadas. Com as escamas destruídas, as peles serviam como couro para sapatos e bolsas. Os tubarões também podem causar prejuízos ao homem. Em algumas praias populares têm sido registrados inúmeros ataques. O Brasil abriga três das espécies de tubarões consideradas perigosas: o Tubarão Branco, o Tubarão Tigre e o Tubarão Cabeça Chata – responsáveis pelos ataques na costa do nordeste e sudeste. Leia a reportagem publicada no dia 19/06/ 2006 – Jornal O Globo. Você sabia? Ataque de tubarão faz rever prática de surf O Comitê Estadual de Prevenção e Monitoramento de Incidentes com Tubarões se reúne nesta segunda-feira, em caráter extraordinário, em Recife, para discutir a ampliação do trecho onde a prática de surf e outros esportes náuticos são proibidos. Isso porque o ataque que matou no domingo o surfista Humberto Pessoa Batista, na praia de Punta Del Chifre, em Olinda, estava liberado para o surf. A limitação a surf e outros esportes existe desde 1994. Os ataques começaram a se intensificar em 1992 e desde então, já são quase 50 pessoas mordidas e mutiladas e 18 mortos. O ataque de tubarão neste fim de semana foi o terceiro do ano nas praias pernambucanas, o primeiro com morte. No dia 9 de abril, o catarinense José Ivair Pereira, 35 anos, foi mordido no joelho, na praia de Piedade. Em 21 de maio, a vítima foi o caminhoneiro Rogério Antônio de Cardoso, 33 anos, atingido na perna esquerda, na coxa e na panturrilha. Ele foi atacado em Boa Viagem e teve que fazer uma cirurgia.
  • 23. 22 ZoologiaGerale Comparada II B.2 - Raias Morfologia Externa Apresentam um corpo muito achatado, com nadadeiras peitorais muito largas e delgadas, unidas à cabeça e ao tronco, dando a estes peixes um contorno rômbico ou em forma de disco.As brânquias, dispostas em cinco pares de fendas branquiais, localizam-se na face ventral do corpo. A cauda é normalmente longa e afilada, com a aparência de um chicote. Na superfície dorsal encontram-se os espiráculos (aberturas que levam água às cavidades branquiais), um par de olhos bem desenvolvidos, mas incapazes de enxergar colorido, uma vez que não possuem cones (células responsáveis pela percepção de cor). Reprodução Diferentemente dos peixes ósseos, as raias copulam, sendo a fecundação interna. Posteriormente os ovos são liberados na água, envoltos em bolsas coriáceas. O desenvolvimento dos ovos é muito lento, podendo demorar mais de um ano e meio, quando então eclodem os alevinos. C Sarcopterygii Os Sarcopterygii, como o próprio nome diz, são peixes que possuem nadadeiras carnosas, sustentadas por ossos semelhantes aos das patas tetrápodes. Em razão disso, acredita-se que os primeiros vertebrados terrestres – os anfíbios – teriam surgido de um grupo de sarcopterígeo primitivo, que vivia em águas rasas, respirando por brânquias e também pulmões. Os sarcopterígeos eram abundantes em períodos geológicos passados, mas na fauna atual estão representados por apenas quatro gêneros, classificados em dois grupos: o dos Actinistias e o dos Dipnoi. Os sarcopterígeos que deram origem aos anfíbios não têm representantes na fauna atual. No grupo dos actinístias está a Latimeria, peixe marinho que vive a, aproximadamente, 200 metros de profundidade, na costa da África. Sua característica mais importante é a presença de barbatanas pares (peitorais e pélvicas) cujas bases são pedúnculos que se assemelham aos membros dos vertebrados terrestres e se movem da mesma maneira. Os dipnóicos são peixes pulmonados. Corpo longo, delgado; sem pré-maxilas e maxilas; 3 pares de placas dentárias duras e nadadeiras pares. Vivem em rios de regiões tropicais e estão representados na fauna atual com apenas três gêneros: o Neoceratodus da Austrália, o Lepidosiren da América do Sul e o Protopterus da África. Os peixes pulmonados possuem brânquias reduzidas, insuficientes para suas necessidades respiratórias. A respiração aérea através do pulmão é obrigatória para eles. Ao contrário dos demais peixes, os dipnóicos possuem narinas em comunicação com a faringe através das coanas. Estas também estavam presentes nos sarcopterígeos primitivos (os crossopterígios que dera origem aos tetrápodos e permaneceram em todos os vertebrados terrestres.
  • 24. 23 - O corpo é fusiforme, mais alto que largo, de corte oval o que facilita a deslocação através da água. A cabeça estende-se da ponta do focinho até o canto posterior do opérculo, o tronco deste ponto até o ânus e o resto é a cauda. A grande boca é terminal, com maxilas e mandíbulas distintas que apresentam dentes finos. Na parte dorsal do focinho há duas narinas duplas (bolsas olfativas), os olhos são laterais, sem pálpebras, e atrás de cada um há uma cobertura fina das brânquias, o opérculo, com margens livres embaixo e atrás. Por baixo de cada opérculo existem quatro brânquias em forma de pente. O ânus e a abertura urogenital precedem a nadadeira anal. - O esqueleto apresenta 3 partes principais: coluna vertebral, crânio e raios das barbatanas. Da coluna vertebral partem as costelas e a cintura peitoral. Numerosos outros pequenos ossos sustentam os raios das barbatanas. O crânio é articulado com as maxilas e mandíbulas, ambas bem desenvolvidas, e suporta os arcos branquiais. A articulação do crânio com a coluna vertebral é tão forte que os peixes não podem virar a cabeça. - A pele cobre todo o corpo e contém inúmeras glândulas mucosas, cuja secreção facilita o deslizar através da água e protege contra infecções, e escamas no tronco e cauda, de várias formas (ciclóide, ctenóide, ganóide) mas sempre de origem dérmica. Algumas espécies não apresentem escamas ou estas podem ser revestidas de esmalte. -As escamas são finas, arredondadas e implantadas em fileiras longitudinais e diagonais, imbricadas como as telhas de um telhado. As extremidades livres das escamas estão cobertas por uma fina camada de pele que protege de parasitas e doenças. Em algumas espécies, esta camada de pele ajuda a manter a umidade quando o animal está emerso. Cada escama está fixa numa bolsa dérmica e cresce durante a vida do animal, o que geralmente origina anéis de crescimento (maiores no verão e muito pequenos no inverno). Estes anéis são mais notórios em peixes de regiões temperadas. Devido ao padrão de distribuição, forma, estrutura e número das escamas ser quase constante em cada espécie, esta é uma importante característica sistemática desta classe. - Um grande saco de paredes finas, a bexiga natatória, ocupa a porção dorsal da cavidade do corpo. Ela é ligada à faringe por um ducto pneumático em alguns peixes, especialmente nas espécies de raios moles, porém não na perca ou nas formas de raios espinhosos. A bexiga natatória é preenchida por gases (O2 , N2 , CO2 ) e atua como órgão hidrostático para ajustar o peso específico do peixe ao da água em diferentes profundidades, permitindo que eles subam, desçam ou fiquem parados. Em diversos peixes a bexiga natatória pode ajudar na respiração ou servir como órgão de sentido ou na produção de sons. A bexiga natatória é semelhante a um pulmão nos peixes pulmonados e em alguns outros. O peixe pulmonado brasileiro é a pirambóia (Lepidosiren paradoxa), que vive na região amazônica. Este peixe foi descoberto no Brasil (Amazonas) pelo naturalista austríaco Johannes von Natterer, que esteve dezoito anos percorrendo nosso país a serviço da ciência. O nome “pirambóia” foi dado pelos indígenas e significa peixe-cobra/peixe-réptil. D Actinopterygii Os Actinopterygii, como o próprio nome diz, são peixes cujas nadadeiras são sustentadas por raios, esqueleto interno tipicamente clacificado e aberturas branquiais protegidas por um opérculo ósseo É o grupo mais diversificado e que reúne mais de 27.000 espécies. Tipicamente os peixes ósseos não são maiores que 1 m de comprimento, mas existem formas reduzidas e gigantescas. São exemplos de actinopterígeos: as sardinhas, o salmão, a truta, o baiacu, o arenque, entre inúmeros outros. As suas características principais são:
  • 25. 24 ZoologiaGerale Comparada II Reprodução Os Actinopterygii possuem sexos separados e gônadas geralmente pares. São principalmente ovíparos com fecundação externa, embora existam espécies com fecundação interna e hermafroditas. Os ovos são pequenos e sem anexos embrionários mas com quantidade de vitelo muito variável.As espécies de mar alto produzem enormes quantidades de ovos, pois a maioria não sobrevive.Algumas espécies cuidam dos ovos e/ou dos juvenis, guardando os ninhos e mantendo-os oxigenados com jorros de água. Outros incubam os ovos na boca ou permitem que os jovens lá se recolham quando ameaçados. Várias espécies migram grandes distâncias (tanto de água salgada para doce, como algumas espécies de salmões, ou o inverso, como as enguias) para desovar. 4.1 Relações com o Homem Os peixes têm sido importantes como alimento humano desde os tempos do homem paleolítico que deixou ossos de peixes nos seus sambaquis, até os dias presentes.Acarne da maioria dos peixes é branca (ou avermelhada) e de textura flocosa. Contém 13 a 20% de proteínas e tem um valor alimentar de 660 a 3.500 kcal por kg, dependendo do conteúdo em óleo (até 17% no salmão). O Brasil possui uma indústria pesqueira em grande desenvolvimento. Mas, como tem um litoral de mais de 9.000 quilômetros, além de muitos rios - maior bacia hidrográfica do mundo -, conta com possibilidade de ser um dos maiores produtores mundiais de pescado e a garantia de alimentação de sua população. A pesca é também uma recreação para milhares de pessoas. O sistema “pesque e solte” tem sido introduzido em diversas localidades do território brasileiro. Muitos peixes como os Lebistes são utilizados como ferramenta de controle biológico para combater os transmissores da Malária e da Febre Amarela. São também utilizados em laboratórios, nos experimentos ecotoxicológicos, genéticos, comportamentais e reprodutivos. Muitas espécies de peixes são mantidas e criadas em tanques e aquários por amadores ou por outras pessoas e muitas instituições públicas mantêm grandes aquários com paredes de vidro onde são expostos tanto peixes nativos como exóticos. Além disso, Figura 08: Estrutura externa de um peixe ósseo. http://curlygirl.no.sapo.pt/osteites.htm
  • 26. 25 estes animais têm sido mencionados em numerosas letras musicais. Como é observado na composição de Oswaldo Montenegro. [[[[[ ]]]]]Agora é hora de TRABALHAR 11111 No aniversário da Cidade de Salvador, o Restaurante Iemanjá promoveu um “Festival de Crustáceos”: lagosta, lula, camarão, ostra e mexilhão. Quais desses animais não deveriam estar incluídos no cardápio? Por quê? _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________ 22222 O camarão e a abelha são animais pertencentes ao mesmo filo, embora separados em classes distintas. Cite: a) Duas características que permitam agrupá-los no mesmo filo: _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ b) Duas características que os separam em classes distintas: _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ 33333 Descreva as estruturas presentes na cabeça de um inseto. _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________ Aos Filhos de Peixes Composição: Oswaldo Montenegro É peixe quando pula e descortina a clara possibilidade de mudar de opinião é peixe quando sem ligar a seta muda o rumo inverte a coisa, embola o pensamento e então ... é peixe quando o germe da loucura se transforma em claridade e anda pela contramão é peixe quando anda no oceano de quarenta correntezas sem nenhuma embarcação é peixe quando salta o precipício da responsabilidade e tem uma queda pra ilusão é peixe quando anda contra o vento, desafia o sofrimento e carrega o mundo com a mão é peixe quando a luz do misticismo se transforma na procura do princípio e da razão é peixe quando anda no oceano de quarenta correntezas sem nenhuma embarcação
  • 27. 26 ZoologiaGerale Comparada II 44444 Como os aracnídeos se reproduzem? _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________ 55555 Mencione aracnídeos que para o homem são: a) Parasitas: _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ b) Peçonhentos: _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ c) Causadores de alergia: _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________ 66666 Por que os vertebrados primitivos foram denominados agnathas ou ciclostomatos? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 77777 Descreva o ambiente e o modo de vida das: a) Lampreias: _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________ b) Feiticeiras: _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________ 88888 Resuma o processo de reprodução dos tubarões _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________ 99999 Caracterize os dipnóicos e dê exemplos desses peixes. _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________ 1111100000 Quais são as principais diferenças existentes entre os condrícties e os osteícties? _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________