A Segunda Revolução Industrial trouxe avanços na indústria química, elétrica, de petróleo e aço entre 1850-1914. Isso levou ao crescimento de potências industriais como Alemanha e EUA. Ao mesmo tempo, surgiram tensões sociais devido às miseráveis condições de vida dos operários nas cidades industriais em rápido crescimento.
1. A Segunda Fase da Revolução Industrial e As Tensões Sociais
do Século XIX.
2. A Segunda Revolução Industrial, tipicamente datada entre 1850 e 1914.
Envolvendo uma série de desenvolvimentos dentro da
indústria química, elétrica, de petróleo e de aço.
Outros progressos essenciais nesse período incluem a introdução de
navios de aço movidos a vapor, o desenvolvimento do avião, o
enlatamento de comidas, refrigeração mecânica, outras técnicas de
preservação da comida e a invenção do telefone eletromagnético.
Esse período inclui o crescimento de potências industrias além da França e do
Reino Unido, como a Alemanha e os Estados Unidos.
Nos Estados Unidos a Segunda Revolução Industrial é comumente
associada com a eletrificação de Thomas Alva Edison e George
Westinghouse.
3. O motor a vapor foi desenvolvido e aplicado na Grã-
Bretanha durante o século XVIII.
Na segunda revolução industrial, surge o motor de combustão interna.
O desenvolvimento do motor de combustão interna foi um motivador
dos automóveis primitivos na França em 1870.
A era do progresso industrial possibilitou a
transformação de todos os setores da vida humana.
O crescimento populacional e o acelerado êxodo
rural determinaram o aparecimento das grandes
cidades industriais: Londres e Paris, que em 1880
já contavam, respectivamente, com 4 e 3 milhões
de habitantes.
4. No aspecto social, estabeleceu-se um distanciamento cada maior entre o
operariado (ou proletariado), vivendo em condições de miséria, e os
capitalistas. Separavam-se em quase tudo, no acesso à modernidade, nas
condições de habitação e mesmo nos locais de trabalho: nas grandes
empresas fabris e comerciais, os proprietários já não estavam em contato
direto com os operários, delegando a outros administradores as funções de
organização e supervisão do trabalho.
O avanço do capitalismo
fermentou o ativismo trabalhista
do século XIX, cujo objetivo era
destruir as condições
subumanas estabelecidas pela
industrialização.
Os trabalhadores decidiram organizar-se em associações que lutavam pela
melhoria das suas condições de vida e de trabalho, nasceram assim os
sindicatos (trade unions), no início não reconhecidos oficialmente e reprimidos
de forma violenta.
5. Organizou-se, então, o movimento cartista, que reivindicava, entre outras
coisas, a extensão do direito de voto, até então restrito aos cidadãos de
altas rendas.
Diante das péssimas condições de
vida e de trabalho em que se
encontravam, os operários quebraram
as máquinas, tidas como
responsáveis pela sua situação da
miséria. William Ludd foi um dos
líderes desse movimento, por isso,
denominado luddista, reprimido
violentamente pelas forças policiais.
Apareceram as principais quatro grandes correntes de pensamento: o socialismo
utópico, o socialismo científico, o anarquismo e o socialismo cristão.
6. O Socialismo Utópico
No século XIX, diferentes pensadores tentaram refletir sobre os problemas
causados pelas sociedades capitalistas em desenvolvimento.
Chamados de socialistas utópicos, esses pensadores deram os
primeiros passos no desenvolvimento das teorias socialistas. Os seus
principais representantes são Robert Owen, Saint-Simon e Charles
Fourier.
O Socialismo Científico foi desenvolvido no século XIX por Karl Marx e de
igual maneira Friedrich Engels. Defendem uma ação mais prática e de
igual maneira direta contra o capitalismo através da organização da
revolucionária classe proletária.
Anarquismo é a teoria libertária baseada na
ausência do Estado.
A primeira base da teoria anarquista é o fim da
propriedade privada, pois segundo o próprio
Proudhon, a propriedade era o suicídio da sociedade.
7. O segundo termo fundamental da teoria é o fim do Estado, já que
existe a crença de que o Estado é nocivo e desnecessário para a
sociedade, favorecendo exclusivamente as classes dominantes.
A terceira característica do anarquismo é a crença na liberdade e ordem
obtida de forma espontânea, sem a intervenção do Estado através de
leis.
Assim, a própria comunidade deveria se reunir para tomar decisões
de seu interesse, desenvolvendo a responsabilidade pelo seu grupo
social, independentemente do Estado e das leis, pois as instituições
sociais de caráter autoritário impediam que o ser humano
desenvolvesse uma perspectiva cooperativa.
O socialismo cristão desenvolveu-se, mais tarde, como um ramo ou
variante progressista do catolicismo social consignado nas encíclicas
papais, sobretudo de Leão XIII e Pio XI.