Boletim informativo de São Bernardo do Campo - Março de 2010
Ensino profissionalizante e desenvolvimento sustentável
1. SP
notícias
ANO 1 l NÚMERO 3 l AGOSTO DE 2008
Ensino
de ponta
Escolas técnicas e faculdades de
tecnologia criam condições de
desenvolvimento sustentável
Programa Nota Fiscal vira Conheça o DER conclui
inclui cultura no hábito entre caminho dos 1ª etapa do
currículo escolar consumidores remédios da Furp Pró-Vicinais
2. editorial
Mão-de-obra especializada
Ensino profissionalizante é o tema desta edição. Com
vistas ao desenvolvimento econômico sustentável e
à geração de mão-de-obra qualificada, o governo in-
veste na criação de Faculdades de Tecnologia (Fa-
tecs) e de Escolas Técnicas Estaduais (Etecs). Do ano pas-
sado até agora, foram inauguradas 13 unidades de Fatecs,
somando-se às 26 já existentes. Em dois anos, esse número
saltará para 52. No caso das Etecs, o número de unidades
passou de 126 para 141.
Tanto na instalação de campi como na ampliação de cur-
sos, a preocupação maior do governo é aproveitar a vocação
econômica da região. O resultado é o alto aproveitamento dos
formandos: 77% dos estudantes das Etecs e 92% dos das Fa-
tecs saíram empregados no fim do semestre passado.
Ainda em educação, SPnotícias fala sobre o novo pro-
grama da Secretaria Estadual da Educação, Cultura É Cur-
rículo, que vai possibilitar que 1 milhão de estudantes da rede
estadual tenham acesso a manifestações culturais a partir
deste semestre. As visitações sempre estão vinculadas ao que
o estudante está aprendendo em sala de aula.
A melhoria da qualidade do ensino é uma das bandeiras do
governo. Os professores que conseguirem aumentar o desem-
penho dos alunos em sala de aula ganharão bônus. Essa é
uma das medidas de gestão que vem sendo aplicadas desde o
ano passado. Algumas das ações já resultaram em economia.
É o caso da aplicação do pregão eletrônico, da renegociação
de contratos e da redução de cargos comissionados.
Ainda é destaque da revista deste mês a entrega de 2 mil
quilômetros de estradas vicinais recuperadas, que já benefi-
ciam 8 milhões de pessoas em 199 municípios. Algumas das
cidades contempladas são Suzano, Salesópolis e Guarare-
ma, que fazem parte do Alto Tietê, destaque do mês. Um dos
grandes investimentos foi para a conclusão do Hospital de Fer-
raz de Vasconcelos, um montante de 31,2 milhões de reais.
Outros destaques são: entrevista com Linamara Rizzo Bat-
tistella, secretária de Direitos da Pessoa com Deficiência; o
caminho do remédio produzido pela Furp até chegar ao ci-
dadão; o projeto de segurança da PM, com a instalação de
cem câmeras na capital; e o trabalho de resgate realizado por
um piloto de helicóptero da PM.
2008 agosto SPnotícias 3
3. SPsumário
Ano 1 | Nº 3 | 2008
11.000 exemplares
bruno miranda/na lata
Distribuição estadual
6 ENTREVISTA Governo do estado de sÃo Paulo
Secretária Linamara Rizzo Governador José Serra
Battistella: ações pelos direitos vice-governador Alberto Goldman
da pessoa com deficiência secretaria estadual da administração
Penitenciária Antônio Ferreira Pinto
20 EDUCAÇÃO
secretaria estadual da agricultura e
abastecimento João de A. Sampaio Filho
Programa leva cultura secretaria estadual da assistência
aos estudantes e desenvolvimento social Rogério Pinto
Coelho Amato
secretaria estadual da Casa Civil
22 GESTÃO Aloysio Nunes Ferreira Filho
secretaria estadual da Casa Militar
Medidas administrativas Coronel PM Luiz Massao Kita
reduzem gastos do governo secretaria estadual de Comunicação
Bruno Caetano
24 IMPOSTO
secretaria estadual da Cultura João Sayad
secretaria estadual de desenvolvimento
Nota Fiscal Paulista vira Alberto Goldman
hábito do consumidor secretaria estadual de economia e
Planejamento Francisco Vidal Luna
secretaria estadual da educação
30 VICINAIS Maria Helena Guimarães de Castro
renato stockler/na lata
Estado já entregou secretaria estadual do emprego e relações do
trabalho João Francisco Abrá
2 mil km de estradas secretaria estadual de ensino superior
Carlos Alberto Vogt
32 ALTO TIETê
secretaria estadual de esporte, lazer e
turismo Claury Santos Alves da Silva
Governo investe em
26
secretaria estadual da Fazenda
Mauro Ricardo Machado Costa
saúde e saneamento SEGURANÇA secretaria estadual da Gestão Pública
Cem câmeras monitoram a capital Sidney Beraldo
44 PERSONAGEM secretaria estadual da Habitação
Lair Alberto Soares Krähenbühl
Piloto da PM conta histórias secretaria estadual da Justiça e defesa
de resgates na cidade da Cidadania Luiz Antônio Marrey
secretaria estadual do Meio ambiente
Francisco Graziano Neto
46 ESTADO
38
secretaria estadual dos direitos da Pessoa
com deficiência Linamara Rizzo Battistella
EM NúMEROS secretaria estadual de relações
Institucionais José Henrique Reis Lobo
secretaria estadual de saneamento e
48 AGENDA BASTIDORES energia Dilma Seli Pena
Conheça a produção e a distribuição secretaria estadual da saúde
Luís Roberto Barradas Barata
dos remédios feitos pela Furp
50 ACONTECEU secretaria estadual da segurança Pública
Ronaldo Augusto Bretas Marzagão
secretaria estadual dos transportes
Mauro Arce
secretaria estadual dos transportes
Metropolitanos José Luiz Portella
10 CAPA a revista SPnotícias é uma publicação
eduardo anizeli/na lata
mensal do Governo do estado de são Paulo,
distribuída gratuitamente. seu conteúdo
Fatecs e Etecs oferecem é informativo e sua venda é proibida.
www.saopaulo.sp.gov.br
mão-de-obra qualificada Sugestões para a revista no e-mail:
revistaspnoticias@sp.gov.br
Foto da capa: Bruno miranda/na lata Impressão e acabamento:
4 SPnotícias agosto 2008 2008 agosto SPnotícias 5
4. SPentrevista
Sem
SPNotícias: Neste primeiro momen
FOTOS: PAULO FEHLAUER/NA LATA
to, o que a senhora vai priorizar para A Rede Lucy Montoro
desenvolver na secretaria? vai levar assistência
Linamara Rizzo Battistella: Em ter
a regiões pobres e
preconceitos
mos de políticas públicas, temos de
criar um conceito único sobre as capacitar profissionais
necessidades dos deficientes. Pa
ra fortalecer uma política pública,
precisamos que os gestores estejam o governo promove a campanha de
envolvidos no processo e que te vacinação, precisa de um sistema
Secretária dos Direitos da Pessoa com nham a mesma visão. Num primeiro de distribuição de cadeiras de rodas,
Deficiência quebra paradigmas e cria momento, a questão é de conscien próteses, órteses e bengalas para os
programas em diferentes áreas do governo tização. Na Educação, por exemplo, deficientes visuais.
a escola não precisa de um grande
aparato para atender as crianças SP: Esse é o papel da Rede Lucy
com deficiência, mas sim de um Montoro, que o governo lançará?
professor convencido de que todas Linamara: A Rede Lucy Montoro
as crianças precisam aprender. Não é uma rede de reabilitação que vai
existe outra forma de falar de cida distribuir em todo o Estado atendi
dania senão integrando. mento com equipes multidiscipli
nares. Vamos priorizar a deficiência
SP: Como se faz esse trabalho com física, depois as deficiências auditi
os funcionários da Saúde, da Edu va e visual. Vamos ter a internação
cação e de outros setores de atendi para dois casos. Para possibilitar
mento ao público? menor tempo de reabilitação e para
Linamara: Não se conseguem essas aqueles casos em que o paciente
mudanças por meio de um decreto. mora longe e não consegue se deslo
A mudança é cultural e exige tem car para fazer o tratamento. Haverá
po. Quando o olhar do gestor públi ainda outros serviços acoplados, que
Linamara Rizzo Battistella traba co se volta para uma questão como são as unidades ambulatoriais. A
lha há três décadas na defesa da essa, as pessoas compreendem que primeira unidade será na Vila Mari
inclusão das pessoas com defi há preocupação, que foi criada por ana (capital), onde hoje funciona o
ciência na sociedade. Médica fisiatra uma necessidade que partiu da so Centro de Reabilitação do Hospital
da Faculdade dwe Medicina da Univer ciedade. Porém, a sociedade só faz a das Clínicas. Vamos também ter
sidade de São Paulo (USP), estreou em mudança sem protecionismo quan cinco unidades móveis no interior;
março a mais nova secretaria do gover do tem uma ação afirmativa vinda a primeira será inaugurada neste
no do Estado, a dos Direitos da Pessoa do governo. Essa é a ação da se ano. As unidades serão levadas a
com Deficiência. Entre as primeiras cretaria e é a verdadeira política locais onde ainda não é possível in
realizações, a secretária destaca a cons pública do governo. E a secretaria stalar um centro fixo porque não há
trução de novas unidades habitacionais tem de interagir com todas as áreas recursos humanos preparados. Os
com desenho universal, a instalação de e dar condições de saúde, de edu profissionais da rede vão envolver os
uma rede de assistência ao deficiente e cação e boa formação profissional, da região e quando a unidade móvel
a criação de facilidades para o acesso ou seja, dar alternativas de forma for embora, o paciente não ficará
do deficiente ao mercado de trabalho. Linamara Rizzo
ção às crianças deficientes. A tra desassistido. Paralelamente, vamos
Entre os desafios, está a conscientiza Battistella: jetória é igual para todos e deve ser formar profissionais para posterior
ção dos funcionários da rede pública. pela cidadania respeitada. Da mesma forma que mente se fixarem nessas áreas.
6 SPnotícias agosto 2008 2008 agosto SPnotícias 7
5. entrevista
Linamara: A Secretaria do Empre
go e Relações do Trabalho fez um
grande programa de diagnóstico so
bre a questão da empregabilidade
no Estado. Pudemos avaliar que
o número de cursos profissionali
zantes ofertados para as pessoas
com deficiência é absolutamente
inwsuficiente. Tanto nas prefeituras,
que são detentoras da maior parte
das vagas, quanto nas instituições
voltadas para participação profissio
nal, existe apenas 0,3% de cursos
de qualificação profissional voltados
a pessoas com deficiência. Mas o
mais grave é que esses cursos, des
tinados ao jovem trabalhador ou ao
trabalhador que está precisando de
capacitação, não têm motivos para
SP: A secretaria fechou convênio com não atender as pessoas com defi de facilitador – que faça esse acom
a Companhia de Desenvolvimento ciência. Estamos quebrando esse “Todo o patrimônio panhamento dentro da empresa e
Habitacional Urbano (CDHU) para paradigma e, a partir de agosto, os cultural da cidade pode que sensibilize os colegas.
a adaptação das novas construções. cursos do governo estarão abertos se transformar em
Como serão as futuras moradias? a pessoas com deficiência. Nossos prédios visitáveis” SP: Nem todos os prédios públicos
Linamara: Havia o conceito de ajus profissionais estão trabalhando na têm acessibilidade. Como a secre
tar as unidades habitacionais às pes capacitação dos instrutores e tam taria trabalha com esse problema?
soas com deficiência. Nos conjuntos bém com o grupo da Secretaria do Linamara: Há o prédio “visitável”
habitacionais, havia uma reserva de Emprego e Relações do Trabalho empresas, mesmo antes de chegarem e o prédio acessível. Não posso pre
7% de unidades destinadas a de no desenvolvimento dos conteúdos aos seus ambientes de trabalho. To tender transformar um monumento
ficientes. Essas unidades tinham da metodologia para que os cursos dos os estagiários já entram numa cultural em um lugar totalmente
alguma facilidade de acesso, como sejam realmente inclusivos. Isso pa condição de contratação, o que faz acessível, mas é preciso que o local
largura de portas e barras em volta ra qualquer tipo de deficiência. com que se sintam participantes de tenha condições de acesso para que
do sanitário. Mas a questão é que a uma renda familiar. Além dessa es todas as pessoas com deficiência o
deficiência pode ocorrer ao longo da SP: Como fazer isso na iniciativa tratégia, estamos fazendo a capaci visitem. É o conceito que a Europa
vida, e uma família que compra com privada? tação de profissionais de recursos e parte dos Estados Unidos utilizam.
muito sacrifício sua casa própria, de Linamara: Assinamos convênio com humanos. Vamos mostrar que não Um prédio antigo é adaptado e pas
repente é surpreendida pela defi a Serasa e com todas as empresas basta criar uma oportunidade de in sa a ter um grau de acessibilidade
ciência. Nossa proposta é de que to financeiras para fazermos uma ca clusão. É preciso que o profissional que não comprometa o patrimônio
das as unidades da CDHU estejam pacitação totalmente diferenciada. de RH esteja atento à sensibiliza cultural, mas que permita que as
dentro do conceito universal, com Na Serasa, vamos começar neste ção dentro do ambiente de trabalho pessoas o visitem e o conheçam.
garantia de acessibilidade. O mora semestre com aprendizes, que re antes mesmo de os deficientes che Essa diferença entre o edifício habi
dor só precisará fazer as adaptações ceberão bolsas. Esses jovens serão garem. Uma boa seleção para o tável e o edifício com acessibilidade
dentro de um desenho universal. contratados pelas empresas finan indivíduo ser admitido não basta. universal é importante. Todos os edi
ciadoras do programa. A Serasa vai É preciso haver alguém – que os fícios públicos e todo o patrimônio
SP: Como incluir o deficiente no acompanhar o processo de qualifi americanos chamam de gerente de cultural da cidade podem se trans
mercado de trabalho? cação desses profissionais dentro das trabalho e que aqui vamos chamar formar em prédios visitáveis. o
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6. SPcapa
FOTOS: BRUNO MIRANDA/NA LATA
Qualificação O aluno Eduardo
Pistila analisa
tamanho de objeto.
Criar condições para um desenvolvimento eco-
nômico sustentável. Essa é premissa básica para
qualquer região que queira atrair investidores,
como, por exemplo, o Estado de São Paulo. A relação
estratégica
No 3º ano de
seu curso, já está é boa para os dois lados: enquanto as empresas pro-
empregado curam locais que ofereçam o melhor custo/benefício
para se instalar, as regiões ganham em aumento de
riquezas e de geração de empregos.
Diversos fatores em uma região atraem os investi-
dores. Impostos mais baixos, condições de infra-es-
Plano de expansão do governo gera mão-de-obra trutura, rodovias que garantem uma boa logística,
qualificada em diversas regiões do Estado terrenos propícios para a construção da empresa e
10 SPnotícias agosto 2008 2008 agosto SPnotícias 11
7. SPcapa
Cursos serão feitos de
acordo com o evolução
da economia do Estado
mil matrículas nas escolas técnicas es-
palhadas pelo Estado. A meta do gover-
no é aumentar 100 mil vagas e chegar a
um total de 177 mil em 2010.
Segundo o secretário de Desenvol-
vimento e vice-governador do Estado,
Alberto Goldman, a escolha dos locais
para a instalação das Fatecs acompa-
nha o desenvolvimento econômico de
São Paulo. A preocupação é atender
primeiro às regiões empresariais, geran-
do mão-de-obra qualificada, ou seja, as
novas unidades estão sendo instaladas
em locais que contem com grande de-
manda de trabalho.
“Por isso, estamos nos espalhando
pelo Estado”, diz Goldman. Segundo
ele, a preferência para a construção é
por lugares que ainda não têm ensino
universitário. “Mas isso não quer dizer
que não vamos fazer novas unidades
em locais onde já exista o ensino. O
que levamos em conta é a demanda das
empresas. Em alguns lugares não es-
tamos criando novas unidades, e sim
ampliando”, afirma.
Os cursos das novas escolas e fa-
mão-de-obra qualificada. E é justa- de estudar engenharia numa faculdade janeiro de 2007 até agora, o governo culdades também estão sendo defini-
Modernidade. mente neste último ponto que o gover- comum, o aluno pode se especializar inaugurou 13 Fatecs, atingindo um to- dos de acordo com a economia local.
Aluna testa no do Estado investe pesado. Trata-se apenas na área de construção. tal de 39 unidades. O objetivo é chegar Segundo o secretário, a escolha das
circuitos em
painel de do Plano de Expansão do Centro Paula O plano foi idealizado e posto em a 52 faculdades até 2010. Cinqüenta modalidades é feita em conjunto com
eletricidade Souza, responsável pelas Faculdades prática no primeiro semestre de 2007 por cento da meta estabelecida já foi as entidades empresariais e com a pre-
em Sorocaba de Tecnologia (Fatecs) e pela Escolas pela Secretaria Estadual de Desenvol- cumprida até agora. feitura do município em que a Fatec
Técnicas Estaduais (Etecs). vimento e tem como meta aumentar a O número de Etecs também teve ou Etec se instala.
Os dois modelos de escola são res- quantidade de mão-de-obra especiali- aumento relevante no mesmo período: Por exemplo, recentemente o Cen-
ponsáveis pela formação de profissio- zada no mercado de trabalho. Para is- passou de 126 para 141. Porém, neste tro Paula Souza criou um curso de En-
nais focados no mercado de trabalho, so, o número de Fatecs existentes será caso, a meta é outra: aumentar em 100 genharia Aérea na Baixada Santista,
chamados de tecnólogos e técnicos, dobrado. Em 2006, o Estado contava mil o número de matrículas até o fim região onde existem fabricantes de
respectivamente. Por exemplo, em vez com 26 Faculdades de Tecnologia. De de 2012. Em 2007 eram realizadas 77 pequenos aviões, pois lá existe espaço
12 SPnotícias agosto 2008 2008 agosto SPnotícias 13
8. SPcapa
para os testes das aeronaves.
Assim, é oferecida mão-de-obra qua- ondE Estão as novas UnidadEs
t
tão
lificada onde há demanda e garante-
se um alto nível de empregabilidade
dos formandos. Esse índice chegou
em 2008 – um ano após a formatura
do aluno – a 77% nas Etecs e a 92%
nas Fatecs. “Os alunos já entram com
salários de mercado, bastante razoá-
veis”, diz o secretário. Obviamente, o
caminho inverso também ocorre. Na F
FatEC
opinião do secretário, esses números EtEC
aumentarão a procura pelos cursos do
Centro Paula Souza nos próximos CURsos FatEC
F
anos. “Eles vão perceber que n Agronegócios n Logística Aero-
aqui existem oportunidades de n Alimentos portuária
Análise de Sistemas Logística e
emprego”, afirma. n
e Tecnologias da
n
Transportes
Diferentemente do que se imagina, n
Informação
Análise e Desenvolvi-
n Logística para o
Agronegócio
não existe convênio com as empresas mento de Sistemas n Materiais com ênfases
Automação de Escri- em Materiais Poli-
para a contratação dos alunos. Segundo n
tórios e Secretariado méricos, em Materiais
Goldman, os altos índices de alunos n Bioenergia Sucroal- Cerâmicos e em
cooleira Materiais Metálicos
empregados refletem a preferência das n Construção e Manu- n Materiais, Processos e
empresas por formados pelas Fatecs e tenção de Sistemas
de Navegação Fluvial
Componentes
Eletrônicos
Etecs. “Tudo isso é mérito dos alunos. EtECs Em são PaUlo n Construção Civil, n Mecânica de Precisão
Modalidade Edifícios Mecânica, Mo-
Para garantir esses fatores no longo Etec Doutora Maria Augusta Saraiva
n Construção Civil, Mo-
n
dalidade Processos de
Etec Parque da Juventude
prazo, Goldman afirma que as facul- Etec de Itaquera
dalidade Movimento
de Terra e n
Produção
Mecânica, Modali-
dades estarão em constante mudança. Etec de Sapopemba Pavimentação dade Projetos
Etec das Artes Eletrônica, Modali- Mecânica, Modali-
A secretaria vai avaliar periodicamente n
dade Automação
n
dade Soldagem
o andamento dos cursos e a situação Industrial n Meio Ambiente e
CURsos EtEC
Et Eletrônica, Modali- Recursos Hídricos
do mercado de trabalho. “Não existem
n
dade Autotrônica n Metalurgia
Açúcar e Álcool Edificações Higiene Dental Música Projetos de Mecânica Gestão da Produção Operação e Adminis-
condições de continuar fazendo algo que n
n Administração
n
n Edificações com
n
n Hotelaria
n
n Nutrição e Dietética
n
Química
n
de Calçados
n
tração de Sistemas de
não tem mais campo de trabalho”, diz. n Agricultura ênfase em Projetos n Industrial Madeireiro n Operações Ro- n Reabilitação de n Gestão do Agro- Navegação Fluvial
Agricultura Familiar (substitui Desenho Informática doviárias Dependentes negócio Processamento de
“Se sentirmos que algum curso chegou n
n Agrimensura de Construção Civil)
n
n Informática Industrial n Órteses e Próteses Químicos n Gestão Empresarial
n
Dados
ao limite de sua capacidade, criaremos n Agroecologia n Eletroeletrônica n Instrumentação e n Pecuária n Recursos Hídricos com ênfases em n Produção
n Agroindústria n Eletromecânica Equipamentos n Piscicultura n Redes de Comércio Exterior, n Produção de Plásticos
outros”, afirma. A idéia é acompanhar n Alimentos n Eletrônica Industriais n Processamento de Computadores Marketing, n Produção de Materiais
Análise e Produção de Eletrotécnica Laboratório de Carnes Saneamento e Secretariado Execu- Plásticos
as novas tecnologias, perseguindo sem- n
Açúcar e Álcool
n
n Enfermagem
n
Prótese Dentária n Produção
n
Controle Ambiental tivo e sistemas de n Projetos, Manuten-
pre as áreas menos saturadas. “Anos n Assessoria Empre- n Especialista em Trata-
mento de Superfície
n Laboratorista
Industrial
Agropecuária - ênfase
Agronegócios
n Secretariado
Segurança do
Informação ção e Operação de
sarial n n Hidráulica e Sanea- Aparelhos
atrás, ninguém imaginava o que era n Automação Industrial n Farmácia n Logística n Produção Trabalho mento Ambiental Médico-Hospitalares
Automação Predial Florestal Manutenção Agropecuária - ênfase Seguros Informática, Redes de Empre-
biocombustível. Veja como esse assun- n
n Automobilística
n
n Gestão Ambiental
n
Aeronáu tica Fruticultura
n
n Serviços Judiciários
n
Modalidade
n
sas, Associativismo
to está em alta agora”, exemplifica. n Bioquímica n Gestão Empresarial n Manutenção n Produção n Telecomunicações Gestão Financeira e e Cooperativismo no
Contabilidade Gestão da Empresa Eletromecânica Agropecuária - ênfase Têxtil Modalidade Gestão Agronegócio
Segundo Goldman, o Instituto de
n n n
n Confecção Industrial Rural n Marketing e Vendas Plasticultura n Transporte Metropoli- da Produção Industrial n Silvicultura
Pesquisas Tecnológicas (IPT), vincu- n Curtimento n Gestão de Pequenos n Mecânica n Produção Agro- tano sobre Trilhos n Informática com n Têxtil
n Dança Negócios n Mecânica Industrial pecuária integrado n Transporte sobre ênfases em Banco n Turismo e Hospitali-
lado à Secretaria de Desenvolvimento, n Design Gráfico n Gestão de Produção n Mecatrônica ao Ensino Médio Pneus e de Dados dade, com ênfases
Design de Interiores de Enxovais Meio Ambiente Produção e Comercia- Trânsito Urbano e em Redes de em Gestão de
atualiza o governo do Estado sobre n
n Desenho de Produtos e Decoração
n
n Metalurgia
n
lização de Café n Turismo Computadores Empreendimentos
a evolução da economia. “Algumas de Enxovais e
Decoração
n Gestão da Produção
de Calçados
n Mineração
Museu
n Produto de Design
de Móveis
n Turismo Receptivo
Webdesign
n Informática para a Turísticos e em
n n Gestão de Negócios Eventos de Negócios
grandes empresas, inclusive, utilizam
14 SPnotícias agosto 2008 2008 agosto SPnotícias 15
9. SPcapa
o nosso instituto”, diz o secretário.
O leque de cursos disponíveis tam-
bém deve aumentar com o plano de
expansão, mesmo para as unidades do
interior. Segundo Goldman, cada nova
unidade do Centro Paula Souza deve-
rá ter, no mínimo, três cursos. “Nos
dois casos, Fatec ou Etec, precisamos
de um número de alunos considerável
para valer a pena construir o prédio
e montar uma diretoria”, afirma. “Ou
seja, não compensa montar escolas com
um único curso”, diz o secretário. A
medida beneficiará, principalmente, os
moradores de cidades do interior do
Estado, pois serão mais opções de cur-
sos de qualificação em municípios que
não tinham ensino superior.
Fluxo
Com o plano de expansão, o governo
planeja lançar no mercado de trabalho
cerca de 60 mil técnicos (formados
nas Etecs) e 16 mil tecnólogos (saí-
dos das Fatecs) por semestre. O que
resulta numa média de 150 mil no-
vos profissionais qualificados por ano.
“Acreditamos que exista campo para
esse número ser ampliado ainda mais”,
explica o secretário. “Isso pode ser
pensado num próximo plano de expan-
são”, declara.
Com tudo isso, os resultados espe-
rados na economia, obviamente, são para o Estado”, explica. reconhecida por grandes empresas do
bastante positivos. “Entre outros fato- Em 2006, eram 26 Fatecs. Praticamente recém-nascidas, as setor”, completa. Na prática.
alunos observam
res, um item que todas as empresas Meta é dobrar o número unidades da Fatec de São Caetano do Em Itu a situação não é diferente, a composição
analisam cuidadosamente antes de se até 2010. Etecs terão Sul e Itu já estão suprindo as deman- porém, segundo o diretor, Paulo César de materiais
instalar num local é a existência de das de suas cidades. Inauguradas em de Oliveira, além das ofertas das em- no microscópio
mão-de-obra qualificada”, diz Gold-
100 mil novas matrículas maio e fevereiro deste ano, respectiva- presas, a procura dos alunos pelos cur-
man. “E isso nós teremos de sobra”, mente, ambas contam com cursos liga- sos também é grande. “Foram quase
afirma o secretário. dos à área de informática. “Já existem mil alunos para 160 vagas no vestibu-
O crescimento econômico não pode grandes empresas buscando alunos lar”, afirma. O motivo? A garantia de
ser dimensionado ainda, mas a melho- dentro da faculdade”, afirma a diretora emprego na sua cidade. “Estamos ain-
ria dos resultados já é esperada. “Es- de São Caetano do Sul, Adriane Mon- da no primeiro semestre e já tem aluno
tamos promovendo a vinda de capitais teiro Fontana. “Nossa unidade já foi empregado”, comemora.
16 SPnotícias agosto 2008 2008 agosto SPnotícias 17
10. SPcapa
EmPREgo imEdiato
“Estamos promovendo
a vinda de capitais O estudante do 3º ano de Projetos Mecânicos
para o Estado”, afirma da Fatec Sorocaba Eduardo Pistila, 23 anos, é um
Alberto Goldman exemplo do funcionamento do plano de expan-
são. Antes mesmo de terminar a faculdade, ele
já está empregado em sua área. Trabalha na em-
presa Flextronics, uma montadora de peças para
A vantagem é que o plano não está aparelhos celulares.
dando certo apenas para as novas uni- O prédio é praticamente vizinho ao da Fatec.
dades, mas também para as mais anti- O salário inicial para estagiários é atraente: 960
gas. Sorocaba é um ótimo exemplo de reais. Seus chefes parecem ter gostado de sua
atração de investidores. O campus tem eficiência. “Já sinalizaram que vão me contra-
160 mil metros quadrados e chega ao tar quando eu me formar, e o meu salário deve
total de 1,7 mil alunos, divididos em melhorar bastante”, comemora. Segundo ele, a
dez cursos. São cerca de 400 matrícu- preferência das empresas da região por alunos
las de novos alunos por semestre. da Fatec é nítida. “Acredito que uns 80% dos es-
A presença de empresas no entorno tagiários da Flextronics são colegas meus aqui
da faculdade”, diz.
da cidade é grande, mas a grande novi-
A estudante Poliana da Silva Marques, 21
dade é a chegada de uma fábrica da anos, ainda não está trabalhando, mas, segun-
montadora de veículos Toyota. A cons- do ela, não é por falta de oportunidade. “É que
trução contará com um investimento estudo de manhã e à tarde. Além disso, estou no
de cerca de 750 milhões de reais. 2º ano; quero amadurecer um pouco antes de
Prevista para ser finalizada em 2010, começar em um emprego”, diz a aluna do curso
prevê-se a criação de 2,5 mil empregos de Processo de Produção. Mesmo assim, ela
diretos. Essa é a segunda planta da sempre presta atenção aos murais de emprego e
montadora japonesa no país. A outra aos editais disponíveis. Para ela, a grande quanti-
funciona em Indaiatuba, também no dade de empresas existentes na região aumenta
Estado em São Paulo. em muito a oferta de emprego. “Sempre que ve-
jo, tem bastante vaga aberta”, explica.
Para o diretor da unidade, Antônio
Carlos de Oliveira, o grande diferen-
cial da Fatec é o fato de a escola formar
o jovem para trabalhar em sua região.
“Acredito que 80% dos nossos alunos dade. “A distribuição se tornará muito
sejam de Sorocaba ou de alguma ci- importante”, afirma o diretor. “Para
dade vizinha. Todos estão fazendo cur- isso, já estamos pensando em criar um
sos que atendem à demanda regional”, curso de logística.”
explica Oliveira. Com toda essa infra-estrutura dis-
Em relação aos cursos acompanha- ponível, a expectativa é que outras
rem o mercado, a faculdade de So- empresas do setor automotivo se esta-
rocaba também é exemplo. Segundo beleçam em Sorocaba, aumentando
Acima, aluno
regula torno
Oliveira, com a chegada da montadora ainda mais a demanda por mão-de-
mecânico. japonesa, espera-se um grande investi- obra qualificada. “Não me surpreende-
Ao lado, medidor mento no aeroporto para o recebimento ria se outra grande empresa do setor
de resistência de cargas pesadas, além da ampliação automotivo se instalasse em Sorocaba
de materiais
da estação aduaneira existente na ci- nos próximos anos”, afirma o diretor. o
18 SPnotícias agosto 2008 2008 agosto SPnotícias 19
11. SPeducação
Cultura no curríc ulo escolar
Governo lança programa que leva atividades culturais a 1 milhão de estudantes de toda a rede estadual; visitas são conciliadas com os currículo dos alunos
Um milhão de estudantes da rede estadual ções fossem articuladas com o que o aluno está do ensino médio. Eles vão assistir aos
ILUSTRAÇÕES:SERI
de ensino participarão do programa Cultura aprendendo em sala. Queremos que seja outro espetáculos sempre à tarde. As peças locais de visitação
É Currículo. Os alunos visitarão 26 institui momento de aprendizagem”, explica Claudia começam neste mês e as apresentações
n Casa do Bandeirante
ções diferentes, assistirão a peças teatrais e es Rosenberg Aratangy, diretora de Projetos Especi de dança, em setembro. n Centro Cultural Banco do Brasil
petáculos de dança e terão acesso a 20 títulos de ais da Fundação para o Desenvolvimento da Edu De todo o programa, o mais abran n Centro Universitário Maria Antonia
DVDs comprados pela Secretaria da Educação. cação (FDE). Ela cita como exemplo um aluno gente é o projeto O Cinema Vai à Es n Estação Pinacoteca
Todas a atividades são conciliadas ao conteúdo que está aprendendo zoologia e vai ao Butantan, cola, que será capaz de levar cultura n Fundação Cultural Emma Gordon Klabin
curricular do estudante. como forma de complementar o aprendizado. a todos os alunos da rede no Estado. A n Instituto Butantan
O programa começou em maio, mas a partir “Em 2009, queremos ampliar as parcerias com secretaria adquiriu 20 títulos de filmes, n Instituto Moreira Salles
deste semestre é que toma força. O trabalho teve instituições e abranger outras áreas”, diz a dire que já estão sendo distribuídos para as n Instituto Tomie Ohtake
início a capital e será estendido às cidades da tora. A secretaria fechou convênio com 26 insti escolas estaduais. “A seleção dos títu n Memorial da América Latina
n Memorial do Imigrante
região metropolitana e do interior em 2009. tuições, que cederam, ao todo, 170 mil vagas para los dos DVDs foi feita por cineastas,
n Monumento à Independência
O programa foi dividido em três projetos: Lu as visitas, de terça a sextafeira. As visitações pedagogos, educadores, historiadores.
n Museu Afro Brasil
gares de Aprender: A Escola Sai da Escola; O Ci começaram com as escolas da zona Leste. Num Os critérios de escolha foram vários, n Museu Brasileiro de Escultura
nema Vai à Escola; e Escola em Cena. primeiro momento, serão atendidos os estudantes entre os quais, produções cinematográ n Museu da Casa Brasileira
O projeto de visitação não se restringe às tradi das regiões mais carentes da cidade. ficas de diferentes países, épocas e n Museu da Língua Portuguesa
cionais excursões de escolas a museus. A seleção Os espetáculos teatrais e de dança fazem parte gêneros distintos. Além disso, não po n Museu de Arte Moderna (MAM)
dos locais foi criteriosa e conciliou o currículo de do projeto Escola em Cena, parceria com a Secre dia ser um filme transmitido exaustiva n Museu de Arte Sacra de São Paulo
cada série escolar com os atividades complemen taria da Cultura. O público nesse caso são os alu mente na TV”, diz a diretora Claudia. n Museu dos Transportes Públicos
tares. “Foi um quebracabeça para que as visita nos da 5ª série do ensino fundamental ao 3º ano A Secretaria da Educação preocu Gaetano Ferolla
FOTOS: DIVULGAÇÃO
pouse em produzir material de apoio n Museu Lasar Segall
n Museu Paulista (Ipiranga)
para os três projetos. São vídeos e ou
n Paço das Artes
os filmes Cinema, Aspirinas e
tros materiais direcionados a professo
n Palácio dos Bandeirantes
Urubus, Putz – a Coisa Tá res e também aos alunos para apresen
n Parque do Ibirapuera
Feia, A Rosa Púrpura do tálos a cada um dos projetos.
Diários de Motocicleta, Cairo, Crash – no n Planetário do Parque do Ibirapuera
Final Fantasy, Billy Elliot, Limite, Terra de Ninguém “São materiais que servem de sub n Pinacoteca do Estado/
O Pagador de Promessas, O Planeta Branco,
A Cor do Paraíso Língua – Vidas em sídio para os diretores e professores. Parque da Luz
Português, Crianças Queremos dar um modelo e mostrar co n Viveiro Manequinho Lopes
Invisíveis, Bendito Fruto,
Vida de Menina mo é importante articular cultura com n Zoológico de São Paulo
educação, para que depois as escolas
tenham autonomia e sigam sozinhas”,
finaliza Claudia. o
Arquitetura da Destruição,
Frankenstein, Narradores
de Javé, O Fim e o Princípio,
Luzes da Cidade
notícias 2008 agosto SPnotícias 21