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Arq Bras Cardiol
volume 71, (nº 4), 1998
Almeida e col
CIA, CIV e ausência de veia cava superior
613
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia - São Paulo
Correspondência: Fábio Alves Almeida - Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia
– Av. Dr. Dante Pazzanese, 500 - 04012-180 - São Paulo, SP
Recebido para publicação em 24/6/98
Aceito em 28/7/98
Coronary Sinus Atrial Septal Defect and
Ventricular Septal Defect with no Left
Superior Vena Cava
We report a rare case of a 21 month old child with a
coronary sinus atrial septal defect associated with peri-
membranous ventricular septal defect and no left superior
vena cava. The diagnosis was made by transthoracic
echocardiogram and confirmed by angiography. The
patient was operated on uneventfully, both defects were
closed with bovine pericardial patches and the flow from
thecoronaryveinswasdirectedtowardstheleftatrium.An
echocardiogramrevealedcomplete closureofbothdefects.
Relatamos um caso raro de um paciente de 21 me-
ses, portador de comunicação interatrial do tipo seio
coronário, associada a comunicação interventricular
perimembranosa, e ausência de veia cava superior es-
querda. O diagnóstico foi realizado através da ecocar-
diografia e confirmado pela angiografia. O paciente foi
operado sem intercorrências, ambos os defeitos foram
fechados com patch de pericárdio bovino e o fluxo das
veias coronárias ficou direcionado para o átrio esquer-
do. Um ecocardiograma mostrou ausência deshuntresi-
dual através dos defeitos.
Arq Bras Cardiol, volume 71 (nº 4), 613-617, 1998
FábioAlvesAlmeida,CarlosAugustoCardosoPedra,CarlosAugustodeJesus,
SimoneRolimFernandesFontesPedra,ValmirFernandesFontes,LuísCarlosBentodeSousa
São Paulo, SP
Comunicação Interatrial do Tipo Seio Coronário,
Comunicação Interventricular e Ausência de Veia Cava
Superior Esquerda
Relato de Caso
A comunicação interatrial (CIA) corresponde a cerca
de 10-15% de todas as cardiopatias congênitas1
.Osdefei-
tos localizados na lâmina da fossa oval são responsáveis
pela absoluta maioria da CIAs. Menos freqüente são as
CIAs do tipo ostium primum (que na verdade devem ser
encaradas como defeitos do septo atrioventricular com
junção atrioventricular comum) e do tipo seio venoso 1
. A
CIA do tipo seio coronário (SC), também chamada de SC
parcialmenteoutotalmentesemteto,éumadoençarara 2-8
,
resultantedeumaincompletaformaçãodajunçãoátrioveno-
sa 2
. Geralmente está associada a cardiopatias congênitas
complexas e persistência da veia cava superior esquerda
(VCSE) 2-7
,sendoexcepcionalseuencontrocommáforma-
ção isolada4
.Nesteartigo,descrevemosumcasodeCIAdo
tipo SC associada a comunicação interventricular (CIV)
perimembranosaeausênciadeVCSE,sendodiagnosticada
atravésdaecocardiografiaeconfirmadapelaangiografia.
Relato do caso
Criança de 21 meses, sexo feminino, peso de 8kg, foi
encaminhada ao nosso serviço para avaliação de doença
cardíaca congênita. Apresentava história de dispnéia aos
esforços, dificuldade para ganhar peso, broncopneumo-
niasderepetiçãoeinsuficiênciacardíacadedifícilcontrole
clínico. O exame físico revelou leve taquipnéia e ausência
de cianose. Foram auscultados um sopro sistólico ejetivo
(++/6+)emfocopulmonareumsoprosistólicoregurgitativo
(+++/6+) ao longo do bordo esternal esquerdo baixo. A 2a
bulha apresentava desdobramento fixo curto com compo-
nente pulmonar de intensidade aumentada. O fígado era
palpávela3cmdorebordocostaldireito.Oeletrocardiogra-
marevelouritmosinusal,comSAQRSa±1800
esobrecarga
biventricularcompredomíniodeventrículodireito.Aradio-
grafia de tórax mostrousitussolitus,pontaparaaesquerda,
troncodapulmonarabaulada,áreacardíacaefluxopulmo-
naraumentados.Umecocardiogramarealizadoforadenos-
saInstituiçãorevelouCIAtipoostiumsecundumeCIVam-
plas com shunt esquerdo-direito. Um ecocardiograma
bidimensional transtorácico com mapeamento de fluxo a
cores realizado em nossa Instituição mostrousitus solitus
614
Almeida e col
CIA, CIV e ausência de veia cava superior
Arq Bras Cardiol
volume 71, (nº 4), 1998
com levocardia; defeito do septo atrial tipo SC amplo com
shuntdoátrioesquerdo(AE)paraoátriodireito(AD)(fig.1);
defeito do septo interventricular perimembranoso, parcial-
mente ocluído pelo folheto septal da valva tricúspide, com
shuntdeventrículoesquerdo(VE)paraodireito(VD);ausên-
cia de VCSE; aumento importante das cavidades direitas
com câmaras esquerdas de dimensões normais; dilatação
importantedotroncodaartériapulmonar(TP)eramosesi-
naisdehipertensãoarterialpulmonar.
Ocateterismocardíacofoiindicadoparaavaliaçãodo
graudehipertensãopulmonareparaconfirmaçãodiagnós-
tica, já que se tratava de um caso não usual. As medidas
pressóricas(emmmHg)foram:ADm:2;VD:51/2;TP:51/15
(m: 32); Ao: 60/40 (m:49); VE: 60/6; AEm: 3. O estudo
oximétricodemonstrou:VCS=66%;AD=88%;VD=88%;
TP=91%;eAo=96%.Realizadoscálculosdefluxoeresis-
tênciasistêmicaepulmonarquedemonstraram:QP/QSde
5:1eRVP/RVSde0,12.Oestudoangiográficoconfirmouos
dados ecocardiográficos (fig. 2).
Opacientefoiencaminhadoparatratamentocirúrgico
e os achados intraoperatórios corroboraram com os diag-
nósticosecocardiográficoseangiográfico.Ambososdefei-
tos foram fechados com patches de pericárdio bovino e a
drenagemdofluxoprovenientedasveiascoronáriasfoidei-
xada em direção ao AE. O pós operatório transcorreu sem
intercorrênciaseopacientetevealtahospitalarumasemana
após a cirurgia. O ecocardiograma de alta revelou oclusão
total dos defeitos.
Discussão
Asingularidadedestecasoresidebasicamenteemtrês
fatores: no diagnóstico da CIA tipo SC que por si só é uma
cardiopatia congênita rara 1-8
; na sua associação com outra
cardiopatia não complexa como a CIV e na ausência da
VCSE, o que também não é comum. Do ponto de vista
embriológico, a CIA do tipo SC provavelmente decorre de
uma septação incompleta da junção átrio venosa entre a
Fig. 1 - Ecocardiograma bidimensional com Doppler colorido. A) projeção subcostal mostrando ausência do teto do seio coronário permitindo uma ampla comunicação entre os
átrios em porções baixas do septo interatrial; B) projeção subcostal com mapeamento de fluxo a cores mostrando oshunt esquerdo direito através do defeito. AE- átrio esquerdo; AD-
átrio direito; seta- comunicação interatrial tipo seio coronário.
Arq Bras Cardiol
volume 71, (nº 4), 1998
Almeida e col
CIA, CIV e ausência de veia cava superior
615
veiacardinalesquerdaeoAE2
.Istoexplicariaporqueaper-
sistênciadaVCSEpersistenteestáinvariavelmenteassocia-
daataltipodeCIA.Utilizandoesteconceito,Raghibecol3
Fig. 2 - Angiografia em veia pulmonar superior direita, mostrando passagem de contraste do átrio esquerdo para o átrio direito através de amplo defeito do septo interatrial localizado
em porções inferiores do septo. Notem que o cateter cruza o septo interatrial através de forame oval pérvio e não através da comunicação interatrial. A) projeção hepatoclavicular (4
câmaras); B) projeção póstero-anterior (de frente).
Fig. 3 - Diagrama da ausência parcial ou total do seio coronário 7
. A) situação anatômica normal; B) veia cava superior esquerda persistente conectada em seio coronário; C) ausên-
cia parcial do teto do seio coronário sem a coexistência de veia cava superior esquerda persistente; D) ausência total do teto do seio coronário associada a veia cava superior esquer-
da persistente (complexo de Raghib). AD- átrio direito; AE- átrio esquerdo; SC- seio coronário; VCSE- veia cava superior esquerda persistente.
descreveramumcasoem1965emquehaviapersistênciada
VCSEterminandonoAEeausênciatotaldoSC.Essadescri-
ção corresponde à síndrome clássica. Por vezes, os termos
616
Almeida e col
CIA, CIV e ausência de veia cava superior
Arq Bras Cardiol
volume 71, (nº 4), 1998
SC completamente sem teto e SC ausente são usados como
sinônimos. Essa nomenclatura é debatida por alguns auto-
resjáqueseoorifíciodoSCéidentificável,eseesteéconsi-
derado parte do seio, não é completamente justificável no-
mear esta situação como ausência completa do SC 2
. Por
outro lado, quando não é identificado um orifício do SC ou
uma parede separando o SC do AE e na presença de uma
VCSE, o termo ausente pode ser usado2
.Afimdeseevitar
estes desentendidos, é preferível referir-se a lesão com um
termomeramenteanatômico,comoausênciaparcialoutotal
do teto do SC2
.AausênciaparcialdoSCéconsideradapor
alguns autores como uma forma frustada do complexo de
Raghib 4,7
. Apesar da presença da VCSE ser quase uma
constante nestas situações, alguns casos têm sido descri-
tosnasuaausência 4
.AausênciaparcialoutotaldoSCestá
representadaemformadediagramanafigura3.
ACIAtipoSCestácomumenteassociadaacardiopa-
tiascomplexas,comoisomerismos,conexõesatriaisdiscor-
dantes, dupla via de saída de VD, atresia tricúspide entre
outras 2,5,6
.Cardiopatiasmenoscomplexascomotetralogia
de Fallot, defeitos do septo atrioventricular e coartação de
aorta também podem coexistir 6,8
. Poucos casos têm sido
descritoscomCIVassociada,sendoexcepcionalseuacha-
do como doença isolada4
. Às vezes uma CIA tipo SC pode
se confluir com uma CIA tipoostium secundum ocasionan-
doumamplodefeitonoseptointeratrial 6
.
ArepercussãoclínicadaCIAtipoSCdependedesuas
dimensões e de outras lesões associadas que promoveriam
shuntsesquerdo/direito (E/D) ou em sentido inverso ao ní-
velatrial.AausênciacompletadotetodoSCéumsubstrato
anatômicoquepropiciaaocorrênciadegrandesshunts.Por
outro lado, a presença de pequenas fenestrações neste lo-
calpoderestringirofluxoentreosátrios.
Do ponto de vista ecocardiográfico, o defeito não é
fácildeserdelineadodevidoanaturezacurvilíneaposterior
extensa do SC5
.Omelhorplanoparadefiniçãododiagnós-
ticoéosubcostal,ondepodemosvisibilizaradequadamente
aregiãoposteriordeambososátrios.NaCIAtipoSC,oteto
do SC encontra-se ausente (de forma parcial ou total), pro-
movendo uma comunicação entre o que seria o assoalho
do AE e o SC5
.O shunt E/D(ouemsentidoinverso)através
dos átrios é documentado através do mapeamento de fluxo
a cores. A lesão também pode ser visibilizada na projeção
paraesternalalta,eixomaior(longitudinal),ondepodemos
documentar a dilatação do seio. O estudo ecocardiográfico
desta área posterior do coração nos planos referidos pode
levarafenômenodedropout,oqueacarretariaemfalsaim-
pressãodeausênciadotetodoSC5
.OdiagnósticodeVCSE
deve ser sempre pesquisado através do modo bidimensio-
nal e do mapeamento de fluxo a cores e na sua suspeita,
deve ser realizada a ecocardiografia com contraste. Uma
solução salina é agitada e injetada em veia calibrosa em
membro superior esquerdo, permitindo definir o local de
entrada da veia cava esquerda no AE5
. Esta técnica tem o
potencialdesubstituiraangiografiapararealizaçãododiag-
nóstico da doença5
.Nocasoestudado,aveiainominadaera
calibrosaenãohaviaVCSE.OestudodetalhadodoSCede
possíveis anomalias sistêmicas assume importância ainda
maioremcriançascomcardiopatiascomplexasquesãorefe-
ridasparareparocirúrgicopaliativooudefinitivo,atravésde
anastomoses do tipo cavopulmonar 5,7
.SeaCIAdotipoSC
ou a anomalia venosa não foram suspeitadas e reparadas,
shunts residuais e/ou cianose podem resultar ou persistir
após a cirurgia 5,7
.
Ocateterismocardíacoeaangiografiadevemserreali-
zados dependendo do tipo de lesões associadas, quando
há dúvida diagnóstica e necessidade de realização de cál-
culos de fluxo e resistência. Quando o shunt ocorre da es-
querdaparaadireita,osaltooximétricoéobservadoentrea
VCSeAD,comelevaçãosignificativadosvaloresoximétri-
cos das amostras colhidas do SC. No caso relatado, oshunt
E/Dglobaleradegrandemagnitude,localizadoprincipal-
mente ao nível atrial, denotando as grandes dimensões do
defeito.Aangiografiaérealizadadepreferêncianaveiapul-
monarsuperiordireitanasprojeçõeshepatoclavicular(ou4
câmaras)eempóstero-anterior(defrente)4,7
.InjeçõesnoAE
ounoTPcomestudodolevogramanasmesmasprojeções,
também, podem ser empregadas alternativamente4,7
.Nota-
sepassagemdocontrastedoAEparaoADemporçõesbai-
xas do septo interatrial. A associação de defeitos do septo
atrioventricularpodedificultarodiagnóstico,jáqueoshunt
atrialtambémocorreemregiõesadjacentes.Éaconselhável
realizarumainjeçãonaveiainominada(seestiverpresente),
ou em jugular interna esquerda ou em veia calibrosa de
membro esquerdo a fim de avaliar a presença de VCSE e o
localdesuadrenagem.Estudoquepode,também,serreali-
zado nas projeções de frente e de perfil esquerdo7
.
A abordagem cirúrgica da CIA tipo SC é realizada de
diversas formas, dependendo das doenças associadas.
QuandoháVCSEpersistentedrenandoemAE,ocirurgião
pode reconstruir todo o teto do SC com um patch de
pericárdiobovino,redirecionando,assim,ofluxodaVCSE
paraoAD6
.EmcasosondenãoháVCSEassociada,comoo
aqui relatado, o cirurgião tem a opção de apenas fechar a
CIA com umpatch, deixando a drenagem do fluxo prove-
nientedoSCedasveiascoronáriasparaoAE,comumgrau
desprezível de dessaturação sistêmica 6
. O simples fecha-
mentodaCIAnapresençadeveiacavapersistentecomdre-
nagem em AE pode levar inadvertidamente a shunts E/D
significativos, com dessaturação sistêmica, fenômenos
tromboembólicos,ocorrênciadeacidentevasculareabces-
sos cerebrais 7
. As lesões associadas devem ser corrigidas
deformaindividualizada.
Em resumo, este relato descreve um caso de CIA tipo
SC, associado a CIV e ausência de veia cava esquerda per-
sistente, diagnosticado corretamente através da ecocardio-
grafiaeangiografia,com evoluçãopós-operatóriasatisfató-
ria.Ocardiologistapediátricodevesemprepesquisarodia-
gnósticodeCIAtipoSCnavigênciadeumdefeitodosepto
interatrial amplo associado à dilataçãodoSC,comousem
persistênciadaVCSE.
Arq Bras Cardiol
volume 71, (nº 4), 1998
Almeida e col
CIA, CIV e ausência de veia cava superior
617
1. Medeiros Sobrinho JH, Fontes VF, Pontes Jr SC - Defeitos isolados do septo
atrial. In: Medeiros Sobrinho JH, Fontes VF, Pontes Jr SC, eds. Cardiopatias
congênitas. São Paulo: Sarvier 190: pag: 295-314.
2. Adatia I, Gittenberger-de Groot AC - Unroofed coronary sinus and coronary
sinus orifice atresia. Implications for management of complex congenital heart
disease. J Am Coll Cardiol 1995; 25: 948-53.
3. Raghib G, Ruttenber HD, Anderson RC et al - Termination of left superior vena
cava in left atrium, atrial septal defect, and absense of coronary sinus, a
developmental complex. Circulation 1965; 31: 906-18.
4. Freedom RM, Culham JAG, Rowe RD - Left atrial to coronary sinus fenestration
(partially unruufed coronary sinus) morphological and angiocardiographic
observations. Br Heart J 1981; 46: 63-8.
Referências
5. Schmidt KG, Silverman NH - Cross-sectional and contrast echocardiography in
the diagnosis of interatrial communications through the coronary sinus. Int J
Cardiol 1987; 16: 193-9.
6. Quagebeur J, Kirklin JW, Pacifico AD, Bargeron LM - Surgical experience with
unroofed coronary sinus. Ann Thorac Surg 1979; 27: 418-25.
7. Freedom RM, Mawson JB, Yoo SJ, Benson LN - Anomalies of systemic venous
connections, coronary sinus and divided right atrium (cor triatriatum dexter).
In: Freedom RM, Mawson JB, Yoo SJ, Benson LN, editors. Congenital heart
disease. Textbook of angiography. Armonk, NY. Futura Publishing Co. 1997:
291-337.
8. Allmendinger P, Dear WE, Cooley DA - Atrial septal defect with communication
through the coronary sinus. Ann Thorac Surg 1974; 17: 193-6.

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Comunicação interatrial do tipo seio coronário e civ sem vcs ep

  • 1. Arq Bras Cardiol volume 71, (nº 4), 1998 Almeida e col CIA, CIV e ausência de veia cava superior 613 Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia - São Paulo Correspondência: Fábio Alves Almeida - Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia – Av. Dr. Dante Pazzanese, 500 - 04012-180 - São Paulo, SP Recebido para publicação em 24/6/98 Aceito em 28/7/98 Coronary Sinus Atrial Septal Defect and Ventricular Septal Defect with no Left Superior Vena Cava We report a rare case of a 21 month old child with a coronary sinus atrial septal defect associated with peri- membranous ventricular septal defect and no left superior vena cava. The diagnosis was made by transthoracic echocardiogram and confirmed by angiography. The patient was operated on uneventfully, both defects were closed with bovine pericardial patches and the flow from thecoronaryveinswasdirectedtowardstheleftatrium.An echocardiogramrevealedcomplete closureofbothdefects. Relatamos um caso raro de um paciente de 21 me- ses, portador de comunicação interatrial do tipo seio coronário, associada a comunicação interventricular perimembranosa, e ausência de veia cava superior es- querda. O diagnóstico foi realizado através da ecocar- diografia e confirmado pela angiografia. O paciente foi operado sem intercorrências, ambos os defeitos foram fechados com patch de pericárdio bovino e o fluxo das veias coronárias ficou direcionado para o átrio esquer- do. Um ecocardiograma mostrou ausência deshuntresi- dual através dos defeitos. Arq Bras Cardiol, volume 71 (nº 4), 613-617, 1998 FábioAlvesAlmeida,CarlosAugustoCardosoPedra,CarlosAugustodeJesus, SimoneRolimFernandesFontesPedra,ValmirFernandesFontes,LuísCarlosBentodeSousa São Paulo, SP Comunicação Interatrial do Tipo Seio Coronário, Comunicação Interventricular e Ausência de Veia Cava Superior Esquerda Relato de Caso A comunicação interatrial (CIA) corresponde a cerca de 10-15% de todas as cardiopatias congênitas1 .Osdefei- tos localizados na lâmina da fossa oval são responsáveis pela absoluta maioria da CIAs. Menos freqüente são as CIAs do tipo ostium primum (que na verdade devem ser encaradas como defeitos do septo atrioventricular com junção atrioventricular comum) e do tipo seio venoso 1 . A CIA do tipo seio coronário (SC), também chamada de SC parcialmenteoutotalmentesemteto,éumadoençarara 2-8 , resultantedeumaincompletaformaçãodajunçãoátrioveno- sa 2 . Geralmente está associada a cardiopatias congênitas complexas e persistência da veia cava superior esquerda (VCSE) 2-7 ,sendoexcepcionalseuencontrocommáforma- ção isolada4 .Nesteartigo,descrevemosumcasodeCIAdo tipo SC associada a comunicação interventricular (CIV) perimembranosaeausênciadeVCSE,sendodiagnosticada atravésdaecocardiografiaeconfirmadapelaangiografia. Relato do caso Criança de 21 meses, sexo feminino, peso de 8kg, foi encaminhada ao nosso serviço para avaliação de doença cardíaca congênita. Apresentava história de dispnéia aos esforços, dificuldade para ganhar peso, broncopneumo- niasderepetiçãoeinsuficiênciacardíacadedifícilcontrole clínico. O exame físico revelou leve taquipnéia e ausência de cianose. Foram auscultados um sopro sistólico ejetivo (++/6+)emfocopulmonareumsoprosistólicoregurgitativo (+++/6+) ao longo do bordo esternal esquerdo baixo. A 2a bulha apresentava desdobramento fixo curto com compo- nente pulmonar de intensidade aumentada. O fígado era palpávela3cmdorebordocostaldireito.Oeletrocardiogra- marevelouritmosinusal,comSAQRSa±1800 esobrecarga biventricularcompredomíniodeventrículodireito.Aradio- grafia de tórax mostrousitussolitus,pontaparaaesquerda, troncodapulmonarabaulada,áreacardíacaefluxopulmo- naraumentados.Umecocardiogramarealizadoforadenos- saInstituiçãorevelouCIAtipoostiumsecundumeCIVam- plas com shunt esquerdo-direito. Um ecocardiograma bidimensional transtorácico com mapeamento de fluxo a cores realizado em nossa Instituição mostrousitus solitus
  • 2. 614 Almeida e col CIA, CIV e ausência de veia cava superior Arq Bras Cardiol volume 71, (nº 4), 1998 com levocardia; defeito do septo atrial tipo SC amplo com shuntdoátrioesquerdo(AE)paraoátriodireito(AD)(fig.1); defeito do septo interventricular perimembranoso, parcial- mente ocluído pelo folheto septal da valva tricúspide, com shuntdeventrículoesquerdo(VE)paraodireito(VD);ausên- cia de VCSE; aumento importante das cavidades direitas com câmaras esquerdas de dimensões normais; dilatação importantedotroncodaartériapulmonar(TP)eramosesi- naisdehipertensãoarterialpulmonar. Ocateterismocardíacofoiindicadoparaavaliaçãodo graudehipertensãopulmonareparaconfirmaçãodiagnós- tica, já que se tratava de um caso não usual. As medidas pressóricas(emmmHg)foram:ADm:2;VD:51/2;TP:51/15 (m: 32); Ao: 60/40 (m:49); VE: 60/6; AEm: 3. O estudo oximétricodemonstrou:VCS=66%;AD=88%;VD=88%; TP=91%;eAo=96%.Realizadoscálculosdefluxoeresis- tênciasistêmicaepulmonarquedemonstraram:QP/QSde 5:1eRVP/RVSde0,12.Oestudoangiográficoconfirmouos dados ecocardiográficos (fig. 2). Opacientefoiencaminhadoparatratamentocirúrgico e os achados intraoperatórios corroboraram com os diag- nósticosecocardiográficoseangiográfico.Ambososdefei- tos foram fechados com patches de pericárdio bovino e a drenagemdofluxoprovenientedasveiascoronáriasfoidei- xada em direção ao AE. O pós operatório transcorreu sem intercorrênciaseopacientetevealtahospitalarumasemana após a cirurgia. O ecocardiograma de alta revelou oclusão total dos defeitos. Discussão Asingularidadedestecasoresidebasicamenteemtrês fatores: no diagnóstico da CIA tipo SC que por si só é uma cardiopatia congênita rara 1-8 ; na sua associação com outra cardiopatia não complexa como a CIV e na ausência da VCSE, o que também não é comum. Do ponto de vista embriológico, a CIA do tipo SC provavelmente decorre de uma septação incompleta da junção átrio venosa entre a Fig. 1 - Ecocardiograma bidimensional com Doppler colorido. A) projeção subcostal mostrando ausência do teto do seio coronário permitindo uma ampla comunicação entre os átrios em porções baixas do septo interatrial; B) projeção subcostal com mapeamento de fluxo a cores mostrando oshunt esquerdo direito através do defeito. AE- átrio esquerdo; AD- átrio direito; seta- comunicação interatrial tipo seio coronário.
  • 3. Arq Bras Cardiol volume 71, (nº 4), 1998 Almeida e col CIA, CIV e ausência de veia cava superior 615 veiacardinalesquerdaeoAE2 .Istoexplicariaporqueaper- sistênciadaVCSEpersistenteestáinvariavelmenteassocia- daataltipodeCIA.Utilizandoesteconceito,Raghibecol3 Fig. 2 - Angiografia em veia pulmonar superior direita, mostrando passagem de contraste do átrio esquerdo para o átrio direito através de amplo defeito do septo interatrial localizado em porções inferiores do septo. Notem que o cateter cruza o septo interatrial através de forame oval pérvio e não através da comunicação interatrial. A) projeção hepatoclavicular (4 câmaras); B) projeção póstero-anterior (de frente). Fig. 3 - Diagrama da ausência parcial ou total do seio coronário 7 . A) situação anatômica normal; B) veia cava superior esquerda persistente conectada em seio coronário; C) ausên- cia parcial do teto do seio coronário sem a coexistência de veia cava superior esquerda persistente; D) ausência total do teto do seio coronário associada a veia cava superior esquer- da persistente (complexo de Raghib). AD- átrio direito; AE- átrio esquerdo; SC- seio coronário; VCSE- veia cava superior esquerda persistente. descreveramumcasoem1965emquehaviapersistênciada VCSEterminandonoAEeausênciatotaldoSC.Essadescri- ção corresponde à síndrome clássica. Por vezes, os termos
  • 4. 616 Almeida e col CIA, CIV e ausência de veia cava superior Arq Bras Cardiol volume 71, (nº 4), 1998 SC completamente sem teto e SC ausente são usados como sinônimos. Essa nomenclatura é debatida por alguns auto- resjáqueseoorifíciodoSCéidentificável,eseesteéconsi- derado parte do seio, não é completamente justificável no- mear esta situação como ausência completa do SC 2 . Por outro lado, quando não é identificado um orifício do SC ou uma parede separando o SC do AE e na presença de uma VCSE, o termo ausente pode ser usado2 .Afimdeseevitar estes desentendidos, é preferível referir-se a lesão com um termomeramenteanatômico,comoausênciaparcialoutotal do teto do SC2 .AausênciaparcialdoSCéconsideradapor alguns autores como uma forma frustada do complexo de Raghib 4,7 . Apesar da presença da VCSE ser quase uma constante nestas situações, alguns casos têm sido descri- tosnasuaausência 4 .AausênciaparcialoutotaldoSCestá representadaemformadediagramanafigura3. ACIAtipoSCestácomumenteassociadaacardiopa- tiascomplexas,comoisomerismos,conexõesatriaisdiscor- dantes, dupla via de saída de VD, atresia tricúspide entre outras 2,5,6 .Cardiopatiasmenoscomplexascomotetralogia de Fallot, defeitos do septo atrioventricular e coartação de aorta também podem coexistir 6,8 . Poucos casos têm sido descritoscomCIVassociada,sendoexcepcionalseuacha- do como doença isolada4 . Às vezes uma CIA tipo SC pode se confluir com uma CIA tipoostium secundum ocasionan- doumamplodefeitonoseptointeratrial 6 . ArepercussãoclínicadaCIAtipoSCdependedesuas dimensões e de outras lesões associadas que promoveriam shuntsesquerdo/direito (E/D) ou em sentido inverso ao ní- velatrial.AausênciacompletadotetodoSCéumsubstrato anatômicoquepropiciaaocorrênciadegrandesshunts.Por outro lado, a presença de pequenas fenestrações neste lo- calpoderestringirofluxoentreosátrios. Do ponto de vista ecocardiográfico, o defeito não é fácildeserdelineadodevidoanaturezacurvilíneaposterior extensa do SC5 .Omelhorplanoparadefiniçãododiagnós- ticoéosubcostal,ondepodemosvisibilizaradequadamente aregiãoposteriordeambososátrios.NaCIAtipoSC,oteto do SC encontra-se ausente (de forma parcial ou total), pro- movendo uma comunicação entre o que seria o assoalho do AE e o SC5 .O shunt E/D(ouemsentidoinverso)através dos átrios é documentado através do mapeamento de fluxo a cores. A lesão também pode ser visibilizada na projeção paraesternalalta,eixomaior(longitudinal),ondepodemos documentar a dilatação do seio. O estudo ecocardiográfico desta área posterior do coração nos planos referidos pode levarafenômenodedropout,oqueacarretariaemfalsaim- pressãodeausênciadotetodoSC5 .OdiagnósticodeVCSE deve ser sempre pesquisado através do modo bidimensio- nal e do mapeamento de fluxo a cores e na sua suspeita, deve ser realizada a ecocardiografia com contraste. Uma solução salina é agitada e injetada em veia calibrosa em membro superior esquerdo, permitindo definir o local de entrada da veia cava esquerda no AE5 . Esta técnica tem o potencialdesubstituiraangiografiapararealizaçãododiag- nóstico da doença5 .Nocasoestudado,aveiainominadaera calibrosaenãohaviaVCSE.OestudodetalhadodoSCede possíveis anomalias sistêmicas assume importância ainda maioremcriançascomcardiopatiascomplexasquesãorefe- ridasparareparocirúrgicopaliativooudefinitivo,atravésde anastomoses do tipo cavopulmonar 5,7 .SeaCIAdotipoSC ou a anomalia venosa não foram suspeitadas e reparadas, shunts residuais e/ou cianose podem resultar ou persistir após a cirurgia 5,7 . Ocateterismocardíacoeaangiografiadevemserreali- zados dependendo do tipo de lesões associadas, quando há dúvida diagnóstica e necessidade de realização de cál- culos de fluxo e resistência. Quando o shunt ocorre da es- querdaparaadireita,osaltooximétricoéobservadoentrea VCSeAD,comelevaçãosignificativadosvaloresoximétri- cos das amostras colhidas do SC. No caso relatado, oshunt E/Dglobaleradegrandemagnitude,localizadoprincipal- mente ao nível atrial, denotando as grandes dimensões do defeito.Aangiografiaérealizadadepreferêncianaveiapul- monarsuperiordireitanasprojeçõeshepatoclavicular(ou4 câmaras)eempóstero-anterior(defrente)4,7 .InjeçõesnoAE ounoTPcomestudodolevogramanasmesmasprojeções, também, podem ser empregadas alternativamente4,7 .Nota- sepassagemdocontrastedoAEparaoADemporçõesbai- xas do septo interatrial. A associação de defeitos do septo atrioventricularpodedificultarodiagnóstico,jáqueoshunt atrialtambémocorreemregiõesadjacentes.Éaconselhável realizarumainjeçãonaveiainominada(seestiverpresente), ou em jugular interna esquerda ou em veia calibrosa de membro esquerdo a fim de avaliar a presença de VCSE e o localdesuadrenagem.Estudoquepode,também,serreali- zado nas projeções de frente e de perfil esquerdo7 . A abordagem cirúrgica da CIA tipo SC é realizada de diversas formas, dependendo das doenças associadas. QuandoháVCSEpersistentedrenandoemAE,ocirurgião pode reconstruir todo o teto do SC com um patch de pericárdiobovino,redirecionando,assim,ofluxodaVCSE paraoAD6 .EmcasosondenãoháVCSEassociada,comoo aqui relatado, o cirurgião tem a opção de apenas fechar a CIA com umpatch, deixando a drenagem do fluxo prove- nientedoSCedasveiascoronáriasparaoAE,comumgrau desprezível de dessaturação sistêmica 6 . O simples fecha- mentodaCIAnapresençadeveiacavapersistentecomdre- nagem em AE pode levar inadvertidamente a shunts E/D significativos, com dessaturação sistêmica, fenômenos tromboembólicos,ocorrênciadeacidentevasculareabces- sos cerebrais 7 . As lesões associadas devem ser corrigidas deformaindividualizada. Em resumo, este relato descreve um caso de CIA tipo SC, associado a CIV e ausência de veia cava esquerda per- sistente, diagnosticado corretamente através da ecocardio- grafiaeangiografia,com evoluçãopós-operatóriasatisfató- ria.Ocardiologistapediátricodevesemprepesquisarodia- gnósticodeCIAtipoSCnavigênciadeumdefeitodosepto interatrial amplo associado à dilataçãodoSC,comousem persistênciadaVCSE.
  • 5. Arq Bras Cardiol volume 71, (nº 4), 1998 Almeida e col CIA, CIV e ausência de veia cava superior 617 1. Medeiros Sobrinho JH, Fontes VF, Pontes Jr SC - Defeitos isolados do septo atrial. In: Medeiros Sobrinho JH, Fontes VF, Pontes Jr SC, eds. Cardiopatias congênitas. São Paulo: Sarvier 190: pag: 295-314. 2. Adatia I, Gittenberger-de Groot AC - Unroofed coronary sinus and coronary sinus orifice atresia. Implications for management of complex congenital heart disease. J Am Coll Cardiol 1995; 25: 948-53. 3. Raghib G, Ruttenber HD, Anderson RC et al - Termination of left superior vena cava in left atrium, atrial septal defect, and absense of coronary sinus, a developmental complex. Circulation 1965; 31: 906-18. 4. Freedom RM, Culham JAG, Rowe RD - Left atrial to coronary sinus fenestration (partially unruufed coronary sinus) morphological and angiocardiographic observations. Br Heart J 1981; 46: 63-8. Referências 5. Schmidt KG, Silverman NH - Cross-sectional and contrast echocardiography in the diagnosis of interatrial communications through the coronary sinus. Int J Cardiol 1987; 16: 193-9. 6. Quagebeur J, Kirklin JW, Pacifico AD, Bargeron LM - Surgical experience with unroofed coronary sinus. Ann Thorac Surg 1979; 27: 418-25. 7. Freedom RM, Mawson JB, Yoo SJ, Benson LN - Anomalies of systemic venous connections, coronary sinus and divided right atrium (cor triatriatum dexter). In: Freedom RM, Mawson JB, Yoo SJ, Benson LN, editors. Congenital heart disease. Textbook of angiography. Armonk, NY. Futura Publishing Co. 1997: 291-337. 8. Allmendinger P, Dear WE, Cooley DA - Atrial septal defect with communication through the coronary sinus. Ann Thorac Surg 1974; 17: 193-6.