1. ENERGIA NUCLEAR
A energia nuclear é a energia libertada durante a fusão ou fissão do núcleo atómico. A
quantidade de energia que pode ser obtida através destes processos excede largamente aquela
que pode ser obtida através de processos químicos que envolvem apenas as regiões externas dos
núcleos, ou seja, envolvem apenas as ligações intermoleculares e não as intramoleculares. Um
átomo de um elemento é dividido produzindo dois átomos de menores dimensões de elementos
diferentes. Dois átomos de pequenas dimensões combinam-se originando um átomo de maiores
dimensões, constituindo um elemento diferente. Em ambos os processos, a massa dos produtos
(elementos finais) é inferior à massa dos elementos iniciais, sendo a diferença convertida em
energia. A fissão de 1 Kg de urânio 235 liberta uma média de 2,5 neutrões por cada núcleo
dividido. Por sua vez, estes neutrões vão rapidamente causar a fissão de mais átomos, que irão
libertar mais neutrões e assim sucessivamente, iniciando uma auto-sustentada série de fissões
nucleares, que se dá o nome de reacção em cadeia, que resulta na libertação contínua de energia.
O potencial, quer da fissão, quer da fusão, é tão grande que da reacção espontânea deste mesmo
1 Kg de material, resulta a devastosa explosão de energia de uma bomba atómica. O ritmo de
desintegração é mais rápido quando há uma grande quantidade de material presente, e o tempo
que metade do material leva a desintegrar-se radioactivamente é conhecido por “meia-vida”.
Metade do restante material desintegrar-se-á durante outra meia-vida, 50 por cento do restante
noutra meia-vida e assim sucessivamente. Os materiais intensamente radioactivos tendem a ter
meias-vidas curtas, enquanto os menos radioactivos podem ter meias-vidas de milhares de anos.
Uma das leis da natureza é que a energia não pode ser criada nem destruída, mas apenas mudar a
forma. A massa dos corpos pode ser transformada em energia, com diz o famoso cientista Albert
Einstein que criou a seguinte fórmula matemática: E=mc2, significa que a energia (E) é igual á
massa (m) vezes a velocidade da luz (c) ao quadrado. Os cientistas usaram a fórmula de Einstein
para descobrir a energia nuclear e construir bombas atómicas. Segundo os antepassados gregos a
partícula mais da natureza era o átomo. Eles não chegaram a conhecer a natureza das partículas
que constituem o átomo. Tal como os átomos são constituídos por um núcleo (que contém
neutrões e protões) cercado de electrões que giram à volta deste tal como a terra gira à volta do
sol.
FISSÃO NUCLEAR: A fissão nuclear significa separar o núcleo dos átomos. Quando isto acontece dá-se
uma tremenda reacção química libertando grande quantidade de energia luminosa e calorífica.
Quando o núcleo do átomo é separado lentamente, a energia gerada pode ser transformada em
energia eléctrica. Se a fissão nuclear for brusca dá-se uma explosão criando-se assim a bomba
atómica. Numa centra nuclear os átomos do urânio são separados. Este metal raro é extraído do
subsolo através de minas. O urânio é trabalhado e repartido por pequenas balas colocadas num
longo varão. O varão esta dentro de um reactor que controla a separação atómica e a sua reacção.
Geralmente, a radiação refere-se a ondas ou partículas de alta energia emitidas por fontes naturais
ou artificiais (geradas pelo homem). As lesões dos tecidos podem ser provocadas por uma breve
exposição a altos valores de radiação ou então por uma exposição prolongada a baixos níveis.
Alguns efeitos adversos da radiação duram pouco tempo. Outros provocam doenças crónicas. Os
primeiros efeitos de doses elevadas tornam-se óbvios em questão de minutos ou nos dias
posteriores à exposição. Outros efeitos só são evidentes semanas, meses e até anos depois. As
mutações do material genético celular dos órgãos sexuais só se podem tornar evidentes se a
pessoa exposta à radiação tiver filhos. Essas crianças podem nascer com defeitos genéticos.
Causas: No passado, as fontes prejudiciais de radiação incluíam só os raios X e os materiais
radioactivos naturais, como o urânio e o rádio. Os raios X, que actualmente se utilizam para os
testes de diagnóstico, provocam muito menos efeitos radioactivos do que os utilizados no passado.
As fontes mais comuns de exposição a altos valores de radiação são os materiais radioactivos
elaborados pelo homem, que se utilizam em diversos tratamentos médicos, laboratórios científicos,
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2. indústrias e reactores de energia nuclear. Escaparam, acidentalmente, grandes quantidades de
radiação das centrais de energia nuclear, como a de Three Mile Island, na Pensilvânia (EUA), em
1979, e a de Chernobyl (Ucrânia), em 1986. O acidente de Three Mile Island não provocou uma
grande exposição radioactiva. De facto, as pessoas que viviam a uma distância aproximadamente
de 1,5 km da central receberam menos radiação do que a quantidade de raios X que qualquer
pessoa, em média, recebe num ano. No entanto, as pessoas que viviam perto da central de
Chernobyl foram expostas a muito mais radioactividade. Mais de 30 afectados morreram e muitos
outros sofreram ferimentos. A radiação desse acidente chegou à Europa, à Ásia e aos Estados
Unidos.
Radioactividade é um fenómeno natural ou artificial, pelo qual algumas substâncias ou elementos
químicos, chamados radioactivos, são capazes de emitir radiações, as quais têm a propriedade de
impressionar placas fotográficas, ionizar gases, produzir fluorescência, atravessar corpos opacos à
luz ordinária, etc. As radiações emitidas pelas substâncias radioactivas são principalmente
partículas alfa, partículas beta e raios gama.
APLICAÇÃO DA ENERGIA NUCLEAR: NA SAÚDE
A radioactividade é uma forma de energia nuclear, usada em medicina (radioterapia), e consiste
no fato de alguns átomos como os do urânio, rádio e tório serem “instáveis”, perdendo
constantemente partículas alfa, beta e gama. Uma ferramenta importante no tratamento e
diagnóstico de doenças são os radiofármacos, que são obtidos a partir de radioisótopos produzidos
em reatores nucleares ou em aceleradores de partículas. Esses radioisótopos são, em geral,
associados a substâncias químicas (fármacos) que se associam a órgãos ou tecidos específicos do
corpo humano. Na medicina nuclear, os radiofármacos são injectados no paciente, concentrando-
se no local a ser examinado e emitindo radiação, que, por sua vez, é detectada no exterior do
corpo por um detector apropriado, que pode transformar essa informação em imagens, permitindo
ao médico observar o funcionamento daqueles órgãos.
APLICAÇÕES NUCLEARES NA INDÚSTRIA,
AGRICULTURA E ALIMENTOS
É muito variada e extensa a gama de aplicações da radiação e dos radioisótopos na indústria.
Destacam-se, principalmente, a esterilização de produtos farmacêuticos, beneficiamento de
materiais poliméricos, melhorando as suas propriedades, o controle de processo industriais
(utilização de traçadores e utilização de fontes seladas), a cura de tintas e vernizes, o
beneficiamento de gemas e outras. A irradiação de alimentos vem emergindo como uma técnica
altamente viável para o tratamento sanitário e fitossanitário de vários produtos agrícolas, tais
como, carnes, frutas frescas, especiarias e vegetais.
RISCOS E BENEFICIOS DO USO DA ENERGIE NUCLEAR
O conceito de agricultura sustentável envolve o manejo adequado dos recursos naturais, evitando
a degradação do ambiente de forma a permitir a satisfação das necessidades humanas das
gerações actuais e futuras. Ultimamente, a preocupação da sociedade com o impacto da
agricultura no ambiente e a contaminação da cadeia alimentar com pesticidas vem alterando esse
cenário, expressando-se pela presença de segmentos de mercado ávidos por produtos agrícolas
diferenciados, tanto aqueles produzidos sem uso de pesticidas como por aqueles portadores de
selos informando de que os pesticidas foram utilizados adequadamente.
Como bem dizia o físico Robert Oppenheimer, diretor do projeto Manhattan, que deu origem à
primeira bomba atômica do mundo, “não existe uma energia nuclear para a paz e outra para a
guerra, as duas saem da mesma fonte”. No entanto, esses mecanismos nem sempre funcionam –
vide os inúmeros acidentes que já aconteceram com reatores nucleares. É justamente aí que
mora o perigo.
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3. Opinião: A produção de energia eléctrica em centrais nucleares é mais rentável do que
nas térmicas, mas não tão rentável assim. O investimento numa central nuclear é
enorme porque, além dos requisitos inerentes à produção, a segurança é
importantíssima. Só muitos anos depois é que o investimento tem retorno.
Depois, o principal problema da energia nuclear (além da segurança) é os resíduos, para
os quais ainda não há uma solução. Os resíduos mantêm-se radioactivos por milhares de
anos.
FORMADOR: Rodrigo Anacleto FORMANDO: Anisabel santos N: 5 Turma: EFA: 3 S
ÁREA DE FORMAÇÃO: STcCien. – 2 (t)
Saúde e bem estar Degradação Catástrofe
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