O documento descreve uma pessoa abandonada nas ruas, morrendo de fome e sede longe de qualquer ajuda ou cuidado. Aponta a falha humana em preservar a vida dos mais necessitados e critica a voracidade do poder e das necessidades que levam as pessoas a ignorarem os que sofrem à sua volta.

1. As Ruas izildinha

2. Cortando a rua, alguém dizia entre risos, esse pobre coitado De tanto andar por aí, tanto beber,está morrendo abandonado Bem foi tempo de pensar, lá estava uma outra vida, sorrindo, Gritos de espanto, abandonos tantos, estava mesmo indo.

3. Resposta que eu não tinha, como pode esse ser, ser assim? Longe de tudo, bem no centro do mundo, tão desigual, enfim... Perdido e desgarrado, indiferente a qualquer cuidado, não se vê Racionais que somos, perdemos alguém e o deixamos a mercê.

4. Juntar desculpa, ao fugir da culpa, ao deparar com a esquina Um fato verídico, fatídico, de qualquer um,ou qualquer sina Meu Deus! O mundo anda meio calado, juntando de todo lado Ruas, nas esquinas, tanto semelhante, andante,abandonado.

5. Lado que sempre falha, racional, humano deixa a desejar tanto Instinto pede a preservação da vida.Mas a voz cala o pranto A fome esse instinto!Voraz e faminto da sede e fome de poder... Entre a vida e a morte.Se negar o obvio da sorte.E nada valer.

6. Os orgulhos e as vaidades, ostentam-se as mesmas necessidades Frio cortante, ou suor do calor escaldante.E todas as vontades Se alguém vivesse mil anos, ainda restaria planos.Vida exata Não há excedentes acumulados.Há uma voracidade que mata... [email_address]