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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2

   CURSO: FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO CRISTÃ II
   DISCIPLINA: ALIANÇAS: NOVO E VELHO TESTAMENTOS

   O conceito de aliança                                                                            AULA 1
   OBJETIVO

           Estudar as alianças realizadas pelo Senhor com o homem, seu significado, princípios e importância
   na história do povo de Israel e para com a Sua igreja nos dias de hoje. As lições que serão estudadas pro-
   curarão traçar um paralelo entre as alianças do Velho Testamento e a nova aliança no Novo Testamento.

   INTRODUÇÃO

            Em todas as alianças feitas por Deus com o homem, há um sentido especial que deve ser estudado
   e analisado individualmente para nosso melhor conhecimento e crescimento espiritual. Sem o entendimento
   da Aliança, é quase impossível alguém ler e entender o plano de redenção que Deus fez para nos salvar, e,
   principalmente, entender algumas passagens bíblicas que estão registradas no Antigo Testamento.

   DESENVOLVIMENTO

              1. Definição de aliança

            A palavra aliança no hebraico é a palavra berith, que tem o significado de: cortar onde flui sangue,
   indicando mutualidade, isto é, um pacto mútuo, feito em base de igualdade; é uma troca, um acordo em que
   Deus me dá e eu tenho que dar para Deus o mesmo.
            A palavra aliança no grego é diatheke, que tem o significado de desigual, dar sem receber, isto é,
   Deus me dá tudo o que preciso não exigindo nada em troca, a não ser fé e obediência. Portanto, é uma
   aliança diferente em relação a primeira e além disso superior.
            Nós não temos nada de bom a oferecer, só coisas ruins: pecados, iniqüidades, mesmo assim, Deus
   me recebe como cabeça de aliança e me dá a salvação e todas as bênçãos provindas daí, tais como, por
   exemplo: batismo com o Espírito Santo, dons do Espírito Santo, participação no ministério, salvação completa
   (sozo), vida eterna, etc....
            Podemos definir aliança, como sendo um pacto, um acordo, um contrato, uma sociedade, uma
   convenção entre pessoas, podendo ser duas ou mais, onde são estabelecidos compromissos, deveres e
   privilégios entre os envolvidos, tratando-se, portanto de algo que requer legalidade e fidelidade.
            A aliança pode ser feita por diversos motivos, como por exemplo: guerras, amizade, amor, casamento.
   A Bíblia relata sobre alianças feita do homem para com o homem; do homem para com Deus e de Deus para
   com o homem. O que vai nos interessar nestes estudos sobre alianças, são as alianças feitas entre Deus e
   o homem e estaremos abordando as principais.
            O método escolhido por Deus para se fazer uma aliança, foi através de sangue que era e é um
   costume muito antigo, porém utilizado até os dias de hoje. O próprio Satanás, em imitação, também faz
   suas alianças com sangue, usando o de animais como galinhas, bodes, etc... A carta aos Hebreus 9.22 diz:
   “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há
   remissão de pecados”.Ler também as seguintes passagens: Mateus 26.28; João 19.34 e Romanos 3.25.

              2. Requisitos legais para se fazer aliança

           2.1. Troca de presentes. Havia troca de presentes entre os que faziam a aliança, significando que
   aquilo que é de um é do outro também. Trocavam-se cintos (de armadura ou de armas), significando proteção.
   Quem luta contra mim, luta contra ti e quem luta contra ti luta contra mim. Ler Gênesis 15.1 e 1 Samuel 18.3.
   O conceito da Aliança                                      1                                           AULA 1
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   Trocavam-se, também, túnicas (capas), significando que tua vida se torna a minha vida e que a minha vida
   se torna a tua vida. Ler Gênesis 12:3 e 1 Samuel 18:3.
            2.2. Era baseada em termos. Eram as cláusulas que regiam a aliança, se mantida ou se quebrada.
   Todo o capítulo 28 de Deteuronômio, fala das bênçãos e das maldições decorrentes da obediência ou da
   desobediência. Em Deuteronômio 28.11 a 14, temos as bênçãos e em Deuteronômio 28. 27 a 31, temos as
   maldições. As leis promulgadas no Sinai são termos da Aliança Mosaica feita entre Deus e o povo hebreu,
   através de Moisés.
            2.3. Morte de um animal. Um animal era morto e dividido em duas partes, sendo uma colocada de
   um lado e a outra do outro lado, sendo que as pessoas que estavam fazendo a aliança, davam as mãos e
   passavam pelo meio dessas partes, fazendo um sinal de infinito (um oito deitado), dando a entender que a
   aliança passa de pai para filho, portanto é eterna. Ler Jeremias 34.18 e Gênesis 15. 9 a 18. Observe abaixo
   a interpretação do texto de Gênesis 15. 9 a 18:
            a. Três animais significam as três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo;
            b. Pássaros no céu e animais na terra (aliança entre céu e terra, entre Deus e o homem);
            c. Uma rolinha e um pombinho voam. São do céu, significa que o Pai e o Espírito Santo vão para o
   céu, Jesus fica para o sacrifício.
            d. O cordeiro é animal terreno, Jesus se torna homem, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do
   mundo;
            e. Fogo fumegante representa o modo como Deus Pai apareceu no monte Sinai e sobre a tenda da
   congregação, bem como em outras manifestações;
            f. Tocha de fogo representa Cristo (Eu Sou a Luz do mundo).
            2.4. Troca de nomes. Conforme explicado abaixo onde comentamos sobre a aliança com Abraão
   significa, resumidamente, que se tornam novas pessoas na aliança.
            2.5. Sinal da aliança. Significa fazer cicatriz, isto é, marcar com sinal visível na carne. Usa-se passar
   cinza no local do corte para que outros saibam quando virem. Na África ainda se encontra chefe indígena com
   marcas pelo braço, e quanto mais marcas, mais poderoso é o chefe. O sangue é vida. O corte geralmente era
   feito no pulso ou na mão, no caso de Abraão, o sinal foi feito na carne do prepúcio com uma faca de pedra
   (Ler Gênesis 17.11 e 21.4).
            2.6. Elementos memoriais. São estabelecidos e firmados para lembrar as alianças realizadas. O
   pão e o vinho; a plantação de uma árvore; altares de pedras são edificados, tudo para simbolizar o poder
   e a longevidade da aliança. Cada vez que se olha para esses elementos memoriais, lembra-se da aliança
   estabelecida. Abraão plantou um bosque. Ler Gênesis 21.33.

   REFLEXÃO

            Desde os dias da criação do homem, Deus procura um povo que lhe seja santo, porque Ele é Santo.
   O Senhor impôs algumas obrigações para Abraão, no sentido de que isso viesse a acontecer na vida e na
   família dele: separação da parentela, morar em Canaã, circuncisão, exercer fé (principalmente no que diz
   respeito ao seu filho Isaque, pois nele chamaria a descendência).
            Veja como o Senhor quer que vivamos em dependência total dele, buscando primeiramente o Seu
   Reino e a Sua Justiça , para que as demais coisas nos sejam acrescentadas.

   MINISTRAÇÃO

          Através da oração, dois a dois, vamos interceder para que Deus nos dê mais consciência da aliança
   que temos com Ele mediante o sangue de Jesus Cristo e também para que possamos aprender a viver em
   obediência à vontade do Senhor.




   O conceito da Aliança                                      2                                               AULA 1
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   Alianças do Velho e do Novo testamento I                                                         AULA 2
   OBJETIVO

             Identificar os vários tipos de aliança encontradas na Palavra de Deus.

   INTRODUÇÃO

           Nosso Deus é Deus de aliança. Encontramos na Sua Palavra relatos de vários tipos de alianças
   que Ele fez com o homem, visando resgatá-lo da sua vã maneira de viver. Nesta aula estudaremos algumas
   dessas alianças, buscando entender melhor o plano de Deus em manter um relacionamento íntimo com o
   homem.

             1. A aliança edênica (Gênesis 1.27 a 31; 2.15 a 25)

           Observamos que na aliança edênica não houve necessidade de derramamento de sangue, portanto
   sem sacrifício de animais. O homem foi colocado no Éden, juntamente com a mulher, em condições de perfeição
   na sua formação e no ambiente, sujeito a uma simples lei com a advertência das conseqüências em relação
   à desobediência. Ali o pecado ainda não havia ocorrido. Sendo perfeito, o Senhor capacitou o homem para
   dominar a terra. Esta aliança acaba com a entrada do pecado na vida do homem, gerando conseqüências
   bem diferentes e impostas pelo Senhor.

             2. A aliança adâmica (Gênesis 3. 14 a 24; 4.2 a 10)

            Com a entrada do pecado, o homem passou a conhecer o bem e o mau, sendo expulso do Éden e
   amaldiçoado. A partir desse momento, a Aliança já exige sacrifícios de purificação do homem para que se
   chegue a Deus, isto é, encontrar o perdão de Deus e a comunhão com o mesmo, pois o pecado gera morte,
   isto é, separação de Deus.

             3. A aliança com Noé

           A primeira ocorrência da palavra aliança nas escrituras, está registrada em Gênesis 6.18, que diz:
   “Mas contigo estabelecerei o meu pacto; e entrarás na arca, tu e os teus filhos, e a tua mulher, e as mulheres
   de teus filhos contigo”. Trata-se aqui da Aliança Noélica ou Pacto Noaico.
           Podemos subdividir a Aliança Noélica em duas, isto é: Aliança Pré-diluviana e Aliança Pós-diluvi-
   ana.
           Do capítulo 3 ao 11 de Gênesis, podemos constatar através da Bíblia, o dilema do homem, isto é, o
   pecado crescendo até o momento em que Deus não o aceita mais e é em Noé que Deus toma uma atitude
   de punição. Em Gênesis 6.6, a Palavra diz que: “Então, arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem
   sobre a terra, e pesou-lhe em seu coração”. Entendamos a palavra arrependeu-se, como uma mudança de
   curso da humanidade; pois Deus pode alterar o seu tratamento para com o homem, porém seu caráter e seus
   propósitos permanecem imutáveis. A palavra arrependeu-se, portanto, não tem aqui o mesmo significado
   que cabe para nós humanos, pois não somos oniscientes, Deus é.
           Devemos entender, também, que a vontade de Deus é restaurar o princípio, antes de aplicar o
   juízo.
           A aliança feita por Deus com Noé, teve três características básicas , que são :
           a) Foi concebida e estabelecida pelo próprio Deus;
           b) Foi universal, estendendo-se a toda a criatura viva e não só a Noé;
           c) Foi incondicional. O juízo foi estabelecido por Deus que determinou, sem qualquer manifestação
   de graça para os demais, a não ser para Noé, seus filhos, sua esposa e esposas dos seus filhos (Gênesis
   6:18).
   Alianças do Velho e do Novo Testamento I                   3                                           AULA 2
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           É importante destacarmos aqui, que Deus se move pela sua Palavra e não pelo nosso chorar e nem
   pela nossa necessidade.
           A aliança pré-diluviana

           Deus anuncia a Noé que estabeleceria com ele a Sua aliança. Trata-se de uma concessão soberana
   de graça por parte de Deus e a segurança da aliança se origina na ação de Deus. É, portanto uma aliança
   com Deus, que ocasiona certas obrigações correspondentes por parte de Noé, isto é, ele e sua família de-
   veriam entrar na arca no momento em que Deus ordenasse; deveriam trazer consigo um número específico
   de animais, aves e répteis, conforme está em Gênesis 6.18b a 21.

             A aliança pós-diluviana

            Em Gênesis 9.1 a 19, o texto relata a Aliança feita por Deus para com Noé, mais especificamente do
   9 ao 17, em que estes versículos falam do concerto que Deus fez com a humanidade e com a natureza, pelo
   qual Ele prometeu que nunca mais destruiria a terra e todos os seres viventes com um dilúvio, ressaltando
   no versículo 13, que colocou o arco na nuvem como sinal do concerto entre Ele e a terra. Todas as vezes
   que olharmos o arco devemos nos lembrar da fidelidade e misericórdia de Deus para conosco.

             4. A aliança Abraâmica (com abraão)

            Do capítulo 12 ao 22 de Gênesis, podemos constatar os propósitos de Deus em fazer a Aliança com
   Abraão. A chamada de Abrão, posteriormente chamado Abraão, dá início a um novo capítulo na revelação
   do Antigo Testamento, sobre o propósito de Deus de redimir e salvar a raça humana.
            Deus ao criar o homem, o fez à Sua imagem e semelhança, concedendo ao mesmo e à mulher,
   plenas condições e capacidade para governar a terra e tudo o que nela havia, portanto suas criaturas e
   criações. Porém, o pecado de Adão e Eva ocasionou a queda e a expulsão do homem, do Éden, e Deus
   sempre em busca de reconciliação. Com a queda, Deus perde a liberdade de se relacionar com o homem,
   que por sua vez tenta se cobrir sozinho, devido ao pecado e como conseqüência, a vergonha da nudez, mas
   não consegue e mais uma vez é necessária a intervenção de Deus, sacrificando um animal e fazendo-os se
   vestirem com a pele do animal e não com folhas (Ler Gênesis 3.7 e 3.21).
            Devido a isso, com a Aliança Abraâmica, a intenção de Deus é que houvesse um homem que O
   conhecesse, O servisse e guardasse os Seus caminhos, pois dessa família surgiria uma nação escolhida,
   de pessoas que se separassem das práticas ímpias cometidas por outras nações. Deus sempre quis ter um
   povo santo, pois Ele é santo e Luz e trevas não se combinam. Dessa nação viria Jesus Cristo, o Salvador
   do mundo, o prometido descendente da mulher, conforme relata Gênesis 3.15.
            A aliança Abrahâmica (com H), uma aliança com troca de nome, o que acontece no casamento. O
   H vem de YHWH + IAVÉ. O nome de Abrão passa a ser de Abraão e o nome de Sara passa a ser Sarah. O
   significado desta troca de nomes é que Deus estava colocando parte Sua vida em ambos os nomes e, por
   conseqüência devemos entender em suas vidas. A troca de nomes era um dos requisitos ou características
   para se fazer uma aliança. Significa que o meu nome passa a ter direito sobre tudo o que o teu nome tem e
   o teu nome passa a ter direito sobre tudo o que o meu nome tem direito, inclusive dívidas (Gênesis 17.5 e
   28.13). Eu passo a ter um pedaço do seu nome e você passa a ter um pedaço do meu nome. Exatamente o
   que aconteceu com Abraão e Sarah. Veja o que diz o texto em Gênesis 17.4 e 5: “ (...) quanto a mim, eis que
   o meu pacto é contigo, e serás pai de muitas nações; não mais será chamado Abrão, mas Abraão será o
   teu nome, pois por pai de muitas nações te constituirei”. Portanto, o nome de AbraHão deveria ser o correto,
   mas infelizmente não foi traduzido com H para a língua portuguesa, mas nas demais sim. Podemos dizer que
   Deus também mudou o seu nome com relação a aliança feita com Abraão, passou a se apresentar como o
   Deus de Abraão. Em Gênesis 26.24, temos o seguinte relato: “(...) e apareceu-lhe o Senhor na mesma noite
   e disse: Eu sou o Deus de Abraão, teu pai, não temas (...)”.
            Essa aliança ficou caracterizada pelo ato da circuncisão que seria o selo de identificação desse
   pacto, isto é, um sinal visível para que o macho quando visse o selo, se lembraria da aliança estabelecida
   Alianças do Velho e do Novo Testamento I                   4                                          AULA 2
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   com o Senhor. Seria a circuncisão que identificaria os judeus como povo separado (Ler Gênesis 17.9 a 14). A
   circuncisão, portanto, caracteriza o derramamento do sangue do homem para confirmar a Aliança nos reinos
   espiritual e físico.
            Essa aliança ficou estabelecida com as seguintes promessas de Deus para Abraão: terra, descendên-
   cia e bênçãos.

   REFLEXÃO

           O amor de Deus é imensurável. Observamos, na Palavra, que Deus não mediu e nem mede esfor-
   ços para conquistar o homem e resgatá-lo das trevas para a luz. Assim como fez com Noé e Abraão, Deus
   estabeleceu para conosco uma aliança eterna, selada pelo sangue de Jesus, e que jamais será quebrada.

   MINISTRAÇÃO




   Alianças do Velho e do Novo Testamento I                   5                                        AULA 2
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   Alianças do Velho e do Novo Testamento II                                                         AULA 3
   OBJETIVO

              Identificar os vários tipos de aliança encontradas na Palavra de Deus.

   INTRODUÇÃO

          Continuaremos, nesta aula, estudando os vários tipos de alianças que Deus estabeleceu com o Seu
   povo. Enfocaremos também a Nova Aliança, que Deus firmou de forma eterna com a Sua amada Igreja,
   mediante o sangue do Cordeiro Imaculado, Jesus Cristo, nosso eterno Salvador.

   DESENVOLVIMENTO

              5. A aliança Mosaica

           Deus estabelece essa aliança com Israel, por ser o Seu povo escolhido, e Moisés torna-se o mediador
   dessa aliança. A mesma foi feita através das instruções dadas por Deus ao povo de Israel, sendo inicialmente
   dada verbalmente (Êxodo 20. 1 a 17) e depois escrita por Deus em tábuas de pedra e entregue a Moisés;
   pedras estas que são atiradas no bezerro de ouro, devido à idolatria do povo.
           Deus queria com esta aliança que Israel lhe fosse uma propriedade peculiar, um reino de sacerdotes
   e uma nação santa (Ler êxodo 34.1, 28 e 29).

              6. A aliança Palestiniana (com Israel)

           Foi feita com os israelitas depois da peregrinação de Israel pelo deserto, por quarenta anos, devido a
   sua rebeldia para com Deus. Era na realidade uma preparação para que entrassem na terra prometida e era
   ao mesmo tempo, uma renovação da Aliança Mosaica. Bênçãos e maldições são anunciadas. Em resumo,
   Deus anuncia através dessa aliança a bênção e a prosperidade para todos aqueles que obedecem a seus
   mandamentos, princípios e juízos. Ler a passagem em Deuteronômio 28.1 até 30.10.

              7. A aliança Davídica

            Foi realizada com base no reino de Israel, com a promessa de que sempre existiria um descendente
   de Davi no trono (Ler 2 Samuel 7.11 a 16 e Salmo 89.34 ). Ocorreu no período de transição entre a Teocracia
   e a Monarquia. Davi era um homem segundo o coração de Deus e promete-lhe:
            a) Que o Messias seria seu descendente;
            b) Que o Messias governará eternamente. Isso acontecerá quando Jesus governará pessoalmente
   a Israel terrestre.

              8. A Nova Aliança

           Cremos ser impossível falar da Nova Aliança sem que analisemos um pouco mais a Antiga Aliança,
   pois somente através de um estudo paralelo é que conseguiremos entender melhor, a excelência do Novo
   Concerto feito através do Senhor Jesus Cristo. Vamos falar sobre as principais características da Antiga
   Aliança, no que se refere aos sacrifícios, para que depois desenvolvamos em detalhes, as vantagens obtidas
   na Nova Aliança através de Cristo Jesus.
           · Os sacrifícios feitos na Antiga Aliança, através de animais, não tinham o poder purificador de vi-
   das;
           · O judeu que oferecia sacrifício era salvo, não pelo sacrifício em si, mas pela fé, obediência e pela
   esperança na vinda do Messias;
   Alianças do Velho e do Novo Testamento II                  6                                            AULA 3
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            · Em Hebreus 10.4 a Palavra diz: “ (...) porque é impossível que o sangue de touros e de bodes tire
   pecados”;
            · O sumo sacerdote era um homem escolhido por Deus e responsável pelo culto sagrado. Em He-
   breus 5.1 a Palavra diz: “Porque todo sumo sacerdote, tomado dentre os homens é constituído a favor dos
   homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados”;
            · Ninguém estava imune ao pecado, nem o sumo sacerdote. Primeiro ele oferecia pelos seus pecados
   e depois então estaria habilitado a oferecer pelos pecados do povo;
            · Por serem oferecidos animais e por serem mediados por sacerdotes pecadores, os sacrifícios eram
   imperfeitos e parciais, por isso não havia possibilidade de serem permanentes;
            · Os sacrifícios oferecidos tinham o significado de perdão de pecados e de adoração a Deus;
            · Os sacrifícios da Antiga Aliança iniciam a partir de Gênesis 3.21, com Abel, que foi o primeiro homem
   que a Bíblia indica ter oferecido um sacrifício de sangue;
            · Esses sacrifícios tinham a idéia de que o pecado tinha que ser punido com a morte. Ao invés do
   pecador ser morto, era o animal. Em Hebreus 9.22, a Palavra diz: “E quase todas as coisas, segundo a lei,
   se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão”. A palavra remissão tem o sen-
   tido original no grego de mandar embora, com a qualidade adicional de cancelar todo julgamento, punição,
   obrigação ou dívida.
            · Esses sacrifícios, por serem parciais como já citamos anteriormente, apenas encobria os pecados
   perante os olhos de Deus, isto é, num sentido mais claro significa adiar a sentença.
            · Havia cinco tipos de sacrifícios e ofertas no culto Levítico, que são:
            Holocausto: Sacrifício voluntário oferecido por pessoa que sentisse o desejo de estar consagrando
   sua vida a Deus. Era uma expressão de adoração a Deus;
            Oferta de Manjares: Sacrifício voluntário, oferecido como gratidão pela provisão divina e consagração
   dos frutos do trabalho. Também uma expressão de adoração.
            Neste caso não havia morte de animal, mas era oferecido juntamente com outro sacrifício em que
   ocorria a morte de um animal.
            Sacrifício Pacífico: Também de natureza voluntária, expressando louvor e gratidão a Deus.
            Sacrifício Pelo Pecado: Este era obrigatório e tratava da natureza causal do pecado. O propósito
   era de restaurar a paz com Deus.
            Sacrifício Pela Culpa: Também obrigatório e tinha como significado o tratar das iniqüidades cometidas
   em decorrência do pecado, isto é, os delitos cometidos contra Deus e o homem. Normalmente era entregue
   uma quantia em dinheiro ao sacerdote.
            · O Dia da Expiação: Tem o significado do dia da remissão dos pecados, o dia do perdão. Em outras
   palavras: “o dia de fazer as pazes com Deus”.
                     - Este era o único dia que o homem, o sumo sacerdote, podia entrar no santíssimo do
   tabernáculo. A única oferta feita era pelo pecado da nação. Antes disso o sumo sacerdote fazia a oferta pelos
   seus pecados, para que pudesse representar o povo adequadamente, e daí sim, oferecer o sacrifício pela
   nação.
                     - Eram escolhidos dois bodes: o primeiro morreria pelo pecado e o outro seria colocado vivo
   no deserto, simbolizando o afastamento do pecado do meio do povo. O bode que seria morto é chamado de
   bode expiatório, era sacrificado, mas não removia o pecado. Apenas Cristo faria isso (Hebreus 10.8 a 10)
                     - O sangue expiador é levado ao lugar santíssimo e o sumo sacerdote faz a intercessão
   pelo povo, entrando uma vez por ano no Santo dos Santos. Aspergia sobre o altar e a arca do concerto (Ler
   Hebreus 9.11).
                     - Se o sacerdote saísse vivo do Santo dos Santos, era porque o sacrifício foi aceito por Deus.
   Caso contrário, o sacerdote morreria no local e significava que o sacrifício não havia sido aceito. Após a saída
   do sacerdote, o “bode emissário” era conduzido ao deserto (Ler Hebreus 9.28).
   REFLEXÃO



   Alianças do Velho e do Novo Testamento II                  7                                              AULA 3
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           Começamos agora a ter um pouco mais de entendimento do significado de Aliança. Embora esteja-
   mos falando ainda mais sobre as Alianças do Antigo Testamento, é importante começarmos a dar graças a
   Deus pela Aliança em Cristo Jesus, que será o tema das próximas aulas. Vivemos nos dias atuais uma Nova
   Aliança, desta vez feita não por sacrifício de animais, mas por Cristo, O Senhor da Glória. Fiquemos atentos
   para as próximas aulas, pois cada detalhe deste aprendizado irá mudar a nossa vida.

   MINISTRAÇÃO

          Estejamos orando para que através destes estudos haja perdão, renúncia, entendimento e outras
   bênçãos por parte do Senhor.




   Alianças do Velho e do Novo Testamento II                  8                                          AULA 3
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   A Nova Aliança                                                                                  AULA 4
   OBJETIVO

            A partir desta aula estaremos falando com mais e maiores detalhes sobre a Nova Aliança em Jesus
   Cristo e o significado dela para a vida de cada um de nós.

   INTRODUÇÃO

           O livro de Hebreus é muito rico para esclarecimentos a todos nós com relação à Nova Aliança e é
   através dele que estaremos nos aprofundando nestes estudos.

   DESENVOLVIMENTO

             1. A Nova Aliança profetizada no Velho Testamento

            Em Jeremias 31. 31 a 33 o Senhor já profetizara uma Nova Aliança com o seu povo, aliança esta
   diferente em relação àquela feita com os que foram tirados do Egito. Uma Aliança na qual a Sua Palavra
   será colocada no coração das pessoas, de tal forma que elas passarão a reconhecer o Senhorio de Jesus
   Cristo em suas vidas e procurarão cada vez mais obedecer e viver a Palavra de Deus. Quando é colocada
   no coração, ninguém mais tem o poder de tirá-la, pois fica guardada até a vinda de Jesus Cristo nos ares.
   Percebemos, também, que Davi profetizou isso no Salmo 40.8, que diz: “Deleito-me em fazer a tua vontade,
   ó Deus meu; a tua lei está dentro do meu coração”.
            Da mesma forma podemos citar o livro do profeta Ezequiel 11.19 e 20, que diz: “(...) então eu lhes
   darei um mesmo coração, e um espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra, e
   lhes darei um coração de carne, para que andem nos meus estatutos, e guardem os meus juízos, e os ex-
   ecutem; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus”. A promessa da Aliança volta a ser citada novamente
   em Ezequiel 36.26, praticamente com as mesmas palavras, isto é: “Dar-vos-ei um coração novo, e porei
   dentro em vós um espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra, e vos darei um coração de carne”.
            Em Isaías 59.21, outra vez podemos concluir a profecia anunciada pelo Senhor, que diz: “Quanto a
   mim, esta é a minha aliança com eles, diz o Senhor. O meu Espírito, que está sobre ti, e as minhas palavras,
   que pus na tua boca, não se desviarão da tua boca, nem da boca dos teus filhos, nem da boca dos seus
   descendentes, diz o Senhor, desde agora e para todo o sempre”.
            As referências feitas no Antigo Testamento à Aliança estabelecida entre Deus e o Seu povo são
   abundantes, com a declaração de que houve quebra da parte dos israelitas, que se esqueceram do Concerto,
   transgredindo as determinações divinas. Todas essas incriminações culminam nas profecias citadas acima,
   que anuncia, como já vimos anteriormente, uma Nova e Grande Aliança, não somente exigindo obediência,
   mas criando um coração puro para o amor, para a transformação de caráter, para a manifestação de dons
   espirituais e ministeriais na vida do povo, para um coração adorador ao Senhor, enfim um coração quebran-
   tado para ser trabalhado pelo Espírito Santo, de tal forma que cada um seja conduzido à estatura de Varão
   perfeito, verdadeiramente à imagem e semelhança de Cristo.

             2. O princípio e instituição da Nova Aliança

           Podemos dizer que a Nova Aliança teve o seu início com o aparecimento de João Batista pregando
   no deserto da Judéia e dizendo: “Arrependei-vos, pois está próximo o reino dos céus”; preparando, dessa
   forma, o caminho do Senhor conforme profetizado em Isaías.
           João Batista pregava o arrependimento dos pecados e batizava com água, mas testemunhava a
   respeito da vinda do Messias, muito mais poderoso, e que esse batizaria com o Espírito Santo e com fogo.
   Jesus cresceu, foi batizado por João Batista, foi tentado por Satanás no deserto, operou muitos sinais,
   A Nova Aliança                                             9                                          AULA 4
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   prodígios, milagres e maravilhas; ensinou o povo a respeito do Pai, determinou mandamentos, ordenanças
   e ensinamentos diversos. Seus milagres envolveram coisas materiais (multiplicação dos pães e peixes);
   envolveu pessoas (com curas e libertações das mais diversas possíveis), mas também envolveu fatos da
   natureza (acalmou a tempestade).
            Embora possamos dizer que a Nova Aliança iniciou com João Batista, é necessário frisar, no entanto,
   que a sua instituição foi na Ceia celebrada pelo Senhor conforme relatado em Mateus 26.26 a 28, onde Ele
   diz: “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, abençoando-o, partiu e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai,
   comei, isto é o meu corpo. (...) então Ele tomou o cálice, e, tendo dado graças, deu-o aos discípulos, dizendo:
   Bebei dele todos. (...) Isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, que é derramado por muitos, para
   remissão de pecados”.
            As palavra ditas pelo Senhor Jesus Cristo na ceia, mostra bem claro que Ele estava preparado para
   doar a Sua vida pelos nossos pecados. É importante destacar neste momento, que na Velha Aliança, o animal
   ia para o sacrifício sem entendimento e sem escolha, mas Jesus Cristo sabia de tudo e foi consciente, tendo
   conhecimento pleno de tudo o que iria produzir e realizar através desse ato.
            Outro fato importante é que Jesus, ao celebrar a Páscoa, estava cumprindo a lei. Os judeus tinham
   por costume e tradição, na preparação da Ceia, colocar ao lado um lugar a mais para o Messias com pão e
   vinho. Jesus deu todas as instruções para os apóstolos prepararem a Ceia, e no momento da celebração,
   Ele, Jesus, assumiu o lugar reservado para o Messias, deixando os apóstolos admirados.
            É importante também fazermos um paralelo aqui entre a Páscoa, que significa a libertação física
   do povo de Deus e Ceia, a libertação espiritual do povo. Jesus desenvolveu dois ofícios neste momento em
   relação à Velha Aliança: O de Sumo Sacerdote (Hebreus 3.1 e 4.14) e o de oferta sacrificial (Hebreus 10.10
   a 12).
            Com a celebração da Ceia do Senhor, fica instituída a Nova Aliança, pondo um fim a Antiga Aliança,
   sendo Jesus Cristo o único mediador (Hebreus 8.6 e 9.15), oferecendo não mais um sacrifício de animais,
   mas a Si próprio, estabelecendo esta Nova Aliança com o Seu próprio sangue.

             3. O que nos é concedido através da Nova Aliança

            Quando falamos de Nova Aliança, é importante destacarmos a palavra “graça”. A Nova Aliança é
   feita com base em melhores promessas, que passaremos a estudar nas próximas aulas, pois não só oferece
   a possessão de terras ou riquezas terrenas, ou qualquer outro bem material, mas acima de tudo isso ofer-
   ece-nos a salvação, a vida eterna com Deus, no céu onde não há traças e nem ferrugens, mas paz, gozo
   e alegria eternos, no espírito, coisas, portanto superiores, pois são eternas. Tendo Jesus Cristo como único
   mediador da Nova Aliança, a Velha Aliança perdeu o seu valor. A Nova Aliança, realizada através de Cristo é
   muito superior (Romanos 10.4). Ao celebrarmos a Ceia do Senhor, lembremos sempre deste Novo Concerto
   realizado de forma perfeita e completa por Jesus Cristo, nosso Salvador.
            Além do que já foi citado, queremos destacar mais quatro aspectos que nos são concedidos através
   da Nova Aliança e que nos possibilita a vitória em Cristo Jesus. São eles:
            3.1. Proteção. O mais fraco recebe a força do mais forte, isto é, a força de Deus passa a ser nossa
   também. Em 1 João 4.4 a Palavra diz: “Filhinhos, vós sois de Deus, e já os vencestes, porque maior é o que
   está em vós do que o que está no mundo”. Nós nos tornamos forte pela Aliança realizada.
            3.2. Igualdade. Nós somos colocados no mesmo nível de Jesus Cristo perante o Pai, isto é, de filhos
   de Deus também, e com isso passamos a ter os mesmos direitos de Cristo, portanto somos co-herdeiros.
   Em Gálatas 4.7 a Palavra diz: “Assim que já não és mais escravo, mas filho; e se és filho, és também feito
   herdeiro por Deus”. Deixamos de ser inferiores e passamos a ser superiores, no mesmo nível de Jesus
   Cristo.
            3.3. Amor. O amor de Deus por nós é imenso, e através desse amor, nós passamos a ser beneficiados
   e recebemos todas as bênçãos nas regiões celestiais; bênçãos estas, advindas da Nova Aliança. Em João
   3.16, a Palavra diz: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que
   todo aquele que Nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”.

   A Nova Aliança                                             10                                            AULA 4
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           3.4. Liberdade. Através da Nova Aliança, somos libertos dos pecados e suas iniqüidades. Antes,
   na Antiga Aliança, o sacrifício apenas cobria os nossos pecados, porém na Nova Aliança todos os nossos
   pecados são tirados pelo Cordeiro de Deus. Embora o pecado habite em nós, como diz Paulo na carta aos
   Romanos, ele não tem domínio sobre nós, porque em todas as coisas somos mais que vencedores em Cristo.
   Em 1 João 1. 9, a Palavra diz: “Mas aquele em quem não há estas coisas é cego, vendo somente o que está
   perto, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos pecados”.

   REFLEXÃO

           Agora que você já está sabendo um pouco mais sobre a Nova Aliança, pare, pense e agradeça a
   Deus por tudo que Ele nos concedeu através deste Novo Concerto feito de forma perfeita e completa em
   Cristo Jesus. Conte para a classe algum testemunho ou experiência que você teve com o Senhor, para dar
   maior ênfase ainda à sua Graça em nossas vidas.

   MINISTRAÇÃO

           É maravilhosa a providência e a provisão de Deus para com cada um de nós. Precisamos urgente-
   mente levar essa bênção àqueles que ainda não tiveram um encontro com o Senhor Jesus. Façamos isso o
   mais depressa possível. Disponha-se e disponibilize-se a servir o Senhor e grandes coisas Ele fará através
   da sua vida.




   A Nova Aliança                                             11                                       AULA 4
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   Cristo, o nosso Sumo Sacerdote                                                                  AULA 5
   OBJETIVO

          Entender com mais detalhes e mais profundamente sobre o sacerdócio de Cristo e sua relação com
   o sacerdócio na Antiga Aliança. Em outras palavras, comparar o sacerdócio de Cristo com o sacerdócio
   Aarônico.

   INTRODUÇÃO

           Existe um lugar de descanso para os filhos de Deus. Este lugar é Cristo, na plenitude, em todos. O
   lugar de descanso do crente é estar cheio do Espírito Santo em sua vida. É onde paramos de lutar contra a
   carne e alcançamos total crescimento em Cristo Jesus. O lugar de descanso é o lugar de total obediência a
   Deus. Vejamos com maiores detalhes agora, a partir do desenvolvimento desta lição.

   DESENVOLVIMENTO

             1. O Sacerdócio maravilhoso

            Conforme está comentado na introdução desta lição, precisamos de um lugar de descanso. O lugar de
   descanso que precisamos é um o total repouso em Jesus Cristo. Quem estiver totalmente cheio do Espírito de
   Cristo entrou no seu repouso sabático e descansou de suas obras. Chegamos à conclusão que a nossa obra
   é lutar contra o pecado e buscar total santidade em Deus. O nosso esforço é para entrarmos neste descanso
   prometido. A nossa desobediência é o resultado de estarmos vazios do Seu Espírito. O nosso esforço para
   entrarmos neste descanso, é para irmos a este ponto de chegada seguindo o caminho da Palavra, Jesus
   Cristo, até alcançarmos a plenitude de obediência nEle (Hebreus 4.12). Enquanto isso precisamos de um
   Sumo Sacerdote que nos represente diante de Deus perdoando completamente todos os nossos pecados.
            O capítulo cinco do livro de Hebreus começa a falar deste sacerdócio maravilhoso. Para podermos
   compreender porque Jesus Cristo tem que ser o nosso sumo sacerdote, temos que compreender sobre o
   sacerdócio Aarônico. Ninguém poderia chegar ao lugar de descanso se não fosse pelo sumo sacerdote. Os
   nossos pecados demandam morte instantânea. A morte, na essência, é a separação da alma e do corpo.
   O corpo é, então, levado para a sepultura e a alma é levada para o lugar de espera de seu julgamento pelo
   que praticou na Terra, lugar este que a Bíblia explica ser o ades ou o paraíso.
            Vejamos algumas das responsabilidades do sumo sacerdote e sua relação com o sacerdócio de
   Cristo. Era o sacerdote que se responsabilizava pelo templo. Há vários termos usados para se referir ao sumo
   sacerdote. O sacerdote (Êxodo 31.10), o sacerdote ungido (Levítico 4.3), o sacerdote chefe entre os irmãos
   (Levítico 21.10), sacerdote chefe (2 Crônicas 26.20) e sumo sacerdote (2 Reis 12.10). O sumo sacerdócio
   era um ofício hereditário que se baseava nos descendentes de Arão (Êxodo 29.29 e 30 e Levítico 16.32). O
   sumo sacerdote, geralmente servia no sacerdócio durante toda a sua vida (Números 18.7; 25.11 a 13 ; 35.
   25 e 28 e Números 12.10 e 11). Um grau especial de santidade era obrigatório ao sumo sacerdote (Levítico
   10. 6 a 9 e 21.10 a 15). Isto significava que ele teria que evitar contaminação pelo contato com os mortos,
   mesmo que estes fossem seus próprios pais e era proibido demonstrar qualquer sinal visível de choro. Ele
   não podia sair da área do templo. Estas responsabilidades mostravam que o sumo sacerdote era alguém
   totalmente dedicado ao serviço de Deus, sempre fiel ao ritual e pronto para servir o Senhor. Se o sumo
   sacerdote pecasse, traria culpa sobre todo o povo (Levítico 4.3). A oferta pelo pecado do sumo sacerdote
   era a mesma trazida pelos pecados de toda a congregação (Levítico 4. 3 a 21). Havia toda uma preparação
   especial para o sumo sacerdote tomar posse do ofício por sete dias, tais como: banho, colocação de vesti-
   mentas especiais, unção com óleo e com sangue (Êxodo 29.1 a 37; Levítico 6.19 a 22; 8.5 a 35). O sumo
   sacerdote compartilhava o trabalho geral do sacerdócio, porém, ele era o único que podia entrar no lugar
   Santo dos Santos, e isso, somente no dia da expiação (Levítico 16. 1 a 25). A morte de um sumo sacerdote,
   Cristo, o nosso Sumo Sacerdote                             12                                         AULA 5
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   marcava o final de uma época. Alguém que fosse culpado de assassinato involuntário teria que ficar numa
   cidade refúgio até a morte do sumo sacerdote (Números 35. 25, 28, 32 e Josué 20.6). A morte expiatória do
   sumo sacerdote removia a culpa de sangue que poluía a terra (Números 35.33).
            Como você já pode ter percebido, um sumo sacerdote era fundamental para que o povo pudesse
   chegar à terra prometida. Sem esse sacerdócio não haveria nenhuma possibilidade disso. Jesus é o nosso
   sumo sacerdote. Sem Ele é impossível chegarmos ao lugar de descanso de nossas almas. Isso porque,
   enquanto vivemos neste corpo, somos levados pela força da carne a pecar contra o nosso Deus. Essa é
   a grande luta que enfrentamos nesta vida. Não teremos pleno descanso, até que vençamos a carne ou a
   deixamos para trás pela morte física. Porém morrer fisicamente para o crente, hoje é o mesmo que morrer
   no deserto, sem entrar no descanso eterno do Senhor.
          Aqui, o texto começa a fazer sentido espiritual para nós: “Porque todo sumo sacerdote, sendo tomado
   dentre os homens, é constituído nas coisas concernentes a Deus, a favor dos homens, para oferecer tanto
   dons, como sacrifícios pelos pecados” (Hebreus 5.1). Jesus foi constituído sumo sacerdote a nosso favor
   diante de Deus. Algumas coisas maravilhosas podemos contar deste sumo sacerdote que o Pai celestial
   constituiu em nosso favor. Somos sacerdotes de Deus pela hereditariedade. Que poder maravilhoso, este
   que Deus nos concedeu. Se hoje somos apresentados diante de Deus como sacerdotes a favor dos homens
   que vivem nesta Terra, é porque fomos gerados Nele em Cristo Jesus, nosso sumo sacerdote. O sacerdócio
   é um ofício hereditário. Somente os filhos do sumo sacerdote podiam exercer sacerdócio. Nós fomos gerados
   por Deus, em Cristo, para um sacerdócio perante Ele.

             2. Algumas características do Sumo Sacerdote

            O sumo sacerdote, como vimos, tem algumas características muito importantes. Ele era o responsável
   pelo templo do Senhor. Graças a Deus, que o nosso Sumo Sacerdote é o responsável pelo templo de Deus.
   Como o apóstolo Paulo nos revela, nós somos o templo de Deus nesta terra (1 Coríntios 3.16). O nosso
   Senhor sacerdote é todo santo. Não há impureza nEle. Ele cuida do templo de Deus, a Sua igreja, com muito
   cuidado e poder, para que o culto que prestamos ao Pai celestial, através de nossos espíritos, seja aceito
   pelo Senhor como um sacrifício vivo. Ele é puro e ofereceu o Seu sangue que nos purifica e justifica diante
   do Deus santo e justificador. Que maravilha podermos entrar no templo feito pelas nossas ofertas e dízimos,
   para a reunião dos santos, a fim de cultuarmos a Deus sem termos que nos preocupar, pois o nosso Sumo
   Sacerdote jamais peca, pecou ou irá pecar. Estamos totalmente seguros por Sua intermediação perante o
   nosso Pai celestial.
            Outra coisa que nos conforta é sabermos que Ele jamais deixa os limites do templo. Ele fez morada
   para sempre em nossas vidas. Ele compartilha conosco de nossas tarefas sacerdotais, que é oferecer culto
   ao nosso Deus santíssimo, porém só Ele, na pessoa do Seu Espírito Santo, pode entrar no Santo dos Santos.
   Somente e totalmente imersos no Seu Espírito é que poderemos entrar no templo celestial. Ninguém pode
   alcançar o céu, a menos que esteja coberto pelo Seu Espírito de glória. Outra benção maravilhosa que temos
   em nosso Sumo Sacerdote é a Sua morte na cruz do calvário. A morte do Sumo Sacerdote marcou uma
   época divisória na história do homem. Todo assassino involuntário (nós somos tais assassinos que matamos
   os irmãos involuntariamente, por causa do pecado), deveria permanecer numa cidade-refúgio até a morte
   do sumo sacerdote. Nós estamos nesta cidade refúgio, que é este mundo e fomos resgatados de volta para
   o arraial de Deus, pela morte de nosso Sumo Sacerdote naquela rude cruz no calvário. Aleluia! Jesus Cristo
   é o nosso Sumo Sacerdote!
            Ele é capaz de condoer-se dos ignorantes e dos que erram, porque Ele mesmo está rodeado de
   fraquezas, porém não é fraco. Ele está rodeado de fraqueza, pela enfermidade da nossa carne. Por isso,
   precisamos dEle. É Ele quem intercede por nós e ofereceu o Seu sangue para o perdão nossos pecados
   diante de Deus. Ele também, através do Seu Espírito, está realizando uma grande obra na Igreja, até que todos
   cheguemos à plenitude de Sua estatura. Ele veio para nos absorver nEle. Chegar à Sua estatura significa
   estarmos imersos totalmente nEle. Cada vez que pecamos, Ele intercede por nós e apresenta o Seu sangue
   remidor. Todo o texto do capítulo cinco de Hebreus, revela o poder maravilhoso deste Sumo Sacerdote em
   nosso favor. Não foi Ele mesmo que se fez Sumo Sacerdote. Deus O constituiu nosso Sumo Sacerdote para
   Cristo, o nosso Sumo Sacerdote                             13                                          AULA 5
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   sempre (Hebreus 5.10).
           O autor de Hebreus revela que ainda se teria muita coisa para ser dita a respeito desse Sumo Sacer-
   dote, mas muito difíceis de explicar (Hebreus 5.11). A razão disso é a nossa incapacidade de compreensão.
   Somente os mestres seriam capazes de entender tais coisas na exatidão necessária. Todos nós deveríamos
   ser mestres ao tempo decorrido até aqui, desde a instituição deste sacerdócio, porém somos ainda bebês. É
   preciso um amadurecimento espiritual para compreendermos a profundidade deste sacerdócio maravilhoso
   de Cristo Jesus.
           Precisamos de alimento muito sólido para podermos alcançar o discernimento pleno deste mistério.
   Por enquanto, somos inexperientes na Palavra da justiça. O alimento sólido é para os adultos. Quem são
   eles? Para aqueles que, pela prática, têm suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem,
   mas também o mal (Hebreus 5.11 a 14).
           Vamos ser gratos a Deus pelo nosso Sumo Sacerdote. Por Ele temos a garantia de poder entrar no
   nosso descanso eterno.

   REFLEXÃO

          O nosso Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, conquistou todas as coisas em nosso favor. Precisamos
   entender e nos conscientizar dessa conquista, e isso acontecerá no dia em que buscarmos a maturidade
   mediante o conhecimento e prática da Palavra de Deus.

   MINISTRAÇÃO

          • Ore para que dia após dia estejamos buscando e conquistando o nosso chamado para a estatura
   plena em Jesus Cristo.
          • Interceda pela Igreja para que isso se torne cada vez mais desejável por todos, melhorando a nossa
   percepção espiritual.




   Cristo, o nosso Sumo Sacerdote                             14                                        AULA 5
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   Chamados para a perfeição                                                                      AULA 6
   OBJETIVO

             Reconhecer que Deus nos chamou para atingirmos a estatura de Varão perfeito.

   INTRODUÇÃO

           O capítulo 6 do livro de Hebreus diz que o Senhor espera de nós coisas melhores e nos chamou
   para sermos perfeitos.
           Muitos pensam e afirmam que a perfeição será só no céu. Este texto nos revela que isso pode e
   deve acontecer aqui na Terra, ainda.
           Continuaremos nesta lição mostrando a superioridade da Nova Aliança que Deus fez com nós, através
   de Jesus Cristo o nosso Sumo Sacerdote.

   DESENVOLVIMENTO

             1. A aliança que nos conduz à perfeição

            Deus nos chamou para sermos perfeitos. Já a algum tempo temos falado sobre este assunto e,
   quanto mais falamos, pela graça de nosso bom Deus, ele fica mais claro. Não podemos entender perfeição
   como sermos totalmente isentos de coisas ruins em nós. Temos que entender perfeição como estarmos
   completos em Cristo Jesus, cheios do Seu Espírito de glória. O fato é que ainda não temos tal consciência
   em nós. Achamos que é impossível chegarmos à perfeição nesta terra. Vamos nos desarmar de preconceitos
   e vejamos o que a Palavra de Deus nos diz sobre o assunto.
            O autor de Hebreus ensina sobre seguirmos adiante em nossa estatura espiritual. É assim que ele
   afirma: “Pelo que, deixando os ensinos elementares da doutrina de Cristo, prossigamos para a perfeição,
   não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e da fé em Deus, o ensino sobre
   os batismos e imposição de mãos, e sobre a ressurreição dos mortos e o juízo eterno. E isto faremos, se
   Deus permitir” (Hebreus 6. 1 a 3).
            Prossigamos para a perfeição. Por que a Palavra de Deus falaria sobre algo inatingível? Cremos que
   esta é a vontade de Deus para todos nós, os Seus filhos. Perfeição(teleiotes) significa: um que completa,
   isto é, um consumador. Esta palavra grega vem da raiz teleioo, que significa completar, conseguir, consumar
   (em caráter), consagrar, terminar. Como vemos, o sentido desta palavra expressa algo a ser alcançado e
   que pode ser terminado. Quem faz isso, é um consumador, alguém que chega a um lugar determinado.
   Perfeição, portanto, trata-se de uma estatura espiritual, de se alcançar um estado completo de iluminação
   no Espírito Santo. Sermos perfeitos é termos total discernimento no Espírito de Deus (Hebreus 5.14). Deus
   deseja que avancemos no conhecimento de doutrinas mais sólidas para as nossas vidas. Para muitos, as
   doutrinas do batismo e imposição de mãos são doutrinas muito profundas, mas o livro de Hebreus as coloca
   como elementares. Existem doutrinas que precisam ser recebidas, para termos uma vida mais profunda e
   íntima com Deus.
            Quando chegarmos ao auge de nossas vidas espirituais, iremos gozar dos poderes maravilhosos
   do mundo vindouro. Para aqueles que afirmam que perfeição é só no céu, este texto revela que isso pode e
   deve acontecer aqui na terra, ainda: “É impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram do
   dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa Palavra de Deus, e os poderes
   do mundo vindouro...” (Hebreus 6. 4 e 5 ). Notem que os verbos estão no passado e não no futuro. Aqueles
   que já provaram, foram iluminados e se fizeram participantes do Espírito Santo e provaram dos poderes.
   Que poderes? Vindouros. Vindouros, que vêm na outra vida, no céu. Os poderes que pertençam a outra
   vida futura e que já foram provados aqui na terra, em vida. A perfeição nos antecipa os poderes do mundo
   vindouro. Não está falando aqui, de uma pessoa ter que ser reencarnada para voltar a cair. Fala de pessoas
   que alcançaram um estágio de perfeição e voltaram às práticas anteriores do pecado. Somente aqueles
   Chamados para a perfeição                                  15                                        AULA 6
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   que ainda permanecem nas doutrinas elementares é que estão constantemente nesta vida de derrotas e
   repetições de pecados. Por isso as doutrinas elementares são importantes para eles. Precisam se arrepender
   constantemente, porque vivem pecando. Precisam de imposições de mãos por causa das enfermidades
   que lhes assolam. Essa e as demais doutrinas fazem parte da vida daqueles que ainda não alcançaram a
   maturidade em Cristo Jesus. Porém, os que alcançaram suas estaturas plenas, não retornarão aos elemen-
   tos básicos da doutrina bíblica. Estes gozam de uma consciência pura e plena de conhecimento de nosso
   Senhor Jesus Cristo. O texto é bem claro: “é impossível que os que já uma vez foram...” (Hebreus 6.4). Uma
   vez que alcançamos esta maturidade em Cristo, vivemos no poder do Reino de Deus em nossas vidas, pois
   se voltar às práticas pecaminosas de antigamente fosse possível, eles crucificariam o Filho de Deus para si
   mesmos. O sentido de crucificar é separar de si mesmo. Logo, perfeição produz fidelidade plena ao Senhor
   Deus.

             2. Deus espera coisas melhores de seus filhos

           “Mas de vós, amados, esperamos coisas melhores e pertencentes à salvação, ainda que assim
   falamos...” (Hebreus 6.9). Mesmo se dissermos que “uma terra que produz espinhos e abrolhos é rejeitada
   e perto está da maldição e o seu fim é ser queimada”, diz o autor, Deus tem outras coisas melhores para
   nós. À primeira vista somos tentados a entender que o texto está falando de perda de salvação. Alguém
   que tenha chegado ao ápice de sua trajetória em Cristo e depois venha a deixá-lo totalmente. Porém, não
   é de salvação que o texto está falando. O texto fala de perfeição e dos perigos que corremos ao ficarmos
   nas doutrinas elementares da Palavra. É impossível que os que chegam a esta estatura voltem ao que era
   antes. Pois se fosse possível, eles não se arrependeriam, porque teriam crucificado para si mesmos o Filho
   de Deus novamente. Esta é uma forma de se colocar, usada para mostrar o poder que se recebe ao atingir
   a maturidade plena. Neste momento, podemos até ter dúvidas quanto ao que o texto se refere, porém ao
   prosseguirmos adiante no ensinamento do livro de Hebreus, veremos que o alvo deste livro é revelar o poder
   transformador do sangue do Cordeiro de Deus em nossas vidas. Por isso, o autor tem essa esperança dos
   que são salvos por Ele: que pela salvação que os crentes receberam eles continuem. Nas coisas referentes
   à salvação, que eles cresçam até o fim.
           O verso dez é muito interessante: “Deus não é injusto; Ele não se esquecerá da vossa obra, e do
   amor que para com o Seu nome mostrastes, pois servistes e ainda servis aos santos” (Hebreus 6.10).
           Por que o autor usa esta expressão, Deus não é injusto? Pare e pense. Se Deus é quem nos traz
   para o Seu Filho Jesus (João 6.44), Ele mesmo, é quem nos sustenta em Seu Filho amado. Existe uma obra
   que nos sustenta no Amado. A obra do amor ao nome de nosso Senhor Jesus Cristo que ministrou aos santos
   e ainda ministra. Esta obra de servir aos irmãos no amor do Pai é uma obra gloriosa. Ministrar aos santos é
   ser um atendente das necessidades dos mesmos. Quanto mais maduros nos tornamos no amor de Deus,
   mais servimos aos santos.

             3. Nosso crescimento espiritual se aperfeiçoa no servir aos santos

            Deus não se esquece daqueles que, em amor ao Seu Nome, fazem benevolência aos seus irmãos
   em Cristo. O que podemos notar, pelos versos seguintes, é que o nosso crescimento espiritual depende do
   nosso serviço aos irmãos, ou melhor, se aperfeiçoa através disso. Desejamos que vocês, diz o autor, sejam
   rápidos na busca da esperança plena até o fim. Esta palavra fim é a palavra grega “telos”, que significa partir
   para um ponto ou alvo definido; um ponto mirado como um limite; a conclusão de um ato ou estado. Logo,
   vemos que a esperança nos conduz ao ponto máximo do nosso chamado, à plena maturidade, à perfeição.
   Isto é medido pelo nosso serviço de amor a Deus para com os irmãos. Cada ação de amor que realizamos
   para um de nossos irmãos em Cristo, não é esquecida por Deus. Ele nos dá mais fé, para continuarmos
   crescendo em Sua graça maravilhosa. O amor de Deus nos é dado para ministrarmos mais aos santos,
   na Casa de Deus. Se não fizermos isso, paramos nas doutrinas elementares. A maior evidência de nosso
   crescimento espiritual é o amor aos nossos irmãos. No verso doze vem uma advertência: “Não sejam vaga-
   rosos, relaxados, mas sigam os que pela fé e paciência, herdam as promessas” (Hebreus 6.12). Herdam as
   Chamados para a perfeição                                  16                                         AULA 6
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   promessas. Que promessas? A promessa do Espírito na plenitude. Esta é a promessa deixada em Abraão
   a todos os que crêem no nome poderoso de Jesus.
           A promessa de que chegaríamos ao pleno conhecimento espiritual pela fé foi dada a Abraão e a
   nós por Jesus Cristo, o nosso Senhor. Para que isto ficasse muito claro e imutável para nós hoje, Deus
   fez juramento por Si mesmo quanto a esta vitória em Seu Espírito (Hebreus 6.13 e 14). Ele jurou assim:
   “abençoando, eu te abençoarei”. Abençoando refere-se à Sua Palavra Santa. Falando delicadamente, Ele
   nos abençoaria. Nós crescemos em estatura pela Palavra de Deus. “E multiplicando, Eu Te multiplicarei”.
   Esta expressão “multiplicando”, quer dizer aumentando. Um povo tanto pode aumentar em número como
   em estatura diante do Senhor. Abraão, depois de perseverar pacientemente na palavra de Deus, alcançou
   a promessa (Hebreus 6.15).
           A nossa promessa como Igreja de Jesus Cristo é a estatura de um Varão perfeito. Deus não vai mudar
   a Sua promessa. Ele ainda deseja o nosso crescimento até o fim. Por isso devemos pôr a nossa fé nos versos
   seguintes (Hebreus 6. 17 a 20). Ele jurou que entraríamos em Seu descanso. Ele jurou que herdaríamos o
   nosso chamado por causa de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por duas coisas imutáveis, o Senhor Deus nos
   garante essa vitória: a consolação e a esperança. Esta esperança é a ancora de nossa salvação plena. Ela
   nos segura na palavra de Deus. Jesus é o nosso Sumo Sacerdote e este sacerdócio é eterno.

   REFLEXÃO

            Queridos irmãos em Cristo, vamos seguir rumo à perfeição. Este é o nosso chamado supremo em
   Cristo Jesus. Nos próximos estudos aprenderemos sobre este sacerdócio maravilhoso de Jesus Cristo, que
   nos garante o pleno êxito de nosso crescimento até a perfeição.

   MINISTRAÇÃO

           Oremos por toda a Igreja do Senhor Jesus Cristo, para que o Espírito Santo nos traga maiores
   esclarecimentos sobre este assunto e nos leve a ter convicção desse tema.




   Chamados para a perfeição                                  17                                       AULA 6
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   OBJETIVO

            Complementar nossos conhecimentos, visando ampliar nosso entendimento de que fomos chamados
   à perfeição.

   INTRODUÇÃO

            Para chegarmos à perfeição, precisamos de um verdadeiro sacerdócio que trabalhe e atue em nosso
   favor. É sobre isso que trataremos nesta lição, complementando o que já vimos na lição anterior.

   DESENVOLVIMENTO

              1. O que é um sacerdócio

            Temos falado aos irmãos, que fomos chamados por Deus para uma estatura plena. Porém, per-
   cebemos que devido à nossa carne, diariamente estamos pecando contra o nosso Senhor Deus e Pai de
   nosso Senhor Jesus Cristo. Deveríamos ser todos destruídos e jogados no inferno por causa do pecado.
   Então, por que isso não acontece? Por causa do sacerdócio diante do trono de Deus. É preciso termos uma
   compreensão mais profunda sobre o nosso Sumo Sacerdote, Jesus.
            Primeiro, o que é um sacerdócio? Sacerdócio, no Antigo Testamento, envolvia principalmente o
   sacrifício e o culto a Deus no templo. Outras funções sacerdotais eram: abençoar o povo (Números 6.22 a
   26), distinguir a vontade de Deus (Êxodo 28.30), e instruir as leis de Deus ao povo (Deuteronômio 31. 9 a
   12). Eles também exerciam o uso exclusivo do Urim e Tumim, instrumentos usados para se saber a vontade
   de Deus. A característica principal do sacerdócio era a de sacrificar a Deus como fez Abel, Noe, Abraão e
   outros patriarcas. Poderíamos dizer que estes eram famílias sacerdotais porque sacrificavam a Deus antes
   de Moisés, quando Deus estabeleceu o povo como nação. Com as leis dadas por Deus a Moisés, o povo
   recebeu uma ordem divina de se estabelecer como uma nação e todo o sacerdócio foi organizado para o
   serviço a Deus. Dali se instituiu oficialmente o sacerdócio segundo a linhagem de Arão até Ananias (Atos 23.2
   e 24:1). Esta é a linhagem sacerdotal segundo Arão. O sacerdócio serve para representar o povo perante
   Deus e oferecer dons como sacrifícios a Ele, em favor do povo.
            O sacerdote é aquele que realiza os ritos sacerdotais. Ele é escolhido por Deus para esse fim e
   é aprovado por Ele para exercer tal função em Sua casa. O sumo sacerdote era o sacerdote responsável
   pelo templo. Ele era muito importante para o povo, pois sua vida era exclusivamente dedicada a Deus, para
   purificação do povo. Ele entrava no lugar Santo dos Santos para oferecer sacrifícios de sangue pelo povo. O
   tema de nosso estudo visa revelar a importância do sacerdócio de Cristo e porque chegaremos a uma estatura
   de Varão perfeito, através deste ministério glorioso de nosso Senhor Jesus Cristo, em nosso favor.
            Nas lições anteriores, vimos que devemos deixar os princípios elementares da doutrina de Cristo
   e prosseguirmos para o que é perfeito. Existe um lugar a se chegar. Este lugar é a estatura plena de Jesus
   Cristo. Para isso, precisamos de um sacerdócio que nos represente diante do trono de Deus: o sacerdócio
   da igreja e o Sumo Sacerdote Jesus. Somos encorajados a continuar esta carreira até o fim (Hebreus 6.11),
   rumo à nossa perfeição em Cristo Jesus.
            No último verso do capítulo seis, o autor de Hebreus revela que Jesus já entrou no lugar Santo dos
   Santos, no céu, tendo se tornado Sumo Sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque (He-
   breus 6,20). Esse Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, o nosso amado Salvador, tem um ministério maravilhoso
   diante do Pai celestial, de nos representar e interceder por nós com o sacrifício do Seu próprio sangue. O
   sangue permite a remissão de nossos pecados. Não poderia haver remissão de pecados sem o sangue de
   Jesus Cristo.


   O sacerdócio que permite a perfeição I                     18                                         AULA 7
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            Agora vejamos a importância deste sacerdócio na vida da Igreja de Jesus:
            · Uma ordem sacerdotal tinha a ver com a linhagem do sacerdócio. Cada sacerdote era posto no
   ofício e consagrado junto com os filhos. Isso passava de pai para filho pela ordem sacerdotal de Arão;
            · Jesus Cristo, o nosso Sumo Sacerdote, não pertence a essa ordem de Arão. Ele pertence à ordem
   de Melquideque. Quem era este Melquisedeque? O capítulo sete nos dá uma visão bem genérica, porém
   significativa de que esta pessoa poderia ter sido o próprio Jesus pré-manifestado (Hebreus 7. 1 a 3).
            Vejamos ainda algumas características deste sacerdote (Melquisedeque):
            · Ele era rei de Salém, uma forma abreviada de Jerusalém (Gênesis 14.18; Salmo 76.2 e Hebreus 7.1
   e 2), um lugar na Palestina cujo nome tem o seguinte significado: pacífico, completo, amigável, cheio, junto,
   tornado pronto, perfeito, quieto, inteiro. Notem que o nome da cidade da qual este sacerdote era rei, possui
   um nome que revela o sentido do reinado deste rei. Um lugar de paz, cheio de perfeição e pronto para uma
   vida de quietude. Este sacerdote, Melquisedeque, era o rei desta Salém;
            · Ele era sacerdote do Deus altíssimo. Esta é uma informação muito especial, pois sabemos que o
   sacerdote é constituído por Deus para representá-Lo diante do povo. Ele foi ao encontro de Abraão quando
   este voltava da matança dos reis. A importância deste sacerdote é medida pelo fato de Abraão ter-lhe dado
   o dízimo. Era rei de justiça e rei de paz.

              1. Relação entre dízimo e sacerdócio

              Cabe aqui, pararmos para analisar um pouco mais profundamente a relação entre dízimo e sacerdó-
   cio.
            Dízimo é a primeira uma décima parte que se oferece a Deus, de tudo o que se produz ou se ganha.
   Muitos pensam que o dízimo está ligado à lei de Moisés. Não, isso não é verdade. O dízimo foi incorporado
   à lei Mosaica, porque foi instituído um sacerdócio para Deus, que O representasse diante do povo segundo
   as leis estabelecidas por Deus, para o governo do povo. Isto não significa que o dízimo tenha sido instituído
   por Moisés por causa da lei. De uma forma muito simples, para não estendermos muito sobre o assunto, o
   dízimo tem a ver com o sustento das coisas de Deus nesta terra.
            O Sumo Sacerdote de Jesus Cristo precisa ser sustentado entre os homens na Terra. No céu, esse
   sacerdócio, bem como tudo o que ali existe, é sustentado pelo poder e riquezas de nosso Pai celestial. Aqui,
   o sacerdócio é sustentado pelas riquezas que Deus dá aos Seus filhos. Simples, não? Os dízimos são do
   Senhor e não podem ser entregues em qualquer lugar deste mundo. Eles precisam ser trazidos à Casa do
   Tesouro (Igreja Local), o templo onde se reúnem os sacerdotes para o culto a Deus. O dízimo faz parte de
   um ritual religioso dos mais sagrados e profundos realizados no templo. É ali que entregamos a Jesus, nosso
   Sumo Sacerdote, os recursos de nossa obediência. É um privilégio sustentarmos o culto da Casa de Deus.
            No Antigo Testamento, os levitas não possuíam terras. Eles viviam dos dízimos trazidos ao templo.
   Eles mesmos tinham que entregar os seus dízimos ao Senhor, dos dízimos que recebiam. Nós também,
   como eles, recebemos os nossos recursos daqueles que são desta terra, mas não temos terra aqui. A nossa
   terra é celestial. Porém, ao recebermos nosso sustento daqueles que possuem terras aqui, como uma nação
   de sacerdotes que representa a raça humana perante Deus no céu, devemos trazer os dízimos à Casa do
   Tesouro. Portanto, o dízimo está relacionado ao sacerdócio e não à lei. Todo sacerdote é obrigado a entregar
   os dízimos do Senhor, porque isso faz parte do sacerdócio: oferecer a Deus, dízimos (Hebreus 7. 8a 10).
            O autor de Hebreus nos ensina que Jesus é quem recebe os dízimos no céu. Aqui, homens mortais.
   Somente um sacerdote, ou seja, alguém separado por Deus, podia recebê-los em nome de Deus. Melqui-
   sedeque foi tal sacerdote. A sua grandeza e representatividade eterna foram medidas pela ação de Abraão,
   de entregar-lhe o dízimo. Isto fala muito sobre a profundidade e santidade do dízimo ao Senhor. Pertence
   a Ele e somente a Ele. Por isso o dízimo não é muito ensinado no Novo Testamento, porque está ligado ao
   sacerdócio e não à lei. As leis, com a mudança do sumo sacerdote podem mudar, mas o dízimo tem a ver com
   o sacerdócio em si e não muda. Os judeus sabiam muito bem este conceito de dízimo. Não era necessário
   ensinar muito mais sobre o assunto. Como a Igreja teve o seu início entre os judeus e depois foi levada para
   os gentios, o sentido do dízimo já era muito entendido por aqueles que se rendiam aos pés de Jesus Cristo.
   Os dízimos ainda fazem parte do sacerdócio, pois o mesmo é eterno segundo a ordem de Melquisedeque
   O sacerdócio que permite a perfeição I                     19                                         AULA 7
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   (Hebreus 7.4 a 10).
            Melquisedeque não tinha uma genealogia. Ele não tinha nem pai e nem mãe. Não teve princípio
   de dias e nem fim de existência. Diz a Palavra de Deus: “(...) feito semelhante ao filho de Deus, permanece
   sacerdote perpetuamente” (Hebreus 7.3). Isto se torna muito interessante, porque a benção de Deus vem
   através do ofertar a Deus. Deus havia escolhido Abraão como o pai da fé. Este Melquisedeque, que significa
   “Rei de Justiça”, recebeu os dízimos de Abraão. É importante notarmos que se havia rompido há muito tempo
   a comunhão entre Deus e o povo. Esta comunhão parece que começa a ser restaurada quando Abraão ofe-
   rece dízimo dos despojos a Melquisedeque, e este lhe oferece pão e vinho, símbolos da Ceia do Senhor.
            Existe uma relação entre os dízimos e a Ceia do Senhor. Todos os que participam da Mesa do Senhor
   devem oferecer dízimos a Deus. Isso é uma necessidade. Os dízimos refletem uma adoração e o reconhe-
   cimento da grandeza de Deus. O pão e o vinho refletem a graça divina em conceder o alimento espiritual
   para o crescimento do crente. Por isso , o sacerdócio de Jesus é muito importante para nós. Ele capacita o
   nosso crescimento em estatura espiritual.

   REFLEXÃO

            Ao estudarmos a Palavra de Deus chegamos à conclusão óbvia de que Ele mesmo é perfeito e
   realizou cada passo do Seu plano visando operar em nos a Sua própria vida.

   MINISTRAÇÃO

          Senhor Jesus Cristo, somos gratos por Sua imensa graça. Obrigado também por nos revelar ainda
   mais sobre o Seu maravilhoso sacerdócio. Leva-nos à Tua santa presença em plena adoração ao Deus




   O sacerdócio que permite a perfeição I                     20                                       AULA 7
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   OBJETIVO

            Complementar nossos conhecimentos, visando ampliar nosso entendimento de que fomos chamados
   à perfeição.

   INTRODUÇÃO

              Esta aula visa complementar os assuntos desenvolvidos na aula de número sete.

   DESENVOLVIMENTO

              3. Jesus nos capacita a uma estatura perfeita

            Este crescimento firmado num sacerdócio perpétuo é revelado no verso onze do capítulo sete de
   Hebreus (Hebreus 7.1). Se a perfeição houvera sido mediante o sacerdócio levítico, que necessidade have-
   ria de um outro sacerdócio? Esta passagem revela o teor profético do sacerdócio de Jesus. Mediante tal
   revelação começamos a enxergar melhor o propósito do livro de Hebreus.
            O propósito do livro de Hebreus, não é ensinar sobre sacerdócio, ou dízimo, porém, o autor parte da
   importância dos mesmos para explicar a possibilidade de alcançarmos uma estatura plena em Cristo Jesus.
   Aleluia!
            Perfeição tem haver com plenitude de revelação. Por isso o autor revela sobre o sacerdócio perpé-
   tuo de Jesus Cristo. A Nova Aliança só foi possível por causa do sacerdócio do Senhor Jesus Cristo. Caso
   contrário, ainda estaríamos debaixo do mesmo poder da lei, da mesma forma que os nossos antepassados.
   Porém não estamos mais debaixo da lei mosaica. Estamos debaixo da lei de Jesus Cristo.

              4. O sacerdócio de Arão x sacerdócio de Cristo

            O sacerdócio de Arão lidava com a lei segundo o sangue de animais. O sacerdócio de Cristo lida com
   a lei segundo o sangue do Cordeiro, o Seu próprio sangue. Isso muda a lei, muda a função e propósito da lei.
   No Antigo Testamento a lei apontava o pecado, no Novo Testamento a lei traz vida e purifica do pecado. Por
   que isso? Porque o sangue de Jesus Cristo permite que o Espírito Santo nos livre da impureza e do poder
   do pecado em nossas vidas. Aqui vem um mistério. A lei nunca aperfeiçoou coisa alguma (Hebreus 7.19).
            Jesus é para nós, filhos de Deus, a nossa lei. Jesus nos dá vida pessoal com Deus. Nós não pre-
   cisamos de uma lei para saber o que Deus pensa ou deseja de nós. Cristo é a nossa lei, no sentido de que
   Ele fala conosco e revela toda a vontade de Deus em nossos corações.
            Na Nova Aliança, as ordenanças não são para a morte e sim para a vida. Por elas, nós reafirmamos
   que o Senhor Jesus Cristo vive realmente em nossos corações. Porque vivemos nEle, cumprimos os manda-
   mentos desta Nova Aliança. Não é cumprir as ordenanças para vivermos nEle. Percebam que os apóstolos
   vieram antes dos livros escritos. Portanto, o Espírito da Graça já operava em seus corações antes mesmo das
   ordenanças serem escritas nas páginas do Novo Testamento. Elas foram escritas para nós, que haveríamos
   de receber todas as instruções de vida deixada pelos apóstolos de Jesus.
            Agora que temos uma lei tão maravilhosa, baseada em sublimes promessas, isso jamais irá mu-
   dar, porque tais ordenanças e promessas estão firmadas num sacerdócio perpétuo. Isso garante o nosso
   crescimento à estatura de Varão perfeito. Por isso, Hebreus fala deste sacerdócio com tanta ênfase em sua
   imutabilidade.
            O sacerdócio tem um propósito muito específico, que é aperfeiçoar os santos! Por isso o juramento
   de Deus: “O Senhor jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre” (Hebreus 7.21 e Salmo
   110.4). O nosso crescimento espiritual é garantido por causa da promessa de Deus a Jesus em Seu Sumo
   O sacerdócio que permite a perfeição II                    21                                         AULA 8
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   Sacerdócio.
           Os outros, segundo a ordem de Arão, morreram e não puderam exercer um sacerdócio capaz de
   gerar perfeição. Porém Jesus, não está morto. Ele vive eternamente e é nosso Sumo Sacerdote para todo
   o sempre. Ele sempre está intercedendo diante do Pai por nós.
           Temos a garantia de uma consciência restaurada por causa desse sacerdócio maravilhoso. Todas
   as vezes que pecamos aqui, Ele se apresenta ali perante Deus, em nosso favor. O Seu sangue tem poder
   de purificar-nos e restaurar-nos (Hebreus 7.20 a 28).
           O Filho perfeito para sempre, este é o nosso Sumo Sacerdote. Ele é capaz de nos aperfeiçoar na
   pessoa maravilhosa do Seu Espírito Santo.

              5. Uma aliança superior

           No Novo Testamento somente o livro de Hebreus torna a aliança um tema central teológico. A ênfase
   é em Jesus, o perfeito Sumo Sacerdote, o provedor de uma nova, melhor e superior aliança. Ele, Jesus, é
   apresentado como o perfeito mediador desta Nova Aliança, provedor de uma herança eterna de forma tão
   maravilhosa que jamais a Antiga Aliança poderia oferecer.
           As alianças eram seladas com sangue; e a morte de Cristo na cruz do Calvário proveu uma aliança
   eterna entre Deus e o Seu povo.(Holman Bible Dictionary).
           O autor de Hebreus começa o capítulo oito enfatizando o que vem sendo dito. O capítulo oito é, na
   realidade, um ponto de transição entre as duas metades do livro. “Ora, a suma do que temos dito é que temos
   um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da Majestade” (Hebreus 8:1). Aleluia!
   Nós temos um Sumo Sacerdote. Ele foi constituído a nosso favor. Seu sangue sela uma aliança conosco.
   Lembre-se que no Novo Testamento aliança tem significado de testamento. Deus quis que obtivéssemos a
   certeza de que receberíamos exatamente aquilo que o nosso testador quis passar para nós: a vida eterna
   abundante em nossos corações.
           A grande diferença entre ambas as alianças está no sacerdócio. Na antiga, o sacerdócio se baseava
   em sangue de animal; na Nova Aliança baseia-se no sangue de Jesus Cristo. Na antiga, o sacerdócio era
   finito por causa da morte do sumo sacerdote; na Nova é eterno por causa da eternidade de Cristo. Glórias
   a Deus!

              6. Vivendo a Nova Aliança

            Queridos, toda aliança precisa ser vivida na prática para produzir seus efeitos em nossas vidas. Cristo
   nos assegura esta vitória por causa da promessa feita a nós. “Porque este é o concerto que, depois daqueles
   dias, farei com a casa de Israel, diz o Senhor; porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coração
   as escreverei; e Eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo... porque serei misericordioso com suas
   iniqüidades e de seus pecados e de suas prevaricações não Me lembrarei mais”. “Dizendo novo concerto,
   envelheceu o primeiro. Ora, o que foi tornado velho e se envelhece, perto está de acabar” (Hebreus 8. 10 a
   13).
            O resumo desta revelação é que temos de Deus a promessa de recebermos a Sua Palavra em nosso
   entendimento e escrita em nosso coração. No Antigo Testamento o povo tinha que obedecer às ordenanças
   e trazer sacrifícios de animais. Na Nova aliança, nós vivemos as ordenanças e oferecemos sacrifícios espiri-
   tuais.
            Estamos em uma aliança superior, porque Cristo é a nossa garantia de sucesso. É de Cristo, que
   Hebreus revela. Toda a lei se baseia em sacrifícios para se alcançar o perdão pela quebra dos pecados. Jesus
   é o nosso sacrifício perfeito e eterno. Queridos, em nossa caminhada rumo à perfeição, temos a certeza de
   que estamos em uma Nova Aliança com Deus. Ele quis nos dar uma herança incorruptível, o Espírito Santo.
   Cristo é a nossa herança. Nele encontramos o amém para todas as promessas contidas neste testamento
   maravilhoso nos dado pelo Pai celestial. O sangue que sela esta aliança é perfeito. O Sumo Sacerdote é
   eterno, por isso nenhum termo do que foi prometido tem que ser mudado. O intermediário é o Espírito Santo
   que conhece bem as fraquezas dos homens e o centro de toda a vontade de Deus. Ele é a caneta que escreve
   O sacerdócio que permite a perfeição II                    22                                             AULA 8
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2

   com sangue purificador todos os segredos e vontade de Deus em nossos corações. Não há possibilidade de
   falha. Esta é a suma de tudo o que Hebreus tem nos revelado até aqui.
            Em Cristo somos mais que vencedores!

   REFLEXÃO

           Ficou bem claro através destas lições, que o sacerdócio de Jesus pelas nossas vidas é algo tremendo
   e poderoso. Ele pode e quer nos libertar e purificar de todos os nossos pecados. Cremos que cabe somente
   a nós a decisão de buscarmos, na prática, essas bênçãos que o Senhor já conquistou. Creiamos na estatura
   de Varão perfeito, na maturidade espiritual e busquemos, dia-a-dia essa estatura.

   MINISTRAÇÃO

           · A partir de agora, ore com mais convicção para que Jesus nos aperfeiçoe e nos conduza a estatura
   de Varão perfeito.
           · Ore para que a Igreja entenda perfeitamente esse sacerdócio maravilhoso de Jesus em nosso favor
   e que através disso haja um verdadeiro avivamento no meio do Seu povo.
           · Agradeça a Deus pela nova aliança em Cristo Jesus.
           · Ore pela Igreja, por seus pastores e pelo Corpo de Cristo em geral.
           Para finalizar, cite pelo menos duas razões que mostrem claramente, porque a Nova Aliança é superior




   O sacerdócio que permite a perfeição II                    23                                        AULA 8

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Alianças Bíblicas: Velho e Novo Testamentos

  • 1. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2 CURSO: FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO CRISTÃ II DISCIPLINA: ALIANÇAS: NOVO E VELHO TESTAMENTOS O conceito de aliança AULA 1 OBJETIVO Estudar as alianças realizadas pelo Senhor com o homem, seu significado, princípios e importância na história do povo de Israel e para com a Sua igreja nos dias de hoje. As lições que serão estudadas pro- curarão traçar um paralelo entre as alianças do Velho Testamento e a nova aliança no Novo Testamento. INTRODUÇÃO Em todas as alianças feitas por Deus com o homem, há um sentido especial que deve ser estudado e analisado individualmente para nosso melhor conhecimento e crescimento espiritual. Sem o entendimento da Aliança, é quase impossível alguém ler e entender o plano de redenção que Deus fez para nos salvar, e, principalmente, entender algumas passagens bíblicas que estão registradas no Antigo Testamento. DESENVOLVIMENTO 1. Definição de aliança A palavra aliança no hebraico é a palavra berith, que tem o significado de: cortar onde flui sangue, indicando mutualidade, isto é, um pacto mútuo, feito em base de igualdade; é uma troca, um acordo em que Deus me dá e eu tenho que dar para Deus o mesmo. A palavra aliança no grego é diatheke, que tem o significado de desigual, dar sem receber, isto é, Deus me dá tudo o que preciso não exigindo nada em troca, a não ser fé e obediência. Portanto, é uma aliança diferente em relação a primeira e além disso superior. Nós não temos nada de bom a oferecer, só coisas ruins: pecados, iniqüidades, mesmo assim, Deus me recebe como cabeça de aliança e me dá a salvação e todas as bênçãos provindas daí, tais como, por exemplo: batismo com o Espírito Santo, dons do Espírito Santo, participação no ministério, salvação completa (sozo), vida eterna, etc.... Podemos definir aliança, como sendo um pacto, um acordo, um contrato, uma sociedade, uma convenção entre pessoas, podendo ser duas ou mais, onde são estabelecidos compromissos, deveres e privilégios entre os envolvidos, tratando-se, portanto de algo que requer legalidade e fidelidade. A aliança pode ser feita por diversos motivos, como por exemplo: guerras, amizade, amor, casamento. A Bíblia relata sobre alianças feita do homem para com o homem; do homem para com Deus e de Deus para com o homem. O que vai nos interessar nestes estudos sobre alianças, são as alianças feitas entre Deus e o homem e estaremos abordando as principais. O método escolhido por Deus para se fazer uma aliança, foi através de sangue que era e é um costume muito antigo, porém utilizado até os dias de hoje. O próprio Satanás, em imitação, também faz suas alianças com sangue, usando o de animais como galinhas, bodes, etc... A carta aos Hebreus 9.22 diz: “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão de pecados”.Ler também as seguintes passagens: Mateus 26.28; João 19.34 e Romanos 3.25. 2. Requisitos legais para se fazer aliança 2.1. Troca de presentes. Havia troca de presentes entre os que faziam a aliança, significando que aquilo que é de um é do outro também. Trocavam-se cintos (de armadura ou de armas), significando proteção. Quem luta contra mim, luta contra ti e quem luta contra ti luta contra mim. Ler Gênesis 15.1 e 1 Samuel 18.3. O conceito da Aliança 1 AULA 1
  • 2. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2 Trocavam-se, também, túnicas (capas), significando que tua vida se torna a minha vida e que a minha vida se torna a tua vida. Ler Gênesis 12:3 e 1 Samuel 18:3. 2.2. Era baseada em termos. Eram as cláusulas que regiam a aliança, se mantida ou se quebrada. Todo o capítulo 28 de Deteuronômio, fala das bênçãos e das maldições decorrentes da obediência ou da desobediência. Em Deuteronômio 28.11 a 14, temos as bênçãos e em Deuteronômio 28. 27 a 31, temos as maldições. As leis promulgadas no Sinai são termos da Aliança Mosaica feita entre Deus e o povo hebreu, através de Moisés. 2.3. Morte de um animal. Um animal era morto e dividido em duas partes, sendo uma colocada de um lado e a outra do outro lado, sendo que as pessoas que estavam fazendo a aliança, davam as mãos e passavam pelo meio dessas partes, fazendo um sinal de infinito (um oito deitado), dando a entender que a aliança passa de pai para filho, portanto é eterna. Ler Jeremias 34.18 e Gênesis 15. 9 a 18. Observe abaixo a interpretação do texto de Gênesis 15. 9 a 18: a. Três animais significam as três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo; b. Pássaros no céu e animais na terra (aliança entre céu e terra, entre Deus e o homem); c. Uma rolinha e um pombinho voam. São do céu, significa que o Pai e o Espírito Santo vão para o céu, Jesus fica para o sacrifício. d. O cordeiro é animal terreno, Jesus se torna homem, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo; e. Fogo fumegante representa o modo como Deus Pai apareceu no monte Sinai e sobre a tenda da congregação, bem como em outras manifestações; f. Tocha de fogo representa Cristo (Eu Sou a Luz do mundo). 2.4. Troca de nomes. Conforme explicado abaixo onde comentamos sobre a aliança com Abraão significa, resumidamente, que se tornam novas pessoas na aliança. 2.5. Sinal da aliança. Significa fazer cicatriz, isto é, marcar com sinal visível na carne. Usa-se passar cinza no local do corte para que outros saibam quando virem. Na África ainda se encontra chefe indígena com marcas pelo braço, e quanto mais marcas, mais poderoso é o chefe. O sangue é vida. O corte geralmente era feito no pulso ou na mão, no caso de Abraão, o sinal foi feito na carne do prepúcio com uma faca de pedra (Ler Gênesis 17.11 e 21.4). 2.6. Elementos memoriais. São estabelecidos e firmados para lembrar as alianças realizadas. O pão e o vinho; a plantação de uma árvore; altares de pedras são edificados, tudo para simbolizar o poder e a longevidade da aliança. Cada vez que se olha para esses elementos memoriais, lembra-se da aliança estabelecida. Abraão plantou um bosque. Ler Gênesis 21.33. REFLEXÃO Desde os dias da criação do homem, Deus procura um povo que lhe seja santo, porque Ele é Santo. O Senhor impôs algumas obrigações para Abraão, no sentido de que isso viesse a acontecer na vida e na família dele: separação da parentela, morar em Canaã, circuncisão, exercer fé (principalmente no que diz respeito ao seu filho Isaque, pois nele chamaria a descendência). Veja como o Senhor quer que vivamos em dependência total dele, buscando primeiramente o Seu Reino e a Sua Justiça , para que as demais coisas nos sejam acrescentadas. MINISTRAÇÃO Através da oração, dois a dois, vamos interceder para que Deus nos dê mais consciência da aliança que temos com Ele mediante o sangue de Jesus Cristo e também para que possamos aprender a viver em obediência à vontade do Senhor. O conceito da Aliança 2 AULA 1
  • 3. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2 Alianças do Velho e do Novo testamento I AULA 2 OBJETIVO Identificar os vários tipos de aliança encontradas na Palavra de Deus. INTRODUÇÃO Nosso Deus é Deus de aliança. Encontramos na Sua Palavra relatos de vários tipos de alianças que Ele fez com o homem, visando resgatá-lo da sua vã maneira de viver. Nesta aula estudaremos algumas dessas alianças, buscando entender melhor o plano de Deus em manter um relacionamento íntimo com o homem. 1. A aliança edênica (Gênesis 1.27 a 31; 2.15 a 25) Observamos que na aliança edênica não houve necessidade de derramamento de sangue, portanto sem sacrifício de animais. O homem foi colocado no Éden, juntamente com a mulher, em condições de perfeição na sua formação e no ambiente, sujeito a uma simples lei com a advertência das conseqüências em relação à desobediência. Ali o pecado ainda não havia ocorrido. Sendo perfeito, o Senhor capacitou o homem para dominar a terra. Esta aliança acaba com a entrada do pecado na vida do homem, gerando conseqüências bem diferentes e impostas pelo Senhor. 2. A aliança adâmica (Gênesis 3. 14 a 24; 4.2 a 10) Com a entrada do pecado, o homem passou a conhecer o bem e o mau, sendo expulso do Éden e amaldiçoado. A partir desse momento, a Aliança já exige sacrifícios de purificação do homem para que se chegue a Deus, isto é, encontrar o perdão de Deus e a comunhão com o mesmo, pois o pecado gera morte, isto é, separação de Deus. 3. A aliança com Noé A primeira ocorrência da palavra aliança nas escrituras, está registrada em Gênesis 6.18, que diz: “Mas contigo estabelecerei o meu pacto; e entrarás na arca, tu e os teus filhos, e a tua mulher, e as mulheres de teus filhos contigo”. Trata-se aqui da Aliança Noélica ou Pacto Noaico. Podemos subdividir a Aliança Noélica em duas, isto é: Aliança Pré-diluviana e Aliança Pós-diluvi- ana. Do capítulo 3 ao 11 de Gênesis, podemos constatar através da Bíblia, o dilema do homem, isto é, o pecado crescendo até o momento em que Deus não o aceita mais e é em Noé que Deus toma uma atitude de punição. Em Gênesis 6.6, a Palavra diz que: “Então, arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra, e pesou-lhe em seu coração”. Entendamos a palavra arrependeu-se, como uma mudança de curso da humanidade; pois Deus pode alterar o seu tratamento para com o homem, porém seu caráter e seus propósitos permanecem imutáveis. A palavra arrependeu-se, portanto, não tem aqui o mesmo significado que cabe para nós humanos, pois não somos oniscientes, Deus é. Devemos entender, também, que a vontade de Deus é restaurar o princípio, antes de aplicar o juízo. A aliança feita por Deus com Noé, teve três características básicas , que são : a) Foi concebida e estabelecida pelo próprio Deus; b) Foi universal, estendendo-se a toda a criatura viva e não só a Noé; c) Foi incondicional. O juízo foi estabelecido por Deus que determinou, sem qualquer manifestação de graça para os demais, a não ser para Noé, seus filhos, sua esposa e esposas dos seus filhos (Gênesis 6:18). Alianças do Velho e do Novo Testamento I 3 AULA 2
  • 4. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2 É importante destacarmos aqui, que Deus se move pela sua Palavra e não pelo nosso chorar e nem pela nossa necessidade. A aliança pré-diluviana Deus anuncia a Noé que estabeleceria com ele a Sua aliança. Trata-se de uma concessão soberana de graça por parte de Deus e a segurança da aliança se origina na ação de Deus. É, portanto uma aliança com Deus, que ocasiona certas obrigações correspondentes por parte de Noé, isto é, ele e sua família de- veriam entrar na arca no momento em que Deus ordenasse; deveriam trazer consigo um número específico de animais, aves e répteis, conforme está em Gênesis 6.18b a 21. A aliança pós-diluviana Em Gênesis 9.1 a 19, o texto relata a Aliança feita por Deus para com Noé, mais especificamente do 9 ao 17, em que estes versículos falam do concerto que Deus fez com a humanidade e com a natureza, pelo qual Ele prometeu que nunca mais destruiria a terra e todos os seres viventes com um dilúvio, ressaltando no versículo 13, que colocou o arco na nuvem como sinal do concerto entre Ele e a terra. Todas as vezes que olharmos o arco devemos nos lembrar da fidelidade e misericórdia de Deus para conosco. 4. A aliança Abraâmica (com abraão) Do capítulo 12 ao 22 de Gênesis, podemos constatar os propósitos de Deus em fazer a Aliança com Abraão. A chamada de Abrão, posteriormente chamado Abraão, dá início a um novo capítulo na revelação do Antigo Testamento, sobre o propósito de Deus de redimir e salvar a raça humana. Deus ao criar o homem, o fez à Sua imagem e semelhança, concedendo ao mesmo e à mulher, plenas condições e capacidade para governar a terra e tudo o que nela havia, portanto suas criaturas e criações. Porém, o pecado de Adão e Eva ocasionou a queda e a expulsão do homem, do Éden, e Deus sempre em busca de reconciliação. Com a queda, Deus perde a liberdade de se relacionar com o homem, que por sua vez tenta se cobrir sozinho, devido ao pecado e como conseqüência, a vergonha da nudez, mas não consegue e mais uma vez é necessária a intervenção de Deus, sacrificando um animal e fazendo-os se vestirem com a pele do animal e não com folhas (Ler Gênesis 3.7 e 3.21). Devido a isso, com a Aliança Abraâmica, a intenção de Deus é que houvesse um homem que O conhecesse, O servisse e guardasse os Seus caminhos, pois dessa família surgiria uma nação escolhida, de pessoas que se separassem das práticas ímpias cometidas por outras nações. Deus sempre quis ter um povo santo, pois Ele é santo e Luz e trevas não se combinam. Dessa nação viria Jesus Cristo, o Salvador do mundo, o prometido descendente da mulher, conforme relata Gênesis 3.15. A aliança Abrahâmica (com H), uma aliança com troca de nome, o que acontece no casamento. O H vem de YHWH + IAVÉ. O nome de Abrão passa a ser de Abraão e o nome de Sara passa a ser Sarah. O significado desta troca de nomes é que Deus estava colocando parte Sua vida em ambos os nomes e, por conseqüência devemos entender em suas vidas. A troca de nomes era um dos requisitos ou características para se fazer uma aliança. Significa que o meu nome passa a ter direito sobre tudo o que o teu nome tem e o teu nome passa a ter direito sobre tudo o que o meu nome tem direito, inclusive dívidas (Gênesis 17.5 e 28.13). Eu passo a ter um pedaço do seu nome e você passa a ter um pedaço do meu nome. Exatamente o que aconteceu com Abraão e Sarah. Veja o que diz o texto em Gênesis 17.4 e 5: “ (...) quanto a mim, eis que o meu pacto é contigo, e serás pai de muitas nações; não mais será chamado Abrão, mas Abraão será o teu nome, pois por pai de muitas nações te constituirei”. Portanto, o nome de AbraHão deveria ser o correto, mas infelizmente não foi traduzido com H para a língua portuguesa, mas nas demais sim. Podemos dizer que Deus também mudou o seu nome com relação a aliança feita com Abraão, passou a se apresentar como o Deus de Abraão. Em Gênesis 26.24, temos o seguinte relato: “(...) e apareceu-lhe o Senhor na mesma noite e disse: Eu sou o Deus de Abraão, teu pai, não temas (...)”. Essa aliança ficou caracterizada pelo ato da circuncisão que seria o selo de identificação desse pacto, isto é, um sinal visível para que o macho quando visse o selo, se lembraria da aliança estabelecida Alianças do Velho e do Novo Testamento I 4 AULA 2
  • 5. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2 com o Senhor. Seria a circuncisão que identificaria os judeus como povo separado (Ler Gênesis 17.9 a 14). A circuncisão, portanto, caracteriza o derramamento do sangue do homem para confirmar a Aliança nos reinos espiritual e físico. Essa aliança ficou estabelecida com as seguintes promessas de Deus para Abraão: terra, descendên- cia e bênçãos. REFLEXÃO O amor de Deus é imensurável. Observamos, na Palavra, que Deus não mediu e nem mede esfor- ços para conquistar o homem e resgatá-lo das trevas para a luz. Assim como fez com Noé e Abraão, Deus estabeleceu para conosco uma aliança eterna, selada pelo sangue de Jesus, e que jamais será quebrada. MINISTRAÇÃO Alianças do Velho e do Novo Testamento I 5 AULA 2
  • 6. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2 Alianças do Velho e do Novo Testamento II AULA 3 OBJETIVO Identificar os vários tipos de aliança encontradas na Palavra de Deus. INTRODUÇÃO Continuaremos, nesta aula, estudando os vários tipos de alianças que Deus estabeleceu com o Seu povo. Enfocaremos também a Nova Aliança, que Deus firmou de forma eterna com a Sua amada Igreja, mediante o sangue do Cordeiro Imaculado, Jesus Cristo, nosso eterno Salvador. DESENVOLVIMENTO 5. A aliança Mosaica Deus estabelece essa aliança com Israel, por ser o Seu povo escolhido, e Moisés torna-se o mediador dessa aliança. A mesma foi feita através das instruções dadas por Deus ao povo de Israel, sendo inicialmente dada verbalmente (Êxodo 20. 1 a 17) e depois escrita por Deus em tábuas de pedra e entregue a Moisés; pedras estas que são atiradas no bezerro de ouro, devido à idolatria do povo. Deus queria com esta aliança que Israel lhe fosse uma propriedade peculiar, um reino de sacerdotes e uma nação santa (Ler êxodo 34.1, 28 e 29). 6. A aliança Palestiniana (com Israel) Foi feita com os israelitas depois da peregrinação de Israel pelo deserto, por quarenta anos, devido a sua rebeldia para com Deus. Era na realidade uma preparação para que entrassem na terra prometida e era ao mesmo tempo, uma renovação da Aliança Mosaica. Bênçãos e maldições são anunciadas. Em resumo, Deus anuncia através dessa aliança a bênção e a prosperidade para todos aqueles que obedecem a seus mandamentos, princípios e juízos. Ler a passagem em Deuteronômio 28.1 até 30.10. 7. A aliança Davídica Foi realizada com base no reino de Israel, com a promessa de que sempre existiria um descendente de Davi no trono (Ler 2 Samuel 7.11 a 16 e Salmo 89.34 ). Ocorreu no período de transição entre a Teocracia e a Monarquia. Davi era um homem segundo o coração de Deus e promete-lhe: a) Que o Messias seria seu descendente; b) Que o Messias governará eternamente. Isso acontecerá quando Jesus governará pessoalmente a Israel terrestre. 8. A Nova Aliança Cremos ser impossível falar da Nova Aliança sem que analisemos um pouco mais a Antiga Aliança, pois somente através de um estudo paralelo é que conseguiremos entender melhor, a excelência do Novo Concerto feito através do Senhor Jesus Cristo. Vamos falar sobre as principais características da Antiga Aliança, no que se refere aos sacrifícios, para que depois desenvolvamos em detalhes, as vantagens obtidas na Nova Aliança através de Cristo Jesus. · Os sacrifícios feitos na Antiga Aliança, através de animais, não tinham o poder purificador de vi- das; · O judeu que oferecia sacrifício era salvo, não pelo sacrifício em si, mas pela fé, obediência e pela esperança na vinda do Messias; Alianças do Velho e do Novo Testamento II 6 AULA 3
  • 7. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2 · Em Hebreus 10.4 a Palavra diz: “ (...) porque é impossível que o sangue de touros e de bodes tire pecados”; · O sumo sacerdote era um homem escolhido por Deus e responsável pelo culto sagrado. Em He- breus 5.1 a Palavra diz: “Porque todo sumo sacerdote, tomado dentre os homens é constituído a favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados”; · Ninguém estava imune ao pecado, nem o sumo sacerdote. Primeiro ele oferecia pelos seus pecados e depois então estaria habilitado a oferecer pelos pecados do povo; · Por serem oferecidos animais e por serem mediados por sacerdotes pecadores, os sacrifícios eram imperfeitos e parciais, por isso não havia possibilidade de serem permanentes; · Os sacrifícios oferecidos tinham o significado de perdão de pecados e de adoração a Deus; · Os sacrifícios da Antiga Aliança iniciam a partir de Gênesis 3.21, com Abel, que foi o primeiro homem que a Bíblia indica ter oferecido um sacrifício de sangue; · Esses sacrifícios tinham a idéia de que o pecado tinha que ser punido com a morte. Ao invés do pecador ser morto, era o animal. Em Hebreus 9.22, a Palavra diz: “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão”. A palavra remissão tem o sen- tido original no grego de mandar embora, com a qualidade adicional de cancelar todo julgamento, punição, obrigação ou dívida. · Esses sacrifícios, por serem parciais como já citamos anteriormente, apenas encobria os pecados perante os olhos de Deus, isto é, num sentido mais claro significa adiar a sentença. · Havia cinco tipos de sacrifícios e ofertas no culto Levítico, que são: Holocausto: Sacrifício voluntário oferecido por pessoa que sentisse o desejo de estar consagrando sua vida a Deus. Era uma expressão de adoração a Deus; Oferta de Manjares: Sacrifício voluntário, oferecido como gratidão pela provisão divina e consagração dos frutos do trabalho. Também uma expressão de adoração. Neste caso não havia morte de animal, mas era oferecido juntamente com outro sacrifício em que ocorria a morte de um animal. Sacrifício Pacífico: Também de natureza voluntária, expressando louvor e gratidão a Deus. Sacrifício Pelo Pecado: Este era obrigatório e tratava da natureza causal do pecado. O propósito era de restaurar a paz com Deus. Sacrifício Pela Culpa: Também obrigatório e tinha como significado o tratar das iniqüidades cometidas em decorrência do pecado, isto é, os delitos cometidos contra Deus e o homem. Normalmente era entregue uma quantia em dinheiro ao sacerdote. · O Dia da Expiação: Tem o significado do dia da remissão dos pecados, o dia do perdão. Em outras palavras: “o dia de fazer as pazes com Deus”. - Este era o único dia que o homem, o sumo sacerdote, podia entrar no santíssimo do tabernáculo. A única oferta feita era pelo pecado da nação. Antes disso o sumo sacerdote fazia a oferta pelos seus pecados, para que pudesse representar o povo adequadamente, e daí sim, oferecer o sacrifício pela nação. - Eram escolhidos dois bodes: o primeiro morreria pelo pecado e o outro seria colocado vivo no deserto, simbolizando o afastamento do pecado do meio do povo. O bode que seria morto é chamado de bode expiatório, era sacrificado, mas não removia o pecado. Apenas Cristo faria isso (Hebreus 10.8 a 10) - O sangue expiador é levado ao lugar santíssimo e o sumo sacerdote faz a intercessão pelo povo, entrando uma vez por ano no Santo dos Santos. Aspergia sobre o altar e a arca do concerto (Ler Hebreus 9.11). - Se o sacerdote saísse vivo do Santo dos Santos, era porque o sacrifício foi aceito por Deus. Caso contrário, o sacerdote morreria no local e significava que o sacrifício não havia sido aceito. Após a saída do sacerdote, o “bode emissário” era conduzido ao deserto (Ler Hebreus 9.28). REFLEXÃO Alianças do Velho e do Novo Testamento II 7 AULA 3
  • 8. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2 Começamos agora a ter um pouco mais de entendimento do significado de Aliança. Embora esteja- mos falando ainda mais sobre as Alianças do Antigo Testamento, é importante começarmos a dar graças a Deus pela Aliança em Cristo Jesus, que será o tema das próximas aulas. Vivemos nos dias atuais uma Nova Aliança, desta vez feita não por sacrifício de animais, mas por Cristo, O Senhor da Glória. Fiquemos atentos para as próximas aulas, pois cada detalhe deste aprendizado irá mudar a nossa vida. MINISTRAÇÃO Estejamos orando para que através destes estudos haja perdão, renúncia, entendimento e outras bênçãos por parte do Senhor. Alianças do Velho e do Novo Testamento II 8 AULA 3
  • 9. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2 A Nova Aliança AULA 4 OBJETIVO A partir desta aula estaremos falando com mais e maiores detalhes sobre a Nova Aliança em Jesus Cristo e o significado dela para a vida de cada um de nós. INTRODUÇÃO O livro de Hebreus é muito rico para esclarecimentos a todos nós com relação à Nova Aliança e é através dele que estaremos nos aprofundando nestes estudos. DESENVOLVIMENTO 1. A Nova Aliança profetizada no Velho Testamento Em Jeremias 31. 31 a 33 o Senhor já profetizara uma Nova Aliança com o seu povo, aliança esta diferente em relação àquela feita com os que foram tirados do Egito. Uma Aliança na qual a Sua Palavra será colocada no coração das pessoas, de tal forma que elas passarão a reconhecer o Senhorio de Jesus Cristo em suas vidas e procurarão cada vez mais obedecer e viver a Palavra de Deus. Quando é colocada no coração, ninguém mais tem o poder de tirá-la, pois fica guardada até a vinda de Jesus Cristo nos ares. Percebemos, também, que Davi profetizou isso no Salmo 40.8, que diz: “Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; a tua lei está dentro do meu coração”. Da mesma forma podemos citar o livro do profeta Ezequiel 11.19 e 20, que diz: “(...) então eu lhes darei um mesmo coração, e um espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne, para que andem nos meus estatutos, e guardem os meus juízos, e os ex- ecutem; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus”. A promessa da Aliança volta a ser citada novamente em Ezequiel 36.26, praticamente com as mesmas palavras, isto é: “Dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro em vós um espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra, e vos darei um coração de carne”. Em Isaías 59.21, outra vez podemos concluir a profecia anunciada pelo Senhor, que diz: “Quanto a mim, esta é a minha aliança com eles, diz o Senhor. O meu Espírito, que está sobre ti, e as minhas palavras, que pus na tua boca, não se desviarão da tua boca, nem da boca dos teus filhos, nem da boca dos seus descendentes, diz o Senhor, desde agora e para todo o sempre”. As referências feitas no Antigo Testamento à Aliança estabelecida entre Deus e o Seu povo são abundantes, com a declaração de que houve quebra da parte dos israelitas, que se esqueceram do Concerto, transgredindo as determinações divinas. Todas essas incriminações culminam nas profecias citadas acima, que anuncia, como já vimos anteriormente, uma Nova e Grande Aliança, não somente exigindo obediência, mas criando um coração puro para o amor, para a transformação de caráter, para a manifestação de dons espirituais e ministeriais na vida do povo, para um coração adorador ao Senhor, enfim um coração quebran- tado para ser trabalhado pelo Espírito Santo, de tal forma que cada um seja conduzido à estatura de Varão perfeito, verdadeiramente à imagem e semelhança de Cristo. 2. O princípio e instituição da Nova Aliança Podemos dizer que a Nova Aliança teve o seu início com o aparecimento de João Batista pregando no deserto da Judéia e dizendo: “Arrependei-vos, pois está próximo o reino dos céus”; preparando, dessa forma, o caminho do Senhor conforme profetizado em Isaías. João Batista pregava o arrependimento dos pecados e batizava com água, mas testemunhava a respeito da vinda do Messias, muito mais poderoso, e que esse batizaria com o Espírito Santo e com fogo. Jesus cresceu, foi batizado por João Batista, foi tentado por Satanás no deserto, operou muitos sinais, A Nova Aliança 9 AULA 4
  • 10. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2 prodígios, milagres e maravilhas; ensinou o povo a respeito do Pai, determinou mandamentos, ordenanças e ensinamentos diversos. Seus milagres envolveram coisas materiais (multiplicação dos pães e peixes); envolveu pessoas (com curas e libertações das mais diversas possíveis), mas também envolveu fatos da natureza (acalmou a tempestade). Embora possamos dizer que a Nova Aliança iniciou com João Batista, é necessário frisar, no entanto, que a sua instituição foi na Ceia celebrada pelo Senhor conforme relatado em Mateus 26.26 a 28, onde Ele diz: “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, abençoando-o, partiu e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei, isto é o meu corpo. (...) então Ele tomou o cálice, e, tendo dado graças, deu-o aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos. (...) Isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, que é derramado por muitos, para remissão de pecados”. As palavra ditas pelo Senhor Jesus Cristo na ceia, mostra bem claro que Ele estava preparado para doar a Sua vida pelos nossos pecados. É importante destacar neste momento, que na Velha Aliança, o animal ia para o sacrifício sem entendimento e sem escolha, mas Jesus Cristo sabia de tudo e foi consciente, tendo conhecimento pleno de tudo o que iria produzir e realizar através desse ato. Outro fato importante é que Jesus, ao celebrar a Páscoa, estava cumprindo a lei. Os judeus tinham por costume e tradição, na preparação da Ceia, colocar ao lado um lugar a mais para o Messias com pão e vinho. Jesus deu todas as instruções para os apóstolos prepararem a Ceia, e no momento da celebração, Ele, Jesus, assumiu o lugar reservado para o Messias, deixando os apóstolos admirados. É importante também fazermos um paralelo aqui entre a Páscoa, que significa a libertação física do povo de Deus e Ceia, a libertação espiritual do povo. Jesus desenvolveu dois ofícios neste momento em relação à Velha Aliança: O de Sumo Sacerdote (Hebreus 3.1 e 4.14) e o de oferta sacrificial (Hebreus 10.10 a 12). Com a celebração da Ceia do Senhor, fica instituída a Nova Aliança, pondo um fim a Antiga Aliança, sendo Jesus Cristo o único mediador (Hebreus 8.6 e 9.15), oferecendo não mais um sacrifício de animais, mas a Si próprio, estabelecendo esta Nova Aliança com o Seu próprio sangue. 3. O que nos é concedido através da Nova Aliança Quando falamos de Nova Aliança, é importante destacarmos a palavra “graça”. A Nova Aliança é feita com base em melhores promessas, que passaremos a estudar nas próximas aulas, pois não só oferece a possessão de terras ou riquezas terrenas, ou qualquer outro bem material, mas acima de tudo isso ofer- ece-nos a salvação, a vida eterna com Deus, no céu onde não há traças e nem ferrugens, mas paz, gozo e alegria eternos, no espírito, coisas, portanto superiores, pois são eternas. Tendo Jesus Cristo como único mediador da Nova Aliança, a Velha Aliança perdeu o seu valor. A Nova Aliança, realizada através de Cristo é muito superior (Romanos 10.4). Ao celebrarmos a Ceia do Senhor, lembremos sempre deste Novo Concerto realizado de forma perfeita e completa por Jesus Cristo, nosso Salvador. Além do que já foi citado, queremos destacar mais quatro aspectos que nos são concedidos através da Nova Aliança e que nos possibilita a vitória em Cristo Jesus. São eles: 3.1. Proteção. O mais fraco recebe a força do mais forte, isto é, a força de Deus passa a ser nossa também. Em 1 João 4.4 a Palavra diz: “Filhinhos, vós sois de Deus, e já os vencestes, porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo”. Nós nos tornamos forte pela Aliança realizada. 3.2. Igualdade. Nós somos colocados no mesmo nível de Jesus Cristo perante o Pai, isto é, de filhos de Deus também, e com isso passamos a ter os mesmos direitos de Cristo, portanto somos co-herdeiros. Em Gálatas 4.7 a Palavra diz: “Assim que já não és mais escravo, mas filho; e se és filho, és também feito herdeiro por Deus”. Deixamos de ser inferiores e passamos a ser superiores, no mesmo nível de Jesus Cristo. 3.3. Amor. O amor de Deus por nós é imenso, e através desse amor, nós passamos a ser beneficiados e recebemos todas as bênçãos nas regiões celestiais; bênçãos estas, advindas da Nova Aliança. Em João 3.16, a Palavra diz: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que Nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. A Nova Aliança 10 AULA 4
  • 11. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2 3.4. Liberdade. Através da Nova Aliança, somos libertos dos pecados e suas iniqüidades. Antes, na Antiga Aliança, o sacrifício apenas cobria os nossos pecados, porém na Nova Aliança todos os nossos pecados são tirados pelo Cordeiro de Deus. Embora o pecado habite em nós, como diz Paulo na carta aos Romanos, ele não tem domínio sobre nós, porque em todas as coisas somos mais que vencedores em Cristo. Em 1 João 1. 9, a Palavra diz: “Mas aquele em quem não há estas coisas é cego, vendo somente o que está perto, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos pecados”. REFLEXÃO Agora que você já está sabendo um pouco mais sobre a Nova Aliança, pare, pense e agradeça a Deus por tudo que Ele nos concedeu através deste Novo Concerto feito de forma perfeita e completa em Cristo Jesus. Conte para a classe algum testemunho ou experiência que você teve com o Senhor, para dar maior ênfase ainda à sua Graça em nossas vidas. MINISTRAÇÃO É maravilhosa a providência e a provisão de Deus para com cada um de nós. Precisamos urgente- mente levar essa bênção àqueles que ainda não tiveram um encontro com o Senhor Jesus. Façamos isso o mais depressa possível. Disponha-se e disponibilize-se a servir o Senhor e grandes coisas Ele fará através da sua vida. A Nova Aliança 11 AULA 4
  • 12. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2 Cristo, o nosso Sumo Sacerdote AULA 5 OBJETIVO Entender com mais detalhes e mais profundamente sobre o sacerdócio de Cristo e sua relação com o sacerdócio na Antiga Aliança. Em outras palavras, comparar o sacerdócio de Cristo com o sacerdócio Aarônico. INTRODUÇÃO Existe um lugar de descanso para os filhos de Deus. Este lugar é Cristo, na plenitude, em todos. O lugar de descanso do crente é estar cheio do Espírito Santo em sua vida. É onde paramos de lutar contra a carne e alcançamos total crescimento em Cristo Jesus. O lugar de descanso é o lugar de total obediência a Deus. Vejamos com maiores detalhes agora, a partir do desenvolvimento desta lição. DESENVOLVIMENTO 1. O Sacerdócio maravilhoso Conforme está comentado na introdução desta lição, precisamos de um lugar de descanso. O lugar de descanso que precisamos é um o total repouso em Jesus Cristo. Quem estiver totalmente cheio do Espírito de Cristo entrou no seu repouso sabático e descansou de suas obras. Chegamos à conclusão que a nossa obra é lutar contra o pecado e buscar total santidade em Deus. O nosso esforço é para entrarmos neste descanso prometido. A nossa desobediência é o resultado de estarmos vazios do Seu Espírito. O nosso esforço para entrarmos neste descanso, é para irmos a este ponto de chegada seguindo o caminho da Palavra, Jesus Cristo, até alcançarmos a plenitude de obediência nEle (Hebreus 4.12). Enquanto isso precisamos de um Sumo Sacerdote que nos represente diante de Deus perdoando completamente todos os nossos pecados. O capítulo cinco do livro de Hebreus começa a falar deste sacerdócio maravilhoso. Para podermos compreender porque Jesus Cristo tem que ser o nosso sumo sacerdote, temos que compreender sobre o sacerdócio Aarônico. Ninguém poderia chegar ao lugar de descanso se não fosse pelo sumo sacerdote. Os nossos pecados demandam morte instantânea. A morte, na essência, é a separação da alma e do corpo. O corpo é, então, levado para a sepultura e a alma é levada para o lugar de espera de seu julgamento pelo que praticou na Terra, lugar este que a Bíblia explica ser o ades ou o paraíso. Vejamos algumas das responsabilidades do sumo sacerdote e sua relação com o sacerdócio de Cristo. Era o sacerdote que se responsabilizava pelo templo. Há vários termos usados para se referir ao sumo sacerdote. O sacerdote (Êxodo 31.10), o sacerdote ungido (Levítico 4.3), o sacerdote chefe entre os irmãos (Levítico 21.10), sacerdote chefe (2 Crônicas 26.20) e sumo sacerdote (2 Reis 12.10). O sumo sacerdócio era um ofício hereditário que se baseava nos descendentes de Arão (Êxodo 29.29 e 30 e Levítico 16.32). O sumo sacerdote, geralmente servia no sacerdócio durante toda a sua vida (Números 18.7; 25.11 a 13 ; 35. 25 e 28 e Números 12.10 e 11). Um grau especial de santidade era obrigatório ao sumo sacerdote (Levítico 10. 6 a 9 e 21.10 a 15). Isto significava que ele teria que evitar contaminação pelo contato com os mortos, mesmo que estes fossem seus próprios pais e era proibido demonstrar qualquer sinal visível de choro. Ele não podia sair da área do templo. Estas responsabilidades mostravam que o sumo sacerdote era alguém totalmente dedicado ao serviço de Deus, sempre fiel ao ritual e pronto para servir o Senhor. Se o sumo sacerdote pecasse, traria culpa sobre todo o povo (Levítico 4.3). A oferta pelo pecado do sumo sacerdote era a mesma trazida pelos pecados de toda a congregação (Levítico 4. 3 a 21). Havia toda uma preparação especial para o sumo sacerdote tomar posse do ofício por sete dias, tais como: banho, colocação de vesti- mentas especiais, unção com óleo e com sangue (Êxodo 29.1 a 37; Levítico 6.19 a 22; 8.5 a 35). O sumo sacerdote compartilhava o trabalho geral do sacerdócio, porém, ele era o único que podia entrar no lugar Santo dos Santos, e isso, somente no dia da expiação (Levítico 16. 1 a 25). A morte de um sumo sacerdote, Cristo, o nosso Sumo Sacerdote 12 AULA 5
  • 13. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2 marcava o final de uma época. Alguém que fosse culpado de assassinato involuntário teria que ficar numa cidade refúgio até a morte do sumo sacerdote (Números 35. 25, 28, 32 e Josué 20.6). A morte expiatória do sumo sacerdote removia a culpa de sangue que poluía a terra (Números 35.33). Como você já pode ter percebido, um sumo sacerdote era fundamental para que o povo pudesse chegar à terra prometida. Sem esse sacerdócio não haveria nenhuma possibilidade disso. Jesus é o nosso sumo sacerdote. Sem Ele é impossível chegarmos ao lugar de descanso de nossas almas. Isso porque, enquanto vivemos neste corpo, somos levados pela força da carne a pecar contra o nosso Deus. Essa é a grande luta que enfrentamos nesta vida. Não teremos pleno descanso, até que vençamos a carne ou a deixamos para trás pela morte física. Porém morrer fisicamente para o crente, hoje é o mesmo que morrer no deserto, sem entrar no descanso eterno do Senhor. Aqui, o texto começa a fazer sentido espiritual para nós: “Porque todo sumo sacerdote, sendo tomado dentre os homens, é constituído nas coisas concernentes a Deus, a favor dos homens, para oferecer tanto dons, como sacrifícios pelos pecados” (Hebreus 5.1). Jesus foi constituído sumo sacerdote a nosso favor diante de Deus. Algumas coisas maravilhosas podemos contar deste sumo sacerdote que o Pai celestial constituiu em nosso favor. Somos sacerdotes de Deus pela hereditariedade. Que poder maravilhoso, este que Deus nos concedeu. Se hoje somos apresentados diante de Deus como sacerdotes a favor dos homens que vivem nesta Terra, é porque fomos gerados Nele em Cristo Jesus, nosso sumo sacerdote. O sacerdócio é um ofício hereditário. Somente os filhos do sumo sacerdote podiam exercer sacerdócio. Nós fomos gerados por Deus, em Cristo, para um sacerdócio perante Ele. 2. Algumas características do Sumo Sacerdote O sumo sacerdote, como vimos, tem algumas características muito importantes. Ele era o responsável pelo templo do Senhor. Graças a Deus, que o nosso Sumo Sacerdote é o responsável pelo templo de Deus. Como o apóstolo Paulo nos revela, nós somos o templo de Deus nesta terra (1 Coríntios 3.16). O nosso Senhor sacerdote é todo santo. Não há impureza nEle. Ele cuida do templo de Deus, a Sua igreja, com muito cuidado e poder, para que o culto que prestamos ao Pai celestial, através de nossos espíritos, seja aceito pelo Senhor como um sacrifício vivo. Ele é puro e ofereceu o Seu sangue que nos purifica e justifica diante do Deus santo e justificador. Que maravilha podermos entrar no templo feito pelas nossas ofertas e dízimos, para a reunião dos santos, a fim de cultuarmos a Deus sem termos que nos preocupar, pois o nosso Sumo Sacerdote jamais peca, pecou ou irá pecar. Estamos totalmente seguros por Sua intermediação perante o nosso Pai celestial. Outra coisa que nos conforta é sabermos que Ele jamais deixa os limites do templo. Ele fez morada para sempre em nossas vidas. Ele compartilha conosco de nossas tarefas sacerdotais, que é oferecer culto ao nosso Deus santíssimo, porém só Ele, na pessoa do Seu Espírito Santo, pode entrar no Santo dos Santos. Somente e totalmente imersos no Seu Espírito é que poderemos entrar no templo celestial. Ninguém pode alcançar o céu, a menos que esteja coberto pelo Seu Espírito de glória. Outra benção maravilhosa que temos em nosso Sumo Sacerdote é a Sua morte na cruz do calvário. A morte do Sumo Sacerdote marcou uma época divisória na história do homem. Todo assassino involuntário (nós somos tais assassinos que matamos os irmãos involuntariamente, por causa do pecado), deveria permanecer numa cidade-refúgio até a morte do sumo sacerdote. Nós estamos nesta cidade refúgio, que é este mundo e fomos resgatados de volta para o arraial de Deus, pela morte de nosso Sumo Sacerdote naquela rude cruz no calvário. Aleluia! Jesus Cristo é o nosso Sumo Sacerdote! Ele é capaz de condoer-se dos ignorantes e dos que erram, porque Ele mesmo está rodeado de fraquezas, porém não é fraco. Ele está rodeado de fraqueza, pela enfermidade da nossa carne. Por isso, precisamos dEle. É Ele quem intercede por nós e ofereceu o Seu sangue para o perdão nossos pecados diante de Deus. Ele também, através do Seu Espírito, está realizando uma grande obra na Igreja, até que todos cheguemos à plenitude de Sua estatura. Ele veio para nos absorver nEle. Chegar à Sua estatura significa estarmos imersos totalmente nEle. Cada vez que pecamos, Ele intercede por nós e apresenta o Seu sangue remidor. Todo o texto do capítulo cinco de Hebreus, revela o poder maravilhoso deste Sumo Sacerdote em nosso favor. Não foi Ele mesmo que se fez Sumo Sacerdote. Deus O constituiu nosso Sumo Sacerdote para Cristo, o nosso Sumo Sacerdote 13 AULA 5
  • 14. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2 sempre (Hebreus 5.10). O autor de Hebreus revela que ainda se teria muita coisa para ser dita a respeito desse Sumo Sacer- dote, mas muito difíceis de explicar (Hebreus 5.11). A razão disso é a nossa incapacidade de compreensão. Somente os mestres seriam capazes de entender tais coisas na exatidão necessária. Todos nós deveríamos ser mestres ao tempo decorrido até aqui, desde a instituição deste sacerdócio, porém somos ainda bebês. É preciso um amadurecimento espiritual para compreendermos a profundidade deste sacerdócio maravilhoso de Cristo Jesus. Precisamos de alimento muito sólido para podermos alcançar o discernimento pleno deste mistério. Por enquanto, somos inexperientes na Palavra da justiça. O alimento sólido é para os adultos. Quem são eles? Para aqueles que, pela prática, têm suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal (Hebreus 5.11 a 14). Vamos ser gratos a Deus pelo nosso Sumo Sacerdote. Por Ele temos a garantia de poder entrar no nosso descanso eterno. REFLEXÃO O nosso Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, conquistou todas as coisas em nosso favor. Precisamos entender e nos conscientizar dessa conquista, e isso acontecerá no dia em que buscarmos a maturidade mediante o conhecimento e prática da Palavra de Deus. MINISTRAÇÃO • Ore para que dia após dia estejamos buscando e conquistando o nosso chamado para a estatura plena em Jesus Cristo. • Interceda pela Igreja para que isso se torne cada vez mais desejável por todos, melhorando a nossa percepção espiritual. Cristo, o nosso Sumo Sacerdote 14 AULA 5
  • 15. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2 Chamados para a perfeição AULA 6 OBJETIVO Reconhecer que Deus nos chamou para atingirmos a estatura de Varão perfeito. INTRODUÇÃO O capítulo 6 do livro de Hebreus diz que o Senhor espera de nós coisas melhores e nos chamou para sermos perfeitos. Muitos pensam e afirmam que a perfeição será só no céu. Este texto nos revela que isso pode e deve acontecer aqui na Terra, ainda. Continuaremos nesta lição mostrando a superioridade da Nova Aliança que Deus fez com nós, através de Jesus Cristo o nosso Sumo Sacerdote. DESENVOLVIMENTO 1. A aliança que nos conduz à perfeição Deus nos chamou para sermos perfeitos. Já a algum tempo temos falado sobre este assunto e, quanto mais falamos, pela graça de nosso bom Deus, ele fica mais claro. Não podemos entender perfeição como sermos totalmente isentos de coisas ruins em nós. Temos que entender perfeição como estarmos completos em Cristo Jesus, cheios do Seu Espírito de glória. O fato é que ainda não temos tal consciência em nós. Achamos que é impossível chegarmos à perfeição nesta terra. Vamos nos desarmar de preconceitos e vejamos o que a Palavra de Deus nos diz sobre o assunto. O autor de Hebreus ensina sobre seguirmos adiante em nossa estatura espiritual. É assim que ele afirma: “Pelo que, deixando os ensinos elementares da doutrina de Cristo, prossigamos para a perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e da fé em Deus, o ensino sobre os batismos e imposição de mãos, e sobre a ressurreição dos mortos e o juízo eterno. E isto faremos, se Deus permitir” (Hebreus 6. 1 a 3). Prossigamos para a perfeição. Por que a Palavra de Deus falaria sobre algo inatingível? Cremos que esta é a vontade de Deus para todos nós, os Seus filhos. Perfeição(teleiotes) significa: um que completa, isto é, um consumador. Esta palavra grega vem da raiz teleioo, que significa completar, conseguir, consumar (em caráter), consagrar, terminar. Como vemos, o sentido desta palavra expressa algo a ser alcançado e que pode ser terminado. Quem faz isso, é um consumador, alguém que chega a um lugar determinado. Perfeição, portanto, trata-se de uma estatura espiritual, de se alcançar um estado completo de iluminação no Espírito Santo. Sermos perfeitos é termos total discernimento no Espírito de Deus (Hebreus 5.14). Deus deseja que avancemos no conhecimento de doutrinas mais sólidas para as nossas vidas. Para muitos, as doutrinas do batismo e imposição de mãos são doutrinas muito profundas, mas o livro de Hebreus as coloca como elementares. Existem doutrinas que precisam ser recebidas, para termos uma vida mais profunda e íntima com Deus. Quando chegarmos ao auge de nossas vidas espirituais, iremos gozar dos poderes maravilhosos do mundo vindouro. Para aqueles que afirmam que perfeição é só no céu, este texto revela que isso pode e deve acontecer aqui na terra, ainda: “É impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram do dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa Palavra de Deus, e os poderes do mundo vindouro...” (Hebreus 6. 4 e 5 ). Notem que os verbos estão no passado e não no futuro. Aqueles que já provaram, foram iluminados e se fizeram participantes do Espírito Santo e provaram dos poderes. Que poderes? Vindouros. Vindouros, que vêm na outra vida, no céu. Os poderes que pertençam a outra vida futura e que já foram provados aqui na terra, em vida. A perfeição nos antecipa os poderes do mundo vindouro. Não está falando aqui, de uma pessoa ter que ser reencarnada para voltar a cair. Fala de pessoas que alcançaram um estágio de perfeição e voltaram às práticas anteriores do pecado. Somente aqueles Chamados para a perfeição 15 AULA 6
  • 16. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2 que ainda permanecem nas doutrinas elementares é que estão constantemente nesta vida de derrotas e repetições de pecados. Por isso as doutrinas elementares são importantes para eles. Precisam se arrepender constantemente, porque vivem pecando. Precisam de imposições de mãos por causa das enfermidades que lhes assolam. Essa e as demais doutrinas fazem parte da vida daqueles que ainda não alcançaram a maturidade em Cristo Jesus. Porém, os que alcançaram suas estaturas plenas, não retornarão aos elemen- tos básicos da doutrina bíblica. Estes gozam de uma consciência pura e plena de conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. O texto é bem claro: “é impossível que os que já uma vez foram...” (Hebreus 6.4). Uma vez que alcançamos esta maturidade em Cristo, vivemos no poder do Reino de Deus em nossas vidas, pois se voltar às práticas pecaminosas de antigamente fosse possível, eles crucificariam o Filho de Deus para si mesmos. O sentido de crucificar é separar de si mesmo. Logo, perfeição produz fidelidade plena ao Senhor Deus. 2. Deus espera coisas melhores de seus filhos “Mas de vós, amados, esperamos coisas melhores e pertencentes à salvação, ainda que assim falamos...” (Hebreus 6.9). Mesmo se dissermos que “uma terra que produz espinhos e abrolhos é rejeitada e perto está da maldição e o seu fim é ser queimada”, diz o autor, Deus tem outras coisas melhores para nós. À primeira vista somos tentados a entender que o texto está falando de perda de salvação. Alguém que tenha chegado ao ápice de sua trajetória em Cristo e depois venha a deixá-lo totalmente. Porém, não é de salvação que o texto está falando. O texto fala de perfeição e dos perigos que corremos ao ficarmos nas doutrinas elementares da Palavra. É impossível que os que chegam a esta estatura voltem ao que era antes. Pois se fosse possível, eles não se arrependeriam, porque teriam crucificado para si mesmos o Filho de Deus novamente. Esta é uma forma de se colocar, usada para mostrar o poder que se recebe ao atingir a maturidade plena. Neste momento, podemos até ter dúvidas quanto ao que o texto se refere, porém ao prosseguirmos adiante no ensinamento do livro de Hebreus, veremos que o alvo deste livro é revelar o poder transformador do sangue do Cordeiro de Deus em nossas vidas. Por isso, o autor tem essa esperança dos que são salvos por Ele: que pela salvação que os crentes receberam eles continuem. Nas coisas referentes à salvação, que eles cresçam até o fim. O verso dez é muito interessante: “Deus não é injusto; Ele não se esquecerá da vossa obra, e do amor que para com o Seu nome mostrastes, pois servistes e ainda servis aos santos” (Hebreus 6.10). Por que o autor usa esta expressão, Deus não é injusto? Pare e pense. Se Deus é quem nos traz para o Seu Filho Jesus (João 6.44), Ele mesmo, é quem nos sustenta em Seu Filho amado. Existe uma obra que nos sustenta no Amado. A obra do amor ao nome de nosso Senhor Jesus Cristo que ministrou aos santos e ainda ministra. Esta obra de servir aos irmãos no amor do Pai é uma obra gloriosa. Ministrar aos santos é ser um atendente das necessidades dos mesmos. Quanto mais maduros nos tornamos no amor de Deus, mais servimos aos santos. 3. Nosso crescimento espiritual se aperfeiçoa no servir aos santos Deus não se esquece daqueles que, em amor ao Seu Nome, fazem benevolência aos seus irmãos em Cristo. O que podemos notar, pelos versos seguintes, é que o nosso crescimento espiritual depende do nosso serviço aos irmãos, ou melhor, se aperfeiçoa através disso. Desejamos que vocês, diz o autor, sejam rápidos na busca da esperança plena até o fim. Esta palavra fim é a palavra grega “telos”, que significa partir para um ponto ou alvo definido; um ponto mirado como um limite; a conclusão de um ato ou estado. Logo, vemos que a esperança nos conduz ao ponto máximo do nosso chamado, à plena maturidade, à perfeição. Isto é medido pelo nosso serviço de amor a Deus para com os irmãos. Cada ação de amor que realizamos para um de nossos irmãos em Cristo, não é esquecida por Deus. Ele nos dá mais fé, para continuarmos crescendo em Sua graça maravilhosa. O amor de Deus nos é dado para ministrarmos mais aos santos, na Casa de Deus. Se não fizermos isso, paramos nas doutrinas elementares. A maior evidência de nosso crescimento espiritual é o amor aos nossos irmãos. No verso doze vem uma advertência: “Não sejam vaga- rosos, relaxados, mas sigam os que pela fé e paciência, herdam as promessas” (Hebreus 6.12). Herdam as Chamados para a perfeição 16 AULA 6
  • 17. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2 promessas. Que promessas? A promessa do Espírito na plenitude. Esta é a promessa deixada em Abraão a todos os que crêem no nome poderoso de Jesus. A promessa de que chegaríamos ao pleno conhecimento espiritual pela fé foi dada a Abraão e a nós por Jesus Cristo, o nosso Senhor. Para que isto ficasse muito claro e imutável para nós hoje, Deus fez juramento por Si mesmo quanto a esta vitória em Seu Espírito (Hebreus 6.13 e 14). Ele jurou assim: “abençoando, eu te abençoarei”. Abençoando refere-se à Sua Palavra Santa. Falando delicadamente, Ele nos abençoaria. Nós crescemos em estatura pela Palavra de Deus. “E multiplicando, Eu Te multiplicarei”. Esta expressão “multiplicando”, quer dizer aumentando. Um povo tanto pode aumentar em número como em estatura diante do Senhor. Abraão, depois de perseverar pacientemente na palavra de Deus, alcançou a promessa (Hebreus 6.15). A nossa promessa como Igreja de Jesus Cristo é a estatura de um Varão perfeito. Deus não vai mudar a Sua promessa. Ele ainda deseja o nosso crescimento até o fim. Por isso devemos pôr a nossa fé nos versos seguintes (Hebreus 6. 17 a 20). Ele jurou que entraríamos em Seu descanso. Ele jurou que herdaríamos o nosso chamado por causa de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por duas coisas imutáveis, o Senhor Deus nos garante essa vitória: a consolação e a esperança. Esta esperança é a ancora de nossa salvação plena. Ela nos segura na palavra de Deus. Jesus é o nosso Sumo Sacerdote e este sacerdócio é eterno. REFLEXÃO Queridos irmãos em Cristo, vamos seguir rumo à perfeição. Este é o nosso chamado supremo em Cristo Jesus. Nos próximos estudos aprenderemos sobre este sacerdócio maravilhoso de Jesus Cristo, que nos garante o pleno êxito de nosso crescimento até a perfeição. MINISTRAÇÃO Oremos por toda a Igreja do Senhor Jesus Cristo, para que o Espírito Santo nos traga maiores esclarecimentos sobre este assunto e nos leve a ter convicção desse tema. Chamados para a perfeição 17 AULA 6
  • 18. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2 O sacerdócio que permite a perfeição I AULA 7 OBJETIVO Complementar nossos conhecimentos, visando ampliar nosso entendimento de que fomos chamados à perfeição. INTRODUÇÃO Para chegarmos à perfeição, precisamos de um verdadeiro sacerdócio que trabalhe e atue em nosso favor. É sobre isso que trataremos nesta lição, complementando o que já vimos na lição anterior. DESENVOLVIMENTO 1. O que é um sacerdócio Temos falado aos irmãos, que fomos chamados por Deus para uma estatura plena. Porém, per- cebemos que devido à nossa carne, diariamente estamos pecando contra o nosso Senhor Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Deveríamos ser todos destruídos e jogados no inferno por causa do pecado. Então, por que isso não acontece? Por causa do sacerdócio diante do trono de Deus. É preciso termos uma compreensão mais profunda sobre o nosso Sumo Sacerdote, Jesus. Primeiro, o que é um sacerdócio? Sacerdócio, no Antigo Testamento, envolvia principalmente o sacrifício e o culto a Deus no templo. Outras funções sacerdotais eram: abençoar o povo (Números 6.22 a 26), distinguir a vontade de Deus (Êxodo 28.30), e instruir as leis de Deus ao povo (Deuteronômio 31. 9 a 12). Eles também exerciam o uso exclusivo do Urim e Tumim, instrumentos usados para se saber a vontade de Deus. A característica principal do sacerdócio era a de sacrificar a Deus como fez Abel, Noe, Abraão e outros patriarcas. Poderíamos dizer que estes eram famílias sacerdotais porque sacrificavam a Deus antes de Moisés, quando Deus estabeleceu o povo como nação. Com as leis dadas por Deus a Moisés, o povo recebeu uma ordem divina de se estabelecer como uma nação e todo o sacerdócio foi organizado para o serviço a Deus. Dali se instituiu oficialmente o sacerdócio segundo a linhagem de Arão até Ananias (Atos 23.2 e 24:1). Esta é a linhagem sacerdotal segundo Arão. O sacerdócio serve para representar o povo perante Deus e oferecer dons como sacrifícios a Ele, em favor do povo. O sacerdote é aquele que realiza os ritos sacerdotais. Ele é escolhido por Deus para esse fim e é aprovado por Ele para exercer tal função em Sua casa. O sumo sacerdote era o sacerdote responsável pelo templo. Ele era muito importante para o povo, pois sua vida era exclusivamente dedicada a Deus, para purificação do povo. Ele entrava no lugar Santo dos Santos para oferecer sacrifícios de sangue pelo povo. O tema de nosso estudo visa revelar a importância do sacerdócio de Cristo e porque chegaremos a uma estatura de Varão perfeito, através deste ministério glorioso de nosso Senhor Jesus Cristo, em nosso favor. Nas lições anteriores, vimos que devemos deixar os princípios elementares da doutrina de Cristo e prosseguirmos para o que é perfeito. Existe um lugar a se chegar. Este lugar é a estatura plena de Jesus Cristo. Para isso, precisamos de um sacerdócio que nos represente diante do trono de Deus: o sacerdócio da igreja e o Sumo Sacerdote Jesus. Somos encorajados a continuar esta carreira até o fim (Hebreus 6.11), rumo à nossa perfeição em Cristo Jesus. No último verso do capítulo seis, o autor de Hebreus revela que Jesus já entrou no lugar Santo dos Santos, no céu, tendo se tornado Sumo Sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque (He- breus 6,20). Esse Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, o nosso amado Salvador, tem um ministério maravilhoso diante do Pai celestial, de nos representar e interceder por nós com o sacrifício do Seu próprio sangue. O sangue permite a remissão de nossos pecados. Não poderia haver remissão de pecados sem o sangue de Jesus Cristo. O sacerdócio que permite a perfeição I 18 AULA 7
  • 19. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2 Agora vejamos a importância deste sacerdócio na vida da Igreja de Jesus: · Uma ordem sacerdotal tinha a ver com a linhagem do sacerdócio. Cada sacerdote era posto no ofício e consagrado junto com os filhos. Isso passava de pai para filho pela ordem sacerdotal de Arão; · Jesus Cristo, o nosso Sumo Sacerdote, não pertence a essa ordem de Arão. Ele pertence à ordem de Melquideque. Quem era este Melquisedeque? O capítulo sete nos dá uma visão bem genérica, porém significativa de que esta pessoa poderia ter sido o próprio Jesus pré-manifestado (Hebreus 7. 1 a 3). Vejamos ainda algumas características deste sacerdote (Melquisedeque): · Ele era rei de Salém, uma forma abreviada de Jerusalém (Gênesis 14.18; Salmo 76.2 e Hebreus 7.1 e 2), um lugar na Palestina cujo nome tem o seguinte significado: pacífico, completo, amigável, cheio, junto, tornado pronto, perfeito, quieto, inteiro. Notem que o nome da cidade da qual este sacerdote era rei, possui um nome que revela o sentido do reinado deste rei. Um lugar de paz, cheio de perfeição e pronto para uma vida de quietude. Este sacerdote, Melquisedeque, era o rei desta Salém; · Ele era sacerdote do Deus altíssimo. Esta é uma informação muito especial, pois sabemos que o sacerdote é constituído por Deus para representá-Lo diante do povo. Ele foi ao encontro de Abraão quando este voltava da matança dos reis. A importância deste sacerdote é medida pelo fato de Abraão ter-lhe dado o dízimo. Era rei de justiça e rei de paz. 1. Relação entre dízimo e sacerdócio Cabe aqui, pararmos para analisar um pouco mais profundamente a relação entre dízimo e sacerdó- cio. Dízimo é a primeira uma décima parte que se oferece a Deus, de tudo o que se produz ou se ganha. Muitos pensam que o dízimo está ligado à lei de Moisés. Não, isso não é verdade. O dízimo foi incorporado à lei Mosaica, porque foi instituído um sacerdócio para Deus, que O representasse diante do povo segundo as leis estabelecidas por Deus, para o governo do povo. Isto não significa que o dízimo tenha sido instituído por Moisés por causa da lei. De uma forma muito simples, para não estendermos muito sobre o assunto, o dízimo tem a ver com o sustento das coisas de Deus nesta terra. O Sumo Sacerdote de Jesus Cristo precisa ser sustentado entre os homens na Terra. No céu, esse sacerdócio, bem como tudo o que ali existe, é sustentado pelo poder e riquezas de nosso Pai celestial. Aqui, o sacerdócio é sustentado pelas riquezas que Deus dá aos Seus filhos. Simples, não? Os dízimos são do Senhor e não podem ser entregues em qualquer lugar deste mundo. Eles precisam ser trazidos à Casa do Tesouro (Igreja Local), o templo onde se reúnem os sacerdotes para o culto a Deus. O dízimo faz parte de um ritual religioso dos mais sagrados e profundos realizados no templo. É ali que entregamos a Jesus, nosso Sumo Sacerdote, os recursos de nossa obediência. É um privilégio sustentarmos o culto da Casa de Deus. No Antigo Testamento, os levitas não possuíam terras. Eles viviam dos dízimos trazidos ao templo. Eles mesmos tinham que entregar os seus dízimos ao Senhor, dos dízimos que recebiam. Nós também, como eles, recebemos os nossos recursos daqueles que são desta terra, mas não temos terra aqui. A nossa terra é celestial. Porém, ao recebermos nosso sustento daqueles que possuem terras aqui, como uma nação de sacerdotes que representa a raça humana perante Deus no céu, devemos trazer os dízimos à Casa do Tesouro. Portanto, o dízimo está relacionado ao sacerdócio e não à lei. Todo sacerdote é obrigado a entregar os dízimos do Senhor, porque isso faz parte do sacerdócio: oferecer a Deus, dízimos (Hebreus 7. 8a 10). O autor de Hebreus nos ensina que Jesus é quem recebe os dízimos no céu. Aqui, homens mortais. Somente um sacerdote, ou seja, alguém separado por Deus, podia recebê-los em nome de Deus. Melqui- sedeque foi tal sacerdote. A sua grandeza e representatividade eterna foram medidas pela ação de Abraão, de entregar-lhe o dízimo. Isto fala muito sobre a profundidade e santidade do dízimo ao Senhor. Pertence a Ele e somente a Ele. Por isso o dízimo não é muito ensinado no Novo Testamento, porque está ligado ao sacerdócio e não à lei. As leis, com a mudança do sumo sacerdote podem mudar, mas o dízimo tem a ver com o sacerdócio em si e não muda. Os judeus sabiam muito bem este conceito de dízimo. Não era necessário ensinar muito mais sobre o assunto. Como a Igreja teve o seu início entre os judeus e depois foi levada para os gentios, o sentido do dízimo já era muito entendido por aqueles que se rendiam aos pés de Jesus Cristo. Os dízimos ainda fazem parte do sacerdócio, pois o mesmo é eterno segundo a ordem de Melquisedeque O sacerdócio que permite a perfeição I 19 AULA 7
  • 20. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2 (Hebreus 7.4 a 10). Melquisedeque não tinha uma genealogia. Ele não tinha nem pai e nem mãe. Não teve princípio de dias e nem fim de existência. Diz a Palavra de Deus: “(...) feito semelhante ao filho de Deus, permanece sacerdote perpetuamente” (Hebreus 7.3). Isto se torna muito interessante, porque a benção de Deus vem através do ofertar a Deus. Deus havia escolhido Abraão como o pai da fé. Este Melquisedeque, que significa “Rei de Justiça”, recebeu os dízimos de Abraão. É importante notarmos que se havia rompido há muito tempo a comunhão entre Deus e o povo. Esta comunhão parece que começa a ser restaurada quando Abraão ofe- rece dízimo dos despojos a Melquisedeque, e este lhe oferece pão e vinho, símbolos da Ceia do Senhor. Existe uma relação entre os dízimos e a Ceia do Senhor. Todos os que participam da Mesa do Senhor devem oferecer dízimos a Deus. Isso é uma necessidade. Os dízimos refletem uma adoração e o reconhe- cimento da grandeza de Deus. O pão e o vinho refletem a graça divina em conceder o alimento espiritual para o crescimento do crente. Por isso , o sacerdócio de Jesus é muito importante para nós. Ele capacita o nosso crescimento em estatura espiritual. REFLEXÃO Ao estudarmos a Palavra de Deus chegamos à conclusão óbvia de que Ele mesmo é perfeito e realizou cada passo do Seu plano visando operar em nos a Sua própria vida. MINISTRAÇÃO Senhor Jesus Cristo, somos gratos por Sua imensa graça. Obrigado também por nos revelar ainda mais sobre o Seu maravilhoso sacerdócio. Leva-nos à Tua santa presença em plena adoração ao Deus O sacerdócio que permite a perfeição I 20 AULA 7
  • 21. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2 O sacerdócio que permite a perfeição II AULA 8 OBJETIVO Complementar nossos conhecimentos, visando ampliar nosso entendimento de que fomos chamados à perfeição. INTRODUÇÃO Esta aula visa complementar os assuntos desenvolvidos na aula de número sete. DESENVOLVIMENTO 3. Jesus nos capacita a uma estatura perfeita Este crescimento firmado num sacerdócio perpétuo é revelado no verso onze do capítulo sete de Hebreus (Hebreus 7.1). Se a perfeição houvera sido mediante o sacerdócio levítico, que necessidade have- ria de um outro sacerdócio? Esta passagem revela o teor profético do sacerdócio de Jesus. Mediante tal revelação começamos a enxergar melhor o propósito do livro de Hebreus. O propósito do livro de Hebreus, não é ensinar sobre sacerdócio, ou dízimo, porém, o autor parte da importância dos mesmos para explicar a possibilidade de alcançarmos uma estatura plena em Cristo Jesus. Aleluia! Perfeição tem haver com plenitude de revelação. Por isso o autor revela sobre o sacerdócio perpé- tuo de Jesus Cristo. A Nova Aliança só foi possível por causa do sacerdócio do Senhor Jesus Cristo. Caso contrário, ainda estaríamos debaixo do mesmo poder da lei, da mesma forma que os nossos antepassados. Porém não estamos mais debaixo da lei mosaica. Estamos debaixo da lei de Jesus Cristo. 4. O sacerdócio de Arão x sacerdócio de Cristo O sacerdócio de Arão lidava com a lei segundo o sangue de animais. O sacerdócio de Cristo lida com a lei segundo o sangue do Cordeiro, o Seu próprio sangue. Isso muda a lei, muda a função e propósito da lei. No Antigo Testamento a lei apontava o pecado, no Novo Testamento a lei traz vida e purifica do pecado. Por que isso? Porque o sangue de Jesus Cristo permite que o Espírito Santo nos livre da impureza e do poder do pecado em nossas vidas. Aqui vem um mistério. A lei nunca aperfeiçoou coisa alguma (Hebreus 7.19). Jesus é para nós, filhos de Deus, a nossa lei. Jesus nos dá vida pessoal com Deus. Nós não pre- cisamos de uma lei para saber o que Deus pensa ou deseja de nós. Cristo é a nossa lei, no sentido de que Ele fala conosco e revela toda a vontade de Deus em nossos corações. Na Nova Aliança, as ordenanças não são para a morte e sim para a vida. Por elas, nós reafirmamos que o Senhor Jesus Cristo vive realmente em nossos corações. Porque vivemos nEle, cumprimos os manda- mentos desta Nova Aliança. Não é cumprir as ordenanças para vivermos nEle. Percebam que os apóstolos vieram antes dos livros escritos. Portanto, o Espírito da Graça já operava em seus corações antes mesmo das ordenanças serem escritas nas páginas do Novo Testamento. Elas foram escritas para nós, que haveríamos de receber todas as instruções de vida deixada pelos apóstolos de Jesus. Agora que temos uma lei tão maravilhosa, baseada em sublimes promessas, isso jamais irá mu- dar, porque tais ordenanças e promessas estão firmadas num sacerdócio perpétuo. Isso garante o nosso crescimento à estatura de Varão perfeito. Por isso, Hebreus fala deste sacerdócio com tanta ênfase em sua imutabilidade. O sacerdócio tem um propósito muito específico, que é aperfeiçoar os santos! Por isso o juramento de Deus: “O Senhor jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre” (Hebreus 7.21 e Salmo 110.4). O nosso crescimento espiritual é garantido por causa da promessa de Deus a Jesus em Seu Sumo O sacerdócio que permite a perfeição II 21 AULA 8
  • 22. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2 Sacerdócio. Os outros, segundo a ordem de Arão, morreram e não puderam exercer um sacerdócio capaz de gerar perfeição. Porém Jesus, não está morto. Ele vive eternamente e é nosso Sumo Sacerdote para todo o sempre. Ele sempre está intercedendo diante do Pai por nós. Temos a garantia de uma consciência restaurada por causa desse sacerdócio maravilhoso. Todas as vezes que pecamos aqui, Ele se apresenta ali perante Deus, em nosso favor. O Seu sangue tem poder de purificar-nos e restaurar-nos (Hebreus 7.20 a 28). O Filho perfeito para sempre, este é o nosso Sumo Sacerdote. Ele é capaz de nos aperfeiçoar na pessoa maravilhosa do Seu Espírito Santo. 5. Uma aliança superior No Novo Testamento somente o livro de Hebreus torna a aliança um tema central teológico. A ênfase é em Jesus, o perfeito Sumo Sacerdote, o provedor de uma nova, melhor e superior aliança. Ele, Jesus, é apresentado como o perfeito mediador desta Nova Aliança, provedor de uma herança eterna de forma tão maravilhosa que jamais a Antiga Aliança poderia oferecer. As alianças eram seladas com sangue; e a morte de Cristo na cruz do Calvário proveu uma aliança eterna entre Deus e o Seu povo.(Holman Bible Dictionary). O autor de Hebreus começa o capítulo oito enfatizando o que vem sendo dito. O capítulo oito é, na realidade, um ponto de transição entre as duas metades do livro. “Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da Majestade” (Hebreus 8:1). Aleluia! Nós temos um Sumo Sacerdote. Ele foi constituído a nosso favor. Seu sangue sela uma aliança conosco. Lembre-se que no Novo Testamento aliança tem significado de testamento. Deus quis que obtivéssemos a certeza de que receberíamos exatamente aquilo que o nosso testador quis passar para nós: a vida eterna abundante em nossos corações. A grande diferença entre ambas as alianças está no sacerdócio. Na antiga, o sacerdócio se baseava em sangue de animal; na Nova Aliança baseia-se no sangue de Jesus Cristo. Na antiga, o sacerdócio era finito por causa da morte do sumo sacerdote; na Nova é eterno por causa da eternidade de Cristo. Glórias a Deus! 6. Vivendo a Nova Aliança Queridos, toda aliança precisa ser vivida na prática para produzir seus efeitos em nossas vidas. Cristo nos assegura esta vitória por causa da promessa feita a nós. “Porque este é o concerto que, depois daqueles dias, farei com a casa de Israel, diz o Senhor; porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coração as escreverei; e Eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo... porque serei misericordioso com suas iniqüidades e de seus pecados e de suas prevaricações não Me lembrarei mais”. “Dizendo novo concerto, envelheceu o primeiro. Ora, o que foi tornado velho e se envelhece, perto está de acabar” (Hebreus 8. 10 a 13). O resumo desta revelação é que temos de Deus a promessa de recebermos a Sua Palavra em nosso entendimento e escrita em nosso coração. No Antigo Testamento o povo tinha que obedecer às ordenanças e trazer sacrifícios de animais. Na Nova aliança, nós vivemos as ordenanças e oferecemos sacrifícios espiri- tuais. Estamos em uma aliança superior, porque Cristo é a nossa garantia de sucesso. É de Cristo, que Hebreus revela. Toda a lei se baseia em sacrifícios para se alcançar o perdão pela quebra dos pecados. Jesus é o nosso sacrifício perfeito e eterno. Queridos, em nossa caminhada rumo à perfeição, temos a certeza de que estamos em uma Nova Aliança com Deus. Ele quis nos dar uma herança incorruptível, o Espírito Santo. Cristo é a nossa herança. Nele encontramos o amém para todas as promessas contidas neste testamento maravilhoso nos dado pelo Pai celestial. O sangue que sela esta aliança é perfeito. O Sumo Sacerdote é eterno, por isso nenhum termo do que foi prometido tem que ser mudado. O intermediário é o Espírito Santo que conhece bem as fraquezas dos homens e o centro de toda a vontade de Deus. Ele é a caneta que escreve O sacerdócio que permite a perfeição II 22 AULA 8
  • 23. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2 com sangue purificador todos os segredos e vontade de Deus em nossos corações. Não há possibilidade de falha. Esta é a suma de tudo o que Hebreus tem nos revelado até aqui. Em Cristo somos mais que vencedores! REFLEXÃO Ficou bem claro através destas lições, que o sacerdócio de Jesus pelas nossas vidas é algo tremendo e poderoso. Ele pode e quer nos libertar e purificar de todos os nossos pecados. Cremos que cabe somente a nós a decisão de buscarmos, na prática, essas bênçãos que o Senhor já conquistou. Creiamos na estatura de Varão perfeito, na maturidade espiritual e busquemos, dia-a-dia essa estatura. MINISTRAÇÃO · A partir de agora, ore com mais convicção para que Jesus nos aperfeiçoe e nos conduza a estatura de Varão perfeito. · Ore para que a Igreja entenda perfeitamente esse sacerdócio maravilhoso de Jesus em nosso favor e que através disso haja um verdadeiro avivamento no meio do Seu povo. · Agradeça a Deus pela nova aliança em Cristo Jesus. · Ore pela Igreja, por seus pastores e pelo Corpo de Cristo em geral. Para finalizar, cite pelo menos duas razões que mostrem claramente, porque a Nova Aliança é superior O sacerdócio que permite a perfeição II 23 AULA 8