4. ANAMNESE
QUEIXA
Qual é a queixa?
- Neste ítem vamos verificar qual é a queixa
trazida e essa informação precisa ficar muito
clara, uma vez que todo o trabalho terapêutico
será realizado com o objetivo de saná-la.
5. ANAMNESE
De quem é a queixa?
- Vamos pesquisar quem trouxe à tona a dificuldade que
está “incomodando” a ponto do profissional ser
procurado.
- Quem trouxe essa preocupação foi a família, a criança,
os professores?
- Se a família disser que foi alguém de fora que sugeriu
uma avaliação, quer dizer que ela própria ainda não
enxergou a necessidade do tratamento. O orientação
precisará ser reforçada buscando envolver os
responsáveis no processo terapêutico e tentando-lhe
mostrar-lhes a necessidade, ou não do
acompanhamento.
6. ANAMNESE
Se a queixa veio do professor, é fundamental que
o profissional entre em contato com ele ou
solicite um relatório por escrito para verificar o
que está defasado em sua visão.
Caso a própria mãe tenha observado a
necessidade da avaliação, meio caminho está
andado, pois você contará com o apoio dos
responsáveis que já estão cientes da dificuldade
e dispostos a contribuir.
7. ANAMNESE
É imprescindível que os familiares
compreendam a alteração, caso ela exista,
antes que se inicie o processo diagnóstico,
pois caso não entendam o motivo ou não
concordem em estarem ali, o caso
dificilmente evoluirá e você poderá ser
considerado um terapeuta incompetente.
8. ANAMNESE
Defina em que área é a queixa.
Ela pode ser referente à:
- Linguagem oral;
- Aprendizagem;
- Comportamento;
- Desenvolvimento motor...
9. ANAMNESE
Exemplos de queixa:
- Comportamento: desobediência, agressividade, birra
desatenção.
- Fala: ausência, atraso, alteração, incompreensão,
disfluência, timbre.
- Aprendizagem: atraso, dificuldades na alfabetização,
não retém o conteúdo, troca de letras.
- Desenvolvimento motor: atraso, alteração, dificuldade.
10. ANAMNESE
HISTÓRIA DA “DOENÇA” ATUAL
- Pronto! Já coletamos todos os dados de identificação e
a queixa. Agora vamos nos referir mais pontualmente ao
“problema”.
- Os questionamentos nos trarão informações
importantes e pontuais sobre aquilo que vamos tratar
posteriormente.
- Nem sempre as respostas serão fornecidas na ordem.
O importante é coletar o máximo de dados possíveis para
que depois você possa juntá-los à avaliação e chegar a
uma hipótese diagnóstica.
11. ANAMNESE
1. Início do quadro
- Desde quando “isso” começou?
- Fator desencadeante?
- Aconteceu alguma coisa diferente neste período que
você se recorde e que possa ter alguma relação?
- Qual é a frequência? Quantas vezes “isso” acontece?
Todo dia? Toda semana? Só à noite?
12. ANAMNESE
2. Características (É a caracterização da queixa)
Como “isso” acontece?
3. Sintomas associados
Existe mais alguma coisa que ocorre?
4. Situações desencadeantes
Quando acontece?
Só quando a avó está perto, só na escola, quando o
pai grita...
13. ANAMNESE
5. Qual é a reação da família diante do fato?
Como cada um de vocês reage?
Não ligam, colocam de castigo, dão bronca,
abraçam....
6. Posicionamento do paciente frente ao fato?
O que você acha que é “isso”? E por quê ocorre? Você
acha normal? Como era com os outros filhos ou como
é com os colegas da mesma idade?
7. Fatores agravantes?
Existe algum fator que piora a situação?
14. ANAMNESE
ANTECEDENTES
Dependendo da idade do
paciente, neste momento
o informante precisará
retomar informações do
passado, voltando no
tempo e relembrando
detalhes que podem fazer
toda a diferença no
processo terapêutico.
15. ANAMNESE
São dados que algumas vezes
podem ser desagradáveis de serem
expostos ou retomados, mas
necessários.
O profissional começará investigando
os fatos e condições anteriores à
gestação, o ocorrido durante a
gravidez e posteriormente ao
nascimento do bebê.
Terá que lembrar de situações
vivenciadas com outros filhos se tiver.
Assim como históricos de abortos e
doenças.
16. ANAMNESE
ANTECEDENTES
Dados do pré-natal
Dados do peri-natal
Dados do pós-natal
17. ANAMNESE
Dados pré-natais
- Idade ao engravidar.
- Estado civil ao engravidar.
- A gravidez foi planejada ou aconteceu sem querer?
- Estava de quanto tempo quando percebeu a gestação?
- Qual sua reação ao descobrir que estava grávida? E a
do pai?
- Tinha preferência por algum sexo?
- Quantidade de filhos, sexo e idades.
- Filiação dos outros filhos.
18. ANAMNESE
Dados pré-natais
Neste momento o
profissional pesquisará
tudo que ocorreu
antes do parto.
19. ANAMNESE
Consanguinidade
- A genitora e o pai são primos ou parentes ?
Doenças genéticas ocorrem com maior
frequência quando há histórico de
consanguinidade do casal.
- Fazia uso de medicamentos?
A mãe tomou algum remédio durante a
gestação? Qual? Por que? O médico que
indicou? Que quantidade? Em quais horários?
20. ANAMNESE
- Fez acompanhamento pré-natal?
Foi ao médico durante a gestação? Fez
ultrasom? Quantos? Em que período?
- Ocorrência de doença durante a gestação.
Teve alguma doença, alergia, dor de cabeça
muito forte, coceira, manchas, convulsão,
depressão?
Muitas vezes a informante nem sabe que esteve
doente.
21. ANAMNESE
- Radiografias e vacinas
Foi ao dentista quando estava grávida? Fez
algum tipo de radiografia (raio X)? Tomou
alguma injeção? Pra quê? O médico que
indicou? Tomou vacinas de rubéola, gripe,
hepatite?
- Traumas físicos
Levou algum tombo durante a gravidez? Seu
esposo era agressivo? Bateu alguma vez na
sua barriga? Como foi? Com que força? De
quanto tempo estava? Houve alguma
complicação após esse episódio?
22. ANAMNESE
- Hábitos e vícios.
Uso de álcool, tabaco (fumo) ou drogas durante
a gestação.
Com qual frequência? Quantidade? Tipo?
Perguntamos do companheiro também porque caso a
mãe não tenha coragem de contar que fez uso de uma
dessas substâncias durante a gestação é possível
percebermos, dentro do contexto familial, se é uma
situação presente (inclusive até o momento atual).
23. ANAMNESE
- Houve tentativa de aborto?
Obviamente que se a gestação foi planejada não vamos
fazer essa pergunta, a modificaremos para: sua gravidez
foi de risco? Teve alguma complicação?
Você tentou abortar? Estava de quanto tempo? O que
usou? O que aconteceu depois disso?
- Intercorrências
A genitora teve alguma complicação durante a gestação
como pressão alta, diabete, depressão?
Teve alguma outra doença? Foi ao médico? Precisou de
medicação? Qual? Ficou internada?
24. ANAMNESE
- Alimentação
Quantos quilos engordou na gravidez? Como era a
alimentação? Teve muito enjôo?
- Condições de moradia
A casa na qual morava era de alvenaria? Tinha água
encanada, tratamento de esgoto? Quantos cômodos tinha?
Quem morava com você? Quais eram as condições físicas e
psicológicas vivenciadas naquele ambiente?
- Atividade exercida
Você trabalhava? Aonde? O que fazia especificamente?
Observaremos as condições ambientais às quais a gestante
estava exposta, tais como inalação de substâncias tóxicas e
esforço repetitivo
25. ANAMNESE
Dados péri-natais
- Nasceu à termo?
- Tipo de parto?
- Houve uso de fórceps?
- “Demorou” pra nascer?
- -Ápgar?
- Aspirou líquido amniótico ou
mecônio?
- Chorou?
26. ANAMNESE
Coletaremos dados referentes ao momento do parto.
- Tempo da gestação.
Nem todas as mães ou pais se lembraram exatamente com
quantas semanas de gestação tiveram o filho. O melhor é
perguntar se o bebê foi prematuro ou se “passou do tempo” de
nascer.
Quando o bebê nasce no “tempo” certo dizemos que nasceu a
termo.
- Ápgar.
O ápgar é uma nota de zero à dez que todas os bebês recebem
no primeiro e quinto minuto após o nascimento e que avalia
funções como: tonicidade, respiração, cor da pele, frequência
cardíaca e reflexo.
Fornece dados importantes sobre as condições nas quais a
criança chegou ao mundo. Se essa nota aumenta é bom sinal.
Elas devem constar na carteirinha do bebê.
27. ANAMNESE
- Mecônio
Ainda na barriga da mamãe, o bebê pode ter aspirado alguma
substância como o líquido amniótico ou mecônio (suas próprias
fezes). A genitora deverá ser questionada a respeito.
- Choro.
É importante saber se a criança chorou logo ao sair do útero
materno. Normalmente é o que acontece, mas o contrário, não
caracteriza, necessariamente, um problema. Ao sair da barriga
da mamãe, o bebê passa a respirar no meio atmosférico e não
mais no líquido.
Vir ao mundo não deixa de ser um “choque”. Para quem estava
quentinho, apertadinho, no escuro e sendo alimentado sem
precisar fazer nada, não é nada fácil ser “puxado” e dar de cara
com a luz intensa, ruídos, frio além de poder se esticar inteiro
sentindo insegurança e estranheza.
28. ANAMNESE
- Circular de cordão
Alguma vezes, o próprio cordão umbilical que
conduz o alimento para o bebê, pode estar
enrolado no pescocinho dele, o que pode
“sufocá-lo na hora do parto.
Por isso o ultrasom é tão importante, pois
prevendo essa possibilidade o médico estará
mais preparado para desenrolá-lo sem causar
nenhum problema.
29. ANAMNESE
- Cor ao nascer
A intenção aqui não é
investigar a cor da
pele, mas saber se o
bebê nasceu
“amarelinho” (icterícia)
ou roxinho (falta de
oxigenação no
cérebro – anóxia).
30. ANAMNESE
- Incubadora
Questionar a mãe se saíram juntos da
maternidade ou se o bebê precisou ficar
internado.
Pergunte os motivos.
Caso tenha ficado na incubadora, por quanto
tempo e por qual razão?
Precisou de cuidados especiais? Ficou na UTI?
Por quê?
31. ANAMNESE
Atividade – Aula 3
Responda as questões disponíveis no site.