O documento descreve o processo completo da indústria do petróleo, desde a exploração e extração até o refino e distribuição de derivados. Inicialmente, realiza-se a exploração para identificar reservas de petróleo e gás natural. Após a perfuração de poços, tem início a produção e transporte do óleo cru para refinarias, onde é processado e transformado em produtos como gasolina e diesel. Por fim, esses derivados são distribuídos para consumo.
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GURUPI
CURSO DE QUÍMICA AMBIENTAL
ACADÊMICOS: Gabriela Costa Milhomens
Luiz Paulo Martins de Souza
PROFESSOR: Horllys Gomes Barreto
PROCESSAMENTO DO PETRÓLEO E GÁS
GURUPI-TO
2. ÍNDICE
Introdução
Contaminantes
Classificação
A indústria de petróleo
Exploração
Explotação
Transporte
Refino
Distribuição
Processamento primário
Produção de derivados no Brasil
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3. A palavra petróleo vem do latim, petrus, “pedra” e oleum, “óleo, extraído das
rochas denominadas de Rocha Reservatório.
Propriedades:
Variação de cores;
Caráter oleoso;
Inflamável;
Menos denso que a água;
Cheiro característico;
Hidrocarbonetos;
INTRODUÇÃO
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4. O Petróleo:
Formou-se a milhares de anos.
Quando extraído no campo de produção é chamado Óleo Cru.
Seu estado natural é sempre uma mistura complexa de diversos tipos de
hidrocarbonetos contendo também proporções menores de contaminantes (enxofre,
nitrogênio, oxigênio e metais).
HIDROCARBONETOS CONTAMINANTES ÓLEO CRU
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5. CONTAMINANTES
Mais comuns são os átomos de
enxofre (S),
nitrogênio (N),
oxigênio (O), e de
metais como:
níquel (Ni), ferro (Fe), cobre (Cu), sódio (Na) e vanádio (V)
Causam problemas:
No manuseio - redução de eficiência dos catalisadores nas refinarias;
transporte - corrosão em oleodutos e gasodutos;
derivados - causam poluição ambiental se presentes em combustíveis derivados
do petróleo.
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6. Hidrogênio 11-14%
Carbono 83-87%
Enxofre 0,06-8%
Nitrogênio 0,11-1,7%
Oxigênio 0,1-2%
Metais Até 0,3%
Tabela que exemplifica a composição elementar do óleo cru (% em peso)
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7. CLASSIFICAÇÃO DO PETRÓLEO DE ACORDO COM O TEOR DE
ENXOFRE
a) óleo doce - apresenta baixo conteúdo de enxofre (menos de 0,5 %
de sua massa);
b) óleo ácido - apresenta teor elevado de enxofre (bem acima de 0,5
% de sua massa).
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8. NO RESERVÁTORIO
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Na zona superior do reservatório, geralmente há uma “capa” de gás rico em metano
(CH4), conhecido como Gás Associado. Esse gás é composto também por outros
hidrocarbonetos (no estado gasoso) e por gases corrosivos, como o gás sulfídrico (H2S)
e o dióxido de carbono (CO2).
Na zona intermediária, está o óleo propriamente dito, contendo água emulsionada e
também os mesmos componentes presentes no gás associado.
Na zona inferior, encontramos água livre (não misturada com óleo), com Sais
Inorgânicos dissolvidos e Sedimentos.
10. A INDÚSTRIA DE PETRÓLEO
Distribuição
Refino
Transporte
Exploração Explotação
Indústria do Petróleo
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11. EXPLORAÇÃO
A exploração envolve a observação das rochas e a reconstrução geológica de uma
área, com o objetivo de identificar novas reservas petrolíferas. Os métodos comuns
empregados para se explorar petróleo são o sísmico, o magnético, o gravimétrico e o
aerofotométrico.
Vale salientar que não basta descobrir o reservatório, é necessário verificar se há
viabilidade econômica de produção do campo descoberto.
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12. No método sísmico, avalia-se o tempo de propagação de ondas artificiais nas
formações geológicas estudadas.
Tais formações influenciam a intensidade e direção do campo magnético da terra,
cujas variações podem ser medidas através de métodos magnéticos.
De modo semelhante, o método gravimético consiste no uso de equipamentos na
superfície do solo para observar pequenas alterações locais na gravidade do planeta.
Finalmente, podem-se ainda obter imagens do solo, analisadas segundo métodos
aerofotométricos, particularmente com o uso de satélites.
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13. EXPLOTAÇÃO (PERFURAÇÃO + PRODUÇÃO)
Durante a explotação, são empregadas técnicas de desenvolvimento e
produção da reserva após comprovação de sua existência. O poço é então
perfurado e preparado para produção, caracterizando a fase de completação.
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15. A fase de produção em poços terrestres (on-shore) pode ocorrer de três formas:
Bombeamento Mecânico;
Injeção de Gás;
Injeção de Água.
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16. Em reservas marítimas, por sua vez, a produção poderá ser feita em plataformas fixas,
plataformas auto-eleváveis (em águas rasas: aproximadamente 90 m) ou plataformas semi-
submersíveis, e auxiliada por navios-sonda.
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17. TRANSPORTE
A produção é então transportada em embarcações, caminhões, vagões, navios-tanque ou
tubulações (oleodutos ou gasodutos) aos terminais e refinarias de óleo ou gás.
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18. REFINO
Refinar petróleo é, separar suas frações, hidrocarbonetos (óleo e gás), água e
contaminantes e processá-las, transformando-o em produtos de grande utilidade.
São os chamados produtos derivados do petróleo (gasolina, GLP, querosene, etc).
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19. O processo de refino poderá ocorrer de duas maneiras:
UPGN (Unidade de Processamento do Gás Natural): processo de refino cuja matéria
prima é o gás úmido ou gás não associado.
REFINARIA: Uma refinaria, em geral, processa um ou mais tipos de petróleo,
produzindo uma série de produtos derivados, como o GLP (gás liquefeito de petróleo),
a nafta, o querosene e o óleo diesel.
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21. DISTRIBUIÇÃO
Os produtos finais das refinarias são finalmente encaminhados às distribuidoras, que
os comercializarão em sua forma original ou aditivada.
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22. Em resumo, os segmentos básicos da indústria do petróleo estão interligados conforme
mostrado no diagrama abaixo.
Campos de Petróleo e
Gás Natural
Gás Natural Seco
Separador
RefinariaUPGN
Consumidor Final
Bases de Distribuição
Consumidor Final
Gás Canalizado
Derivados
Gás Natural
Não-associado
Gás Natural Úmido
Petróleo
Petróleo + Gás Natural Associado
EXPLORAÇÃO
EXPLOTAÇÃO
REFINO
DISTRIBUIÇÃO E
COMERCIALIZAÇÃO
Importação
TRANSPORTE
DOWNSTREAMUPSTREAM
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23. O gás associado, contendo substâncias corrosivas e sendo altamente
inflamável, deve ser removido por problemas de segurança (corrosão ou
explosão).
Água, sais e sedimentos também devem ser retirados, para reduzirem-se os
gastos com bombeamento e transporte, bem como para evitar-se corrosão ou
acumulação de sólidos nas tubulações e equipamentos por onde o óleo passa.
Por isso, antes de ser enviado à refinaria, o petróleo passa pelo chamado
Processamento Primário, realizado em equipamentos de superfície, nos
próprios campos de produção (campos de petróleo).
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24. Ao final desse processamento, teremos fluxos separados de óleo e gás, além de
salmoura descartável.
O óleo final conterá teores menores daqueles hidrocarbonetos mais facilmente
vaporizáveis; ficando, então, menos inflamável que o óleo cru. Por isso, esse óleo
“processado” é também chamado Óleo Estabilizado.
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25. O Processamento Primário permite então que o óleo atenda as especificações
exigidas pelo refino:
a) um mínimo de componentes mais leves (os gases);
b) quantidade de sais abaixo de 300 miligramas por litro (300 mg/l) de óleo;
c) quantidade de água e sedimentos abaixo de 1% (do volume do óleo).
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26. São muitas as aplicações dos derivados do petróleo.
Alguns derivados já saem da refinaria prontos para serem “consumidos”, sendo
comercializados diretamente para distribuidores e consumidores.
Outros derivados servirão ainda como matérias primas de várias indústrias, para a
produção de outros artigos (os produtos finais).
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27. Derivados do petróleo podem ser utilizados em aplicações Energéticas ou Não energéticas:
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28. Os derivados energéticos são também chamados de combustíveis. Eles geram energia térmica
(calor ou luz) ao entrar em combustão na presença do ar e de uma fonte de ignição (chama ou
centelha). Uma refinaria de petróleo pode produzir os seguintes derivados energéticos ou
combustíveis:
a) Gás Combustível;
b) Gás Liquefeito de Petróleo (GLP);
c) Gasolina;
d) Querosene;
e) Óleo Diesel;
f) Óleo Combustível;
g) Coque (utilizado em indústria de cimento e aço).
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29. Não-energéticas, são eles:
Nafta e Gasóleos;
Lubrificantes;
Asfalto;
Solventes domésticos e industriais, como aguarrás, querosene, etc;
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31. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os derivados de petróleo devem continuar representando nos próximos
anos um papel importante no atendimento da demanda, principalmente
no setor de transporte, e com boas perspectivas de que o gás natural
também contribua de modo expressivo para a expansão da capacidade de
geração de energia elétrica.
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