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Aula 1
Introdução
Robôs Manipuladores
Rio Grande, 11 de abril de 2014.
Universidade Federal do Rio Grande FURG
Centro de Ciências Computacionais C3
Engenharia de Automação
Sistemas Robóticos
Introdução
 Robôs podem ser usados com muitos
propósitos,incluindo aplicaçõesindustriais,
entretenimento e outras aplicações
específicas, como a exploração espacial e
subaquática e em ambientes perigosos.
Introdução
 Uso do robô industrial – década de 1960
 Junto com sistemasCAD (Computer-AidedDesign) e CAM
(Computer-Aided Manufacturing)
 Número de robôs instalados por ano nas grandes regiões
industrias
Robôs Industriais
 Motivos:
 Custo de robôs industriais vem declinando, enquanto
que o da mão de obra têm aumentado
 Os robôs têm se tornado mais eficientes, mais rápidos,
mais precisos, mais flexíveis
 Estão cada vez mais capaz de executarem tarefas
perigosas ou impossíveis para trabalhadores humanos
 Diversas tarefas têm se tornado candidatas à automação
industriais
Robôs Industriais
Robôs industriais
 São máquinas projetadas para substituir o trabalho
humano em situações de desgaste físico ou mental,
 ou ainda situações perigosas e repetitivas no processo
produtivo em indústrias
 Se um dispositivo puder ser programado para realizar
diversas aplicações, ele é, provavelmente um robô
industrial
Robôs Industriais
 Substituição de mão de obra geram problemas Sociais:
 Trabalhadores ficam desempregados - não podem
consumir
 Uso de robôs para substituir trabalhadores humanos
 Criar melhores produtos a custos mais baixos
 Negociações entre os fabricantes de automóveis e o
Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Automotiva:
 Quantos empregos humanos podem ser substituídos
por robôs? E em que ritmo?
Robôs Industriais
 Maioria dos robôs industriais são manipuladores
robóticos
 Primeiro semestre nos concentraremos em robôs
manipuladores
Robôs Industriais
 Estudar Manipuladores robóticos, envolve um conjunto
de áreas
 Mecânica -máquinas em situações estáticase
dinâmicas
 Descrições de movimentos
 Teoria de Controle
 Sensores e interfaces
 Programação
Robôs Industriais
Manipuladores
 Os manipuladores consistemem elos (considerados
rígidos) e juntas que permitem o movimento de elos
consecutivos.
 As juntas normalmente são equipadas com sensores de
posição que permitem obter a posição relativa dos elos
adjacentes
Manipuladores
Manipuladores
 Os manipuladores robóticos são compostos por
membros conectados por juntas em uma cadeia
cinemática aberta.
 As juntas podem ser:
 rotativas (permitem apenas rotação relativa entre
dois membros)
 prismáticas (permitem apenas translação linear
relativa entre dois membros)
Manipuladores
Juntas
Juntas
Juntas
 Formas de Representar as Juntas
 Rotativa R
 Prismática P
Juntas
Vínculos
Garras e Ferramentas
 Ferramentas
Garras
Garras
Sensores
Sensores
 As juntas robóticas são acionadas por atuadores:
 Elétricos - elétricos são os mais utilizados
industrialmente, principalmente pela
disponibilidade de energia elétrica e pela
facilidade de controle.
 Hidráulicos - indicados quando grandes esforços são
necessários; robôs de maior porte
 Pneumáticos - só têm aplicação em operações de
manipulação em que não são obrigatórias
grandes precisões, devido à compressibilidade do
ar.
Acionamento
Acionamento
Cadeia Cinemática
 No caso de manipuladores robóticos geralmente as
variáveis de configuração das juntas formam uma cadeia
cinemática aberta
 Na ponta livre da cadeia fica o efetuador (garra,
maçarico de solda, ou outro dispositivo)
Cadeia Cinemática
Sistemas de Referência
 O estado de objetos (elos, ferramentas, peças
manipuladas) são descritos por uma posição e orientação
 Atrelamos ao objeto, também, um sistema de
coordenadas, ou sistema de referência (frame)
Sistemas de Referência
como representar
matematicamente
estas informações
e como realizar
transformações
entre sistemas de
referência
Graus de Liberdade
 Número de Graus de Liberdade de um Manipulador
Robótico – é o número de variáveis de posição
independentes que teriam de ser especificadas para se
localizarem todas as peças do robô – normalmente o
número de juntas é igual ao número de graus de
liberdade
Graus de Liberdade
 Cada junta interconecta dois membros l1 e l2
 eixo de rotação ou de translação de uma junta é
denotado como eixo da junta zi
 Se a junta i interconectar os membros i e i+1, as
variáveis das juntas são denotadas por θi, se a junta for
rotativa, ou por di, se a junta for prismática
 O número de juntas determina a quantidade de
graus de liberdade do manipulador
Graus de Liberdade
 O número de juntas determina a quantidade de
graus de liberdade do manipulador.
 Tipicamente, um manipulador industrial possui 6
graus de liberdade, 3 para posicionar o órgão
terminal (garra, aparelho de soldagem, de pintura, etc.)
e 3 para orientar o órgão terminal
 Para especificar completamenteo objeto no espaço –
precisamos da localização e orientação do objeto - 6
elementos de informação
Graus de Liberdade
Graus de Liberdade
 Se um robô tem menos graus de liberdade, não podemos
arbitrariamente especificar qualquer localização e orientação
 Exemplo: considere um robô com 3 graus de liberdade, que
só pode se mover ao longo dos eixos x, y e z
 nenhuma orientação pode ser especificada
 Exemplo: considere outro robô com 5 graus de liberdade,
capaz de rodar em torno de três eixos, mas apenas se
deslocar ao longo dos eixos x e y
 Pode se especificar qualquer orientação, mas o
posicionamento da peça só é possível ao longo dos eixos x e y
Graus de Liberdade
 Comparação com o braço humano:
 Quantos graus de liberdade tem o braço humano?
Graus de Liberdade
 Comparação com o braço humano: o braço humano tem
7 GDL enquanto os robôs em geral possuem de 3 a 6
GLD
 Um sistema com 7 graus de liberdade, não tem uma
única solução para posicionamento e orientação de
uma peça - existem várias maneiras
Graus de Liberdade
 Para que o controlador saiba o que fazer, deve haver
uma rotina adicional de decisão que lhe permita
escolher apenas uma das infinitas soluções. (exemplo,
uma rotina para escolher o caminho mais rápido ou o
mais curto)
 O computador tem de verificar todas as soluções para
encontrar a resposta - o que pode tomar muito
processamento
 Logo, normalmente robôs com 7 graus de liberdade não
são utilizados na na indústria.
Graus de Liberdade
 Um problema semelhante surge quando um robô
manipulador é montado sobre uma base móvel
 O robô tem um grau de liberdade adicional
 Nesse caso, embora aja muitos graus de liberdade, os
graus de liberdade adicionais são conhecidos (posição
da base)
 O sistema pode ser resolvido
Graus de Liberdade
 Pode-se ter, também, manipuladores com menor ou maior
número de graus de liberdade, conforme a função a ser
executada.
 Quanto maior a quantidade de graus de liberdade, mais
complicadas são a cinemática, a dinâmica e o controle do
manipulador.
 O volume espacial varrido pelo órgão terminal do
manipulador é conhecido como volume de trabalho ou
espaço de trabalho.
 O volume de trabalho depende da configuração
geométrica do manipulador e das restrições físicas das
juntas (limites mecânicos).
Graus de Liberdade
 Punho com três graus de liberdade
Graus de Liberdade
Graus de Liberdade
 O atuador final do robô nunca é considerado como um
dos graus de liberdade.
 Todos os robôs têm capacidade adicional, que pode
parecer ser semelhante a um grau de liberdade Ex: abrir
e fechar garra
 No entanto, nenhum dos movimentos no atuador final
são contabilizados para os graus de liberdade do robô
Graus de Liberdade
Espaço de Trabalho
 O volume espacial varrido pelo órgão terminal do
manipulador é conhecido como volume de trabalho ou
espaço de trabalho
 O volume de trabalho depende da configuração
geométrica do manipulador e das restrições físicas das
juntas (limites mecânicos)
Espaço de Trabalho
 O espaço de trabalho pode ser encontrado
matematicamenteescrevendo equações que definem as
ligações e articulações do robô
 Como alternativa, o espaço de trabalho pode ser
encontrado empiricamente por mover virtualmente
cada articulação por meio da sua gama de movimentos,
combinando todo o espaço que pode alcançar, e
subtraindo o que não pode alcançar
Espaço de Trabalho
 Quando um robô é considerado para uma determinada
aplicação, seu espaço de trabalho deve ser estudado
para garantir que o robô seja capaz de alcançar os
pontos desejados
 Para a determinação exata do espaço de trabalho,
consultar as folhas de dados dos fabricantes
Espaço de Trabalho
Espaço de Trabalho
Configurações Geométricas
 Os robôs podem apresentar diferentes configurações
geométricas, isto é, diferentes arranjos entre os membros e
os tipos de juntas utilizadas
 A maioria dos robôs industriais tem 6 ou menos graus de
liberdade
 No caso de um manipulador com seis graus de liberdade:
 Os três primeiros graus (a contar da base) são usados
para posicionar o órgão terminal no espaço 3D
 Os três últimos servem para orientar o órgão terminal
no espaço 3D
Configurações Geométricas
 Com base nos três primeiros graus de liberdade, pode-
se classificaros robôs industriais em cinco configurações
geométricas:
 Articulado (RRR)
 Esférico (RRP)
 SCARA (RRP)
 Cilíndrico (RPP)
 Cartesiano (PPP)
 R significa junta rotativa e P significa junta prismática
Configurações Geométricas
Configurações Geométricas
Classificação de Robôs
 Robô Articulado (RRR) - também denominado
antropomórfico
1. Robô Articulado (RRR)
 Robô Articulado (RRR) - Liberdade de movimento grande e
Volume de trabalho compacto – mais versátil dos robôs
industriais
1. Robô Articulado (RRR)
 Robô esférico (RRP) - Substitui a junta rotativa do cotovolo
do robô articulado por uma junta prismática
2. Robô Esférico (RRP)
 Robô esférico(RRP) - as coordenadas que definem a
posição do órgão terminal são esféricas (θ1, θ2, d3)
2. Robô Esférico (RRP)
 Coordenadas Esféricas
2. Robô Esférico (RRP)
 Robô SCARA (RRP) - Selective Compliant Articulated Robot
for Assembly – configuração recente que rapidamente se
tornou popular - adequada para montagens
 Tem três eixos – todos verticais e paralelos z0, z1 e z2
3. Robô SCARA (RRP)
 Robô SCARA (RRP)
3. Robô SCARA (RRP)
 Robô SCARA (RRP)
3. Robô SCARA (RRP)
 Robô SCARA (RRP)
3. Robô SCARA (RRP)
 Robô SCARA (RRP)
3. Robô SCARA (RRP)
 Robô Cilíndrico (RPP) - A primeira junta é rotativa
enquanto a segunda e terceira juntas são prismáticas
 As variáveis das juntas são coordenadas cilíndricas (θ1, d2, d3)
4. Robô Cilíndrico (RPP)
 Robô Cilíndrico (RPP)
4. Robô Cilíndrico (RPP)
 Robô Cartesiano (PPP) – as três primeiras juntas são
prismáticas. É o manipulador de configuração mais simples,
sendo muito empregado para armazenamento de peças
5. Robô Cartesiano (PPP)
 Robô Cartesiano (PPP)
5. Robô Cartesiano (PPP)
 Robô Cartesiano (PPP)
5. Robô Cartesiano (PPP)
 Robô Cartesiano (PPP)
5. Robô Cartesiano (PPP)
 Robô Cartesiano (PPP)
5. Robô Cartesiano (PPP)
Punho
 Punho de um manipulador - conjunto de juntas que são
colocadas entre o antebraço e o órgão terminal, de
modo a prover este último com uma dada orientação.
 Em geral, os punhos robóticos são dotados de 2 ou 3
juntas rotativas.
 A maioria dos robôs são projetados com punho esférico,
isto é, punhos cujos eixos das juntas (todas rotativas)
interceptam-se em um mesmo ponto.
Punho
 Um punho esférico com três graus de liberdade
Punho
 O Punho esférico simplifica bastantea cinemática de
orientação
 Os movimentos de rotação do punho esférico são
denominados, respectivamente:
 Guiagem (Yaw),
 Arfagem (Pitch)
 Rolamento (Roll)
Punho
 É comum encontrar-se manipuladores industriais com 2
ou três graus de liberdade no punho - o robô, no total,
tenha 5 ou 6 graus de liberdade.
 Exemplos de Robôs
 Um robô denotado como RRR-RRR é um robô articulado
com um punho esférico com 3 juntas rotativas RPY (de
Roll, Pitch e Yaw), com um total de 6 graus de
liberdade.
 Um robô RPP-RR é um robô cilíndrico com um punho
com 2 juntas rotativas RP (de Roll e Pitch), com um total
de 5 graus de liberdade.
Punho
 A garra é o órgão terminal mais comum, possui um
movimento de abre e fecha
 Tal grau de liberdade não é computado quando se
especifica a quantidade total de graus de liberdade do
robô.
Órgão Terminal
Características dos Robôs
 Precisão de um manipulador - é uma medida de quão
próximo o órgão terminal pode atingir um determinado
ponto programado, dentro do volume de trabalho.
 Repetibilidade - diz respeito à capacidade do
manipulador retornar várias vezes ao ponto
programado, ou seja, é uma medida da distribuição
desses vários posicionamentos em torno do dito ponto.
Precisão e Repetibilidade
 A precisão e a repetibilidade são afetadas por erros de:
 computação,
 imprecisões mecânicas de fabricação,
 efeitos de flexibilidade das peças sob cargas
gravitacionais e de inércia (sobretudo em altas
velocidades),
 folgas de engrenagens, etc. Por este motivo, têm
sido os manipuladores
 Tem sido dada grande ênfase, para o projeto do
controlador
Precisão e Repetibilidade
 Carga útil: é o peso que um robô pode carregar e ainda
permanecer dentro de suas especificações.
 a capacidade de carga máxima de um robô pode ser muito maior
que a sua carga útil
 Alcance: é a distância máxima que um robô pode alcançar
dentro do seu envelope de trabalho.
 muitos pontos dentro do envelope de trabalho do robô podem
ser alcançados com qualquer orientação desejada (destro).
 No entanto, para outros pontos próximos ao limite da capacidade
de alcance do robô, a orientação não pode ser especificada, como
desejado (ponto não destro).
 O alcance é uma função das articulações e comprimentos do robô
e de sua configuração.
Carga Útil e Alcance
Problemas Tratados na Robótica
 Problema Tratado na Robótica:
 O que deve ser feito para programar um robô com o
objetivo de executar uma determinada tarefa?
 Exemplo: Considere o robô de 6GDL, portando um
rebolo para uma operação de retífica plana
Problemas Tratados na Robótica
Problemas Tratados na Robótica
 1) rotação do tronco
 2) rotação do ombro
 3) rotação do cotovelo
 4) rotação do punho (“pitch” = arfagem)
 5) rotação do punho (“yaw” = guiagem)
 6) rotação do punho (“roll” = rolamento)
6 GDL:
 Exemplo: Considere o robô de 2GDL, portando um rebolo
para uma operação de retífica plana
 Suponha-se que se queira mover o manipulador de sua
posição de espera A para a posição B, a partir da qual o robô
deverá seguir o contorno S até a posição C, com velocidade
constante e mantendo uma força F, normal à superfície.
Problemas Tratados na Robótica
 Os seguintes problemas deveriam ser resolvidos:
 Cinemática Direta
 Cinemática Inversa
 Cinemáticada Velocidade
 Dinâmica
 Controle de Posição
 Controle da Força de Retífica
Problemas Tratados na Robótica
Configurações Geométricas
Cinemática Direta
 Primeiramente, deve-se descrever as posições da
ferramenta (rebolo), dos pontos A e B e da superfície S,
em relação a um mesmo sistema de coordenadas
inercial
 O robô deve estar apto a “sentir” sua posição em cada
instante, por meio de sensores (codificadores óticos,
potenciômetros, etc.) localizados nas juntas os quais
podem medir os ângulos
Cinemática Direta
 Exemplo
Cinemática Direta
 É necessário expressar as
posições da ferramenta em
termos desses ângulos, isto é,
expressar x e y em função de
θ1 e θ2
 Problema da Cinemática
Direta - dadas as
coordenadas das juntas θ1 e
θ2, determinar x e y (as
coordenadas do órgão
terminal).
Cinemática Direta
Configurações Geométricas
Cinemática Inversa
 Cinemática direta - determina as coordenadas x e y do
TCP, assim como sua orientação, uma vez conhecidas as
coordenadas das juntas θ1 e θ2
 Entretanto,para comandar o robô, é necessário o
inverso: dadas x e y, que ângulos θ1 e θ2 devem ser
adotados pelas juntas, de modo a posicionar o TCP na
posição (x, y)? Esse é o chamado problema da
cinemática inversa.
 Tendo em vista que as eq. de cinemática direta são não-
lineares, a solução pode não ser simples.
Cinemática Inversa
 Pode não haver solução (posição (x,y) fora do volume de
trabalho), como pode também não haver uma solução
única para o problema
 Exemplo, existem as chamadas configurações cotovelo
acima e cotovelo abaixo:
Cinemática Inversa
Configurações Geométricas
Cinemática da Velocidade
 Para seguir o contorno S com uma velocidade
especificada, é preciso conhecer a relação entre a
velocidade do TCP e as velocidades das juntas.
 Isso pode ser obtido derivando as eqs da cinemática
direta:
Cinemática da Velocidade
Para determinar as velocidades das juntas a
partir das velocidades do TCP, usa-se a
operação inversa,obtendo-se a cinemática
inversade velocidade
Configurações Geométricas
Dinâmica
 Para controlar a posição do manipulador é preciso
conhecer as suas propriedades dinâmicas de modo a
saber a quantidade de força (ou torque) que deve ser
aplicada às juntas para que ele se mova.
 Pouca força fará com que o manipulador reaja
vagarosamente
 Força demais pode fazer com que o manipulador
esbarre em objetos ou vibre em torno da posição
desejada
Dinâmica
 A dedução das equações dinâmicas de movimento
não é uma tarefa fácil, devido à grande quantidade
de graus de liberdade e também às não-linearidades
presentes.
 São usadas técnicas baseadas na Dinâmica
Lagrangiana ou na Dinâmica Newtoniana, para a
dedução sistemáticade tais equações
 Além da dinâmica das peças (membros) que compõem o
manipulador, a descrição completa deve envolver a
dinâmica dos atuadores e da transmissão
Dinâmica
Configurações Geométricas
Controle da Posição
 O problema do controle da posição consiste em
determinar as excitações necessárias a serem dadas aos
atuadores das juntas para que o Órgão Terminal siga
uma determinada trajetória e simultaneamente,
rejeitar distúrbios originários de efeitos dinâmicos não
modelados, tais como atrito e ruídos.
Controle da Posição
 O enfoque padrão utiliza estratégias de controle
baseadas no domínio da freqüência
 Outras estratégias, como o controle não-linear, são
também utilizadas no controle de posição do
manipulador.
Controle da Posição
Configurações Geométricas
Controle da Força de Retífica
 Uma vez alcançada a posição B, o manipulador deve
seguir o contorno S, mantendo uma certa força normal
constantecontra a superfície
 O valor dessa força não pode ser muito pequeno, de
modo a tornar a operação de retífica ineficiente, nem
muito grande, pois poderia danificar tanto a obra como
a ferramenta
 Então, deve-se exercer um controle preciso sobre a força
Cinemática da Força Retífica
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  • 1. Aula 1 Introdução Robôs Manipuladores Rio Grande, 11 de abril de 2014. Universidade Federal do Rio Grande FURG Centro de Ciências Computacionais C3 Engenharia de Automação Sistemas Robóticos
  • 3.  Robôs podem ser usados com muitos propósitos,incluindo aplicaçõesindustriais, entretenimento e outras aplicações específicas, como a exploração espacial e subaquática e em ambientes perigosos. Introdução
  • 4.  Uso do robô industrial – década de 1960  Junto com sistemasCAD (Computer-AidedDesign) e CAM (Computer-Aided Manufacturing)  Número de robôs instalados por ano nas grandes regiões industrias Robôs Industriais
  • 5.  Motivos:  Custo de robôs industriais vem declinando, enquanto que o da mão de obra têm aumentado  Os robôs têm se tornado mais eficientes, mais rápidos, mais precisos, mais flexíveis  Estão cada vez mais capaz de executarem tarefas perigosas ou impossíveis para trabalhadores humanos  Diversas tarefas têm se tornado candidatas à automação industriais Robôs Industriais
  • 6. Robôs industriais  São máquinas projetadas para substituir o trabalho humano em situações de desgaste físico ou mental,  ou ainda situações perigosas e repetitivas no processo produtivo em indústrias  Se um dispositivo puder ser programado para realizar diversas aplicações, ele é, provavelmente um robô industrial Robôs Industriais
  • 7.  Substituição de mão de obra geram problemas Sociais:  Trabalhadores ficam desempregados - não podem consumir  Uso de robôs para substituir trabalhadores humanos  Criar melhores produtos a custos mais baixos  Negociações entre os fabricantes de automóveis e o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Automotiva:  Quantos empregos humanos podem ser substituídos por robôs? E em que ritmo? Robôs Industriais
  • 8.  Maioria dos robôs industriais são manipuladores robóticos  Primeiro semestre nos concentraremos em robôs manipuladores Robôs Industriais
  • 9.  Estudar Manipuladores robóticos, envolve um conjunto de áreas  Mecânica -máquinas em situações estáticase dinâmicas  Descrições de movimentos  Teoria de Controle  Sensores e interfaces  Programação Robôs Industriais
  • 11.  Os manipuladores consistemem elos (considerados rígidos) e juntas que permitem o movimento de elos consecutivos.  As juntas normalmente são equipadas com sensores de posição que permitem obter a posição relativa dos elos adjacentes Manipuladores
  • 13.  Os manipuladores robóticos são compostos por membros conectados por juntas em uma cadeia cinemática aberta.  As juntas podem ser:  rotativas (permitem apenas rotação relativa entre dois membros)  prismáticas (permitem apenas translação linear relativa entre dois membros) Manipuladores
  • 17.  Formas de Representar as Juntas  Rotativa R  Prismática P Juntas
  • 24.  As juntas robóticas são acionadas por atuadores:  Elétricos - elétricos são os mais utilizados industrialmente, principalmente pela disponibilidade de energia elétrica e pela facilidade de controle.  Hidráulicos - indicados quando grandes esforços são necessários; robôs de maior porte  Pneumáticos - só têm aplicação em operações de manipulação em que não são obrigatórias grandes precisões, devido à compressibilidade do ar. Acionamento
  • 27.  No caso de manipuladores robóticos geralmente as variáveis de configuração das juntas formam uma cadeia cinemática aberta  Na ponta livre da cadeia fica o efetuador (garra, maçarico de solda, ou outro dispositivo) Cadeia Cinemática
  • 29.  O estado de objetos (elos, ferramentas, peças manipuladas) são descritos por uma posição e orientação  Atrelamos ao objeto, também, um sistema de coordenadas, ou sistema de referência (frame) Sistemas de Referência como representar matematicamente estas informações e como realizar transformações entre sistemas de referência
  • 31.  Número de Graus de Liberdade de um Manipulador Robótico – é o número de variáveis de posição independentes que teriam de ser especificadas para se localizarem todas as peças do robô – normalmente o número de juntas é igual ao número de graus de liberdade Graus de Liberdade
  • 32.  Cada junta interconecta dois membros l1 e l2  eixo de rotação ou de translação de uma junta é denotado como eixo da junta zi  Se a junta i interconectar os membros i e i+1, as variáveis das juntas são denotadas por θi, se a junta for rotativa, ou por di, se a junta for prismática  O número de juntas determina a quantidade de graus de liberdade do manipulador Graus de Liberdade
  • 33.  O número de juntas determina a quantidade de graus de liberdade do manipulador.  Tipicamente, um manipulador industrial possui 6 graus de liberdade, 3 para posicionar o órgão terminal (garra, aparelho de soldagem, de pintura, etc.) e 3 para orientar o órgão terminal  Para especificar completamenteo objeto no espaço – precisamos da localização e orientação do objeto - 6 elementos de informação Graus de Liberdade
  • 35.  Se um robô tem menos graus de liberdade, não podemos arbitrariamente especificar qualquer localização e orientação  Exemplo: considere um robô com 3 graus de liberdade, que só pode se mover ao longo dos eixos x, y e z  nenhuma orientação pode ser especificada  Exemplo: considere outro robô com 5 graus de liberdade, capaz de rodar em torno de três eixos, mas apenas se deslocar ao longo dos eixos x e y  Pode se especificar qualquer orientação, mas o posicionamento da peça só é possível ao longo dos eixos x e y Graus de Liberdade
  • 36.  Comparação com o braço humano:  Quantos graus de liberdade tem o braço humano? Graus de Liberdade
  • 37.  Comparação com o braço humano: o braço humano tem 7 GDL enquanto os robôs em geral possuem de 3 a 6 GLD  Um sistema com 7 graus de liberdade, não tem uma única solução para posicionamento e orientação de uma peça - existem várias maneiras Graus de Liberdade
  • 38.  Para que o controlador saiba o que fazer, deve haver uma rotina adicional de decisão que lhe permita escolher apenas uma das infinitas soluções. (exemplo, uma rotina para escolher o caminho mais rápido ou o mais curto)  O computador tem de verificar todas as soluções para encontrar a resposta - o que pode tomar muito processamento  Logo, normalmente robôs com 7 graus de liberdade não são utilizados na na indústria. Graus de Liberdade
  • 39.  Um problema semelhante surge quando um robô manipulador é montado sobre uma base móvel  O robô tem um grau de liberdade adicional  Nesse caso, embora aja muitos graus de liberdade, os graus de liberdade adicionais são conhecidos (posição da base)  O sistema pode ser resolvido Graus de Liberdade
  • 40.  Pode-se ter, também, manipuladores com menor ou maior número de graus de liberdade, conforme a função a ser executada.  Quanto maior a quantidade de graus de liberdade, mais complicadas são a cinemática, a dinâmica e o controle do manipulador.  O volume espacial varrido pelo órgão terminal do manipulador é conhecido como volume de trabalho ou espaço de trabalho.  O volume de trabalho depende da configuração geométrica do manipulador e das restrições físicas das juntas (limites mecânicos). Graus de Liberdade
  • 41.  Punho com três graus de liberdade Graus de Liberdade
  • 43.  O atuador final do robô nunca é considerado como um dos graus de liberdade.  Todos os robôs têm capacidade adicional, que pode parecer ser semelhante a um grau de liberdade Ex: abrir e fechar garra  No entanto, nenhum dos movimentos no atuador final são contabilizados para os graus de liberdade do robô Graus de Liberdade
  • 45.  O volume espacial varrido pelo órgão terminal do manipulador é conhecido como volume de trabalho ou espaço de trabalho  O volume de trabalho depende da configuração geométrica do manipulador e das restrições físicas das juntas (limites mecânicos) Espaço de Trabalho
  • 46.  O espaço de trabalho pode ser encontrado matematicamenteescrevendo equações que definem as ligações e articulações do robô  Como alternativa, o espaço de trabalho pode ser encontrado empiricamente por mover virtualmente cada articulação por meio da sua gama de movimentos, combinando todo o espaço que pode alcançar, e subtraindo o que não pode alcançar Espaço de Trabalho
  • 47.  Quando um robô é considerado para uma determinada aplicação, seu espaço de trabalho deve ser estudado para garantir que o robô seja capaz de alcançar os pontos desejados  Para a determinação exata do espaço de trabalho, consultar as folhas de dados dos fabricantes Espaço de Trabalho
  • 50.  Os robôs podem apresentar diferentes configurações geométricas, isto é, diferentes arranjos entre os membros e os tipos de juntas utilizadas  A maioria dos robôs industriais tem 6 ou menos graus de liberdade  No caso de um manipulador com seis graus de liberdade:  Os três primeiros graus (a contar da base) são usados para posicionar o órgão terminal no espaço 3D  Os três últimos servem para orientar o órgão terminal no espaço 3D Configurações Geométricas
  • 51.  Com base nos três primeiros graus de liberdade, pode- se classificaros robôs industriais em cinco configurações geométricas:  Articulado (RRR)  Esférico (RRP)  SCARA (RRP)  Cilíndrico (RPP)  Cartesiano (PPP)  R significa junta rotativa e P significa junta prismática Configurações Geométricas
  • 53.  Robô Articulado (RRR) - também denominado antropomórfico 1. Robô Articulado (RRR)
  • 54.  Robô Articulado (RRR) - Liberdade de movimento grande e Volume de trabalho compacto – mais versátil dos robôs industriais 1. Robô Articulado (RRR)
  • 55.  Robô esférico (RRP) - Substitui a junta rotativa do cotovolo do robô articulado por uma junta prismática 2. Robô Esférico (RRP)
  • 56.  Robô esférico(RRP) - as coordenadas que definem a posição do órgão terminal são esféricas (θ1, θ2, d3) 2. Robô Esférico (RRP)
  • 57.  Coordenadas Esféricas 2. Robô Esférico (RRP)
  • 58.  Robô SCARA (RRP) - Selective Compliant Articulated Robot for Assembly – configuração recente que rapidamente se tornou popular - adequada para montagens  Tem três eixos – todos verticais e paralelos z0, z1 e z2 3. Robô SCARA (RRP)
  • 59.  Robô SCARA (RRP) 3. Robô SCARA (RRP)
  • 60.  Robô SCARA (RRP) 3. Robô SCARA (RRP)
  • 61.  Robô SCARA (RRP) 3. Robô SCARA (RRP)
  • 62.  Robô SCARA (RRP) 3. Robô SCARA (RRP)
  • 63.  Robô Cilíndrico (RPP) - A primeira junta é rotativa enquanto a segunda e terceira juntas são prismáticas  As variáveis das juntas são coordenadas cilíndricas (θ1, d2, d3) 4. Robô Cilíndrico (RPP)
  • 64.  Robô Cilíndrico (RPP) 4. Robô Cilíndrico (RPP)
  • 65.  Robô Cartesiano (PPP) – as três primeiras juntas são prismáticas. É o manipulador de configuração mais simples, sendo muito empregado para armazenamento de peças 5. Robô Cartesiano (PPP)
  • 66.  Robô Cartesiano (PPP) 5. Robô Cartesiano (PPP)
  • 67.  Robô Cartesiano (PPP) 5. Robô Cartesiano (PPP)
  • 68.  Robô Cartesiano (PPP) 5. Robô Cartesiano (PPP)
  • 69.  Robô Cartesiano (PPP) 5. Robô Cartesiano (PPP)
  • 70. Punho
  • 71.  Punho de um manipulador - conjunto de juntas que são colocadas entre o antebraço e o órgão terminal, de modo a prover este último com uma dada orientação.  Em geral, os punhos robóticos são dotados de 2 ou 3 juntas rotativas.  A maioria dos robôs são projetados com punho esférico, isto é, punhos cujos eixos das juntas (todas rotativas) interceptam-se em um mesmo ponto. Punho
  • 72.  Um punho esférico com três graus de liberdade Punho
  • 73.  O Punho esférico simplifica bastantea cinemática de orientação  Os movimentos de rotação do punho esférico são denominados, respectivamente:  Guiagem (Yaw),  Arfagem (Pitch)  Rolamento (Roll) Punho
  • 74.  É comum encontrar-se manipuladores industriais com 2 ou três graus de liberdade no punho - o robô, no total, tenha 5 ou 6 graus de liberdade.  Exemplos de Robôs  Um robô denotado como RRR-RRR é um robô articulado com um punho esférico com 3 juntas rotativas RPY (de Roll, Pitch e Yaw), com um total de 6 graus de liberdade.  Um robô RPP-RR é um robô cilíndrico com um punho com 2 juntas rotativas RP (de Roll e Pitch), com um total de 5 graus de liberdade. Punho
  • 75.  A garra é o órgão terminal mais comum, possui um movimento de abre e fecha  Tal grau de liberdade não é computado quando se especifica a quantidade total de graus de liberdade do robô. Órgão Terminal
  • 77.  Precisão de um manipulador - é uma medida de quão próximo o órgão terminal pode atingir um determinado ponto programado, dentro do volume de trabalho.  Repetibilidade - diz respeito à capacidade do manipulador retornar várias vezes ao ponto programado, ou seja, é uma medida da distribuição desses vários posicionamentos em torno do dito ponto. Precisão e Repetibilidade
  • 78.  A precisão e a repetibilidade são afetadas por erros de:  computação,  imprecisões mecânicas de fabricação,  efeitos de flexibilidade das peças sob cargas gravitacionais e de inércia (sobretudo em altas velocidades),  folgas de engrenagens, etc. Por este motivo, têm sido os manipuladores  Tem sido dada grande ênfase, para o projeto do controlador Precisão e Repetibilidade
  • 79.  Carga útil: é o peso que um robô pode carregar e ainda permanecer dentro de suas especificações.  a capacidade de carga máxima de um robô pode ser muito maior que a sua carga útil  Alcance: é a distância máxima que um robô pode alcançar dentro do seu envelope de trabalho.  muitos pontos dentro do envelope de trabalho do robô podem ser alcançados com qualquer orientação desejada (destro).  No entanto, para outros pontos próximos ao limite da capacidade de alcance do robô, a orientação não pode ser especificada, como desejado (ponto não destro).  O alcance é uma função das articulações e comprimentos do robô e de sua configuração. Carga Útil e Alcance
  • 81.  Problema Tratado na Robótica:  O que deve ser feito para programar um robô com o objetivo de executar uma determinada tarefa?  Exemplo: Considere o robô de 6GDL, portando um rebolo para uma operação de retífica plana Problemas Tratados na Robótica
  • 82. Problemas Tratados na Robótica  1) rotação do tronco  2) rotação do ombro  3) rotação do cotovelo  4) rotação do punho (“pitch” = arfagem)  5) rotação do punho (“yaw” = guiagem)  6) rotação do punho (“roll” = rolamento) 6 GDL:
  • 83.  Exemplo: Considere o robô de 2GDL, portando um rebolo para uma operação de retífica plana  Suponha-se que se queira mover o manipulador de sua posição de espera A para a posição B, a partir da qual o robô deverá seguir o contorno S até a posição C, com velocidade constante e mantendo uma força F, normal à superfície. Problemas Tratados na Robótica
  • 84.  Os seguintes problemas deveriam ser resolvidos:  Cinemática Direta  Cinemática Inversa  Cinemáticada Velocidade  Dinâmica  Controle de Posição  Controle da Força de Retífica Problemas Tratados na Robótica
  • 86.  Primeiramente, deve-se descrever as posições da ferramenta (rebolo), dos pontos A e B e da superfície S, em relação a um mesmo sistema de coordenadas inercial  O robô deve estar apto a “sentir” sua posição em cada instante, por meio de sensores (codificadores óticos, potenciômetros, etc.) localizados nas juntas os quais podem medir os ângulos Cinemática Direta
  • 87.  Exemplo Cinemática Direta  É necessário expressar as posições da ferramenta em termos desses ângulos, isto é, expressar x e y em função de θ1 e θ2  Problema da Cinemática Direta - dadas as coordenadas das juntas θ1 e θ2, determinar x e y (as coordenadas do órgão terminal).
  • 90.  Cinemática direta - determina as coordenadas x e y do TCP, assim como sua orientação, uma vez conhecidas as coordenadas das juntas θ1 e θ2  Entretanto,para comandar o robô, é necessário o inverso: dadas x e y, que ângulos θ1 e θ2 devem ser adotados pelas juntas, de modo a posicionar o TCP na posição (x, y)? Esse é o chamado problema da cinemática inversa.  Tendo em vista que as eq. de cinemática direta são não- lineares, a solução pode não ser simples. Cinemática Inversa
  • 91.  Pode não haver solução (posição (x,y) fora do volume de trabalho), como pode também não haver uma solução única para o problema  Exemplo, existem as chamadas configurações cotovelo acima e cotovelo abaixo: Cinemática Inversa
  • 93.  Para seguir o contorno S com uma velocidade especificada, é preciso conhecer a relação entre a velocidade do TCP e as velocidades das juntas.  Isso pode ser obtido derivando as eqs da cinemática direta: Cinemática da Velocidade Para determinar as velocidades das juntas a partir das velocidades do TCP, usa-se a operação inversa,obtendo-se a cinemática inversade velocidade
  • 95.  Para controlar a posição do manipulador é preciso conhecer as suas propriedades dinâmicas de modo a saber a quantidade de força (ou torque) que deve ser aplicada às juntas para que ele se mova.  Pouca força fará com que o manipulador reaja vagarosamente  Força demais pode fazer com que o manipulador esbarre em objetos ou vibre em torno da posição desejada Dinâmica
  • 96.  A dedução das equações dinâmicas de movimento não é uma tarefa fácil, devido à grande quantidade de graus de liberdade e também às não-linearidades presentes.  São usadas técnicas baseadas na Dinâmica Lagrangiana ou na Dinâmica Newtoniana, para a dedução sistemáticade tais equações  Além da dinâmica das peças (membros) que compõem o manipulador, a descrição completa deve envolver a dinâmica dos atuadores e da transmissão Dinâmica
  • 98.  O problema do controle da posição consiste em determinar as excitações necessárias a serem dadas aos atuadores das juntas para que o Órgão Terminal siga uma determinada trajetória e simultaneamente, rejeitar distúrbios originários de efeitos dinâmicos não modelados, tais como atrito e ruídos. Controle da Posição
  • 99.  O enfoque padrão utiliza estratégias de controle baseadas no domínio da freqüência  Outras estratégias, como o controle não-linear, são também utilizadas no controle de posição do manipulador. Controle da Posição
  • 101.  Uma vez alcançada a posição B, o manipulador deve seguir o contorno S, mantendo uma certa força normal constantecontra a superfície  O valor dessa força não pode ser muito pequeno, de modo a tornar a operação de retífica ineficiente, nem muito grande, pois poderia danificar tanto a obra como a ferramenta  Então, deve-se exercer um controle preciso sobre a força Cinemática da Força Retífica