1) O documento descreve o projeto "Comunidade em Movimento na Escola" em uma escola municipal rural no Rio Grande do Sul, que tem como objetivo promover a participação da comunidade escolar através de atividades culturais, esportivas e cursos.
2) O projeto é inspirado no pensamento pedagógico de Paulo Freire e busca uma educação que valorize a identidade local e a construção democrática da escola.
3) O principal desafio do projeto é integrar a comunidade à escola de forma a melhorar a qualidade da
1. Projeto Comunidade em Movimento na Escola (CME)
Escola Municipal de Ensino Fundamental
Dona Margarida Maichê Sallaberry
Assentamento Novo Arroio Grande
Ano 2010
Arroio Grande- RS
7. Por que eu?
Reconhecimento profissional
• Fui convidada pelo Prefeito Jorge Luiz
Cardozo para assumir o cargo por ser
uma pessoa com habilitação específica
para trabalhar na área. “Especialista em
Gestão Escolar e sua linha de pesquisa
no Mestrado é Educação do Campo.”
8. Sempre deixei claro que espero...
• Dos professores e funcionários:
Qualidade, não basta simplesmente
fazer... temos que fazer bem feito!
• Dos alunos: Disciplina, respeito e limites.
• Dos pais e comunidade: Parceria,
envolvimento e participação. Queremos a
comunidade na Escola, sugerindo,
criticando, pensando conosco.
10. O Pensamento pedagógico
freireano é...
...provocativo e instigante porque está sempre
em movimento, aberto às diferenças culturais e
aos novos desafios diante das realidades
sociais. Para todos os que atuam em Educação
, ele continua a ser um autor central na
discussão teórica e na inspiração de práticas
inovadoras em relação às formas alternativas e
criativas de cada projeto pedagógico que lute
pela emancipação.
11. Biofilia/Necrofilia
• Nem todos temos a coragem deste encontro e nos enrigecemos no
desencontro, na omissão, no qual transformamos os outros em
puros objetos. E assim procedermos, nos tornamos necrófilos, em
lugar de biófilos.
• O processo de libertação, coerente com o desafio de construir uma
nova humanidade, exige dos gestores e sua equipe que se
solidarizem e lutem por uma educação que ultrapasse o
conhecimento sistemático apenas.
• Lutemos juntos por um mundo melhor, mais solidário, justo, com
menos pessoas se sentindo oprimidas, excluídas e principalmente
com menos preconceito e mais respeito.
12. Boniteza...
• Essa boniteza que buscamos que se instale na escola,
através do Projeto “CME”, é a boniteza de que fala
Freire e que vai de encontro com a concepção de vida,
de parceria, de valorização, de amorosidade, de
solidariedade, de alegria, de perspectiva, de esperança
e genteidade. Essa boniteza tem que se instalar na
Educação e na Escola.
• “O ser humano é , naturalmente, um ser da intervenção
no mundo à razão de que faz a história. Nela, por isso
mesmo, deve deixar marcas de sujeito e não pegadas
de puro objeto.”
• Esta presença ativa do ser humano no mundo, na
história é que queremos na Escola.
13. Com certeza buscaremos lembrar sempre dos quatro
pilares para orientar o Projeto CME
( Comunidade em Movimento na Escola):
• 1º - Aprender a conhecer, isto é, adquirir os
•
•
•
instrumentos da compreensão;
2º - Aprender a fazer, isto é, pode agir sobre o
meio envolvente;
3º - Aprender a viver juntos, isto é, cooperar
com outros em todas as atividades humanas;
4º- Aprender a ser, via essencial que integra às
três precedentes.
14. JUSTIFICATIVA
• Diante das diversas dificuldades encontradas na
•
sociedade atual, a integração Comunidade Escola torna-se emergencial.
“Mais do que o cumprimento de uma
determinação legal, a busca pelo fortalecimento
dessa parceria colaborativa se apresenta, no
atual contexto social, como um dos poucos
caminhos viáveis para que escolas e famílias
consigam superar as dificuldades que vêm
enfrentando na educação de seus filhos/alunos".
15. As Escolas do Campo precisam ...
• As Escolas do Campo precisam de uma
dinâmica de planejamento compartilhada
e participativa, que permita aos sujeitos, a
comunidade e aos movimentos sociais,
interagirem na elaboração de propostas
pedagógicas adequadas e
contextualizadas às potencialidades
produtivas e socioculturais do campo.
16. Importante lembrar...
• Não dá mais para aceitar que as escolas sejam
•
•
construídas, pensadas e que projetos sejam
executados.
A educação do Campo deve considerar uma nova
realidade, marcada cada vez mais pela pluriatividade e
pela diversidade de opções de vida, de produção, de
consumo, de diversão e de cultura no campo.
A Educação tem que tocar o chão de quem pisa, servir
de instrumento de diagnóstico da própria realidade em
que a Escola está inserida, repleta de questões, de
culturas, de técnicas e de ritmos muito particulares.
17. INTENCIONALIDADE
• A escola tem que ser capaz de proporcionar a
sustentação das necessidades intelectuais e
sociais dos sujeitos do campo. Para ela o ensino
rural tem que priorizar as particularidades que a
envolvem, pois a agricultura familiar possui uma
dinâmica própria, na conjugação do trabalho e
da produção, além da coexistência de valores
culturais e de competências específicas dos
seus membros.
18. Não há dúvida...
• Que a análise e o encaminhamento adequado
•
das demandas educacionais das comunidades
do campo passam necessariamente pela
reflexão e entendimento do seu modo de vida,
dos seus interesses, das suas necessidades de
desenvolvimento e dos seus valores
específicos.
De que é fundamental que seja levada em
conta a riqueza de conhecimentos que essas
populações trazem de suas experiências
cotidianas.
19. OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
• 1. Subsidiar diretamente e indiretamente a comunidade
•
•
intra e extra escolar, instrumentalizando-os para
elaborar, desenvolver e avaliar projetos/ações que visem
à promoção da qualidade de vida e da responsabilidade
individual e coletiva.
2. Desenvolver com a comunidade escolar estratégias
de ação que promovam a socialização e a convivência,
por meio de atividades esportivas, culturais e de lazer.
3. Conscientizar a comunidade a ocupar melhor seus
espaços de direito.
20. Objetivos específicos ainda...
• 4. Sensibilizar a comunidade escolar da
•
•
necessidade de se trabalhar em parceria.
5. Promover a articulação com as instituições
governamentais e não governamentais que
estejam ligados à questão dos direitos da
criança e do adolescente.
6. Organizar e desenvolver atividades
relacionadas a quatro grandes eixos temáticos
de preocupação cidadã: ética, convivência
democrática, direitos humanos e inclusão social.
21. PÚBLICO ALVO
• Executivo Municipal
Secretarias Municipais
•
Emater, Incra, SEAPPA
•
Simpatizantes da Escola
•
Comunidade Escolar
•
22. AÇÕES
• 1. Mobilização da Comunidade para
•
•
conscientização da importância do trabalho
cooperativo e em parceria;
2. Realização de pesquisa e visitas para
conhecimento da realidade e interesses da
nossa comunidade;
3. Realização de palestras, encontros e fóruns
de discussão de temas do interesse da
comunidade;
• 4. Realização de cursos do interesse da nossa
clientela;
23. Mais ações...
• 5. Realização de planejamento, desenvolvimento
e avaliação participativa das atividades
desenvolvidas;
• 6. Estímulo e Apoio à Organização dos Alunos
para que Atuem em Ações Conjuntas, Solidárias,
Cooperativas e Comunitárias;
• 7. Realização de Ações ou Projetos em Parceria
com a Comunidade, Outras Escolas, Instituições,
Empresas etc.
24. O desafio...
• O grande desafio do Projeto, após a sua
implementação, é somar esforços e criar
condições para que a escola seja
construída de acordo com os interesses
da Comunidade, tendo objetivos e
metodologias claras que estejam de
acordo com as Diretrizes Operacionais
para a Educação Básica nas Escolas do
Campo.
25. O que queremos de fato...
• Queremos a construção de uma cultura
participativa na escola tornando-a cada
vez mais um espaço democrático do
debate e enfrentamento coletivo das
questões locais, regionais e sociais.
26. Nossa meta...
• Temos uma meta e queremos defender uma educação
completa, que pense o ser humano por inteiro, em todas
as dimensões, queremos escola e comunidade sendo
parceiras e buscando qualidade, garantindo o acesso e
o direito a diversas atividades: arte, esporte, lazer,
cultura, conteúdos pedagógicos, científicos,
profissionalização, dentre outros elementos.
• O projeto “Comunidade em Movimento na Escola” busca
uma educação que discuta e construa valores, cidadania
e ética, na valorização e fortalecimento da identidade
étnica, cultural, local e de gênero, valores estes
essenciais para construção uma sociedade sustentável
e com mais justiça social.
27. Diagnóstico da comunidade
• Saber a opinião de todos é importante
para que possamos juntos construir juntos
a Escola que queremos.
•
•
•
A) Visita às famílias;
B) Questionários ;
C) Gráficos;
41. Unidos conseguiremos...
•
•
•
•
•
•
•
•
Construção de uma Horta Escolar e um
pomar;
Construção de uma quadra de Futebol e uma
cancha de bocha;
Colocação de grama no campo de futebol;
Aquisição de uma Pracinha;
Construção de uns quiosques;
Reforma nas salas inacabadas;
Conclusão do auditório;
Incentivo ao Projeto de Intercâmbio com a
França;
42. •
Luta por um telefone para a Escola e para a Comunidade;
•
Promoção de parceria para realização de rodeios e corridas de
cancha reta (carreira de cavalos);
•
Reativação da Invernada Artística;
•
Incentivo ao canto, a música e a poesia;
•
Curso de Informática para a Comunidade;
•
Realização de gincanas para arrecadar inclusive agasalhos para
as pessoas carentes da comunidade;
•
Realização de fandangos, mateadas, almoços, jantares e festas
(esportivas) para o lazer da comunidade;
•
Transformação da Escola numa Escola Agrícola;
43. Por fim ...
• A educação básica do campo deve ter por objetivo
•
principal a oferta de uma educação de qualidade que
assegure o direito do aluno ao acesso e permanência na
escola e que a educação a ser oferecida no campo deve
ter o caráter universal, porém contextualizada de acordo
com as especificidades do meio, na perspectiva de sua
valorização cultural.
A educação que buscamos deve proporcionar aos
alunos, oportunidades de prosseguimento dos estudos,
inserção no mundo do trabalho e ampliação dos padrões
de cidadania da população rural.
44. Obrigada e lembrem...
• “Mudar é difícil mas é possível”.
Paulo Freire
• “A humildade exprime, uma das raras certezas
de que estou certo: a de que ninguém é superior
a ninguém.”
Paulo Freire
• “Ninguém é sujeito da autonomia de ninguém.
Paulo Freire