Este documento fornece um resumo da história da gravura brasileira contemporânea segundo o autor José Roberto Teixeira Leite. Ele descreve as principais técnicas de gravura e destaca os principais gravadores brasileiros do século XX e suas obras, como Carlos Oswald, Raimundo Cela, Oswaldo Goeldi, Lasar Segall, Livio Abramo e Iberê Camargo. O documento também menciona o Clube de Gravura de Porto Alegre e gravadores populares como Newton Cavalcanti e Gilvan Samico.
História da gravura brasileira e seus principais artistas
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
LICENCIATURA EM ARTES PLÁSTICA
HISTÓRIA DA ARTE NO
BRASIL
PROFESSOR ORIENTADOR:IVON LOBATO
2. ESTE TRABALHO TEVE COMO FONTE
EXCLUSIVA O ESTUDO REALIZADO
POR JOSE ROBERTO TEIXEIRA LEITE
Carioca, nascido em 16 de
agosto de 1930. Crítico de
arte, diretor do museu de
belas artes (1961-1964).
Colaborador da Enciclopédia
Barsa (Artes Visuais e
Arquitetura) e da Enciclopédia
Focus , de Lisboa (Artes
Plástica no Brasil).
4. A GRAVURA EM RELÊVO
A superfície de impressão é realçada
pelo desdobramento das partes não
ocupado pelo desenho (que aparecerão
em branco na estampa), e após
impregnada de tinta vem a ser
reproduzida, por pressão, contra um
papel .
Técnicas: xilografia, linoleogravura.
5. GRAVURA DE ENTALHE
Em ôco ou cavado: os sulcos abertos
sobre a chapa metálica recebem a
tinta e são depois reproduzidos sobre
o papel.
Técnicas: buril, ponta seca, água-
forte, água-tinta, maneira-negra,
verniz-brando, etc.
6. GRAVURA PLANOGRAFICA
A impressão dar-se por reação
química estando num mesmo nível
superfície de impressão e de não
impressão.
Técnica: Litografia
7. CARLOS OSWALD
O pioneiro da gravura
em metal no Brasil.
Nascido em 1882, em
Florença.
Sua importância na
história da gravura
brasileira deve-se
sobre tudo a atividade
didática, iniciada no
te). Liceu de Artes e Oficio
ua-for
o (ág
m barc no Rio de Janeiro , em
an do u
is c arreg 1914.
Bo
ald:
s Os w
Carlo
8. Entre seus alunos é
justo que se destaque
Hans Steiner, Poty
Lazzarotto, Darel, seu
filho Henrique Bicalho
Oswald, Misabel
Pedrosa, Anisio
Medeiros, Orlando a
Silva, José Silveira
d’Avila, Fayga Ostrower
ra) e Renina Katz.
logravu
rt o (xi
filho mo
ãe com
at z:M
ina K
Ren
9. RAIMUNDO BRANDÃO CELA
Artista Cearense (1890-
1954) Sua carreira de
gravador abarca um
período de cerca de
trinta anos, desde o
estágio europeu ( há
uma gravura, viela,
datada de Roma,
28/11/22 até 1952.
te).
ela: Viela (água-for
Raimundo C
10. Precursor esquecido da
gravura de arte no Brasil,
deixou obras escassas
mas de valor, na qual
peças como a presente,
de temática regionalista,
assumem papel de
importância.
te)
u a–for
omar (ág
da para
Janga
ão Cela:
ndo Brand
Raimu
11. OSWALDO GOELDI E A XILOGRAFIA
Nascido no Rio de Janeiro
(1895-1961). Apontam-no
muito nitidamente como
representante máximo de
seu meio expressivo, no
Brasil, e mais ainda: como
Autentico expoente da
xilografia no século XX ,
dentro da trilha revelada por
Munch, Kubin e outros
expressionistas
Oswaldo Goeldi: Gato e cabeça de peixe (xilogravura)
12. Goeldi ensinou na
Escolinha de Arte do Brasil
e, até a morte , na Escola
Nacional de Belas Artes.
Neste cenário de subúrbio
carioca , que Goeldi sentiu
como ninguém, deslizam
raros seres humanos,
sombrios e solitários.
ura
Xil ograv
G oeldi:
O swaldo
14. LASAR SEGALL
(1891-1957) o escultor não é
menos notável, quem sabe, que
o pintor, o gravador, esse é
decerto tão extraordinário quanto
ambos.
Os dramas das decaídas inspirou
a Segall, em inícios da década de
40, uma de suas mais
conhecidas séries Brasileiras.
ngue
gravura da Série Ma
Lasa r Segall: Xilo
15. LIVIO ABRAMO
É uma das grandes
influências a
repercutirem sobre a
jovem gravura
brasileira. Professor
há longos anos,
fundou em 1960, em
São Paulo, o Estúdio
Gravura
Livio Abramo: Festa (xilogravura)
16. GRAVADORES BISSEXTOS
Não sendo propriamente
gravadores, mas pintores ou
escultores, dedicaram-se a gravura
de modo esporádico.
Henrique Alvim Correa (1876-1910)
Anita Mafaltti (1896-1964)
Quirino da Silva
Alberto da Veiga Guignard (1896-1962)
Carlos Prado (n.1908)
Cândido Portinari (1903-1962)
Lisa Ficker (1889-1964)
Henrique Alvim Correa: Gravura em Metal
17. Há toda uma série de artistas
– de Di Cavalcante a Djanira,
de Bruno Giorgi a Ceschiatti
– Que gravavam por
distração
Alberto da Veiga Guignard: Xilogravura
18. Marcello Grassmann
Seus ensaios iniciais
com a xilografia
datam de 1943 e
foram realizados em
caráter autodidático.
As primeiras peças
revelam a
ascendência do
expressionismo
germânico.
Marcello Grassmann: Cavaleiro (metal)
19. AXEL LESKOSCHEK
A obra gráfica
executada no Brasil, a
partir de 1940 e até
aproximadamente 1948,
compreende ilustrações
para Uma Luz
Pequenina, de Carlos
Lacerda, e Dois Dedos,
de Graciliano Ramos.
sky
para Dostoiew
ek: Ilustração
Axel L eskosch
ura)
(xilograv
20. Na peça reproduzida nota-se
muito nitidamente os dotes de
Leskoschek como gravador de
ilustração.
ravura)
Ilustração (xilog
Axel Leskoschek:
21. DAREL VALENÇA LINS
Como litógrafo foi
praticamente um autodidata.
Desenvolvia intensa
atividade como ilustrador
para jornais e revistas (Flan,
Revista da Semana,
Manchete, etc.).
Ornou : Amos e Servos de
Dostoiewsky, Angustia de
Graciliano Ramos,
Memórias de Um Sargento
de Malícias de Manuel
Antonio de Almeida e etc.
Darel Valença Lins: Cidade (Gravura em metal)
22. IBERÊ CAMARGO
A série dos carretéis , de
fins da década de 50, é
um marco em sua
carreira, representa a
transição entre a sua
anterior fase figurativista
e a atual, sem maiores
compromisso com o
mundo objetivo.
Iberê Camargo: Carretéis (água-forte)
23. O CLUBE DE GRAVURA DE PORTO ALEGRE
(1950)
Defendia uma posição
estética nitidamente
delineada: a totalidade de
seus membros era
partidária do Realismo
Social, tendência que já se
manifestava antes ,
isoladamente, na obra
desse ou daquele artista
brasileiro
Glenio Bianchetti: Fazendo Marmelada (xilogravura)
24. KARL-HEINZ HANSEN
Soube captar como ninguém a
atmosfera das velhas ruelas de
Salvador . Ao mesmo tempo
que recebia a influencia da
Bahia , influenciava a seu turno
todo um grupo de jovens
gravadores.
Karl-Heinz Hansen: Xilogravura
25. EDITH BEHRING
Dá preferência a
intenção sobre o
acaso , servindo-se
da técnica como
meio , e não como
fim.
Edith Behring: Gravura em Metal
26. ANA LETICIA
Tendo estudado as varias
técnicas de gravura com Iberê
Camargo, Goeldi e Darel, a partir
de 1954, iria encontrar na gravura
em metal seu caminho natural.
Nessa peça de 1959, já se
afirmava a gravadora original e
sensível que a década de 60 iria
revelar.
Ana Letycia: Ponta- Seca.
28. ISABEL PONS
Em sua gravura
equilibra-se uma
técnica rigorosa e uma
fantasia sem peias,
situando-se em um
mesmo nível as peças
de cunho
figurativo( como a
série Passáros cheia
de conteudo poetico) e
Isabel Pons: Pássaro (gravura em metal)
as de orientação não
figurativa.
29. A XILOGRAVURA
POPULAR
Essa gravura nordestina ilustra
livros populares sobre temas
dos mais variados, geralmente
em versos de autores do
passado ou da atualidade,
anônimos ou conhecidos.
pular anôn
ima. Exerceu também forte influência
a po
Xilogravur nos artistas Newton Cavalcanti
e Gilvan Samico.
30. Newton Cavalcanti
Alimentado pela
gravura popular
nordestina, mais
estribado em técnica
superior , notabilizou-
se nos últimos anos
como um dos mais
importantes e típicos
gravadores
brasileiros.
Newton Cavalcanti: Xilogravura.
31. GILVAN SAMICO
Aliou ao influxo da
xilogravura popular os
ensinamentos
consecutivos de Livio
Abramo e de Oswaldo
Goeldi, ligando-se,
dessa maneira a
linguagem mais ilustre
da moderna xilogravura
brasileira.
Gilvan Samico: O Pecado (Xilogravura)