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Volume I 
Cláudia Morais Neves 
Araguari/MG – 2011
VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 
1 
ÍNDICE 
01. AS ORIGENS DA VIOLA CAIPIRA --------------------------------------------------------------------------- 
02 
02. AFINAÇÕES DA VIOLA ----------------------------------------------------------------------------------------- 
04 
03. SIGNIFICADO DAS FITAS COLORIDAS -------------------------------------------------------------------- 
05 
04. DOENÇAS DA VIOLA ------------------------------------------------------------------------------------------- 
06 
05. BRAÇO DA VIOLA ----------------------------------------------------------------------------------------------- 
07 
06. AFINAÇÃO DA VIOLA – CEBOLÃO ------------------------------------------------------------------------ 
08 
07. CIFRAS --------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
08 
08. ACORDES ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
08 
09. SEQUENCIAS DE ACORDES ---------------------------------------------------------------------------------- 
09 
10. RITMOS -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
11 
11. TABLATURA --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
15 
12. ESCALAS DE MI MAIOR ---------------------------------------------------------------------------------------- 
16 
13. ESCALAS DE LA MAIOR ---------------------------------------------------------------------------------------- 
19 
14. SOLO – CHICO MINEIRO -------------------------------------------------------------------------------------- 
22 
15. SOLO – CUITELINHO --------------------------------------------------------------------------------------------- 
23 
16. SOLO – CHALANA ---------------------------------------------------------------------------------------------- 
23 
17. SOLO – CABOCLA TERESA ----------------------------------------------------------------------------------- 
25 
18. SOLO – ASA BRANCA ------------------------------------------------------------------------------------------ 
26 
19. SOLO – LUAR DO SERTÃO ------------------------------------------------------------------------------------- 
27 
20. SOLO – MOURÃO DA PORTEIRA -------------------------------------------------------------------------- 
28 
21. A AUTORA –CLÁUDIA MORAIS NEVES ------------------------------------------------------------------- 
29
VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 
2 
01 – AS ORIGENS DA VIOLA CAIPIRA 
Evidentemente o “embrião” da atual viola caipira já vinha se formando ao longo de alguns séculos durante a Idade Média. Particularmente em virtude da dominação mourisca de boa parte da Espanha por aproximadamente 800 anos. Ela surgiu da influência árabe que vem do Al-úd (está é a origem da palavra alaúde) que, naquele idioma significa “a madeira”. 
O Alaúde foi adotado quando seu antecessor - um instrumento rudimentar feito à base de couro e meia cabaça - passou a ser produzido com madeira. 
Luís Soler menciona no livro “Origens Árabes no Folclore do Sertão Brasileiro” (1ª Edição - 1995, Editora da UFSC) que: “O alaúde árabe, cultivado e difundido através de séculos e terras, na medida em que foi enriquecendo e enobrecendo seu formato e sua sonoridade, passou a incentivar parecidas melhoras em seus rudimentares congêneres europeus, os descendentes da fidula. Suas 5 ou 6 cordas duplicadas, correspondendo a tantas outras afinações básicas, seu sistema de braço provido de trastes, sua abertura circular trabalhada com um pequeno rosetão, sua caixa de cravelhas, a própria afinação das cordas, fora tantas outras características fielmente copiadas em terras cristãs. 
“A vihuela hispânica, sobretudo, copiou muito do alaúde, se bem que ficou divergindo do mesmo em alguns aspectos de forma, tradicionais na viola, aos quais não quis renunciar”. 
ALAÚDE RENASCENTISTA 
A viola, ou “vihuela” como era chamada em terras galaico-portuguesas, distingue-se do alaúde apenas no formato da caixa: em lugar do fundo bojudo, de “meia pêra”, ela apresenta dois tampos planos, um inferior e outro superior, interligados por altas ilhargas. Estes tampos além do mais, não têm forma oval, como acontece com o alaúde, senão apresentam um estreitamento central (uma cintura). 
Esta geração de violas já perfeitamente definido e muito popular em Portugal na era renascentista é a que foi trazida para o Brasil pelos jesuítas e colonos portugueses na época da colonização. Nesta época - séculos XV e XVI - a viola era o principal instrumento musical, largamente utilizados em festas e romarias conforme relatos da época.
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Segundo Luis Soler, a Viola tem este nome porque deriva do termo “fidula”, diminutivo de “fides” que era um antigo tipo de lira greco-romana de cordas pulsadas, ou melhor, um instrumento com caixa de ressonância de variadas formas, provido de cordas a serem exclusivamente pulsadas, seja com dedos, seja com “puas” ou “plectros”. 
Em cada região de Portugal existiam violas nos quais apresentavam variações no que tange à sua anatomia e ao número de cordas e afinações. Podemos mencionar os seguintes tipos de violas: Viola beiroa (ou bandurra), Viola campaniça (de Alentejana), Viola amarantina (ou de dois corações), Viola braguesa (ou minhota), Viola toeira (de Coimbra), 
VIOLA 
BEIROA 
VIOLA CAMPANIÇA 
VIOLA AMARANTINA 
VIOLA BRAGUESA 
VIOLA TOEIRA 
No Brasil, a princípio a viola manteve sua estrutura básica quanto à sua construção, dimensões e estilo. Das violas fabricadas por artesãos brasileiros, as que se tornaram mais famosas no final do século XIX e início do século XX, foram as violas de Queluz, fabricadas principalmente pelas familias Meirelles e Salgado entre as décadas de 1930 e 1940 no estado de Minas Gerais, na antiga cidade chamada Queluz, atual cidade chamada Conselheiro Lafaiete . Esta viola seguia o modelo da antiga viola toeira, de Portugal. 
As violas de Queluz ganharam reconhecimento nacional e internacional. A fama também chegou à literatura. Em diversos trechos de Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, 
FOTO DO ACERVO DE MAX ROSA
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Riobaldo menciona a viola: “Queria ouvir uma bela viola de Queluz, e o sapateado de pés dançando”, (pág 463). 
A famosa Viola de Queluz é hoje em dia um instrumento raro e existem muito poucas peças ainda espalhadas, principalmente pelo interior de Minas Gerais. 
"As violas de Queluz pararam de ser fabricadas por dois motivos. Primeiro porque os descendentes (mais especificamente os netos) dos principais fabricantes já não tinham tanto interesse em continuar com o ofício da fabricação dos instrumentos de forma artesanal. O segundo foi a chegada dos instrumentos de fábrica como Del Vechio e Tranquillo Giannini, que competiam com as violas de Queluz em desigualdade, pois eram feitos em larga escala. 
Com a produção em série de violas pelas primeiras fábricas de instrumentos musicais do início do século XX, fez reduzir os custos dos destas violas “seriadas” ocasionando assim, o declínio dos artesãos e de suas violas artesanais. 
As primeiras fábricas se instalaram em São Paulo e trouxeram também algumas evoluções nas técnicas de fabricação e construção que foram diferenciando a viola ainda mais, dos modelos tradicionais trazidos de Portugal. 
As principais modificações foram como, por exemplo: a escala do braço ressaltada sobre o tampo (alcançando a boca no bojo), o número de trastes até o bojo passou de dez para doze e as cravelhas que eram tarraxas de madeira foram substituídas por tarraxas metálicas. 
No decorrer dos anos a viola tornou-se um instrumento musical típico do interior de vários estados brasileiros nos quais é utilizada ainda hoje em festejos populares como a Folia de Reis, Festa do Divino, entre outras. 
Nas variadas regiões do Brasil podemos encontrar diferentes maneiras de tocar a viola, seja pela afinação ou por ritmos, pois estas variações são decorrentes dos costumes de cada região, que são passados de um violeiro para outro. Portanto, a nossa querida viola caipira é um instrumento histórico, nasceu na Europa e se “naturalizou” brasileira. 
02 – AFINAÇÕES DA VIOLA 
Existem inúmeras formas de se afinar a viola. Entretanto, duas maneiras são as mais comuns: Cebolão e Rio-Abaixo. 
A afinação Cebolão é a mais comum de todas, encontrada em quase todas as regiões do país, sendo seguida pela segunda mais popular que é a Rio-Abaixo. 
A afinação Cebolão pode ser feita em Mi maior, Mi Bemol Maior ou Ré maior, dependendo da conveniência do violeiro. A Rio-Abaixo é feita em Sol Maior.
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A afinação Cebolão tradicionalmente é mais usada em Mi Maior, entretanto, cada vez mais, os violeiros têm optado por utilizá-la em Ré Maior, ou seja, um tom abaixo do tradicional Mi Maior. 
Isso ocorre, pois quando a viola é afinada em Mi, as cordas ficam com uma tensão mais alta, portanto mais dura para ser tocada. O som emitido é mais alto, mais forte, a viola "grita" mais. Assim, quando se afina em Ré, a viola fica com um toque mais suave, mais macia. O volume de som é um pouco menor. 
São inúmeras as afinações que se usa na viola. Muitas vezes os violeiros alteram a afinação “a seu gosto” para determinada música, sem adotar necessariamente uma afinação pré-definida. 
Na tabela abaixo apresentamos algumas afinações mais utilizadas: AFINAÇÕES: CEBOLÃO D CEBOLÃO E BOIADEIRA RIO ABAIXO NATURAL 
1º par 
D / RE 
E / MI 
D / RE 
D / RE 
E / MI 
2º par 
A / LA 
B/ SI 
A / LA 
B / SI 
B / SI 
3º par 
F# / FA# 
G# / SOL# 
F# / FA# 
G / SOL 
G / SOL 
4º par 
D / RE 
E / MI 
D / RE 
D / RE 
D/ RE 
5º par 
A / LA 
B / SI 
G / SOL 
G / SOL 
A / LA 
A Afinação CEBOLÃO, uma das mais comuns segundo historiadores e a afinação para sapateado, por isto mesmo a preferida pelos catireiros, xibeiros, catereteiros e fandangueiros. Em geral os violeiros genuínos dizem que é a mais positiva das afinações: "é a que São Gonçalo ensinou", dizem os seus devotos. 
03 – SIGNIFICADO DAS FITAS COLORIDAS 
Como se sabe, a VIOLA foi trazida para o Brasil pelos Colonizadores Portugueses oriundos de diversas regiões, principalmente do Norte de Portugal; a partir do Litoral Brasileiro, as Violas foram seguindo rumo ao Interior e se espalhando por todo o país. 
A VIOLA era na época o instrumento musical mais popular em Portugal com diferentes estilos regionais para o instrumento, sem fugir, no entanto, do seu padrão típico. Aliás,
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também herdamos de Portugal o culto ao São Gonçalo do Amarante (desde 1551), "Protetor dos Violeiros". 
É muito comum que o violeiro tenha as famosas fitinhas coloridas amarradas no braço do tradicional instrumento musical caipira raiz. Suas cores possuem significado de acordo com as tradicionais Folias de Reis que acontecem no mês de Janeiro em diversas regiões do Brasil: 
 FITA BRANCA  representa Jesus 
 FITA ROSA  representa José 
 FITA AZUL CLARO  representa Maria 
 FITA AZUL ESCURO  representa São Gonçalo do Amarante 
 FITA AMARELA representa Belchior (Três Reis Magos) 
 FITA VERMELHA  representa Baltazar (Três Reis Magos) 
 FITA VERDE  representa Gaspar (Três Reis Magos) 
 FITA PRETA  essa representa o “coisa ruim" com o qual o violeiro pode ter feito o famoso pacto... 
04 – AS DOENÇAS DA VIOLA 
A VIOLA, como costuma dizer os mestres violeiros, padece das muitas doenças que atormentam o ser humano. A VIOLA resfria-se, se "constipa", apanha "quebranto", fica rouca ou fanhosa, se "destempera" e chega até a ficar reumática. 
Para cuidar da sua VIOLA, existem alguns cuidados: 
Contra QUEBRANTO galhinho de arruda no seu interior, jogado boca adentro em noite de 6a. feira, na primeira após a compra do instrumento; 
Para dar melhor “VOZ” às cordas  tem uma simpatia: colocar um guizo de cascavel dentro da caixa acústica da viola (corpo) 
Contra o MAL OLHADO e a INVEJA  nada melhor do que uma fita vermelha amarrada no braço da viola. E bom violeiro é sempre invejado! 
Há violas que se "constipam", isto é, que se resfriam só pelo fato de serem guardadas com as cordas encostadas á parede que lhe transmite umidade. Violeiro que se preza não a dependura assim e sim a mete num saco para guardar num gancho ou prego. À noite estando sozinha, sente frio, porque nos braços do violeiro, ela sente calor. Mas, há violas que precisam tomar sereno para ficar com boa voz, para "declarar bem". Outras, com o sol se arruínam e chegam a se "destripar", descolam o tampo dos aros: é a insolação. 
Antes de guardar a viola, deve-se passar um pano sobre as cordas, num sentido só, "para não lhe tirar o sentido", endoidecê-la: do trasto para a palheta, assim ela não ficará fanhosa.
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Até o enfeite das violas é amuleto sanitário: a pintura de flores em sua tampa ajuda a afastar o quebranto. E as flores escolhidas são aquelas onde predomina o vermelho, por exemplo, as flores da maravilha com as quais as crianças ainda hoje fazem colares e antigamente os violeiros, principalmente os negros, colocavam-nas no pescoço nas romarias de São Gonçalo ou nos pousos de cururu. 
Violeiro que se preza não carrega viola debaixo do braço e sim na mão, segurando-a pelo seu braço. "Viola é mulher, e quem sai com ela na rua, vai de braço dado. Violeirinho de meia pataca é que põe a viola debaixo do braço. O sovaco é lugar de encostar a muleta e não a viola". Viola carregada debaixo do braço fica reumática, não afina mais, fica mancando das cordas. 
Embora a viola tenha lá suas doenças, é inegável o poder que ela possui para curar as doenças quando tocada em romarias para São Gonçalo do Amarante. A viola nas danças do santo português - padroeira dos violeiros, além de arrumar casamento para as moças que vão ficando para "tias", cura também reumatismo. Quem num cateretê "pisar nas cordas da viola", isto é seguir-lhe o ritmo, sem errar, jamais ficará doente dos pés, das pernas, nunca terá "veia quebrada" - varizes. E' portanto um preventivo maravilhoso que só os catireiros têm o privilégio de possuir. 
Se por um lado há doenças da viola, por outro ela tem grande função medicinal. Ela cura as doenças, mata a saudade, elimina a tristeza. 
A lei da compensação ai está: o bom violeiro cuida de sua viola para que ela não apanhe doenças, seja sempre sã, e ela recompensa, uma boa viola, bem tocada dá alegria para o homem e já dizia Salomão nos seus Provérbios: "O coração alegre aformoseia o rosto, mas pela dor do coração, o espírito se abate". 
É por isso que "violeiro morre é de velho". 
05 – BRAÇO DA VIOLA 
Apresentamos aqui o nome das notas nas 12 casas do braço da viola:
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06 – AFINAÇÃO DA VIOLA EM CEBOLÃO – MI MAIOR 
07 – CIFRAS 
Para indicar as notas musicais usamos uma nomenclatura internacional e cada nota é representada por uma letra e, são essas letras que utilizamos nas músicas cifradas, portanto, é muito importante sua memorização: 
A 
B 
C 
D 
E 
F 
G 
LA 
SI 
DO 
RE 
MI 
FA 
SOL 
Existem outros símbolos que acompanham as letras formando diferentes acordes e são eles: 
08 – ACORDES 
Cada acorde é formado por três ou mais notas; o conjunto mais simples é de três notas (tríade), formada por três notas da escala seguindo certa regra. Tomando como exemplo a escala de dó maior: 
C 
D 
E 
F 
G 
A 
B 
C 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
TÔNICA 
TERÇA 
QUINTA 
Intervalo de terça 
Intervalo de terça 
m 
menor 
Exemplos: 
# 
sustenido 
Cm = Dó menor 
b 
bemol 
B7 = Si com sétima 
7 
sétima 
A#m = Lá sustenido menor 
° 
diminuto 
D° = Re diminuto 
E = Mi maior
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O acorde de DO MAIOR terá as notas DO+ MI +SOL, visto que, os acordes sãos construídos de TERÇAS (3 em 3 notas). 
A primeira nota (DO) dá nome ao acorde, a terceira (MI) o classifica em maior ou menor e a quinta nota (SOL) o classifica em aumentado ou diminuto (no caso de escala aumentada ou diminuta). 
09 – SEQUÊNCIAS DE ACORDES 
SEQUÊNCIA DE ACORDES  I – I7 – IV – V7
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10 – RITMOS 
São popularmente conhecidos como “batidas da mão direita”. 
Aqui vamos apresentar os mais populares.
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11 – TABLATURA 
É uma forma de notação musical específica instrumentos de cordas com trastes. Nesse esquema, as linhas representam as cordas da mais aguda (fina) para a mais grave (grossa), e os números representam a casa em que a corda deve ser pressionada. Uma linha vazia indica que a corda não deve ser tocada. Um número zero indica que a corda deve ser tocada solta. 
Ao contrário das partituras que exigem maior conhecimento de música e bastante treino as tablaturas são voltadas para o músico iniciante ou prático. Veja o exemplo:
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12 – ESCALAS EM MI MAIOR 
ESCALAS EM TERÇAS:
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ESCALAS EM SEXTAS: 
ESCALAS EM OITAVAS:
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18 
ESCALAS VERTICAIS:
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13 – ESCALAS EM LA MAIOR 
ESCALAS EM TERÇAS:
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ESCALAS EM SEXTAS: 
ESCALAS EM OITAVAS:
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ESCALAS VERTICAIS
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14 – CHICO MINEIRO 
Viola Brasileira Compositores: TONICO E FRANCISCO RIBEIRO 
Afinação: Cebolão Transcrição: Cláudia Neves 
A B7 E C#m F#m 
1|--4-5-7---9--9--9--9--11-11-11---9--7-7-7-7--12-12-12-12--5-5-5-5-- 
2|--5-7-9--10-10-10-10--12-12-12--10--9-9-9-9--14-14-14-14--7-7-7-7-- 
3|------------------------------------------------------------------ 
4|------------------------------------------------------------------ 
5|------------------------------------------------------------------ 
B7 E E B7 E 
1|--7-7--5-5--4---||---4—7---7—7---7—6—5--5----2—5---5—5--4—7—7------ 
2|--9-9--7-7--5---||---5—9---9—9---9—8—7--7----4—7---7—7--5—9—9------ 
3|---------------:||------------------------------------------------- 
4|----------------||------------------------------------------------- 
5|----------------||------------------------------------------------- 
E B7 E E7 A 
1|--4—7---7—7---7—6—5--5----2—5---5—5--4—2—4------9--9---12—12------- 
2|--5—9---9—9---9—8—7--7----4—7---7—7--5—4—5-----10—10---14—14------- 
3|------------------------------------------------------------------- 
4|------------------------------------------------------------------- 
5|------------------------------------------------------------------- 
B7 E C#7 F#m 
1|--11--9--9---12—---12—11---11--9---9—7—7-7---11--9---9—7—-7—6-5-5-- 
2|--12—10—10---14—---14—12---12—10-—10—9—9-9---12—10--10—9—-9—8—7—7-- 
3|------------------------------------------------------------------- 
4|------------------------------------------------------------------- 
5|------------------------------------------------------------------- 
B7 E 
1|---9—7---7—5--5—4—4-4----|| 
2|--10—9---9—7--7—5—5-5----|| 
3|-------------------------|| 
4|-------------------------|| 
5|-------------------------||
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15– CUITELINHO 
Viola Brasileira DOMÍNIO PÚBLICO 
Afinação: Cebolão Transcrição: Cláudia Neves 
Intro: 
E B7 A B7 E B7 B7 A B7 E 
1|--4---5—7—2----4—5-0----2—-4—-2-----4---5—7—2----4—5—0-----—2—0---|| 
2|--5---7—9—4----5—7—2----4—-5-—4-----5---7—9—4----5—7—2----4—4—0---|| 
3|----------------------------------------------------------3-------|| 
4|------------------------------------------------------------------|| 
5|------------------------------------------------------------------|| 
Solo: 
E B7 E 
1|----4—4---2—4—5—7—7—5—4—2-------—2—2--||--------------------2—4—5—7—5—4—2—0—0---| 
2|-0--5—5---4—5—7—9—9—7—5—4--5—4—5-4—4--||--4—4—4—-2—2—0—0—0--4—5—7—9-7—5—4—0—0---| 
3|-0-------------------------5—3—5-----:||--3—3—3—-1—1—0—0—0----------------------| 
4|--------------------------------------||----------------------------------------| 
5|--------------------------------------||----------------------------------------| 
Meio: 
E B7 A B7 E 
1|--4---5—7—2----4—5-0----2—4—4---|| 
2|--5---7—9—4----5—7—2----4—5—5---|| 
3|--------------------------------|| 
4|--------------------------------|| 
5|--------------------------------|| 
16 – CHALANA 
Viola Brasileira Compositores: MÁRIO ZAN E ARLINDO PINTO 
Afinação: Cebolão Transcrição: Cláudia Neves 
Intro:E B7 E 
1|---------------------------------------------------------------- 
2|--0----0----0-0-0----0-0-0----0-0-0---0-0-0----0-0-0---0-0-0---- 
3|--3----3----3-3-3----3-3-3----3-3-3---3-3-3----3-3-3---3-3-3---- 
4|--4----4----4-4-4----4-4-4----2-2-2---2-2-2----4-4-4---4-4-4---- 
5|--5----5----5-5-5----5-5-5----4-4-4---4-4-4----5-5-5---5-5-5---- 
B A G#m F#m E Solo:E B7 E 
1|--7-7---5-5---4-4---2-2--0---||------------------------------------ 
2|--7-7---5-5---4-4---2-2--0---||------------------------------------ 
3|--7-7---5-5---3-3---1-1--0---||--0—0---0—0—1—3—-3----3—7--3--1--0-- 
4|--7-7---5-5---4-4---2-2--0---||--0—0---0—0—2—4—-4----4—7--4--2--0-- 
5|-----------------------------||------------------------------------
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B7 A E 
1|---------------------------------||-------------------------------- 
2|---------------------------------||-------------------------------- 
3|--0---0---0—1—3—-3---3—3—-1--0---||:-5—5—5—5—5—3—5--3—3—3—1—0—1—3-- 
4|--0—2—0—2—0—2—4—-4---4—4—-2--0—2-||--5—5—5—5—5—4—5--4—4—4—2—0—2—4-- 
5|----4---4----------------------4-||-------------------------------- 
B7 E 
1|--------------------------------------------||--------------------- 
2|--------------------------------------------||--------------------- 
3|-----------1—1---7----5—5--3—3---1-1--0—0--:||--0—0—0—0—0—12—12---- 
4|--2—2—2—2—-2—2---7----5—5--4—4---2—2--0—0---||--0—0—0—0—0—12—12---- 
5|--4—4—4—4—----------------------------------||--------------------- 
B7 A B7 E 
1|------------------------------------------------------------------ 
2|------------------------------------------------------------------ 
3|--12—12—-10—10---8—8--7---5—5—5—5—5—8—8-----8—8--7---5—5---3—3---- 
4|--12—12—-11—11---9—9—-7---5—5—5—5—5—9—9-----9—9—-7---5—5---4—4---- 
5|------------------------------------------------------------------ 
B7 
1|------------------------------------------------------------- 
2|------------------------------------------------------------- 
3|------0---0---0—1—3—3---7—7---5---3—3—2—1----7—7—7—5—5—7—7--- 
4|------0—2—0—2—0—2—4—4---7—7---5---4—4—3—2----7—7—7—5—5—7—7--- 
5|--------4---4------------------------------------------------ 
E A E 
1|-----------------------||----------------------------------- 
2|-----------------------||----------------------------------- 
3|--5—5—-3-3--1—1—-0—0---||:--5—5—5—5—5—3—5---3—3—3—1—0—1—3--- 
4|--5—5—-4-4--2—2—-0—0---||---5—5—5—5—5—4—5---4—4—4—2—0—2—4--- 
5|-----------------------||----------------------------------- 
B7 E 
1|--------------------------------------------|| 
2|--------------------------------------------|| 
3|-----------1—1---7----5—5--3—3---1-1--0—0--:|| 
4|--2—2—2—2—-2—2---7----5—5--4—4---2—2--0—0---|| 
5|--4—4—4—4—----------------------------------||
VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 
25 
17 - CABOCLA TERESA 
Viola Brasileira Compositores: RAUL TORRES e JOÃO PACÍFICO 
Afinação: Cebolão Transcrição: Cláudia Morais 
Intro: E7 A E7 A E7 A 
1|-------------------------------------------------------------0---|| 
2|-3/5-5-5-5-3-0-------7-7-7-7-5-2-------3/5-5-5-5-3-0---5--3--1---|| 
3|-3/5-5-5-5-3-0-0-----6-6-6-6-5-1-1-----3/5-5-5-5-3-0-0-5--3--2--:|| 
4|---------------0-0---------------0-0-----------------0-------1---|| 
5|-----------------0-----------------2-------------------------2---|| 
Solo: 
A D A E7 D E7 
1|------------------------------------------------------------------- 
2|--2-3/5--5-7--7-5-5-5--2-3/5--5-5-5--5-4-3---7/9-9--9-10--10-9-9-9- 
3|--1-3/5--5-6--6-5-5-5--1-3/5--5-5-5--5-4-3---6/8-8--8-10--10-8-8-8- 
4|------------------------------------------------------------------- 
5|------------------------------------------------------------------- 
D E7 A A D A E7 
1|------------------------------------------------------------------ 
2|--7-7--5-5--3-3--2----2-3/5--5-7--7-5-5-5---2-3/5--5-5-5--5-4-3--- 
3|--6-6--5-5--3-3--1----1-3/5--5-6--6-5-5-5---1-3/5--5-5-5--5-4-3--- 
4|------------------------------------------------------------------ 
5|------------------------------------------------------------------ 
D E7 A 
1|--------------------------------------------|| 
2|--7/9-9--9-10--10-9-9-9---7-7--5-5--3-3—2---|| 
3|--6/8-8--8-10--10-8-8-8---6-6--5-5--3-3—1---|| 
4|--------------------------------------------|| 
5|--------------------------------------------||
VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 
26 
18 - ASA BRANCA 
Viola Brasileira Compositores: LUIZ GONZAGA E HUMBERTO TEIXEIRA 
Afinação: Cebolão Arranjo e Transcrição: Cláudia Neves 
Intro: 
E7 A E7 A E7 A 
1||-10-----9----7----5----4---2-0---0-0--||--0---0-0--0---0-0|| 
2||----12---10----9----7----5-----2------||----2--------2----|| 
3||:------------------------------------:||------------------|| 
4||--------------------------------------||------------------|| 
5||--------------------------------------||------------------|| 
Solo: 
E E7 A E B7 E E7 A 
1||---0-2-4---7-7-4-5-5---0-2-4--7-7--5-4---0-0-2-4--7---7—5—4—0--5--| 
2||------------------------------------------------------------------| 
3||:--0-1-3---6-6-3-5-5---0-1-3--6-6--5-3---0-0-1-3--6---6—5—3—0--5--| 
4||------------------------------------------------------------------| 
5||------------------------------------------------------------------| 
B7 E E7 A B7 E 
1|--4-4-2-2-4--2-2-0-0--0-0-2-4--7--7—5—4—0--5--4-4--2-2-4---2-2—0-0--|| 
2|--------------------------------------------------------------------|| 
3|--3-3-1-1-3--1-1-0-0--0-0-1-3--6--6—5—3—0--5--3-3--1-1-3---1-1-0-0-:|| 
4|--------------------------------------------------------------------|| 
5|--------------------------------------------------------------------||
VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 
27 
19 - LUAR DO SERTÃO 
Viola Brasileira Compositores: JOÃO PERNAMBUCO e CATULO DA PAIXÃO CEARENSE 
Afinação: Cebolão Transcrição: Cláudia Morais 
Refrão: E C#m F#m F#m B7 B7 E E 
1|-----0--------2--4-------2--5-------4--2------0------------------------0----0-- 
2|--0-------0----------0----------7----------2-----4------2--0------------0------ 
3|--------0----------0----------5----------1-----------3---------1--1--0----0-0-- 
4|-----0--------2--4-------2--5-------4--2------0--2-2----0----2----------------- 
5|--0--------------------------------------------------------0------2--0--------- 
E C#m F#m F#m B7 B7 E E 
1|-----0--------2--4-------2--5-------4--2-------0-----------------2--0-------0--|| 
2|--0-------0----------0----------7----------2-----4------2--0----------0---0-0--|| 
3|--------0----------0----------5----------1-----------3---------1--------0---0--|| 
4|-----0--------2--4-------2--5-------4--2-------0-2-2----0----2---2--0-------0--|| 
5|--0--------------------------------------------------------0----------------0--|| Estrofe: E C#m F#m B7 E B7 1|---------0-0-0--2-4-4-4--2-5-5-5--4-2-2-2--0-----------------------0---------- 2|--0-2-4---------------------------------------4-4-4--2--0-0-0--------0-------- 3|---------0-0-0--1-3-3-3--1-5-5-5--3-1-1-1--0-------------------1-0-----0------ 4|----0-2---------------------------------------2-2-2--0------------------------ 5|--4-----------------------------------------------------4-4-4--2-0--------0--- E C#m F#m B7 E B7 1|---------0-0-0--2-4-4-4--2-5-5-5--4-2-2-2--0--------------2-2-4-0-------------|| 2|--0-2-4---------------------------------------4-4-4--2--0---------0---0-------|| 3|---------0-0-0--1-3-3-3--1-5-5-5--3-1-1-1--0--------------1-1-3-0---0---------|| 4|----0-2---------------------------------------2-2-2--0------------------------|| 5|--4-----------------------------------------------------4----------------0----||
VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 
28 
20 – MOURÃO DA PORTEIRA 
Viola Brasileira Compositor: RAUL TORRES E JOÃO PACÍFICO 
Afinação: Cebolão Transcrição: Cláudia Morais 
INTRO: 
E B7 A B7 E 
1|---4—4—4—4-—4—2—2-------------9-—9—-9—-9-—----9—7—7—5—5—4------|| 
2|---5—5—5—5—-5—4—4—5—5—4—4----10—10—10—10-----10-9—9—7—7—5------|| 
3|------------------5—5—3—3--------------------------------------|| 
4|---------------------------------------------------------------|| 
5|---------------------------------------------------------------|| 
SOLO: E C#m B7 A B7 E 
1|---4—4—4—4-—4—2—2---------------------------------------------- 
2|---5—5—5—5—-5—4—4—5—5—4—4---4—4—4—5---5—4—4—2—2—0-------------- 
3|------------------5—5—3—3---3—3—3—5---5-3—3—1—1—0-------------- 
4|--------------------------------------------------------------- 
5|--------------------------------------------------------------- 
C#7 F#m B7 E 
1|--------------------------------------------------------------|| 
2|---2/4—4—4—4---4—2—2—0—0---------2/4—4—4—4---4—2—2—0—0--------|| 
3|---1/3—3—3—3---3—1—1—0—0-1-1-----1/3—3—3—3---3—1—1—0—0—0-—----|| 
4|-------------------------2-2---------------------------0------|| 
5|-----------------------—--------------------------------------|| 
INTRO: 
E B7 A B7 E 
1|---4—4—4—4-—4—2—2-0-0---------9-—9—-9—-9-—----9—7—7—5—5—4------|| 
2|---------------------—4—4--------------------------------------|| 
3|---3-3-3-3--3-1-1-0—0—--------8--8--8--8------8-7-7-5-5-3------|| 
4|----------------------2-2--------------------------------------|| 
5|---------------------------------------------------------------|| 
SOLO: E C#m B7 A B7 E 
1|--7/12—12—12—12---12—11—11—9—9—7—7—--5/7—7—7-9---9—7—7-5—5—4---- 
2|---------------------------------------------------------------- 
3|--7/12—12—12—12---12—10—10—8—8—7—7—--5/7—7—7-8---8-7—7—5—5—3---- 
4|---------------------------------------------------------------- 
5|---------------------------------------------------------------- 
C#7 F#m B7 E 
1|--5/7—7—7—7---7—5—5—4—4---2—2----5/7—7—7—7---7—5—5—4—4—0-------|| 
2|---------------------------------------------------------------|| 
3|--5/7—7—7—7---7—5—5—3—3---1—1----5/7—7—7—7---7—5—5—3—3—0-------|| 
4|---------------------------------------------------------------|| 
5|---------------------------------------------------------------||
VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 
29 
21 – A AUTORA – CLÁUDIA MORAIS NEVES 
 Habilitada em música – violão, pela UFU - Universidade Federal de Uberlândia, 2002. 
 Curso Técnicos de Piano, Violão, Guitarra e Magistério em Educação Artística. 
 Curso de Qualificação em Patrimônio Cultural pela Universidade Federal de Juiz de Fora – CEAD/UFJF, 2010. 
 Possui outros cursos de qualificação e atualização profissional nas áreas de artes, cultura, gestão de cultura, gestão de negócios, elaboração de projetos, gestão de patrimônio cultural e música. 
 Professora de música há 20 anos atuando nos conservatórios do Triângulo Mineiro (Ituiutaba, Uberlândia, Uberaba e atualmente em Araguari). 
 Criadora, coordenadora, arranjadora e violeira do grupo “Orquestra Viola de Arame” (12 integrantes) que neste ano recebeu o Prêmio Rozzini de Excelência da Viola Caipira 2010 e vem desde 2006 se apresentando em eventos diversos e ministrando aulas gratuitas de viola caipira. 
 Diretora Executiva da Associação Amarração de Arte, Cultura e Educação em atuação em Araguari/MG desde 2006. 
 Gestora Cultural e Diretora Executiva do Ponto de Cultura Amarração em Araguari- MG. 
 Gestora Cultural e Consultora da Empresa Pro-Arte Consultoria e Eventos Ltda desde 2008, responsável pelas atividades de elaboração de projeto, gestão de projetos, consultoria a órgãos públicos municipais, criação de ONG’s e cursos de treinamento e formação em gestão de cultura, mecanismos de incentivos culturais e SNC (Sistema Nacional de Cultura) e PNC (Plano Nacional de Cultura), dentre outras atividades. 
 Articuladora de cultura e uma das idealizadoras da Associação Cultura Minas que hoje integra 21 municípios mineiros em rede para ações voltadas para a gestão da cultura, sendo a palestrante em 2010 de 14 seminários que trataram da Gestão Pública Municipal e apresentou o Plano e o Sistema Nacional de Cultura, realizando a assinatura do termo de cooperação desses municípios com o SNC/MinC. 
 Uma das redatoras da Lei que instituiu o Programa Municipal de Incentivo a Cultura de Araguari/MG em 2006. 
 Membro da CAS – Comissão de Análise e Seleção de Projetos do Programa Municipal de Incentivo a Cultura de Araguari entre 2007 e 2010. 
 Co-fundadora do Fórum Permanente de Cultura de Araguari integrando todos os segmentos da cultura local para discussão sobre melhorias nas políticas públicas de cultura locais, interferindo de forma positiva na gestão pública e obtendo bons resultados entre 2005 e 2010. 
 Musicista, atuando junto a vários grupos musicais durante os 33 anos de carreira, dentre eles quartetos, orquestras de violões, bandas, trios, grupos corais, etc.

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Origens e evolução da viola caipira

  • 1. Volume I Cláudia Morais Neves Araguari/MG – 2011
  • 2. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 1 ÍNDICE 01. AS ORIGENS DA VIOLA CAIPIRA --------------------------------------------------------------------------- 02 02. AFINAÇÕES DA VIOLA ----------------------------------------------------------------------------------------- 04 03. SIGNIFICADO DAS FITAS COLORIDAS -------------------------------------------------------------------- 05 04. DOENÇAS DA VIOLA ------------------------------------------------------------------------------------------- 06 05. BRAÇO DA VIOLA ----------------------------------------------------------------------------------------------- 07 06. AFINAÇÃO DA VIOLA – CEBOLÃO ------------------------------------------------------------------------ 08 07. CIFRAS --------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 08 08. ACORDES ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 08 09. SEQUENCIAS DE ACORDES ---------------------------------------------------------------------------------- 09 10. RITMOS -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 11 11. TABLATURA --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 15 12. ESCALAS DE MI MAIOR ---------------------------------------------------------------------------------------- 16 13. ESCALAS DE LA MAIOR ---------------------------------------------------------------------------------------- 19 14. SOLO – CHICO MINEIRO -------------------------------------------------------------------------------------- 22 15. SOLO – CUITELINHO --------------------------------------------------------------------------------------------- 23 16. SOLO – CHALANA ---------------------------------------------------------------------------------------------- 23 17. SOLO – CABOCLA TERESA ----------------------------------------------------------------------------------- 25 18. SOLO – ASA BRANCA ------------------------------------------------------------------------------------------ 26 19. SOLO – LUAR DO SERTÃO ------------------------------------------------------------------------------------- 27 20. SOLO – MOURÃO DA PORTEIRA -------------------------------------------------------------------------- 28 21. A AUTORA –CLÁUDIA MORAIS NEVES ------------------------------------------------------------------- 29
  • 3. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 2 01 – AS ORIGENS DA VIOLA CAIPIRA Evidentemente o “embrião” da atual viola caipira já vinha se formando ao longo de alguns séculos durante a Idade Média. Particularmente em virtude da dominação mourisca de boa parte da Espanha por aproximadamente 800 anos. Ela surgiu da influência árabe que vem do Al-úd (está é a origem da palavra alaúde) que, naquele idioma significa “a madeira”. O Alaúde foi adotado quando seu antecessor - um instrumento rudimentar feito à base de couro e meia cabaça - passou a ser produzido com madeira. Luís Soler menciona no livro “Origens Árabes no Folclore do Sertão Brasileiro” (1ª Edição - 1995, Editora da UFSC) que: “O alaúde árabe, cultivado e difundido através de séculos e terras, na medida em que foi enriquecendo e enobrecendo seu formato e sua sonoridade, passou a incentivar parecidas melhoras em seus rudimentares congêneres europeus, os descendentes da fidula. Suas 5 ou 6 cordas duplicadas, correspondendo a tantas outras afinações básicas, seu sistema de braço provido de trastes, sua abertura circular trabalhada com um pequeno rosetão, sua caixa de cravelhas, a própria afinação das cordas, fora tantas outras características fielmente copiadas em terras cristãs. “A vihuela hispânica, sobretudo, copiou muito do alaúde, se bem que ficou divergindo do mesmo em alguns aspectos de forma, tradicionais na viola, aos quais não quis renunciar”. ALAÚDE RENASCENTISTA A viola, ou “vihuela” como era chamada em terras galaico-portuguesas, distingue-se do alaúde apenas no formato da caixa: em lugar do fundo bojudo, de “meia pêra”, ela apresenta dois tampos planos, um inferior e outro superior, interligados por altas ilhargas. Estes tampos além do mais, não têm forma oval, como acontece com o alaúde, senão apresentam um estreitamento central (uma cintura). Esta geração de violas já perfeitamente definido e muito popular em Portugal na era renascentista é a que foi trazida para o Brasil pelos jesuítas e colonos portugueses na época da colonização. Nesta época - séculos XV e XVI - a viola era o principal instrumento musical, largamente utilizados em festas e romarias conforme relatos da época.
  • 4. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 3 Segundo Luis Soler, a Viola tem este nome porque deriva do termo “fidula”, diminutivo de “fides” que era um antigo tipo de lira greco-romana de cordas pulsadas, ou melhor, um instrumento com caixa de ressonância de variadas formas, provido de cordas a serem exclusivamente pulsadas, seja com dedos, seja com “puas” ou “plectros”. Em cada região de Portugal existiam violas nos quais apresentavam variações no que tange à sua anatomia e ao número de cordas e afinações. Podemos mencionar os seguintes tipos de violas: Viola beiroa (ou bandurra), Viola campaniça (de Alentejana), Viola amarantina (ou de dois corações), Viola braguesa (ou minhota), Viola toeira (de Coimbra), VIOLA BEIROA VIOLA CAMPANIÇA VIOLA AMARANTINA VIOLA BRAGUESA VIOLA TOEIRA No Brasil, a princípio a viola manteve sua estrutura básica quanto à sua construção, dimensões e estilo. Das violas fabricadas por artesãos brasileiros, as que se tornaram mais famosas no final do século XIX e início do século XX, foram as violas de Queluz, fabricadas principalmente pelas familias Meirelles e Salgado entre as décadas de 1930 e 1940 no estado de Minas Gerais, na antiga cidade chamada Queluz, atual cidade chamada Conselheiro Lafaiete . Esta viola seguia o modelo da antiga viola toeira, de Portugal. As violas de Queluz ganharam reconhecimento nacional e internacional. A fama também chegou à literatura. Em diversos trechos de Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, FOTO DO ACERVO DE MAX ROSA
  • 5. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 4 Riobaldo menciona a viola: “Queria ouvir uma bela viola de Queluz, e o sapateado de pés dançando”, (pág 463). A famosa Viola de Queluz é hoje em dia um instrumento raro e existem muito poucas peças ainda espalhadas, principalmente pelo interior de Minas Gerais. "As violas de Queluz pararam de ser fabricadas por dois motivos. Primeiro porque os descendentes (mais especificamente os netos) dos principais fabricantes já não tinham tanto interesse em continuar com o ofício da fabricação dos instrumentos de forma artesanal. O segundo foi a chegada dos instrumentos de fábrica como Del Vechio e Tranquillo Giannini, que competiam com as violas de Queluz em desigualdade, pois eram feitos em larga escala. Com a produção em série de violas pelas primeiras fábricas de instrumentos musicais do início do século XX, fez reduzir os custos dos destas violas “seriadas” ocasionando assim, o declínio dos artesãos e de suas violas artesanais. As primeiras fábricas se instalaram em São Paulo e trouxeram também algumas evoluções nas técnicas de fabricação e construção que foram diferenciando a viola ainda mais, dos modelos tradicionais trazidos de Portugal. As principais modificações foram como, por exemplo: a escala do braço ressaltada sobre o tampo (alcançando a boca no bojo), o número de trastes até o bojo passou de dez para doze e as cravelhas que eram tarraxas de madeira foram substituídas por tarraxas metálicas. No decorrer dos anos a viola tornou-se um instrumento musical típico do interior de vários estados brasileiros nos quais é utilizada ainda hoje em festejos populares como a Folia de Reis, Festa do Divino, entre outras. Nas variadas regiões do Brasil podemos encontrar diferentes maneiras de tocar a viola, seja pela afinação ou por ritmos, pois estas variações são decorrentes dos costumes de cada região, que são passados de um violeiro para outro. Portanto, a nossa querida viola caipira é um instrumento histórico, nasceu na Europa e se “naturalizou” brasileira. 02 – AFINAÇÕES DA VIOLA Existem inúmeras formas de se afinar a viola. Entretanto, duas maneiras são as mais comuns: Cebolão e Rio-Abaixo. A afinação Cebolão é a mais comum de todas, encontrada em quase todas as regiões do país, sendo seguida pela segunda mais popular que é a Rio-Abaixo. A afinação Cebolão pode ser feita em Mi maior, Mi Bemol Maior ou Ré maior, dependendo da conveniência do violeiro. A Rio-Abaixo é feita em Sol Maior.
  • 6. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 5 A afinação Cebolão tradicionalmente é mais usada em Mi Maior, entretanto, cada vez mais, os violeiros têm optado por utilizá-la em Ré Maior, ou seja, um tom abaixo do tradicional Mi Maior. Isso ocorre, pois quando a viola é afinada em Mi, as cordas ficam com uma tensão mais alta, portanto mais dura para ser tocada. O som emitido é mais alto, mais forte, a viola "grita" mais. Assim, quando se afina em Ré, a viola fica com um toque mais suave, mais macia. O volume de som é um pouco menor. São inúmeras as afinações que se usa na viola. Muitas vezes os violeiros alteram a afinação “a seu gosto” para determinada música, sem adotar necessariamente uma afinação pré-definida. Na tabela abaixo apresentamos algumas afinações mais utilizadas: AFINAÇÕES: CEBOLÃO D CEBOLÃO E BOIADEIRA RIO ABAIXO NATURAL 1º par D / RE E / MI D / RE D / RE E / MI 2º par A / LA B/ SI A / LA B / SI B / SI 3º par F# / FA# G# / SOL# F# / FA# G / SOL G / SOL 4º par D / RE E / MI D / RE D / RE D/ RE 5º par A / LA B / SI G / SOL G / SOL A / LA A Afinação CEBOLÃO, uma das mais comuns segundo historiadores e a afinação para sapateado, por isto mesmo a preferida pelos catireiros, xibeiros, catereteiros e fandangueiros. Em geral os violeiros genuínos dizem que é a mais positiva das afinações: "é a que São Gonçalo ensinou", dizem os seus devotos. 03 – SIGNIFICADO DAS FITAS COLORIDAS Como se sabe, a VIOLA foi trazida para o Brasil pelos Colonizadores Portugueses oriundos de diversas regiões, principalmente do Norte de Portugal; a partir do Litoral Brasileiro, as Violas foram seguindo rumo ao Interior e se espalhando por todo o país. A VIOLA era na época o instrumento musical mais popular em Portugal com diferentes estilos regionais para o instrumento, sem fugir, no entanto, do seu padrão típico. Aliás,
  • 7. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 6 também herdamos de Portugal o culto ao São Gonçalo do Amarante (desde 1551), "Protetor dos Violeiros". É muito comum que o violeiro tenha as famosas fitinhas coloridas amarradas no braço do tradicional instrumento musical caipira raiz. Suas cores possuem significado de acordo com as tradicionais Folias de Reis que acontecem no mês de Janeiro em diversas regiões do Brasil:  FITA BRANCA  representa Jesus  FITA ROSA  representa José  FITA AZUL CLARO  representa Maria  FITA AZUL ESCURO  representa São Gonçalo do Amarante  FITA AMARELA representa Belchior (Três Reis Magos)  FITA VERMELHA  representa Baltazar (Três Reis Magos)  FITA VERDE  representa Gaspar (Três Reis Magos)  FITA PRETA  essa representa o “coisa ruim" com o qual o violeiro pode ter feito o famoso pacto... 04 – AS DOENÇAS DA VIOLA A VIOLA, como costuma dizer os mestres violeiros, padece das muitas doenças que atormentam o ser humano. A VIOLA resfria-se, se "constipa", apanha "quebranto", fica rouca ou fanhosa, se "destempera" e chega até a ficar reumática. Para cuidar da sua VIOLA, existem alguns cuidados: Contra QUEBRANTO galhinho de arruda no seu interior, jogado boca adentro em noite de 6a. feira, na primeira após a compra do instrumento; Para dar melhor “VOZ” às cordas  tem uma simpatia: colocar um guizo de cascavel dentro da caixa acústica da viola (corpo) Contra o MAL OLHADO e a INVEJA  nada melhor do que uma fita vermelha amarrada no braço da viola. E bom violeiro é sempre invejado! Há violas que se "constipam", isto é, que se resfriam só pelo fato de serem guardadas com as cordas encostadas á parede que lhe transmite umidade. Violeiro que se preza não a dependura assim e sim a mete num saco para guardar num gancho ou prego. À noite estando sozinha, sente frio, porque nos braços do violeiro, ela sente calor. Mas, há violas que precisam tomar sereno para ficar com boa voz, para "declarar bem". Outras, com o sol se arruínam e chegam a se "destripar", descolam o tampo dos aros: é a insolação. Antes de guardar a viola, deve-se passar um pano sobre as cordas, num sentido só, "para não lhe tirar o sentido", endoidecê-la: do trasto para a palheta, assim ela não ficará fanhosa.
  • 8. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 7 Até o enfeite das violas é amuleto sanitário: a pintura de flores em sua tampa ajuda a afastar o quebranto. E as flores escolhidas são aquelas onde predomina o vermelho, por exemplo, as flores da maravilha com as quais as crianças ainda hoje fazem colares e antigamente os violeiros, principalmente os negros, colocavam-nas no pescoço nas romarias de São Gonçalo ou nos pousos de cururu. Violeiro que se preza não carrega viola debaixo do braço e sim na mão, segurando-a pelo seu braço. "Viola é mulher, e quem sai com ela na rua, vai de braço dado. Violeirinho de meia pataca é que põe a viola debaixo do braço. O sovaco é lugar de encostar a muleta e não a viola". Viola carregada debaixo do braço fica reumática, não afina mais, fica mancando das cordas. Embora a viola tenha lá suas doenças, é inegável o poder que ela possui para curar as doenças quando tocada em romarias para São Gonçalo do Amarante. A viola nas danças do santo português - padroeira dos violeiros, além de arrumar casamento para as moças que vão ficando para "tias", cura também reumatismo. Quem num cateretê "pisar nas cordas da viola", isto é seguir-lhe o ritmo, sem errar, jamais ficará doente dos pés, das pernas, nunca terá "veia quebrada" - varizes. E' portanto um preventivo maravilhoso que só os catireiros têm o privilégio de possuir. Se por um lado há doenças da viola, por outro ela tem grande função medicinal. Ela cura as doenças, mata a saudade, elimina a tristeza. A lei da compensação ai está: o bom violeiro cuida de sua viola para que ela não apanhe doenças, seja sempre sã, e ela recompensa, uma boa viola, bem tocada dá alegria para o homem e já dizia Salomão nos seus Provérbios: "O coração alegre aformoseia o rosto, mas pela dor do coração, o espírito se abate". É por isso que "violeiro morre é de velho". 05 – BRAÇO DA VIOLA Apresentamos aqui o nome das notas nas 12 casas do braço da viola:
  • 9. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 8 06 – AFINAÇÃO DA VIOLA EM CEBOLÃO – MI MAIOR 07 – CIFRAS Para indicar as notas musicais usamos uma nomenclatura internacional e cada nota é representada por uma letra e, são essas letras que utilizamos nas músicas cifradas, portanto, é muito importante sua memorização: A B C D E F G LA SI DO RE MI FA SOL Existem outros símbolos que acompanham as letras formando diferentes acordes e são eles: 08 – ACORDES Cada acorde é formado por três ou mais notas; o conjunto mais simples é de três notas (tríade), formada por três notas da escala seguindo certa regra. Tomando como exemplo a escala de dó maior: C D E F G A B C 1 2 3 4 5 6 7 8 TÔNICA TERÇA QUINTA Intervalo de terça Intervalo de terça m menor Exemplos: # sustenido Cm = Dó menor b bemol B7 = Si com sétima 7 sétima A#m = Lá sustenido menor ° diminuto D° = Re diminuto E = Mi maior
  • 10. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 9 O acorde de DO MAIOR terá as notas DO+ MI +SOL, visto que, os acordes sãos construídos de TERÇAS (3 em 3 notas). A primeira nota (DO) dá nome ao acorde, a terceira (MI) o classifica em maior ou menor e a quinta nota (SOL) o classifica em aumentado ou diminuto (no caso de escala aumentada ou diminuta). 09 – SEQUÊNCIAS DE ACORDES SEQUÊNCIA DE ACORDES  I – I7 – IV – V7
  • 11. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 10
  • 12. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 11 10 – RITMOS São popularmente conhecidos como “batidas da mão direita”. Aqui vamos apresentar os mais populares.
  • 13. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 12
  • 14. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 13
  • 15. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 14
  • 16. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 15 11 – TABLATURA É uma forma de notação musical específica instrumentos de cordas com trastes. Nesse esquema, as linhas representam as cordas da mais aguda (fina) para a mais grave (grossa), e os números representam a casa em que a corda deve ser pressionada. Uma linha vazia indica que a corda não deve ser tocada. Um número zero indica que a corda deve ser tocada solta. Ao contrário das partituras que exigem maior conhecimento de música e bastante treino as tablaturas são voltadas para o músico iniciante ou prático. Veja o exemplo:
  • 17. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 16 12 – ESCALAS EM MI MAIOR ESCALAS EM TERÇAS:
  • 18. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 17 ESCALAS EM SEXTAS: ESCALAS EM OITAVAS:
  • 19. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 18 ESCALAS VERTICAIS:
  • 20. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 19 13 – ESCALAS EM LA MAIOR ESCALAS EM TERÇAS:
  • 21. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 20 ESCALAS EM SEXTAS: ESCALAS EM OITAVAS:
  • 22. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 21 ESCALAS VERTICAIS
  • 23. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 22 14 – CHICO MINEIRO Viola Brasileira Compositores: TONICO E FRANCISCO RIBEIRO Afinação: Cebolão Transcrição: Cláudia Neves A B7 E C#m F#m 1|--4-5-7---9--9--9--9--11-11-11---9--7-7-7-7--12-12-12-12--5-5-5-5-- 2|--5-7-9--10-10-10-10--12-12-12--10--9-9-9-9--14-14-14-14--7-7-7-7-- 3|------------------------------------------------------------------ 4|------------------------------------------------------------------ 5|------------------------------------------------------------------ B7 E E B7 E 1|--7-7--5-5--4---||---4—7---7—7---7—6—5--5----2—5---5—5--4—7—7------ 2|--9-9--7-7--5---||---5—9---9—9---9—8—7--7----4—7---7—7--5—9—9------ 3|---------------:||------------------------------------------------- 4|----------------||------------------------------------------------- 5|----------------||------------------------------------------------- E B7 E E7 A 1|--4—7---7—7---7—6—5--5----2—5---5—5--4—2—4------9--9---12—12------- 2|--5—9---9—9---9—8—7--7----4—7---7—7--5—4—5-----10—10---14—14------- 3|------------------------------------------------------------------- 4|------------------------------------------------------------------- 5|------------------------------------------------------------------- B7 E C#7 F#m 1|--11--9--9---12—---12—11---11--9---9—7—7-7---11--9---9—7—-7—6-5-5-- 2|--12—10—10---14—---14—12---12—10-—10—9—9-9---12—10--10—9—-9—8—7—7-- 3|------------------------------------------------------------------- 4|------------------------------------------------------------------- 5|------------------------------------------------------------------- B7 E 1|---9—7---7—5--5—4—4-4----|| 2|--10—9---9—7--7—5—5-5----|| 3|-------------------------|| 4|-------------------------|| 5|-------------------------||
  • 24. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 23 15– CUITELINHO Viola Brasileira DOMÍNIO PÚBLICO Afinação: Cebolão Transcrição: Cláudia Neves Intro: E B7 A B7 E B7 B7 A B7 E 1|--4---5—7—2----4—5-0----2—-4—-2-----4---5—7—2----4—5—0-----—2—0---|| 2|--5---7—9—4----5—7—2----4—-5-—4-----5---7—9—4----5—7—2----4—4—0---|| 3|----------------------------------------------------------3-------|| 4|------------------------------------------------------------------|| 5|------------------------------------------------------------------|| Solo: E B7 E 1|----4—4---2—4—5—7—7—5—4—2-------—2—2--||--------------------2—4—5—7—5—4—2—0—0---| 2|-0--5—5---4—5—7—9—9—7—5—4--5—4—5-4—4--||--4—4—4—-2—2—0—0—0--4—5—7—9-7—5—4—0—0---| 3|-0-------------------------5—3—5-----:||--3—3—3—-1—1—0—0—0----------------------| 4|--------------------------------------||----------------------------------------| 5|--------------------------------------||----------------------------------------| Meio: E B7 A B7 E 1|--4---5—7—2----4—5-0----2—4—4---|| 2|--5---7—9—4----5—7—2----4—5—5---|| 3|--------------------------------|| 4|--------------------------------|| 5|--------------------------------|| 16 – CHALANA Viola Brasileira Compositores: MÁRIO ZAN E ARLINDO PINTO Afinação: Cebolão Transcrição: Cláudia Neves Intro:E B7 E 1|---------------------------------------------------------------- 2|--0----0----0-0-0----0-0-0----0-0-0---0-0-0----0-0-0---0-0-0---- 3|--3----3----3-3-3----3-3-3----3-3-3---3-3-3----3-3-3---3-3-3---- 4|--4----4----4-4-4----4-4-4----2-2-2---2-2-2----4-4-4---4-4-4---- 5|--5----5----5-5-5----5-5-5----4-4-4---4-4-4----5-5-5---5-5-5---- B A G#m F#m E Solo:E B7 E 1|--7-7---5-5---4-4---2-2--0---||------------------------------------ 2|--7-7---5-5---4-4---2-2--0---||------------------------------------ 3|--7-7---5-5---3-3---1-1--0---||--0—0---0—0—1—3—-3----3—7--3--1--0-- 4|--7-7---5-5---4-4---2-2--0---||--0—0---0—0—2—4—-4----4—7--4--2--0-- 5|-----------------------------||------------------------------------
  • 25. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 24 B7 A E 1|---------------------------------||-------------------------------- 2|---------------------------------||-------------------------------- 3|--0---0---0—1—3—-3---3—3—-1--0---||:-5—5—5—5—5—3—5--3—3—3—1—0—1—3-- 4|--0—2—0—2—0—2—4—-4---4—4—-2--0—2-||--5—5—5—5—5—4—5--4—4—4—2—0—2—4-- 5|----4---4----------------------4-||-------------------------------- B7 E 1|--------------------------------------------||--------------------- 2|--------------------------------------------||--------------------- 3|-----------1—1---7----5—5--3—3---1-1--0—0--:||--0—0—0—0—0—12—12---- 4|--2—2—2—2—-2—2---7----5—5--4—4---2—2--0—0---||--0—0—0—0—0—12—12---- 5|--4—4—4—4—----------------------------------||--------------------- B7 A B7 E 1|------------------------------------------------------------------ 2|------------------------------------------------------------------ 3|--12—12—-10—10---8—8--7---5—5—5—5—5—8—8-----8—8--7---5—5---3—3---- 4|--12—12—-11—11---9—9—-7---5—5—5—5—5—9—9-----9—9—-7---5—5---4—4---- 5|------------------------------------------------------------------ B7 1|------------------------------------------------------------- 2|------------------------------------------------------------- 3|------0---0---0—1—3—3---7—7---5---3—3—2—1----7—7—7—5—5—7—7--- 4|------0—2—0—2—0—2—4—4---7—7---5---4—4—3—2----7—7—7—5—5—7—7--- 5|--------4---4------------------------------------------------ E A E 1|-----------------------||----------------------------------- 2|-----------------------||----------------------------------- 3|--5—5—-3-3--1—1—-0—0---||:--5—5—5—5—5—3—5---3—3—3—1—0—1—3--- 4|--5—5—-4-4--2—2—-0—0---||---5—5—5—5—5—4—5---4—4—4—2—0—2—4--- 5|-----------------------||----------------------------------- B7 E 1|--------------------------------------------|| 2|--------------------------------------------|| 3|-----------1—1---7----5—5--3—3---1-1--0—0--:|| 4|--2—2—2—2—-2—2---7----5—5--4—4---2—2--0—0---|| 5|--4—4—4—4—----------------------------------||
  • 26. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 25 17 - CABOCLA TERESA Viola Brasileira Compositores: RAUL TORRES e JOÃO PACÍFICO Afinação: Cebolão Transcrição: Cláudia Morais Intro: E7 A E7 A E7 A 1|-------------------------------------------------------------0---|| 2|-3/5-5-5-5-3-0-------7-7-7-7-5-2-------3/5-5-5-5-3-0---5--3--1---|| 3|-3/5-5-5-5-3-0-0-----6-6-6-6-5-1-1-----3/5-5-5-5-3-0-0-5--3--2--:|| 4|---------------0-0---------------0-0-----------------0-------1---|| 5|-----------------0-----------------2-------------------------2---|| Solo: A D A E7 D E7 1|------------------------------------------------------------------- 2|--2-3/5--5-7--7-5-5-5--2-3/5--5-5-5--5-4-3---7/9-9--9-10--10-9-9-9- 3|--1-3/5--5-6--6-5-5-5--1-3/5--5-5-5--5-4-3---6/8-8--8-10--10-8-8-8- 4|------------------------------------------------------------------- 5|------------------------------------------------------------------- D E7 A A D A E7 1|------------------------------------------------------------------ 2|--7-7--5-5--3-3--2----2-3/5--5-7--7-5-5-5---2-3/5--5-5-5--5-4-3--- 3|--6-6--5-5--3-3--1----1-3/5--5-6--6-5-5-5---1-3/5--5-5-5--5-4-3--- 4|------------------------------------------------------------------ 5|------------------------------------------------------------------ D E7 A 1|--------------------------------------------|| 2|--7/9-9--9-10--10-9-9-9---7-7--5-5--3-3—2---|| 3|--6/8-8--8-10--10-8-8-8---6-6--5-5--3-3—1---|| 4|--------------------------------------------|| 5|--------------------------------------------||
  • 27. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 26 18 - ASA BRANCA Viola Brasileira Compositores: LUIZ GONZAGA E HUMBERTO TEIXEIRA Afinação: Cebolão Arranjo e Transcrição: Cláudia Neves Intro: E7 A E7 A E7 A 1||-10-----9----7----5----4---2-0---0-0--||--0---0-0--0---0-0|| 2||----12---10----9----7----5-----2------||----2--------2----|| 3||:------------------------------------:||------------------|| 4||--------------------------------------||------------------|| 5||--------------------------------------||------------------|| Solo: E E7 A E B7 E E7 A 1||---0-2-4---7-7-4-5-5---0-2-4--7-7--5-4---0-0-2-4--7---7—5—4—0--5--| 2||------------------------------------------------------------------| 3||:--0-1-3---6-6-3-5-5---0-1-3--6-6--5-3---0-0-1-3--6---6—5—3—0--5--| 4||------------------------------------------------------------------| 5||------------------------------------------------------------------| B7 E E7 A B7 E 1|--4-4-2-2-4--2-2-0-0--0-0-2-4--7--7—5—4—0--5--4-4--2-2-4---2-2—0-0--|| 2|--------------------------------------------------------------------|| 3|--3-3-1-1-3--1-1-0-0--0-0-1-3--6--6—5—3—0--5--3-3--1-1-3---1-1-0-0-:|| 4|--------------------------------------------------------------------|| 5|--------------------------------------------------------------------||
  • 28. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 27 19 - LUAR DO SERTÃO Viola Brasileira Compositores: JOÃO PERNAMBUCO e CATULO DA PAIXÃO CEARENSE Afinação: Cebolão Transcrição: Cláudia Morais Refrão: E C#m F#m F#m B7 B7 E E 1|-----0--------2--4-------2--5-------4--2------0------------------------0----0-- 2|--0-------0----------0----------7----------2-----4------2--0------------0------ 3|--------0----------0----------5----------1-----------3---------1--1--0----0-0-- 4|-----0--------2--4-------2--5-------4--2------0--2-2----0----2----------------- 5|--0--------------------------------------------------------0------2--0--------- E C#m F#m F#m B7 B7 E E 1|-----0--------2--4-------2--5-------4--2-------0-----------------2--0-------0--|| 2|--0-------0----------0----------7----------2-----4------2--0----------0---0-0--|| 3|--------0----------0----------5----------1-----------3---------1--------0---0--|| 4|-----0--------2--4-------2--5-------4--2-------0-2-2----0----2---2--0-------0--|| 5|--0--------------------------------------------------------0----------------0--|| Estrofe: E C#m F#m B7 E B7 1|---------0-0-0--2-4-4-4--2-5-5-5--4-2-2-2--0-----------------------0---------- 2|--0-2-4---------------------------------------4-4-4--2--0-0-0--------0-------- 3|---------0-0-0--1-3-3-3--1-5-5-5--3-1-1-1--0-------------------1-0-----0------ 4|----0-2---------------------------------------2-2-2--0------------------------ 5|--4-----------------------------------------------------4-4-4--2-0--------0--- E C#m F#m B7 E B7 1|---------0-0-0--2-4-4-4--2-5-5-5--4-2-2-2--0--------------2-2-4-0-------------|| 2|--0-2-4---------------------------------------4-4-4--2--0---------0---0-------|| 3|---------0-0-0--1-3-3-3--1-5-5-5--3-1-1-1--0--------------1-1-3-0---0---------|| 4|----0-2---------------------------------------2-2-2--0------------------------|| 5|--4-----------------------------------------------------4----------------0----||
  • 29. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 28 20 – MOURÃO DA PORTEIRA Viola Brasileira Compositor: RAUL TORRES E JOÃO PACÍFICO Afinação: Cebolão Transcrição: Cláudia Morais INTRO: E B7 A B7 E 1|---4—4—4—4-—4—2—2-------------9-—9—-9—-9-—----9—7—7—5—5—4------|| 2|---5—5—5—5—-5—4—4—5—5—4—4----10—10—10—10-----10-9—9—7—7—5------|| 3|------------------5—5—3—3--------------------------------------|| 4|---------------------------------------------------------------|| 5|---------------------------------------------------------------|| SOLO: E C#m B7 A B7 E 1|---4—4—4—4-—4—2—2---------------------------------------------- 2|---5—5—5—5—-5—4—4—5—5—4—4---4—4—4—5---5—4—4—2—2—0-------------- 3|------------------5—5—3—3---3—3—3—5---5-3—3—1—1—0-------------- 4|--------------------------------------------------------------- 5|--------------------------------------------------------------- C#7 F#m B7 E 1|--------------------------------------------------------------|| 2|---2/4—4—4—4---4—2—2—0—0---------2/4—4—4—4---4—2—2—0—0--------|| 3|---1/3—3—3—3---3—1—1—0—0-1-1-----1/3—3—3—3---3—1—1—0—0—0-—----|| 4|-------------------------2-2---------------------------0------|| 5|-----------------------—--------------------------------------|| INTRO: E B7 A B7 E 1|---4—4—4—4-—4—2—2-0-0---------9-—9—-9—-9-—----9—7—7—5—5—4------|| 2|---------------------—4—4--------------------------------------|| 3|---3-3-3-3--3-1-1-0—0—--------8--8--8--8------8-7-7-5-5-3------|| 4|----------------------2-2--------------------------------------|| 5|---------------------------------------------------------------|| SOLO: E C#m B7 A B7 E 1|--7/12—12—12—12---12—11—11—9—9—7—7—--5/7—7—7-9---9—7—7-5—5—4---- 2|---------------------------------------------------------------- 3|--7/12—12—12—12---12—10—10—8—8—7—7—--5/7—7—7-8---8-7—7—5—5—3---- 4|---------------------------------------------------------------- 5|---------------------------------------------------------------- C#7 F#m B7 E 1|--5/7—7—7—7---7—5—5—4—4---2—2----5/7—7—7—7---7—5—5—4—4—0-------|| 2|---------------------------------------------------------------|| 3|--5/7—7—7—7---7—5—5—3—3---1—1----5/7—7—7—7---7—5—5—3—3—0-------|| 4|---------------------------------------------------------------|| 5|---------------------------------------------------------------||
  • 30. VIOLA CAIPIRA – VOLUME I – Cláudia Morais Neves / Direitos Reservados / 2011 29 21 – A AUTORA – CLÁUDIA MORAIS NEVES  Habilitada em música – violão, pela UFU - Universidade Federal de Uberlândia, 2002.  Curso Técnicos de Piano, Violão, Guitarra e Magistério em Educação Artística.  Curso de Qualificação em Patrimônio Cultural pela Universidade Federal de Juiz de Fora – CEAD/UFJF, 2010.  Possui outros cursos de qualificação e atualização profissional nas áreas de artes, cultura, gestão de cultura, gestão de negócios, elaboração de projetos, gestão de patrimônio cultural e música.  Professora de música há 20 anos atuando nos conservatórios do Triângulo Mineiro (Ituiutaba, Uberlândia, Uberaba e atualmente em Araguari).  Criadora, coordenadora, arranjadora e violeira do grupo “Orquestra Viola de Arame” (12 integrantes) que neste ano recebeu o Prêmio Rozzini de Excelência da Viola Caipira 2010 e vem desde 2006 se apresentando em eventos diversos e ministrando aulas gratuitas de viola caipira.  Diretora Executiva da Associação Amarração de Arte, Cultura e Educação em atuação em Araguari/MG desde 2006.  Gestora Cultural e Diretora Executiva do Ponto de Cultura Amarração em Araguari- MG.  Gestora Cultural e Consultora da Empresa Pro-Arte Consultoria e Eventos Ltda desde 2008, responsável pelas atividades de elaboração de projeto, gestão de projetos, consultoria a órgãos públicos municipais, criação de ONG’s e cursos de treinamento e formação em gestão de cultura, mecanismos de incentivos culturais e SNC (Sistema Nacional de Cultura) e PNC (Plano Nacional de Cultura), dentre outras atividades.  Articuladora de cultura e uma das idealizadoras da Associação Cultura Minas que hoje integra 21 municípios mineiros em rede para ações voltadas para a gestão da cultura, sendo a palestrante em 2010 de 14 seminários que trataram da Gestão Pública Municipal e apresentou o Plano e o Sistema Nacional de Cultura, realizando a assinatura do termo de cooperação desses municípios com o SNC/MinC.  Uma das redatoras da Lei que instituiu o Programa Municipal de Incentivo a Cultura de Araguari/MG em 2006.  Membro da CAS – Comissão de Análise e Seleção de Projetos do Programa Municipal de Incentivo a Cultura de Araguari entre 2007 e 2010.  Co-fundadora do Fórum Permanente de Cultura de Araguari integrando todos os segmentos da cultura local para discussão sobre melhorias nas políticas públicas de cultura locais, interferindo de forma positiva na gestão pública e obtendo bons resultados entre 2005 e 2010.  Musicista, atuando junto a vários grupos musicais durante os 33 anos de carreira, dentre eles quartetos, orquestras de violões, bandas, trios, grupos corais, etc.