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Era o mês de novembro,
quando aconteceu…
A aventura da castanha e do medronho
Pai!            Pai!                             Pai! Pai!
Estou
a ficar
vermelho!




       Gritava o pequeno medronho pendurado no ramo do medronheiro
Ah! Ah!
            Riam os seus irmãos mais velhos.          Ah!
Estás
a ficar
maduro,
maninho!




       E o pai medronheiro, todo satisfeito, mostrava os seus filhos ao sol.
- Quando é que nós amadurecemos? – Perguntaram
impacientes outros medronhos ainda verdes.

- Calma, filhos! – interveio o medronheiro. – Cada um tem o seu
tempo de amadurecer… Para uns acontece mais cedo, para outros mais
tarde.

Assim , à medida que vão ficando docinhos, vocês, os medronhos,
podem alimentar as aves durante mais tempo. Nesta altura do ano já há
pouca comida para elas…

- Pois, eu por exemplo já hoje levei três bicadas! Primeiro uma
toutinegra, depois uma carriça… E aquele medronho pendurado lá no
cimo, redondo e muito vermelho, de tão maduro que estava, já não
teve tempo de contar mais nada, porque…
Oh!                  Exclamaram com medo os outros medronhos.




Um grande melro de bico amarelo engoliu de uma só vez o medronho.
- Não se assustem – Disse o pai medronheiro. O vosso irmão
acabou de cumprir uma das três missões dos medronhos!
- Missões? O que é isso? – perguntaram os medronhos.

1 Alguns medronhos matam a fome a vários animais como as aves;
2 Outros, se não forem comidos dão origem a novos
medronheiros, quando as sementes que contêm caem na terra…

3 Outros ainda podem ser colhidos pelo Homem, que depois os
utiliza na sua alimentação, de várias maneiras…
Perto dali vivia um castanheiro.
 Nos seus ramos balouçavam muitos ouriços cheios de castanhas já
 maduras, prontas a cair!




Um desses ouriços , já aberto, mostrava três castanhas madurinhas.
O pai castanheiro, árvore já muito antiga, dizia ter para cima de 400 anos.




 Existem em Portugal
Dizem os Homens que os e
 castanheiros muito antigos
castanheiros demoram 300
 até um, lá para os lados da
anos a crescer, 300 anos a
 Guarda, numa terra
viver e 300Arrifana, que tem
 chamada anos a morrer…
 à volta de 1200 anos!




        Tinha o tronco grosso, cheio de rugas e os ramos compridos e fortes.
Eis que o céu escureceu. O vento e a chuva, de tão fortes, faziam rodopiar
a copa das duas árvores; os seus ramos dobravam-se e as folhas batiam
umas nas outras, num frenesim nunca visto!




Castanhas e medronhos começaram a soltar-se e voar em todas as direções!
E alguns foram aterrar bem longe dali…
Lá bem do alto desprendeu-se um ouriço com uma só castanha
escondida no seu interior e muito assustada!




 O medronho também se sentiu a cair, arrastado para o chão…
Nem estou
                                                    Agoramim, que
                                                    Ai de as aves me
            Ficou espetado nos picos do ouriço.     querem comer…
                                                    para aqui,
                                                    tanto quis
                                                    Mas diz-me:
                                                    desfeito e um
                                                    tornar-mesem
Caí aqui mesmo                                      - Quem
                                                    piada! és tu?
                                                    medronheiro
por baixo do meu
E eu? Sonhei
Ora, sou uma
pai! Não vou
tanto dar um belo
castanha!
conseguir
castanheiro!
crescer… Já cá está
ele!




Os dois lamentavam a sua sorte. Depois começaram a conversar.
Entretanto o dia foi passando e a noite chegou. Longe da proteção dos ramos do
castanheiro e do medronheiro, a castanha e o medronho, ao relento, toda a noite
permaneceram acordados, ouvindo ruídos estranhos e desconhecidos…




Passou um ouriço-cacheiro, uma raposa, ratitos do campo, uma coruja do mato...
Começou a chover e os nossos dois heróis apanharam um valente susto
quando um sapo-de-unha-preta decidiu passear um pouco, levando-os
às costas!

Finalmente rebolaram para o chão, mas nesse instante tudo começou a
tremer. O que seria desta vez?

Viram correr na sua direção um vulto enorme que foçava, soprava e
roncava! E eles sem poderem sair dali! Era um javali que andava à
procura de comida! Por um triz não foram parar àquela bocarra!

Foi uma noite agitada e sem pregar olho!
Um novo dia despontou. O medronho, mais animado com o sol a aquecê-lo,
chamou pela castanha.


     Castanhaaaaa!
     Bom dia!
     Onde estás tu?




        Mas ninguém lhe respondeu...
        O silêncio era total e o medronho sentiu-se mesmo sozinho!
Até que, finalmente, ouviu a voz da castanha a responder-lhe:
- Aqui, estou aqui! És tu, medronho?

- Claro que sim , sou eu? Onde te meteste?

- Não sei bem o que me aconteceu… Só te sei dizer que caí de
dentro do ouriço quando o javali foçava a terra e fiquei perdida!
Que susto!

- Mas agora, estás bem? – perguntou o medronho.

- Bem, não sei… Passa-se algo estranho comigo!

- Conta lá…

- Olha, sinto-me a inchar, a inchar sem parar… E parece que já saiu
de dentro de mim uma perna fininha e clarinha, que se está a enfiar
para dentro da terra. O que será?
EstamosAh!
Ah! Ah! a crescer
Um dia destes já
perto um do outro!
Não te assustes!
seremos plantinhas
Não tarda vais sentir
com folhas!
Vamos tornar-nos
outro braço a crescer!
numas belas árvores!
E assim foi... O tempo foi passando e eles foram crescendo…
Um dia, já mais crescidos, repararam que à sua volta muitas novas árvores
 estavam a desenvolver-se pelo campo! Era uma nova floresta!




                                           fim
    Que maravilha!
Tantas novas árvores juntas no Parque Natural, onde podem viver, abrigar-
se, alimentar-se e reproduzir-se tantos animais da região!
MEDRONHOS
MEDRONHEIROS
CASTANHAS
CASTANHEIROS
TOUTINEGRA
CARRIÇA
MELRO
OURIÇO-CACHEIRO
RAPOSA
RATO DO CAMPO
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Aventura castanha medronho

  • 1. Era o mês de novembro, quando aconteceu…
  • 2. A aventura da castanha e do medronho
  • 3. Pai! Pai! Pai! Pai! Estou a ficar vermelho! Gritava o pequeno medronho pendurado no ramo do medronheiro
  • 4. Ah! Ah! Riam os seus irmãos mais velhos. Ah! Estás a ficar maduro, maninho! E o pai medronheiro, todo satisfeito, mostrava os seus filhos ao sol.
  • 5. - Quando é que nós amadurecemos? – Perguntaram impacientes outros medronhos ainda verdes. - Calma, filhos! – interveio o medronheiro. – Cada um tem o seu tempo de amadurecer… Para uns acontece mais cedo, para outros mais tarde. Assim , à medida que vão ficando docinhos, vocês, os medronhos, podem alimentar as aves durante mais tempo. Nesta altura do ano já há pouca comida para elas… - Pois, eu por exemplo já hoje levei três bicadas! Primeiro uma toutinegra, depois uma carriça… E aquele medronho pendurado lá no cimo, redondo e muito vermelho, de tão maduro que estava, já não teve tempo de contar mais nada, porque…
  • 6. Oh! Exclamaram com medo os outros medronhos. Um grande melro de bico amarelo engoliu de uma só vez o medronho.
  • 7. - Não se assustem – Disse o pai medronheiro. O vosso irmão acabou de cumprir uma das três missões dos medronhos! - Missões? O que é isso? – perguntaram os medronhos. 1 Alguns medronhos matam a fome a vários animais como as aves; 2 Outros, se não forem comidos dão origem a novos medronheiros, quando as sementes que contêm caem na terra… 3 Outros ainda podem ser colhidos pelo Homem, que depois os utiliza na sua alimentação, de várias maneiras…
  • 8. Perto dali vivia um castanheiro. Nos seus ramos balouçavam muitos ouriços cheios de castanhas já maduras, prontas a cair! Um desses ouriços , já aberto, mostrava três castanhas madurinhas.
  • 9. O pai castanheiro, árvore já muito antiga, dizia ter para cima de 400 anos. Existem em Portugal Dizem os Homens que os e castanheiros muito antigos castanheiros demoram 300 até um, lá para os lados da anos a crescer, 300 anos a Guarda, numa terra viver e 300Arrifana, que tem chamada anos a morrer… à volta de 1200 anos! Tinha o tronco grosso, cheio de rugas e os ramos compridos e fortes.
  • 10. Eis que o céu escureceu. O vento e a chuva, de tão fortes, faziam rodopiar a copa das duas árvores; os seus ramos dobravam-se e as folhas batiam umas nas outras, num frenesim nunca visto! Castanhas e medronhos começaram a soltar-se e voar em todas as direções! E alguns foram aterrar bem longe dali…
  • 11.
  • 12. Lá bem do alto desprendeu-se um ouriço com uma só castanha escondida no seu interior e muito assustada! O medronho também se sentiu a cair, arrastado para o chão…
  • 13. Nem estou Agoramim, que Ai de as aves me Ficou espetado nos picos do ouriço. querem comer… para aqui, tanto quis Mas diz-me: desfeito e um tornar-mesem Caí aqui mesmo - Quem piada! és tu? medronheiro por baixo do meu E eu? Sonhei Ora, sou uma pai! Não vou tanto dar um belo castanha! conseguir castanheiro! crescer… Já cá está ele! Os dois lamentavam a sua sorte. Depois começaram a conversar.
  • 14. Entretanto o dia foi passando e a noite chegou. Longe da proteção dos ramos do castanheiro e do medronheiro, a castanha e o medronho, ao relento, toda a noite permaneceram acordados, ouvindo ruídos estranhos e desconhecidos… Passou um ouriço-cacheiro, uma raposa, ratitos do campo, uma coruja do mato...
  • 15. Começou a chover e os nossos dois heróis apanharam um valente susto quando um sapo-de-unha-preta decidiu passear um pouco, levando-os às costas! Finalmente rebolaram para o chão, mas nesse instante tudo começou a tremer. O que seria desta vez? Viram correr na sua direção um vulto enorme que foçava, soprava e roncava! E eles sem poderem sair dali! Era um javali que andava à procura de comida! Por um triz não foram parar àquela bocarra! Foi uma noite agitada e sem pregar olho!
  • 16. Um novo dia despontou. O medronho, mais animado com o sol a aquecê-lo, chamou pela castanha. Castanhaaaaa! Bom dia! Onde estás tu? Mas ninguém lhe respondeu... O silêncio era total e o medronho sentiu-se mesmo sozinho!
  • 17. Até que, finalmente, ouviu a voz da castanha a responder-lhe: - Aqui, estou aqui! És tu, medronho? - Claro que sim , sou eu? Onde te meteste? - Não sei bem o que me aconteceu… Só te sei dizer que caí de dentro do ouriço quando o javali foçava a terra e fiquei perdida! Que susto! - Mas agora, estás bem? – perguntou o medronho. - Bem, não sei… Passa-se algo estranho comigo! - Conta lá… - Olha, sinto-me a inchar, a inchar sem parar… E parece que já saiu de dentro de mim uma perna fininha e clarinha, que se está a enfiar para dentro da terra. O que será?
  • 18. EstamosAh! Ah! Ah! a crescer Um dia destes já perto um do outro! Não te assustes! seremos plantinhas Não tarda vais sentir com folhas! Vamos tornar-nos outro braço a crescer! numas belas árvores!
  • 19. E assim foi... O tempo foi passando e eles foram crescendo…
  • 20. Um dia, já mais crescidos, repararam que à sua volta muitas novas árvores estavam a desenvolver-se pelo campo! Era uma nova floresta! fim Que maravilha! Tantas novas árvores juntas no Parque Natural, onde podem viver, abrigar- se, alimentar-se e reproduzir-se tantos animais da região!
  • 27. MELRO