SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 32
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GURUPI
CURSO DE QUÍMICA AMBIENTAL
ACADÊMICOS: Gabriela Costa Milhomens
Luiz Paulo Martins de Souza
PROFESSOR: Horllys Gomes Barreto
PROCESSAMENTO DO PETRÓLEO E GÁS
GURUPI-TO
ÍNDICE
 Introdução
 Contaminantes
 Classificação
 A indústria de petróleo
 Exploração
 Explotação
 Transporte
 Refino
 Distribuição
 Processamento primário
 Produção de derivados no Brasil
215:31
A palavra petróleo vem do latim, petrus, “pedra” e oleum, “óleo, extraído das
rochas denominadas de Rocha Reservatório.
Propriedades:
 Variação de cores;
 Caráter oleoso;
 Inflamável;
 Menos denso que a água;
 Cheiro característico;
 Hidrocarbonetos;
INTRODUÇÃO
315:31
O Petróleo:
Formou-se a milhares de anos.
Quando extraído no campo de produção é chamado Óleo Cru.
Seu estado natural é sempre uma mistura complexa de diversos tipos de
hidrocarbonetos contendo também proporções menores de contaminantes (enxofre,
nitrogênio, oxigênio e metais).
HIDROCARBONETOS CONTAMINANTES ÓLEO CRU
415:31
CONTAMINANTES
Mais comuns são os átomos de
 enxofre (S),
 nitrogênio (N),
 oxigênio (O), e de
 metais como:
 níquel (Ni), ferro (Fe), cobre (Cu), sódio (Na) e vanádio (V)
Causam problemas:
No manuseio - redução de eficiência dos catalisadores nas refinarias;
transporte - corrosão em oleodutos e gasodutos;
derivados - causam poluição ambiental se presentes em combustíveis derivados
do petróleo.
515:31
Hidrogênio 11-14%
Carbono 83-87%
Enxofre 0,06-8%
Nitrogênio 0,11-1,7%
Oxigênio 0,1-2%
Metais Até 0,3%
Tabela que exemplifica a composição elementar do óleo cru (% em peso)
615:31
CLASSIFICAÇÃO DO PETRÓLEO DE ACORDO COM O TEOR DE
ENXOFRE
a) óleo doce - apresenta baixo conteúdo de enxofre (menos de 0,5 %
de sua massa);
b) óleo ácido - apresenta teor elevado de enxofre (bem acima de 0,5
% de sua massa).
715:31
NO RESERVÁTORIO
815:31
Na zona superior do reservatório, geralmente há uma “capa” de gás rico em metano
(CH4), conhecido como Gás Associado. Esse gás é composto também por outros
hidrocarbonetos (no estado gasoso) e por gases corrosivos, como o gás sulfídrico (H2S)
e o dióxido de carbono (CO2).
Na zona intermediária, está o óleo propriamente dito, contendo água emulsionada e
também os mesmos componentes presentes no gás associado.
Na zona inferior, encontramos água livre (não misturada com óleo), com Sais
Inorgânicos dissolvidos e Sedimentos.
915:31
O óleo normalmente é encontrado juntamente com água, gás e outros compostos orgânicos.
A INDÚSTRIA DE PETRÓLEO
Distribuição
Refino
Transporte
Exploração Explotação
Indústria do Petróleo
1015:31
EXPLORAÇÃO
 A exploração envolve a observação das rochas e a reconstrução geológica de uma
área, com o objetivo de identificar novas reservas petrolíferas. Os métodos comuns
empregados para se explorar petróleo são o sísmico, o magnético, o gravimétrico e o
aerofotométrico.
 Vale salientar que não basta descobrir o reservatório, é necessário verificar se há
viabilidade econômica de produção do campo descoberto.
1115:31
No método sísmico, avalia-se o tempo de propagação de ondas artificiais nas
formações geológicas estudadas.
Tais formações influenciam a intensidade e direção do campo magnético da terra,
cujas variações podem ser medidas através de métodos magnéticos.
De modo semelhante, o método gravimético consiste no uso de equipamentos na
superfície do solo para observar pequenas alterações locais na gravidade do planeta.
Finalmente, podem-se ainda obter imagens do solo, analisadas segundo métodos
aerofotométricos, particularmente com o uso de satélites.
1215:31
EXPLOTAÇÃO (PERFURAÇÃO + PRODUÇÃO)
Durante a explotação, são empregadas técnicas de desenvolvimento e
produção da reserva após comprovação de sua existência. O poço é então
perfurado e preparado para produção, caracterizando a fase de completação.
1315:31
Torre de Perfuração - responsável pela abertura do poço
1415:31
A fase de produção em poços terrestres (on-shore) pode ocorrer de três formas:
Bombeamento Mecânico;
Injeção de Gás;
Injeção de Água.
1515:31
Em reservas marítimas, por sua vez, a produção poderá ser feita em plataformas fixas,
plataformas auto-eleváveis (em águas rasas: aproximadamente 90 m) ou plataformas semi-
submersíveis, e auxiliada por navios-sonda.
1615:31
TRANSPORTE
A produção é então transportada em embarcações, caminhões, vagões, navios-tanque ou
tubulações (oleodutos ou gasodutos) aos terminais e refinarias de óleo ou gás.
1715:31
REFINO
Refinar petróleo é, separar suas frações, hidrocarbonetos (óleo e gás), água e
contaminantes e processá-las, transformando-o em produtos de grande utilidade.
São os chamados produtos derivados do petróleo (gasolina, GLP, querosene, etc).
1815:31
O processo de refino poderá ocorrer de duas maneiras:
UPGN (Unidade de Processamento do Gás Natural): processo de refino cuja matéria
prima é o gás úmido ou gás não associado.
REFINARIA: Uma refinaria, em geral, processa um ou mais tipos de petróleo,
produzindo uma série de produtos derivados, como o GLP (gás liquefeito de petróleo),
a nafta, o querosene e o óleo diesel.
1915:31
2015:31
DISTRIBUIÇÃO
Os produtos finais das refinarias são finalmente encaminhados às distribuidoras, que
os comercializarão em sua forma original ou aditivada.
2115:31
Em resumo, os segmentos básicos da indústria do petróleo estão interligados conforme
mostrado no diagrama abaixo.
Campos de Petróleo e
Gás Natural
Gás Natural Seco
Separador
RefinariaUPGN
Consumidor Final
Bases de Distribuição
Consumidor Final
Gás Canalizado
Derivados
Gás Natural
Não-associado
Gás Natural Úmido
Petróleo
Petróleo + Gás Natural Associado
EXPLORAÇÃO
EXPLOTAÇÃO
REFINO
DISTRIBUIÇÃO E
COMERCIALIZAÇÃO
Importação
TRANSPORTE
DOWNSTREAMUPSTREAM
2215:31
 O gás associado, contendo substâncias corrosivas e sendo altamente
inflamável, deve ser removido por problemas de segurança (corrosão ou
explosão).
 Água, sais e sedimentos também devem ser retirados, para reduzirem-se os
gastos com bombeamento e transporte, bem como para evitar-se corrosão ou
acumulação de sólidos nas tubulações e equipamentos por onde o óleo passa.
 Por isso, antes de ser enviado à refinaria, o petróleo passa pelo chamado
Processamento Primário, realizado em equipamentos de superfície, nos
próprios campos de produção (campos de petróleo).
2315:31
Ao final desse processamento, teremos fluxos separados de óleo e gás, além de
salmoura descartável.
O óleo final conterá teores menores daqueles hidrocarbonetos mais facilmente
vaporizáveis; ficando, então, menos inflamável que o óleo cru. Por isso, esse óleo
“processado” é também chamado Óleo Estabilizado.
2415:31
O Processamento Primário permite então que o óleo atenda as especificações
exigidas pelo refino:
a) um mínimo de componentes mais leves (os gases);
b) quantidade de sais abaixo de 300 miligramas por litro (300 mg/l) de óleo;
c) quantidade de água e sedimentos abaixo de 1% (do volume do óleo).
2515:31
São muitas as aplicações dos derivados do petróleo.
Alguns derivados já saem da refinaria prontos para serem “consumidos”, sendo
comercializados diretamente para distribuidores e consumidores.
Outros derivados servirão ainda como matérias primas de várias indústrias, para a
produção de outros artigos (os produtos finais).
2615:31
Derivados do petróleo podem ser utilizados em aplicações Energéticas ou Não energéticas:
2715:31
Os derivados energéticos são também chamados de combustíveis. Eles geram energia térmica
(calor ou luz) ao entrar em combustão na presença do ar e de uma fonte de ignição (chama ou
centelha). Uma refinaria de petróleo pode produzir os seguintes derivados energéticos ou
combustíveis:
a) Gás Combustível;
b) Gás Liquefeito de Petróleo (GLP);
c) Gasolina;
d) Querosene;
e) Óleo Diesel;
f) Óleo Combustível;
g) Coque (utilizado em indústria de cimento e aço).
2815:31
Não-energéticas, são eles:
 Nafta e Gasóleos;
 Lubrificantes;
 Asfalto;
 Solventes domésticos e industriais, como aguarrás, querosene, etc;
2915:31
PRODUÇÃO DE DERIVADOS NAS REFINARIAS DO BRASIL
3015:31
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os derivados de petróleo devem continuar representando nos próximos
anos um papel importante no atendimento da demanda, principalmente
no setor de transporte, e com boas perspectivas de que o gás natural
também contribua de modo expressivo para a expansão da capacidade de
geração de energia elétrica.
http://www.parahybano.com.br/
3115:31
3215:31

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Craqueamento catalítico
Craqueamento catalíticoCraqueamento catalítico
Craqueamento catalítico
 
Refino de Petróleo
Refino de PetróleoRefino de Petróleo
Refino de Petróleo
 
Aula 06 classificação do petroleo e introdução ao refino
Aula 06   classificação do petroleo e introdução ao refinoAula 06   classificação do petroleo e introdução ao refino
Aula 06 classificação do petroleo e introdução ao refino
 
Processos de tratamento do petroleo
Processos de tratamento do petroleoProcessos de tratamento do petroleo
Processos de tratamento do petroleo
 
Aula petroleo-2010
Aula petroleo-2010Aula petroleo-2010
Aula petroleo-2010
 
Trabalho sobre petróleo
Trabalho sobre petróleoTrabalho sobre petróleo
Trabalho sobre petróleo
 
Petróleo - Uso e Derivados
Petróleo - Uso e DerivadosPetróleo - Uso e Derivados
Petróleo - Uso e Derivados
 
Pronae aula 12
Pronae aula 12Pronae aula 12
Pronae aula 12
 
CAPÍTULO I - GÁS NATURAL
CAPÍTULO I - GÁS NATURALCAPÍTULO I - GÁS NATURAL
CAPÍTULO I - GÁS NATURAL
 
Aula 13 exercícios complementares
Aula 13   exercícios complementaresAula 13   exercícios complementares
Aula 13 exercícios complementares
 
Aula 12 petroleo prof pedro ibrapeq
Aula 12 petroleo prof pedro   ibrapeqAula 12 petroleo prof pedro   ibrapeq
Aula 12 petroleo prof pedro ibrapeq
 
Petroleo1
Petroleo1Petroleo1
Petroleo1
 
O PetróLeo
O PetróLeoO PetróLeo
O PetróLeo
 
FCC_Craqueamento Catalítico
FCC_Craqueamento CatalíticoFCC_Craqueamento Catalítico
FCC_Craqueamento Catalítico
 
Gas Natural
Gas NaturalGas Natural
Gas Natural
 
Aula 10 processos de tratamento
Aula 10   processos de tratamentoAula 10   processos de tratamento
Aula 10 processos de tratamento
 
Refinaria de Petróleo
Refinaria de Petróleo Refinaria de Petróleo
Refinaria de Petróleo
 
Gas natural
Gas naturalGas natural
Gas natural
 
Gasolina
GasolinaGasolina
Gasolina
 
Aula 07 processos de separação
Aula 07   processos de separaçãoAula 07   processos de separação
Aula 07 processos de separação
 

Destaque

InjeçAo De Co2 SemináRio
InjeçAo De Co2 SemináRioInjeçAo De Co2 SemináRio
InjeçAo De Co2 SemináRioAlan Ferreira
 
Biologia ciclo do enxofre
Biologia ciclo do enxofreBiologia ciclo do enxofre
Biologia ciclo do enxofreLaura Salles
 
Métodos de elevação de petróleo
Métodos de elevação de petróleoMétodos de elevação de petróleo
Métodos de elevação de petróleoVictor Said
 

Destaque (6)

InjeçAo De Co2 SemináRio
InjeçAo De Co2 SemináRioInjeçAo De Co2 SemináRio
InjeçAo De Co2 SemináRio
 
Biologia ciclo do enxofre
Biologia ciclo do enxofreBiologia ciclo do enxofre
Biologia ciclo do enxofre
 
Ciclo do enxofre
Ciclo do enxofreCiclo do enxofre
Ciclo do enxofre
 
Métodos de elevação de petróleo
Métodos de elevação de petróleoMétodos de elevação de petróleo
Métodos de elevação de petróleo
 
Calcogênios família 6 a - química
Calcogênios   família 6 a - químicaCalcogênios   família 6 a - química
Calcogênios família 6 a - química
 
Petroleo
PetroleoPetroleo
Petroleo
 

Semelhante a Petroleo e gas

Semelhante a Petroleo e gas (20)

Processamento primario
Processamento primarioProcessamento primario
Processamento primario
 
Petróleo
PetróleoPetróleo
Petróleo
 
Petróleo e gás natural - 10º D
Petróleo  e gás natural - 10º DPetróleo  e gás natural - 10º D
Petróleo e gás natural - 10º D
 
Petroquimica
PetroquimicaPetroquimica
Petroquimica
 
Pré projeto validado 21-09-03 (aline e beto)
Pré projeto validado 21-09-03 (aline e beto)Pré projeto validado 21-09-03 (aline e beto)
Pré projeto validado 21-09-03 (aline e beto)
 
PQO hidrocarbonetos.pdf
PQO hidrocarbonetos.pdfPQO hidrocarbonetos.pdf
PQO hidrocarbonetos.pdf
 
Petroleo 3a2
Petroleo 3a2Petroleo 3a2
Petroleo 3a2
 
Petroleo e Gasolina
Petroleo e GasolinaPetroleo e Gasolina
Petroleo e Gasolina
 
Petroleo2
Petroleo2Petroleo2
Petroleo2
 
Apostila de Refino de PETRÓLEO
Apostila de Refino de PETRÓLEO Apostila de Refino de PETRÓLEO
Apostila de Refino de PETRÓLEO
 
Fontesnathidrocarb
FontesnathidrocarbFontesnathidrocarb
Fontesnathidrocarb
 
Pronae aula 14
Pronae aula 14Pronae aula 14
Pronae aula 14
 
6 refino-de-petrc3b3leo
6 refino-de-petrc3b3leo6 refino-de-petrc3b3leo
6 refino-de-petrc3b3leo
 
Aual tématica petróleo
Aual tématica petróleoAual tématica petróleo
Aual tématica petróleo
 
Aula 01 - Noções de Processamento Químico e Outros.pdf
Aula 01 - Noções de Processamento Químico e Outros.pdfAula 01 - Noções de Processamento Químico e Outros.pdf
Aula 01 - Noções de Processamento Químico e Outros.pdf
 
aulas de SPS _001.pdf
aulas de SPS _001.pdfaulas de SPS _001.pdf
aulas de SPS _001.pdf
 
Gás natural
Gás naturalGás natural
Gás natural
 
ahistoriadopetroleoedogasnatural1-160202232020.pdf
ahistoriadopetroleoedogasnatural1-160202232020.pdfahistoriadopetroleoedogasnatural1-160202232020.pdf
ahistoriadopetroleoedogasnatural1-160202232020.pdf
 
A historia do petroleo e do gas natural 1
A historia do petroleo e do gas natural 1A historia do petroleo e do gas natural 1
A historia do petroleo e do gas natural 1
 
Gás Natural.pptx
Gás Natural.pptxGás Natural.pptx
Gás Natural.pptx
 

Petroleo e gas

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GURUPI CURSO DE QUÍMICA AMBIENTAL ACADÊMICOS: Gabriela Costa Milhomens Luiz Paulo Martins de Souza PROFESSOR: Horllys Gomes Barreto PROCESSAMENTO DO PETRÓLEO E GÁS GURUPI-TO
  • 2. ÍNDICE  Introdução  Contaminantes  Classificação  A indústria de petróleo  Exploração  Explotação  Transporte  Refino  Distribuição  Processamento primário  Produção de derivados no Brasil 215:31
  • 3. A palavra petróleo vem do latim, petrus, “pedra” e oleum, “óleo, extraído das rochas denominadas de Rocha Reservatório. Propriedades:  Variação de cores;  Caráter oleoso;  Inflamável;  Menos denso que a água;  Cheiro característico;  Hidrocarbonetos; INTRODUÇÃO 315:31
  • 4. O Petróleo: Formou-se a milhares de anos. Quando extraído no campo de produção é chamado Óleo Cru. Seu estado natural é sempre uma mistura complexa de diversos tipos de hidrocarbonetos contendo também proporções menores de contaminantes (enxofre, nitrogênio, oxigênio e metais). HIDROCARBONETOS CONTAMINANTES ÓLEO CRU 415:31
  • 5. CONTAMINANTES Mais comuns são os átomos de  enxofre (S),  nitrogênio (N),  oxigênio (O), e de  metais como:  níquel (Ni), ferro (Fe), cobre (Cu), sódio (Na) e vanádio (V) Causam problemas: No manuseio - redução de eficiência dos catalisadores nas refinarias; transporte - corrosão em oleodutos e gasodutos; derivados - causam poluição ambiental se presentes em combustíveis derivados do petróleo. 515:31
  • 6. Hidrogênio 11-14% Carbono 83-87% Enxofre 0,06-8% Nitrogênio 0,11-1,7% Oxigênio 0,1-2% Metais Até 0,3% Tabela que exemplifica a composição elementar do óleo cru (% em peso) 615:31
  • 7. CLASSIFICAÇÃO DO PETRÓLEO DE ACORDO COM O TEOR DE ENXOFRE a) óleo doce - apresenta baixo conteúdo de enxofre (menos de 0,5 % de sua massa); b) óleo ácido - apresenta teor elevado de enxofre (bem acima de 0,5 % de sua massa). 715:31
  • 8. NO RESERVÁTORIO 815:31 Na zona superior do reservatório, geralmente há uma “capa” de gás rico em metano (CH4), conhecido como Gás Associado. Esse gás é composto também por outros hidrocarbonetos (no estado gasoso) e por gases corrosivos, como o gás sulfídrico (H2S) e o dióxido de carbono (CO2). Na zona intermediária, está o óleo propriamente dito, contendo água emulsionada e também os mesmos componentes presentes no gás associado. Na zona inferior, encontramos água livre (não misturada com óleo), com Sais Inorgânicos dissolvidos e Sedimentos.
  • 9. 915:31 O óleo normalmente é encontrado juntamente com água, gás e outros compostos orgânicos.
  • 10. A INDÚSTRIA DE PETRÓLEO Distribuição Refino Transporte Exploração Explotação Indústria do Petróleo 1015:31
  • 11. EXPLORAÇÃO  A exploração envolve a observação das rochas e a reconstrução geológica de uma área, com o objetivo de identificar novas reservas petrolíferas. Os métodos comuns empregados para se explorar petróleo são o sísmico, o magnético, o gravimétrico e o aerofotométrico.  Vale salientar que não basta descobrir o reservatório, é necessário verificar se há viabilidade econômica de produção do campo descoberto. 1115:31
  • 12. No método sísmico, avalia-se o tempo de propagação de ondas artificiais nas formações geológicas estudadas. Tais formações influenciam a intensidade e direção do campo magnético da terra, cujas variações podem ser medidas através de métodos magnéticos. De modo semelhante, o método gravimético consiste no uso de equipamentos na superfície do solo para observar pequenas alterações locais na gravidade do planeta. Finalmente, podem-se ainda obter imagens do solo, analisadas segundo métodos aerofotométricos, particularmente com o uso de satélites. 1215:31
  • 13. EXPLOTAÇÃO (PERFURAÇÃO + PRODUÇÃO) Durante a explotação, são empregadas técnicas de desenvolvimento e produção da reserva após comprovação de sua existência. O poço é então perfurado e preparado para produção, caracterizando a fase de completação. 1315:31
  • 14. Torre de Perfuração - responsável pela abertura do poço 1415:31
  • 15. A fase de produção em poços terrestres (on-shore) pode ocorrer de três formas: Bombeamento Mecânico; Injeção de Gás; Injeção de Água. 1515:31
  • 16. Em reservas marítimas, por sua vez, a produção poderá ser feita em plataformas fixas, plataformas auto-eleváveis (em águas rasas: aproximadamente 90 m) ou plataformas semi- submersíveis, e auxiliada por navios-sonda. 1615:31
  • 17. TRANSPORTE A produção é então transportada em embarcações, caminhões, vagões, navios-tanque ou tubulações (oleodutos ou gasodutos) aos terminais e refinarias de óleo ou gás. 1715:31
  • 18. REFINO Refinar petróleo é, separar suas frações, hidrocarbonetos (óleo e gás), água e contaminantes e processá-las, transformando-o em produtos de grande utilidade. São os chamados produtos derivados do petróleo (gasolina, GLP, querosene, etc). 1815:31
  • 19. O processo de refino poderá ocorrer de duas maneiras: UPGN (Unidade de Processamento do Gás Natural): processo de refino cuja matéria prima é o gás úmido ou gás não associado. REFINARIA: Uma refinaria, em geral, processa um ou mais tipos de petróleo, produzindo uma série de produtos derivados, como o GLP (gás liquefeito de petróleo), a nafta, o querosene e o óleo diesel. 1915:31
  • 21. DISTRIBUIÇÃO Os produtos finais das refinarias são finalmente encaminhados às distribuidoras, que os comercializarão em sua forma original ou aditivada. 2115:31
  • 22. Em resumo, os segmentos básicos da indústria do petróleo estão interligados conforme mostrado no diagrama abaixo. Campos de Petróleo e Gás Natural Gás Natural Seco Separador RefinariaUPGN Consumidor Final Bases de Distribuição Consumidor Final Gás Canalizado Derivados Gás Natural Não-associado Gás Natural Úmido Petróleo Petróleo + Gás Natural Associado EXPLORAÇÃO EXPLOTAÇÃO REFINO DISTRIBUIÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO Importação TRANSPORTE DOWNSTREAMUPSTREAM 2215:31
  • 23.  O gás associado, contendo substâncias corrosivas e sendo altamente inflamável, deve ser removido por problemas de segurança (corrosão ou explosão).  Água, sais e sedimentos também devem ser retirados, para reduzirem-se os gastos com bombeamento e transporte, bem como para evitar-se corrosão ou acumulação de sólidos nas tubulações e equipamentos por onde o óleo passa.  Por isso, antes de ser enviado à refinaria, o petróleo passa pelo chamado Processamento Primário, realizado em equipamentos de superfície, nos próprios campos de produção (campos de petróleo). 2315:31
  • 24. Ao final desse processamento, teremos fluxos separados de óleo e gás, além de salmoura descartável. O óleo final conterá teores menores daqueles hidrocarbonetos mais facilmente vaporizáveis; ficando, então, menos inflamável que o óleo cru. Por isso, esse óleo “processado” é também chamado Óleo Estabilizado. 2415:31
  • 25. O Processamento Primário permite então que o óleo atenda as especificações exigidas pelo refino: a) um mínimo de componentes mais leves (os gases); b) quantidade de sais abaixo de 300 miligramas por litro (300 mg/l) de óleo; c) quantidade de água e sedimentos abaixo de 1% (do volume do óleo). 2515:31
  • 26. São muitas as aplicações dos derivados do petróleo. Alguns derivados já saem da refinaria prontos para serem “consumidos”, sendo comercializados diretamente para distribuidores e consumidores. Outros derivados servirão ainda como matérias primas de várias indústrias, para a produção de outros artigos (os produtos finais). 2615:31
  • 27. Derivados do petróleo podem ser utilizados em aplicações Energéticas ou Não energéticas: 2715:31
  • 28. Os derivados energéticos são também chamados de combustíveis. Eles geram energia térmica (calor ou luz) ao entrar em combustão na presença do ar e de uma fonte de ignição (chama ou centelha). Uma refinaria de petróleo pode produzir os seguintes derivados energéticos ou combustíveis: a) Gás Combustível; b) Gás Liquefeito de Petróleo (GLP); c) Gasolina; d) Querosene; e) Óleo Diesel; f) Óleo Combustível; g) Coque (utilizado em indústria de cimento e aço). 2815:31
  • 29. Não-energéticas, são eles:  Nafta e Gasóleos;  Lubrificantes;  Asfalto;  Solventes domésticos e industriais, como aguarrás, querosene, etc; 2915:31
  • 30. PRODUÇÃO DE DERIVADOS NAS REFINARIAS DO BRASIL 3015:31
  • 31. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os derivados de petróleo devem continuar representando nos próximos anos um papel importante no atendimento da demanda, principalmente no setor de transporte, e com boas perspectivas de que o gás natural também contribua de modo expressivo para a expansão da capacidade de geração de energia elétrica. http://www.parahybano.com.br/ 3115:31