O documento descreve três tumores benignos do fígado: hemangioma cavernoso, adenoma hepatocelular e hiperplasia nodular focal. O hemangioma cavernoso é o tumor benigno mais comum do fígado, geralmente assintomático. O adenoma hepatocelular é raro e pode causar hemorragia espontânea. A hiperplasia nodular focal é o segundo tumor benigno mais comum e geralmente é assintomática também.
2. Desenvolvimento e aplicação de métodos de imagem
• ↑ Achado incidental nódulo hepático
• PROBLEMAS: 1- Responsável pela sintomatologia do
paciente?
2- Diferenciar entre Maligno e Benigno
3- Diferenciar Benignos entre si (condutas)
A- Hemangioma cavernoso
B- Adenoma hepatocelular
C- Hiperplasia nodular focal
4. HEMANGIOMA CAVERNOSO
• Tumor benigno mais comum
(0,4% e 20% necropsias)
• Ocorre mais em mulher (3:1)
• Média de idade 45 anos
• Lesão única (>90%)
• Geralmente lóbulo hepático direito
• Maioria é pequeno (>5cm). Varia mm – 20cm
• Maiores que 5cm → Hemangiomas gigantes
5. HEMANGIOMA - PATOLOGIA
• Lesões bem circunscrita, muitas vezes rodeadas por uma
cápsula fina. Pode ser pedunculado.
• Composto por espaços vasculares cavernosos, revestida
por uma camada de endotélio plana e cheia de sangue.
• Os compartimentos vasculares estão separados por
septos fibrosos finos e podem conter trombos.
6. HEMANGIOMA - ETIOLOGIA
• Etiologia não é completamente compreendida (?)
• Malformações vasculares ou hamartomas de origem
congênita que crescem por ectasia.
• Participação hormonal:
Incidência e tamanho são maiores mulheres
Eventual crescimento em: Gravidez
Anovulatórios VO
Terapia estrogênio
7. HEMANGIOMA – CLÍNICA
• Tipicamente assintomáticos. Achado incidental.
• Dor: Trombose - crescimento tumoral - compressão da
cápsula de Glisson.
• Massa palpável: (lesão gigante).
• Hemopetitônio: Ruptura espontânea traumática
• Compressão de órgãos adjacentes: náusea, anorexia,
saciedade precoce
11. HEMANGIOMA
Arteriografia:
• Raramente usado – exame invasivo
• TU atípicos, que não podem ser diagnosticados após
vários exames de imagens
• Vasos grandes, aparência de algodão
que persiste durante a fase venosa
12. HEMANGIOMA
Punção biópsia com agulha fina CONTRA-INDICADO
• Discutível – sem aceitação universal
• Risco de hemorragia
• Dificuldade de diagnótica AP do material obtido
• NÃO puncionar lesão suspeita de hemangioma
13. TRATAMENTO
• Lesões < 5cm conduta expectante
• Lesões > 5cm repetir TC ou RM cada 6-12 meses
• Se não houver crescimento parar com exames imagens
• Sintomático e/ou risco hemorragia – Ressecção cirúrgica
• Embolização – Hemorragia aguda; Adjuvante pré-op
• Suspender ACO?
14. ADENOMA HEPATOCELULAR
• Rara lesão hepática
• Proliferação benigna dos hepatócitos
• Mais comum em mulheres jovens (20-44anos)
• Frequentemente localizados lobo direito
• Tipicamente solitários (70-80%)
• Tamanho varia de 1 a 30cm
• Risco de transformação maligna para carcinoma
hepatocelular – *8 a 13% pacientes
15. AH - PATOLOGIA
• Formado por espessas colunas de hepatócitos,
repletos de glicogênio e lipídio.
• Não há capsula fibrosa (↑ risco hemorragia)
16. AH - ETIOLOGIA
ACO / Terapia estrogênio:
• Incidência anual 1:1.000.000 30-40: 1.000.000
• ↑ quantidade adenoma; mais propenso ao sangramento
• Regressão adenoma após sessão ACO
• Hipótese?? Estrogênio causa transformação direta no
hepatócito através dos receptores de esteroides
17. Esteróides Anablizantes:
• Está associado com a utilização do esteroides orais alfa-
alquilação 17.
• Predispõem à múltiplos adenomas.
Doenças de depósito de glicogênio:
• Tipo I - incidência de 51% e tipo III - 25%
• Mais comum no homem, geralmente múltiplos adenomas
Gravidez:
• Associado ao ↑ níveis endógenos de esteroides
• Rompimento adenoma é RISCO para mortalidade fetal e
maternal
18. AH – QUADRO CLÍNICO
• Assintomáticos 30%
• Dor QSD e/ou epigástrio
• Massa abdominal >30%
• Hepatomegalia 25%
• Icterícia menos frequente
• Risco de ruptura espontânea com hemorragia
intraperitoneal (não é raro, pode levar quadros de
choque)
21. AH - TC
Fase pré-injeção:
• Imagem isodensa
• Imagem hiperdensa (sangramento recente)
• Lesão > 5cm heterogênea
Fase Pós-injelção:
• Fase arterial – contrastação
• Fase porta – rápido clareamento
22. AH - RM
Aparência variável
• Sinal hiperintenso em T2
• Intensidade variável em T1
gordura e glicogênio
23. ADENOMA HEPÁTICO
Arteriografia: Lesão hipervascularizada
Biópsia Percutãnea: EVITAR!!
• Não diferencia: Hiperplasia nodular focal x CHC bem
diferenciado
• Lesão hipervascularizada
• Fragmento pequeno
24. AH - CINTILOGRAFIA
Enxofre coloidal marcado com Tc99:
Pouca captação pela ausência de células de Kupffer
25. TRATAMENTO AH
Ressecçaõ cirúrgica:
• Todos pacientes sintomáticos
• AH > 5cm
Suspender ACO
• Exame de imagem depois de 6m, se não houver
regressão ou se aumentar, sugerir cirurgia
Desaconselhado gravidez. Ressecção ou ablação por
radiofrequência (<2cm) antes de engravidar.
26. HIPERPLASIA NODULAR
FOCAL
• 2° TU hepático benigno mais comum
• 8% da série de autopsias 96.625 pacientes
• Mais com mulher 8,5:1
• Idade 20-50anos
• Tamanho médio 5cm (raramente >10cm)
• Frequentemente único (7-20% múltiplos)
27. HNF - PATOLOGIA
Grande aglomerados (nódulos) de hepatócitos normais ao
redor de área fibrótica contento um vaso geralmente artéria
dilatada. Células de Kupffer (direrencia AH)
*Critérios microscópicos: Arquitetura nodular, vasos
anormais, proliferação ductos bilares
28. ETIOLOGIA - HNF
• Resposta hiperplásica para hiperperfusão arterial
encontrada no centro dos nódulos
• Associação com telangiectasia hemorrágica hereditária
• Anomalia vascular congênita
29. CLÍNICA- HNF
• Assintomático – pode ter dor e/ou desconforto abdominal
• Tumoração no fígado / hepatomegalia
• Dor se ruptura ou hemorragia
30. DIAGNÓSTICO HNF
Incidental por exames de imagens (⅔-¾)
USG:
• 20% cicatriz central
• Variável – imagem hiper/hipo/isoecogênica
• Doppler com fluxo arterial (AH fluxo venoso) -
Hipervascularizado
31. HNF - TC
• Fase pré-contraste: isodenso. Cicatriz central (⅓)
• Fase arterial - hiperdenso
• Fase portal - hipodenso
33. HNF - CINTILOFRAFIA
• Marcador se concentra na lesão (nem sempre)
• Diferencia do adenoma hapatocelular
34. TRATAMENTO
• Geralmente conservador
• Estudo de imagem de 6 a 12 meses em mulheres em
tratamento de ACO/estrogênio
• Ressecção cirúrgica em pacientes sintomáticos