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ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 
CONDIÇÕES HIGIÊNICO SANITÁRIAS DO COMÉRCIO AMBULANTE DE MACAPÁ – 
1 
AMAPÁ, BRASIL 
SANITARY HYGIENIC CONDITIONS OF TRADE STREET MACAPÁ - AMAPÁ, BRAZIL 
RUBENS ALEX DE OLIVEIRA MENEZES1; PETILLE SANTOS DE SOUZA2; ROMULO LIMA DE SOUSA3; 
FLÁVIO HENRIQUE FERREIRA BARBOSA4; BENEDITO PANTOJA SACRAMENTO5; MARGARETE DO 
SOCORRO MENDONÇA GOMES6 
RESUMO 
O comércio de alimentos em vias públicas por vendedores ambulantes pode constituir um alto risco para a 
saúde dos consumidores, visto que as pessoas envolvidas nesta atividade geralmente não têm preparo e 
conhecimento da manipulação correta de alimentos. Neste sentido, o objetivo do trabalho foi de investigar as 
condições higiênicas sanitárias das barracas que comercializam alimentos no centro comercial da Cidade de 
Macapá - Amapá. Este trabalho foi desenvolvido com 33 vendedores ambulantes através de uma pesquisa 
de campo, observacional de aspecto qualitativo, onde foram avaliados os pontos de comércio ambulante, 
sendo realizada uma entrevista estruturada por questionário, aplicado aos vendedores e/ou manipuladores, 
e inspeção visual, através da aplicação de um check-list, baseado na RDC nº. 216, com questões relacionadas 
aos itens de edificação, equipamentos/instrumentos, utensílios e higienização, vestuário, hábitos higiênicos, 
equipamentos de proteção individual e qualidade de matéria prima a fim de verificar as condições higiênico-sanitárias 
do estabelecimento comercial. Os resultados demostram de um modo geral as precárias condições 
de higiene nos locais visitados, visto que em todos os locais foi encontrado algum tipo de irregularidade. 
Conclui-se que as várias não-conformidades observadas decorre da necessidade de aplicação de normas 
sanitárias adequadas à venda de alimentos de rua e o estabelecimento de um sistema de vigilância sanitária 
mais eficiente, aliados a intervenções educativas. 
PALAVRAS-CHAVE: Manipulação de alimentos, alimentos de rua, saúde pública, boas práticas manipulação, 
ambulantes. 
ABSTRACT 
The food trade on public roads by hawkers can be a risk to the health of consumers, since the people involved 
in this activity often have no knowledge of the correct preparation and handling of food. In this sense, the 
objective of this study was to investigate the sanitary hygienic conditions of food stalls that sell the commercial 
center of the city of Macapá - Amapá. This study was conducted with 33 hawkers through field research, 
qualitative observational aspect, where the points of itinerant trade were assessed by structured interview 
questionnaire administered to vendors and/or handlers being held, and visual inspection through applying a 
checklist, based on the RDC 216 with issues related to building items, equipment/instruments, utensils and 
hygiene, clothing, hygiene habits, personal protective equipment and quality raw material to check the sanitary 
conditions of the premises. The results demonstrate the generally poor hygiene conditions in the visited places, 
as in all locations found some kind of irregularity. It is concluded that the various non-compliances observed 
due to the need for appropriate health standards to the sale of street foods and the establishment of a more 
efficient system of health surveillance, combined with educational interventions. 
KEYWORDS: Food handling, food street, public health, good handling practices.
ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 
2 
INTRODUÇÃO 
A comercialização de alimentos de 
maneira informal, nas ruas das cidades, é 
uma prática corriqueira. As comidas de rua 
são uma opção relativamente barata para os 
consumidores que não têm condições, ou não 
querem arcar com as despesas advindas do 
serviço de um estabelecimento fixo. Nesse 
contexto, é natural e necessário que exista 
um maior estudo acerca do impacto que esse 
comércio de rua pode exercer na saúde da 
coletividade (GERMANO; SIMÕES, 2007). 
Wirmano e Allain (1991) define as 
comidas de rua como variedade de alimentos 
e bebidas prontos para o consumo, 
preparados e/ou comercializados em locais 
públicos. Este tipo de alimento apresenta 
vantagens, como menor preço, quando 
comparado àqueles alimentos ou refeições 
comercializadas pelos restaurantes, além da 
conveniência e grande variedade de opções 
atrativas ao consumidor. 
No Brasil, a tradição de vender 
alimentos nas ruas é antiga e faz parte de sua 
cultura, contudo, mesmo nos dias de hoje, os 
alimentos vendidos nas ruas oferecem, na 
maioria das vezes, baixa qualidade higiênico-sanitária 
na produção de alimentos, 
acarretando graves consequências para 
aqueles que os consomem (RODRIGUES; 
GOMES; CONCEIÇÃO, 2003). 
Para termos uma boa qualidade de 
vida é necessária uma alimentação 
equilibrada e que obedeça as quatro leis da 
Nutrição: Lei da qualidade, quantidade, 
harmonia e adequação (SILVA JUNIOR, 
2007). Como formas de garantir a qualidade 
higiênico-sanitária e a conformidade dos 
alimentos na comercialização de alimentos 
temos as Boas Práticas de Fabricação de 
Alimentos, que são normas criadas pela 
ANVISA (Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária). 
Essas normas devem ser adotadas 
pelas instituições ligadas aos serviços de 
alimentação e envolvem requisitos 
essenciais, que vão desde instalações 
adequadas, estendendo-se até as regras de 
limpeza do local de trabalho e higiene 
pessoal, tais como a lavagem frequente e 
correta das mãos, utilização de uniformes 
adequados, disponibilização de materiais 
higiênicos e uso de sanitizantes apropriados, 
concluindo com a descrição dos 
procedimentos por escrito envolvidos no 
processamento dos alimentos (BRASIL, 
2004; TOMICHI, 2005). 
Geralmente, as áreas de venda como 
as feiras livres apresentam infra-estrutura 
inadequada, falta de acesso à água potável e 
às instalações sanitárias, fatos que propiciam 
ao risco de servirem como veículos de 
doenças (MARTINS, 2008). Os principais 
fatores relacionados à ocorrência de doenças 
de origem alimentar são as más condições de 
higiene na manipulação dos alimentos, o uso 
incorreto do binômio tempo/temperatura, más 
condições de armazenamento e conservação 
dos alimentos e falta de adequação e 
conservação da estrutura física dos 
estabelecimentos. 
Vale ressaltar que a responsabilidade 
de oferecer alimentos inócuos está distribuída 
entre todos os participantes da cadeia 
produtiva de alimentos até o consumidor, 
envolvendo fases como: produção de 
alimentos, processamento, transporte, 
conservação e comercialização, que podem 
influir direta ou indiretamente na 
contaminação de alimentos (SILVA JUNIOR, 
2007). 
Diante da falta de estrutura e de 
capacitação dos manipuladores de alimentos 
nas feiras livres, existem graves problemas 
no comércio de alimentos prontos e semi-prontos 
que podem colocar em risco a saúde 
do consumidor. A exposição dos alimentos 
sem acondicionamento adequado, sem 
refrigeração e sem proteção contra fatores 
físicos e químicos podem alterar a qualidade 
do alimento comercializado em feiras 
(CORREIA; RONCADA 1997; RODRIGUES 
et al, 2010). 
Os estabelecimentos de preparo e 
comércio de alimentos em feiras livres 
assumem um papel importante na qualidade 
da alimentação oferecida à população, 
fazendo-se necessário estabelecer 
fiscalizações e vigilância para assegurar a
ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 
3 
qualidade dos alimentos comercializados 
(CORREIA; RONCADA, 1997). 
Este tipo de alimento é caracterizado 
pela baixa segurança a saúde, podendo ser 
facilmente contaminado por microrganismos 
patogênicos (RODRIGUES et al, 2010). 
Sendo o padrão microbiológico sanitário de 
qualidade dos alimentos estabelecido pela 
Resolução nº 12/2001(LIMA; ANTONACCIO, 
2007). Sua sobrevivência nos alimentos se 
deve não só as características físicas e 
nutricionais, mas também a um conjunto de 
fatores extrínsecos e intrínsecos ao mesmo 
(PINTO, 1996; MALLON, BORTOLOZO, 
2004). 
Nesse contexto, aliado ao despreparo 
dos manipuladores, maus hábitos de higiene 
e de práticas inadequadas na manipulação de 
alimentos, como também ao não 
cumprimento, ou a falta de conhecimento dos 
manipuladores da legislação vigente contribui 
para a ocorrência de um grave problema de 
saúde pública (RODRIGUES et al, 2010). 
O Regulamento Técnico de Boas 
práticas para Serviços de alimentação, 
presentes na Resolução nº 216, de 15 de 
setembro de 2004, da Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (RODRIGUES et al, 
2010) e a Resolução nº 275, de 21 de outubro 
de 2002, dispõe sobre o Regulamento 
Técnico de Procedimentos Operacionais 
Padronizados aplicados aos 
estabelecimentos de alimentos e a Lista de 
Verificação das Boas Práticas de Fabricação 
de alimentos, sendo geralmente 
desconhecida pela maioria do comerciante 
ambulante (BRASIL, 2002). 
Esse desconhecimento gera 
contaminação evitada seguindo-se a 
legislação e as Boas Práticas de Fabricação 
(BPF), que se define como normas de 
procedimentos a fim de atingir um 
determinado padrão de identidade e 
qualidade de um produto e/ou serviço na área 
de alimentos incluindo-se bebidas, utensílios 
e materiais em contato com os alimentos 
(AKUTSU et al, 2005). 
Sendo analisados quatro pontos 
principais: termos relevantes – controle e 
práticas referentes ao pessoal; instalações – 
áreas externas, internas, controle de pragas, 
armazenamento de produtos, abastecimento 
de água, encanamento e coleta de lixo; 
requisitos gerais de equipamentos – 
construção, facilidade de limpeza e 
manutenção; e controles de produção 
(AKUTSU et al, 2005). 
Em áreas de grande afluência de 
público, com potencial turístico significativo, 
onde o consumo de alimentos é significativo, 
a fiscalização torna-se um ato indispensável 
na garantia da qualidade destes e na 
diminuição de doenças transmitidas por 
alimentos. Devido ao supracitado, esta 
pesquisa teve como objetivo de investigar as 
condições higiênicas sanitárias das barracas 
que comercializam alimentos no centro 
comercial da Cidade de Macapá - Amapá. 
MATERIAL E MÉTODOS 
No centro comercial da cidade de 
Macapá foram identificados 33 pontos de 
comércio ambulante situadas no centro 
comercial da Cidade de Macapá – Amapá, 
sendo o local de maior fluxo de pessoas, e 
que representa o universo amostral estudado. 
Trata-se de uma pesquisa de campo, 
observacional de aspecto qualitativo, onde 
foram avaliados 33 pontos de comércio 
ambulante. 
Inicialmente foi realizada uma 
sensibilização, por meio de uma explicação 
sobre a importância da realização do 
presente estudo, desenvolvida com a 
população de total de 50 barracas, mas 
somente 33 aceitaram participar do estudo. 
Para avaliar as Boas Práticas foi utilizado o 
método observacional direto, com a aplicação 
de um check list próprio, baseado na RDC 
nº.216, com questões relacionadas aos itens 
de edificação, equipamentos/instrumentos, 
utensílios e higienização, vestuário, hábitos 
higiênicos, equipamentos de proteção 
individual e qualidade de matéria prima. 
Após a aplicação do check list, os 
dados tabulados foram agrupados, para 
avaliação do resultado e diagnóstico dos 
principais itens referentes à condições 
higiênico-sanitárias do comércio ambulante. 
Considerando os dados obtidos, foi feita uma 
análise para evidenciar os principais pontos
ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 
4 
fora da faixa de conformidade. Após foi 
entregue aos ambulantes uma apostila 
didática de desenvolvimento próprio 
adaptado dos manuais da ANVISA, com 
informações de corretos procedimentos em 
higiene pessoal e higiene ambiental. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Os resultados da pesquisa realizada 
em 33 pontos de comércio ambulante, sendo 
o perfil higiênico sanitário de cada 
estabelecimento visitado traçado a partir da 
aplicação de um check list composto de itens 
de edificação, equipamentos/instrumentos, 
utensílios e higienização, vestuário, hábitos 
higiênicos, equipamentos de proteção 
individual e qualidade de matéria prima. 
No item de “edificações e instalações”, 
detectou-se 100% de não conformidade nas 
barracas analisadas, pois não possuíam 
equipamentos e utensílios em adequado 
estado de conservação. Os itens foram 
observados e não estavam em conformidade, 
pois os equipamentos e móveis não 
apresentavam superfícies lisas, 
impermeáveis e não estavam isentas de 
rugosidades e outras imperfeições. 
Em relação à Infraestrutura, a COVISA 
(2008) afirma que o local de preparo dos 
alimentos deve estar protegido de forma a 
evitar o acesso de pragas urbanas. O que não 
condiz principalmente aos estabelecimentos 
observados, onde não foram encontradas 
medidas necessárias para o controle da 
entrada de qualquer tipo de contaminante, 
ficando sujeitos a exposição de poeira, 
insetos e roedores. 
De acordo com a COVISA (2008) as 
superfícies dos equipamentos e utensílios 
utilizados devem ser lisas, impermeáveis, 
laváveis e estar isentas de rugosidades, além 
de estarem em adequado estado de higiene, 
conservação e funcionamento. Pratos, copos 
e talheres usados para o consumo destes 
alimentos, sendo descartáveis ou não, devem 
ser armazenados em local protegido e 
reservado, além de limpos. Em caso de falhas 
na higienização destes há um acúmulo de 
resíduo que facilita a contaminação 
(CHESCA et. al., 2003; MALLON, 
BORTOLOZO, 2004). Todos os 
equipamentos estavam funcionando, mas em 
geral apresentavam ferrugem na superfície e 
falhas na higienização, o que facilita a 
contaminação cruzada. 
No item de “higienização de 
instalações”, os resultados demonstraram 
100% de não conformidade, em relação às 
condições higiênico-sanitárias. A observação 
sistemática indicava que os utensílios e a 
área de preparação não eram higienizados 
quantas vezes fossem necessárias, podendo 
haver contaminação entre saneantes, 
substâncias odorizantes e alimentos. No total 
não foi possível a verificação de maneira 
holística, pois os alimentos não eram 
preparados no local. 
Nos itens “abastecimento de água” a 
pesquisa obteve 100% de não conformidade 
indicando que a maioria das barracas 
verificadas, utilizava água com procedência 
desconhecida para a fabricação de gelo, e 
eram mantidas em condições higiênico – 
sanitárias não apropriadas. Em relação ao 
uso de água potável para higienização das 
mãos, foram observadas que todos não 
possuíam torneiras individuais. No item 
“manejo de resíduos”, 16,90% estava dentro 
da conformidade, indicando que as barracas 
possuíam coletores individuais, para 
deposição de resíduos da área de preparação 
de alimentos, porém sem tampa. Já 83% 
apresentam não conformidade, pois não 
possuíam recipientes identificados e de fácil 
higienização. 
No item “manipuladores”, foram 
observados 24,90% de conformidade, pois os 
manipuladores estavam com os cabelos 
presos protegidos por touca, as unhas 
estavam aparadas sem esmalte e não 
possuíam nenhum tipo de adorno. Já 75,10% 
não se enquadravam na faixa de 
conformidade, pois manipulavam dinheiro 
com frequência e não possuíam uniformes 
adequados e local apropriado para 
higienização de mãos. 
Segundo Mallon (2005), nesse item 
foram observados que a maioria dos 
proprietários/manipuladores apresentavam-se 
sem uso de uniforme adequado, além de 
um asseio pessoal desfavorável (com
ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 
5 
utilização de adornos, esmalte, unhas 
compridas e falta de boa apresentação 
corporal). Os manipuladores dos alimentos 
são considerados importante fonte de 
contaminação, devendo sempre manter 
asseio pessoal, usar cabelo preso protegido 
por touca ou boné, usar vestimenta 
adequada, bem conservada e limpa, bem 
como não usar qualquer tipo de adorno. 
Sendo que estes devem estar em bom estado 
de saúde, afastando-se de sua função em 
caso de enfermidade (COVISA, 2008). 
Há a necessidade de constante 
higienização das mãos por parte dos 
manipuladores e outros funcionários que 
possam ter acesso direto ao alimento em 
preparo e o uso de luvas, no entanto o seu 
uso gera controvérsias. Estudos 
demonstraram que a lavagem correta das 
mãos se mostrou mais eficaz na remoção dos 
microrganismos que o uso das luvas 
(RODRIGUES, 2003). 
Vale ressaltar que os mesmos devem 
participar de programas de capacitação, que 
incentive hábitos higiênicos, pois uma 
manipulação inadequada destes alimentos 
pode não só veicular microrganismos 
patogênicos como também favorecer o 
desenvolvimento e sobrevivência dos 
mesmos (LUCCA, 2000; MALLON, 
BORTOLOZO, 2004). 
A totalidade dos estabelecimentos 
investigados os funcionários eram 
despreparados, pois não era estabelecida 
uma função definida para cada um, onde 
manipulavam o dinheiro junto com o alimento, 
tinham contato direto com as pessoas, e não 
era realizada uma lavagem adequada das 
mãos. Além de não estarem uniformizados 
adequadamente, e nem paramentados com 
os EPI’s (Equipamentos de Proteção 
Individual) necessários. Muitos dos 
manipuladores usavam brincos e anéis, 
unhas crescidas e sujas. 
A respeito da produção de alimentos 
Nascimento et. al (2004) destaca que a 
qualidade da matéria-prima é de fundamental 
importância para um produto final adequado. 
Os produtos que transitam nesse tipo de 
comércio, por sua extrema perecibilidade, 
devem ser refrigerados em ambiente e 
temperatura adequados, que não 
comprometam sua qualidade higiênico-sanitária 
(MENDONÇA; CORREIA; ALBINO, 
2002). 
Além de serem acondicionados, tem-se 
que identificá-los, com no mínimo, nome 
do produto, data de fabricação e prazo de 
validade após abertura da embalagem 
(SIQUEIRA et. al., 2011). Todos os 
estabelecimentos apresentaram 
irregularidades neste item, as matérias 
primas utilizadas durante o preparo, eram 
dispostos na bancada ao lado da chapa sem 
refrigeração e próximo a alimentos já 
preparados, podendo gerar contaminação 
cruzada e a perda da inocuidade do mesmo. 
Produtos como: milho, ervilha, 
presunto, muçarela eram acondicionados 
sem registro de origem; data de validade, 
produtor e temperatura de armazenamento. 
Ao final do expediente, a matéria prima não 
utilizada é retornada para o freezer junto com 
as demais que já estavam armazenadas. Um 
ponto importante que não foi abordado 
anteriormente, mas que hoje se torna 
pertinente, é a questão de abastecimento de 
água e esgoto. Já que na cidade de Macapá 
o abastecimento de água tem sido 
insuficiente para que no mínimo sejam feitas 
as higienizações necessárias para a 
manipulação de um alimento seguro. 
Fica evidente que o desconhecimento 
das Boas Práticas de Fabricação e das 
normas de higiene alimentar corrobora com 
os resultados obtidos. Situação esta que 
pode ser mudada com ações eficazes da 
vigilância sanitária, inicialmente orientando e 
proporcionando cursos de capacitação tanto 
para proprietários quanto para os 
manipuladores. Tal como campanhas de 
orientação à população quanto à qualidade 
alimentar. Só assim será possível uma 
mudança da qualidade do alimento servido 
nestes tipos de estabelecimentos. 
CONCLUSÃO 
Os resultados obtidos com o presente 
estudo levam às seguintes conclusões: a 
edificação, equipamentos/instrumentos, 
utensílios e higienização, vestuário, hábitos 
higiênicos, equipamentos de proteção
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6 
individual e qualidade de matéria prima são 
precárias, contribuindo para o risco de 
contaminação, a falta de estrutura e de 
capacitação dos manipuladores de alimentos 
gera graves problemas no comércio de 
alimentos que podem colocar em risco a 
saúde do consumidor. 
A exposição dos alimentos sem 
acondicionamento adequado sem 
refrigeração e sem proteção contra fatores 
físicos e químicos pode alterar a qualidade 
dos alimentos comercializados. Os 
estabelecimentos de preparo e comércio de 
alimentos assumem um papel importante na 
qualidade da alimentação oferecida à 
população, fazendo-se necessário 
estabelecer fiscalizações e vigilância para 
assegurar a qualidade dos alimentos 
comercializados. 
Os alimentos recebem um tratamento 
razoável, porém com significativo risco de 
contaminação, pois não são armazenados ou 
expostos adequadamente. Sugere-se a 
adoção de medidas preventivas que 
contribuam para minimizar os riscos 
apontados neste estudo, dentre as quais se 
destacam: capacitação periódica dos 
profissionais envolvidos na produção de 
alimentos e supervisão das condições dos 
manipuladores, por meio dos órgãos 
responsáveis. 
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de preparação como instrumento de 
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Sanitária. Resolução de Diretoria colegiada 
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Dispõe sobre o Regulamento Técnico de 
Procedimentos Operacionais Padronizados e 
aplicados aos Estabelecimentos 
Produtores/Industrializadores de Alimentos e 
a Lista de Verificação das Boas Práticas de 
Fabricação em Estabelecimentos 
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ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 
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Aliment., Campinas, 25(1): 115-120 jan.-mar. 
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WIRMANO, F.G; ALLAIN, A. Street food in 
developing countries lessons from Asia. Food 
Nutr. Agric. v1, n.1, p. 11-18, 1991. 
________________________________________ 
1 - Graduação em Enfermagem pela 
Universidade Federal do Amapá e Mestrado 
pelo Programa de Pós Graduação em 
Ciências da Saúde da Universidade Federal 
do Amapá, UNIFAP. Funcionário do Governo 
do Estado do Amapá lotado no Laboratório 
Central de Saúde Pública do Amapá - 
LACEN-AP, Macapá, Amapá, Brasil. 
2 - Técnica de Enfermagem pelo Governo do 
Estado do Amapá e discente do curso de 
Tecnologia em Radiologia Médica da 
Faculdade de Tecnologia do Amapá – Meta, 
Macapá, Amapá, Brasil. 
3 - Graduação em Biomedicina pela 
Associação Educacional da Amazônia 
mantenedora da Faculdade SEAMA e 
Especialista em Biossegurança pelo Instituto 
Brasileiro de Pós Graduação e Extensão, 
IBPEX - Macapá (AP), Brasil. 
4 - Docente do Programa de Pós Graduação 
em Ciências da Saúde da Universidade 
Federal do Amapá, UNIFAP - Macapá (AP), 
Brasil.
ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 
8 
5 - Coodenador Municipal do Programa de 
Imunizações do município de Laranjal do Jari 
Amapá e Especialista em Pneumologia 
Sanitária pela Fundação Oswaldo Cruz, Rio 
de Janeiro (RJ), Brasil 
6 - Laboratório Central de Saúde Pública de 
Macapá (LACEN-AP) e Mestrado em biologia 
de agentes infecciosos e parasitários pela 
Universidade federal do Pará, (PA), Brasil 
Correspondência: Rubens Alex de Oliveira 
Menezes – Laboratório Central de Saúde 
Pública de Macapá – LACEN(AP). Endereço: 
Avenida Tancredo Neves, 1118. Bairro: São 
Lázaro, CEP - 68908-530, Setor de 
Bacteriologia, Tel: 
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Artigo abmba v1_n2_2013_01

  • 1. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 CONDIÇÕES HIGIÊNICO SANITÁRIAS DO COMÉRCIO AMBULANTE DE MACAPÁ – 1 AMAPÁ, BRASIL SANITARY HYGIENIC CONDITIONS OF TRADE STREET MACAPÁ - AMAPÁ, BRAZIL RUBENS ALEX DE OLIVEIRA MENEZES1; PETILLE SANTOS DE SOUZA2; ROMULO LIMA DE SOUSA3; FLÁVIO HENRIQUE FERREIRA BARBOSA4; BENEDITO PANTOJA SACRAMENTO5; MARGARETE DO SOCORRO MENDONÇA GOMES6 RESUMO O comércio de alimentos em vias públicas por vendedores ambulantes pode constituir um alto risco para a saúde dos consumidores, visto que as pessoas envolvidas nesta atividade geralmente não têm preparo e conhecimento da manipulação correta de alimentos. Neste sentido, o objetivo do trabalho foi de investigar as condições higiênicas sanitárias das barracas que comercializam alimentos no centro comercial da Cidade de Macapá - Amapá. Este trabalho foi desenvolvido com 33 vendedores ambulantes através de uma pesquisa de campo, observacional de aspecto qualitativo, onde foram avaliados os pontos de comércio ambulante, sendo realizada uma entrevista estruturada por questionário, aplicado aos vendedores e/ou manipuladores, e inspeção visual, através da aplicação de um check-list, baseado na RDC nº. 216, com questões relacionadas aos itens de edificação, equipamentos/instrumentos, utensílios e higienização, vestuário, hábitos higiênicos, equipamentos de proteção individual e qualidade de matéria prima a fim de verificar as condições higiênico-sanitárias do estabelecimento comercial. Os resultados demostram de um modo geral as precárias condições de higiene nos locais visitados, visto que em todos os locais foi encontrado algum tipo de irregularidade. Conclui-se que as várias não-conformidades observadas decorre da necessidade de aplicação de normas sanitárias adequadas à venda de alimentos de rua e o estabelecimento de um sistema de vigilância sanitária mais eficiente, aliados a intervenções educativas. PALAVRAS-CHAVE: Manipulação de alimentos, alimentos de rua, saúde pública, boas práticas manipulação, ambulantes. ABSTRACT The food trade on public roads by hawkers can be a risk to the health of consumers, since the people involved in this activity often have no knowledge of the correct preparation and handling of food. In this sense, the objective of this study was to investigate the sanitary hygienic conditions of food stalls that sell the commercial center of the city of Macapá - Amapá. This study was conducted with 33 hawkers through field research, qualitative observational aspect, where the points of itinerant trade were assessed by structured interview questionnaire administered to vendors and/or handlers being held, and visual inspection through applying a checklist, based on the RDC 216 with issues related to building items, equipment/instruments, utensils and hygiene, clothing, hygiene habits, personal protective equipment and quality raw material to check the sanitary conditions of the premises. The results demonstrate the generally poor hygiene conditions in the visited places, as in all locations found some kind of irregularity. It is concluded that the various non-compliances observed due to the need for appropriate health standards to the sale of street foods and the establishment of a more efficient system of health surveillance, combined with educational interventions. KEYWORDS: Food handling, food street, public health, good handling practices.
  • 2. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 2 INTRODUÇÃO A comercialização de alimentos de maneira informal, nas ruas das cidades, é uma prática corriqueira. As comidas de rua são uma opção relativamente barata para os consumidores que não têm condições, ou não querem arcar com as despesas advindas do serviço de um estabelecimento fixo. Nesse contexto, é natural e necessário que exista um maior estudo acerca do impacto que esse comércio de rua pode exercer na saúde da coletividade (GERMANO; SIMÕES, 2007). Wirmano e Allain (1991) define as comidas de rua como variedade de alimentos e bebidas prontos para o consumo, preparados e/ou comercializados em locais públicos. Este tipo de alimento apresenta vantagens, como menor preço, quando comparado àqueles alimentos ou refeições comercializadas pelos restaurantes, além da conveniência e grande variedade de opções atrativas ao consumidor. No Brasil, a tradição de vender alimentos nas ruas é antiga e faz parte de sua cultura, contudo, mesmo nos dias de hoje, os alimentos vendidos nas ruas oferecem, na maioria das vezes, baixa qualidade higiênico-sanitária na produção de alimentos, acarretando graves consequências para aqueles que os consomem (RODRIGUES; GOMES; CONCEIÇÃO, 2003). Para termos uma boa qualidade de vida é necessária uma alimentação equilibrada e que obedeça as quatro leis da Nutrição: Lei da qualidade, quantidade, harmonia e adequação (SILVA JUNIOR, 2007). Como formas de garantir a qualidade higiênico-sanitária e a conformidade dos alimentos na comercialização de alimentos temos as Boas Práticas de Fabricação de Alimentos, que são normas criadas pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Essas normas devem ser adotadas pelas instituições ligadas aos serviços de alimentação e envolvem requisitos essenciais, que vão desde instalações adequadas, estendendo-se até as regras de limpeza do local de trabalho e higiene pessoal, tais como a lavagem frequente e correta das mãos, utilização de uniformes adequados, disponibilização de materiais higiênicos e uso de sanitizantes apropriados, concluindo com a descrição dos procedimentos por escrito envolvidos no processamento dos alimentos (BRASIL, 2004; TOMICHI, 2005). Geralmente, as áreas de venda como as feiras livres apresentam infra-estrutura inadequada, falta de acesso à água potável e às instalações sanitárias, fatos que propiciam ao risco de servirem como veículos de doenças (MARTINS, 2008). Os principais fatores relacionados à ocorrência de doenças de origem alimentar são as más condições de higiene na manipulação dos alimentos, o uso incorreto do binômio tempo/temperatura, más condições de armazenamento e conservação dos alimentos e falta de adequação e conservação da estrutura física dos estabelecimentos. Vale ressaltar que a responsabilidade de oferecer alimentos inócuos está distribuída entre todos os participantes da cadeia produtiva de alimentos até o consumidor, envolvendo fases como: produção de alimentos, processamento, transporte, conservação e comercialização, que podem influir direta ou indiretamente na contaminação de alimentos (SILVA JUNIOR, 2007). Diante da falta de estrutura e de capacitação dos manipuladores de alimentos nas feiras livres, existem graves problemas no comércio de alimentos prontos e semi-prontos que podem colocar em risco a saúde do consumidor. A exposição dos alimentos sem acondicionamento adequado, sem refrigeração e sem proteção contra fatores físicos e químicos podem alterar a qualidade do alimento comercializado em feiras (CORREIA; RONCADA 1997; RODRIGUES et al, 2010). Os estabelecimentos de preparo e comércio de alimentos em feiras livres assumem um papel importante na qualidade da alimentação oferecida à população, fazendo-se necessário estabelecer fiscalizações e vigilância para assegurar a
  • 3. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 3 qualidade dos alimentos comercializados (CORREIA; RONCADA, 1997). Este tipo de alimento é caracterizado pela baixa segurança a saúde, podendo ser facilmente contaminado por microrganismos patogênicos (RODRIGUES et al, 2010). Sendo o padrão microbiológico sanitário de qualidade dos alimentos estabelecido pela Resolução nº 12/2001(LIMA; ANTONACCIO, 2007). Sua sobrevivência nos alimentos se deve não só as características físicas e nutricionais, mas também a um conjunto de fatores extrínsecos e intrínsecos ao mesmo (PINTO, 1996; MALLON, BORTOLOZO, 2004). Nesse contexto, aliado ao despreparo dos manipuladores, maus hábitos de higiene e de práticas inadequadas na manipulação de alimentos, como também ao não cumprimento, ou a falta de conhecimento dos manipuladores da legislação vigente contribui para a ocorrência de um grave problema de saúde pública (RODRIGUES et al, 2010). O Regulamento Técnico de Boas práticas para Serviços de alimentação, presentes na Resolução nº 216, de 15 de setembro de 2004, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (RODRIGUES et al, 2010) e a Resolução nº 275, de 21 de outubro de 2002, dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos estabelecimentos de alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação de alimentos, sendo geralmente desconhecida pela maioria do comerciante ambulante (BRASIL, 2002). Esse desconhecimento gera contaminação evitada seguindo-se a legislação e as Boas Práticas de Fabricação (BPF), que se define como normas de procedimentos a fim de atingir um determinado padrão de identidade e qualidade de um produto e/ou serviço na área de alimentos incluindo-se bebidas, utensílios e materiais em contato com os alimentos (AKUTSU et al, 2005). Sendo analisados quatro pontos principais: termos relevantes – controle e práticas referentes ao pessoal; instalações – áreas externas, internas, controle de pragas, armazenamento de produtos, abastecimento de água, encanamento e coleta de lixo; requisitos gerais de equipamentos – construção, facilidade de limpeza e manutenção; e controles de produção (AKUTSU et al, 2005). Em áreas de grande afluência de público, com potencial turístico significativo, onde o consumo de alimentos é significativo, a fiscalização torna-se um ato indispensável na garantia da qualidade destes e na diminuição de doenças transmitidas por alimentos. Devido ao supracitado, esta pesquisa teve como objetivo de investigar as condições higiênicas sanitárias das barracas que comercializam alimentos no centro comercial da Cidade de Macapá - Amapá. MATERIAL E MÉTODOS No centro comercial da cidade de Macapá foram identificados 33 pontos de comércio ambulante situadas no centro comercial da Cidade de Macapá – Amapá, sendo o local de maior fluxo de pessoas, e que representa o universo amostral estudado. Trata-se de uma pesquisa de campo, observacional de aspecto qualitativo, onde foram avaliados 33 pontos de comércio ambulante. Inicialmente foi realizada uma sensibilização, por meio de uma explicação sobre a importância da realização do presente estudo, desenvolvida com a população de total de 50 barracas, mas somente 33 aceitaram participar do estudo. Para avaliar as Boas Práticas foi utilizado o método observacional direto, com a aplicação de um check list próprio, baseado na RDC nº.216, com questões relacionadas aos itens de edificação, equipamentos/instrumentos, utensílios e higienização, vestuário, hábitos higiênicos, equipamentos de proteção individual e qualidade de matéria prima. Após a aplicação do check list, os dados tabulados foram agrupados, para avaliação do resultado e diagnóstico dos principais itens referentes à condições higiênico-sanitárias do comércio ambulante. Considerando os dados obtidos, foi feita uma análise para evidenciar os principais pontos
  • 4. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 4 fora da faixa de conformidade. Após foi entregue aos ambulantes uma apostila didática de desenvolvimento próprio adaptado dos manuais da ANVISA, com informações de corretos procedimentos em higiene pessoal e higiene ambiental. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados da pesquisa realizada em 33 pontos de comércio ambulante, sendo o perfil higiênico sanitário de cada estabelecimento visitado traçado a partir da aplicação de um check list composto de itens de edificação, equipamentos/instrumentos, utensílios e higienização, vestuário, hábitos higiênicos, equipamentos de proteção individual e qualidade de matéria prima. No item de “edificações e instalações”, detectou-se 100% de não conformidade nas barracas analisadas, pois não possuíam equipamentos e utensílios em adequado estado de conservação. Os itens foram observados e não estavam em conformidade, pois os equipamentos e móveis não apresentavam superfícies lisas, impermeáveis e não estavam isentas de rugosidades e outras imperfeições. Em relação à Infraestrutura, a COVISA (2008) afirma que o local de preparo dos alimentos deve estar protegido de forma a evitar o acesso de pragas urbanas. O que não condiz principalmente aos estabelecimentos observados, onde não foram encontradas medidas necessárias para o controle da entrada de qualquer tipo de contaminante, ficando sujeitos a exposição de poeira, insetos e roedores. De acordo com a COVISA (2008) as superfícies dos equipamentos e utensílios utilizados devem ser lisas, impermeáveis, laváveis e estar isentas de rugosidades, além de estarem em adequado estado de higiene, conservação e funcionamento. Pratos, copos e talheres usados para o consumo destes alimentos, sendo descartáveis ou não, devem ser armazenados em local protegido e reservado, além de limpos. Em caso de falhas na higienização destes há um acúmulo de resíduo que facilita a contaminação (CHESCA et. al., 2003; MALLON, BORTOLOZO, 2004). Todos os equipamentos estavam funcionando, mas em geral apresentavam ferrugem na superfície e falhas na higienização, o que facilita a contaminação cruzada. No item de “higienização de instalações”, os resultados demonstraram 100% de não conformidade, em relação às condições higiênico-sanitárias. A observação sistemática indicava que os utensílios e a área de preparação não eram higienizados quantas vezes fossem necessárias, podendo haver contaminação entre saneantes, substâncias odorizantes e alimentos. No total não foi possível a verificação de maneira holística, pois os alimentos não eram preparados no local. Nos itens “abastecimento de água” a pesquisa obteve 100% de não conformidade indicando que a maioria das barracas verificadas, utilizava água com procedência desconhecida para a fabricação de gelo, e eram mantidas em condições higiênico – sanitárias não apropriadas. Em relação ao uso de água potável para higienização das mãos, foram observadas que todos não possuíam torneiras individuais. No item “manejo de resíduos”, 16,90% estava dentro da conformidade, indicando que as barracas possuíam coletores individuais, para deposição de resíduos da área de preparação de alimentos, porém sem tampa. Já 83% apresentam não conformidade, pois não possuíam recipientes identificados e de fácil higienização. No item “manipuladores”, foram observados 24,90% de conformidade, pois os manipuladores estavam com os cabelos presos protegidos por touca, as unhas estavam aparadas sem esmalte e não possuíam nenhum tipo de adorno. Já 75,10% não se enquadravam na faixa de conformidade, pois manipulavam dinheiro com frequência e não possuíam uniformes adequados e local apropriado para higienização de mãos. Segundo Mallon (2005), nesse item foram observados que a maioria dos proprietários/manipuladores apresentavam-se sem uso de uniforme adequado, além de um asseio pessoal desfavorável (com
  • 5. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 5 utilização de adornos, esmalte, unhas compridas e falta de boa apresentação corporal). Os manipuladores dos alimentos são considerados importante fonte de contaminação, devendo sempre manter asseio pessoal, usar cabelo preso protegido por touca ou boné, usar vestimenta adequada, bem conservada e limpa, bem como não usar qualquer tipo de adorno. Sendo que estes devem estar em bom estado de saúde, afastando-se de sua função em caso de enfermidade (COVISA, 2008). Há a necessidade de constante higienização das mãos por parte dos manipuladores e outros funcionários que possam ter acesso direto ao alimento em preparo e o uso de luvas, no entanto o seu uso gera controvérsias. Estudos demonstraram que a lavagem correta das mãos se mostrou mais eficaz na remoção dos microrganismos que o uso das luvas (RODRIGUES, 2003). Vale ressaltar que os mesmos devem participar de programas de capacitação, que incentive hábitos higiênicos, pois uma manipulação inadequada destes alimentos pode não só veicular microrganismos patogênicos como também favorecer o desenvolvimento e sobrevivência dos mesmos (LUCCA, 2000; MALLON, BORTOLOZO, 2004). A totalidade dos estabelecimentos investigados os funcionários eram despreparados, pois não era estabelecida uma função definida para cada um, onde manipulavam o dinheiro junto com o alimento, tinham contato direto com as pessoas, e não era realizada uma lavagem adequada das mãos. Além de não estarem uniformizados adequadamente, e nem paramentados com os EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) necessários. Muitos dos manipuladores usavam brincos e anéis, unhas crescidas e sujas. A respeito da produção de alimentos Nascimento et. al (2004) destaca que a qualidade da matéria-prima é de fundamental importância para um produto final adequado. Os produtos que transitam nesse tipo de comércio, por sua extrema perecibilidade, devem ser refrigerados em ambiente e temperatura adequados, que não comprometam sua qualidade higiênico-sanitária (MENDONÇA; CORREIA; ALBINO, 2002). Além de serem acondicionados, tem-se que identificá-los, com no mínimo, nome do produto, data de fabricação e prazo de validade após abertura da embalagem (SIQUEIRA et. al., 2011). Todos os estabelecimentos apresentaram irregularidades neste item, as matérias primas utilizadas durante o preparo, eram dispostos na bancada ao lado da chapa sem refrigeração e próximo a alimentos já preparados, podendo gerar contaminação cruzada e a perda da inocuidade do mesmo. Produtos como: milho, ervilha, presunto, muçarela eram acondicionados sem registro de origem; data de validade, produtor e temperatura de armazenamento. Ao final do expediente, a matéria prima não utilizada é retornada para o freezer junto com as demais que já estavam armazenadas. Um ponto importante que não foi abordado anteriormente, mas que hoje se torna pertinente, é a questão de abastecimento de água e esgoto. Já que na cidade de Macapá o abastecimento de água tem sido insuficiente para que no mínimo sejam feitas as higienizações necessárias para a manipulação de um alimento seguro. Fica evidente que o desconhecimento das Boas Práticas de Fabricação e das normas de higiene alimentar corrobora com os resultados obtidos. Situação esta que pode ser mudada com ações eficazes da vigilância sanitária, inicialmente orientando e proporcionando cursos de capacitação tanto para proprietários quanto para os manipuladores. Tal como campanhas de orientação à população quanto à qualidade alimentar. Só assim será possível uma mudança da qualidade do alimento servido nestes tipos de estabelecimentos. CONCLUSÃO Os resultados obtidos com o presente estudo levam às seguintes conclusões: a edificação, equipamentos/instrumentos, utensílios e higienização, vestuário, hábitos higiênicos, equipamentos de proteção
  • 6. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 6 individual e qualidade de matéria prima são precárias, contribuindo para o risco de contaminação, a falta de estrutura e de capacitação dos manipuladores de alimentos gera graves problemas no comércio de alimentos que podem colocar em risco a saúde do consumidor. A exposição dos alimentos sem acondicionamento adequado sem refrigeração e sem proteção contra fatores físicos e químicos pode alterar a qualidade dos alimentos comercializados. Os estabelecimentos de preparo e comércio de alimentos assumem um papel importante na qualidade da alimentação oferecida à população, fazendo-se necessário estabelecer fiscalizações e vigilância para assegurar a qualidade dos alimentos comercializados. Os alimentos recebem um tratamento razoável, porém com significativo risco de contaminação, pois não são armazenados ou expostos adequadamente. Sugere-se a adoção de medidas preventivas que contribuam para minimizar os riscos apontados neste estudo, dentre as quais se destacam: capacitação periódica dos profissionais envolvidos na produção de alimentos e supervisão das condições dos manipuladores, por meio dos órgãos responsáveis. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AKUTSU, Rita de Cássia et al. A ficha técnica de preparação como instrumento de qualidade na produção de refeições. Rev. Nutr., v.18, n.2, p. 277-279, 2005. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução de Diretoria colegiada RDC nº 275, de 21 de outubro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados e aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. D.O.U. de 06/11/2002. _______. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução de Diretoria colegiada RDC 216 de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. D.O.U. de 16/09/2004. CHESCA, A.C. et al. Equipamentos e utensílios de unidades de alimentação e nutrição: um risco constante de contaminação das refeições. Revista Higiene Alimentar, v. 17, nº 114/115, p.20-23, nov/dez 2003. CORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DE ARACAJU (COVISA/AJU). Análise dos Riscos Sanitários do Comércio Ambulante de Alimentos no Pre-Caju 2008. Disponível em: <http://www.aracaju.se.gov.br/userfiles/covis a/precaju_final.pdf>. Acesso em: 19 nov. 2013. CORREIA, M.; RONCADA M. J. Características microscópicas de queijos prato, mussarela e mineiro comercializados em feiras livres da cidade de São Paulo. Revista de Saúde Pública. São Paulo, v. 31, n.3, p.296-601, 1997. GERMANO, P. M. SIMÕES, M. I. Higiene e Vigilância Sanitária de Alimentos – Qualidade das matérias-primas, Doenças Transmitidas por Alimentos, Treinamentos de Recursos Humanos – Edição revisada e ampliada – Germano – Ed. Manole, 2007. LIMA, S.; ANTONACCIO, K. Condições higiênico-sanitárias dos alimentos no comércio ambulante em Manaus. In: II CONGRESSO DE PESQUISA E INOVAÇÃO DA REDE NORTE E NORDESTE DE EDUCAÇÃO E TECNOLÓGICA, 8, 2007, João Pessoa. Anais... João Pessoa: – PB. 2007. p. 89. LUCCA, A. Cachorro-quente comercializado em locais públicos: pontos críticos e características do mercado. São Paulo, 2000. 142p. Exame de Qualificação (Mestre em Saúde Pública) — Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo (USP).
  • 7. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 7 MALLON, C.; BORTOLOZO, E. A. F. Q. Alimentos comercializados por ambulantes: uma questão de segurança alimentar. Publicatio UEPG: Ciências Biológicas e da Saúde, Ponta Grossa, 10 (3/4): 65-76, set./dez. 2004. MALLON, C. Alimentos comercializados por ambulantes: uma questão de segurança alimentar. Publ. UEPG Ci. Biol. Saúde, Ponta Grossa, 10 (3/4): 65-76, set./dez. 2005. MARTINS, F. Metodologia de avaliação das condições sanitárias de vendedores ambulantes de alimentos no Município de Ibiúna-SP. Rev. bras. epidemiol. vol.11 no.2 São Paulo Jun/2008. MENDONÇA, S.C.; CORREIA, R.T.P.; ALBINO, E. Condições Higiênico-Sanitárias de Mercados e Feiras Livres da Cidade de Recife-PE. Revista Higiene Alimentar, v. 16, nº 94, p.20-25, março 2002. NASCIMENTO, A.J.P. et al. Comércio ambulante de alimentos: avaliação das condições higiênico-sanitárias na região central de São Paulo – SP. Higiene Alimentar, São Paulo, v. 18, n. 123, p. 42-48, 2004. PINTO, A. D. M. Doenças de Origem Microbiana Transmitidas pelos Alimentos. 1996. Disponível em <http:// www.ipv.pt/millenium/ect4_1.htm>. Acesso em: 08 jul. 2009. RODRIGUES, K. L.; GOMES, J. P.; CONCEIÇÃO, R. C. Condições higiênico-sanitárias no comércio ambulante de alimentos em Pelotas – RS. Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos. Nº 23. Set – Dez 2003. Campinas. São Paulo. RODRIGUES, F. M. et al. Avaliação das condições higiênico-sanitárias do comércio ambulante de alimentos na cidade de Paraíso do Tocantins. Revista ACTA Tecnológica - Revista Científica - ISSN 1982-422X , Vol. 5, número 1, jan-jun 2010. SILVA JUNIOR, EA. Manual de controle Higiênico-Sanitário em Alimentos. 4a. ed. São Paulo: Livraria Varela; 2007. SIQUEIRA et. al. Verificação das Boas Práticas de Fabricação em lanchonetes do hipercentro de Belo Horizonte, MG. Rev. Higiene Alimentar. v.25, n.198/199, p.31-38, Jul./Ago. 2011. TOMICHI, P.G.R. Metodologia para avaliação das Boas Práticas de fabricação em indústrias de pão de queijo. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 25(1): 115-120 jan.-mar. 2005. WIRMANO, F.G; ALLAIN, A. Street food in developing countries lessons from Asia. Food Nutr. Agric. v1, n.1, p. 11-18, 1991. ________________________________________ 1 - Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Amapá e Mestrado pelo Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Amapá, UNIFAP. Funcionário do Governo do Estado do Amapá lotado no Laboratório Central de Saúde Pública do Amapá - LACEN-AP, Macapá, Amapá, Brasil. 2 - Técnica de Enfermagem pelo Governo do Estado do Amapá e discente do curso de Tecnologia em Radiologia Médica da Faculdade de Tecnologia do Amapá – Meta, Macapá, Amapá, Brasil. 3 - Graduação em Biomedicina pela Associação Educacional da Amazônia mantenedora da Faculdade SEAMA e Especialista em Biossegurança pelo Instituto Brasileiro de Pós Graduação e Extensão, IBPEX - Macapá (AP), Brasil. 4 - Docente do Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Amapá, UNIFAP - Macapá (AP), Brasil.
  • 8. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 8 5 - Coodenador Municipal do Programa de Imunizações do município de Laranjal do Jari Amapá e Especialista em Pneumologia Sanitária pela Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro (RJ), Brasil 6 - Laboratório Central de Saúde Pública de Macapá (LACEN-AP) e Mestrado em biologia de agentes infecciosos e parasitários pela Universidade federal do Pará, (PA), Brasil Correspondência: Rubens Alex de Oliveira Menezes – Laboratório Central de Saúde Pública de Macapá – LACEN(AP). Endereço: Avenida Tancredo Neves, 1118. Bairro: São Lázaro, CEP - 68908-530, Setor de Bacteriologia, Tel: 32126175∕81311306∕32235534, Macapá – AP, Brasil. E-mail: ra-menezes@hotmail.com