O documento discute dermatite de contato como uma doença ocupacional comum entre profissionais de saúde. Apresenta conceitos, causas, sintomas, diagnóstico e tratamento de dermatite de contato, além de riscos ocupacionais enfrentados por profissionais de enfermagem e medidas de prevenção.
DERMATITE DE CONTATO: UMA DOENÇA OCUPACIONAL QUE ACOMETE OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
1. FRANCISCA MARIA CUNHA
ESTUDANTE DE NEFERMAFGEM
JABOATÃO DOS GUARARAPES
2014
DERMATITE DE CONTATO: UMA DOENÇA
OCUPACIONAL QUE ACOMETE OS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
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Brasil/585222441562517?ref=hl
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2. Mundialmente os trabalhadores da saúde
constituem uma categoria profissional numerosa
e diversificada.
A partir da década de 40, o Brasil passou a dar
atenção aos problemas relacionados com o
exercício profissional.
INTRODUÇÃO
Dermatite de contato ( por irritantes
e alérgicas) representam 90% das
doenças apresentadas pelos
profissionais de saúde.
A equipe de enfermagem no desenvolver de suas atividades diárias
estão expostos a alguns riscos, dentre eles destacam-se os: químicos,
físicos, biológicos, e os psicossociais.
direta
indireta
(MEDING B.,2004)
3. INTRODUÇÃO
É frequente a necessidade de orientação segura no
sentido de maior proteção no ambiente profissional, bem
como até mudança de ramo de atividade,que nem sempre
é fácil convencer o paciente ou a empresa.
O Problema das dermatoses ocupacionais
é amplo e muito complexo, sendo uma
das maiores causas de falta ou
afastamento do trabalho em todo o
mundo.
Mesmo para o médico do trabalho mais
experiente as vezes é difícil para se lidar
com esses pacientes, em especial no que se
refere à sua relação com a empresa onde
trabalha;
(MEDING B.,2004)
4. JUSTIFICATIVA
Neste trabalho será apresentado as formas de dermatites
ocupacionais por contato que podem aparecer na pele do indivíduo
devido ao seu nocivo ambiente de trabalho, no qual o mesmo entra
em contato com diversos produtos de riscos.
São necessários que alguns cuidados
sejam tomados quanto à saúde dos
trabalhadores de enfermagem e saúde
em geral.
(BRASIL, Ministério da Saúde, 2004)
Os profissionais de saúde estão
constantemente em contato
com substâncias químicas
devido a rotina de trabalho.
5. JUSTIFICATIVA
principalmente quando eles trabalham direta ou
indiretamente com produtos perigosos e agressivos
quimicamente;
Motivo esse que despertou o interesse em pesquisar o
assunto relacionado a temática.
E muitas vezes desconhecem os perigos do uso
inadequado e exposição prolongada sem o uso de
equipamentos de proteção individual (EPI’s).
7. OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Conceituar as dermatites de contato e sua
correlação com o ambiente de trabalho;
Apresentar o processo de fisiopatologia da
dermatite de contato enquanto doença
ocupacional;
8. ESPECÍFICOS
Descrever os métodos de diagnóstico, quadro
clínico, terapêutica e medidas de
prevenção da referida doença;
Apresentar como acontece as intervenções de
enfermagem junto ao profissional de
enfermagem portador de dermatite.
OBJETIVOS
9. MARCO TEÓRICO
CONCEITO
Dermatite de contato é uma reação inflamatória cutânea
caracterizada morfologicamente por lesões do tipo eczema, ou
seja, eritema, vesículas, exsudação, pápulas, escamas e
liquidificação, que podem ocorrer isoladas ou simultaneamente.
diretas
indiretas
Dermatite ocupacional por
agentes irritativas e alérgicas.
Dermatite de contato representam 90%
Acometimento principal: mãos, antebraços,
braços, pescoço, face e pernas e pernas.
(MOTTA at el., 2011)
10. MARCO TEÓRICO
AGENTES FÍSICOS:
radiações
não ionizantes;
calor;
frio;
eletricidade;
AGENTES QUÍMICOS:
Fatores Causais:
cimento, solvente, óleos de corte, cimento,
solvente, óleos de corte, detergentes, ácidos
e álcalis.
alérgicos aditivos da borracha, cromo
aditivos da borracha, contaminantes do
cimento, resinas, substancias química.
AGENTES
BIOLÓGICOS:
Bactérias;
fungos;
vírus;
Insetos;
protozoários
CAUSAS INDIRETAS
Idade
Sexo
Etnia
Clima
Outras patologias
Alergia
Condições de trabalho
(postura, uso EPI)
Irritantes
alérgico
CAUSAS DIRETAS
(SILVA;ALCHORME; ALCHORME, 2010)
11. MARCO TEÓRICO
ALERGICA:
Se manifestam como eczemas agudo ou crônico.
Na fase aguda, são acompanhadas,
frequentemente, por prurido intenso e, nas
formas crônicas, por espessamento da epiderme
(liquenificação),com descamação e fissuras.
São classificados como alérgenos, por já
terem apresentado testes epicutâneos
positivos.
(BRASIL, Ministério da Saúde,2010)
12. Assim, pode aparecer em todos os trabalhadores expostos ao contato
com substâncias irritantes, dependendo da sua concentração e do
tempo de exposição e da periodicidade do contato com o agente
irritante. O contato frequente com água, sabões e detergentes
favorecem a irritação.
MARCO TEÓRICO
Ao contrário das dermatites de contato alérgicas, não é necessário
sensibilização prévia.
A fisiopatologia das dermatites de
contato por se só são irritantes e não
requer a intervenção de mecanismos
imunológicos.
IRRITANTES:
(SINAN,2010)
13. MARCO TEÓRICO
Ressecamento da pele
Descamação com ou sem eritema
Fissuras e sangramentos
QUADRO CRÔNICO: crostas serosas que podem apresentar infecção
secundária e liquidificação.
SINTOMAS
(SINAN,2010)
14. PROCESSO DIAGNOSTICO
Identificação do paciente;
anamneses clínica e ocupacional;
Exame físico;
Hipótese diagnóstica;
Diagnóstico diferencial;
Exames complementares;
Visita ao ambiente de trabalho;
MARCO TEÓRICO
(HADDAD J.R.V.; CARDOSO J.L.C.,2013)
15. MARCO TEÓRICO
TRATAMENTO DAS DERMATITES
Quando mal utilizados, podem determinar iatrogenia, causando
sensibilização ou agravando o quadro pré-existente. O mesmo se aplica à
medicação sistêmica, como por exemplo, anti-histamínicos, antibióticos e
corticóides por via oral e parenteral.
O tratamento das dermatoses ocupacionais varia
de acordo com a gravidade das lesões, e com as
causas que as determinam e deve ser orientado
pelo especialista.
São recomendados medicamentos tópicos, como
pomadas e cremes contendo corticóides, picrato de
butesin, antimicóticos, prometazina e entre outros.
(HADDAD J.R.V.; CARDOSO J.L.C.,2013)
16. MARCO TEÓRICO
FLUOCINOLONA ACETONIDA + HIDROQUINONA + TRETINOÍNA
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Os pacientes devem evitar sabonetes ou higienizadores medicamentosos ou
abrasivos, produtos com alta concentração de álcool e adstringentes e outros
medicamentos irritantes. Durante o tratamento com TRIDERM.
CONTRA-INDICAÇÕES
TRIDERM é contraindicado para pessoas com
hipersensibilidade, alergia ou intolerância aos
componentes do produto.
REAÇÕES ADVERSAS
eritema, descamação e ardência no local de
aplicação, a maioria de natureza leve a moderada.
(BRASIL, Ministério da Saúde, 2006)
17. MARCO TEÓRICO
PROFILAXIA
Evitar o contato com substâncias alérgenas
conhecidas. Caso ocorra é necessário usar luvas
protetoras ou outras barreiras se for provável ou
inevitável.
O uso de luvas adequadas é necessário na
prevenção de DOs (exceto nos trabalhos em que
a destreza manual é necessária e quando a
utilização de luvas implica riscos de acidente de
trabalho).
Se for alérgico ao látex da luva, peça uma
luva especial.
Sempre usar os EPIs corretamente e
manipular os medicamentos e maquinas
com cuidado.
(Hosoi J, et al. 2010)
18. TERAPÊUTICA
O trabalhador continua em contato com substâncias irritantes
e sensibilizantes?
áreas de tegumento se mantêm eczematizadas em decorrência
de escoriações produzidas pelo ato de coçar;
poderá estar ocorrendo auto lesionamento (dermatite) ou a
contribuição importante de fatores emocionais na manutenção
da dermatite
MARCO TEÓRICO
19. Durante a assistência ao paciente estão os profissionais de enfermagem
estão expostos a inúmeros riscos ocupacionais causados por fatores
químicos, físicos, mecânicos, biológicos, ergonômicos, incluindo os
psicossociais, que podem ocasionar doenças ocupacionais e acidentes de
trabalho.
PROFISSÃO DE ENFERMAGEM
é considerada uma profissão de risco
devido à exposição no qual o
profissional se expõe diariamente,
comprometendo assim sua saúde e
desencadeando um grande número de
acidentes no exercício de suas
atividades a vários tipos de doenças
ocupacionais.
(LAMMINTAUSTA K, MAIBACH HI, 1990)
20. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao final do estudo a visão dos pesquisadores foi ampliada e
dirigida para um novo olhar de conscientização em relação a situação de
risco para possibilidade de desenvolvimento de doença ocupacional
como dermatite de contato
A convivência saudável dos trabalhadores em seu ambiente de trabalho,
devidamente protegido pelos EPIs e EPCs é de suma importância para
o bem estar da empresa, e dos seus empregados.
São relevantes os conhecimentos apresentados nesse
estudo,considerando que todos os profissionais da saúde e em especial
da enfermagem em algum momento estiveram ou estarão expostos a
manipulação de agentes químicos e/ou corrosivos,danosos a saúde
ocupacional. Os trabalhadores de enfermagem precisam despertar a
respeito dos riscos a que estão expostos, assim como seus danos e
estratégias de proteção e prevenção.
21. REFERÊNCIAS
AlLCHORNE AOA, Alchorne MMA. Dermatoses ocupacionais. In: Borges DR, Rothschild HA, eds.
Atualização terapêutica: manual prático de diagnóstico e tratamento. 22 ed. São Paulo: Artes
Médicas; 2007. p. 252-3.
BRASIL, Ministério da Saúde, PORTARIA Nº 777/GM Em 28 de abril de 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas. Dermatoses ocupacionais / MS, SAS, DAPE. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde,
2006. 92 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Saúde do Trabalhador ; 9).
SINAN, Sistema de Informação de Agravos de Notificação, Centro Colaborador de Vigilância em
Acidente de Trabalho, 2010; disponível em: http://www.ccvisat.ufba.br/.
Haddad JRV, Cardoso JLC. Dermatoses provocadas por animais venenosos. Na Bras
Dermatol. 1999;74(5):441-47. Health and Safety Executive. Anthrax: health hazards. Guidance note
EH 23 – CIS 80-166.London; 2013
Hosoi J, et al. Regulation of the cutaneous allergic reaction by humidity. Contact Dermatitis.
2000;42(2):81-4.
Lammintausta K, Maibach HI. Contact dermatitis due to irritation. In: Adams, RM. Occupational skin
disease. 2ª ed. Philadelphia: WB Saunders Co.; 1990. p. 11.
Meding B. Differences between sexes with regard to work-related skin disease. Contact Dermatitis.
2000;43(2):65-71