PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
A filosofia na educação básica
1. A Filosofia na Educação
Básica: Tensões e
Questões Emergentes Locais e
Globais
2. O Lugar de minha Compreensão e Proposição:
“Habito Poesia na Filosofia que ama
Sophia: músico dançarino das Musas
sou como uma ponte atravessando o
desfiladeiro para deixar passar o ímpeto
querer-ser da Vida Abundante no
instante sem ocaso.”
3. Horizonte 1 – Campo Ontológico
Compreensão e prática de uma Filosofia da
Vida própria e apropriada aberta ao
acontecimento da criação conjugada do
espírito humano implicado na comum-
responsabilidade
4. A Metodologia e a Prática de Ensino de Filosofia
Professor da
UFBA/FACED
Horizonte 2: Campo Poemático-Pedagógico
5. Formação do Educador-Filósofo: Epistemologia
do Educar, Filosofar e Educar, Fenomenologia-
Hermenêutica, Educação Transdisciplinar,
Difusão do Conhecimento
Horizonte 3: Campo Epistemológico
6. Projeto de construção de um aprendizado
filosófico polilógico, próprio e apropriado,
inventivo e autônomo, comum e diversificado,
ousado e altaneiro, colaborativo e crítico,
combativo e pacífico, sensível e transformador
da interdição metafísica fundada no medo de
ser-sendo
Horizonte 4: Campo das Possibilidades
7. O que é Filosofia?
Questões Fundamentais:
Qual Filosofia na Educação Básica: Filosofia
profissional ou Filosofia própria e apropriada?
Qual professor de Filosofia: O Educador-filósofo ou
o repassador de conteúdos descontextualizados e
inúteis ao educar apropriador?
Qual a formação adequada para o exercício de uma
prática docente autônoma e inventiva?
8. Tensão entre Teoria e Prática
Qual deve ser o modelo de ensino da
Filosofia na Educação Básica:a prática do
pensamento crítico contextualizado e
dialógico ou a repetição de conteúdos
historiográficos abstratos e indiscutíveis?
9. Uma compreensão filosófica a partir da
prática aprendente polilógica...
A amplitude Transdisciplinar da Filosofia
e do filosofar
11. Prática Pedagógica do educador-
filósofo:
Investigação
Ponderaçã
o
Planejamento
Produção
Construção
Situação
Experimentaçã
o
Atitude, disposição, motivação, possibilidade, localização
social
Tensões, Questões, Problemas, Fundamentos,
Metodologia
Avaliação, retroação, Posição, Potenciação
Projeção, Concepção, Proposição
Vivência, Atualização, Memorização, Potencialização,
Imaginação
Documentação, Divulgação, Publicação, Difusão
12. Proposta Polilógica: Ontológica, Epistemológica, Política
e Pedagógica para a Trans-Formação do Educador-
Filósofo
Proposta
Polilógica
Ontológica
Epistemológica
Política
Pedagógica
Nossa relação viva com o mundo
– princípio de realidade – nossa
condição conjuntural – ser-no-
mundo-com – situação, projeto,
processo, identidade, diferença
Bases científico-
metodológicas da ação
transformativa – Ciência
Implicada
Bases afetivas para a
realização de uma sociedade
solidária: ética diferencial
implicada
Teoria e modelagem educacional:
investigação continuada, currículo
criador, ação transdisciplinar,
sentidos realizantes, mudança de
horizonte potencial/atual –
Projetos, pesquisas em ação
15. Eixos ou Pilares
da Modelagem
aprender a ser/não-ser
aprender a conhecer/não-conhecer
aprender a ver/não-ver
aprender a viver-com /não- viver com
aprender a fazer/não-fazer
aprender a viver/morrer
Aprender a aprender / desaprender
17. A Atitude Filosófica como
investigação permanente: aprender a
aprender aprendendo – Pedagogia
investigativa radical
18. Conceitos Geradores
Figuras Conceituais
Diferença
Ontológica
Consciência da
Consciência e da
Inconsciência
Autoconhecimento
Ciência da Complexidade /
Epistemologia da
ComplexidadeÉtica e Estética da
Diferença e da Igualdade
Filosofia das conexões
significativas não-causais
Lógica Inclusiva
Níveis de Realidade
Implicação
Transdisciplinaridade
Totalidade segmentária
Unidade do
Diverso
Relação de comum-
pertencimento
19. O Projeto compreende os ciclos da
Educação Básica e Superior
Educação Básica
Educação Infantil
Ensino Fundamental
Ensino Médio
Educação
Superior
Graduação
Pós-Graduação
Educação Profissional
Educação de Jovens e
Adultos
20. Desenvolvimento argumentativo da Proposta
de trans-formação do educador filósofo
Polifoc
o
O que se pode e se deve fazer-aprender
em cada situação e contexto
Delimitação dos eixos comuns de
estruturação e planejamento das atividades
Vivência da arte de aprender pela
experimentação de proposições e criações
pedagógicas pontuais.
Aprendizados diferenciados da arte de
aprender como atitude filosófica
Desenvolvimento de Programas e Ações
Pedagógicas
Aprofundamento dos estudos críticos
pessoais e inter-pessoais.
21. Três ações implicadas:
1. Construção de uma rede congregando os
Professores de Filosofia do Estado
2. Delimitação de um Programa Mínimo Comum
3. Elaboração da Carta de Salvador para a
Filosofia
22. Programa Mínimo de Filosofia
FILOSOFIA
Ser criança
Amantes da Vida Sábia
24. Saber ConhecimentoFilosofia
Ética
Ontologia Epistemologia
Estética
Saber Ser
Aprender a Ser
Saber Conhecer
Aprender a Conhecer
Saber Conviver
Agir
Sentir Pensar
Fazer
Saber Fazer
Aprender a Viver-Com
Falar
Ouvir
Ler
Escrever
Aprender a Fazer
Escutar
Compreender
Aprender a Viver-Com-Só Aprender a Desfazer
Aprender a DesconhecerAprender a Não-Ser
Compartilhar
Aprender a Aprender
Aprender a Desaprender
27. ATITUDE
FILOSÓFICA
PERCEPÇÃO
APRENDER A SENTIR:
VER/OUVIR/TOCAR/CHEIRAR/
PALATAR
CONCEITUAÇÃO
APRENDER A CONHECER
CONSTRUÇÃO
APRENDER A FAZER
VIVÊNCIA
EXPERIÊNCIA
IMAGINAÇÃO
SENSIBILIDADE
CONFRONTAÇÃO
SOCIALIZAÇÃO
AFETIVIDADE
IMPLICAÇÃO
ELABORAÇÃO
PRODUÇÃO
APROPRIAÇÃO
CONSERVAÇÃO
ATITUDE
APRENDENTE
ATITUDE
INVESTIGATIVA
APRENDER A SER
RELAÇÃO
APRENDER A VIVER-JUNTO
ANÁLISE/SÍNTESE
EXPLICAÇÃO/COMPREENSÃO
PROPOSIÇÃO/SISTEMATIZAÇÃO
28. CARTA DE SALVADOR PARA A FILOSOFIA NA
EDUCAÇÃO BÁSICA – ENSINO MÉDIO
Nós, participantes da “1ª Oficina de Filosofia
e Sociologia no Ensino Médio”, realizada no
Instituto Anísio Teixeira, de 13 a 27 de abril
de 2007, inspirados na Declaração de Paris
para a Filosofia (UNESCO, 1995), e
subscrevendo alguns de seus itens com a
devida adequação,
29. Constatamos que os problemas de que
trata a filosofia são os da Vida e da
existência dos seres humanos
considerados universalmente, o que
significa uma compreensão da filosofia
como atividade transdisciplinar,
30. Estimamos que a reflexão filosófica pode
e deve contribuir para a compreensão
e conduta dos afazeres humanos,
31. Consideramos que a atividade filosófica, que
não subtrai nenhuma idéia e fato à livre
discussão e investigação, que se esforça em
precisar as definições exatas das noções
utilizadas, em verificar a validade dos
raciocínios e das pesquisas, em examinar
com atenção os argumentos dos outros,
permite a cada um aprender a pensar por si
mesmo e aprender a reconhecer os
processos sociais implicados,
32. Sublinhamos que o ensino de
filosofia favorece a abertura do espírito, a
responsabilidade cívica, a compreensão e
a tolerância entre os indivíduos e suas
relações dialógicas, ainda mais em um
país como o Brasil e em um Estado como
a Bahia cuja história reúne as diversas
culturas do planeta, gerando uma fusão
extraordinária e única,
33. Reafirmamos que a educação filosófica,
formando espíritos livres e reflexivos -
capazes de resistir às diversas formas de
alienação, de fanatismo, de exclusão e de
intolerância - contribui para a paz e
prepara cada um a assumir suas
responsabilidades face às grandes
interrogações contemporâneas,
notadamente nos domínios da educação
ética e da educação ambiental e
transdisciplinar,
34. Julgamos que o desenvolvimento da
reflexão filosófica, no ensino e na vida
cultural, contribui de maneira importante
para a formação de cidadãos, no exercício
de sua capacidade de julgamento, elemento
fundamental de toda democracia.
35. É por isso que, engajando-nos em fazer
tudo o que esteja em nosso poder -
nas nossas escolas e em nossas
respectivas comunidades de base - para
realizar tais objetivos, declaramos que:
36. Uma atividade filosófica livre deve ser
garantida por toda parte - sob todas as
formas e em todos os lugares onde ela
possa se exercer - a todos os indivíduos;
37. O ensino de Filosofia deve ser
assegurado por professores-
pesquisadores competentes e implicados,
especialmente formados para esse fim, e
não pode estar subordinado a nenhum
imperativo econômico, técnico, religioso,
político ou ideológico; trata-se da
realização de um empenho radical com o
saber e o aprender dialógico de todo ser
humano.
38. Permanecendo totalmente autônomo, o
ensino de Filosofia deve ser, em toda
parte onde isto é possível, efetivamente
associado - e não simplesmente justaposto
- às formações universitárias ou
profissionais, em todos os domínios; quer
dizer, tal ensino deve constituir-se como
efetivo processo de aprendizado
inteligente, sensível e inventivo,
39. A produção e difusão de livros acessíveis
a um largo público, a geração de emissões
de rádio ou de televisão, de audiocassetes
ou DVDs, a utilização pedagógica de todos
os meios audiovisuais e informáticos,
40. A criação de múltiplos espaços de debates
livres, e todas as iniciativas susceptíveis
de fazer aceder um maior número a uma
primeira compreensão das questões e dos
métodos filosóficos devem ser
encorajadas, a fim de constituir uma
educação filosófica de jovens e adultos;
41. O conhecimento das reflexões filosóficas
das diferentes culturas, a comparação de
seus aportes respectivos e a análise
daquilo que os aproxima e daquilo que os
opõe, devem ser perseguidos e
sustentados pelas instituições de pesquisa
e de ensino;
42. As atividades filosóficas, como práticas
livres da reflexão e da investigação
radical, não podem considerar alguma
verdade como definitivamente alcançada,
e incitam a respeitar as convicções de
cada um; mas elas não devem, em
nenhum caso, sob pena de negarem-se a
si mesmas, aceitar doutrinas que neguem
a liberdade de outrem, injuriando a
dignidade humana e engendrando a
barbárie.
43. Consideramos fundamental que a filosofia
deva ser exercida como atividade
investigativa transdisciplinar, sempre
relacionando as diversas áreas do
conhecimento, contribuindo para a
coesão dos processos aprendentes,
ressaltando o caráter dialógico que
deverá incorporar-se radicalmente ao
amplo movimento de integrar o educando
ao ambiente escolar em atividades e
atitudes criativas e heurísticas.
44. Tudo isso no intuito de garantir que o
ensino de Filosofia ocorra de forma
própria e apropriada, que envolva e
seduza o educando para aprender a
aprender e aprender a desaprender,
dando sentido à sua vida.
45. Neste sentido, defendemos a inserção da
Filosofia no Ensino Fundamental e Médio
de forma obrigatória, a partir da garantia
de que a Filosofia será ministrada no
Ensino Médio por filósofos licenciados,
respeitando o Estatuto do Magistério
Público Fundamental e Médio do Estado
da Bahia, Lei nº 8.261 de 29 de Maio de
2002, Seção IV – Regime de Trabalho Art.
58;
46. Acreditamos que para desenvolvermos um
trabalho com qualidade, é fundamental que
a Filosofia tenha pelo menos uma carga
horária mínima de duas horas semanais
por turma, como rege o Parecer CNE/CEB
nº 38 de 7 de julho de 2006.
47. Reivindicamos a formação continuada do
professor através da criação de Curso de
Especialização em Filosofia com foco em
Educação, a fim de garantir o
aperfeiçoamento e a formação continuada,
em serviço, do profissional em Filosofia;
48. Reafirmamos a intenção de promover
outros encontros com a presença de todos
os educadores em Filosofia do Estado da
Bahia, incluindo os professores do interior
do Estado;
49. Sugerimos a criação e produção dos livros
e recursos didáticos de Filosofia, com uma
linguagem direcionada e apropriada ao
estudante da Educação Básica,
elaborados por professores da rede
estadual licenciados em Filosofia;
50. Buscaremos e lutaremos pela criação de
uma Associação dos Professores de
Filosofia da Educação Básica, assim como
do grupo de estudos filosóficos;
51. Julgamos que o desenvolvimento da
reflexão filosófica no Estado depende da
criação de um centro de estudos e
pesquisas em Filosofia com foco em
Educação, com o apoio das universidades
e da Secretaria da Educação do Estado da
Bahia.
Salvador – Bahia – Brasil, em 27/04/2007
52. Magali Macedo de Paula
Maura Freitas Santos
Ivone Maria da Silva Nascimento
Almira do Carmo Ribeiro
Manuel Antonio da Silva
Dorilda Sousa de Almeida
Emerson Sousa Freire
Sandra Maria Rocha Borges Conceição
Adalgisa Dorotéa Sales
Dante Augusto Galeffi
Daniel Nascimento Vilasboas
Josevaldo dos Santos
José Fernandes Mascarenhas Paixão
Adilson José Silva
Flávio Pereira dos Santos
Roberto Fernando S. Cerqueira
Marcelo Augusto Machado
Márcia Maria Saievicz
Elci Alves Machado Cunha
Tânia M. Souza (nome ilegível)
Crispim Conceição Santos
Gladys Parish Seixas
Ygayara Vieira Cabral
Bernadete Souza Almeida
Maricelia R. de Andrade
Aidil Fonseca Vieira
Adivonildes Rocha dos Santos
Zenilde Lopes Almeida
Raimunda Souza Viana
Esta Carta foi inicialmente subscrita por:
53. Pontos Fundamentais para uma inserção
conseqüente da Filosofia na Educação Básica:
1.Valorização do Educador-Filósofo;
2.Constituição de uma rede transdisciplinar
cooperativa de educadores-filósofos;
3.Formação continuada;
4.Difusão dos conhecimentos Filosóficos por
todos os meios disponíveis;
5.Consolidação de ações pedagógicas
contextualizadas e diferenciadas.
54. “Não é mais tempo de dizer o
mundo, é tempo de fazer mundos”
Ouvir o que diz aquilo que é
– ouvir polilógico: