O documento descreve o bioma Pampas, localizado principalmente no Rio Grande do Sul. O Pampas é constituído por vegetação campestre e gramíneas, com clima subtropical úmido e temperaturas médias de 18°C. A biodiversidade do Pampas inclui cerca de 500 aves, 100 mamíferos, e espécies ameaçadas como o lobo-guará. A agricultura e pecuária têm ameaçado o bioma através da substituição de áreas naturais e processos como a arenização.
3. O que é BIOMA? Bioma é um conjunto de
diferentes ecossistemas, que
também são conhecidos como
comunidades biológicas.
4. Bioma Pampas
Também conhecido como Campos do Sul ou
Campos Sulinos, este bioma é constituído
principalmente por vegetação campestre
(gramíneas, herbáceas e algumas árvores).A palavra
PAMPAS tem origem indígena que quer dizer
“região plana”.
No Brasil este bioma está restrito ao estado do
Rio Grande do Sul, ocupando uma área de 176.496
km² (IBGE, 2004) o equivalente a 63% do território
do estado e cerca de 2,7% do território nacional. E
também ocupa territórios da Argentina e Uruguai.
5. Características do Pampas
O Pampa é uma região de clima
subtropical úmido, com temperaturas
médias de 18°C. As estação do ano são
bem definidas nesta região. E é o único
lugar no Brasil que chega a nevar.
O Pampa se caracterizam pelo predomínio dos
campos nativos, mas há também a presença de
matas ciliares, matas de encosta, matas de
pau-ferro, formações arbustivas, butiazais,
banhados, afloramentos rochosos, etc. E suas
paisagens naturais são variadas, de serras a
planícies, de morros rupestres a coxilhas.
É considerado um dos ecossistemas mais importantes do mundo.
6. Maior temperatura desde
1958 (40,3°C) é registrada
em Porto Alegre no dia
05/02/2014
Aspectos climáticos
O Pampa é uma região de clima temperado e chuvoso, com
temperaturas médias de 18°C, formada por coxilhas onde se
situam os campos de produção pecuária e as várzeas que se
caracterizam por áreas baixas e úmidas.
Marcado pela frequência de frentes polares e temperaturas
negativas no período do inverno. O relevo é caracterizado como
aplainado e suave ondulado, formado por um mosaico de solos
basálticos e sedimentares, geralmente rasos e frágeis.
7. Aspectos ecológicos
A substituição de áreas naturais por pastagens e monocultura, bem como a
arenização e a introdução de espécies exóticas, são alguns dos fatores que
ameaçam a biodiversidade desse Bioma
Registros recentes da ocorrência de espécies ameaçadas, como o lobo guará,
ressaltam a urgência de estudos e ações para conservar e proteger a
biodiversidade do Pampa.
Monoculturas de árvores exóticas
A dinâmica da vegetação em ecossistemas campestres é mediada por
variações na intensidade e na frequência de distúrbios causados por agentes
de perturbação.
8. Fauna
A fauna do bioma Pampa é muito rica e diversa, caracterizada por uma grande
variedade de aves, mamíferos, artrópodes, répteis e anfíbios.
Com quase 500 espécies de aves entre elas a ema (Rhea americana), o perdigão
(Rynchotus rufescens), o quer-quero (Vanellus chilensis) e o caminheiro-de-espora
(Anthus correndera);
Também ocorrem mais de 100 espécies de mamíferos terrestres, incluindo o veado-
campeiro (Ozotoceros bezoarticus) e o graxaim (Pseudalopex gymnocercus)
O Pampa abriga um ecossistema muito rico, com muitas espécies endêmicas tais
como: Tuco-tuco (Ctenomys flamarioni), o beija-flor-de-barba-azul (Heliomaster
furcifer); o sapinho-de-barriga-vermelha (Melanophryniscus atroluteus)
Além disso, abriga 11 espécies de mamíferos raros ou ameaçados de extinção, ratos
d’água, cevídeos e lobos, e 22 espécies de aves nesta mesma situação. Pelo menos
uma espécie de peixe, cará (Gymnogeophagus sp.) é endêmica da bacia do rio
Ibirapuitã.
11. Flora
Por ser um conjunto de ecossistemas muito antigos, o Pampa apresenta flora
própria e grande biodiversidade, ainda não completamente descrita pela
ciência.
Estimativas indicam valores em torno de 3000 espécies de plantas, com
notável diversidade de gramíneas, são mais de 450 espécies (campim-
forquilha, grama-tapete, flechilhas, brabas-de-bode, cabelos de-porco,
dentre outras).
Nas áreas de campo natural, também se destacam as espécies de compostas e
de leguminosas (150 espécies) como a babosa-do-campo, o amendoim-nativo
e o trevo-nativo. Nas áreas de afloramentos rochosos podem ser encontradas
muitas espécies de cactáceas. Entre as várias espécies vegetais típicas do
Pampa vale destacar o Algarrobo (Prosopis algorobilla) e o Nhandavaí (Acacia
farnesiana) arbusto cujos remanescentes podem ser encontrados apenas no
Parque Estadual do Espinilho, no município de Barra do Quaraí.
13. Interações presentes
Predação é uma relação trófica em que um indivíduo, o predador, mata e se
alimenta de outro indivíduo, neste caso a presa.
Pode estabelecer-se entre indivíduos de espécies diferentes ou da mesma espécie.
No primeiro caso, trata-se de relações interespecíficas (predação no sentido
amplo); no segundo, de relações intraespecíficas (canibalismo).
A predação tem alta significância ecológica e evolutiva, pois quando existem
múltiplas espécies de presas, a predação pode amenizar a dominância que a
competição poderia originar, afetando fortemente a composição de espécies de
um local.
Em muitos casos, a predação pode evitar que um habitat seja dominado por uma
espécie competidora potencialmente mais apta, mas quando intensa, pode reduzir
a riqueza de espécies por conduzir as presas de algumas espécies à extinção.
A dominância competitiva de algumas espécies de presas pode ser reduzida por
seus predadores, o que culmina no aumento da riqueza de espécies. A este evento
dá-se o nome de coexistência mediada por predação. O sistema de coexistência
mediada por predador é basicamente estruturado com 1 Predador – 2 Presas – 1
Recurso.
16. Influencia da competição na estrutura
da comunidade no referido bioma
Onça
Pintada
Peixe Serpente Lebre Cervo
Vegetais
17. Influencia da predação na estrutura da
comunidade
A agricultura, a pecuária e o cultivo de monoculturas florestais têm exercido forte
pressão sobre o local, resultando no desaparecimento de espécies nativas, no
aumento do processo de arenização e na invasão de espécies indesejáveis.
Onça pintada :
Sendo o maior mamífero carnívoro do Brasil, necessita de pelo menos 2 Kg de
alimento por dia, o que determina a ocupação de um território de 25 a 80 Km2 por
indivíduo a fim de possibilitar capturar uma grande variedade de presas. A onça
seleciona naturalmente as presas mais fáceis de serem abatidas, em geral
indivíduos inexperientes, doentes ou mais velhos, o que pode resultar como
benefício para a própria população de presas.
Desertificação:
Um grande problema tem assolado o sudoeste do Rio Grande do Sul, o processo de
arenização dos solos, conhecido também como desertificação. Esse processo é
provocado, principalmente, pela atividade agropecuária extensiva que é exercida
ao longo de décadas na região.