SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  4
Télécharger pour lire hors ligne
ELEMAQ ELEMENTOS DE MÁQUINAS 
Benchmarking 
Introdução 
Benchmarking é a busca pelas melhores práticas que conduzem uma empresa à 
maximização da performance empresarial. Uma definição formal dada por David 
T. Kearns da Xerox Corporation afirma que “Benchmarking é o processo contínuo 
de medição de produtos, serviços e práticas em relação aos mais fortes 
concorrentes, ou às empresas reconhecidas como líderes em suas indústrias”. 
O processo genérico de benchmarking pode ser dividido em duas partes, práticas 
e métricas. As práticas são definidas como os métodos que são usados; as 
métricas são os efeitos quantificados da instalação das práticas. O benchmarking 
deve ser abordado investigando-se inicialmente as práticas da indústria. As 
métricas que quantificam o efeito das práticas podem ser obtidas ou sintetizadas 
em seguida. O benchmarking é, portanto uma compreensão de práticas e depois 
sua quantificação para mostrar seu efeito numérico. 
Baseando-se no exemplo da Xerox, pioneira na aplicação do Benchmarking, fica 
evidente a necessidade de realizar esta atividade de forma bem mais ampla do 
que comparar operações internas da empresa, ou apenas preocupar-se em 
desmontar máquinas ou produtos físicos de concorrentes, em um benchmarking 
de atividades de fabricação. É necessário preocupar-se também em realizar 
benchmarking de processos de negócios tais como a manutenção, a distribuição, 
o desenvolvimento de produtos, etc, que diferente de se ter algo físico para 
desmontar requer que métodos e práticas sejam detalhados e depois comparados 
com o ambiente externo. Fica claro também que o benchmarking pode levar a 
compreensão da posição de um concorrente, mas não à criação de práticas 
superiores àquelas da concorrência, que só será obtida pela descoberta das 
melhores práticas, onde quer que elas estejam (outros tipos de organizações e 
não somente os concorrentes). 
A realização do benchmarking passa por cinco fases genéricas: 
- Planejamento das investigações de benchmarking, buscando-se responder a três 
perguntas: O que deve ser usado como marco de referência? Com quem ou o que 
iremos comparar? Como serão coletados os dados? Enfatiza-se mais uma vez 
que o importante é reconhecer que o benchmarking é um processo não só para 
obter metas métricas quantificáveis, mas também, e mais importante, para 
investigar e documentar as melhores práticas da indústria, as quais irão permitir 
que essas metas sejam atingidas; 
- Análise, envolvendo uma cuidadosa compreensão das práticas correntes dos 
processos da empresa, bem como dos parceiros, afinal o processo de 
benchmarking é uma análise comparativa. Aquilo que se deseja é uma 
Fonte: www.numa.org.br 
home page: www.elemaq10.com.br E-mail: elemaq@elemaq10.com.br
ELEMAQ ELEMENTOS DE MÁQUINAS 
compreensão do desempenho interno, a partir da qual se possa avaliar as forças e 
fraquezas: Os parceiros de benchmarking são melhores? Por quê? Quanto? Quais 
das melhores práticas já estão em uso ou previstas? Como as práticas deles 
podem ser incorporadas ou adaptadas para implementação? 
- Integração, é a fase em que busca-se incorporar novas práticas à operação. As 
descobertas do benchmarking precisam ser comunicadas a todos os níveis 
organizacionais para se obter apoio, comprometimento e senso de propriedade. É 
preciso demonstrar, de forma clara e convincente, que elas são corretas e se 
baseiam em dados concretos e obtidos de diversas fontes. 
- Ação, as descobertas do benchmarking e os princípios operacionais nelas 
baseados devem ser convertidos em ações específicas de implementação. Além 
disso, é preciso que haja medições e avaliações de realizações periódicas. Os 
progressos em direção aos pontos de referência devem ser reportados a todos os 
funcionários; 
- Maturidade, será alcançada quando as melhores práticas da indústria estiverem 
incorporadas a todos os processos da empresa e quando o benchmarking se torna 
uma faceta permanente, essencial e autodesencadeada do processo gerencial. 
A criatividade na execução destas cinco fases genéricas irá diferenciar os 
resultados que cada empresa obterá na realização do benchmarking. O 
benchmarking pode beneficiar uma empresa de diversas maneiras: 
- possibilita que as melhores práticas de qualquer indústria (concorrentes ou não) 
sejam incorporadas de forma criativa aos processos da empresa; 
- pode proporcionar estímulo e motivação aos profissionais cuja criatividade é 
exigida para a execução e implementação das descobertas da investigação; 
- pode ocorrer também de as pessoas serem mais receptivas a novas idéias e à 
sua adoção criativa quando estas não se originaram necessariamente na sua 
própria indústria; 
- pode também identificar, em outras indústrias (de outros ramos de negócios), 
avanços tecnológicos que não seriam reconhecidos e, portanto, não aplicados no 
próprio setor; 
- finalmente, os envolvidos no processo de benchmarking muitas vezes constatam 
que os contatos e interações decorrentes do benchmarking têm valor inestimável 
para o futuro crescimento profissional. 
Fonte: www.numa.org.br 
home page: www.elemaq10.com.br E-mail: elemaq@elemaq10.com.br
ELEMAQ ELEMENTOS DE MÁQUINAS 
Guia de leitura das informações adicionais 
O livro de Camp (1993) foi a principal referência utilizada para a montagem do 
texto introdutório sobre benchmarking desta homepage. Portanto, no livro 
encontra-se apresentado de forma muito mais detalhada os conceitos e 
discussões aqui expostos e principalmente as cinco fases genéricas para a 
realização do benchmarking, desdobradas em passos de execução com 
instruções detalhadas e apresentação ilustrativa de casos de empresas. 
O artigo de Elmuti et. al. (1997) , faz uma boa revisão geral sobre o processo de 
aplicação do benchmarking e suas implicações para o melhoramento contínuo e a 
vantagem competitiva. Analisa também os benefícios, limitações, custos, 
implementação e aspectos éticos e legais da aplicação do benchmarking. 
No livro de Fuld (1993) , há uma exposição de métodos práticos e ferramentas 
para a monitoração de concorrentes, baseando-se em fontes de informação 
disponíveis tanto fora como dentro da própria empresa. Além disso, sugere formas 
de se organizar e armazenar informações sobre os concorrentes e transmiti-los 
para os responsáveis pelas decisões na empresa. 
Outra obra bastante conhecida sobre benchmarking é o livro de Spendolini (1993) 
, que apresenta um modelo genérico do benchmarking, apropriado para qualquer 
organização, propondo-se um conjunto de ações que um indivíduo, grupo ou uma 
organização pode seguir para estabelecer seu próprio processo de benchmarking. 
Divide-se em três partes: a primeira abordando os fundamentos do benchmarking, 
a segunda apresentando cinco estágios práticos para a realização do 
benchmarking, e a terceira expondo recomendações de especialistas em 
benchmarking das melhores práticas. 
Por fim, nos sites do The Benchmarking Exchange e do International 
Benchmarking Clearinghouse pode-se encontrar textes atualizados e diversos 
artigos com casos práticos sobre o tema. 
Informações adicionais 
CAMP, R.C. (1993) Benchmarking, o caminho da qualidade total. São Paulo: 
Pioneira. (disponível na Biblioteca da Engenharia da EESC -USP) 
ELMUTI, D.; KATHAWALA, Y.; LLOYED, S. (1997) The Benchmarking Process: 
Assessing Its Value and Limitations. Industrial Management, p. 40 – 50 July- 
August. (t: 583) 
FULD, L. (1993) Administrando a Concorrência. Rio de Janeiro: Record. 
(disponível na Biblioteca Comunitária da UFSCar) 
Fonte: www.numa.org.br 
home page: www.elemaq10.com.br E-mail: elemaq@elemaq10.com.br
ELEMAQ ELEMENTOS DE MÁQUINAS 
SPENDOLINI, M.J. (1993) Benchmarking. São Paulo: Makron Books. (disponível 
na Biblioteca da Engenharia da EESC – USP) 
Fonte: www.numa.org.br 
home page: www.elemaq10.com.br E-mail: elemaq@elemaq10.com.br

Contenu connexe

Tendances

Benchmarking: O que é e como fazer
Benchmarking: O que é e como fazerBenchmarking: O que é e como fazer
Benchmarking: O que é e como fazerMateada
 
FGV / IBRE – Benchmarking Hospitalar: Uma ferramenta para a melhoria do desem...
FGV / IBRE – Benchmarking Hospitalar: Uma ferramenta para a melhoria do desem...FGV / IBRE – Benchmarking Hospitalar: Uma ferramenta para a melhoria do desem...
FGV / IBRE – Benchmarking Hospitalar: Uma ferramenta para a melhoria do desem...FGV | Fundação Getulio Vargas
 
Trabalho de Benchmarking - 4º ano Administração
Trabalho de Benchmarking - 4º ano AdministraçãoTrabalho de Benchmarking - 4º ano Administração
Trabalho de Benchmarking - 4º ano Administraçãocarolinehelen
 
Comofazer benchmarking.docx
Comofazer benchmarking.docxComofazer benchmarking.docx
Comofazer benchmarking.docxprofessorgentil
 
Reengenharia de Processos - Benchmarking
Reengenharia de Processos - BenchmarkingReengenharia de Processos - Benchmarking
Reengenharia de Processos - Benchmarkingfontoura60
 
Projeto Final - Julia Esteves
Projeto Final - Julia EstevesProjeto Final - Julia Esteves
Projeto Final - Julia Estevesjuestevesdiogo
 
Benchmarking fnq
Benchmarking fnqBenchmarking fnq
Benchmarking fnqSimone Pio
 
Aula 7 ucam 2013.2 epa - benchmarking
Aula 7   ucam 2013.2 epa - benchmarkingAula 7   ucam 2013.2 epa - benchmarking
Aula 7 ucam 2013.2 epa - benchmarkingAngelo Peres
 
Aula 7 avaliacao de empresas 2012.1
Aula 7   avaliacao de empresas 2012.1Aula 7   avaliacao de empresas 2012.1
Aula 7 avaliacao de empresas 2012.1Angelo Peres
 
Gestão de vendas benchmarking
Gestão de vendas benchmarkingGestão de vendas benchmarking
Gestão de vendas benchmarkingRafael Pozzobon
 
Aula 7 análise crítica 2012.1
Aula 7   análise crítica 2012.1Aula 7   análise crítica 2012.1
Aula 7 análise crítica 2012.1Angelo Peres
 
ANÁLISE DO PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DE CLIENTES INTERNOS DA ÁREA INDUSTRIAL EM U...
ANÁLISE DO PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DE CLIENTES INTERNOS DA ÁREA INDUSTRIAL EM U...ANÁLISE DO PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DE CLIENTES INTERNOS DA ÁREA INDUSTRIAL EM U...
ANÁLISE DO PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DE CLIENTES INTERNOS DA ÁREA INDUSTRIAL EM U...Leandro Schmidt
 
2011 etapas necessarias_implantacao_sistema_gestao_integrado
2011 etapas necessarias_implantacao_sistema_gestao_integrado2011 etapas necessarias_implantacao_sistema_gestao_integrado
2011 etapas necessarias_implantacao_sistema_gestao_integradoJaqueline Garcia
 
Balanced Scorecard (BSC)
Balanced Scorecard (BSC)Balanced Scorecard (BSC)
Balanced Scorecard (BSC)Renan Miranda
 
A decisão e o sucesso em software de gestão
A decisão e o sucesso em software de gestãoA decisão e o sucesso em software de gestão
A decisão e o sucesso em software de gestãoAna Rita Gomes
 

Tendances (20)

Benchmarking: O que é e como fazer
Benchmarking: O que é e como fazerBenchmarking: O que é e como fazer
Benchmarking: O que é e como fazer
 
FGV / IBRE – Benchmarking Hospitalar: Uma ferramenta para a melhoria do desem...
FGV / IBRE – Benchmarking Hospitalar: Uma ferramenta para a melhoria do desem...FGV / IBRE – Benchmarking Hospitalar: Uma ferramenta para a melhoria do desem...
FGV / IBRE – Benchmarking Hospitalar: Uma ferramenta para a melhoria do desem...
 
Benchmarking Trabalho Final
Benchmarking Trabalho FinalBenchmarking Trabalho Final
Benchmarking Trabalho Final
 
Trabalho de Benchmarking - 4º ano Administração
Trabalho de Benchmarking - 4º ano AdministraçãoTrabalho de Benchmarking - 4º ano Administração
Trabalho de Benchmarking - 4º ano Administração
 
Comofazer benchmarking.docx
Comofazer benchmarking.docxComofazer benchmarking.docx
Comofazer benchmarking.docx
 
Reengenharia de Processos - Benchmarking
Reengenharia de Processos - BenchmarkingReengenharia de Processos - Benchmarking
Reengenharia de Processos - Benchmarking
 
Trab bench grupo_e
Trab bench grupo_eTrab bench grupo_e
Trab bench grupo_e
 
Projeto Final - Julia Esteves
Projeto Final - Julia EstevesProjeto Final - Julia Esteves
Projeto Final - Julia Esteves
 
Benchmarking fnq
Benchmarking fnqBenchmarking fnq
Benchmarking fnq
 
Aula 7 ucam 2013.2 epa - benchmarking
Aula 7   ucam 2013.2 epa - benchmarkingAula 7   ucam 2013.2 epa - benchmarking
Aula 7 ucam 2013.2 epa - benchmarking
 
Benchmarking
BenchmarkingBenchmarking
Benchmarking
 
Aula 7 avaliacao de empresas 2012.1
Aula 7   avaliacao de empresas 2012.1Aula 7   avaliacao de empresas 2012.1
Aula 7 avaliacao de empresas 2012.1
 
Gestão de vendas benchmarking
Gestão de vendas benchmarkingGestão de vendas benchmarking
Gestão de vendas benchmarking
 
Aula 7 análise crítica 2012.1
Aula 7   análise crítica 2012.1Aula 7   análise crítica 2012.1
Aula 7 análise crítica 2012.1
 
ANÁLISE DO PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DE CLIENTES INTERNOS DA ÁREA INDUSTRIAL EM U...
ANÁLISE DO PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DE CLIENTES INTERNOS DA ÁREA INDUSTRIAL EM U...ANÁLISE DO PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DE CLIENTES INTERNOS DA ÁREA INDUSTRIAL EM U...
ANÁLISE DO PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DE CLIENTES INTERNOS DA ÁREA INDUSTRIAL EM U...
 
2011 etapas necessarias_implantacao_sistema_gestao_integrado
2011 etapas necessarias_implantacao_sistema_gestao_integrado2011 etapas necessarias_implantacao_sistema_gestao_integrado
2011 etapas necessarias_implantacao_sistema_gestao_integrado
 
Balanced Scorecard (BSC)
Balanced Scorecard (BSC)Balanced Scorecard (BSC)
Balanced Scorecard (BSC)
 
Benchmarking e resultados
Benchmarking e resultadosBenchmarking e resultados
Benchmarking e resultados
 
A decisão e o sucesso em software de gestão
A decisão e o sucesso em software de gestãoA decisão e o sucesso em software de gestão
A decisão e o sucesso em software de gestão
 
Sumário Executivo - FDC
Sumário Executivo - FDCSumário Executivo - FDC
Sumário Executivo - FDC
 

Similaire à Benchmarking práticas líderes

Benchmarking interno
Benchmarking internoBenchmarking interno
Benchmarking internoluzahet
 
Aula 7 análise crítica 2012.1
Aula 7   análise crítica 2012.1Aula 7   análise crítica 2012.1
Aula 7 análise crítica 2012.1Angelo Peres
 
Aula 9 benchmarking 2011
Aula 9   benchmarking 2011Aula 9   benchmarking 2011
Aula 9 benchmarking 2011Angelo Peres
 
2012 4. método de tomada de ações com base em indicadores de qualidade o ca...
2012 4. método de tomada de ações com base em indicadores de qualidade   o ca...2012 4. método de tomada de ações com base em indicadores de qualidade   o ca...
2012 4. método de tomada de ações com base em indicadores de qualidade o ca...Amanda Fraga
 
Estudo de Caso LOGÍSTICA aline_benchmarking_da_cadeia_de_suprimentos
Estudo de Caso LOGÍSTICA  aline_benchmarking_da_cadeia_de_suprimentosEstudo de Caso LOGÍSTICA  aline_benchmarking_da_cadeia_de_suprimentos
Estudo de Caso LOGÍSTICA aline_benchmarking_da_cadeia_de_suprimentosProfessor Sérgio Duarte
 
Benchmarking buscando conhecimento e performance
Benchmarking buscando conhecimento e performanceBenchmarking buscando conhecimento e performance
Benchmarking buscando conhecimento e performanceJose Claudio Terra
 
2011 etapas necessarias_implantacao_sistema_gestao_integrado
2011 etapas necessarias_implantacao_sistema_gestao_integrado2011 etapas necessarias_implantacao_sistema_gestao_integrado
2011 etapas necessarias_implantacao_sistema_gestao_integradoAmanda Fraga
 
Competências Essenciais Para Melhoria Contínua Da Produção
Competências Essenciais Para Melhoria Contínua Da ProduçãoCompetências Essenciais Para Melhoria Contínua Da Produção
Competências Essenciais Para Melhoria Contínua Da ProduçãoMaximiliano Barroso Bonfá
 
Erika questionario pt 2 (Eng Software III).
Erika questionario pt  2 (Eng Software III).Erika questionario pt  2 (Eng Software III).
Erika questionario pt 2 (Eng Software III).Érika Santos
 
3 sist controle_gerencial e processo_inov_rai_2012
3 sist controle_gerencial e processo_inov_rai_20123 sist controle_gerencial e processo_inov_rai_2012
3 sist controle_gerencial e processo_inov_rai_2012Licc11
 
Reengenharia de processos de negócios.
Reengenharia de processos de negócios.Reengenharia de processos de negócios.
Reengenharia de processos de negócios.Bruno Belem
 
Aula 1 - GESTÃO DE PROCESSOS.pdf
Aula 1 - GESTÃO DE PROCESSOS.pdfAula 1 - GESTÃO DE PROCESSOS.pdf
Aula 1 - GESTÃO DE PROCESSOS.pdfDenise459384
 
Mesuracao da Gestao do Conhecimento em Projetos
Mesuracao da Gestao do Conhecimento em ProjetosMesuracao da Gestao do Conhecimento em Projetos
Mesuracao da Gestao do Conhecimento em ProjetosRafael Ramos
 

Similaire à Benchmarking práticas líderes (20)

Benchmarking interno
Benchmarking internoBenchmarking interno
Benchmarking interno
 
Aula 7 análise crítica 2012.1
Aula 7   análise crítica 2012.1Aula 7   análise crítica 2012.1
Aula 7 análise crítica 2012.1
 
Os desafios do empreendedor
Os desafios do empreendedorOs desafios do empreendedor
Os desafios do empreendedor
 
Aula 9 benchmarking 2011
Aula 9   benchmarking 2011Aula 9   benchmarking 2011
Aula 9 benchmarking 2011
 
2012 4. método de tomada de ações com base em indicadores de qualidade o ca...
2012 4. método de tomada de ações com base em indicadores de qualidade   o ca...2012 4. método de tomada de ações com base em indicadores de qualidade   o ca...
2012 4. método de tomada de ações com base em indicadores de qualidade o ca...
 
Benchmarking e resultados
Benchmarking e resultadosBenchmarking e resultados
Benchmarking e resultados
 
Estudo de Caso LOGÍSTICA aline_benchmarking_da_cadeia_de_suprimentos
Estudo de Caso LOGÍSTICA  aline_benchmarking_da_cadeia_de_suprimentosEstudo de Caso LOGÍSTICA  aline_benchmarking_da_cadeia_de_suprimentos
Estudo de Caso LOGÍSTICA aline_benchmarking_da_cadeia_de_suprimentos
 
Benchmarking buscando conhecimento e performance
Benchmarking buscando conhecimento e performanceBenchmarking buscando conhecimento e performance
Benchmarking buscando conhecimento e performance
 
Benchmarking Conceitos
Benchmarking ConceitosBenchmarking Conceitos
Benchmarking Conceitos
 
Stc 5 benchmarking
Stc 5 benchmarkingStc 5 benchmarking
Stc 5 benchmarking
 
2011 etapas necessarias_implantacao_sistema_gestao_integrado
2011 etapas necessarias_implantacao_sistema_gestao_integrado2011 etapas necessarias_implantacao_sistema_gestao_integrado
2011 etapas necessarias_implantacao_sistema_gestao_integrado
 
Competências Essenciais Para Melhoria Contínua Da Produção
Competências Essenciais Para Melhoria Contínua Da ProduçãoCompetências Essenciais Para Melhoria Contínua Da Produção
Competências Essenciais Para Melhoria Contínua Da Produção
 
V9n2a02
V9n2a02V9n2a02
V9n2a02
 
Erika questionario pt 2 (Eng Software III).
Erika questionario pt  2 (Eng Software III).Erika questionario pt  2 (Eng Software III).
Erika questionario pt 2 (Eng Software III).
 
Gestao
GestaoGestao
Gestao
 
Qualidade total oficial
Qualidade total oficialQualidade total oficial
Qualidade total oficial
 
3 sist controle_gerencial e processo_inov_rai_2012
3 sist controle_gerencial e processo_inov_rai_20123 sist controle_gerencial e processo_inov_rai_2012
3 sist controle_gerencial e processo_inov_rai_2012
 
Reengenharia de processos de negócios.
Reengenharia de processos de negócios.Reengenharia de processos de negócios.
Reengenharia de processos de negócios.
 
Aula 1 - GESTÃO DE PROCESSOS.pdf
Aula 1 - GESTÃO DE PROCESSOS.pdfAula 1 - GESTÃO DE PROCESSOS.pdf
Aula 1 - GESTÃO DE PROCESSOS.pdf
 
Mesuracao da Gestao do Conhecimento em Projetos
Mesuracao da Gestao do Conhecimento em ProjetosMesuracao da Gestao do Conhecimento em Projetos
Mesuracao da Gestao do Conhecimento em Projetos
 

Benchmarking práticas líderes

  • 1. ELEMAQ ELEMENTOS DE MÁQUINAS Benchmarking Introdução Benchmarking é a busca pelas melhores práticas que conduzem uma empresa à maximização da performance empresarial. Uma definição formal dada por David T. Kearns da Xerox Corporation afirma que “Benchmarking é o processo contínuo de medição de produtos, serviços e práticas em relação aos mais fortes concorrentes, ou às empresas reconhecidas como líderes em suas indústrias”. O processo genérico de benchmarking pode ser dividido em duas partes, práticas e métricas. As práticas são definidas como os métodos que são usados; as métricas são os efeitos quantificados da instalação das práticas. O benchmarking deve ser abordado investigando-se inicialmente as práticas da indústria. As métricas que quantificam o efeito das práticas podem ser obtidas ou sintetizadas em seguida. O benchmarking é, portanto uma compreensão de práticas e depois sua quantificação para mostrar seu efeito numérico. Baseando-se no exemplo da Xerox, pioneira na aplicação do Benchmarking, fica evidente a necessidade de realizar esta atividade de forma bem mais ampla do que comparar operações internas da empresa, ou apenas preocupar-se em desmontar máquinas ou produtos físicos de concorrentes, em um benchmarking de atividades de fabricação. É necessário preocupar-se também em realizar benchmarking de processos de negócios tais como a manutenção, a distribuição, o desenvolvimento de produtos, etc, que diferente de se ter algo físico para desmontar requer que métodos e práticas sejam detalhados e depois comparados com o ambiente externo. Fica claro também que o benchmarking pode levar a compreensão da posição de um concorrente, mas não à criação de práticas superiores àquelas da concorrência, que só será obtida pela descoberta das melhores práticas, onde quer que elas estejam (outros tipos de organizações e não somente os concorrentes). A realização do benchmarking passa por cinco fases genéricas: - Planejamento das investigações de benchmarking, buscando-se responder a três perguntas: O que deve ser usado como marco de referência? Com quem ou o que iremos comparar? Como serão coletados os dados? Enfatiza-se mais uma vez que o importante é reconhecer que o benchmarking é um processo não só para obter metas métricas quantificáveis, mas também, e mais importante, para investigar e documentar as melhores práticas da indústria, as quais irão permitir que essas metas sejam atingidas; - Análise, envolvendo uma cuidadosa compreensão das práticas correntes dos processos da empresa, bem como dos parceiros, afinal o processo de benchmarking é uma análise comparativa. Aquilo que se deseja é uma Fonte: www.numa.org.br home page: www.elemaq10.com.br E-mail: elemaq@elemaq10.com.br
  • 2. ELEMAQ ELEMENTOS DE MÁQUINAS compreensão do desempenho interno, a partir da qual se possa avaliar as forças e fraquezas: Os parceiros de benchmarking são melhores? Por quê? Quanto? Quais das melhores práticas já estão em uso ou previstas? Como as práticas deles podem ser incorporadas ou adaptadas para implementação? - Integração, é a fase em que busca-se incorporar novas práticas à operação. As descobertas do benchmarking precisam ser comunicadas a todos os níveis organizacionais para se obter apoio, comprometimento e senso de propriedade. É preciso demonstrar, de forma clara e convincente, que elas são corretas e se baseiam em dados concretos e obtidos de diversas fontes. - Ação, as descobertas do benchmarking e os princípios operacionais nelas baseados devem ser convertidos em ações específicas de implementação. Além disso, é preciso que haja medições e avaliações de realizações periódicas. Os progressos em direção aos pontos de referência devem ser reportados a todos os funcionários; - Maturidade, será alcançada quando as melhores práticas da indústria estiverem incorporadas a todos os processos da empresa e quando o benchmarking se torna uma faceta permanente, essencial e autodesencadeada do processo gerencial. A criatividade na execução destas cinco fases genéricas irá diferenciar os resultados que cada empresa obterá na realização do benchmarking. O benchmarking pode beneficiar uma empresa de diversas maneiras: - possibilita que as melhores práticas de qualquer indústria (concorrentes ou não) sejam incorporadas de forma criativa aos processos da empresa; - pode proporcionar estímulo e motivação aos profissionais cuja criatividade é exigida para a execução e implementação das descobertas da investigação; - pode ocorrer também de as pessoas serem mais receptivas a novas idéias e à sua adoção criativa quando estas não se originaram necessariamente na sua própria indústria; - pode também identificar, em outras indústrias (de outros ramos de negócios), avanços tecnológicos que não seriam reconhecidos e, portanto, não aplicados no próprio setor; - finalmente, os envolvidos no processo de benchmarking muitas vezes constatam que os contatos e interações decorrentes do benchmarking têm valor inestimável para o futuro crescimento profissional. Fonte: www.numa.org.br home page: www.elemaq10.com.br E-mail: elemaq@elemaq10.com.br
  • 3. ELEMAQ ELEMENTOS DE MÁQUINAS Guia de leitura das informações adicionais O livro de Camp (1993) foi a principal referência utilizada para a montagem do texto introdutório sobre benchmarking desta homepage. Portanto, no livro encontra-se apresentado de forma muito mais detalhada os conceitos e discussões aqui expostos e principalmente as cinco fases genéricas para a realização do benchmarking, desdobradas em passos de execução com instruções detalhadas e apresentação ilustrativa de casos de empresas. O artigo de Elmuti et. al. (1997) , faz uma boa revisão geral sobre o processo de aplicação do benchmarking e suas implicações para o melhoramento contínuo e a vantagem competitiva. Analisa também os benefícios, limitações, custos, implementação e aspectos éticos e legais da aplicação do benchmarking. No livro de Fuld (1993) , há uma exposição de métodos práticos e ferramentas para a monitoração de concorrentes, baseando-se em fontes de informação disponíveis tanto fora como dentro da própria empresa. Além disso, sugere formas de se organizar e armazenar informações sobre os concorrentes e transmiti-los para os responsáveis pelas decisões na empresa. Outra obra bastante conhecida sobre benchmarking é o livro de Spendolini (1993) , que apresenta um modelo genérico do benchmarking, apropriado para qualquer organização, propondo-se um conjunto de ações que um indivíduo, grupo ou uma organização pode seguir para estabelecer seu próprio processo de benchmarking. Divide-se em três partes: a primeira abordando os fundamentos do benchmarking, a segunda apresentando cinco estágios práticos para a realização do benchmarking, e a terceira expondo recomendações de especialistas em benchmarking das melhores práticas. Por fim, nos sites do The Benchmarking Exchange e do International Benchmarking Clearinghouse pode-se encontrar textes atualizados e diversos artigos com casos práticos sobre o tema. Informações adicionais CAMP, R.C. (1993) Benchmarking, o caminho da qualidade total. São Paulo: Pioneira. (disponível na Biblioteca da Engenharia da EESC -USP) ELMUTI, D.; KATHAWALA, Y.; LLOYED, S. (1997) The Benchmarking Process: Assessing Its Value and Limitations. Industrial Management, p. 40 – 50 July- August. (t: 583) FULD, L. (1993) Administrando a Concorrência. Rio de Janeiro: Record. (disponível na Biblioteca Comunitária da UFSCar) Fonte: www.numa.org.br home page: www.elemaq10.com.br E-mail: elemaq@elemaq10.com.br
  • 4. ELEMAQ ELEMENTOS DE MÁQUINAS SPENDOLINI, M.J. (1993) Benchmarking. São Paulo: Makron Books. (disponível na Biblioteca da Engenharia da EESC – USP) Fonte: www.numa.org.br home page: www.elemaq10.com.br E-mail: elemaq@elemaq10.com.br