O documento discute os pontos de acesso utilizados em registros bibliográficos de acordo com as regras do AACR2r. Apresenta os conceitos de ponto de acesso principal e secundários e explica que o principal geralmente indica o criador da obra, enquanto os secundários podem indicar outros responsáveis ou títulos relacionados. Também discute a importância da escolha dos pontos de acesso relevantes para representar adequadamente o recurso.
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
Oficina: AACR2r Parte 2: Pontos de acesso (BEAM, 17 de maio de 2014)
1. AACR2r
Parte II: Pontos de acesso
Fabrício Assumpção
fabricioassumpcao.com | assumpcao.f@gmail.com
Marília, 17 de maio de 2014
Biblioteca de Estudos e
Aplicação de Metadados
2. Conteúdo
O que são pontos de acesso
Escolha dos pontos de acesso (Capítulo 21 do AACR2r)
Ponto de acesso (entrada) principal
Pontos de acesso (entradas) secundários
Exercício 1: Escolha dos pontos de acesso
Pontos de acesso para pessoas (Capítulo 22 do AACR2r)
Exercício 2: Pontos de acesso para pessoas
Pontos de acesso para entidades coletivas (Capítulo 24 do AACR2r)
Exercício 3: Pontos de acesso para entidades coletivas
3. O que são pontos de acesso
Prof. Fabrício Assumpção
5. Registros bibliográficos
Tipos de dados:
Representação do recurso
Título, autor, assunto, data de publicação, etc.
Localização e acesso
Número de chamada, Instituições, restrições de acesso, URL, etc.
Administração
Dados de aquisição do recurso e de gestão do registro
Etc.
7. Descrição
Conjunto de dados que possibilita, principalmente, a
identificação do recurso informacional individualizando-o em
um contexto.
Caracterização do recurso de modo a torná-lo inconfundível.
8. Descrições
O mundo de Sofia : romance da
história da filosofia / Jostein Gaarder ;
tradução de João Azenha Jr. – São
Paulo : Companhia das Letras, 1995
555 p. ; 23 cm
Tradução de: Sofies verden
ISBN 978-85-7164-475-5
Cibercultura / Pierre Lévy ; tradução
Carlos Irineu da Costa. – São Paulo :
Editora 34, 2000
260 p. – (Trans)
Tradução de: Cyberculture
ISBN 85-7326-126-9
Anjos e demônios / Dan Brown ;
tradução de Maria Luzia Newlands da
Silveira. Rio de Janeiro : Sextante, 2004
461 p. ; 26 cm
Tradução de: Angels & demons
ISBN 85-7542-146-8
Metodologia científica : elaborando
projetos de pesquisa / Amado Luiz
Cervo, Pedro Alcino Bervian. – 5. ed. –
São Paulo : Prentice Hall, 2002
242 p. ; 25 cm
ISBN 85-879-1815-X
10. Armazenamento e consulta
Como buscar por autor?
Como buscar por tradutor?
Como buscar por editora?
Como buscar por série?
Como buscar por assunto?
Como reunir os recursos de
um mesmo autor, tradutor,
editora, série ou assunto?
O mundo de Sofia : romance da história
da filosofia / Jostein Gaarder ; tradução
de João Azenha Jr. – São Paulo :
Companhia das Letras, 1995
555 p. ; 23 cm
Tradução de: Sofies verden
ISBN 978-85-7164-475-5
Metodologia científica : elaborando
projetos de pesquisa / Amado Luiz Cervo,
Pedro Alcino Bervian. – 5. ed. – São Paulo
: Prentice Hall, 2002
242 p. ; 25 cm
ISBN 858791815X
Cibercultura / Pierre Lévy ; tradução
Carlos Irineu da Costa. – São Paulo :
Editora 34, 2000
260 p. – (Trans)
Tradução de: Cyberculture
ISBN 8573261269
Anjos e demônios / Dan Brown ;
tradução de Maria Luzia Newlands da
Silveira. Rio de Janeiro : Sextante, 2004
461 p. ; 26 cm
Tradução de: Angels & demons
ISBN 8575421468
11. Solução adotada
Utilizar os nomes dos
autores, tradutores e
editoras, os títulos dos
recursos e das séries e os
assuntos no início das fichas,
de modo que as descrições
pudessem ser alfabetadas e
consultadas por esses nomes
e títulos.
Cibercultura / Pierre Lévy ; tradução
Carlos Irineu da Costa. – São Paulo :
Editora 34, 2000
260 p. – (Trans)
Tradução de: Cyberculture
ISBN 8573261269
Lévy, Pierre, 1956-
O mundo de Sofia : romance da história
da filosofia / Jostein Gaarder ; tradução de
João Azenha Jr. – São Paulo : Companhia
das Letras, 1995
555 p. ; 23 cm
Tradução de: Sofies verden
ISBN 978-85-7164-475-5
Gaarder, Jostein, 1952-
Metodologia científica : elaborando
projetos de pesquisa / Amado Luiz Cervo,
Pedro Alcino Bervian. – 5. ed. – São Paulo :
Prentice Hall, 2002
242 p. ; 25 cm
ISBN 858791815X
Cervo, Amado Luiz
Anjos e demônios / Dan Brown ;
tradução de Maria Luzia Newlands da
Silveira. Rio de Janeiro : Sextante, 2004
461 p. ; 26 cm
Tradução de: Angels & demons
ISBN 8575421468
Brown, Dan, 1964-
12. O mundo de Sofia
Gaarder, Jostein, 1952-
O mundo de Sofia : romance da
história da filosofia / Jostein
Gaarder ; tradução de João
Azenha Jr. – São Paulo :
Companhia das Letras, 1995
555 p. ; 23 cm
Tradução de: Sofies verden
ISBN 978-85-7164-475-5
Metodologia científica
Cervo, Amado Luiz
Metodologia científica :
elaborando projetos de pesquisa
/ Amado Luiz Cervo, Pedro Alcino
Bervian. – 5. ed. – São Paulo :
Prentice Hall, 2002
242 p. ; 25 cm
ISBN 858791815X
Cibercultura
Lévy, Pierre, 1956-
Cibercultura / Pierre Lévy ;
tradução Carlos Irineu da Costa. –
São Paulo : Editora 34, 2000
260 p. – (Trans)
Tradução de: Cyberculture
ISBN 8573261269
Anjos e demônios
Brown, Dan, 1964-
Anjos e demônios / Dan Brown
; tradução de Maria Luzia
Newlands da Silveira. Rio de
Janeiro : Sextante, 2004
Títulos
Ficção norte-americana
Brown, Dan, 1964-
Anjos e demônios / Dan Brown
; tradução de Maria Luzia
Newlands da Silveira. Rio de
Janeiro : Sextante, 2004
461 p. ; 26 cm
Tradução de: Angels & demons
ISBN 8575421468
Metodologia da pesquisa
Cervo, Amado Luiz
Metodologia científica :
elaborando projetos de pesquisa
/ Amado Luiz Cervo, Pedro Alcino
Bervian. – 5. ed. – São Paulo :
Prentice Hall, 2002
242 p. ; 25 cm
ISBN 858791815X
História da filosofia
Gaarder, Jostein, 1952-
O mundo de Sofia : romance da
história da filosofia / Jostein
Gaarder ; tradução de João
Azenha Jr. – São Paulo :
Companhia das Letras, 1995
555 p. ; 23 cm
Internet – Aspectos sociais
Lévy, Pierre, 1956-
Cibercultura / Pierre Lévy ;
tradução Carlos Irineu da Costa. –
São Paulo : Editora 34, 2000
260 p. – (Trans)
Assuntos
Cibercultura / Pierre Lévy ;
tradução Carlos Irineu da Costa. –
São Paulo : Editora 34, 2000
260 p. – (Trans)
Tradução de: Cyberculture
ISBN 8573261269
Lévy, Pierre,
1956-
O mundo de Sofia : romance da
história da filosofia / Jostein
Gaarder ; tradução de João
Azenha Jr. – São Paulo :
Companhia das Letras, 1995
555 p. ; 23 cm
Tradução de: Sofies verden
ISBN 978-85-7164-475-5
Gaarder, Jostein,
1952-
Metodologia científica :
elaborando projetos de pesquisa
/ Amado Luiz Cervo, Pedro Alcino
Bervian. – 5. ed. – São Paulo :
Prentice Hall, 2002
242 p. ; 25 cm
ISBN 858791815X
Cervo, Amado
Luiz
Anjos e demônios / Dan Brown
; tradução de Maria Luzia
Newlands da Silveira. Rio de
Janeiro : Sextante, 2004
461 p. ; 26 cm
Brown, Dan, 1964-
Pessoas
Pontos de acesso
(cabeçalhos)
Pontos de acesso
13. Pontos de acesso
“Nome, termo, código etc., sob o qual pode ser procurado e
identificado um registro bibliográfico.” (AACR2r, 2004)
Tipos de pontos de acesso:
Pessoas
Instituições, grupos de pessoas
Títulos
Do recurso, das partes do recurso, da série, da obra
Assunto
...
14. Pontos de acesso: caminhos
Por quais caminhos consigo chegar à descrição de um
recurso?
Título Tradutor Ilustrador Assunto
Organizador Autor Editora Série
...
16. Cervo, Amado Luiz
Metodologia científica : elaborando projetos
de pesquisa / Amado Luiz Cervo, Pedro Alcino
Bervian. – 5. ed. – São Paulo : Prentice Hall,
2002
242 p. ; 25 cm
ISBN 85-879-1815-X
Descrição
Ponto de acesso
principal
Pontos de acesso
secundários
Bervian, Pedro Alcino
Metodologia científica
Trabalhos acadêmicos
1. I.
II.
Pontos de acesso
secundários de assunto
Ficha (entrada) principal
Ficha matriz
Pista
17. Metodologia científica : elaborando
projetos de pesquisa / Amado Luiz Cervo,
Pedro Alcino Bervian. – 5. ed. – São Paulo :
Prentice Hall, 2002
242 p. ; 25 cm
ISBN 85-879-1815-X
Cervo, Amado Luiz
Metodologia científica : elaborando
projetos de pesquisa / Amado Luiz Cervo,
Pedro Alcino Bervian. – 5. ed. – São Paulo :
Prentice Hall, 2002
242 p. ; 25 cm
ISBN 85-879-1815-X
Cervo, Amado Luiz
Metodologia científica : elaborando
projetos de pesquisa / Amado Luiz Cervo,
Pedro Alcino Bervian. – 5. ed. – São Paulo :
Prentice Hall, 2002
242 p. ; 25 cm
ISBN 85-879-1815-X
Cervo, Amado Luiz
Metodologia científica : elaborando projetos
de pesquisa / Amado Luiz Cervo, Pedro Alcino
Bervian. – 5. ed. – São Paulo : Prentice Hall,
2002
242 p. ; 25 cm
ISBN 85-879-1815-X
Cervo, Amado Luiz
Bervian, Pedro Alcino
Metodologia científica
Trabalhos acadêmicos1. I.
II.
Trabalhos acadêmicos Bervian, Pedro Alcino
Metodologia científica
18. Parte II – Pontos de acesso, títulos
uniformes, remissivas
Introdução - Parte II
Capítulo 21 – Escolha dos pontos de acesso
Capítulo 22 – Cabeçalhos para pessoas
Capítulo 23 – Nomes geográficos
Capítulo 24 – Cabeçalhos para entidades
Capítulo 25 – Títulos uniformes
Capítulo 26 – Remissivas
19. Antes de começarmos...
Pontos de acesso ≠ Indicação de responsabilidade
Parte I – voltada ao suporte, à publicação
Parte II – voltada ao conteúdo
21. 21 Escolha dos Pontos de Acesso
Não teremos pontos de acesso para tudo e todos!
Nem todas as pessoas e as instituições relacionadas ao recurso terão
seus pontos de acesso incluídos no registro.
Por que?
Relevância, tempo, etc.
Entre as pessoas e instituições escolhidas, uma será a principal, as demais
serão secundárias.
22. 21.1 Ponto de acesso principal
É o ponto de acesso presente na
ficha principal que representa o
recurso.
De modo geral, indica o criador
da obra.
Entrada/ficha principal
Lévy, Pierre, 1956-
Cibercultura / Pierre Lévy ; tradução
Carlos Irineu da Costa. – São Paulo : Editora
34, 2000
260 p. – (Trans)
Tradução de: Cyberculture
ISBN 85-7326-126-9
Ponto de acesso
principal
23. 21.29 Pontos de acesso secundários
São os pontos de acesso presentes
nas fichas secundárias que
representam o recurso.
De modo geral, indicam:
os demais criadores da obra,
outros responsáveis pelo
recurso e por seu conteúdo,
os títulos associados ao
recurso.
Entrada/ficha secundária de título
Cibercultura
Lévy, Pierre, 1956-
Cibercultura / Pierre Lévy ; tradução
Carlos Irineu da Costa. – São Paulo :
Editora 34, 2000
260 p. – (Trans)
Tradução de: Cyberculture
ISBN 85-7326-126-9
Ponto de acesso
secundário (título) Ponto de acesso
principal
24. 21.29 Pontos de acesso secundários
Entrada/ficha secundária de tradutor
Costa, Carlos Irineu da
Lévy, Pierre, 1956-
Cibercultura / Pierre Lévy ; tradução
Carlos Irineu da Costa. – São Paulo :
Editora 34, 2000
260 p. – (Trans)
Tradução de: Cyberculture
ISBN 85-7326-126-9
Ponto de acesso
secundário (tradutor)
Entrada/ficha secundária de série
Trans
Lévy, Pierre, 1956-
Cibercultura / Pierre Lévy ; tradução
Carlos Irineu da Costa. – São Paulo :
Editora 34, 2000
260 p. – (Trans)
Tradução de: Cyberculture
ISBN 85-7326-126-9
Ponto de acesso
secundário (série)
25. 21 Escolha dos pontos de acesso
Exemplo de questão que o Capítulo 21 responderá:
Devo fazer um ponto de acesso para a série?
AACR2r 21.30L. Séries
21.30L1. Faça a entrada secundária sob o cabeçalho estabelecido
para uma série quando cada obra pertencente à série tiver sido
catalogada separadamente, se essa entrada fornecer um acesso
útil.
26. Alguns conceitos importantes...
Remissiva Ver: indica ao
usuário o ponto de acesso
escolhido
Remissiva Ver também:
indica ao usuário os pontos
de acesso relacionados
Ver: Capítulo 26
OTAN
ver Organização do Tratado do
Atlântico Norte
Campos, Álvaro de
ver também Pessoa, Fernando
27. Alguns conceitos importantes...
Entidade [coletiva]
“Organização ou grupo de pessoas identificado por um
nome determinado que age ou pode agir como um
todo. São exemplos típicos: associações, instituições,
firmas comerciais, empresas sem fins lucrativos,
governos, órgãos estatais, entidades religiosas, igrejas
locais e conferências.”
(AACR2r, Glossário)
28. Alguns conceitos importantes...
Monografia
“Um recurso bibliográfico que está completo em
uma parte ou se tem a intenção de completá-lo em
um número finito de partes.”
(AACR2r, Glossário)
29. Alguns conceitos importantes...
Publicação seriada
“Um recurso contínuo publicado em uma sucessão de
partes separadas, trazendo usualmente numeração,
não tendo sua conclusão predeterminada. São
exemplos: jornais, revistas, periódicos eletrônicos,
diretórios contínuos, relatórios anuais e séries
monográficas.”
(AACR2r, Glossário)
30. Alguns conceitos importantes...
Responsabilidade compartilhada
“Colaboração entre duas ou mais pessoas ou entidades
que desempenham o mesmo tipo de atividade na
criação do conteúdo de um item. A contribuição de
cada uma pode constituir uma parte independente e
distinta, ou pode não ser separável da contribuição das
demais.”
(AACR2r, Glossário)
31. Alguns conceitos importantes...
Responsabilidade mista
“Quando diferentes pessoas ou entidades contribuem
para o conteúdo intelectual ou artístico de uma obra
desempenhando diferentes tipos de atividades (p.
ex., adaptando ou ilustrando uma obra escrita por
outra pessoa).”
(AACR2r, Glossário)
32. Alguns conceitos importantes...
Título coletivo
“Um título principal que abrange as diversas obras
contidas num item.”
(AACR2r, Glossário)
34. Exercício 1 - Escolha dos pontos de acesso
Definir:
qual será o ponto de acesso principal e
quais serão os pontos de acesso secundários
35. Babel que a cidade comeu / Ignácio de Loyola Brandão
Authority work / Robert H. Burger
Responsabilidade simples – Pessoa (21.4A)
Ponto de acesso principal
Ponto de acesso secundário
Legenda:
36. Responsabilidade compartilhada (21.6B, 21.6C1)
Metodologia científica / Amado Luiz Cervo, Pedro Alcino Bervian
Foundations of Semantic Web technologies / Pascal Hitzler,
Markus Krötzsch, Sebastian Rudolph
Wikinomics : como a colaboração em massa pode mudar o seu
negócio / Don Tapscott, Anthony D. Williams ; tradução de
Marcello Lino
Kafka : para uma literatura menor / Gilles Deleuze, Félix Guattari
; tradução e prefácio Rafael Godinho
38. Coletânea de obras com título coletivo (21.7B1)
Tecnologia e conteúdos informacionais : abordagens teóricas e
práticas / Silvana Ap. B. Gregorio Vidotti (coordenadora)
Informação para a área de saúde : prontuário do paciente,
ontologia de imagem, tecnologia, legislação e gerenciamento
eletrônico de documentos / Virgínia Bentes Pinto, Maria Elias
Soares, organizadoras
39. Pontos de acesso secundários – Séries (21.30L1)
Ortodontia : fundamentos em cefalometria clínica / Eros
Petrelli, João M. Baptista. - Curitiba : EDITEC, 1997. - 269 p. : il. +
CD-ROM. - (Multimidia & software em odontologia)
44. 23 Nomes geográficos
23.1A. Os nomes geográficos (lugares) são usados
para fazer distinção entre entidades com o mesmo nome;
como acréscimo a outros nomes de entidades (p. ex., nomes de conferências);
nos pontos de acesso para governos e comunidades que não são governos.
23.2A1. Use a forma em português do nome de um lugar, se houver uma
de uso corrente. Exemplos: Áustria, Copenhague, Helsinque (não
Österreich, København e Helsinki)
23.2B1. Use a forma na língua oficial do país se não houver forma em
português de uso corrente. Exemplo: Buenos Aires.
Nessa aula veremos uma pouco mais sobre o papel da descrição bibliográfica e dos pontos de acesso nos catálogos.
Nessa aula veremos uma pouco mais sobre o papel da descrição bibliográfica e dos pontos de acesso nos catálogos.
Como vimos anteriormente, os registros bibliográficos são representações de recursos informações e podem estar presentes em diversos formatos e suportes, por exemplo, em fichas e em registros digitais.
Essas são algumas das ações que os registros bibliográficos devem permitir a realização.
No entanto, existem outras funções que os registros bibliográficos realizam. E, para que essas ações possam ser realizadas, são necessários diferentes tipos de dados.
Assim, temos nos registros bibliográficos dados que são utilizados para diferentes propósitos.
Temos os dados que representam o recurso (título, autor, etc.) que permitem ao usuário encontrar, identificar e selecionar os recursos informacionais.
Dados que permitem aos usuários localizar e acessar os recursos, por exemplo, o número de chamada, o nome da instituição em que o recurso se encontra, um link para um recurso online, etc.
Temos também os dados administrativos, que podem servir tanto para a gestão do recurso informacional quanto para a gestão do próprio registro (quando ele foi criado, quem foi o catalogador). Entre outros tipos.
Embora os registros bibliográficos tenham esses diferentes tipos de dados, nosso foco durante será principalmente nos dados que representam os recursos informacionais.
Esses dados que representam o recursos informacional geralmente são divididos em representação da forma e representação do conteúdo, também chamadas de representação descritiva e representação temática.
Essa divisão é feita principalmente para os propósitos de estudos, já que na prática – principalmente no Brasil – tantos os processos de descrição da forma, quanto os processos de descrição do conteúdo são realizados por uma mesma pessoa.
(É claro que essa divisão pode variar de autor para autor.)
A representação da forma compreende duas partes: a descrição do recurso (as vezes chamada de descrição bibliográfica) e os pontos de acesso (também conhecidos como cabeçalhos).
A representação do conteúdo também compreende duas partes: a atribuição dos pontos de acesso (ou cabeçalhos) de assunto e a realização da classificação.
Vale lembrar que em muitos casos a atribuição dos pontos de acesso de assunto é chamada de indexação ou catalogação da assuntos, enquanto que a representação da forma é chamada apenas de “Catalogação”.
Durante nosso curso, na maior parte das vezes falaremos sobre a representação da forma, embora em alguns casos trataremos de questões que também podem ser aplicadas à descrição do conteúdo.
Vejamos então quais são as partes que formam a representação da forma ou representação descritiva.
A parte mais conhecida e característica da Catalogação é a descrição do recurso informação (também chamada de descrição bibliográfica).
O que é essa descrição: um conjunto de dados que possibilita principalmente, a identificação do recurso informacional individualizando-o em um dado contexto.
Esse conjunto de dados visa também à caracterização do recurso de modo a torná-lo inconfundível.
Vamos lá.
Essas são quatro fichas, cada uma com a descrição de um recurso informacional diferente.
Essas fichas são armazenadas em móveis com essas “gavetinhas”
Até aí tudo bem, pois precisamos de um local para guarda-las e para permitir que elas sejam consultadas.
Normalmente, para que pudessem ser armazenadas, teríamos que colocar essas fichas seguindo alguma ordem.
Qual seria uma ideia: colocar elas em ordem alfabética considerando as palavras que aparecessem no início da descrição, ou seja, acabaríamos por organizar essas fichas (e consequentemente as descrições) pelo títulos.
No entanto, se fizéssemos isso, surgiria um problema: como o usuário vai buscar por autor? Por assunto? Por e tradutor? Por série?
Como o usuário saberia quais são as obras de um autor, quais são as obras sobre um assunto ou as obras que fazem parte de uma série?
Qual foi então a solução adotada para resolver essa situação:
“Vamos inserir acima da descrição – no cabeçalho da ficha – os termos pelos quais queremos que ela seja buscada”.
Ou seja, o nome do autor, o assunto, o título da série.
Mas aí surgiu ou problema: “quero que a descrição seja encontrada pelo autor, pelo título e pelo assunto”.
A solução para esse outro problema foi criar várias cópias de um ficha e inserir no topo de cada uma das cópias o nome, título, assunto, etc. pelo qual a descrição poderia ser encontrada.
Assim foram criados o catálogo de autor (em que no topo de cada ficha estava o nome de uma pessoa/instituição), o catálogo de assunto (com um assunto no topo de cada ficha), de título (com o título do recurso no topo da ficha), etc.
Assim foram criados os caminhos pelos quais os usuários poderiam chegar até as descrições bibliográficas.
Inicialmente, esses caminhos foram chamados de cabeçalhos (já que ficavam no todo das fichas), posteriormente passaram a ser chamados de pontos de acesso.
Esses caminhos, ou pontos de acesso, são nomes, termos, códigos, etc. sob os quais um registro bibliográfico pode ser procurado e identificado.
Esses pontos de acesso de acesso podem ser de diferentes tipos: nomes de pessoas, de instituições, grupos de pessoas, títulos (títulos do recurso, das partes do recurso, da série a qual o recurso pertence, etc.), termos que representam os assuntos dos recursos (termos tópicos, nomes de locais, etc.).
Agora que já tenho uma descrição bibliográfica que representa o meu recurso informacional, que já permite a identificação dele de forma única, surge a questão: em um catálogo, como chegar até essa representação? Ou, por quais caminhos consigo chegar até a descrição?
Podemos pensar em diversos caminhos: por exemplo, o título, o assunto, tradutor, autor, editora, etc.
Para entender como esses caminhos funcionam, temos que voltar no tempo para vermos como funcionavam (e ainda funcionam!) os catálogos em fichas.
Nessa aula veremos uma pouco mais sobre o papel da descrição bibliográfica e dos pontos de acesso nos catálogos.