O documento discute os conceitos de reciclagem de plásticos, avaliação do ciclo de vida, sustentabilidade e responsabilidade social corporativa. Apresenta também os índices de sustentabilidade como o ISE, que avalia empresas brasileiras de acordo com critérios ambientais, sociais e de governança.
Mini Curso Reciclagem de Plásticos - Ciclo de Vida e Sustentabilidade
1. Reciclagem de Plásticos
Polilab Consultoria
Fernando J. Novaes
Reciclagem de Plásticos
Fernando J. Novaes
Dezembro de 2010
Ciclo de Vida e Sustentabilidade
Dezembro de 2010
2. Agenda
•
Mercado de reciclagem no Brasil
•
Aspectos legais da reciclagem
•
•
Plásticos Biodegradáveis
Ciclo de Vida do Produto - Ecodesign
Sustentabilidade
4. Linha do tempo na evolução da ACV
Europa -
A ISO criou
Área alimentar,
comitê técnico
té
efetuar
World
Energy
Conference
Report
Energia
requerida
para
produzir
produtos
químicos
quí
1963
TC-207 para
TC-
monitoramento do
elaborar
consumo de
Midwest
Reasearch
Institute MRI Relatório
Relató
Compartivo
- REPA
1969
Estimar os
efeitos
ambientais
do uso de
dois
diferentes
tipos de
embalagens
para
refrigerantes
Coca-Cola.
CocaSomente o
sumário foi
sumá
publicado na
revista
Science
Magazine
em 1976
Crise do petróleo
petró
Racionalização do
Racionalizaç
consumo fontes
energéticas e
energé
melhor utilização
utilizaç
de recursos
naturais.
sistema de
energia, geração
geraç
gestão
de resíduos no
resí
ambiental e
processo. Diretiva -
suas
Liquid Food
ferramentas.
ISO 14040
Container Directive
1974
1970
normas de
matérias primas e
maté
US Environmental
Protection AgencyAgencyEPA
O primeiro modelo
1985
ISO 14044
1991
1993
1997/98
2000
Society of
ISO 14040
ISO 14042
Environmental
ISO 14041
ISO 14043
Toxicology and
do que conhecemos
Chemistry (SETAC)
hoje como ACV.
Primeiros
trabalhos,
necessidade de
padronizar e
sistematizar os
critérios e termos
crité
da ACV
2006
5. Histórico ACV
Histórico sobre ACV
Histó
O primeiro estudo de que se tem referência foi desenvolvido em 1969 pela Coca Cola, que contratou o Midwest Research
1969
Institute (MRI) e depois Franklin & Assoc., para comparar os diferentes tipos de embalagens de refrigerante e selecionar qual
tipos
deles se apresentava como o mais adequado do ponto de vista ambiental e de melhor desempenho com relação à preservação
ambiental
relaç
preservaç
dos recursos naturais. Este processo de quantificação da utilização dos recursos naturais e de emissões utilizado pela Coca Cola,
quantificaç
utilizaç
nesse estudo, passou a ser conhecido como - Resource and Environmental Profile Analysis - REPA.
Um grande número de consultores passou a estudar a metodologia Repa, agregando novos critérios que permitiram melhor
nú
Repa,
crité
análise dos impactos ambientais. A partir de um estudo contratado pelo Ministério do Meio Ambiente da Suíça, foi introduzido
aná
pelo Ministé
Suíça,
na metodologia Repa um sistema de ponderação que utilizava padrões de referência para a saúde humana e para agregar dados
ponderaç
saú
sobre os impactos ambientais. Em 1991, com base neste modelo foram desenvolvidos os primeiros software específicos para os
foram
especí
estudos de Repa, os Ökobase I e II.
Repa,
Nos anos subseqüentes, assistiu-se a uma verdadeira guerra de estudos sobre ACV. Estudos sobre os mesmos produtos ou
subseqü
assistiuos
serviços foram realizados com modelos diferentes, encontrando-se resultados distintos, o que ocasionou confusão acerca da sua
serviç
encontrandointerpretação, pondo-se em questão a sua validade.
interpretaç
pondoEste fato foi agravado pelo surgimento e proliferação dos chamados Rótulos Ambientais. Inicialmente, estes eram atribuídos
proliferaç
Ró
atribuí
com base em apenas um aspecto ambiental do produto ou serviço, não levando em consideração todas as fases do ciclo de vida
serviç
consideraç
do produto.
Os resultados controvertidos dessas iniciativas de rotulagem conduziram à consideração da utilização da Avaliação do Ciclo de
conduziram
consideraç
utilizaç
Avaliaç
Vida como um dos critérios para o seu desenvolvimento. Este novo uso da ACV, que tinha implícita a comparação entre
crité
implí
comparaç
produtos, ao mesmo tempo em que aparentemente era uma saída tecnicamente correta para o impasse dos rótulos ambientais,
saí
ró
tornava imperiosa a necessidade de se padronizar e sistematizar a ACV.
Em função disso, a Society of Environmental Toxicology and Chemistry (SETAC) iniciou os primeiros trabalhos de sistematização
funç
sistematizaç
e padronização dos termos e critérios da ACV. Igualmente, em 1993, a International Organization for Standardization (ISO)
padronizaç
crité
criou o Comitê Técnico TC 207 para elaborar normas de sistemas de gestão ambiental e suas ferramentas. Este Comitê é o
Té
ambiental
responsável por umas das mais importantes séries de normas internacionais, a série ISO 14000, que inclui as normas de
responsá
sé
sé
Avaliação de Ciclo de Vida.
Avaliaç
Fonte: http://acv.ibict.br/sobre/historico.htm/document_view
http://acv.ibict.br/sobre/historico.htm/document_view
8. O Relatório Brundtland
As Nações Unidas montaram uma comissão para tratar
de assuntos relativos a meio-ambiente em 1983, que
foi liderada pela então Primeira Ministra da Noruega,
Gro Harlem Brundtland.
Esse
trabalho
ficou
conhecido
como
Relatório
Brundtland. A comissão Brundtland fez pesquisas relacionadas ao meio ambiente
e a aspectos econômicos, e gerou a publicação Our Common Future, em 1987.
O relatório defina a idéia de desenvolvimento sustentável como sendo: "A
possibilidade
do
desenvolvimento
da
atual
geração
sem
comprometer
as
possibilidades das futuras gerações. "
O relatório sugeria que os governos do mundo deveriam se reunir para avaliar
como seria a melhor maneira de reduzir os efeitos da atividade humana no meioambiente da Terra para as próximas gerações. Isso gerou a primeira Earth
Summit, que foi realizado no Rio em 1992.
9. Sustentabilidade Corporativa
Sustentabilidade Corporativa é um ambiente de
negócios
que
investidores
cria
para
uma
visão
oportunidade
perene
de
pelos
negócios
e
gerenciamento de riscos que derivam dos aspectos
econômicos, ambiental e desenvolvimento social.
As
lideranças
coorporativas
no
aspecto
sustentabilidade, ou seja as empresas, conquistam o
valor agregado de mercado para as suas companhias
pela estratégia, pelo gerenciamento e pela visão do
desenvolvimento
sustentável
que
incrementa
o
potencial de mercado de produtos auto-sustentáveis
e que ao mesmo tempo minimiza riscos e custos.
10. Sustentabilidade Corporativa
Atualmente
Atualmente
consolidando,
consolidando,
estão
surgindo
e
se
estão
surgindo
e
se
empresas que estão sendo
empresas que estão sendo
socialmente responsáveis e preocupadas
socialmente responsá
responsáveis e preocupadas
com
questões
ambientais.
Estas
com
questões
ambientais.
Estas
organizações
incluem
em
seus
organizaç
organizações
incluem
em
seus
planejamentos estratégicos questões muito
planejamentosestraté
estratégicos questões muito
mais abrangentes do que as tradicionais
mais abrangentes do que as tradicionais
metas econômico-financeiras, que claro são
metaseconômicoeconômico-financeiras, que claro são
importantes.
importantes.
Entre outras características podemos citar
Entre outras caracterí
características podemos citar
a transparência frente a investidores,
a transparência frente a investidores,
padrões de governança elevados e a gestão
padrões degovernanç elevados e a gestão
governança
de recursos humanos orientada pela
de recursos humanos orientada pela
capacitação
e
capacitaç
capacitação
e
funcionários.
funcioná
funcionários.
satisfação
satisfaç
satisfação
de
de
seus
seus
São corporaç ões preocupadas com sua
São corporaç
corporações preocupadas com sua
inserção no meio onde operam que buscam
inserç
inserção no meio onde operam que buscam
l l e v a r e m cc o n t a n e cc e s s i d a d e s e
evar em onta ne essidades e
preocupações de todos os seus públicos de
preocupaç
preocupações de todos os seuspú
públicos de
i i n t e r e s s e -- cc l i e n t e s , e m p rr e g a d o s ,
nteresse
lientes, emp egados,
cc o m u n i d a d e s , g o vv e r n o , p a rr c e i r o s ,
omunidades, go erno, pa ceiros,
fornecedores. E mais: visam a criação de
fornecedores. E mais: visam a criaç
criação de
vv a l o r a o a cc i o n i s t a n o l l o n g o p rr a z o .
alor ao a ionista no ongo p azo.
O sucesso deste tipo de empresa é
O sucesso deste tipo de empresa é
constantemente apontado por investidores
constantemente apontado por investidores
nos EUA e na Europa, que, há algum tempo,
nos EUA e na Europa, que,há algum tempo,
há
passam a analisar em suas prospecções, os
passam a analisar em suasprospecç
prospecções, os
índices e relatórios de sustentabilidade,
índices e relató
relatórios de sustentabilidade,
além de outros indicadores, divulgados
alé
além de outros indicadores, divulgados
pelas Bolas de Valores e geram os ÍÍndices
pelas Bolas de Valores e geram os ndices
de Sustentabilidade.
de Sustentabilidade.
12. Índice de Sustentabilidade Empresarial - ISE
Já há alguns anos iniciou-se uma tendência mundial dos investidores
iniciouprocurarem
empresas
socialmente
responsáveis,
responsá
sustentáveis
sustentá
e
rentáveis para aplicar seus recursos. Tais aplicações, denominadas
rentá
aplicaç
“investimentos socialmente responsáveis” (“SRI”), consideram que
responsá veis”
SRI”
empresas sustentáveis geram valor para o acionista no longo prazo,
sustentá
pois estão mais preparadas para enfrentar riscos econômicos, sociais e
sociais
ambientais. Essa demanda veio se fortalecendo ao longo do tempo e
hoje é amplamente atendida por vários instrumentos financeiros no
vá
mercado internacional.
Índice de Sustentabilidade Empresarial - Seleção da Carteira
Seleç
São encaminhados questionários às empresas pré-selecionadas, com
questioná
pré
as 150 ações mais líquidas
aç
lí
Conselho
escolhe
as
empresas
principalmente, considerando:
•
com
melhor
classificação,
classificaç
– Relacionamento com empregados e fornecedores;
– Relacionamento com a comunidade; – Governança corporativa;
Governanç
– Impacto ambiental de suas atividades.
13. Critérios de Seleção - ISE
O CES-FGV* desenvolveu um questionário para aferir o desempenho
das companhias emissoras das 150 ações mais negociadas da
BOVESPA,
que
parte
do
conceito
do
“triple
bottom
line**”.
Esse conceito envolve a avaliação das dimensões ambientais, sociais
e econômico-financeiros de forma integrada. No que se refere à
dimensão ambiental, as empresas do setor financeiro respondem a
um questionário diferenciado, e as demais empresas são dividas em
“alto impacto” e “impacto moderado” (o questionário para elas é o
mesmo, mas as ponderações são diferentes).
*Centro de Estudos de Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (CES-FGV)
Fundaç
Getú
(CES** Desenvolvido pela empresa de consultoria inglesa SustainAbility
20. Base da sustentabilidade
Os motivos que levaram à degradação ambiental do planeta, teve sua origem no
modelo atual de desenvolvimento escolhido. Base atual - três premissas.
• Suprimento inesgotável de energia
inesgotá
• Suprimento inesgotável de matéria-prima e
inesgotá
maté ria• Capacidade infinita do meio de reciclar matéria e absorver resíduos
maté
resí
Atual
Admite
Recurso
Inesgotável
21. Base da sustentabilidade
Necessário rever modelo anterior para que, com lucidez e conhecimento científico,
seja possível aumentar a probabilidade de sucesso da continuidade da vida no
planeta. Base das premissas a serem desenvolvidas:
• Dependência do suprimento de energia continua do Sol
• Controle da poluição e dos impactos
poluiç
• Uso racional de energia e matéria-prima com ênfase em conservação
maté riaconservaç
• Controle do crescimento populacional
• Promoção da reciclagem e reuso dos materiais
Promoç
com perspectivas de estabilização
estabilizaç
Necessário
22. Outro conceito de sustentabilidade
O conceito de sustentabilidade é amplo, apresento aqui outra definição, essa mais
ampla, que é a de SACHS*, segundo o qual o conceito de sustentabilidade não pode
limitar-se a visão tradicional de estoques e fluxos de recurso naturais e de capitais.
É necessário considerar as seguintes dimensões, que também estão na agenda 21:
a) Sustentabilidade social - Melhorar condições de vida das populações.
b) Sustentabilidade econômica - Viabilizar por meio de destino e gestão eficientes
dos recursos disponíveis.
c) Sustentabilidade ecológica - Reduzir consumo de recursos, minimizar resíduos,
intensificar pesquisas e introduzir tecnologias limpas.
d) Sustentabilidade espacial - Equilíbrio entre a questão rural/urbana com melhor
distribuição territorial.
e) Sustentabilidade cultural - Respeitar peculariedades de cada ecossistema, de
cada cultura e de cada local.
* Ignacy Sachs - Estratégias de Transição para o Século 21
Estraté
Transiç
Sé
23. Agenda 21
O que é?
É o principal documento da Rio-92 (Conferência das
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
Humano),
que
foi
a
mais
importante
conferência
organizada pela ONU (Organização das Nações Unidas)
em todos os tempos.
Ela tem esse nome porque se refere às preocupações
com o nosso futuro, um plano de ação para o século 21.
Este documento foi assinado por 170 países, inclusive o
Brasil, anfitrião da conferência.
24. Agenda 21
Plano de ação para
Plano de ação para
o sséculo21,
o éculo 21,
visando a sustentabilidade
visando a sustentabilidade
da vida na terra
da vida na terra
A Agenda 21 estabelece uma verdadeira parceria entre governos e
sociedades. É um programa estratégico, universal, para alcançarmos
o desenvolvimento sustentável.
http://www.un.org/esa/sustdev/documents/agenda21/spanish/agenda21sptoc.htm
25. Agenda 21
Agenda 21 no Brasil
Agenda 21 no Brasil
O Programa Agenda 21 do MMA adota os princípios da Carta da Terra, busca
contribuir com os Objetivos e Metas do Milênio e tem como referências
conceituais:
• Sociedade sustentável
• Justiça ambiental
• Cidadania ativa
• Democracia participativa
http://www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=18
26. Protocolo de Kyoto
Protocolo de Kyoto
Protocolo de Kyoto
• Tratado internacional que define limites de emissão dos gases que provocam o efeito estufa.
• Diferentes metas de redução para os países desenvolvidos.
reduç
paí
• Países subdesenvolvidos não possuem metas de redução.
Paí
reduç
• EUA e Austrália não ratificaram o tratado pripordialmente por questões econômicas.
Austrá
33. Impacto
Imagem composta mostra geleira Upsala, na Patagônia argentina, em 1928 e em 2004.
Upsala,
O recuo das geleiras na região, causado pelo aquecimento global, é um dos maiores do mundo
35. Avaliação do Ciclo de Vida
A Avaliação do Ciclo de Vida é um processo
objetivo para avaliar os aspectos (impactos)
ambientais associados a um produto, processo
ou atividade. É feito através da identificação e
quantificação do uso de energia, de matériaprima e de resíduos e emissões geradas.
36. Gerenciamento Sustentável & Ciclo de Vida
Gerenciamento
Gerenciamento
S u sst teen t táávveel l
S u
n
Matéria-Prima e
Matéria-Prima e
Processos
Processos
Compreender de
onde vieram as
matérias-primas
maté riasutilizadas, para
onde irão os
produtos
Reciclagem e
Reciclagem e
Reuso
Reuso
Resíduos & Emissões
Resíduos & Emissões
fabricados, os
subprodutos e os
resíduos de
resí
processo, bem
como os efeitos das
emissões geradas
para o meio
ambiente, é passo
importante para
um gerenciamento
sustentável.
sustentá
Controle e
Controle e
Tratamento
Tratamento
Impactos
Impactos
37. Avaliação do Ciclo de Vida
A avaliação é feita mediante:
•
A compilação de um inventário de entradas e saídas
pertinentes ao sistema do produto;
•
A avaliação dos impactos ambientais potenciais associados
a essas entradas e saídas;
•
A interpretação dos resultados das fases de análise de
inventário e de avaliações de impacto.
A avaliação pode ser segmentada - gate to gate - para avaliar
impactos em um determinado processo ou produto.
38. Ciclo de Vida do Produto Cadeia de Produção
Consumo
Pré-Cadeias de Matéria-Prima e Energia
Produto
Pós-Consumo
Tratamento efluentes e manutenção
Matéria-Prima
Reciclagem
Re-uso
Manufatura
Processamento
Manufatura
Utilização
Incineração
Disposição - Aterro
Geração de Energia
Transporte interno
Transporte e
Distribuição
39. Objetivos
•
Otimização e/ou comparação de Produtos e Processos;
•
Boas práticas de gestão ambiental; sustentabilidade; aspectos sociais
•
Governança e Gerenciamento Sustentável;
•
Redução de custo; custo do ciclo de vida
•
Planejamento estratégico e marketing;
•
Exigência do cliente e/ou regulatórias;
•
Princípios básicos aplicáveis à rotulagem ambiental;
•
Pesquisa e Desenvolvimento;
•
Life Cycle Thinking - a lógica do ciclo de vida;
•
Design for Recycling;
•
Design for Disassembly;
•
Design for Enviroment - DfE;
•
Ecoeficiência; redução de impactos ambientais;
•
Normalização e Legislação;
•
Redução de resíduos e impacto ambiental ...
40. Pensamento no ciclo de vida
Ao pensar no ciclo de vida do
Ao pensar no ciclo de vida do
produto, expandimos o tradicional
produto, expandimos o tradicional
foco de processo de manufatura,
foco de processo de manufatura,
para incorporar vários aspectos
para incorporar vários aspectos
associados com o produto em si e
associados com o produto em si e
seu ciclo de vida.
seu ciclo de vida.
O produtor passa a adquirir
O produtor passa a adquirir
responsabilidade sobre o seu
responsabilidade sobre o seu
produto do berço ao ttúmulo, e
produto do berço ao úmulo, e
evolui para desenvolver novos
evolui para desenvolver novos
produtos com pensamento em
produtos com pensamento em
todas as etapas do seu ciclo de
todas as etapas do seu ciclo de
vida e os impactos causados.
vida e os impactos causados.
A lógica do ciclo de vida.
A lógica do ciclo de vida.
41. Normas ACV
NORMAS ISO PARA IMPLEMENTAÇÃO
DA AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA DO PRODUTO
ISO 14040:1997 Avaliação do Ciclo de Vida -- Princípios e Estrutura
Avaliaç
Princí
ISO 14041:1998 Life cycle assessment -- Definição: Objetivo, escopo e análise do inventário - Obsoleta
Definiç
aná
inventá
ISO 14044:2006 Environmental management -- Life cycle assessment -- Requirements and
guidelines
ISO 14042:2000
Life cycle assessment -- Avaliação do impacto - Obsoleta
Avaliaç
ISO 14043:2000 Life cycle assessment -- Interpretação do ciclo de vida - Obsoleta
Interpretaç
ISO/TR 14047:2003
Life cycle impact assessment -- Examples of application of ISO 14042
ISO/TS 14048:2002
Life cycle assessment -- Data documentation format
ISO/TR 14049:2000
Life cycle assessment -- Examples of application of ISO 14041
42. Implementando a ISO 14040
Objetivo
e
Escopo
Aplicações:
Aplicaç ões:
Avaliação do
Estudo ACV Comparativo
Análise
Aná
do
Inventário
Inventá
Impactos ambientais
Interpretação
Interpretaç
Ciclo de
Design for Enviroment - DfE
Marketing Estratégico
Estraté
Selo Verde - Legislação
Legislaç
Vida
Gestão Reciclagem
Desenvolvimento Sustentável
Sustentá
Avaliação
Avaliaç
de Impacto
ISO 14040
normas complementares 14041; 14044; 14047; 14048; 14049
43. Definições
Análise do Inventário
Implementando a ISO 14040
Fa
Fa
se
se
s
sOp
Oe
• Definição do Objetivo do Estudo
pea
r
c
ra i
con
• Definição do Escopo do Estudo - Unidade Funcional
io a
n is
ai
• Coleta de dados
sdo
doA
C
AV
• Validação dos dados coletados
C
V
Agregar os dados baseados no fluxo e fronteiras do sistema
•
Identificação e quantificação de material, energia e saídas
•
Avaliação dos critérios de inclusão de entradas e saídas
•
Avaliação de
Impacto
•
Balanço de massa com análise do inventário - Revisão dos dados
•
Relatório
com
classificação
quantitativa
e
qualitativa,
caracterização e avaliação dos impactos, baseados na análise do
inventário
44. Demandas que podem ser atendidas
Suporte em projetos - Design for Enviroment - Dfe, Casos de utilização: Amanco, Unilever,
Dfe,
utilizaç
Natura, Votocel, TetraPack, Toyota, que utilizam ou necessitam de estudos de ACV para definir
Votocel, TetraPack,
definir
projetos e melhorar aspectos ambientais dos produtos em vários pontos do seu ciclo de vida.
vá
•
Responsabilidade perante o consumidor - A tendência no mercado de embalagem, e outros
segmentos, é haver um questionamento de quanto impacto o uso de "A" ou "B" matéria-prima
matériacausa.
•
Estudos de auto-sustentabilidade e ecoeficiencia - Empresas e instituições como Suzano,
autoinstituiç
Cetea, Basf, Amanco, Natura, Banco Real, Petrobrás, etc. já realizam; também vem de encontro
Cetea,
Petrobrá
já
també
as exigências da Comissão de Valores Mobiliários com o ISE.
Mobiliá
•
Estratégia de Mercado - Como por exemplo uma Declaração Ambiental e/ou Rotulagem
Estraté
Declaraç
Ambiental - Selo Verde; e alguma demanda social e ecológica.
ecoló
•
Realizar o gerenciamento ético e responsável dos riscos sócio-ambientais, e dos benefícios
responsá
só ciobenefí
associados ao produto e sua cadeia produtiva (ACV).
•
•
Atuar comprometida com uma Gestão Corporativa.
Encorajar seus parceiros da cadeia de valor dos seus produtos a minimizar os riscos sóciosó cioambientais.
•
•
Atender questões do Índice de Sustentabilidade Empresarial - ISE - Dimensão ambiental.
•
Atender a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Polí
Resí
Só
45. Rotulagem ambiental - Selo Verde
Características
ISO 14 020 - Princípios básicos aplicáveis a rotulagem ambiental
Tipo I - ISO 14 024 - Recomenda programas levando-se em conta o ACV
Tipo II - ISO 14 021 - Descrição do aspecto ambiental, auto-declarações
Tipo III - Relatório Técnico ISO/TR14025 - Orientação do programa de rotulagem.
Orientaç
Tipo IV - Mono-critério
Este selo pode ser um condicionante/barreira para exportações
Este selo pode ser um condicionante/barreira para exportações
46. Valor Agregado
•
Melhoria das relações comerciais e sociais da empresa;
•
Gestão e governança;
•
Inovação e pioneirismo;
•
Integração de aspectos ambientais no projeto e
desenvolvimento do produto - ISO 14062
•
Visibilidade mercadológica;
•
Planejamento estratégico com base na sustentabilidade;
•
Melhoria índices de auto-sustentabilidade;
•
Declaração ambiental do produto - EPD - ISO 14024;
•
Melhoria no monitoramento de indicadores ambientais
48. Usando o ACV
Definição do Objetivo
Definição dos limites e objetivos da análise de ciclo, incluindo as metas e
decisões que devem ser apoiadas pelo projeto.
Objetivo
- Definir a finalidade, motivos e a aplicação do estudo;
- Definir o público alvo a ser atendido pelo estudo;
- Definir as perguntas a serem respondidas pelo estudo para diagnosticar
o problema ou a comparação.
49. Usando o ACV
Definição do Escopo
Escopo é a abrangência do projeto, convém que o escopo seja bem definido para
assegurar que a extensão, a profundidade e o grau de detalhe do estudo sejam
compatíveis e suficientes para atender o objetivo estabelecido.
Na definição do escopo devem estar considerados os seguintes itens:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Função do Sistema ou Sistemas em caso de comparação;
Sistema do produto
Unidade funcional
Fronteiras do sistema
Unidade de processo
Procedimentos para aquisição dos dados
Tipos de impactos, metodologia de avaliação e a finalidade da interpretação
Aquisição de dados necessários
Limitações
Considerações, tipo de relatório, análise crítica, etc.
A ACV é uma técnica iterativa, portanto o o escopo do estudo pode necessitar de
modificação enquanto o estudo estiver sendo conduzido, e informações adicionais
forem coletadas.
50. Usando o ACV
Função do Sistema do Produto
Função do sistema é a finalidade para que o sistema
estudado se destina, que pode ser o fornecimento de um
serviço (por exemplo: fornecimento de energia elétrica)
ou a função do produto (por exemplo: secador) ou ainda
servir de produção de matéria-prima para um produto
(por exemplo: fabricação de resinas plásticas).
51. Usando o ACV
Sistema de Produto e Unidade Funcional
• O Sistema de produto permite a comparação de produtos diferentes
que fornecem a mesma função. Por exemplo: Toalhas de papel e
secadores elétricos de mão. Ou como diz a norma: Conjunto de
unidades de processo, conectadas material e energeticamente, que
realiza uma ou mais funções definidas.
• A Unidade funcional, realiza o desempenho quantificado de um
Sistema de Produto para uso como unidade de referência num estudo
de ACV. Ela pode ser simples como uma distancia percorrida e
complicada como uma função administrativa. Exemplo de unidade
funcional: 1.000 kg de produto; 10% de umidade na mão seca; 200
mãos secas; 100 relatório escritos; 100 garrafas de guaraná, 1.000 kg
de polipropileno, etc.
52. Usando o ACV
Sistema de Produto e Unidade Funcional
Função
Característica de performance do produto: Secar as mão
Molhada
Performance
Seca
Molhada = % Umidade
Seca = % Umidade
Unidade
Funcional
Número de mão secas - Idênticas para os dois sistemas - por dia
Saída
Resultado das medidas
Toalha de papel: Peso médio por mão secada
Secador elétrico: Volume médio de ar quente por mão secada
53. Usando o ACV
Fronteira do Sistema
Fronteira do Sistema é a interface entre um Sistema de Produto e o
Meio-Ambiente ou outros Sistemas de Produto. Na análise berço túmulo do produto, por exemplo uma produção de um produto químico
por processo contínuo, como plásticos, que basicamente possuem cinco
estágios para o ciclo de vida: (1) Aquisição/Extração matéria-prima (2)
Processamento do material (3) Manufatura (4) Uso do produto (5)
Disposição final/Reciclagem. Também são consideradas as atividades
que afetam ou fazem parte do processo em seus estágios, como por
exemplo, transporte.
54. Usando o ACV
Inventário da ACV
A Análise do inventário envolve a coleta de dados e procedimentos de
cálculo para quantificar as entradas e saídas pertinentes a um Sistema
de Produto.
Para cada unidade de processo (processo unitário) (menor porção de
um sistema de produto para o qual são coletados dados) - ao longo do
trecho da cadeia de valores do ciclo de vida definido, devem ser
quantificados os fluxos de massa e energia de entrada e saída. O
tamanho e as unidades de processo são definidos durante o inventário
em função da disponibilidade de informações com qualidade definida.
55. Pré-Cadeias de Matéria-Prima e Energia
ulo
ulo
m
Tú m
Tú
o
ao
o a
o
erç
erç
B
oB
Do
D
Análise do Inventário
Consumo
Produto
Pós-Consumo
Tratamento efluentes e manutenção
Matéria-Prima
Reciclagem
Re-uso
Manufatura
Processamento
Manufatura
Utilização
Incineração
Disposição - Aterro
Geração de Energia
Transporte interno
Transporte e
Distribuição
56. Análise do Inventário
DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS
DEFINIÇ
INVENTÁRIO
INVENTÁ
Entradas
•
•
•
•
•
Saídas
Matérias-primas
Maté riasÁgua
Água
Ar
Solo
Biomassa
Níveis de Intensidade
Níveis de Intensidade
• uso de matéria
maté
• uso de energia
• uso de área
área
AVALIAÇÃO
AVALIAÇ
GLOBAL
• Depósito de rejeitos
Depó
Depósito
• Ar residual + emissões
• Água residual + efluentes
Água
• Massas fugitivas
•
•
• Perdas por dissipação
dissipação
ANÁLISE DOS IMPACTOS
APRIMORAMENTO
57. Análise do Inventário
Avaliar a cadeia de valores parcialmente no ciclo de vida, em alguns
casos é suficiente para uma análise em função da demanda ou estudo a
ser desenvolvido.
A três variantes para estudos parciais de ACV:
• Cradle to Gate - Realiza a análise a partir de uma unidade de produto
limitada e num fluxo ascendente
• Gate to Grave - Realiza a análise a partir de uma unidade de produto
limitada e num fluxo descendente
• Gate to Gate - Realiza a análise a partir de uma unidade de produto
limitada e num fluxo entre as unidades ou sistema do produto
58. Análise do Inventário
Etapas
• Coleta - Fluxogramas, unidades de processo, unidades
de medidas
• Alocação - Tabelas, planilhas
• Validação das informações - Modelos computacionais,
balanço de massa e energia
• Cálculo e interpretação dos impactos ambientais
59. Análise do Inventário
Coleta de Dados - Documentação
Coleta de Dados - Documentação
Dados
para
Inventário
Flow Chart
do
Processo
Descrição
do
Processo
Valores Utilizados
e
Produzidos
Entradas
e
Saídas
Fronteiras do
sistema
Informações
Administrativas
60. Inventário - Balanço de Massa e Energia
Fluxos de massa e energia
Produto
Co-Produto
CoEmissões Gasosas
Efluentes
Resíduos Sólidos
Resí
Só
Energia
Matéria-Prima
Maté ria-
Σ
Emissões
Produto
Produção
Produç
Massa e energia - Entrada
=
Σ
Massa e energia - Saída
Para cada processo unitário ao longo do trecho do ciclo de vida definido, devem
ser quantificados os fluxos de massa e energia de entrada e saída.
61. Inventário - Balanço de Massa e Energia
Energia
Energia
Energia
Extração de
MatériasPrimas
Manufatura
de materiais
Manufatura
de produtos
Resíduo
Emissões
Resíduo
Resíduo
Emissões
Emissões
Energia
Disposição final,
reciclagem ou reuso.
Energia
Uso e consumo
do produto
Resíduo
Resíduo
Emissões
Emissões
62. Inventário - Balanço de Massa e Energia
Fronteira do
Sistema
Produto
Entradas
Entradas
Sistema de produto
Sistema de produto
Co-Produto
Co-
Saídas
Saí
Saídas
Emissões Gasosas
Efluentes
Resíduos Sólidos
Resí
Só
Tratamento de dados:
Tratamento de dados:
Softwares, planilhas, etc.
Softwares, planilhas, etc.
Σ
Massa e energia - Entrada
Massa e energia - Entrada
=
Σ
Massa e energia - Saída
Massa e energia - Saída
64. Impactos Ambientais
Efeito estufa - Global Warming
Ecotoxicidade
Chuva ácida
Recursos bióticos
bió
Uso da terra
Impactos toxicológicos
toxicoló
humanos
Recursos abióticos
abió
Eutroficação
Eutroficaç
Foto-oxidação
Foto- oxidaç
Destruição camada ozônio
Destruiç
65. Avaliando os impactos
Dados
do
Invent
ário
Entradas
Saídas
Categorias de impacto
- Potencial de Aquecimento Global
- Potencial de Aquecimento Global
Disposi ão
ç
Produto
Ar
Água
Aterro
GWP (Global Warming Potential)
(Global
Potential)
GWP (Global Warming Potential)
- Acidificação - Chuva ácida
Acidificaç
- Acidificação - Chuva ácida
Categorias
gerais de
impacto
Recursos fosseis/
Energia
Emissões /
Transporte
Saúde humana
Água
Efluentes
)
)
Aterro
Sanit
ário
Ecotoxicidade
Consumo energia
Categorias
específicas
de
impacto
Recursos
renová
veis energia
Aquecimento
global
Deteriora
ção
camada O 3
Acidifica
ção
- Demanda Química de Oxigênio (DQO)
Quí
- Demanda Química de Oxigênio (DQO)
- Uso do Solo
- Uso do Solo
- Consumo de energia
- Consumo de energia
︵
Recursos não
renová
veis energia
- Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)
Bioquí
- Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)
Saúde
Ocupacional
Saúde
Pública
Estética /
Odor
Qualidade água
DBO
Qualidadeágua
DQO
Qualidadeágua
Eutroficação
Emissões
particulados
Resíduo
materiais
perigosos
Emissões
VOC
Resíduo
sólido
Classificação dos impactos - conceito para cálculo
Classificaç
cá
- Decomposição camada ozônio
Decomposiç
- Decomposição camada ozônio
- Eutroficação
Eutroficaç
- Eutroficação
- Alteração na biodiversidade
Alteraç
- Alteração na biodiversidade
- Depleção O2
Depleç
- Depleção O2
- Consumo de água ....
- Consumo de água ....
66. Avaliando os impactos
Categorias de impacto
Atributos
CO
Alteração clima
2
N O
2
CH
4
Halo
SO
NO
Acidificação
NH
(F)
2
Produção
x
NMVOC
Energia produzida
CO
Aguda
Impacto
Uso do Solo
3
NO x
Decomposição da
Camada de O3
Estágio ciclo de vida
TOX(W)
aquática
Ecológico
H-metais(A)
POP(A)
aquática
H-metais(A)
terrestre
POP(A)
NO
Eutroficação
Química produzida
TOX(W)
Crônica
Ecotoxicidade
Crônica
x
NH
3
P(W)
Tratamento de resíduos
N(W)
Impactos na
Biodiversidade
Consumo O2 - Depleção
Práticas
florestais
Transporte
DBO/DQO
Outros MP
70. Impactos Ambientais
Efeito Estufa
A radiação solar é absorvida de maneira natural pela superfície da Terra e
redistribuída pela circulação atmosférica e oceânica. Para manter o seu
equilíbrio térmico, a Terra emite para o espaço a mesma proporção de
energia que recebe de radiação solar.
Esta radiação incidente atravessa as diversas camadas da atmosfera e seu
retorno ocorre na forma de radiações térmicas de grande comprimento de
onda ou calor (radiação “terrestre” ou “infravermelha”), que são absorvidas
em parte por certos gases presentes na própria atmosfera.
71. Impactos Ambientais
Efeito Estufa
Entre os principais gases formadores do efeito estufa, distribuídos na
atmosfera, encontram-se o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4),
o óxido nitroso (N2O), o ozônio (O3) e o vapor d’água (H2O). Neste
grupo, cabe destacar a ação do CO2 uma vez que o volume de suas
emissões para a atmosfera representa algo em torno de 55% do total
das emissões de gases de efeito estufa. Além disso, o tempo de sua
permanência na atmosfera é de, pelo menos, dez décadas.
72. Impactos Ambientais
Efeito Estufa
O Potencial de Aquecimento Global (GWP) parâmetro proposto pelo
Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), serve para
comparar os gases do efeito estufa entre si, que têm diferentes
impactos sobre o clima. O Potencial de Aquecimento Global é um fator
de ponderação para somar impulsos de emissões dos diferentes gases
de efeito estufa, de forma que produzam resultados equivalentes em
termos do aumento da temperatura após um período de tempo
específico.
73. Impactos Ambientais
CO2 equivalente
É uma medida utilizada para comparar as emissões de
vários gases de efeito estufa baseado no potencial de
aquecimento global de cada um. O dióxido de carbono
equivalente é o resultado da multiplicação das toneladas
emitidas do Gases de Efeito Estufa (GEE) pelo seu
potencial de aquecimento global.
74. Impactos Ambientais
CO2 equivalente
Por exemplo, o potencial de aquecimento global do gás metano é 21
vezes maior do que o potencial do CO2, então, dizemos que o CO2
equivalente do metano é igual a 21. Os principais gases formadores do
efeito estufa podem ser correlacionados através do Potencial de
Aquecimento Global (Global Warming Potencial - GWP). Ele é utilizado
para uniformizar as quantidades dos diversos gases de efeito estufa em
termos de dióxido de carbono equivalente, possibilitando que volumes
de diferentes gases sejam apurados, e que caracteriza as categorias
específicas de impacto.
77. Impactos Ambientais
Chuva Ácida
As
indústrias
particularmente
indústrias
químicas, veículos e as centrais térmicas jogam
na atmosfera produtos contaminadores, como os
gases dióxido de enxofre (SO2) e monóxido de
nitrogênio (NO) os quais, com a ajuda do ozônio
das camadas baixas da atmosfera, oxidam-se , e
com a umidade do ar e chuva, convertem-se em ácidos que se espalham pela
terra, águas, árvores e plantações. O solo perde a fertilidade e os animais
terrestres, aquáticos e aves, acostumados com ambientes limpos, não se adaptam
a esses terrenos que perdem sua vegetação natural.
79. Impactos Ambientais
Reações Químicas da Chuva Ácida
Chuva naturalmente ácida: CO2(g) + H2O(l) --> H2CO3(aq) (ac.carbonico)
Chuva naturalmente ácida: CO2(g) + H2O(l) --> H2CO3(aq) (ac.carbonico)
A maioria das chuvas é ligeiramente ácida por causa de quantidades de dióxido de carbono (CO2) dissolvido na própria atmosfera e
A maioria das chuvas é ligeiramente ácida por causa de quantidades de dió
dióxido de carbono (CO2) dissolvido na pró
própria atmosfera e
tem um pH de 5,5.
tem um pH de 5,5.
Chuva ácida causada pela queima de combustíveis que contém enxofre
Chuva ácida causada pela queima de combustíveis que contém enxofre
(gasolina e óleo diesel):
(gasolina e óleo diesel):
I - Queima do enxofre
I - Queima do enxofre
S + O2 --> SO2
S + O2 --> SO2
II - Transformação do SO2 em SO3
II - Transformação do SO2 em SO3
SO2 + ½ O2 --> SO3
SO2 + ½ O2 --> SO3
III - Reações dos óxidos com água
III - Reações dos óxidos com água
SO2 + H2O --> H2SO3
SO2 + H2O --> H2SO3
SO3 + H2O --> H2SO4
SO3 + H2O --> H2SO4
80. Impactos Ambientais
Reações Químicas da Chuva Ácida
Chuva ácida causada pelos óxidos de nitrogênio (NOX)
Chuva ácida causada pelos óxidos de nitrogênio (NOX)
I - Reação entre N2 e O2 nos motores dos automóveis
I - Reação entre N2 e O2 nos motores dos automóveis
(devido à temperatura elevada)
(devido à temperatura elevada)
N2 + 2 O2 --> 2 NO2
N2 + 2 O2 --> 2 NO2
II - Reação do óxido com água:
II - Reação do óxido com água:
2 NO2 + H2O --> HNO2 + HNO3
2 NO2 + H2O --> HNO2 + HNO3
81. Impactos Ambientais
Eutroficação
Eutroficação é fenômeno causado pelo excesso de nutrientes
(compostos
químicos
ricos
em
fósforo
ou
nitrogênio,
normalmente causado pela descarga de efluentes (urbanos,
agrícolas ou industriais)
num corpo de água mais ou menos
fechado, o que leva à proliferação excessiva de algas, que, ao
entrarem em decomposição, levam ao aumento do número de
microorganismos à conseqüente deterioração da qualidade do
corpo de água (rios, lagos, baías, etc.).
82. Impactos Ambientais
Eutroficação
De acordo com a produtividade biológica, os lagos podem
De acordo com a produtividade biológica, os lagos podem
ser classificados em:
ser classificados em:
Oligotróficos - Lagos com baixa produtividade biológica e
Oligotróficos - Lagos com baixa produtividade biológica e
baixa concentração de nutrientes.
baixa concentração de nutrientes.
Eutróficos - Lagos com produção vegetal excessiva e alta
Eutróficos - Lagos com produção vegetal excessiva e alta
concentração de nutrientes.
concentração de nutrientes.
Mesotróficos - Lagos com características intermediárias
Mesotróficos - Lagos com características intermediárias
entre oligotrófico e eutrófico.
entre oligotrófico e eutrófico.
88. A escolha do software
Dezenas de softwares para avaliação do ciclo de vida estão disponíveis
no mercado global, certamente com o tempo de estudo, dedicação e
interação entre companhias e com a formação de pessoal, alguns vão
definindo-se como referências.
Três
desses
softwares
são
referências,
pelo
menos
nos
meios
acadêmicos e na disponibilização de capacitação e treinamento para o
mercado brasileiro.
São eles:
89. Softwares para uso em ACV
Fazendo uma avaliação mais abrangente envolvendo:
•
Interface
•
Banco de dados
•
Hardware
•
Suporte
•
Comercialização
•
Apresentação dos resultados e
•
Conexão de dados ambientais e econômicos
Tem-se a tabela a seguir.
90. Softwares para uso em ACV
Avaliações de softwares
Software
Comercialização
Comercializaç
Apresentação
Apresentaç
dos
resultados
Conexão de
dados
ambientais e
econômicos
☺☺
☺☺☺
☺☺☺
☺☺☺
☺☺
☺☺
☺☺☺
☺☺
☺☺
☺
☺☺
☺☺☺
☺☺
☺☺
Interface
Banco
de
dados
Hardware
Suporte
☺☺
☺☺
☺☺
☺☺☺ ☺☺
☺
☺☺
92. Eco-design
Eco-design é o termo que evidencia para a arquitetura,
engenharia e design que o objetivo principal é projetar lugares,
produtos e serviços que de alguma forma reduzam e/ou
substituam
o
uso
de
recursos
não-renováveis
ou
ainda
minimizem os impactos ambientais. O Eco-design é uma
ferramenta necessária para atingir a sustentabilidade.
93. Eco-design
Princípios do Eco-design
Escolha de materiais: Materiais de baixo impacto ambiental e menos poluentes,
não-tóxicos ou de produção sustentável ou reciclados, ou que requerem menos
energia na fabricação;
Eficiência energética: Utilizar processos de fabricação com menos energia;
Qualidade e durabilidade: Produzir produtos que durem mais tempo e funcionem
melhor a fim de gerar menos lixo;
Modularidade: Criar objetos cujas peças possam ser trocadas em caso de defeito,
pois assim não é todo o produto que é substituído, o que também gera menos lixo;
Reutilização/Reaproveitamento: Propor objetos feitos a partir da reutilização ou
reaproveitamento de outros objetos; projetar o objeto para sobreviver seu ciclo
de vida, criar ciclos fechados.
94. Eco-design
Integração dos aspectos ambientais
•
Utilização da ferramenta da Avaliação do Ciclo de Vida - ACV
•
Utilização de indicadores específicos - Emissões ; ruídos; ...
•
Minimizar o uso de materiais, projetos limpos, fontes renováveis
•
Facilitar a reciclagem, monomaterial
•
Uso de materiais reciclados
•
Não subestimar a energia consumida durante a vida útil do produto
•
Aumentar a vida útil do produto
•
Serviços ao invés de produtos
•
Perguntar porque e não aceitar “sempre fizemos assim e deu certo”
95. Eco-design
Design for Recycling
•
Selecionar materiais em função da sua melhor tendência a
reciclabilidade e proteção ambiental - ACV
•
Basear-se em uma Positiv List para seleção do material
•
Descrever no projeto a destinação do reciclado
•
Desmontagem não destrutiva - Design for disassembly
•
Minimizar o uso de componentes diferenciados
•
Prever em projeto a proporção de reciclado e recuperado
•
Identificar facilmente a peça, exemplo - <ABS> ou
•
Leis ambientais implementadas e cumpridas
96. Eco-design
Design for Recycling - Mensuração
“Se você pode medir você pode gerenciar”
Tipo de materiais
Massa
Uso de energia
Índice de toxidez
Conteúdo reciclável
Reciclabilidade
Tempo de uso - Time for Disassembly
Valoração do tempo de vida ...
99. Eco-design
Solução de embalagem:
Com novo design, as garrafas
de 290 ml da Coca-Cola têm
Cocauma
redução
reduç
de
25%
na
quantidade de vidro utilizada.
A Unilever lançou uma versão
lanç
concentrada do amaciante de roupas
Comfort, que permitiu a redução de
Comfort,
reduç
sua garrafa de 2 litros para 500
mililitros, redução anual de 79% no
reduç
consumo de água e 58% no consumo
de plástico.
plá
100. Eco-design
Solução de embalagem:
Com a nova tampa tem seu tamanho diminuído. Com perfil mais
diminuí
baixo, o novo modelo tem apenas duas roscas, contra três do
anterior, e possibilitou a redução de 3 milímetros em sua
reduç
milí
altura. Com isso, haverá uma economia de aproximadamente
haverá
1,5 grama de PET nas garrafas e 0,2 grama de polipropileno nas
tampas. Nas previsões da empresa, em um ano, primeira fase
do projeto, serão poupadas cerca de 300 toneladas, somandosomandose os dois materiais. Além do significado financeiro que
Alé
propiciará, a iniciativa atende à política de preservação do
propiciará
polí
preservaç
Sistema de Gestão Ambiental da AmBev.
101. Fim desse módulo
Você viu aqui:
Conceitos - Sustentabilidade
Avaliação do ciclo de vida
Eco-design