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O perigo da teologia da prosperidade
digg
Estamos vivendo um tempo em que o cristianismo que está
sendo pregado por aí é muito mais triunf alista do que realista.
Chegamos a conclusão de que a mensagem da cruz f oi
substituída pela mensagem mercantilista do “seja f eliz, custe o
que custar”. A cada dia vemos a propaganda enganosa desta
f alsa teologia chamada prosperidade, que na realidade nada
mais é do que uma mistura de misticismo e positivismo, com as
águas e óleos ungidos, af astando-se da mensagem bíblica
consistente e f undamentada. A verdadeira prosperidade não é
aquela que diz que cristão não sof re, que sempre tem dinheiro,
saúde e sucesso. Olhando atentamente as Escrituras veremos
que todos os grandes homens e mulheres da Bíblia passaram
provações, dif iculdades e sof rimentos. Veja o exemplo de Jesus. Em Hebreus 5:7-9 podemos ler assim:
“Durante os seus dias de vida na terra, Jesus of ereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas,
àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão. Embora sendo
Filho, ele aprendeu a obedecer por meio daquilo que sof reu; e, uma vez aperf eiçoado, tornou-se a f onte
da salvação eterna para todos os que lhe obedecem.”. Qual a dif erença entre Jesus é nós? O próprio Filho
de Deus passou por lutas e provações. Ele aprendeu no sof rimento. Isso é bem dif erente do que se prega
hoje em dia. Nenhuma Teologia jamais f ez tanto sucesso no Brasil quanto à Teologia da Prosperidade.
Alavancada a partir de ministérios neopentecostais e até de alguns movimentos considerados como
seitas, essa teologia tem atraído milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente em países pobres,
onde a f é do povo pode ser mais f acilmente explorada.
Movidos em primeira mão por suas necessidades básicas, mas em seguida por outras motivações não tão
dignas, quanto à inveja, a ganância, o poder, etc, muitas pessoas buscam a Deus tão somente por aquilo
que Ele pode of erecer, ignorando o Seu caráter e o desejo do Seu coração de que sejamos pessoas
melhores.
Cinco termos hebraicos que descrevem a prosperidade no Antigo Testamento:
1. Tsālēach: a prosperidade como f ruto de uma vida bem-sucedida. No Antigo Testamento a palavra
hebraica mais comum para descrever a prosperidade é tsālēach, isto é,”ter sucesso”, “dar bom resultado”,
“experimentar abundância” e “f ecundidade”. Esse termo é usado em relação ao sucesso que o Eterno deu
a José (Gn 39.2,3,33) e a Uzias (2 Cr 26.5). No contexto bíblico, a verdadeira prosperidade material ou
espiritual é resultado da obediência, temor e reverência do homem a Deus. A Escritura af irma que Uzias
“buscou o SENHOR, e Deus o f ez prosperar”.
2. Chāyâ: a prosperidade de uma vida longeva. Um outro termo hebraico que descreve a vida próspera
échāyâ. Literalmente a palavra signif ica “viver” ou “permanecer vivo”, entretanto, em certos contextos
signif ica “viver prosperamente”: “Até que eu venha e vos leve para uma terra como a vossa, terra de trigo e
de mosto, terra de pão e de vinhas, terra de oliveiras, de azeite e de mel; e assim vivereis e não morrereis”
(2 Rs 18.32). Em 1 Samuel 10.24, a f rase “Viva o rei!”, quer dizer “Viva prosperamente o rei!”; “Viva o rei em
prosperidade”.
3. Śākal: a sabedoria que traz prosperidade. Um outro termo muito signif icativo no Antigo Testamento
éśākal. Textualmente signif ica “ser sábio”, “agir sabiamente” e, por extensão, “ter sucesso”. Esta palavra
está relacionada à vida prudente, ao agir cautelosa e sabiamente em todos os momentos e circunstâncias.
Um exemplo negativo que serve para ilustrar a importância do que estamos af irmando é o marido de
Abigail. Nabal, do hebraico nābāl, ipsis litteris, “louco”, “imprudende”, “tolo”, demonstrou imprudência, tolice
e loucura ao negar socorrer a Davi em suas necessidades. Embora rico, não era sábio e prudente (1 Sm
25.10-17); sua estultice quase o leva à morte pelas mãos de Davi, mas não impediu que o mesmo f osse
morto pelo Senhor (1 Sm 25.37,38). Nabal não agiu com śēkel, isto é, “sabedoria”, “prudência”; não
procedeu com prudentemente, portanto, “não teve sucesso”, “não f oi próspero”. Davi, por outro lado,
viveu sabiamente diante de Saul, dos exércitos de Israel, do povo e diante do próprio Senhor: “E Davi se
conduzia com prudência [śākal] em todos os seus caminhos, e o Senhor era com ele” (1 Sm 18.14 ler
vv.12,15).
4. Shālâ: o estado de impertubabilidade da prosperidade. O vocábulo procede de uma raiz da qual se deriva
as palavras “tranquilidade” e “sossego”. O termo signif ica “estar descansado”, “estar próspero”,
“prosperidade”. O termo também diz respeito à prosperidade do ímpio (Jr 12.1). Porém, o f oco que
pretendo destacar é o f lagrante estado de “impertubabilidade” que pode levar ao orgulho. No Salmo 30. 6 o
poeta af irma:”Eu dizia na minha prosperidade [shālâ]: Não vacilarei jamais”. Provérbios 1.32 revela com
muita propriedade que “a prosperidade dos loucos os destruirá”. O Salmo 30 descreve o louvor pelo
recebimento da cura divina e pelo livramento da morte: “Senhor, f izeste subir a minha alma da sepultura;
conservaste-e a vida para que não descesse ao abismo” (v.3). A salmodia f oi composta logo após o
restabelecimento da saúde f ísica do salmista. Neste poema o rapsodo f ala a respeito de sua prosperidade
e de como sentia-se seguro, tranqüilo e impertubável até que a calamidade adentrou nos umbrais de sua
f rágil vida e seu orgulho e conf iança na riqueza f oi abatido. A conf iança na estabilidade da prosperidade
cede lugar à conf iança inabalável na bondade divina: “Ouve, Senhor, e tem piedade de mim; Senhor, sê o
meu auxílio” (v.10). A prosperidade anunciada por meio do vocábulo shālâpode produzir, como af irma o
teólogo Victor Hamilton, “despreocupação” (Ez 23.41; Pv 1.32). Portanto, esse termo af irma o perigo que
subjaz na prosperidade. Esta não deve substituir a conf iança em Deus e nas santas promessas das
Escrituras.
5. Dāshēm: a prosperidade abundante. Este termo é mais f requente nos textos poéticos do que nos
prosaicos. Logo, trata-se de um vocábulo poético e idiomático hebreu. Literamente signif ica “engordar”,
“ser gordo” e, consequentemente, “ser próspero”. Em nossa obra, Hermenêutica Fácil e Descomplicada
(CPAD)
I – O QUE NÃO É A VERDADEIRA PROSPERIDADE
A verdadeira prosperidade não é sinônimo de riqueza material, como muitos pensam. Nem sempre um
homem rico pode ser considerado como próspero e, da mesma maneira, não podemos dizer que um
homem pobre não possa ser próspero. Vejamos alguns exemplos:
Jesus é o maior exemplo, pois Ele veio a este mundo e viveu como pobre (Zc 9.9). O barco onde ele
ensinava as multidões, não era seu (Lc 5.3); O jumentinho no qual ele entrou montado em Jerusalém,
também não era seu (Lc 19.30-35) e Ele mesmo disse que não tinha onde reclinar a cabeça (Mt 8.20).
Quando precisou pagar o imposto, não tinha dinheiro algum, por isso mandou que Pedro f osse buscar a
moeda na boca do peixe (Mt 17.27). Nem por isso, Ele deixou de ser próspero, pois cumpriu sua missão e
f oi exaltado por Deus (Ef 1.20,21; Fp 2.9).
O apóstolo Paulo também sof reu muito e passou por muitas necessidades (II Co 11.24-33). Algumas vezes
precisou de auxílio dos irmãos (Fp 4.10-19). Escrevendo aos f ilipenses ele disse que aprendeu a estar
contente com o que tinha. Sabia ter abundância e sabia também padecer necessidade (Fp 4.12-13). Mesmo
assim, ele f oi um homem próspero. Mesmo sem dispor de Rádio, Televisão, Internet e meios de
transportes modernos, pôde ganhar milhares de vidas para Cristo, f undar dezenas de igrejas, treinar
obreiros e, através de suas epístolas, contribuir para a edif icação das igrejas em todo o mundo.
O Novo Testamento menciona que algumas igrejas eram pobres (II Co 8.2; Ap 2.9). Os cristãos da Judéia
passaram por dif iculdades f inanceiras e f oram ajudados pelos coríntios e pelos macedônios (II Co 8 e 9;
Rm 15.26). Os próprios irmãos macedônios viviam em “prof unda pobreza” (II Co 8.2). No entanto, o médico
Lucas diz, acerca destas igrejas: “Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia e Samaria tinham paz,
e eram edif icadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo” (At
9.31).
Estes são apenas alguns, dentre tantos outros exemplos bíblicos, de pessoas que, apesar de serem
pobres, f oram prósperas e cumpriram os propósitos divinos.
II – O QUE É A VERDADEIRA PROSPERIDADE
A verdadeira prosperidade não se limita a posse dos bens terrenos, mas, principalmente no
reconhecimento e na aquisição dos bens espirituais e eternos.
1. A verdadeira prosperidade é ter a Deus como bem maior:
O salmista Asaf e, depois que entrou no santuário, disse: “Quem tenho eu no céu senão a ti? e na terra
não há quem eu deseje além de ti… para mim, bom é aproximar-me de Deus…“ (Sl 73.25,28).
Quando a multidão estava abandonando a Cristo, e não queria mais segui-lo, Ele perguntou aos
discípulos: Quereis vós também retirar-vos? Ao que Pedro lhe respondeu: “Senhor, para quem iremos nós?
Tu tens as palavras da vida eterna” (Jo 6.67,68).
O apóstolo Paulo disse: “O que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho
também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo
qual sof ri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo”
(Fp 3.7,8).
2. A verdadeira prosperidade é possuir riquezas espirituais:
O apóstolo Paulo nos exorta a buscar e a pensar nas “coisas que são de cima” (Cl 3.1,2);
Pedro não tinha prata nem ouro, mas tinham autoridade para curar em nome de Jesus (At 3.1-6);
A igreja de Laodicéia era materialmente rica, mas vivia em miséria espiritual. Por isso, f oi repreendida pelo
Senhor Jesus (Ap 3.17-18). Enquanto que a igreja de Esmirna vivia em pobreza, e o Senhor Jesus disse
que ela era rica (Ap 2.9).
3. A verdadeira prosperidade é possuir riquezas eternas:
Jesus disse: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a f errugem tudo consomem, e onde os
ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a f errugem consomem, e
onde os ladrões não minam nem roubam” (Mt 6.19,20);
Lázaro era um mendigo que vivia cheio de chagas, mas, depois da morte, f oi levado pelos anjos para o
seio de Abraão (Lc 16.19-31);
O apóstolo Paulo disse: “Porque nada trouxemos para este mundo, e manif esto é que nada podemos levar
dele” (I Tm 6.7). E o escritor da Epístola aos Hebreus, disse: “Porque não temos aqui cidade permanente,
mas buscamos a f utura” (Hb 13.14).
Por isso, o apóstolo Paulo diz que nós somos “…como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada
tendo, e possuindo tudo” (II Co 6.10).
III – ADVERTÊNCIAS BÍBLICAS SOBRE AS RIQUEZAS TERRENAS
A Bíblia traz muitas advertências sobre os perigos que envolvem as riquezas. Vejamos algumas:
Jesus disse que dif icilmente entrará um rico no céu (Lc 18.24);
O apóstolo Paulo disse os que querem ser ricos, caem em tentação e em muitas concupiscências; e que o
amor do dinheiro é a raiz de toda a espécie de males (I Tm 6.9,10); A riqueza pode conduzir a avareza,
excluindo-o do reino dos céus (I Co 5.11; 6.10; Ef 5.5; Cl 3.5);
Não devemos colocar a nossa conf iança na riqueza (Sl 49.6,7; 52.7; 62.10; Pv 11.28; I Tm 6.17);
Pode tirar a tranqüilidade (Jó 27.19-20; Ec 5.12);
Além disso, a riqueza não garante solução para os maiores problemas do ser humano (Pv 11.4).
IV – COMO OBTER A VERDADEIRA PROSPERIDADE
A verdadeira prosperidade é uma realidade que pode ser alcançada por qualquer cristão. Para alcançá-la, é
necessário:
Meditar na Lei de Deus (Js 1.8; Sl 1.3);
Obedecer a Palavra de Deus (Dt 29.9; I Cr 22.13; II Cr 31.21 ; I Rs 2.3);
Reconhecer que a prosperidade vem de Deus (Ne 1.11; 2.20).
CONCLUSÃO
Os dias hodiernos são caracterizados por uma sociedade capitalista e materialista, onde a inversão os
valores tem f eito com que muitas pessoas, inclusive cristãos, se apeguem aos bens terrenos e materiais.
Muitos vivem numa busca desenf reada pelos bens materiais, a ponto de suf ocar a vida espiritual. Cabe a
nós, cristãos, o direito de escolha: priorizar os bens terrenos ou as riquezas espirituais. No entanto,
aquele que colocar no seu coração o propósito de buscar as riquezas celestiais e espirituais, poderá
desf rutar de muitas bênçãos no presente século, e, principalmente, no século vindouro.
1. A prosperidade verdadeira depende da busca correta na f onte certa: Deus.
2. A prosperidade verdadeira só é possível com o auxílio de um poder sobrenatural: Do céu.
3. A prosperidade verdadeira está na f órmula apontada pela palavra de Deus: a Bíblia.
4. A prosperidade verdadeira depende do f oco e atitude de quem a procura: você.
Que Deus nos ajude a angariar tesouros nos céus pois lá não há perigo de perdermos pois está
escondida em Deus, amém!

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Os cinco termos bíblicos da verdadeira prosperidade

  • 1. inst it ut ogamaliel.com http://www.institutogamaliel.com/portaldateologia/o-perigo-da-teologia-da-prosperidade/teologia O perigo da teologia da prosperidade digg Estamos vivendo um tempo em que o cristianismo que está sendo pregado por aí é muito mais triunf alista do que realista. Chegamos a conclusão de que a mensagem da cruz f oi substituída pela mensagem mercantilista do “seja f eliz, custe o que custar”. A cada dia vemos a propaganda enganosa desta f alsa teologia chamada prosperidade, que na realidade nada mais é do que uma mistura de misticismo e positivismo, com as águas e óleos ungidos, af astando-se da mensagem bíblica consistente e f undamentada. A verdadeira prosperidade não é aquela que diz que cristão não sof re, que sempre tem dinheiro, saúde e sucesso. Olhando atentamente as Escrituras veremos que todos os grandes homens e mulheres da Bíblia passaram provações, dif iculdades e sof rimentos. Veja o exemplo de Jesus. Em Hebreus 5:7-9 podemos ler assim: “Durante os seus dias de vida na terra, Jesus of ereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão. Embora sendo Filho, ele aprendeu a obedecer por meio daquilo que sof reu; e, uma vez aperf eiçoado, tornou-se a f onte da salvação eterna para todos os que lhe obedecem.”. Qual a dif erença entre Jesus é nós? O próprio Filho de Deus passou por lutas e provações. Ele aprendeu no sof rimento. Isso é bem dif erente do que se prega hoje em dia. Nenhuma Teologia jamais f ez tanto sucesso no Brasil quanto à Teologia da Prosperidade. Alavancada a partir de ministérios neopentecostais e até de alguns movimentos considerados como seitas, essa teologia tem atraído milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente em países pobres, onde a f é do povo pode ser mais f acilmente explorada. Movidos em primeira mão por suas necessidades básicas, mas em seguida por outras motivações não tão dignas, quanto à inveja, a ganância, o poder, etc, muitas pessoas buscam a Deus tão somente por aquilo que Ele pode of erecer, ignorando o Seu caráter e o desejo do Seu coração de que sejamos pessoas melhores. Cinco termos hebraicos que descrevem a prosperidade no Antigo Testamento: 1. Tsālēach: a prosperidade como f ruto de uma vida bem-sucedida. No Antigo Testamento a palavra hebraica mais comum para descrever a prosperidade é tsālēach, isto é,”ter sucesso”, “dar bom resultado”, “experimentar abundância” e “f ecundidade”. Esse termo é usado em relação ao sucesso que o Eterno deu a José (Gn 39.2,3,33) e a Uzias (2 Cr 26.5). No contexto bíblico, a verdadeira prosperidade material ou espiritual é resultado da obediência, temor e reverência do homem a Deus. A Escritura af irma que Uzias “buscou o SENHOR, e Deus o f ez prosperar”. 2. Chāyâ: a prosperidade de uma vida longeva. Um outro termo hebraico que descreve a vida próspera échāyâ. Literalmente a palavra signif ica “viver” ou “permanecer vivo”, entretanto, em certos contextos signif ica “viver prosperamente”: “Até que eu venha e vos leve para uma terra como a vossa, terra de trigo e de mosto, terra de pão e de vinhas, terra de oliveiras, de azeite e de mel; e assim vivereis e não morrereis” (2 Rs 18.32). Em 1 Samuel 10.24, a f rase “Viva o rei!”, quer dizer “Viva prosperamente o rei!”; “Viva o rei em prosperidade”. 3. Śākal: a sabedoria que traz prosperidade. Um outro termo muito signif icativo no Antigo Testamento éśākal. Textualmente signif ica “ser sábio”, “agir sabiamente” e, por extensão, “ter sucesso”. Esta palavra está relacionada à vida prudente, ao agir cautelosa e sabiamente em todos os momentos e circunstâncias.
  • 2. Um exemplo negativo que serve para ilustrar a importância do que estamos af irmando é o marido de Abigail. Nabal, do hebraico nābāl, ipsis litteris, “louco”, “imprudende”, “tolo”, demonstrou imprudência, tolice e loucura ao negar socorrer a Davi em suas necessidades. Embora rico, não era sábio e prudente (1 Sm 25.10-17); sua estultice quase o leva à morte pelas mãos de Davi, mas não impediu que o mesmo f osse morto pelo Senhor (1 Sm 25.37,38). Nabal não agiu com śēkel, isto é, “sabedoria”, “prudência”; não procedeu com prudentemente, portanto, “não teve sucesso”, “não f oi próspero”. Davi, por outro lado, viveu sabiamente diante de Saul, dos exércitos de Israel, do povo e diante do próprio Senhor: “E Davi se conduzia com prudência [śākal] em todos os seus caminhos, e o Senhor era com ele” (1 Sm 18.14 ler vv.12,15). 4. Shālâ: o estado de impertubabilidade da prosperidade. O vocábulo procede de uma raiz da qual se deriva as palavras “tranquilidade” e “sossego”. O termo signif ica “estar descansado”, “estar próspero”, “prosperidade”. O termo também diz respeito à prosperidade do ímpio (Jr 12.1). Porém, o f oco que pretendo destacar é o f lagrante estado de “impertubabilidade” que pode levar ao orgulho. No Salmo 30. 6 o poeta af irma:”Eu dizia na minha prosperidade [shālâ]: Não vacilarei jamais”. Provérbios 1.32 revela com muita propriedade que “a prosperidade dos loucos os destruirá”. O Salmo 30 descreve o louvor pelo recebimento da cura divina e pelo livramento da morte: “Senhor, f izeste subir a minha alma da sepultura; conservaste-e a vida para que não descesse ao abismo” (v.3). A salmodia f oi composta logo após o restabelecimento da saúde f ísica do salmista. Neste poema o rapsodo f ala a respeito de sua prosperidade e de como sentia-se seguro, tranqüilo e impertubável até que a calamidade adentrou nos umbrais de sua f rágil vida e seu orgulho e conf iança na riqueza f oi abatido. A conf iança na estabilidade da prosperidade cede lugar à conf iança inabalável na bondade divina: “Ouve, Senhor, e tem piedade de mim; Senhor, sê o meu auxílio” (v.10). A prosperidade anunciada por meio do vocábulo shālâpode produzir, como af irma o teólogo Victor Hamilton, “despreocupação” (Ez 23.41; Pv 1.32). Portanto, esse termo af irma o perigo que subjaz na prosperidade. Esta não deve substituir a conf iança em Deus e nas santas promessas das Escrituras. 5. Dāshēm: a prosperidade abundante. Este termo é mais f requente nos textos poéticos do que nos prosaicos. Logo, trata-se de um vocábulo poético e idiomático hebreu. Literamente signif ica “engordar”, “ser gordo” e, consequentemente, “ser próspero”. Em nossa obra, Hermenêutica Fácil e Descomplicada (CPAD) I – O QUE NÃO É A VERDADEIRA PROSPERIDADE A verdadeira prosperidade não é sinônimo de riqueza material, como muitos pensam. Nem sempre um homem rico pode ser considerado como próspero e, da mesma maneira, não podemos dizer que um homem pobre não possa ser próspero. Vejamos alguns exemplos: Jesus é o maior exemplo, pois Ele veio a este mundo e viveu como pobre (Zc 9.9). O barco onde ele ensinava as multidões, não era seu (Lc 5.3); O jumentinho no qual ele entrou montado em Jerusalém, também não era seu (Lc 19.30-35) e Ele mesmo disse que não tinha onde reclinar a cabeça (Mt 8.20). Quando precisou pagar o imposto, não tinha dinheiro algum, por isso mandou que Pedro f osse buscar a moeda na boca do peixe (Mt 17.27). Nem por isso, Ele deixou de ser próspero, pois cumpriu sua missão e f oi exaltado por Deus (Ef 1.20,21; Fp 2.9). O apóstolo Paulo também sof reu muito e passou por muitas necessidades (II Co 11.24-33). Algumas vezes precisou de auxílio dos irmãos (Fp 4.10-19). Escrevendo aos f ilipenses ele disse que aprendeu a estar contente com o que tinha. Sabia ter abundância e sabia também padecer necessidade (Fp 4.12-13). Mesmo assim, ele f oi um homem próspero. Mesmo sem dispor de Rádio, Televisão, Internet e meios de transportes modernos, pôde ganhar milhares de vidas para Cristo, f undar dezenas de igrejas, treinar obreiros e, através de suas epístolas, contribuir para a edif icação das igrejas em todo o mundo. O Novo Testamento menciona que algumas igrejas eram pobres (II Co 8.2; Ap 2.9). Os cristãos da Judéia passaram por dif iculdades f inanceiras e f oram ajudados pelos coríntios e pelos macedônios (II Co 8 e 9; Rm 15.26). Os próprios irmãos macedônios viviam em “prof unda pobreza” (II Co 8.2). No entanto, o médico
  • 3. Lucas diz, acerca destas igrejas: “Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia e Samaria tinham paz, e eram edif icadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo” (At 9.31). Estes são apenas alguns, dentre tantos outros exemplos bíblicos, de pessoas que, apesar de serem pobres, f oram prósperas e cumpriram os propósitos divinos. II – O QUE É A VERDADEIRA PROSPERIDADE A verdadeira prosperidade não se limita a posse dos bens terrenos, mas, principalmente no reconhecimento e na aquisição dos bens espirituais e eternos. 1. A verdadeira prosperidade é ter a Deus como bem maior: O salmista Asaf e, depois que entrou no santuário, disse: “Quem tenho eu no céu senão a ti? e na terra não há quem eu deseje além de ti… para mim, bom é aproximar-me de Deus…“ (Sl 73.25,28). Quando a multidão estava abandonando a Cristo, e não queria mais segui-lo, Ele perguntou aos discípulos: Quereis vós também retirar-vos? Ao que Pedro lhe respondeu: “Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna” (Jo 6.67,68). O apóstolo Paulo disse: “O que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sof ri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo” (Fp 3.7,8). 2. A verdadeira prosperidade é possuir riquezas espirituais: O apóstolo Paulo nos exorta a buscar e a pensar nas “coisas que são de cima” (Cl 3.1,2); Pedro não tinha prata nem ouro, mas tinham autoridade para curar em nome de Jesus (At 3.1-6); A igreja de Laodicéia era materialmente rica, mas vivia em miséria espiritual. Por isso, f oi repreendida pelo Senhor Jesus (Ap 3.17-18). Enquanto que a igreja de Esmirna vivia em pobreza, e o Senhor Jesus disse que ela era rica (Ap 2.9). 3. A verdadeira prosperidade é possuir riquezas eternas: Jesus disse: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a f errugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a f errugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam” (Mt 6.19,20); Lázaro era um mendigo que vivia cheio de chagas, mas, depois da morte, f oi levado pelos anjos para o seio de Abraão (Lc 16.19-31); O apóstolo Paulo disse: “Porque nada trouxemos para este mundo, e manif esto é que nada podemos levar dele” (I Tm 6.7). E o escritor da Epístola aos Hebreus, disse: “Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a f utura” (Hb 13.14). Por isso, o apóstolo Paulo diz que nós somos “…como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo” (II Co 6.10). III – ADVERTÊNCIAS BÍBLICAS SOBRE AS RIQUEZAS TERRENAS A Bíblia traz muitas advertências sobre os perigos que envolvem as riquezas. Vejamos algumas: Jesus disse que dif icilmente entrará um rico no céu (Lc 18.24); O apóstolo Paulo disse os que querem ser ricos, caem em tentação e em muitas concupiscências; e que o amor do dinheiro é a raiz de toda a espécie de males (I Tm 6.9,10); A riqueza pode conduzir a avareza, excluindo-o do reino dos céus (I Co 5.11; 6.10; Ef 5.5; Cl 3.5); Não devemos colocar a nossa conf iança na riqueza (Sl 49.6,7; 52.7; 62.10; Pv 11.28; I Tm 6.17); Pode tirar a tranqüilidade (Jó 27.19-20; Ec 5.12);
  • 4. Além disso, a riqueza não garante solução para os maiores problemas do ser humano (Pv 11.4). IV – COMO OBTER A VERDADEIRA PROSPERIDADE A verdadeira prosperidade é uma realidade que pode ser alcançada por qualquer cristão. Para alcançá-la, é necessário: Meditar na Lei de Deus (Js 1.8; Sl 1.3); Obedecer a Palavra de Deus (Dt 29.9; I Cr 22.13; II Cr 31.21 ; I Rs 2.3); Reconhecer que a prosperidade vem de Deus (Ne 1.11; 2.20). CONCLUSÃO Os dias hodiernos são caracterizados por uma sociedade capitalista e materialista, onde a inversão os valores tem f eito com que muitas pessoas, inclusive cristãos, se apeguem aos bens terrenos e materiais. Muitos vivem numa busca desenf reada pelos bens materiais, a ponto de suf ocar a vida espiritual. Cabe a nós, cristãos, o direito de escolha: priorizar os bens terrenos ou as riquezas espirituais. No entanto, aquele que colocar no seu coração o propósito de buscar as riquezas celestiais e espirituais, poderá desf rutar de muitas bênçãos no presente século, e, principalmente, no século vindouro. 1. A prosperidade verdadeira depende da busca correta na f onte certa: Deus. 2. A prosperidade verdadeira só é possível com o auxílio de um poder sobrenatural: Do céu. 3. A prosperidade verdadeira está na f órmula apontada pela palavra de Deus: a Bíblia. 4. A prosperidade verdadeira depende do f oco e atitude de quem a procura: você. Que Deus nos ajude a angariar tesouros nos céus pois lá não há perigo de perdermos pois está escondida em Deus, amém!