O documento descreve a estrutura normal da mama e possíveis alterações ao longo da vida, incluindo lesões benignas e câncer de mama. A mama é composta por lobos e ductos que produzem e transportam leite. Mudanças hormonais durante a puberdade, ciclo menstrual, gravidez e menopausa afetam a estrutura da mama. Lesões comuns incluem nódulos, cistos e mastite. O câncer de mama é o segundo tipo mais comum e tem fatores de risco como idade e
2. Qual a estrutura normal da mama?
As mamas são
glândulas secretoras e
estão situadas diante
dos músculos peitorais
que, por sua vez,
cobrem as costelas.
3. Cada mama encontra-se dividida em 15 a 20 secções, os
chamados lobos.
os lobos são constituídos por muitos lóbulos, mais
pequenos; onde existem as células que produzem o leite.
O leite flui dos lóbulos, até ao mamilo, através de uns
canais finos, os ductos – galactóforos.
4. A mama tem, ainda, vasos sanguíneos que
transportam o sangue e vasos linfáticos, que
transportam a linfa.
Os vasos linfáticos terminam nos gânglios
linfáticos (órgãos pequenos e arredondados).
5. A principal função dos gânglios linfáticos é
"prender" e reter “substâncias estranhas” ao
nosso organismo que circulem no sistema
linfático, como as bactérias, as células
cancerosas ou outras substâncias estranhas.
Funcionam como se fossem pequenos filtros.
6. Quais as mudanças que ocorrem,
ao longo da vida,na mama normal?
Desde o início da puberdade e durante toda a
vida, a mama está em constante mudança.
O tecido mamário responde as variações
hormonais então a cada ciclo temos
mudanças na estrutura dos tecidos da mama.
7. Ciclo menstrual: sob a influência das hormonas
femininas, as mamas, na semana antes da
menstruação, aumentam de volume por
acumulação de líquidos; podem, assim, aparecer
nódulos que diminuem ou desaparecem na
semana seguinte à menstruação.
8. Mudanças no peso corporal: tendo em conta que
as mamas contêm uma quantidade elevada de
gordura, podem ocorrer mudanças significativas,
conforme se aumenta ou diminui de peso.
9. Menopausa: nesta fase do ciclo hormonal
feminino, as glândulas mamárias começam
a reduzir de tamanho - início da
menopausa. O tecido fibroso que suporta
as mamas torna-se menos duro e, nas
mulheres mais velhas, as mamas tornam-
se menos firmes e, por vezes, "caídas".
10. Dor na mama
A dor mamária, também chamada de
mastalgia, é a queixa mais comum e
importante motivo de consultas ao
ginecologista.
Acomete tanto mulheres jovens, na pré-
menopausa, como também mulheres na
menopausa.
O câncer de mama não dói.
11. As dores não-cíclicas podem ser decorrentes de:
As dores musculares (especialmente do músculo
peitoral – após esforço físico ou atividade física, tipo
musculação);
neurite intercostal (inflamação dos nervos intercostais,
que ficam entre as costelas);
osteocondrite das cartilagens do esterno e ou das
costelas (pontos dolorosos no meio do tórax e entre as
mamas);
irradiação de algum problema primário da coluna
(especialmente coluna cervical e torácica).
12.
13. Seu tratamento irá depender da causa:
algumas vezes o uso de anti-inflamatórios
e/ou vitaminas do complexo B podem
auxiliar.
Também a acupuntura e exercícios de
alongamento têm sido de grande auxílio no
tratamento de dores crônicas.
No entanto, se a causa principal não for
adequadamente diagnosticada e tratada a
dor irá persistir.
14. DORES CÍCLICAS
É a verdadeira dor mamária. A maioria das
mulheres experimenta algum grau de dor nas
mamas quando o período menstrual se
aproxima.
Algumas podem apresentar dor e sensibilidade
por até 2 semanas antes da chegada da
menstruação.
Quando existe uma grande retenção de líquidos
(ganho de peso maior que 1,5 a 2 Kg ) pode ser
necessário o uso de diuréticos leves e orientação
dietética com restrição de sódio (ver adiante).
15. Lesão benigna em Medicina Que não tem gravidade
Lesão maligna em Medicina
câncer, persistente, que se desenvolve rapidamente,
atacando os tecidos próximos, quase sempre indolor no
princípio.
Lesão benigna não se torna maligna
16. Doenças benignas de mama
Displasia Mamária
Nódulos de mama
Fibroadenoma
Mastites
Cistos de mama
17. Displasia Mamária
Displasia Mamária ou Alteração Fibrocística Benigna da
Mama.
Ela ocorre quando existe na mama uma proliferação
desordenada do tecido fibroso que sustenta as glândulas.
Essa proliferação leva à formação de pequenos nódulos ou
cistos detectáveis ao exame clínico ou à ultrassonografia.
18. É uma alteração benigna.
Não é uma doença
Facilmente tratável
Usar pílulas anticoncepcionais normalmente
melhora dos sintomas.
Isso ocorre porque com o uso de pílulas
anticoncepcionais essa proliferação não ocorre
com tanta intensidade.
19. Nódulos de mama
80% dos nódulos mamários palpáveis são alterações
benignas e que não aumentam o risco para desenvolvimento
do câncer de mama.
As doenças benignas envolvem varias
alterações - entidades clínicas
com ampla variedade de nomes
E muitas são resultado do desenvolvimento e involução
normais da mama.
20. O Fibroadenoma,
é nódulo de mama ou tumor benigno mais comum.
Não se conhece o motivo que induz o desenvolvimento
deste tipo de tumor, mas sabe-se que o seu
crescimento depende de estímulos hormonais.
21. Surgem como consequência de um desequilíbrio
dos hormônios que regulam o desenvolvimento
mamário ou ainda devido a uma sensibilidade
especial de algumas
células dos tecidos mamários aos estímulos
hormonais.
22. A mastite é uma infecção do tecido mamário.
É mais comum em mulheres em fase de
aleitamento .
é a inflamação do tecido em uma ou ambas
glândulas mamárias.
ocorre quando as bactérias da própria pele
infectam a mama através de fissuras ou
pequenos machucados nos mamilos.
23. Os cistos na mama, são pequenos "sacos"
cheios de líquido que se desenvolvem no
tecido mamário.
Os cistos aparecem, naturalmente, com as
alterações que ocorrem na mama, com a
idade; são mais comuns em mulheres com
idade entre os 35 anos e o início da
menopausa.
24. Os cistos podem desenvolver-se em qualquer
parte da mama, embora sejam encontrados com
maior frequência na metade superior.
Algumas mulheres sentem algum desconforto,
ou mesmo dor, com os cistos.
Raramente aparece só um, ou seja são mais
vezes múltiplos.
Os tamanhos são pouco importantes, a não ser
pelo desconforto que possam provocar.
25. SECREÇÃO NOS MAMILOS
A maior parte das secreções nos mamilos é
de causa benigna e não há necessidade de
qualquer tratamento. Geralmente, são fluidos
de vários tons de verde ou marrom ou ainda
amarelado.
26. Quando o fluido é branco, a semelhança do leite, e
sai espontaneamente, outras causas devem ser
pesquisadas.
Entre elas, as principais são o uso de medicamentos
que estimulam a prolactina (fórmulas para
emagrecer, fluoxetina, alguns tranqüilizantes).
A saída de líquido avermelhado, sugestivo de
sangue, pode ser indicativo de algum problema.
28. Câncer de Mama.
O QUE É ?
O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais
freqüente no mundo.
O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas
mulheres devido a sua alta freqüência e, sobretudo pelos
seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção de
sexualidade e a própria imagem pessoal.
29. Globally, breast cancer is the most
prevalent cancer in women
New cancer cases (all ages), females 5,060,657
1151289 (22.7%) Breast
493243 (9.7%) Cervix uteri
472687 (9.3%)
Colon and rectum
386891 (7.6%)
330518 (6.5%) Lung
204499 (4.0%) Stomach
198783 (3.9%) Ovary, etc.
184043 (3.6%)
Corpus uteri
146723 (2.9%)
1491972 (29.5%) Liver
Esophagus
Other
ASR (incidence): 37.7
ASR (deaths): 13.2 http://www-dep.iarc.fr/
Globocan 2010, IARC
30. Ele é relativamente raro antes dos 35 anos de
idade, mas acima desta faixa etária sua
incidência cresce progressivamente.
.
31. FATORES DE RISCO PARA CÂNCER de mama
Mais importantes:
· história familiar de câncer de mama (mãe, irmã ou
filha) ou dois ou mais parentes próximos com câncer
de mama (pré-menopausa);
· alterações genéticas (genes BRCA1 e BRCA2):
· história pessoal de câncer de mama;
· cirurgia de mama (com ATIPIA);
· mamas densas (padrão mamográfico DENSO)
32. FATORES DE RISCO PARA CÂNCER de mama
Menos importantes:
· radioterapia nas mamas (doença de Hodgkin);
· primeira menstruação precoce (antes dos 12
anos);
· menopausa após os 55 anos;
· primeira gravidez tardia (após os 35 anos);
· uso de terapia hormonal por mais de 10 anos;
33. A idade continua sendo um dos mais
importantes fatores de risco.
As taxas de incidência aumentam
rapidamente até os 50 anos,
39. Os canceres da mama são todos diferentes:
têm características específicas, bem como
“comportamento” e evolução diferentes, de pessoa
para pessoa.
Esta diferença de pessoa para pessoa e de cancer
para cancer, o que demanda um tratamento para cada
caso (tailored treatment)
40. Atualmente, está em estudo uma nova
classificação molecular do cancer da mama,
definida de acordo com a presença ou ausência
de determinadas características e/ou factores
genéticos e moleculares.
Em função destas características específicas, os
tratamentos disponíveis para cada tipo de cancro
da mama poderão ser ainda mais específicos.
41. A prevenção dessa neoplasia ainda não possível
devido à variação dos fatores de risco e as
características genéticas que estão envolvidas na
sua etiologia.
42. Estratégias de rastreamento para
detecção precoce :
Um exame mamográfico, pelo menos a
cada dois anos, para mulheres de 40 a 69
anos .
43. Tem-se documentado que 1 em cada 10 mulheres tem a
probabilidade de desenvolver um câncer de mama durante a
sua vida.
Na região Centro-Oeste a incidência
entre as mulheres
é de (38/ 100.000) .
44. COMO É REALIZADA A MAMOGRAFIA?
Para a realização da Mamografia é necessária uma
compressão suportável das mamas, para tornar a
espessura da glândula uniforme e facilitar a identificação
de lesões.
A compressão é um dos principais fatores para uma boa
qualidade da Mamografia. Apesar de não apresentar
nenhuma conseqüência para o tecido mamário, a
compressão é desconfortável para a maioria das
mulheres. Então, o exame deverá ser evitado no período
pré-menstrual.
.
45.
46. Para mulheres de grupos populacionais considerados de
risco elevado para câncer de mama :
Com história familiar de câncer de mama em parentes de
primeiro grau.
Recomenda-se o exame clinico da mama e a
mamografia, anualmente, a partir de 35 anos.
Na população mundial, a sobrevida média após cinco
anos é de 61%.
47. O câncer da mama pode ter cura!
Aproximadamente 70% dos canceres da mama são
curáveis, se forem detectados “a tempo” (na fase
inicial) e tratados corretamente.
É aqui que começa o importante “papel” de
cada um de nós:
A detecção precoce
pode fazer toda a diferença!
48. Quais os tratamentos atualmente disponíveis para o
cancro da mama?
Tratamento local: é qualquer tratamento que remova ou
"destrua" as células do cancro, na mama, ou seja, no
próprio local do tumor (ex: cirurgia e radioterapia).
Se o cancer da mama estiver disseminado noutras
partes do corpo (metastizado), a terapêutica local pode
ser usada apenas para controlar a doença, nessa área
específica, mas não noutros locais do organismo.
49. Tratamento sistémico: é qualquer tratamento
que "entra" na corrente sanguínea, com o
objectivo de "destruir" ou controlar o cancro
em todo o organismo (ex: quimioterapia,
terapêutica hormonal e imunoterapia).
50.
51. Vários fatores influenciam a saúde
o relacionamento na família
e no trabalho
o local em que se vive
o estado emocional
o estado espiritual
52. Valorize as coisas boas que a vida
oferece .
Não seja amargo ou rancoroso.
Viva o dia de hoje.
Trate bem o seu corpo.
Mantenha seus sonhos vivos
Para uma vida saudável é necessário
encontrar um ponto de equilíbrio.
53. O resultado de todo esse esforço do bem-estar diário
é o que chamamos de FELICIDADE.
A FELICIDADE é esse caminho,
o dia-a-dia, a trajetória de toda a nossa vida
54. A cada dia que vivo, mais me
convenço de que o desperdício da
vida está no amor que não damos,
nas forças que não usamos, na
prudência egoísta que nada arrisca
e que, esquivando-nos do
sofrimento, perdemos também a
felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é
opcional.