Seminário sobre os principais fatos históricos e geográficos referentes à Oceania, desde de seus arquipélagos à Austrália e a Nova Zelândia.
Obs.: Infelizmente não foi possível dar "upload" nos vídeos do Slide 3.
2. Aspectos Gerais I
A Oceania é formada por uma massa continental (a
Austrália), a parte leste da ilha de Nova Guiné, as ilhas
que constituem a Nova Zelândia e pequenas ilhas e
atóis que se espalham pelo oceano Pacífico. Essas ilhas
menores estão divididas em três grupos geográficos: a
Polinésia, no extremo leste, a Melanésia, na região
central, e a Micronésia, situada ao norte.
A população continental está distribuída de forma
desigual nos 14 países. A Austrália, maior nação
continental, abriga cerca de 60% dos habitantes da
Oceania – o país é habitado por 21.292.893 pessoas,
conforme contagem realizada em 2009. Papua Nova
Guiné (6,7 milhões de habitantes) e Nova Zelândia (4,2
milhões) são as outras nações populosas da Oceania.
A Oceania é o menor continente terrestre, apresentando uma extensão territorial de 8.935.000 Km². Essa
porção do planeta é a segunda menos habitada do planeta – somente a Antártica possui menor
contingente populacional. A população total da Oceania é de aproximadamente 32 milhões de
habitantes, correspondendo a 0,5% da população mundial. A densidade é de apenas 4 hab./km².
3. Aspectos Gerais II
Há diferenças marcantes entre os países que compõem a
Oceania. A Austrália e a Nova Zelândia são nações
desenvolvidas. Os demais países possuem economia frágil e
dependem de ajuda externa. Alguns procuram afirmar-se
como destino turístico ou paraíso fiscal (isenções de impostos
para atrair capitais de investidores internacionais).
Animação mostrando o processo
dinâmico da formação de um atol
de coral. Os corais (representados
em tons de roxo e de castanhorosa) estabelecem um crescimento
em volta do console oceânico,
dando forma a um recife. Em
circunstâncias favoráveis, o recife
expandirá.
Eventualmente
o
console do subsolo completamente
abaixo da água, deixa um anel de
crescimento do coral com uma
lagoa aberta no centro. O processo
da formação do atol demora 30
milhões de anos a ocorrer.
Além de destaque econômico, a Austrália consolida-se
como força militar e política da região, intervindo em
conflitos internos de países como Ilhas Salomão, Nauru e
Papua Nova Guiné – e Timor-Leste, nação que faz parte
da Ásia, em região fronteiriça com a Oceania.
A Oceania enfrenta graves desafios ambientais. Estudos
indicam que em um século a elevação do nível dos
oceanos, causada pelo aquecimento global, poderá
submergir ilhas e atóis da região, como Kiribati, Tuvalu e
Ilhas Marshall. Preocupa também a poluição de seus
mares por resíduos tóxicos (óleo, pesticidas e
fertilizantes) e a contaminação radioativa resultante de
testes nucleares da França e dos Estados Unidos.
O atol de Bikini foi parte do programa de
testes nucleares desenvolvido pelos
Estados Unidos da América, após ser
invadida durante a 2ª Guerra Mundial.
No local foram lançadas mais de 20
bombas de hidrogênio e bombas
nucleares, entre julho de 1946 e 1958.
4. O Povoamento da
Oceania I
Durante os Períodos Glaciais, Austrália, Nova Guiné e Tasmânia eram
ligadas por pontes terrestres, formando um único continente,
conhecido como Sahul. Os Austroloides, primeiro povo a habitar a
região, eram os antepassados dos atuais papuas e dos aborígenes
australianos, que devem ter chegado a Sahul há 60.000 anos.
A seguinte onda significativa de emigrantes só aconteceu em 6000
a.C., quando povos austronésios vindos de Taiwan se espalharam
pelas Filipinas e chegaram à Nova Guiné, miscigenando-se com os
nativos Austroloides, originando a heterogênea população da Melanésia. Por volta de 1500 a.C., esses
austronésios, os maiores navegantes da
pré-história, chegaram às Fiji - vindos de
Vanuatu e, pouco depois, a Tonga e a
Samoa, ponto de (partida) para a
posterior expansão polinésia para o
Pacífico
Oriental,
acabando
na
ocupação de ilhas tão distantes como o
Havaí, ao norte, a Nova Zelândia
(Aotearoa), ao sul e a ilha de Páscoa
(Rapa Nui), ao leste.
Austroloides (60.000-50.000 a.C.): antepassados dos melanésios e
dos aborígenes australianos;
Austronésios (3.000 a.C.): antepassados dos aborígenes da
polinésia, da melanésia e, em parte, da micronésia;
5. O Povoamento da
Oceania II
O povoamento das ilhas da
Micronésia teve origens étnicas
distintas, já os povos da
Polinésia encontram origens
étnicas, linguísticas e culturais
semelhantes.
Símbolos
da
cultura polinésia conhecidos
mundialmente são as estátuas
tiki e a festa luau, além de seu
estilo de tatuagem.
Os austronésios guiaram-se unicamente com a
localização dos astros, direção do vento e
características das ondas - que revela a
localização de ilhas. Dominavam a cerâmica,
cujo estilo singular da mesma era ricamente
decorado. Também dominavam a agricultura,
encontrando subsistência no taro, no inhame, na
batata-doce, na mandioca, na banana, no coco,
na cana-de-açúcar e no arroz.
Austroloides (60.000-50.000 a.C.): antepassados dos melanésios e
dos aborígenes australianos;
Austronésios (3.000 a.C.): antepassados dos aborígenes da
polinésia, da melanésia e, em parte, da micronésia;
6. Polinésia
A Polinésia (do grego “poli” ["muitas"] + “nisa”
["ilha"]) é um conjunto de ilhas no Oceano
Pacífico.
Estendida sobre uma superfície oceânica
enorme, tem em conjunto 298.000 km² de área
e 4,5 milhões de habitantes. As suas ilhas
maiores têm origem vulcânica, e as menores
têm origem coralina. Dado que todo o território
da Polinésia se encontra compreendido entre
os trópicos, ela apresenta um clima equatorial
ou tropical muito quente e úmido.
A maior parte das ilhas pertence aos Estados Unidos (Havaí, Midway, Samoa), à Nova Zelândia (Ilhas Cook,
Tokelau), à França (as Ilhas Marquesas, Tuamotu, Tubuai e ilhas da Sociedade que formam a Polinésia
Francesa) e ao Chile (Ilha da Páscoa, Sala e Gómez).
Muitas destas ilhas desempenham um importante papel estratégico, como bases navais ou aéreas.
Quase todas têm uma economia pouco desenvolvida, que se baseia na agricultura de subsistência e
numa modesta agricultura comercial. A exceção constitui as ilhas do Havaí, que, por possuírem uma
economia baseada no turismo americano, gozam de grande prosperidade.
12. Melanésia
Melanésia (palavra de origem grega que significa "ilhas dos
negros") é uma região da Oceania, no extremo oeste do
Oceano Pacífico e a nordeste da Austrália, que inclui os
territórios das ilhas Molucas, Nova Guiné, ilhas Salomão,
Vanuatu, Nova Caledónia e Fiji.
O termo foi cunhado por Jules Dumont d'Urville em 1832
para identificar um grupo de ilhas com características
étnicas distintas dos nativos da Polinésia e da Micronésia.
Neste momento, classificação racial de d'Urville já não se
pode considerar apropriada devido à diversidade cultural,
linguística e genética dos habitantes da Melanésia e este
nome é usado apenas para identificar uma região
geográfica.
Vários estudos sugerem que os melanésios são um dos
povos mais antigos do Pacífico, tendo uma origem em
comum com os aborígenes australianos.
17. Micronésia
Micronésia (do grego μικρόν = pequeno e νησί = ilha) é o nome de
uma região do Oceano Pacífico ocidental localizada entre as
Filipinas a oeste, a Indonésia a sudoeste, a Nova Guiné e a
Melanésia a sul e a Polinésia a sudeste e leste.
É formada por centenas de pequenas ilhas agrupadas em vários
arquipélagos e divididas por sete territórios:
As Ilhas Marianas, divididas entre:
• as Ilhas Marianas do Norte (um “Estado Livre Associado” aos Estados
Unidos) e
• o Território de Guam (uma dependência dos Estados Unidos);
As Ilhas Carolinas, que agrupam:
• os Estados Federados da Micronésia e
• a República de Palau;
a República das Ilhas Marshall, um grupo principalmente de atóis;
a República de Nauru, um atol elevado, isolado a sul do grupo anterior e
a República de Kiribati que, por sua vez, agrupa vários grupos de ilhas.
Muitas destas ilhas foram ocupadas sucessivamente pelos espanhóis, pelos britânicos, pelos alemães e pelos
japoneses. Com a derrota destes na Segunda Guerra Mundial, os territórios formaram o Protetorado das Ilhas
do Pacífico das Nações Unidas, administrado pelos Estados Unidos.
22. Austrália
A Austrália forma a massa continental da Oceania e
apresenta grande diversidade de paisagens: florestas
tropicais, desertos, montes nevados e praias. Ao longo da
costa nordeste fica a formação de corais mais importante do
planeta, a Grande Barreira Coralina. O país é um dos líderes
na exportação de carvão e importante produtor de minério
de ferro e ouro.
Tecnologicamente avançada e industrializada, a Austrália é
um próspero país multicultural e tem excelentes resultados em
muitas comparações internacionais de desempenhos
nacionais, tais como saúde, expectativa de vida, qualidade
de vida, desenvolvimento humano, educação pública,
liberdade econômica, bem como a proteção de liberdades
civis e direitos políticos.
As cidades australianas também rotineiramente situam-se
entre as mais altas do mundo em termos de habitabilidade,
oferta cultural e qualidade de vida. Com alto padrão de
vida, a nação tem o segundo melhor Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH).
28. Colonização da Austrália
Os povos aborígines habitam as terras que formam a
Austrália desde, pelo menos, 45 mil anos antes de Cristo.
Calcula-se que a população no território estava entre 150
mil e 350 mil pessoas antes da chegada dos colonizadores
europeus (hoje são aproximadamente 60 mil). Depois das
incursões de holandeses, portugueses e franceses nas terras
australianas, o explorador inglês James Cook desembarca
em 1770 na ilha, consolidando a posse britânica sobre a
Austrália. Em 1788, é estabelecida uma colônia penal para
criminosos ingleses. A população
começa a crescer com a
chegada maciça de imigrantes.
A economia se desenvolve com
a transformação de vastas
regiões em pastagens e em
decorrência da corrida do ouro
na segunda metade do século
XIX.
A corroboree of natives in Mills Plains - John Glover
Corroborre é um encontro cerimonial dos aborígenes australianos.
James Cook
Navegador, explorador e cartógrafo inglês, James Cook
nasceu em 1728 e morreu em 1779. As suas viagens
deram um contributo inestimável para o conhecimento
geográfico, e foram também importantes para a
constituição do império ultramarino britânico.
Cook explorou as rotas e a costa canadiana (em 1759 e,
depois, em 1763-1767), e conduziu três célebres
expedições ao Oceano Pacífico, desde a Antártida até
ao Estreito de Bering, e da costa norte da América até à
Austrália e à Nova Zelândia. Em 1768 foi-lhe dado o
comando de uma expedição ao Pacífico Sul para
testemunhar o eclipse do sol. Empreendeu depois
expedições ao Taiti, à Nova Zelândia e à Austrália (17691771), local que nomeou de Nova Gales do Sul.
James Cook, retratado por
Nathaniel Dance-Holland - 1775
Regressado a Inglaterra, voltou a fazerse ao mar, desta vez já com o cargo de
comandante.
Fez
uma
circumnavegação do mundo para explorar o
Pacífico Sul (1772-1775) e com o
objetivo de abrir do Pacífico para o
Atlântico a "passagem de nordeste".
Explorou também o Oceano Antártico e
descobriu a Nova Caledónia, Nova
Geórgia, as Ilhas Salomão e Lealdade.
Cartografou toda a costa da Sibéria. No
caminho de Taiti para o Estreito de
Bering, descobriu as ilhas Havaí (1778),
onde foi morto por um indígena.
29. O Reconhecimento de Uma
Austrália Independente - I
A corrida do ouro começou na Austrália no início da década de
1850 e uma rebelião contra as taxas de licença de mineração em
1854 foi uma expressão inicial de desobediência civil. Entre 1855 e
1890, as seis colônias individualmente adquiriram um governo
responsável, gerindo a maioria dos seus próprios assuntos,
enquanto parte restante do Império Britânico.
Em 1 de janeiro de 1901, a federação das colônias foi constituída
após uma década de planejamento, consulta e votação. A
Comunidade da Austrália foi criada e tornou-se um domínio do
Império Britânico em 1907. O Território da Capital Federal foi
formado em 1911 como a localização para a futura capital
federal de Canberra. Em 1914, a Austrália foi aliada do Reino
Unido durante a Primeira Guerra Mundial. Os australianos
participaram em muitas das grandes batalhas travadas na Frente
Ocidental.
30. O Reconhecimento de Uma
Austrália Independente - II
O Estatuto de Westminster (1931) terminou formalmente com a maioria das
ligações constitucionais entre a Austrália e o Reino Unido. A Austrália adotou
o estatuto em 1942, mas com efeitos retroativos a 1939, ano em que entrou
na Commonwealth britânica. Após a Segunda Guerra Mundial, a Austrália
encorajou a imigração da Europa. Desde os anos 1970 e após a abolição
da política Austrália Branca, a imigração da Ásia e de outros lugares
também foi promovida. Como resultado, a demografia, cultura e
autoimagem da Austrália foram transformadas.
Os laços constitucionais finais entre a Austrália e o Reino Unido foram
cortados com a aprovação do Australia Act 1986, acabando com qualquer
papel britânico no governo dos estados australianos e, fechando a
possibilidade de recurso judicial para Conselho Privado do Reino Unido, em
Londres.
Bandeira da Commonwealth Britânica
Em um referendo de 1999, 55% dos eleitores australianos e uma maioria em
cada estado australiano rejeitou a proposta do país se tornar uma república
com um presidente nomeado pelo voto de dois terços de ambas as Casas
do Parlamento Australiano. Desde então, tem existido um foco crescente na
política externa dos laços com outras nações do Pacífico, mantendo laços
estreitos com os aliados tradicionais e com parceiros comerciais.
Australia Act 1986
Medalha de 1906
O Velho e o Novo Parlamento Australiano em Camberra
31. A Geografia da Austrália
O território da Austrália tem 7 692 024 km² e está sobre a placa indo-australiana.
Rodeado pelos oceanos Pacífico e Índico, o continente é separado da Ásia pelos
mares de Arafura e Timor. Sexto maior país em área total, a Austrália, devido ao seu
tamanho e isolamento, é muitas vezes apelidada de "ilha continente" e por vezes
considerada a maior ilha do mundo.
A Austrália é o continente mais plano, com os solos mais antigos e menos férteis; o
deserto ou terra semiárida conhecida como Outback compõe a maior parte de
terra. É o continente habitado mais seco, tendo apenas as partes sudeste e
sudoeste um clima temperado. A densidade populacional, de 2,8 h/km², está entre
as mais baixas do mundo, embora uma grande parte da população esteja
concentrada no litoral temperado do sudeste.
O clima da Austrália é significativamente influenciado pelas correntes oceânicas,
incluindo o El Niño, que está correlacionado com a seca periódica e a formação
de ciclones no norte da Austrália. Pouco menos de três quartos da Austrália
encontra-se dentro de um deserto ou em zonas semiáridas. O sudoeste da Austrália
Ocidental tem um clima mediterrâneo. Grande parte do sudeste (incluindo
Tasmânia) é temperado.
Os principais recursos naturais encontrados na Austrália são: Carvão, Bauxita, Ferro,
Cobre, Ouro, Prata, Urânio, Níquel, Tungstênio, Chumbo, Zinco, Diamante, Petróleo
e Gás Natural; além disso, é o maior produtor de lã no mundo e o 4º maior
exportador de vinho, atrás de França, Itália e Espanha.
Clima
Revelo
32. Nova Zelândia
Aspectos Gerais - I
A Nova Zelândia é um país formado por duas grandes ilhas: Ilha do
Norte e Ilha do Sul, que são separadas pelo estreito de Cook. Esses
dois territórios estão localizados no sul da Oceania, sendo
considerados como parte da Polinésia.
A maioria da população está concentrada na Ilha do Norte, pois
essa porção do território apresenta características físicas mais
propícias para a habitação.
A Nova Zelândia apresenta elevado grau de industrialização. O país
possui grandes rebanhos de ovinos, bovinos e suínos,
proporcionando a produção de lã, carne e laticínios. Outro
destaque para a economia nacional são as reservas de petróleo,
carvão e gás natural.
As belezas naturais da Nova Zelândia atraem milhões de turistas,
fato que tornou o turismo uma atividade de fundamental
importância para obtenção de receitas financeiras para o país.
37. Nova Zelândia
Aspectos Gerais - II
Em 1907, a Nova Zelândia declarou-se um domínio dentro do Império Britânico
e em 1947 o país adotou o Estatuto de Westminster, o que tornou a Nova
Zelândia um reino da Commonwealth britânica. Isabel II, como rainha da
Nova Zelândia e de outros quinze países da comunidade britânica, é a chefe
de estado do país e é representada por um governador-geral cerimonial, que
detém poderes de reserva.
A rainha não tem nenhuma influência política substancial e sua posição é
essencialmente simbólica. O poder político é mantido pelo parlamento da
Nova Zelândia, sob a liderança do primeiro-ministro, que é o chefe de
governo do país.
A Nova Zelândia é um país desenvolvido que se posiciona muito bem em
comparações internacionais sobre desenvolvimento humano (o quinto melhor
do mundo em 2011), qualidade de vida, esperança de vida, alfabetização,
educação pública, paz, prosperidade, liberdade econômica, facilidade de
fazer negócios, falta de corrupção, liberdade de imprensa, democracia e
proteção das liberdades civis e de direitos políticos. Suas cidades também
estão entre as "mais habitáveis do mundo".
Diferentemente da Austrália, seus aborígenes (os Maoris) representam
atualmente 13% da população da Nova Zelândia.