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Curso de Formação

Capacidades Transversais no
   Ensino da Matemática
                 Sessão III




  Formador: Vasco Coelho (EB 2,3 Dr. José de Jesus Neves Júnior)


                                                            1
Mestrado em Didáctica e Inovação no Ensino das Ciências
                  Área de Especialização de Matemática




Comunicação Matemática




                 A Matemática constitui um património cultural
                         da humanidade e um modo de pensar
                      A sua apropriação é um direito de todos.

                       (Abrantes, Serrazina e Oliveira, 1999)
Fundamentação Teórica

Comunicação (sentido lato)

 Comunicar é um processo interactivo, que se desenvolve em contexto
 social, requerendo um emissor (finte de informação que codifica e emite
 uma mensagem e um receptor que a descodifica . (Nunes, 2001)



 Forma de um emissor fazer chegar aos receptores um conjunto de
 conhecimentos, que simples, quer complexo, usando um determinado
 código linguístico. (Antão, 1997)



CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
Fundamentação Teórica
Comunicação (sentido Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano
             Comunicação
                         lato)

Comunicação: comum + comunidade
                                    (Menezes, Santos, Silva e Trindade, 2003)



  Comunicação: communicatio : co + munis + tio
                                                             (Freixo, 2006)


   co: reunião                                    Comunicação, refere-se a uma acção em
   munis: estar encarregado de                    comum, desde que a acção em comum se
   tio: actividade                                refira a um mesmo objecto


CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
Fundamentação Teórica
Comunicação (sentido lato)

A comunicação é um processo social onde os intervenientes interagem e se
influenciam reciprocamente na construção de significados. (Belchior, 2003)




                PARTILHA                       NEGOCIAÇÃO



                               SIGNIFICADOS

CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
Comunicação (sentido lato)                                     Fundamentação Teórica
                Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano



      PARTILHA
                                                                                     COMUNICAÇÃO
                                      SIGNIFICADOS
                                                                                      INTERPESSOAL
    NEGOCIAÇÃO
                                                                                               (Vieira, 2000)

 Não é só através de palavras que comunicamos. As posições corporais, os
 gestos, a expressão facial, o olhar, o riso, a respiração, os silêncios são alguns
 dos sinais emitidos que enriquecem a comunicação interpessoal. Tanto o
 feedback verbal como o não verbal são elementos fundamentais em
 comunicação, que reforçam a ligação entre os diferentes interlocutores. (Vieira,
  2000)
CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
Fundamentação Teórica
Comunicação (sentido Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano
             Comunicação lato)


                            COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL (Freixo, 2006)
     Princípios fundamentais                                                 Axiomas
•Existência de duas ou mais pessoas                      •Não se pode não comunicar

•O comportamento comunicativo de                         •A natureza de uma relação está na
um individuo é consequência directa                      contingência     das       sequencias
da postura e personalidade da outra                      comunicativas entre os intervenientes
ou outras pessoas
                                                         •Os seres humanos comunicam digital
•Envolvimento e troca de mensagens                       e analogicamente

•Mensagens codificadas               de    forma         •Todas as permutas comunicacionais
verbal e não verbal                                      são simetrias ou complementares

•Ausência deTRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
CAPACIDADES estrutura (informalidade
e flexibilidade)
Fundamentação Teórica
Comunicação Matemática - Diferentes perspectivas
                  Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano
                    PARTILHA                       A comunicação matemática constitui um
                                                   processo social onde os participantes
                  NEGOCIAÇÃO                       interagem            trocando          informações             e
 COMUNICAÇÂO


                                                   influenciando-se mutuamente. (Martinho e
  MATEMÁTICA


                JUSTIFICAÇÃO DE                    Ponte, 2005)
                 SIGNIFICADOS
                                                   A comunicação                  matemática funciona

               EXTERIORIZAÇÃO DO                   como um catalisador de reflexão. (Santos,
                  PENSAMENTO                       2005)
                                                   A comunicação matemática permite aos
                APROPRIAÇÃO DE                     alunos explicar o porquê de determinadas
               OUTRAS DIMENSÕES                    opções          em       detrimento           de      outras.
                DA MATEMÁTICA
                                   (Llinares, 2008)
CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
Fundamentação Teórica
Comunicação Matemática - Diferentes perspectivas
               Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano

                      COMUNICAÇÃO MATEMÁTICA

 Segundo Llinares (2008) a comunicação matemática é necessária para que os
 alunos desenvolvam competência matemática.



                    Perspectivas e opções metodológicas
                                do professor
            Exploração e                                         Repetição de
      resolução de problemas                                    procedimentos


          Partilha, discussão, apresentação, reformulação, experimentação
CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
Fundamentação Teórica
Comunicação Matemática - Diferentes perspectivas
               Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano
Ao olhar para a forma como os professores e alunos interagem, permite
desenvolver perspectivas teóricas úteis para interpretar e analisar a
complexidade das aulas de Matemática .

  Metáfora da aquisição                                   Metáfora da participação
                                                                           Lampert e Cobb (2003)

 A Metáfora da Aquisição, remete      A Metáfora da Participação, remete
 para um conjunto de abordagens que   para o processo de participação
 caracterizam a aprendizagem do       progressiva, onde o foco é o estudo
 conhecimento, como a aquisição do    do discurso e a emergência de
 conhecimento,        que      esta   significados partilhados
 aprendizagem activa ou passiva.
CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
Lampert e Cobb (2003) consideram ambas as metáforas como diferentes mas
não mutuamente exclusivas
Comunicação Matemática - Diferentes perspectivas
                Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano
Sierpinska (1998), apresenta três perspectivas teóricas sobre a aprendizagem
e suas influencias de conceptualizar a comunicação na sala de aula, onde
apresenta uma metáfora para cada uma delas.

                                     PERSPECTIVA

          Construtivista               Sociocultural                   interaccionista


                                            Os
          Os alunos
                                       professores                      Professores
          falam, os
                                        falam, os                       e alunos em
         professores
                                         alunos                            diálogo
           ouvem
                                         ouvem

CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
Fundamentação Teórica
Comunicação Matemática - Diferentes perspectivas
                         Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano
Olhar para o ambiente comunicativo da aula de matemática leva Brendefur e
Frykholm (2000) a organizarem as diversas perspectivas sobre comunicação
matemática em quatro categorias.



                                    Unidireccional
           COMUNICAÇÃO


                                               Contributiva

                                                                 Reflexiva

                                                                                   Instrutiva


CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
Unidireccional
       pode ser encarada como um monólogo, onde o
       professor tem a autoridade do conhecimento
       matemático


Contributiva
        prevê a participação dos alunos nos diálogos que
        se estabelecem na sala de aula, embora a
        conversação seja limitada e na maioria das vezes
        ausente se pensamentos mais profundos.
Reflexiva
         prevê a discussão entre professores e alunos em
         torno do que é realizado na aula. É frequente a
         análise dos porquês


 Instrutiva
            é aquela que acontece quando se altera a
            finalidade da aula em consequência dos discursos
            mantidos. O professor encoraja a reflexão
Comunicação Matemática na sala de aula Fundamentação Teórica
                Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano

 A discussão em pequeno grupo ou de toda a classe e as demonstrações
 servem para habituar os alunos a construir argumentos conviventes e válidos
 para aguçar o seu espírito critico em relação às argumentações alheias, e
 nunca para lhes criar uma ideia da matemática como a ciência do certo e do
 errado absolutos, perspectiva contraditória com o próprio desenvolvimento da
 matemática contemporânea. (APM, 1988)




        Discurso matemático                        Padrões de Interacção

CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
Comunicação Matemática na sala de aula -Fundamentação Teórica
                                         Discurso Matemático
                    Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano

De um modo geral, o             O conhecimento                              Refere-se às formas de
termo discurso refere-          partilhado está                             representar, pensar, falar,
se ao modo como os              intimamente associado à                     concordar ou discordar que
significados são                comunicação e quando                        professores e alunos usam
atribuídos e trocados           se fala em comunicação                      para se envolverem em
pelos vários                    matemática, surge de                        actividades. (NCTM, 1994)
interlocutores em               forma indissociável, o
contextos reais.                conceito de discurso.
(Menezes, 1997)                 (Moreira, 2001)

 CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
                Linguístico                                                          Não Linguístico
Comunicação Matemática na sala de aula -Fundamentação Teórica
                                         Discurso Matemático

   Sentido Linguístico do discurso           Sentido Não Linguístico do discurso

 Surge associado a um conjunto
 coerente de frases e engloba               Surge associado às emoções e
 acções como: escrever, ler,                expressões adjacentes ao discurso
 explicar, resumir, discutir, contar,       linguístico.
 interrogar, responder, ouvir….             (Stubbs, 1987)
 (Stubbs, 1987)



 Tal significa que em qualquer sala de aula há diversos movimentos discursivos
 sendo os papeis dos professores e dos alunos continuamente construídos no
 decurso da interacção social (Yackel et al., 1991)


                                FENÓMENO SOCIAL
CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
Comunicação Matemática na sala de aula -Fundamentação Teórica
                                         Discurso Matemático
               Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano

    Características do discurso


  Produção do discurso na sala de aula


                   O papel do professor


                          O papel das perguntas do professor



                                                       Apropriação de linguagem especifica

CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
Comunicação Matemática na sala de aula -Fundamentação Teórica
                                         Discurso Matemático
                 Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano


 Produção do discurso na sala de aula                                 O papel do professor


A produção de discurso na sala de aula                  O professor deve colocar questões e
depende do que os interlocutores                        propor tarefas que facilitem promovam
levam para a aula (conhecimentos,                       desafiem o pensamento dos alunos.
competências, valores, normas, hábitos                  (NCTM, 1994)
e expectativas. (Martinho, 2007)




CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
Comunicação Matemática na sala de aula -Fundamentação Teórica
                                         Discurso Matemático
                   Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano
                                                                                    de focalização
 O papel das perguntas do professor                           Perguntas             de confirmação
                                                                                    de inquirição
As    perguntas,      formuladas            pelos                              (Matos e Serrazina, 1996)
professores, estimulam a participação,
                                                                                    concretas
permitindo   ter     os       alunos         mais
                                                              Perguntas             reguladoras
concentrados e orientar o decurso da                                                pseudo perguntas
aula. (Pimm, 1987)                                                                             (Stubbs, 1987)
                                                                                    de partida
                                                              Perguntas             para incentivar
     Categorização dos modos de                                                     para avaliação
              questionar                                                            para a discussão final
                                                                                            (Boavida et al., 2008)
CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
Comunicação Matemática na sala de aula - Discurso Matemático
                Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano
               Apropriação de linguagem especifica

        Discurso individual                          Discurso reflexivo

     Tem a ver com a                              Corresponde a uma atitude

     interpretação pessoal                        critica do aluno face á sua

     que cada aluno faz                           aprendizagem, que passa

     daquilo que ouve.                            pela capacidade de reflexão
             (Martinho, 2007)                     face às actividades
                                                  desenvolvidas
                                                              (Martinho, 2007)


CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
Comunicação Matemática na sala de aula -Fundamentação Teórica
                                         Padrões de interacção
Os padrões deComunicação Matemática numconsideradas de problemas: Uma experiência com alunos doentre
               interacção são contexto de resolução regularidades de acção 9.º ano
professores e alunos.

Vários são os autores (Voigt, 1985; Bauersfeld, 1988; Wood, 1994; Godinno e
Llinares, 2000; Menezes, 2005; Martinho, 2007) que referem os                       padrões de
interacção.

                                            Padrão Extractivo
        IRA ou IRF
                                            Padrão da Discussão
                                            Padrão de Funil
                                 Padrão de Focalização
CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA

              AULAS TRADICIONAIS E AULAS NÃO TRADICIONAIS
Comunicação Matemática na sala de aula - Padrões de interacção
                                                                Fundamentação Teórica
                 Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano

             Frequentemente presente nas aulas ditas de tradicionais, por
             oposição às aulas não tradicionais. É possível identificar a
IRA ou IRF
             sequência: I (Iniciação pelo professor), R (Reposta do aluno) A/F
             (avaliação ou feedback pelo professor)



           Extractivo: Os alunos são estimulados a fazer análises e
           descobertas de acordo com a sua competência.
           Discussão: O professor parte da resposta da solução
           apresentada por um aluno e coloca questões de modo a clarificar
           determinados aspectos.
Padrões    Funil: O professor ajuda o aluno a chegar à resposta colocada,
           através de questões mais simples.
           Focalização: O professor toma como ponto de partida um
           determinado conceito e orienta a discussão num caminho que
           considera adequado para poder atingir o objectivo desejado.
CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
Fundamentação Teórica
Representações do conhecimento matemático   SIGNIFICADO
                 Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano

Todas as ferramentas – signos e gráficos – que tornam presentes os conceitos e
procedimentos matemáticos, e com os quais os sujeitos particulares abordam e
interactuam com o conhecimento matemático, ou seja, registam e comunicam o
seu conhecimento matemático. (Rico, 2009)


Notações simbólicas ou gráficas, especificas para cada conceito ou procedimento
matemático. (Castro e Castro, 1997)

Constructo físico ou mental que descreve aspectos da estrutura inerente a um
conceito e as inter-relações entre o conceito e outras ideias. (Tripathi, 2008)
CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
Ferramenta para aprender e comunicar matemática (Zaskis e Liljedahl, 2004)
Representações do conhecimento matemático
                                                                 Fundamentação Teórica
                                                                         IMPORTÂNCIA
                  Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano
São elementos essenciais no apoio aos estudantes na medida em que ajudam à
compreensão de conceitos matemáticos e ao estabelecimento de conexões.
(Clement, 2004)

Núcleo central da aprendizagem matemática (Font, Godino e D`Amore, 2007)


Permitem apoiar a compreensão, pelos alunos, de conceitos e relações
matemáticas. (NCTM, 2007)


Permitem apoiar a compreensão, pelos alunos, de conceitos e relações
matemáticas. (NCTM, 2007)


CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
Representações do conhecimento matemático                                             Tipos de representações
Representações
  (Externas)


                                                       ACTIVAS



                                                     Manipuláveis



                                                      ICÓNICAS
                                                      (Analógicas)

                                           Contextualizadas                                                  Numéricas/
          Pictóricas      Semi-concretas     / Situações            Gráficas           Esquemáticas
                                             Relevantes                                                      Tabelares


                                                    SIMBÓLICAS
                                                       (Digitais)
CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
                                    Símbolos de        Símbolos                                  Símbolos
                   Lologramas                                                  Algébricas
                                     Pontuação        Alfabéticos                                 Escritos
Representações do conhecimento matemático          Conexões entre
                                             Fundamentação Teórica
                                                   representações

Uma representação matemática frequentemente ilumina apenas um aspecto de
um conceito matemático (…)       Um quadro holístico do conceito começa a
emergir apenas quando (…) observamos a ideia a partir de diferentes
perspectivas. (Tripathi, 2008)

Dar possibilidade aos alunos de contactarem e usarem diversas formas de
representar, incentiva-os a ciciarem as suas próprias representações para
resolver problemas. (Loureiro, 2009)
É importante proporcionar aos alunos experiencias que permitam a utilização
de uma vasta gama de representações. (NCTM, 2007)


CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
Conexões entre
                                     Fundamentação Teórica
Representações do conhecimento matemático
                                           representações
                 Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano

Os autores Lesh, Post e Behr.                 (1987), Arcavi (2003) e Clement (2004)
sublinham a importância de se estabelecerem conexões entre os vários tipos
de representações, pelo que apresentam o modelo:

                                                                As     conexões          entre as          várias
                                                                formas de representar são úteis
                                                                para incentivar a comunicação na
                                                                sala de aula e o aprofundamento
                                                                da       compreensão               de       ideias
                                                                matemáticas e das suas relações
                                                                pelos alunos.
Conexões entre representações (Clement, 2004)
Da Terra à Lua


A distância da Terra à Lua é de aproximadamente 380 000 km.
Quanta vez será necessário dobrar ao meio uma folha de papel
(Tamanho A4, e 0,05mm de espessura) para obtermos a distancia da
Terra à Lua?



   Distancia da terra à Lua = 380000Km=380000000000mm

   Folha de papel = 0,05mm=0,00000005Km
Dobra   espessura    Dobra   espessura
  1      0,0000001    23         0,41943
  2      0,0000002    24        0,838861
  3      0,0000004    25        1,677722
  4      0,0000008    26        3,355443
  5      0,0000016    27        6,710886
  6      0,0000032    28        13,42177
  7      0,0000064    29        26,84355
  8      0,0000128    30        53,68709
  9      0,0000256    31        107,3742
 10      0,0000512    32        214,7484
 11      0,0001024    33        429,4967
 12      0,0002048    34        858,9935
 13      0,0004096    35        1717,987
 14      0,0008192    36        3435,974
 15      0,0016384    37        6871,948
 16      0,0032768    38         13743,9
 17      0,0065536    39        27487,79
 18      0,0131072    40        54975,58
 19      0,0262144    41        109951,2
 20      0,0524288    42        219902,3
 21      0,1048576    43        439804,7
 22      0,2097152    44        879609,3
Estudo Implícito da Função Exponencial
Carlos                    Jeremias
                                                 Poup.
Dia   Poup. Diária Poup. Acumul. Poup. Diária   Acumul.
 1         1             1           0,1          0,1
 2         1             2           0,2          0,3
 3         1             3           0,4          0,7
 4         1             4           0,8          1,5
 5         1             5           1,6          3,1
 6         1             6           3,2          6,3
 7         1             7           6,4          12,7
 8         1             8          12,8          25,5
 9         1             9          25,6          51,1
10         1            10          51,2         102,3
11         1            11          102,4        204,7
12         1            12          204,8        409,5
13         1            13          409,6        819,1
14         1            14          819,2       1638,3
15         1            15         1638,4       3276,7
Poupança acumulada do Carlos
Número   Quadrado   Cubo   4ª Potência   5ª Potência   6ª Potência   7ª Potência

   1        1        1         1             1             1             1
   2        4        8         6             2             4             8
   3        9        7         1              3             9             7
   4        6        4         6              4             6            4
   5        5        5         5             5             5             5
   6        6        6          6             6             6             6
   7        9        3         1              7             9            3
   8        4        2          6             8            4              2
   9        1        9          1             9             1             9
Aprender a comunicar, resolvendo problemas
Pintando Sólidos
O Marco foi encarregado de pintar contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano
               Comunicação Matemática num
                                          sólidos para uma exposição.
As instruções que lhe deram foram de que ele deveria utilizar o menor número
de cores possível, mas de modo a que duas faces adjacentes não tivessem a
mesma cor. Entregaram ao Marco os seguintes sólidos: Cubo; Prisma
Triangular; Prisma Hexagonal; Prisma Pentagonal; Pirâmide Quadrangular e
Pirâmide Pentagonal.




Será verdade que, quanto maior for o número de faces do sólido, mais cores
serão necessárias?
Pintando Sólidos
              Aprender a comunicar, resolvendo problemas
Episódio: Isto não faz sentido nenhum…
Mónica: Oh! Professor, isto não faz sentido nenhum, então vê-se logo, que
quanto maior for o número de faces mais cores serão necessárias, acho eu.
Pedro: Oh! Professor, aqui diz, as faces adjacentes têm que ter cor diferente, por
isso se tiver poucas faces vamos ter que utilizar poucas cores, mas se tivermos
mais faces vamos usar mais cores…

Episódio: Faces seguidas, estás a ver?
Ruben: Oh professor, o que são faces adjacentes?
Mónica: Faces adjacentes, são faces seguidas, estás a ver? Coladas…
Ruben: Coladas?
Mónica: Sim, assim e assim. [explicando com as mãos, posicionando-os como se
fossem faces de sólidos]
Ruben: Ah! É isso?
Mónica: É, não é, professor?
Professor: Sim. É isso. São faces que têm uma aresta em comum.
Aprender a comunicar, resolvendo problemas
Pintando Sólidos
                   Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano

              Existência de não                  Pouca convicção                        Silêncio dos
            reflexão após a leitura               nas afirmações                     restantes colegas
ALUNOS



              Auto e hetero                  Discurso oral e                       Conexão de formas de
             esclarecimento               comunicação gestual                       representar (oral e
                                         (representação activa)                          gestual)
PROFESSOR




            Legitimar intervenções                   Levar ao auto-                    Levar ao confronto
                  dos alunos                        questionamento                        de posições
O discurso oral Aprender
                que                         a comunicar, resolvendo problemas
se ia mantendo entre
                 Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano


os alunos mostrou-
se     importante         no
prosseguimento            da
tarefa          e         as
representações que
iam elaborando eram
decisivas       para      as
hipóteses que iam
surgindo.
                                                                                      Registo de Catarina
Aprender a comunicar, resolvendo problemas
     Diferentes tipos de registo

 • Sequência de letras para referir cores
      ABC       ABCD

 • Contraste de texturas

 • Registo do número de cores
 • Número de faces do sólido



Simbólicos (números ou letras) e pictóricos
Os registos foram adequados na comunicar, resolvendo problemas
                Aprender a medida em que permitiram o surgimento de
                    Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano
regularidades. Contudo os alunos tiveram dificuldade em as relacionar com as
características dos sólidos, o que não lhes permitia encontrar um argumento
válido para responder à questão que lhes era colocada.


Embora não consigam no imediato estabelecer relações, iniciam um processo
válido e poderoso para o encontrar dessas mesmas relações.

Oh professor: aqui diz, as faces adjacentes têm que ter cor diferente. Por isso se tiver
poucas faces vamos ter que utilizar mais cores. Por exemplo se tivermos uma pirâmide de
base triangular, teremos que utilizar uma cor aqui, outra cor aqui, outra cor aqui, outra
cor ali, [apontando para uma pirâmide triangular que desenhou na sua ficha], porque são
tudo faces adjacentes, se tivermos mais faces vamos usar menos cores, porque podemos
repetir as cores. Porque se for uma coisa assim, [apontando para a pirâmide de base
quadrangular], posso repetir as cores nas faces que não estão juntas.
Em função dosAprender aalunos e das suas alegações aconselhei-os a
              registos dos comunicar, resolvendo problemas
                Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano
organizar a informação que tinha obtido, por exemplo um tabela (representação
esquemática) e em seguida que a observarem.




                                                                     Registo de Catarina
           Registo da Olga
Aprender a comunicar, resolvendo problemas
Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano
Aprender a comunicar, resolvendo problemas
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Aprender a comunicar, resolvendo
Os diferentes registos dos alunos (representações)                                           problemas
                Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano

   Simbólicos                 Pictóricos                  Esquemáticos                         Discurso


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  • 1. Curso de Formação Capacidades Transversais no Ensino da Matemática Sessão III Formador: Vasco Coelho (EB 2,3 Dr. José de Jesus Neves Júnior) 1
  • 2. Mestrado em Didáctica e Inovação no Ensino das Ciências Área de Especialização de Matemática Comunicação Matemática A Matemática constitui um património cultural da humanidade e um modo de pensar A sua apropriação é um direito de todos. (Abrantes, Serrazina e Oliveira, 1999)
  • 3. Fundamentação Teórica Comunicação (sentido lato) Comunicar é um processo interactivo, que se desenvolve em contexto social, requerendo um emissor (finte de informação que codifica e emite uma mensagem e um receptor que a descodifica . (Nunes, 2001) Forma de um emissor fazer chegar aos receptores um conjunto de conhecimentos, que simples, quer complexo, usando um determinado código linguístico. (Antão, 1997) CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
  • 4. Fundamentação Teórica Comunicação (sentido Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano Comunicação lato) Comunicação: comum + comunidade (Menezes, Santos, Silva e Trindade, 2003) Comunicação: communicatio : co + munis + tio (Freixo, 2006) co: reunião Comunicação, refere-se a uma acção em munis: estar encarregado de comum, desde que a acção em comum se tio: actividade refira a um mesmo objecto CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
  • 5. Fundamentação Teórica Comunicação (sentido lato) A comunicação é um processo social onde os intervenientes interagem e se influenciam reciprocamente na construção de significados. (Belchior, 2003) PARTILHA NEGOCIAÇÃO SIGNIFICADOS CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
  • 6. Comunicação (sentido lato) Fundamentação Teórica Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano PARTILHA COMUNICAÇÃO SIGNIFICADOS INTERPESSOAL NEGOCIAÇÃO (Vieira, 2000) Não é só através de palavras que comunicamos. As posições corporais, os gestos, a expressão facial, o olhar, o riso, a respiração, os silêncios são alguns dos sinais emitidos que enriquecem a comunicação interpessoal. Tanto o feedback verbal como o não verbal são elementos fundamentais em comunicação, que reforçam a ligação entre os diferentes interlocutores. (Vieira, 2000) CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
  • 7. Fundamentação Teórica Comunicação (sentido Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano Comunicação lato) COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL (Freixo, 2006) Princípios fundamentais Axiomas •Existência de duas ou mais pessoas •Não se pode não comunicar •O comportamento comunicativo de •A natureza de uma relação está na um individuo é consequência directa contingência das sequencias da postura e personalidade da outra comunicativas entre os intervenientes ou outras pessoas •Os seres humanos comunicam digital •Envolvimento e troca de mensagens e analogicamente •Mensagens codificadas de forma •Todas as permutas comunicacionais verbal e não verbal são simetrias ou complementares •Ausência deTRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA CAPACIDADES estrutura (informalidade e flexibilidade)
  • 8. Fundamentação Teórica Comunicação Matemática - Diferentes perspectivas Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano PARTILHA A comunicação matemática constitui um processo social onde os participantes NEGOCIAÇÃO interagem trocando informações e COMUNICAÇÂO influenciando-se mutuamente. (Martinho e MATEMÁTICA JUSTIFICAÇÃO DE Ponte, 2005) SIGNIFICADOS A comunicação matemática funciona EXTERIORIZAÇÃO DO como um catalisador de reflexão. (Santos, PENSAMENTO 2005) A comunicação matemática permite aos APROPRIAÇÃO DE alunos explicar o porquê de determinadas OUTRAS DIMENSÕES opções em detrimento de outras. DA MATEMÁTICA (Llinares, 2008) CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
  • 9. Fundamentação Teórica Comunicação Matemática - Diferentes perspectivas Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano COMUNICAÇÃO MATEMÁTICA Segundo Llinares (2008) a comunicação matemática é necessária para que os alunos desenvolvam competência matemática. Perspectivas e opções metodológicas do professor Exploração e Repetição de resolução de problemas procedimentos Partilha, discussão, apresentação, reformulação, experimentação CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
  • 10. Fundamentação Teórica Comunicação Matemática - Diferentes perspectivas Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano Ao olhar para a forma como os professores e alunos interagem, permite desenvolver perspectivas teóricas úteis para interpretar e analisar a complexidade das aulas de Matemática . Metáfora da aquisição Metáfora da participação Lampert e Cobb (2003) A Metáfora da Aquisição, remete A Metáfora da Participação, remete para um conjunto de abordagens que para o processo de participação caracterizam a aprendizagem do progressiva, onde o foco é o estudo conhecimento, como a aquisição do do discurso e a emergência de conhecimento, que esta significados partilhados aprendizagem activa ou passiva. CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA Lampert e Cobb (2003) consideram ambas as metáforas como diferentes mas não mutuamente exclusivas
  • 11. Comunicação Matemática - Diferentes perspectivas Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano Sierpinska (1998), apresenta três perspectivas teóricas sobre a aprendizagem e suas influencias de conceptualizar a comunicação na sala de aula, onde apresenta uma metáfora para cada uma delas. PERSPECTIVA Construtivista Sociocultural interaccionista Os Os alunos professores Professores falam, os falam, os e alunos em professores alunos diálogo ouvem ouvem CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
  • 12. Fundamentação Teórica Comunicação Matemática - Diferentes perspectivas Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano Olhar para o ambiente comunicativo da aula de matemática leva Brendefur e Frykholm (2000) a organizarem as diversas perspectivas sobre comunicação matemática em quatro categorias. Unidireccional COMUNICAÇÃO Contributiva Reflexiva Instrutiva CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
  • 13. Unidireccional pode ser encarada como um monólogo, onde o professor tem a autoridade do conhecimento matemático Contributiva prevê a participação dos alunos nos diálogos que se estabelecem na sala de aula, embora a conversação seja limitada e na maioria das vezes ausente se pensamentos mais profundos.
  • 14. Reflexiva prevê a discussão entre professores e alunos em torno do que é realizado na aula. É frequente a análise dos porquês Instrutiva é aquela que acontece quando se altera a finalidade da aula em consequência dos discursos mantidos. O professor encoraja a reflexão
  • 15. Comunicação Matemática na sala de aula Fundamentação Teórica Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano A discussão em pequeno grupo ou de toda a classe e as demonstrações servem para habituar os alunos a construir argumentos conviventes e válidos para aguçar o seu espírito critico em relação às argumentações alheias, e nunca para lhes criar uma ideia da matemática como a ciência do certo e do errado absolutos, perspectiva contraditória com o próprio desenvolvimento da matemática contemporânea. (APM, 1988) Discurso matemático Padrões de Interacção CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
  • 16. Comunicação Matemática na sala de aula -Fundamentação Teórica Discurso Matemático Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano De um modo geral, o O conhecimento Refere-se às formas de termo discurso refere- partilhado está representar, pensar, falar, se ao modo como os intimamente associado à concordar ou discordar que significados são comunicação e quando professores e alunos usam atribuídos e trocados se fala em comunicação para se envolverem em pelos vários matemática, surge de actividades. (NCTM, 1994) interlocutores em forma indissociável, o contextos reais. conceito de discurso. (Menezes, 1997) (Moreira, 2001) CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA Linguístico Não Linguístico
  • 17. Comunicação Matemática na sala de aula -Fundamentação Teórica Discurso Matemático Sentido Linguístico do discurso Sentido Não Linguístico do discurso Surge associado a um conjunto coerente de frases e engloba Surge associado às emoções e acções como: escrever, ler, expressões adjacentes ao discurso explicar, resumir, discutir, contar, linguístico. interrogar, responder, ouvir…. (Stubbs, 1987) (Stubbs, 1987) Tal significa que em qualquer sala de aula há diversos movimentos discursivos sendo os papeis dos professores e dos alunos continuamente construídos no decurso da interacção social (Yackel et al., 1991) FENÓMENO SOCIAL CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
  • 18. Comunicação Matemática na sala de aula -Fundamentação Teórica Discurso Matemático Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano Características do discurso Produção do discurso na sala de aula O papel do professor O papel das perguntas do professor Apropriação de linguagem especifica CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
  • 19. Comunicação Matemática na sala de aula -Fundamentação Teórica Discurso Matemático Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano Produção do discurso na sala de aula O papel do professor A produção de discurso na sala de aula O professor deve colocar questões e depende do que os interlocutores propor tarefas que facilitem promovam levam para a aula (conhecimentos, desafiem o pensamento dos alunos. competências, valores, normas, hábitos (NCTM, 1994) e expectativas. (Martinho, 2007) CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
  • 20. Comunicação Matemática na sala de aula -Fundamentação Teórica Discurso Matemático Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano de focalização O papel das perguntas do professor Perguntas de confirmação de inquirição As perguntas, formuladas pelos (Matos e Serrazina, 1996) professores, estimulam a participação, concretas permitindo ter os alunos mais Perguntas reguladoras concentrados e orientar o decurso da pseudo perguntas aula. (Pimm, 1987) (Stubbs, 1987) de partida Perguntas para incentivar Categorização dos modos de para avaliação questionar para a discussão final (Boavida et al., 2008) CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
  • 21. Comunicação Matemática na sala de aula - Discurso Matemático Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano Apropriação de linguagem especifica Discurso individual Discurso reflexivo Tem a ver com a Corresponde a uma atitude interpretação pessoal critica do aluno face á sua que cada aluno faz aprendizagem, que passa daquilo que ouve. pela capacidade de reflexão (Martinho, 2007) face às actividades desenvolvidas (Martinho, 2007) CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
  • 22. Comunicação Matemática na sala de aula -Fundamentação Teórica Padrões de interacção Os padrões deComunicação Matemática numconsideradas de problemas: Uma experiência com alunos doentre interacção são contexto de resolução regularidades de acção 9.º ano professores e alunos. Vários são os autores (Voigt, 1985; Bauersfeld, 1988; Wood, 1994; Godinno e Llinares, 2000; Menezes, 2005; Martinho, 2007) que referem os padrões de interacção. Padrão Extractivo IRA ou IRF Padrão da Discussão Padrão de Funil Padrão de Focalização CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA AULAS TRADICIONAIS E AULAS NÃO TRADICIONAIS
  • 23. Comunicação Matemática na sala de aula - Padrões de interacção Fundamentação Teórica Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano Frequentemente presente nas aulas ditas de tradicionais, por oposição às aulas não tradicionais. É possível identificar a IRA ou IRF sequência: I (Iniciação pelo professor), R (Reposta do aluno) A/F (avaliação ou feedback pelo professor) Extractivo: Os alunos são estimulados a fazer análises e descobertas de acordo com a sua competência. Discussão: O professor parte da resposta da solução apresentada por um aluno e coloca questões de modo a clarificar determinados aspectos. Padrões Funil: O professor ajuda o aluno a chegar à resposta colocada, através de questões mais simples. Focalização: O professor toma como ponto de partida um determinado conceito e orienta a discussão num caminho que considera adequado para poder atingir o objectivo desejado. CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
  • 24. Fundamentação Teórica Representações do conhecimento matemático SIGNIFICADO Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano Todas as ferramentas – signos e gráficos – que tornam presentes os conceitos e procedimentos matemáticos, e com os quais os sujeitos particulares abordam e interactuam com o conhecimento matemático, ou seja, registam e comunicam o seu conhecimento matemático. (Rico, 2009) Notações simbólicas ou gráficas, especificas para cada conceito ou procedimento matemático. (Castro e Castro, 1997) Constructo físico ou mental que descreve aspectos da estrutura inerente a um conceito e as inter-relações entre o conceito e outras ideias. (Tripathi, 2008) CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA Ferramenta para aprender e comunicar matemática (Zaskis e Liljedahl, 2004)
  • 25. Representações do conhecimento matemático Fundamentação Teórica IMPORTÂNCIA Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano São elementos essenciais no apoio aos estudantes na medida em que ajudam à compreensão de conceitos matemáticos e ao estabelecimento de conexões. (Clement, 2004) Núcleo central da aprendizagem matemática (Font, Godino e D`Amore, 2007) Permitem apoiar a compreensão, pelos alunos, de conceitos e relações matemáticas. (NCTM, 2007) Permitem apoiar a compreensão, pelos alunos, de conceitos e relações matemáticas. (NCTM, 2007) CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
  • 26. Representações do conhecimento matemático Tipos de representações Representações (Externas) ACTIVAS Manipuláveis ICÓNICAS (Analógicas) Contextualizadas Numéricas/ Pictóricas Semi-concretas / Situações Gráficas Esquemáticas Relevantes Tabelares SIMBÓLICAS (Digitais) CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA Símbolos de Símbolos Símbolos Lologramas Algébricas Pontuação Alfabéticos Escritos
  • 27. Representações do conhecimento matemático Conexões entre Fundamentação Teórica representações Uma representação matemática frequentemente ilumina apenas um aspecto de um conceito matemático (…) Um quadro holístico do conceito começa a emergir apenas quando (…) observamos a ideia a partir de diferentes perspectivas. (Tripathi, 2008) Dar possibilidade aos alunos de contactarem e usarem diversas formas de representar, incentiva-os a ciciarem as suas próprias representações para resolver problemas. (Loureiro, 2009) É importante proporcionar aos alunos experiencias que permitam a utilização de uma vasta gama de representações. (NCTM, 2007) CAPACIDADES TRANSVERSAIS AO ENSINO DA MATEMÁTICA
  • 28. Conexões entre Fundamentação Teórica Representações do conhecimento matemático representações Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano Os autores Lesh, Post e Behr. (1987), Arcavi (2003) e Clement (2004) sublinham a importância de se estabelecerem conexões entre os vários tipos de representações, pelo que apresentam o modelo: As conexões entre as várias formas de representar são úteis para incentivar a comunicação na sala de aula e o aprofundamento da compreensão de ideias matemáticas e das suas relações pelos alunos. Conexões entre representações (Clement, 2004)
  • 29. Da Terra à Lua A distância da Terra à Lua é de aproximadamente 380 000 km. Quanta vez será necessário dobrar ao meio uma folha de papel (Tamanho A4, e 0,05mm de espessura) para obtermos a distancia da Terra à Lua? Distancia da terra à Lua = 380000Km=380000000000mm Folha de papel = 0,05mm=0,00000005Km
  • 30.
  • 31. Dobra espessura Dobra espessura 1 0,0000001 23 0,41943 2 0,0000002 24 0,838861 3 0,0000004 25 1,677722 4 0,0000008 26 3,355443 5 0,0000016 27 6,710886 6 0,0000032 28 13,42177 7 0,0000064 29 26,84355 8 0,0000128 30 53,68709 9 0,0000256 31 107,3742 10 0,0000512 32 214,7484 11 0,0001024 33 429,4967 12 0,0002048 34 858,9935 13 0,0004096 35 1717,987 14 0,0008192 36 3435,974 15 0,0016384 37 6871,948 16 0,0032768 38 13743,9 17 0,0065536 39 27487,79 18 0,0131072 40 54975,58 19 0,0262144 41 109951,2 20 0,0524288 42 219902,3 21 0,1048576 43 439804,7 22 0,2097152 44 879609,3
  • 32. Estudo Implícito da Função Exponencial
  • 33. Carlos Jeremias Poup. Dia Poup. Diária Poup. Acumul. Poup. Diária Acumul. 1 1 1 0,1 0,1 2 1 2 0,2 0,3 3 1 3 0,4 0,7 4 1 4 0,8 1,5 5 1 5 1,6 3,1 6 1 6 3,2 6,3 7 1 7 6,4 12,7 8 1 8 12,8 25,5 9 1 9 25,6 51,1 10 1 10 51,2 102,3 11 1 11 102,4 204,7 12 1 12 204,8 409,5 13 1 13 409,6 819,1 14 1 14 819,2 1638,3 15 1 15 1638,4 3276,7
  • 35. Número Quadrado Cubo 4ª Potência 5ª Potência 6ª Potência 7ª Potência 1 1 1 1 1 1 1 2 4 8 6 2 4 8 3 9 7 1 3 9 7 4 6 4 6 4 6 4 5 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 6 7 9 3 1 7 9 3 8 4 2 6 8 4 2 9 1 9 1 9 1 9
  • 36. Aprender a comunicar, resolvendo problemas Pintando Sólidos O Marco foi encarregado de pintar contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano Comunicação Matemática num sólidos para uma exposição. As instruções que lhe deram foram de que ele deveria utilizar o menor número de cores possível, mas de modo a que duas faces adjacentes não tivessem a mesma cor. Entregaram ao Marco os seguintes sólidos: Cubo; Prisma Triangular; Prisma Hexagonal; Prisma Pentagonal; Pirâmide Quadrangular e Pirâmide Pentagonal. Será verdade que, quanto maior for o número de faces do sólido, mais cores serão necessárias?
  • 37. Pintando Sólidos Aprender a comunicar, resolvendo problemas Episódio: Isto não faz sentido nenhum… Mónica: Oh! Professor, isto não faz sentido nenhum, então vê-se logo, que quanto maior for o número de faces mais cores serão necessárias, acho eu. Pedro: Oh! Professor, aqui diz, as faces adjacentes têm que ter cor diferente, por isso se tiver poucas faces vamos ter que utilizar poucas cores, mas se tivermos mais faces vamos usar mais cores… Episódio: Faces seguidas, estás a ver? Ruben: Oh professor, o que são faces adjacentes? Mónica: Faces adjacentes, são faces seguidas, estás a ver? Coladas… Ruben: Coladas? Mónica: Sim, assim e assim. [explicando com as mãos, posicionando-os como se fossem faces de sólidos] Ruben: Ah! É isso? Mónica: É, não é, professor? Professor: Sim. É isso. São faces que têm uma aresta em comum.
  • 38. Aprender a comunicar, resolvendo problemas Pintando Sólidos Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano Existência de não Pouca convicção Silêncio dos reflexão após a leitura nas afirmações restantes colegas ALUNOS Auto e hetero Discurso oral e Conexão de formas de esclarecimento comunicação gestual representar (oral e (representação activa) gestual) PROFESSOR Legitimar intervenções Levar ao auto- Levar ao confronto dos alunos questionamento de posições
  • 39. O discurso oral Aprender que a comunicar, resolvendo problemas se ia mantendo entre Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano os alunos mostrou- se importante no prosseguimento da tarefa e as representações que iam elaborando eram decisivas para as hipóteses que iam surgindo. Registo de Catarina
  • 40. Aprender a comunicar, resolvendo problemas Diferentes tipos de registo • Sequência de letras para referir cores ABC ABCD • Contraste de texturas • Registo do número de cores • Número de faces do sólido Simbólicos (números ou letras) e pictóricos
  • 41. Os registos foram adequados na comunicar, resolvendo problemas Aprender a medida em que permitiram o surgimento de Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano regularidades. Contudo os alunos tiveram dificuldade em as relacionar com as características dos sólidos, o que não lhes permitia encontrar um argumento válido para responder à questão que lhes era colocada. Embora não consigam no imediato estabelecer relações, iniciam um processo válido e poderoso para o encontrar dessas mesmas relações. Oh professor: aqui diz, as faces adjacentes têm que ter cor diferente. Por isso se tiver poucas faces vamos ter que utilizar mais cores. Por exemplo se tivermos uma pirâmide de base triangular, teremos que utilizar uma cor aqui, outra cor aqui, outra cor aqui, outra cor ali, [apontando para uma pirâmide triangular que desenhou na sua ficha], porque são tudo faces adjacentes, se tivermos mais faces vamos usar menos cores, porque podemos repetir as cores. Porque se for uma coisa assim, [apontando para a pirâmide de base quadrangular], posso repetir as cores nas faces que não estão juntas.
  • 42. Em função dosAprender aalunos e das suas alegações aconselhei-os a registos dos comunicar, resolvendo problemas Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano organizar a informação que tinha obtido, por exemplo um tabela (representação esquemática) e em seguida que a observarem. Registo de Catarina Registo da Olga
  • 43. Aprender a comunicar, resolvendo problemas Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano
  • 44. Aprender a comunicar, resolvendo problemas Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano
  • 45. Aprender a comunicar, resolvendo problemas Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano
  • 46. Aprender a comunicar, resolvendo Os diferentes registos dos alunos (representações) problemas Comunicação Matemática num contexto de resolução de problemas: Uma experiência com alunos do 9.º ano Simbólicos Pictóricos Esquemáticos Discurso Permitiram encontrar a resposta a tarefa que refutava a ideia inicial