Aula 01 Logica de Programacao - Logica Matematica 1.pdf
Sr aula1 robos_industriais
1. Aula 1
Introdução
Robôs Manipuladores
Rio Grande, 11 de abril de 2014.
Universidade Federal do Rio Grande FURG
Centro de Ciências Computacionais C3
Engenharia de Automação
Sistemas Robóticos
3. Robôs podem ser usados com muitos
propósitos,incluindo aplicaçõesindustriais,
entretenimento e outras aplicações
específicas, como a exploração espacial e
subaquática e em ambientes perigosos.
Introdução
4. Uso do robô industrial – década de 1960
Junto com sistemasCAD (Computer-AidedDesign) e CAM
(Computer-Aided Manufacturing)
Número de robôs instalados por ano nas grandes regiões
industrias
Robôs Industriais
5. Motivos:
Custo de robôs industriais vem declinando, enquanto
que o da mão de obra têm aumentado
Os robôs têm se tornado mais eficientes, mais rápidos,
mais precisos, mais flexíveis
Estão cada vez mais capaz de executarem tarefas
perigosas ou impossíveis para trabalhadores humanos
Diversas tarefas têm se tornado candidatas à automação
industriais
Robôs Industriais
6. Robôs industriais
São máquinas projetadas para substituir o trabalho
humano em situações de desgaste físico ou mental,
ou ainda situações perigosas e repetitivas no processo
produtivo em indústrias
Se um dispositivo puder ser programado para realizar
diversas aplicações, ele é, provavelmente um robô
industrial
Robôs Industriais
7. Substituição de mão de obra geram problemas Sociais:
Trabalhadores ficam desempregados - não podem
consumir
Uso de robôs para substituir trabalhadores humanos
Criar melhores produtos a custos mais baixos
Negociações entre os fabricantes de automóveis e o
Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Automotiva:
Quantos empregos humanos podem ser substituídos
por robôs? E em que ritmo?
Robôs Industriais
8. Maioria dos robôs industriais são manipuladores
robóticos
Primeiro semestre nos concentraremos em robôs
manipuladores
Robôs Industriais
9. Estudar Manipuladores robóticos, envolve um conjunto
de áreas
Mecânica -máquinas em situações estáticase
dinâmicas
Descrições de movimentos
Teoria de Controle
Sensores e interfaces
Programação
Robôs Industriais
11. Os manipuladores consistemem elos (considerados
rígidos) e juntas que permitem o movimento de elos
consecutivos.
As juntas normalmente são equipadas com sensores de
posição que permitem obter a posição relativa dos elos
adjacentes
Manipuladores
13. Os manipuladores robóticos são compostos por
membros conectados por juntas em uma cadeia
cinemática aberta.
As juntas podem ser:
rotativas (permitem apenas rotação relativa entre
dois membros)
prismáticas (permitem apenas translação linear
relativa entre dois membros)
Manipuladores
24. As juntas robóticas são acionadas por atuadores:
Elétricos - elétricos são os mais utilizados
industrialmente, principalmente pela
disponibilidade de energia elétrica e pela
facilidade de controle.
Hidráulicos - indicados quando grandes esforços são
necessários; robôs de maior porte
Pneumáticos - só têm aplicação em operações de
manipulação em que não são obrigatórias
grandes precisões, devido à compressibilidade do
ar.
Acionamento
27. No caso de manipuladores robóticos geralmente as
variáveis de configuração das juntas formam uma cadeia
cinemática aberta
Na ponta livre da cadeia fica o efetuador (garra,
maçarico de solda, ou outro dispositivo)
Cadeia Cinemática
29. O estado de objetos (elos, ferramentas, peças
manipuladas) são descritos por uma posição e orientação
Atrelamos ao objeto, também, um sistema de
coordenadas, ou sistema de referência (frame)
Sistemas de Referência
como representar
matematicamente
estas informações
e como realizar
transformações
entre sistemas de
referência
31. Número de Graus de Liberdade de um Manipulador
Robótico – é o número de variáveis de posição
independentes que teriam de ser especificadas para se
localizarem todas as peças do robô – normalmente o
número de juntas é igual ao número de graus de
liberdade
Graus de Liberdade
32. Cada junta interconecta dois membros l1 e l2
eixo de rotação ou de translação de uma junta é
denotado como eixo da junta zi
Se a junta i interconectar os membros i e i+1, as
variáveis das juntas são denotadas por θi, se a junta for
rotativa, ou por di, se a junta for prismática
O número de juntas determina a quantidade de
graus de liberdade do manipulador
Graus de Liberdade
33. O número de juntas determina a quantidade de
graus de liberdade do manipulador.
Tipicamente, um manipulador industrial possui 6
graus de liberdade, 3 para posicionar o órgão
terminal (garra, aparelho de soldagem, de pintura, etc.)
e 3 para orientar o órgão terminal
Para especificar completamenteo objeto no espaço –
precisamos da localização e orientação do objeto - 6
elementos de informação
Graus de Liberdade
35. Se um robô tem menos graus de liberdade, não podemos
arbitrariamente especificar qualquer localização e orientação
Exemplo: considere um robô com 3 graus de liberdade, que
só pode se mover ao longo dos eixos x, y e z
nenhuma orientação pode ser especificada
Exemplo: considere outro robô com 5 graus de liberdade,
capaz de rodar em torno de três eixos, mas apenas se
deslocar ao longo dos eixos x e y
Pode se especificar qualquer orientação, mas o
posicionamento da peça só é possível ao longo dos eixos x e y
Graus de Liberdade
36. Comparação com o braço humano:
Quantos graus de liberdade tem o braço humano?
Graus de Liberdade
37. Comparação com o braço humano: o braço humano tem
7 GDL enquanto os robôs em geral possuem de 3 a 6
GLD
Um sistema com 7 graus de liberdade, não tem uma
única solução para posicionamento e orientação de
uma peça - existem várias maneiras
Graus de Liberdade
38. Para que o controlador saiba o que fazer, deve haver
uma rotina adicional de decisão que lhe permita
escolher apenas uma das infinitas soluções. (exemplo,
uma rotina para escolher o caminho mais rápido ou o
mais curto)
O computador tem de verificar todas as soluções para
encontrar a resposta - o que pode tomar muito
processamento
Logo, normalmente robôs com 7 graus de liberdade não
são utilizados na na indústria.
Graus de Liberdade
39. Um problema semelhante surge quando um robô
manipulador é montado sobre uma base móvel
O robô tem um grau de liberdade adicional
Nesse caso, embora aja muitos graus de liberdade, os
graus de liberdade adicionais são conhecidos (posição
da base)
O sistema pode ser resolvido
Graus de Liberdade
40. Pode-se ter, também, manipuladores com menor ou maior
número de graus de liberdade, conforme a função a ser
executada.
Quanto maior a quantidade de graus de liberdade, mais
complicadas são a cinemática, a dinâmica e o controle do
manipulador.
O volume espacial varrido pelo órgão terminal do
manipulador é conhecido como volume de trabalho ou
espaço de trabalho.
O volume de trabalho depende da configuração
geométrica do manipulador e das restrições físicas das
juntas (limites mecânicos).
Graus de Liberdade
41. Punho com três graus de liberdade
Graus de Liberdade
43. O atuador final do robô nunca é considerado como um
dos graus de liberdade.
Todos os robôs têm capacidade adicional, que pode
parecer ser semelhante a um grau de liberdade Ex: abrir
e fechar garra
No entanto, nenhum dos movimentos no atuador final
são contabilizados para os graus de liberdade do robô
Graus de Liberdade
45. O volume espacial varrido pelo órgão terminal do
manipulador é conhecido como volume de trabalho ou
espaço de trabalho
O volume de trabalho depende da configuração
geométrica do manipulador e das restrições físicas das
juntas (limites mecânicos)
Espaço de Trabalho
46. O espaço de trabalho pode ser encontrado
matematicamenteescrevendo equações que definem as
ligações e articulações do robô
Como alternativa, o espaço de trabalho pode ser
encontrado empiricamente por mover virtualmente
cada articulação por meio da sua gama de movimentos,
combinando todo o espaço que pode alcançar, e
subtraindo o que não pode alcançar
Espaço de Trabalho
47. Quando um robô é considerado para uma determinada
aplicação, seu espaço de trabalho deve ser estudado
para garantir que o robô seja capaz de alcançar os
pontos desejados
Para a determinação exata do espaço de trabalho,
consultar as folhas de dados dos fabricantes
Espaço de Trabalho
50. Os robôs podem apresentar diferentes configurações
geométricas, isto é, diferentes arranjos entre os membros e
os tipos de juntas utilizadas
A maioria dos robôs industriais tem 6 ou menos graus de
liberdade
No caso de um manipulador com seis graus de liberdade:
Os três primeiros graus (a contar da base) são usados
para posicionar o órgão terminal no espaço 3D
Os três últimos servem para orientar o órgão terminal
no espaço 3D
Configurações Geométricas
51. Com base nos três primeiros graus de liberdade, pode-
se classificaros robôs industriais em cinco configurações
geométricas:
Articulado (RRR)
Esférico (RRP)
SCARA (RRP)
Cilíndrico (RPP)
Cartesiano (PPP)
R significa junta rotativa e P significa junta prismática
Configurações Geométricas
54. Robô Articulado (RRR) - Liberdade de movimento grande e
Volume de trabalho compacto – mais versátil dos robôs
industriais
1. Robô Articulado (RRR)
55. Robô esférico (RRP) - Substitui a junta rotativa do cotovolo
do robô articulado por uma junta prismática
2. Robô Esférico (RRP)
56. Robô esférico(RRP) - as coordenadas que definem a
posição do órgão terminal são esféricas (θ1, θ2, d3)
2. Robô Esférico (RRP)
58. Robô SCARA (RRP) - Selective Compliant Articulated Robot
for Assembly – configuração recente que rapidamente se
tornou popular - adequada para montagens
Tem três eixos – todos verticais e paralelos z0, z1 e z2
3. Robô SCARA (RRP)
63. Robô Cilíndrico (RPP) - A primeira junta é rotativa
enquanto a segunda e terceira juntas são prismáticas
As variáveis das juntas são coordenadas cilíndricas (θ1, d2, d3)
4. Robô Cilíndrico (RPP)
65. Robô Cartesiano (PPP) – as três primeiras juntas são
prismáticas. É o manipulador de configuração mais simples,
sendo muito empregado para armazenamento de peças
5. Robô Cartesiano (PPP)
71. Punho de um manipulador - conjunto de juntas que são
colocadas entre o antebraço e o órgão terminal, de
modo a prover este último com uma dada orientação.
Em geral, os punhos robóticos são dotados de 2 ou 3
juntas rotativas.
A maioria dos robôs são projetados com punho esférico,
isto é, punhos cujos eixos das juntas (todas rotativas)
interceptam-se em um mesmo ponto.
Punho
72. Um punho esférico com três graus de liberdade
Punho
73. O Punho esférico simplifica bastantea cinemática de
orientação
Os movimentos de rotação do punho esférico são
denominados, respectivamente:
Guiagem (Yaw),
Arfagem (Pitch)
Rolamento (Roll)
Punho
74. É comum encontrar-se manipuladores industriais com 2
ou três graus de liberdade no punho - o robô, no total,
tenha 5 ou 6 graus de liberdade.
Exemplos de Robôs
Um robô denotado como RRR-RRR é um robô articulado
com um punho esférico com 3 juntas rotativas RPY (de
Roll, Pitch e Yaw), com um total de 6 graus de
liberdade.
Um robô RPP-RR é um robô cilíndrico com um punho
com 2 juntas rotativas RP (de Roll e Pitch), com um total
de 5 graus de liberdade.
Punho
75. A garra é o órgão terminal mais comum, possui um
movimento de abre e fecha
Tal grau de liberdade não é computado quando se
especifica a quantidade total de graus de liberdade do
robô.
Órgão Terminal
77. Precisão de um manipulador - é uma medida de quão
próximo o órgão terminal pode atingir um determinado
ponto programado, dentro do volume de trabalho.
Repetibilidade - diz respeito à capacidade do
manipulador retornar várias vezes ao ponto
programado, ou seja, é uma medida da distribuição
desses vários posicionamentos em torno do dito ponto.
Precisão e Repetibilidade
78. A precisão e a repetibilidade são afetadas por erros de:
computação,
imprecisões mecânicas de fabricação,
efeitos de flexibilidade das peças sob cargas
gravitacionais e de inércia (sobretudo em altas
velocidades),
folgas de engrenagens, etc. Por este motivo, têm
sido os manipuladores
Tem sido dada grande ênfase, para o projeto do
controlador
Precisão e Repetibilidade
79. Carga útil: é o peso que um robô pode carregar e ainda
permanecer dentro de suas especificações.
a capacidade de carga máxima de um robô pode ser muito maior
que a sua carga útil
Alcance: é a distância máxima que um robô pode alcançar
dentro do seu envelope de trabalho.
muitos pontos dentro do envelope de trabalho do robô podem
ser alcançados com qualquer orientação desejada (destro).
No entanto, para outros pontos próximos ao limite da capacidade
de alcance do robô, a orientação não pode ser especificada, como
desejado (ponto não destro).
O alcance é uma função das articulações e comprimentos do robô
e de sua configuração.
Carga Útil e Alcance
81. Problema Tratado na Robótica:
O que deve ser feito para programar um robô com o
objetivo de executar uma determinada tarefa?
Exemplo: Considere o robô de 6GDL, portando um
rebolo para uma operação de retífica plana
Problemas Tratados na Robótica
82. Problemas Tratados na Robótica
1) rotação do tronco
2) rotação do ombro
3) rotação do cotovelo
4) rotação do punho (“pitch” = arfagem)
5) rotação do punho (“yaw” = guiagem)
6) rotação do punho (“roll” = rolamento)
6 GDL:
83. Exemplo: Considere o robô de 2GDL, portando um rebolo
para uma operação de retífica plana
Suponha-se que se queira mover o manipulador de sua
posição de espera A para a posição B, a partir da qual o robô
deverá seguir o contorno S até a posição C, com velocidade
constante e mantendo uma força F, normal à superfície.
Problemas Tratados na Robótica
84. Os seguintes problemas deveriam ser resolvidos:
Cinemática Direta
Cinemática Inversa
Cinemáticada Velocidade
Dinâmica
Controle de Posição
Controle da Força de Retífica
Problemas Tratados na Robótica
86. Primeiramente, deve-se descrever as posições da
ferramenta (rebolo), dos pontos A e B e da superfície S,
em relação a um mesmo sistema de coordenadas
inercial
O robô deve estar apto a “sentir” sua posição em cada
instante, por meio de sensores (codificadores óticos,
potenciômetros, etc.) localizados nas juntas os quais
podem medir os ângulos
Cinemática Direta
87. Exemplo
Cinemática Direta
É necessário expressar as
posições da ferramenta em
termos desses ângulos, isto é,
expressar x e y em função de
θ1 e θ2
Problema da Cinemática
Direta - dadas as
coordenadas das juntas θ1 e
θ2, determinar x e y (as
coordenadas do órgão
terminal).
90. Cinemática direta - determina as coordenadas x e y do
TCP, assim como sua orientação, uma vez conhecidas as
coordenadas das juntas θ1 e θ2
Entretanto,para comandar o robô, é necessário o
inverso: dadas x e y, que ângulos θ1 e θ2 devem ser
adotados pelas juntas, de modo a posicionar o TCP na
posição (x, y)? Esse é o chamado problema da
cinemática inversa.
Tendo em vista que as eq. de cinemática direta são não-
lineares, a solução pode não ser simples.
Cinemática Inversa
91. Pode não haver solução (posição (x,y) fora do volume de
trabalho), como pode também não haver uma solução
única para o problema
Exemplo, existem as chamadas configurações cotovelo
acima e cotovelo abaixo:
Cinemática Inversa
93. Para seguir o contorno S com uma velocidade
especificada, é preciso conhecer a relação entre a
velocidade do TCP e as velocidades das juntas.
Isso pode ser obtido derivando as eqs da cinemática
direta:
Cinemática da Velocidade
Para determinar as velocidades das juntas a
partir das velocidades do TCP, usa-se a
operação inversa,obtendo-se a cinemática
inversade velocidade
95. Para controlar a posição do manipulador é preciso
conhecer as suas propriedades dinâmicas de modo a
saber a quantidade de força (ou torque) que deve ser
aplicada às juntas para que ele se mova.
Pouca força fará com que o manipulador reaja
vagarosamente
Força demais pode fazer com que o manipulador
esbarre em objetos ou vibre em torno da posição
desejada
Dinâmica
96. A dedução das equações dinâmicas de movimento
não é uma tarefa fácil, devido à grande quantidade
de graus de liberdade e também às não-linearidades
presentes.
São usadas técnicas baseadas na Dinâmica
Lagrangiana ou na Dinâmica Newtoniana, para a
dedução sistemáticade tais equações
Além da dinâmica das peças (membros) que compõem o
manipulador, a descrição completa deve envolver a
dinâmica dos atuadores e da transmissão
Dinâmica
98. O problema do controle da posição consiste em
determinar as excitações necessárias a serem dadas aos
atuadores das juntas para que o Órgão Terminal siga
uma determinada trajetória e simultaneamente,
rejeitar distúrbios originários de efeitos dinâmicos não
modelados, tais como atrito e ruídos.
Controle da Posição
99. O enfoque padrão utiliza estratégias de controle
baseadas no domínio da freqüência
Outras estratégias, como o controle não-linear, são
também utilizadas no controle de posição do
manipulador.
Controle da Posição
101. Uma vez alcançada a posição B, o manipulador deve
seguir o contorno S, mantendo uma certa força normal
constantecontra a superfície
O valor dessa força não pode ser muito pequeno, de
modo a tornar a operação de retífica ineficiente, nem
muito grande, pois poderia danificar tanto a obra como
a ferramenta
Então, deve-se exercer um controle preciso sobre a força
Cinemática da Força Retífica